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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DISCIPLINA: FILOSOFIA E LÓGICA Capítulo 3: Outras mentes No capítulo o autor explora a questão sobre saber da existência ou não de outras mentes além das nossas. Como seres humanos, temos diversas experiências ao longo de nossas vidas, experiências de sabores, de emoções, de cores. Todas essas experiências contribuem para a construção do nosso consciente, e influenciam diretamente no nosso jeito de pensar e agir. A partir disso pressupõe-se que todos os outros seres vivos também compartilham de experiências e consequentemente possuem consciência, mas o autor nos traz a seguinte reflexão: “O que sabemos, de fato, sobre o que se passa na mente de outra pessoa? Como temos certeza que elas também possuem consciência? ”. A única coisa que podemos observar de fato são os corpos dos outros seres, mas isso não nos garante que a mesma experiência possa ser interpretada igualmente entre dois seres diferentes. Uma analogia a isso seria a experiência do gosto do sorvete de baunilha, pois, para mim pode ser óbvio o sabor, mas nada me garante que meu amigo tenha a mesma sensação e o mesmo gosto do sorvete de baunilha. Considerar a possibilidade de que nenhuma pessoa que nos rodeia é consciente e produz sentimento parece algo estranho, mas como não podemos ter a certeza dessa negativa, tudo pode ser considerado. O que define a presença ou não de consciência? Porque os seres vivos são considerados mais conscientes que uma pedra ou uma árvore? Capítulo 4: O problema mente-corpo Admitindo-se a ideia de que todos os seres vivos sejam conscientes, percebemos claramente a relação entre o corpo e a mente, pois a maioria dos nossos impulsos são ocasionados por experiências com o mundo exterior. Um exemplo seria a experiência de provar um limão e fazer cara feia por não gostar do sabor azedo da fruta. Ao que tudo indica, para que alguma coisa aconteça em nossa consciência, é preciso que antes venha a acontecer no mundo externo, para assim recebermos um impulso nervoso no nosso cérebro. Mas na Filosofia há uma indagação entre mente e cérebro: a mente é diferente do cérebro, embora esteja vinculada a ele, ou ela é o cérebro? Nossa concepção do mundo físico não nos permite confirmar a relação entre corpo e mente , pois mesmo sentindo o gosto azedo do limão, se um cientista abrir nossa cabeça e observar nosso cérebro, não encontrará o gosto do limão, ou seja, o que acontece em nossa experiência está no interior da nossa mente. É como se existisse o mundo das coisas pertencentes à realidade física e o mundo das nossas experiências individuais. Dessa forma, percebe-se que nossas percepções gerais de mundo são insuficientes para explicar a relação mente-corpo. Qual a natureza da mente? E como ela se relaciona com o corpo?