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TRABALHO CHICÓRIA (Cichorium intybus)

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Cultura que será trabalhada: Chicória 
Nome cientifico: Cichorium intybus 
Nome comum: Chicória 
Nomes populares: Chicória, Chicarola, Endiva, Endívia, Escarola. 
Família: Asteraceae 
Gênero: Cichorium 
Espécie: Cichorium intibus e endiva 
Ordem: Asterales 
Reino: Plantae 
Classe: Eudissecotia 
Subclasse: Esteroides 
 
Tem origem na região do Mediterrâneo no continente europeu e asiático. 
 
A chicória era consumida pelos egípcios, gregos e romanos da Antiguidade, 
principalmente por causa das suas folhas. As suas raízes eram utilizadas pelos mesmos 
povos, mas para fins medicinais. 
 No norte da Itália as chicórias foram relacionadas entre os séc. XVI e XVII. As raízes 
eram usadas como substituição do café, para isso eram torradas. 
 
Há variações (tipos de chicória) como: Almeirão ou chicória amarga (Cichorium 
intylous intylous): Tem um aspecto semelhante ao da alface, porém, com as folhas 
mais rígidas e com um sabor mais acentuado. 
Endúra ou chicória belga (Cichorium endura var. foliosum): Conhecida pelos seus 
tons de verde pálido e branco, ele ganha essas cores depois de ser colocado ao abrigo da 
luz durante algum tempo antes da colheita. É feito para que fique mais clara e perca o 
seu sabor amargo, suas folhas são firmes e textura crocante. Radicchio ou chicória roxa 
(Cichorium endura var. foliosum endive): É uma chicória com ‘cabeça’, com 
diferentes cores como: amarelo, verde, roxa, branca. Suas folhas são lisas e agrupadas, 
semelhante ao repolho. 
Escarola (Cichorium endívia latifolium): É uma variedade de folhas largas, duras, 
escuras e amargas. 
Endivia cacheada (Cichorium endívia var. crispum): É verde, estreito e folhas muito 
rendadas e pontiagudas crescem em forma de roseta. 
 
Sua morfologia é caracterizada pela disposição das folhas em roseta, formando uma 
pequena touceira. As folhas são glambas lanceolado espatudadas de 5 a 18 cm de 
cumprimento, com 1,5 a 5 cm de largura. 
Na fase reprodutiva, há emissão ou uma haste floral , com flores hermafroditas, 
dispostas em pequenos e densos capítulos sésseis, cilíndricos ou ovoides, com 
grande produção de sementes férteis. É possível que o hábito reprodutivo seja 
autogâmico, tendo em vista que as plantas, quando cultivadas em isolamentos, 
produzem sementes viáveis. O poder germinativo dessas plantas não se perde 
rapidamente como em outras espécies. 
 
 
Agro F – Alunos: Ana Lívia, Camilly, Dyenifer, Giovanna, Heloísa e Luan 
Há uma variabilidade genética entre e dentro das populações como: tamanho e forma 
das folhas, pigmentação em algumas partes da planta e produção de folhas. Possui o 
estilete, estigma e ovário. O ovário abriga o óvulo. O estigma recebe o grão de pólen 
e dá início ao processo germinativo. Pólen repousa no estigma e estimula a formação 
do tubo polínico que se desenvolve no estilete. 
O tubo chega no ovário, alcança o óvulo e penetra, ocorrendo a dupla fecundação. Esse 
óvulo fecundado forma a semente. 
 
O plantio pode ser realizado tanto na estufa, sementeira, ou diretamente no próprio 
canteiro. A maneira mais indicada é a estufa, onde se corre menos risco de “perder” a 
muda. 
Para plantar na estufa, abra buracos com o dedo e em cada buraquinho e coloque de 2 
a 3 sementes. Quando começar a nascer faça a retirada de algumas plantas e deixe 
somente a muda mais forte. Quando tiver com 4 a 5 cm, faça o transplante para o 
canteiro. 
Sementeiras, com sulcos de 1 cm de profundidade e um espaçamento de 10 cm entre 
eles. Em geral, utiliza-se cerca de 3g de sementes por metro quadrado. Quando as 
mudas atingem 10 cm ou apresentam cerca de 5 folhas, devem ser transplantadas para 
o local definitivo. 
Transplantio: realizar de preferência em dias nublados ou no fim da tarde, 
principalmente se a temperatura ambiente está alta, pois a muda pode murchar e 
morrer se o transplante ocorrer quando o tempo está quente e seco. 
 
As sementes também podem ser plantadas diretamente no local definitivo da horta em 
regiões de clima ameno. Posteriormente algumas mudas podem ser transplantadas ou 
colhidas para que se fique com o espaçamento adequado. 
O espaçamento recomendado depende da variedade cultivada ou cultivar, e das 
condições de cultivo, indo de 20 a 30 cm entre as linhas de plantio e 15 a 30 cm entre 
as plantas. 
As chicórias podem crescer sob sol direto ou na sombra parcial, desde que haja uma 
boa luminosidade. As folhas de plantas cultivadas sob sol direto e altas temperaturas 
normalmente ficam mais amarga. 
A colheita pode ocorrer de 50 a 100 dias depois da semeadura, dependendo da 
cultivar plantada e das condições de cultivo. As plantas que são totalmente cortadas 
na colheita podem rebrotar e proporcionar novas colheitas. 
 
 
 
 
 
 
Nessa cultura podemos encontrar doenças causadas por: 
Pulgões, lesmas, caracóis e insetos que mastigam suas folhas. 
Podridão-basal: A doença é causada por Fusarium oxysporum f. sp. cepae, fungo de 
solo com grande capacidade de sobrevivência neste ambiente e que pode ser 
transmitido pela semente. Tratamento: Recomenda-se evitar a introdução do patógeno 
na área através do tratamento das sementes , além de evitar a utilização de máquinas e 
implementos que venham de áreas infestadas. 
Deve-se também queimar os restos de cultura quando houver presença do patógeno. 
Em solos ácidos, a calagem, aliada a uma adubação equilibrada, tem reduzido os 
danos causados pelo patógeno, já que a calagem eleva o pH do solo e aumenta a 
utilização de nutrientes pelas plantas além de estimular o desenvolvimento de 
microrganismos antagônicos ao patógeno. 
Vira-cabeça: O hospedeiro do vírus vira-cabeça é o inseto chamado de tripes e que se 
alastra pelo ar e, em poucas semanas, é capaz de necrosar e 
matar principalmente as hortaliças menos resistentes. Tratamento: A 
aplicação de óleo de neem, um repelente natural de insetos também tem 
ajudado o produtor a evitar que a doença se espalhe. O outro recurso é a 
vitamina foliar, que mantém as hortaliças mais fortes ao ataque do inseto. 
Septoriose: O fungo ataca principalmente as folhas, mas pode afetar também a haste e 
os órgãos florais no campo de produção de sementes. 
Os sintomas nas folhas são manchas com contornos irregulares. O tecido afetado, 
inicialmente com aspecto desidratado, torna-se pardacento, com numerosos pontos de 
cor escura que são os corpos de frutificação do fungo. Esses corpos de frutificação são 
os picnídios, visíveis a olho nu. Tratamento: Por se tratar de um patógeno transmitido 
por sementes, deve-se utilizar sementes sadias e de boa qualidade e procedência para 
o plantio. A principal medida de controle é o manejo adequado da irrigação e da 
densidade de plantas nos canteiros, de modo a não permitir o excesso de água. 
Queima-de-saia: Primeiramente observa-se pequenos pontos marron-claros nas 
nervuras das folhas, que aumentam de tamanho e se expandem para o restante da 
folha. O desenvolvimento da doença é rápido, em menos de 48 horas a folha já 
apresenta necrosada e amolecida. Tratamento: Garantir que o material de semeadura 
esteja saudável, mergulhando em água a 50ºC por 30 minutos. Controle químico: 
iprodiona ou boscalid (ineficaz
 
 A adubação pode ser realizada de diferentes maneiras sendo elas: 
 
Adubação mineral em plantio: 
 
Aplicar entre 7 a 10 dias antes do plantio, em área total dos canteiros ou com sulcos 
do plantio, conforme a análise de solo. 
Adubação mineral em cobertura: A fertilização em cobertura usa o fornecimento 
principalmente do N e K, devendo ser de aplicação parcelada, a fim de atender as 
necessidades nutricionais das plantas em suas diferentesfases de desenvolvimento, 
evitando-se também as perdas por lixiviação causadas pela chuva ou pela irrigação. 
Recomenda-se aplicar os fertilizantes ao lado das plantas de maneira que não entrem 
em contato elevado com as mesmas. Irrigando-se logo após 
Chicória: Aplicar 40 a 80 kg ha
-1
de N, 10 a 20 kg ha
-1
 de P205 e 40 kg ha
-1
 de K2O, 
parcelando em 2 a 4 aplicações durante o ciclo, ou a cada 2 dias quando o uso de 
fertilização 
Fertilizantes orgânicos: Tem importante função na manutenção e na melhoria das 
propriedades físicas e biológicas do solo. Além disso, fornecem e liberam os nutrientes 
de maneira gradativa, conforme sua composição e relação C/N. Recomenda-se de 30 a 
40 dias antes do plantio, incorporar ao solo 40 a 60 t ha
-1
 de esterco bovino.

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