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LUSILENE - autismo na educação infantil

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA PARA EDUCAÇÃO – UEMA-NET 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
LUSILENE DO CARMO MORAES RODRIGUES 
 
 
 
 
O Autismo na Educação Infantil: A inclusão do aluno com transtorno do espectro 
autista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2021 
 
LUSILENE DO CARMO MORAES RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Autismo na Educação Infantil: A inclusão do aluno com transtorno do espectro 
autista. 
 
 
 
Atividade apresentada á disciplina 
Metodologia da pesquisa em psicologia da 
educação, do curso Lato Sensu, 
Especialização em Psicologia da Educação 
da Universidade do Estado do Maranhão- 
UEMA, mediado pelo Núcleo de Tecnologia 
para a educação – Uemanet, como requisito 
para obtenção de nota parcial. Ministrada 
pela professora: Cinthia Regina Nunes Reis. 
Tutora a distância: Ivanete Coimbra 
Cavalcante. 
 
 
 
 
 
São Luís 
 2021 
JUSTIFICATIVA DO TEMA EM ESTUDO 
Devido ao avanço de casos diagnosticado no Brasil sobre o autismo, se faz 
necessário uma busca de conhecimentos que possam contribuir para o diagnostico 
precoce de crianças que apresentam sintomas em sua primeira infância. Esse trabalho 
tem por finalidade investigar e identificar os primeiros sinais e buscar soluções para 
melhorar seu desenvolvimento. 
Nesse sentido, é de fundamental importância uma reflexão mais próxima da 
nossa realidade e avançar em direção de alternativas que auxiliam pais e professores de 
forma mais rápidas para facilitar a aprendizagem das crianças que apresentam a 
síndrome autismo. 
PROBLEMA/ PROBLEMATIZAÇÃO 
Este estudo surgiu a partir da observação da experiência vivenciada em anos 
de trabalho com a educação de criança, em que observei alunos com sintomas diferentes 
em seus comportamentos, deparei-me com frustações, por não obter sucesso durante o 
processo de ensino-aprendizagem. A dificuldade se estabelecia, por não conseguir 
chegar ao aluno, que preferia ficar isolado, que possuía reações incomuns aos sons e 
sentimentos, com reações muito exageradas ou nenhuma reação. Assim instigou-me 
para a necessidade de investigar mais sobre o assunto, com o intuito de aprender e usar 
no meu meio profissional. 
OBETIVO GERAL 
 Conhecer os primeiros sinais do aspecto autista e saber como conviver com 
ele. 
OBETIVOS ESPECÍFICOS 
 Desenvolver estudo bibliográfico sobre o tema visando contribuir 
com o desenvolvimento da educação do autista. 
 Compreender o processo da constituição do sujeito autista, a sua 
estrutura psíquica e cognitiva. 
 Difundir a problemática do autismo. 
METODOLOGIA 
O estudo desenvolver-se-á através de uma pesquisa bibliográfica com o 
objetivo de oferecer suporte ao conhecimento e análise das principais contribuições 
teóricas existentes sobre o tema e o problema tornando-se um instrumento indispensável 
para a pesquisa. 
 
 
REFERENCIAL TEÓRICO 
Nesse estudo buscamos entendimentos com teóricos para entendermos o 
processo que se dá acerca dos transtornos do aspecto autista. 
Durante os séculos XVIII e XIX, as pessoas com necessidades especiais 
eram tratadas como doentes, “anormais” e eram então descartadas da sociedade. A partir 
do século XX é que se passou a aceitar essas pessoas na sociedade e as mesmas 
passaram a ter direitos, assim como qualquer ser humano. Em 1990, na Tailândia, houve 
a conferência mundial sobre educação para todos, participaram educadores de todo o 
mundo, nessa oportunidade foi aprovada a Declaração Mundial sobre Educação para 
todos. 
No ano de 1994 surgiu a declaração de Salamanca promovida pelo governo 
da Espanha e pela Unesco, foi realizada na conferência Mundial sobre as Necessidades 
Especiais, nesse evento reconheceram a obrigação de o ensino chegar a todas as 
crianças jovens e adultos com necessidades especiais em ensino regular. 
Nesse sentido vamos abordar o autismo na educação infantil, na perspectiva 
de entender e como lidar com crianças que possuem essa síndrome. 
O autismo é uma síndrome que deve ser diagnosticada até os três anos de 
idade ou até antes disso, porém é importante que haja uma atenção no meio de convívio, 
observando os sinais de alerta. A síndrome é uma desordem da personalidade que atinge 
principalmente aos homens e foi descrita inicialmente por Kanner, ele acreditava que se 
tratava de um distúrbio do contato afetivo. Tinha como destaque a falta de contato e 
desenvolvimento social e apresenta-se desde o inicio da vida das crianças, pois elas se 
comportam de forma estranha e não se adaptavam ao meio em que viviam 
(KANNER1943 apud GAUDERER,1997). 
No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais Mentais (DSM 
IVTM), da Associação Americana de Psiquiatria (AAP), o autismo está classificado no 
subgrupo denominado “Transtornos Invasivos do Desenvolvimento”. Este subgrupo é 
caracterizado por prejuízos invasivos em diversas áreas do desenvolvimento; a perda da 
interação social e a comunicação, comportamentos, interesses e atividades 
estereotipadas são alguns desses prejuízos. Segundo Orntz apud Costa e Nunes maia 
(1998, p. 25), o desenvolvimento da criança com autismo apresenta as seguintes 
características clínicas evolutivas, detectadas por período: 
Quando recém-nascido se parece diferente de outros bebês, não responde ao 
próprio nome, aos 12 meses não aponta para objetos aos 14 meses. Primeiro ano, não 
pede nada, não nota sua mãe, sorrisos, resmungos, demonstra falta de interesse por 
jogos, é muito reativo aos sons, não é afetuoso à ausência de comunicação verbal ou não 
verbal, é hipo ou hiper-reativo aos estímulos, há aversão pela alimentação sólida, etapas 
do desenvolvimento motor são irregulares ou retardadas. Segundo e o terceiro anos, é 
indiferente aos contatos sociais, comunica-se mexendo a mão do adulto, o interesse 
pelos brinquedos, consiste em alinhá-los, procura estimulações sensoriais como ranger 
os dentes, esfregar e arranhar superfícies, fitar fixamente detalhes visuais, olhar mãos 
em movimento ou objetos com movimentos circulares. Quarto e quinto anos, possui 
ausência do contato visual, linguagem limitada ou ausente – ecolalia- inversão 
pronominal, anomalias do ritmo do discurso, do tom e das inflexões e resistência às 
mudanças no ambiente e nas rotinas. 
Ainda não existe um marcador biológico que caracterize o autismo infantil, 
o diagnostico é feito baseado no quadro clinico do paciente. Apesar de vários grupos de 
estudos e pesquisas da causa real do autismo, mas suas consequências são claras, quem 
possui esse transtorno tende a fechar-se em si mesmo isolando-se do mundo e muitas 
vezes desenvolve capacidades inacreditáveis de raciocínio e memoria, a criança ao ver 
as pessoas se abraçando, trocando carinho, acaba fazendo o mesmo, porém pode ser um 
ato mecânico, segundo Peeters (1988,p.20). 
Várias pessoas com autismo não compreendem a coerência das 
coisas, percebem poucas conexões lógicas e têm a impressão 
de que toda a sua vida é ditada ao acaso, pelo inesperado, por 
coisas que não podem controlar. Vivendo no centro desta 
confusão, os autistas necessitam de uma referência, algum 
ponto de apoio. As nossas explicações verbais de quando, 
como, onde e por que as coisas acontecem não são suficientes. 
Baseado nesse contexto existe uma problemática em relação à capacitação 
dos profissionais para trabalhar com essas crianças, é notório que professores estão 
cientes de não estarem preparados para inclusão. Nesse sentido, Xavier (2002, p.190) 
considera que: 
A construção da competência do professor para responder com 
qualidade às necessidades educacionais especiais de seus 
alunos em uma escola inclusiva, pela mediação da ética, 
responde à necessidade social e histórica de superação das 
práticas pedagógicas que discriminam, segregam e excluem,e, 
ao mesmo tempo, configura, na ação educativa,o vetor de 
transformação social para a equidade, a solidariedade, a 
cidadania. 
Diante dessa situação é de fundamental importância que haja um 
compromisso com a formação continuada dos profissionais de educação, é de suma 
importância, pois são responsáveis por transmitir valores e normas que possam inserir a 
criança no convívio social. 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
O tema sobre o autismo não é fácil, ainda que se busque vários conceitos e 
pesquisas, ainda há muito para ser descoberto. Podemos dizer o que acontece com o 
autista é uma falha simbólica. O diagnostico de autismo é como embarcar rumo a um 
universo desconhecido, é preciso encontrar uma maneira de entrar nesse mundo em que 
a criança parece está isolada. 
O transtorno, essa espécie de pane no desenvolvimento neurológico que 
acomete a criança em sua fase inicial, deve nos direcionar numa pesquisa que possa 
ajudar essas pessoas no processo de adaptação, sendo necessários projetos que facilitem 
a aprendizagem e a socialização, pois apesar de a criança autista apresentar algumas 
dificuldades, leves, médias ou severas, para seu desenvolvimento cognitivo, 
comportamental, social, ao tentar interagir com a sociedade em geral, principalmente 
em sala de aula com crianças “ditas normais” é, preciso incluí-las dentro do contexto 
geral da escola, respeitando as suas especificidades para que a mesma possa aprender e 
participar, estando incluída e não somente integrada. 
Cabem aos profissionais de educação, por meio de capacitação continuada, 
aprender a lidar com essas dificuldades e vale ressaltar que na inclusão, não é a criança 
que se adapta a escola, mas sim a escola que para recebê-la deve se transformar. 
Qualificar uma escola a fim de que atenda os preceitos da inclusão necessariamente, 
implica em medidas de reestruturação de práticas usuais e excludentes. 
Em fim, diante de tudo que foi evidenciado em relação à síndrome do 
aspecto autista, é necessário a busca de informações e de uma estrutura eficiente, de 
métodos específicos de ensino, de ambientes especiais, de preparação prévia, e de uma 
abordagem abrangente para terem o mínimo desenvolvimento no processo de 
aprendizagem. Diante do exposto, acredita-se que esse estudo possa somar com outros 
estudos desenvolvidos a cerca do autismo e suas manifestações. 
 
Referências 
 AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (trad. Cláudia Dornelles) Manual 
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-IV-TR. 4. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2002. 
 AMY, Marie Dominique. Enfrentando o Autismo: a criança autista, seus pais e a 
relação terapêutica. Tradução, Sérgio Tolipan. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001. 
BELISARIO FILHO, José Ferreira; CUNHA Patricia: A Educação Especial na 
Perspectiva da Inclusão Escolar: transtornos globais do desenvolvimentoBrasília: 
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. 2010. v.9 (Coleção a 
Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar). 
 BRASIL. Lei nº 12.764, de 27 de Dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de 
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do 
art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Diário Oficial [da República 
Federativa do Brasil], Brasília, DF.Diário Oficial da União - Seção 1 - 28/12/2012, 
Página 2 (Publicação Original). 
GAUDERER, Christian. (1997) Autismo e outros atrasos do desenvolvimento: guia 
prático para pais e profissionais. Rio de Janeiro: Revinter. 
KANNER, Leo. (1943). AUTISTIC DISTURBANCES OF AFFECTIVE CONTACT. 
NERVOUS CHILD, N. 2, P. 217-250. 
PEETERS, Theo. Autismo Infantile. Orientamenti teorici e pratica educativa. Roma: 
Ed. Phoenix, 1999. 
Universo Autista. Objetivos da Terapia Ocupacional Disponível em: 
http://www.universoautista.com.br/autismo/modules/articles/article.php?id=9. Acessado 
em 14 de junho de 2012. 
XAVIER, Jucineide: Pais em busca do espectro do autismo para o filho. 2019, vol.21.

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