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19 PRISAO TEMPORARIA

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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
na Súmula!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRISÃO TEMPORÁRIA 
Lei nº 7.960/1989 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ed. 2020 
 
 
 
 
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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
na Súmula!!! 
 
 
Manual Caseiro 
Instagram: @manualcaseiro 
E-mail: manualcaseir@outlook.com 
Site: www.meumanualcaseiro.com.br 
Prisão Temporária – Lei nº 7.960/89 
 
 
PRISÃO TEMPORÁRIA 
Lei nº 7.960/1989 
 
 
 
Prezado aluno, passaremos nesse momento ao estudo da Lei de Prisão Temporária. O presente 
material tem por objetivo reunir todas as informações que o candidato precisa para resolver questões dos 
certames públicos. Dessa forma, nosso material trouxe uma abordagem doutrinária sobre o tema objeto de 
estudo, a legislação (lei seca), e, por fim, questões já cobradas em concurso público pelas diversas bancas. 
Trata-se de legislação com alta carga de pertinência temática para o cargo de Delegado, tendo em 
vista que essa espécie de prisão cautelar é restrita a fase da investigação criminal. Dessa forma, caso a sua 
preparação seja voltada ao cargo de delegado ou as carreiras policiais, destacamos a importância do estudo 
da legislação em comento. 
Por fim, por se tratar de uma legislação mais curta, detectamos que as questões são extraídas 
predominantemente da legislação, portanto, fique #DeOlhoNaLeiSECA. 
Feita as devidas considerações iniciais, vamos ao conteúdo. 
Bons estudos, #TmJuntos! 
 
 
 
 
 
 
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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
na Súmula!!! 
 
 
1. Noções Introdutórias 
A Lei de prisão temporária surge com o objetivo de pôr fim à famigerada prisão para averiguações, 
que consiste no arrebatamento de pessoas pelos órgãos de investigação para aferir sua possível vinculação a 
uma infração ou para investigar a sua vida pregressa. 
Nesse sentido, explica Rafael Dantas: 
Quando do advento da Constituição Federal em 1988, houve comemoração pela extinção da mal 
afamada prisão por averiguação. Decerto que abusos aconteceram por meio da prisão por 
averiguação. Porém, o melhor teria sido o aperfeiçoamento e não sua abrupta extinção. 
Um ano depois, em 1989, percebeu-se que ao se enfraquecer o trabalho policial, abriu-se espaço 
para o fortalecimento da criminalidade. Surgiu uma nova forma de prisão com vistas a auxiliar 
as atividades investigativas. Trata-se da prisão temporária, trazida por meio da lei 7960/891. 
 
Nesta senda, temos que prisão temporária nasceu para substituir a antiga “prisão para averiguações” 
– na qual a polícia investigava e mantinha indivíduos presos com vista a averiguar seu envolvimento com 
crimes, sem que houvesse situação flagrancial ou prévia autorização judicial. Portanto, com o advento da 
Constituição Federal, a prisão para averiguação passou a ser considerada ilegal, podendo constituir, inclusive, 
crime de abuso de autoridade. 
 
 
No tocante ao seu contexto de processo de legalização, surgiu no Ordenamento Jurídico Brasileiro a 
partir da Medida Provisória n° 111/89, sendo posteriormente convertida na Lei n° 7.960/89. Essa conversão 
da MP na atual lei de prisão temporária é objeto de discussão até os dias atuais, isso porque se questiona a 
sua constitucionalidade, posto que medida provisória não seria instrumento hábil a restringir o direito 
 
1 https://www.lfg.com.br/conteudos/artigos/geral/prisao-temporaria-como-funciona-e-quando-pode-ser-decretada 
Medida 
Provisória n° 
111/89
Lei n° 
7.960/89
 
 
 
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Direito Administrativo – De 
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fundamental da liberdade de ir e vir (liberdade ambulatorial), sem que tivéssemos lei em sentido estrito. 
Inobstante os debates, o STF reconhece a constitucionalidade da referida lei, argumentando no sentido de 
que a Lei n. 7.960/89 não foi originada da conversão dessa medida provisória, que, em verdade, o CN 
modificou a medida, por isso, na sua visão não há que se falar em inconstitucionalidade, sendo ela plenamente 
válida à luz da Constituição Federal. 
Prisão temporária é que uma espécie de prisão cautelar, decretada pela autoridade judiciária 
competente, com prazo preestabelecido de duração, cabível exclusivamente durante a fase preliminar de 
investigações. Desta feita é um tipo de prisão restrita ao Delegado de Polícia. Lembrando que realizada a 
denúncia, acaba a fase de investigação e, portanto, não será mais cabível a prisão temporária. 
Nessa linha, corroborando ao exposto, conceitua Távora e Alencar (2020, pág. 1118): 
A temporária é a prisão de natureza cautelar, com prazo preestabelecido de duração, cabível 
exclusivamente na fase do inquérito policial – ou de investigação preliminar equivalente, 
consoante art. 283, CPP, com redação dada pela Lei no 12.403/2011 –, objetivando o 
encarceramento em razão das infrações seletamente indicadas na legislação. A Lei n° 7.960/1989 
só indica o cabimento de prisão temporária durante a tramitação de inquérito policial, porém o 
CPP ampliou o âmbito de incidência da medida cautelar ao disciplinar o seu cabimento durante 
as investigações, sem restringir-se ao inquérito policial (art. 282, § 2°, CPP). 
 
Noutra banda, preleciona Nucci (2020J 
É uma modalidade de prisão cautelar, cuja finalidade é assegurar uma eficaz investigação 
policial, quando se tratar de apuração de infração penal de natureza grave. Está prevista na Lei 
7.960/89 e foi idealizada para substituir, legalmente, a antiga prisão para averiguação, que a 
polícia judiciária estava habituada a realizar, justamente para auxiliar nas suas investigações. A 
partir da edição da Constituição de 1988, quando se mencionou, expressamente, que somente a 
autoridade judiciária, por ordem escrita e fundamentada, está autorizada a expedir decreto de 
prisão contra alguém, não mais se viu livre para fazê-lo a autoridade policial, devendo solicitar 
a segregação de um suspeito ao juiz. 
 
Analisando o conceito da prisão temporária acima proposto, podemos extrair previamente algumas 
conclusões, entre elas, a de que a prisão temporária não poderá ser decretada de ofício pelo juiz, isso porque 
trata-se de prisão restrita a fase investigatória, que não se admite atos de ofício do magistrado, buscando 
garantir a imparcialidade do julgador. No tocante a vedação de ato de ofício do juiz ainda na fase das 
investigações/inquérito policial, o Pacote Anticrime reforçou de forma significativa essa proibição, excluindo 
do Código de Processo Penal várias situações em que se admitia a decretação de ofício do juiz. 
 
 
 
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A Lei n° 13.964/19 denominada de Pacote Anticrime alterou a redação do §2º do art. 282 do CP, 
proibindo o juiz decretar qualquer medida cautelar sem provocação, seja na fase da investigação, seja na fase 
do processo. Rende-se, assim, obediência ao sistema acusatório. 
Corroborando ao exposto Estácio Luiz e Pedro Tenório (2020):2 
Antes do PAC o CPP previa a possibilidade de o juiz decretar medidas cautelares, inclusive a prisão preventiva, 
ex officio, desde que no bojo do processo penal e não no decorrer da investigação preliminar. Com o PAC, o 
magistrado não pode ter iniciativa ex officio na decretação das medidas, estando submetido ao requerimento 
das partes. 
 
Diante do exposto, contemplamos que no atual cenário, nem mesmo a prisão preventiva poderá ser 
decretada de ofício. 
 
2. Requisitos para a decretação da prisão temporária. 
 
Candidato, quando será cabível a prisão temporária? O art. 1° da Lei n. 7.960/89 nos traz ao teor 
de seu art. 1° as hipóteses autorizadoras da prisão temporária, vejamos:Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos 
necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova 
admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado 
nos seguintes crimes3: 
 
Há mais de uma corrente no que tange aos requisitos da prisão temporária, a primeira afirma que os 
incisos I, II e III são cumulativos, enquanto a segunda corrente afirma ser necessário a combinação dos 
incisos I com inciso III ou inciso II com inciso III, mas sempre estando o inciso III presente. Esta última é a 
 
2 PACOTE ANTICRIME: As modificações no sistema de justiça criminal brasileiro, Estácio Luiz Gama de Lima Netto /Pedro 
Tenório Soares Vieira Tavares, 2020. 
3 É cabível a prisão temporária para os crimes listados na Lei 7.960/89 e também para os crimes hediondos e equiparados – listados 
na Lei 8.072/90, assim como o tráfico de drogas, tortura e terrorismo. 
 
 
 
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posição majoritária. Existindo, desta forma, a junção dos pressupostos fumus comissi delicti previsto no 
inciso III e o periculum libertatis, previsto no inciso I ou II. 
Lembre-se: a doutrina e jurisprudência majoritária entende que o inciso III do art. 1° da Lei n. 
7.960/89 sempre está presente, seja combinando com o inciso I ou com o inciso II. 
• Inciso III + Inciso I 
• Inciso III + Inciso II 
Em resumo: 
Cabimento da Prisão Temporária Inciso III + Inciso I 
Cabimento da Prisão Temporária Inciso III + Inciso III 
 
 Ainda sobre o cabimento da prisão temporária discorre Távora e Alencar (2020): 
Sendo a cautelaridade da prisão temporária sua tônica, é essencial a presença do fumus commissi 
delicti e do periculum libertatis para que a medida seja decretada, pois estes elementos é que 
podem denotar a necessidade da prisão. Para a decretação da medida temporária, devem ser 
atendidos os requisitos específicos, a par dos pressupostos gerais regrados no art. 282, do CPP, 
com redação determinada pela Lei no 12.403/2011, que impõe, para a imposição de toda medida 
cautelar, que seja observado juízo de proporcionalidade a partir: 
1) da necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos 
casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; e 
2) da adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais 
do indiciado ou acusado. 
O cabimento da prisão temporária é excepcionalíssimo, pelo que, além desses pressupostos, 
devem ser preenchidos os requisitos específicos para a sua decretação que, com supedâneo no 
art. 1° da Lei no 7.960/1989. 
 
2.1 Da imprescindibilidade da prisão temporária para as investigações. Inciso I 
 
É indispensável a existência de prévia investigação (não necessariamente de um inquérito policial), 
apresentando-se a privação cautelar da liberdade de locomoção do indivíduo como recurso indispensável 
para a colheita de elementos de informação quanto à autoria e materialidade da conduta delituosa. 
Nesse sentido, a lei foi expressa ao mencionar “quando imprescindível as investigações do inquérito 
policial”. Assim, o dispositivo em exame revela a estrita necessidade para que a temporária seja decretada. 
Não é a mera conveniência, e sim a essencialidade da medida para que as investigações possam lograr 
 
 
 
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êxito, já que o indiciado, se em liberdade, será um obstáculo ao desvendamento integral do crime, pois a 
sua liberdade é um risco ao sucesso das diligências 4. 
Prestando-se a prisão temporária a resguardar, tão somente, a integridade das investigações, forçoso 
é concluir que, uma vez recebida a denúncia, não mais subsiste o decreto de prisão temporária, devendo 
o denunciado ser colocado em liberdade, salvo se sua prisão preventiva for decretada. 
 
2.2 Residência fixa ou ausência de elementos necessários para sua identificação. Inciso II 
É o caso de quando o agente não fornece o endereço ou oferece dados falsos sobre sua identificação. 
O delegado comunicará ao juiz e este poderá vim a decretar prisão temporária, tendo em vista a incerteza 
completa da identidade do indivíduo. 
Candidato, com relação a ausência de residência fixa do morador de rua, pode ser pedida a 
prisão temporária? Não, o STF entende que o fato de ser morador de rua não deverá ser compreendido 
como “sem residência fixa”, a situação de miserabilidade não poderá servir de causa para uma constrição 
grave em face de sua ausência de condições, e desta forma não é motivo plausível para prisão temporária 
apenas sob o requisito de não ter residência fixa. 
 
2.3 Crimes do inciso III 
 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
 
Quando o homicídio for qualificado (CP, art. 121, §2º, I, II, II, IV, V, VI e VII, com redação dada 
pela Lei 13.142/2015) e o homicídio simples (CP, art. 121, caput), quando praticado em atividade típica de 
grupo de extermínio, são considerados hediondos, desta forma a prisão temporária poderá ser decretada pelo 
prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade, 
diferente dos 5 ( cinco) dias prorrogáveis por mais 5 (cinco) dias quando for homicídio doloso, homicídio 
simples. 
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
 
4 Távora e Alencar. Novo curso de direito processual penal. 2020. Editora Juspodivm. 
 
 
 
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 Atente para o fato de que o PAC fez algumas alterações no CP e incluiu o parágrafo 2º-A no crime 
de roubo, não estando presente no rol taxado na Lei de prisão temporária, no entanto a inclusão desse 
parágrafo não importa na criação de um novo crime, mas apenas um desdobramento do crime de roubo, e 
desta forma a doutrina entende que esse novo parágrafo também está incluído. 
 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
 Houve uma inclusão de mais um parágrafo no crime de extorsão, só que pela Lei 11.923/09, 
tipificando o denominado sequestro relâmpago. E da mesma forma que foi realizada a análise interpretativa 
para o novo parágrafo no crime de roubo, ocorre no novo parágrafo do crime de extorsão. 
 
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo 
único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940). 
 A doutrina tem entendimento pacificado de que o estupro de vulnerável entra nesse rol. 
 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 
223, caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940). 
 O atentado violento ao pudor foi revogado, mas hoje foi transmutado para o atual art. 213 do CP. 
 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo 
único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940). 
 Não houve a abolitio criminis, na medida em que o art. 148, § 1º, V do CP, acabou absorvendo a 
figura típica do antigo art. 219. 
 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
Observe que é apenas a epidemia COM RESULTADO MORTE. A epidemia na modalidade prevista 
no caput do art. 267 do CP não admite a prisão temporária. 
 
 
 
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j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal 
qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); 
 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;Houve uma mudança de nomenclatura, agora passa a ser associação criminosa. 
 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em 
qualquer de sua formas típicas; 
 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); 
 
Embora mencione a antiga Lei 6.368/76 que foi revogada, o entendimento é válido para a nova Lei 
11.343/06. 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). 
 
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei nº 13.260, de 
2016). 
 Uma novidade trazida em 2016, que contempla quatro crimes diversos, quais sejam, o crime de 
terrorismo propriamente dito (art. 2º), o crime de organização terrorista (art. 3º), preparação de terrorismo 
(art. 5º) e financiamento ao terrorismo (art. 6º). Todos os delitos sujeitos à prisão temporária. 
 Observação. A prisão temporária não é admissível em contravenções penais, nem tampouco em 
crimes culposos. 
 Observação². A Lei 8.072/90 menciona no art. 2º, caput, os crimes hediondos (consumados ou 
tentados), a pratica de tortura e o terrorismo, não constantes do rol do art. 1º, inciso III, da Lei 7.960/89, mas 
que entram na lista de crimes cabíveis a prisão temporária. 
 Observação³. A Lei 8.072/90 refere-se ao tráfico ilícito de entorpecentes de forma ampla (art. 2º 
caput), enquanto que a Lei 7.960/89 (art. 1º, III, “n”) menciona expressamente somente o tráfico de drogas 
previsto no art. 12 da Lei 6.368/76. O entendimento é que para fins de tráfico de drogas, a prisão temporária 
cabe de forma ampla por força da Lei de crimes hediondos. 
 
 
 
 
 
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3. Procedimento 
 
Juiz DECRETA 
Mediante representação da autoridade policial Mediante requerimento do Ministério Público 
 
A prisão temporária será decretada pelo juiz, em face da representação da autoridade policial (neste 
caso deverá ser ouvido o MP) ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias 
(contado apenas da efetiva prisão), prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade âmbito da Lei n. 7.960, enquanto que no âmbito da Lei n. 8.072 (Lei dos Crimes Hediondos) 
será de 30 dias + 30 dias. 
Art. 2° da Lei 7.960/89: “A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação 
da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, 
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.” 
 
A prisão temporária é decretada pelo juiz, observando assim a cláusula de reserva de jurisdição. Nesse 
sentido, preleciona Távora e Alencar (2020, pág. 1118). 
Como de praxe, a temporária está adstrita à cláusula de reserva jurisdicional, e, em face do 
disposto no art. 2° da Lei no 7.960/1989, somente pode ser decretada pela autoridade judiciária 
competente (juiz das garantias), mediante representação da autoridade policial ou requerimento 
do Ministério Público. 
 
No tocante ao prazo, temos que ao contrário da prisão preventiva e da prisão em flagrante, a prisão 
temporária, como o próprio nome já nos sugere, possui um prazo predefinido em lei. No tocante ao referido 
prazo, a regra geral é de 5 dias, com possibilidade de prorrogação por + 5 dias na hipótese de extrema e 
comprovada necessidade. Inobstante a regra, o Ordenamento Jurídico comporta uma exceção, que ficou por 
conta da lei dos crimes hediondos ou equiparados. Desse modo, na hipótese de decretação da prisão 
temporária decretada em crimes hediondos ou equiparados o prazo passa a ser de 30 dias, prorrogáveis por 
+ 30 dias. 
Nesse sentido, preceitua Távora e Alencar: 
Nos crimes hediondos e assemelhados, quais sejam, tráfico de drogas, terrorismo e tortura 
(parágrafo 4°, art. 2°, Lei no 8.072/1990), o prazo da prisão temporária é de 30 dias, prorrogáveis 
por mais 30 dias, em caso de comprovada e extrema necessidade, atendidas as mesmas 
formalidades acima destacadas. 
 
 
 
 
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Vejamos de forma ESQUEMATIZADA: 
 
No tocante a contagem desse prazo, este começa a fluir no exato momento em que a prisão é 
cumprida. A contagem do prazo segue o disposto no Art. 10 do CP (prazo material), ou seja, inclui-se o dia 
do começo, mesmo em se tratando de feriados ou fim de semana. Uma vez encerrado o prazo da prisão 
temporária, o preso deve ser colocado imediatamente em liberdade, mesmo que o dia fatal recaia sobre 
fim de semana ou feriado. 
Cumpre recordamos que a prorrogação desses prazos, quando admitida, não se dará de forma 
automática, o delegado de polícia terá de solicitar a prorrogação antes de vencer o prazo, tendo em vista que 
após vencido a soltura será automática, sem alvará. Caso seja desnecessário manter a prisão, poderá ser solto 
antes do prazo, e segundo a doutrina deverá ser comunicado ao juiz para que proceda a soltura. 
 Da leitura do art. 2º, caput, da Lei n. 7.960/89, depreende-se que a prisão temporária não pode ser 
decretada de ofício pelo juiz. Preserva-se assim, o sistema acusatório e o princípio da imparcialidade do juiz. 
Atente-se ainda para o fato de que a Lei nº 7.960/89 não atribui legitimidade ao querelante para requerer 
a prisão temporária. 
 
4. Direitos dos Presos 
Art. 2°. § 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no 
art. 5° da Constituição Federal. 
 
Regra Geral:
• A prisão temporária será 
decretada pelo Juiz, em 
face da representação 
da autoridade policial ou 
de requerimento do 
Ministério Público, e terá 
o prazo de 5 (cinco) dias, 
prorrogável por igual 
período em caso de 
extrema e comprovada 
necessidade.
Hediondos e equiparados:
• Em se tratando de 
invesgação de crimes 
previstos na Lei 8.072/90 
(crimes hediondos, 
tráfico de drogas, tortura 
e terrorismo), o prazo da 
prisão temporária será 
de 30 (trinta) dias, 
prorrogável por igual 
período, em caso de 
extrema e comprovada 
necessidade. 
 
 
 
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Conforme prevê o art. 2°§ 6° da Lei n. 7.960/89, o preso será informado pela autoridade policial a 
respeito de seus direitos. 
 
5. Prisão temporárias versus Prisão preventiva 
Prisão temporária Prisão preventiva 
Trata-se de prisão cautelar Trata-se de prisão cautelar 
Previsão normativa: Lei n. 7.960/89 Previsão normativa: Arts. 311 – 316 do CPP 
É cabível apenas na fase do inquérito policial Cabível na fase do IP (pré-processual), bem como, 
na fase processual 
Possui prazo determinado: até 5 + 5 /Até 30+30 Prazo indeterminado. 
Decretação pelo Juiz, mediante requerimento do 
MP ou representação da Autoridade Policial – não 
cabe decretação de ofício. 
Investigação criminal – decretação pelo juiz a 
requerimento do MP ou representação da autoridade 
policial; 
Fase processual – requerimento do MP, 
requerimento do Querelante, do Assistente de 
acusação ou decretação de ofício. 
 
6. Legislação 
Conversão da Medida Provisória nº 111, de 1989
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito 
policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não 
fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua 
identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com 
qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou 
participação do indiciado nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 
1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante seqüestro(art. 159, caput, e seus §§ 1°, 
2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, 
caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, 
de 1940) 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua 
combinação com o art. 223, caput, e parágrafo 
único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940) 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 
caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, 
de 1940) 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia 
ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, 
combinado com art. 285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de 
outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de 
outubro de 1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 
de junho de 1986). 
 
 
 
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p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído 
pela Lei nº 13.260, de 2016) 
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em 
face da representação da autoridade policial ou de 
requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de 
extrema e comprovada necessidade. 
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o 
Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. 
§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser 
fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e 
quatro) horas, contadas a partir do recebimento da 
representação ou do requerimento. 
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do 
Ministério Público e do Advogado, determinar que o preso 
lhe seja apresentado, solicitar informações e 
esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a 
exame de corpo de delito. 
§ 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado 
de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao 
indiciado e servirá como nota de culpa. 
§ 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o 
período de duração da prisão temporária estabelecido 
no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso 
deverá ser libertado. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019) 
§ 5° A prisão somente poderá ser executada depois da 
expedição de mandado judicial. 
§ 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o 
preso dos direitos previstos no art. 5° da Constituição 
Federal. 
§ 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso 
deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já 
tiver sido decretada sua prisão preventiva. 
§ 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a 
autoridade responsável pela custódia deverá, 
independentemente de nova ordem da autoridade judicial, 
pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver 
sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da 
decretação da prisão preventiva. (Incluído pela Lei nº 
13.869. de 2019) 
§ 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão 
no cômputo do prazo de prisão temporária. (Redação 
dada pela Lei nº 13.869. de 2019) 
Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, 
obrigatoriamente, separados dos demais detentos. 
Art. 4° O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de dezembro de 
1965, fica acrescido da alínea i, com a seguinte redação: 
"Art. 4° ............................................................... 
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de 
medida de segurança, deixando de expedir em tempo 
oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de 
liberdade;" 
Art. 5° Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um 
plantão permanente de vinte e quatro horas do Poder 
Judiciário e do Ministério Público para apreciação dos 
pedidos de prisão temporária. 
Art. 6° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário. 
 
7. Já Caiu. Vamos Treinar? 
 
1. (VUNESP - TJ-SP - VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto). Em relação à prisão 
temporária, prevista na Lei n° 7.960/1989, assinale a alternativa correta. 
 
a) É cabível para os crimes que a admitem, e somente na fase pré-processual, desde que em atenção a 
requerimento da Autoridade Policial ou do Ministério Público, vedada a decretação de ofício. 
b) É cabível para os crimes que a admitem, tanto na fase pré-processual quanto na processual, a 
requerimento da Autoridade Policial ou do Ministério Público, vedada a decretação de ofício, por 5 
 
 
 
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(cinco) dias, prorrogáveis uma vez e pelo mesmo prazo, em caso de extrema necessidade, devidamente 
demonstrada. 
c) É cabível para os crimes que a admitem, e somente na fase pré-processual, sendo imprescindível para a 
decretação, quando requerida pela Autoridade Policial, a concordância do Ministério Público. 
d) É cabível para os crimes que a admitem, tanto na fase pré-processual quanto na processual, podendo ser 
decretada de ofício, ou a requerimento da Autoridade Policial ou do Ministério Público. 
 
Gab. A. Conforme explicamos, a prisão temporária é própria da fase investigatória. Além disso, deverá ser 
decretada pelo juiz mediante representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público, 
não sendo possível a sua decretação de ofício. Após o advento do PAC, nem mesmo a prisão preventiva 
poderá ser determinada de ofício na fase investigatória. 
 Nesse sentido, preceitua Nestor Távora e Fábio Roque (2020): 
A Lei Anticrime alterou a redação do art. 311, CPP, para excluir a possibilidade de o juiz decretar 
a prisão preventiva de ofício, durante o processo penal. Antes do advento da Lei n. 12.403/11, o 
juiz tinha poderes para decretar a prisão preventiva de ofício, a qualquer tempo. 
(...) 
Com o advento da referida Lei, a possibilidade de decretação da preventiva de ofício pelo 
julgador passou a se adstringir à fase de processo, sendo vedada a iniciativa judicial durante a 
investigação criminal. 
________________________ 
2. (FUNDATEC - PC-RS - FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Delegado de Polícia - Bloco II). Acerca 
da prisão, medidas cautelares e liberdade, é correto afirmar que: 
 
a) É cabível medida cautelar diversa da prisão a crime cuja pena cominada seja de multa. 
b) A prisão temporária será decretada pelo Juiz, de ofício, em face da representação da autoridade policial 
ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período 
em caso de extrema e comprovada necessidade. 
c) Ausentes os requisitos da prisão preventiva, é cabível liberdade provisória para o crime de tráfico de 
drogas. 
d) É constitucional a expressão "e liberdade provisória", constante do caput do artigo 44 da Lei nº 
11.343/2006, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
 
 
 
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e) A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de 
liberdade máxima seja inferior a 4 (quatro) anos. 
 
Gab. C. Trata-se de entendimento já firmado na Jurisprudência. Vejamos: 
 
É inconstitucional o art. 44 da Lei 11.343/2006 na parte em que proíbe a liberdade provisória 
para os crimes de tráfico de drogas. Assim, é permitida a liberdade provisória para o tráfico de 
drogas, desde que ausentes os requisitos do art. 312 do CPP. STF. Plenário. HC 104339/SP, Rel. 
Min. Gilmar Mendes, julgado em 10/5/2012. 
 
A decisão foi reafirmada pelo Plenário Virtual do STF no RE 1038925, de 2017, com repercussão 
geral reconhecida: 
É inconstitucional a expressão e liberdade provisória, constante do caput do artigo 44 da Lei 
11.343/2006. STF. Plenário.RE 1038925 RG, Rel. Gilmar Mendes, julgado em 18/08/2017 
(repercussão geral – Tema 959). 
 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível liberdade provisória para acusados por tráfico 
de drogas. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: < 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/23c97e9cb93576e45d2feaf0
0d0e8502 >. Acesso em: 27/06/2020 
 
________________________ 
3. (VUNESP - PC-BA - VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de Polícia). No que concerne à prisão 
em flagrante, à prisão temporária e à prisão preventiva, assinale a alternativa correta, nos 
estritos termos legais e constitucionais. 
 
a) Nenhuma delas tem prazo máximo estabelecido em lei. 
b) A primeira pode ser realizada pela autoridade policial, violando domicílio e sem ordem judicial, a 
qualquer horário do dia ou da noite. 
c) A segunda somente é cabível em crimes hediondos ou assemelhados, podendo durar 30 (trinta) ou 60 
(sessenta) dias. 
d) A segunda demanda ordem judicial e prévio parecer favorável do Ministério Público. 
e) A terceira pode ser decretada de ofício pelo Juiz durante o inquérito policial. 
 
 
 
 
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Gab. B. A prisão em flagrante é a única que não necessita de autorização judicial, uma vez caracterizada as 
situações de flagrância. A prisão preventiva fica sujeita a cláusula de reserva de jurisdição, assim como, a 
prisão temporária. 
________________________ 
 
4. (FCC - TJ-SC - FCC - 2017 - TJ-SC - Juiz Substituto). Recebendo o juiz os autos do inquérito 
policial com pedido de prazo para conclusão, sem provocação da autoridade policial ou do 
Ministério Público, 
 
a) poderá o juiz decretar a prisão temporária do investigado por cinco dias, ainda que não haja representação 
da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público. 
b) não poderá decretar a prisão temporária do investigado, pois não há previsão legal de prisão temporária 
decretada de ofício pelo Juiz. 
c) não poderá decretar a prisão temporária do investigado, pois a prisão temporária somente poderá ser 
decretada após a conclusão do inquérito policial. 
d) poderá decretar a prisão temporária do investigado, desde que tenha por fundamento a garantia da ordem 
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da 
lei penal e haja prova do crime e indício suficiente de autoria. 
e) poderá o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e decretar a prisão do 
investigado. 
 
Gab. B. Conforme já explicado anteriormente, a prisão temporária depende de provocação – representação 
da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público. Não se admite a decretação de ofício pelo 
magistrado. 
________________________ 
5. (CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-GO Prova: CESPE - 2017 - PC-GO - Delegado de Polícia 
Substituto). Com relação à prisão temporária, assinale a opção correta. 
 
a) A prisão temporária poderá ser decretada pelo juiz de ofício ou mediante representação da autoridade 
policial ou requerimento do Ministério Público. 
b) Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o recebimento da denúncia pelo juiz. 
 
 
 
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c) São três os requisitos indispensáveis para a decretação da prisão temporária, conforme a doutrina 
majoritária: imprescindibilidade para as investigações; existência de indícios de autoria ou participação; 
e indiciado sem residência fixa ou identificação duvidosa. 
d) É cabível a prisão temporária para a oitiva do indiciado acerca do delito sob apuração, desde que a 
liberdade seja restituída logo após a ultimação do ato. 
e) A prisão temporária poderá ser decretada tanto no curso da investigação quanto no decorrer da fase 
instrutória do competente processo criminal. 
 
Gab. B. Em se tratando de uma prisão própria da fase investigatória, não é possível falarmos em manutenção 
da temporária após o recebimento da denúncia (fase processual). 
________________________ 
6. (MPE-PB Órgão: MPE-PB Prova: MPE-PB - 2011 - MPE-PB - Promotor de Justiça). A 
autoridade judiciária, de ofício, não poderá: 
 
a) Reconhecer, na sentença, agravante de reincidência, não alegada pela acusação. 
b) Determinar interceptação das comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em 
investigação criminal e em instrução processual penal. 
c) Ordenar busca e apreensão de documentos em poder do denunciado. 
d) Decretar prisão temporária de suspeito de cometimento de crimes considerados hediondos. 
e) (Abstenção de resposta - Seção VIII, item 11, do Edital do Concurso). 
 
Gab. D. Não se admite a decretação de prisão temporária de ofício. 
________________________ 
 
7. (CESPE / CEBRASPE - PC-PE - CESPE - 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia. Considerando-
se que João tenha sido indiciado, em inquérito policial, por, supostamente, ter cometido 
dolosamente homicídio simples, e que Pedro tenha sido indiciado, em inquérito policial, por, 
supostamente, ter cometido homicídio qualificado, é correto afirmar que, no curso dos 
inquéritos, 
 
 
 
 
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a) se a prisão temporária de algum dos acusados for decretada, ela somente poderá ser executada depois de 
expedido o mandado judicial. 
b) João e Pedro podem ficar presos temporariamente, sendo igual o limite de prazo para a decretação da 
prisão temporária de ambos. 
c) o juiz poderá decidir sobre a prisão temporária de qualquer um dos acusados ou de ambos, 
independentemente de ouvir o MP, sendo suficiente, para tanto, a representação da autoridade policial. 
d) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de Pedro mas não a de João. 
e) o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de João e de Pedro. 
 
Gab. A. Trata-se da norma prevista ao teor do art. 2°, § 5° da Lei n. 7.960/89 “a prisão somente poderá ser 
executada depois da expedição de mandado judicial”. 
________________________ 
 
8. (CESPE / CEBRASPE - PC-PE - CESPE - 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia). Considerando 
a doutrina majoritária e o entendimento dos tribunais superiores, assinale a opção correta a 
respeito da prisão. 
 
a) O flagrante diferido que permite à autoridade policial retardar a prisão em flagrante com o objetivo de 
aguardar o momento mais favorável à obtenção de provas da infração penal prescinde, em qualquer 
hipótese, de prévia autorização judicial. 
b) Para a admissibilidade de prisão temporária exige-se, cumulativamente, a presença dos seguintes 
requisitos: imprescindibilidade para as investigações, não ter o indiciado residência fixa ou não fornecer 
dados esclarecedores de sua identidade e existência de indícios de autoria em determinados crimes. 
c) Configura crime impossível o flagrante denominado esperado, que ocorre quando a autoridade policial, 
detentora de informações sobre futura prática de determinado crime, se estrutura para acompanhar a sua 
execução, efetuando a prisão no momento da consumação do delito. 
d) Havendo conversão de prisão temporária em prisão preventiva no curso da investigação policial, o prazo 
para a conclusão das investigações, no âmbito do competente inquérito policial, iniciar-se-á a partir da 
decretação da prisão preventiva. 
e) Havendo mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a autoridade policial 
poderá executar a ordem mediante certificação em cópia do documento, desde que a diligência se efetive 
no território de competência do juiz processante. 
 
 
 
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Gab. D. 
________________________ 
9. (MPE-SC - MPE-SC - MPE-SC - 2016 - MPE-SC - Promotorde Justiça – Matutina). Na forma 
da Lei n. 7.960/89 (Prisão Temporária), caberá prisão temporária quando houver fundadas 
razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria e participação 
do indiciado no crime previsto no art. 267, caput, do Código Penal. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
Gab. Errado. O delito do art. 267, caput do CP, não admite a prisão temporária. Apenas a epidemia com 
resultado morte é que permite a decretação da prisão temporária. Assim, a assertiva encontra-se errada. 
Vejamos: 
CP, Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos: 
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro. 
Lei 7.960/89, Art. 1° Caberá prisão temporária: 
[...] i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°). 
 
________________________ 
10. (FMP Concursos - MPE-AM - FMP Concursos - 2015 - MPE-AM - Promotor de Justiça 
Substituto). Em relação às prisões provisórias, assinale a alternativa correta. 
 
a) Ninguém poderá ser preso, senão por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, 
em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do 
processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. 
b) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município, Estado ou país, o executor do 
mandado de prisão poderá efetuar a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à 
autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de prisão em flagrante, providenciará 
diretamente a remoção do preso ao juízo de origem do mandado. 
 
 
 
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c) A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante, mas, nesse caso, com o 
condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso 
à autoridade. 
d) Recusando ou retardando a autoridade policial a concessão da fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá 
prestá-la, mediante simples petição, perante qualquer juízo criminal durante o horário forense, que 
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. 
e) Ao Juiz é vedado determinar, de ofício, que o preso temporário lhe seja apresentado, solicitar informações 
e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito, tendo em vista que tal 
determinação somente poderá ser feita mediante requerimento do Ministério Público e do defensor. 
 
Gab. C. Trata-se de regra prevista ao teor do Código de Processo Penal. Vejamos: Art. 304, § 2°. A falta de 
testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, 
deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. 
 
________________________ 
11. (FUNCAB - PC-RO - FUNCAB - 2014 - PC-RO - Delegado de Polícia Civil). A ordem ou o 
“comando implícito de soltura” é característica peculiar de uma prisão cautelar, no caso, a 
prisão: 
 
a) preventiva decorrente de conversão. 
b) em flagrante. 
c) temporária. 
d) preventiva decretada no curso do processo. 
e) domiciliar decretada no curso do processo. 
 
Gab. C. Art. 2°. § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia 
deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em 
liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão 
preventiva. (Incluído pela Lei nº 13.869 de 2019). 
________________________ 
 
 
 
 
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12. (FUNIVERSA - PC-DF - FUNIVERSA - 2015 - PC-DF - Delegado de Polícia). Com base na 
legislação, na jurisprudência e na doutrina majoritária, assinale a alternativa correta acerca 
do inquérito policial, da prisão temporária e da participação do Ministério Público na 
investigação criminal. 
 
a) O inquérito policial é um procedimento administrativo, prevalecendo, na doutrina, o entendimento de 
que se devem observar todas as garantias ínsitas ao contraditório e à ampla defesa durante o inquérito 
policial, o que concede ao investigado, por exemplo, o direito à dialeticidade processual e à produção de 
provas. 
b) Conforme o STJ, a participação de um membro do Ministério Público na fase de investigação criminal 
não acarreta o seu impedimento ou a sua suspeição para o oferecimento da denúncia. 
c) Em casos teratológicos, o STF e o STJ têm admitido que a autoridade policial que preside o procedimento 
administrativo promova o arquivamento do inquérito policial perante o juiz. 
d) O descumprimento do prazo previsto em lei para concluir o inquérito policial justifica, ipso facto, o 
relaxamento da prisão por excesso de prazo. 
e) Após recente inovação legislativa, o prazo da prisão temporária foi unificado, independentemente de o 
crime ser hediondo ou a ele equiparado. 
 
Gab. B. Trata-se do teor da Súmula 234 do STJ. Súmula 234 – A participação de membro do Ministério 
Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da 
denúncia. ( 
No tocante a assertiva da letra E, equivocado a afirmativa, pois não tivemos essa unificação, permanecemos 
com dois prazos: 5 dias e 30 dias, sendo o prazo de 5 dias para crimes não hediondos e o de 30 dias para 
crimes hediondos ou equiparados. 
• 5 dias + 5 dias: crimes “comuns”, leia-se, não hediondo ou equiparado. 
• 30 dias + 30 dias: crimes hediondos ou equiparados. 
________________________ 
 
13. (VUNESP - PC-CE - VUNESP - 2015 - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe). A 
prisão temporária é cabível 
(I) quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
 
 
 
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(II) quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao 
esclarecimento de sua identidade e 
(III) quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, 
de autoria ou participação do indiciado em alguns crimes expressamente citados no texto da 
Lei no 7.960/90, entre eles 
 
a) a corrupção passiva (CP, art. 317). 
b) a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais 
(CP, art. 273). 
c) a concussão (CP, art. 316). 
d) o contrabando (CP, art. 334). 
e) os contra o sistema financeiro (Lei no 7.492/86). 
 
Gab. E. Mais uma questão que exigia do candidato o conhecimento do rol dos crimes que admitem a prisão 
temporária. Nessa esteira, reforçamos a importância da leitura até a exaustão do dispositivo legal que nos 
traz esse rol na lei de prisão temporária. 
________________________ 
14. (FCC - DPE-CE - FCC - 2014 - DPE-CE - Defensor Público de Entrância Inicial). A autoridade 
policial representou pela prisão temporária de José e o juiz a decretou. Pode-se dizer que 
 
a) se o Juiz houvesse indeferido a decretação da prisão temporária, não precisaria ter fundamentado a 
decisão. 
b) dada a urgência, o Juiz pode ter decidido sem ter ouvido previamente o Ministério Público que, 
posteriormente, deve tomar ciência da decisão, em contraditório diferido. 
c) José pode estar sendo investigado pela prática de homicídio doloso simples. 
d) dada a urgência, a prisão pode ser executada antes mesmo da expedição de mandado judicial. 
e) se José for posto em liberdade é porque necessariamente decorreu o prazo determinado pelo juiz pa- ra a 
prisão temporária. 
 
Gab. C. 
________________________ 
 
 
 
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15. (ACAFE- PC-SC - ACAFE - 2014 - PC-SC - Delegado de Polícia). Analise os crimes a seguir, 
identifique os passíveis de decretação de prisão temporária quando houver fundadas razões de 
autoria ou participação do indiciado e assinale a alternativa correta. 
 
l Homicídio de qualquer natureza e tráfico de drogas. 
ll Sequestro, cárcere privado e estupro. 
lll Extorsão mediante sequestro e crimes contra o sistema financeiro. 
lV Furto, roubo e extorsão. 
 
a) Apenas I, II e III estão corretos. 
b) Apenas I e III estão corretos. 
c) Apenas II e III estão corretos. 
d) Apenas III e IV estão corretos. 
e) Todos estão corretos. 
Gab. C. Trata-se de questão que exigia do candidato o conhecimento do rol dos crimes em que se admite a 
prisão temporária. São eles: 
 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1o, 2o e 3o); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
Com base no princípio da continuidade normativa típica, o legislador manteve o fato como criminoso, mas 
alterou sua roupagem (art. 213 alterado pela Lei no 12.015/2009). 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223, caput, combinado com o art. 285. Esta figura 
penal foi extinta pela Lei no 11.106/2005); 
i) epidemia com resultado morte (art. 267, § 1); com resultado MORTE. 
 
 
 
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Manual Caseiro 
 
Direito Administrativo – De 
na Súmula!!! 
 
 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificada pela morte (art. 270, 
caput, combinado com o art. 285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; *Atual associação criminosa. 
m) genocídio; 
n) tráfico de drogas (correspondendo atualmente aos artigos 33, caput e § 1, além dos artigos 34 a 37 da Lei 
no 11.343/2006); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei no 7.492, de 16.06.1986); 
p) os crimes hediondos e assemelhados, quais sejam, tráfico, tortura e terrorismo, mesmo os não 
contemplados no rol do art. 1o da Lei no 7.960/1989, por força do § 4o do art. 2o da Lei no 8.072/1990 (Lei 
de Crimes Hediondos), são suscetíveis de prisão temporária. 
________________________ 
 
Dicas finais: 
 
Analisando os fundamentos das questões observamos que as bancas examinadoras possuem uma 
predileção na cobrança do art. 1° e art. 2° da Lei n. 7.960/89. Dessa moda, reforçamos a importância da 
leitura atenciosa dos dispositivos mencionados. 
 
8. Referências Bibliográficas 
 
Nucci, Guilherme de Souza. Curso de direito processual penal / Guilherme de Souza Nucci. – 17. ed. – Rio 
de Janeiro: Forense, 2020. 
 
Távora, Nestor. Curso de direito processual penal / Nestor Távora, Rosmar Rodrigues Alencar - 15. ed. 
reestrut., revis. e atual. - Salvador: Ed. JusPodivm, 2020. 
 
Távora, Nestor. Curso de Processo Penal comentado / Nestor Távora, Fábio Roque Araújo - 11. ed. rev., 
ampl. e atual. - Salvador: Ed. JusPodivm, 2020. 
 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível liberdade provisória para acusados por tráfico de drogas. 
Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: < 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/23c97e9cb93576e45d2feaf00d0e8502 >. 
Acesso em: 27/06/2020. 
 
Lei n. 7.960/89. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm >/ Acesso em: 
27/06/2020.

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