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Apostila Metodologia Científica I

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Prévia do material em texto

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA I
É vedada, terminantemente, a cópia do material didático sob qualquer 
forma, o seu fornecimento para fotocópia ou gravação, para alunos 
ou terceiros, bem como o seu fornecimento para divulgação em 
locais públicos, telessalas ou qualquer outra forma de divulgação 
pública, sob pena de responsabilização civil e criminal.
SUMÁRIO
1. Construindo um projeto de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4
O que você precisa saber antes de iniciar o seu trabalho: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4
1.1. O que deve ser preenchido no projeto de pesquisa? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
2. Do projeto de pesquisa ao desenvolvimento do TCC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.1 Escolha do assunto ou tema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
2.1.1 Delimitando o tema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2 Formulação do problema de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16
2.3 Definição dos objetos de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19
2.4. Estabelecendo os objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.5 Relatar a justificativa da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
2.6. Fundamentação teórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.7. Construção de hipótese. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.8 Levantamento de material bibliográfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24
2.8.1 Pesquisa bibliográfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.8.2 Fichamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.9. Tipos de pesquisas científicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.9.1. Etapas da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.10. Programa de pesquisa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3. Redação e normalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.2 Plágio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.3 Citações e referências bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.3.1 Citações no corpo do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.3.2 Citação indireta ou livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.3.3 Citação mista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.3.4 Citação de informações retiradas da internet . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4. Desenvolvimento do TCC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Pág. 4 de 54
1. CONSTRUINDO UM PROJETO DE PESQUISA
Introdução
O projeto de pesquisa é um plano de trabalho introdutório, que dará origem ao trabalho de 
conclusão de curso (TCC). As instruções apresentadas nos tópicos adiante são essenciais para o 
início e a continuidade do seu trabalho. Sugerimos total atenção às informações aqui abordadas.
Este trabalho exigirá sua dedicação nos próximos meses, 
assim como será necessário seu envolvimento neste processo 
desde o início, pois, mesmo que já tenha feito algum TCC 
anteriormente, não haverá dispensa ou aproveitamento deste 
conteúdo, pois esta disciplina representa o produto final de todo 
o aprendizado desta especialização.
O não cumprimento das atividades propostas nos prazos 
indicados poderá comprometer a conclusão do seu trabalho e 
fazer com que o mesmo seja classificado como inapto para a 
apresentação final.
Figura 1. Trabalho de conclusão.
Fonte: SaimonSailent/Shutterstock.
O que você precisa saber antes de iniciar o seu trabalho:
Quem será meu orientador?
• A orientação para o projeto de pesquisa e TCC será feita pelo tutor indicado pela coordenação 
do curso. A orientação será realizada nos momentos em que as aulas de Metodologia da 
Pesquisa Científica 1 e 2 forem disponibilizadas para os alunos, por intermédio dos chats.
Como manter contato com meu orientador?
• Todo contato realizado com seu orientador deve ser feito, exclusivamente, na Área do Aluno, nos 
chats programados ou pelas postagens dos trabalhos e devolutivas do orientador realizadas 
pelo menu TCC.
• O menu TCC é utilizado para envio/recebimento de arquivos em Word. Utilize para disponibilizar 
seu trabalho e receber os apontamentos do seu orientador. Todo o processo de devolutivas e 
correções deve ser feito por aqui!
Pág. 5 de 54
Figura 2. Acesso á área de TCC.
• Os chats serão agendados pelos orientadores no decorrer das aulas de Metodologia da 
Pesquisa. Aproveite estes momentos para esclarecer suas dúvidas. Acompanhe sua agenda!
Perdeu o chat?
• Não fique sem as informações e trocas enviadas pelo seu orientador. Acesse o histórico da 
conversa em: menu Acadêmico // Chat // acessar chat.
Figura 3. Histórico do chat.
Pág. 6 de 54
O que devo fazer inicialmente?
• Em princípio será necessário ler o material disponibilizado nesta aula, participar do chat que 
será agendado pelo orientador e, finalmente, preencher e enviar seu projeto de pesquisa de 
acordo com os prazos estipulados.
O que é o Projeto de Pesquisa?
• O Projeto de Pesquisa é um plano de trabalho no qual você determinará o que fazer, como, 
quando e onde. É um roteiro de intenções, que apresentará a sua ideia ao professor que 
orientará o seu TCC. Por isso, elaborar um bom projeto garante melhor o controle do tempo 
de estudo e da pesquisa, siga uma diretriz até atingir o seu objetivo.
Há um modelo de Projeto de Pesquisa?
• Sim, o modelo pode ser baixado pela plataforma. Ele deve ser preenchido independente do 
formato do TCC.
Quanto tempo terei para entregar o projeto?
• O projeto de pesquisa deverá ser entregue ao orientador em até 90 (noventa) dias a partir do 
início da aula de Metodologia da Pesquisa Científica 1.
O projeto de pesquisa vale nota?
• A princípio não, mas a entrega do projeto de pesquisa, bem como sua participação no processo, 
pode compor a nota final do TCC.
O que devo fazer após a entrega do projeto?
• Inicialmente, é necessário aguardar a devolutiva do orientador para que possa dar sequência 
à sua pesquisa e disponibilizar a primeira versão do seu TCC.
• Trabalhando desta forma seu orientador terá tempo de ler seu trabalho e solicitar os ajustes 
em tempo hábil, de acordo com o formato definido e o cronograma estipulado.
Pág. 7 de 54
Qual será o formato do meu trabalho?
• O trabalho final será em formato, na maioria dos casos, será um Artigo ou Monografia, 
dependendo do curso, da área e do orientador. Para saber mais a respeito, participe do(s) 
chat(s) e leia as instruções disponibilizadas pelo orientador em Material de Estudos.Qual a diferença entre monografia e artigo?
Monografia
A Monografia é a produção dissertativa sobre um assunto específico relacionado ao curso que 
você está realizando e que não precisa ser sobre um tema original, mas precisa ter fontes seguras 
de investigação, pois é um tipo de trabalho científico e acadêmico – escrito, normalmente, por 
uma única pessoa deve ter aproximadamente 50 (cinquenta) páginas, a monografia discorre com 
maior volume e densidade sobre o assunto escolhido e tem como principal objetivo a organização 
do aprendizado adquirido durante o curso.
Abordagem de assunto único, com discussão sucinta baseada em conceitos e teorias, que, às 
vezes, pode envolver a coleta de dados, caracterizando ensaio teórico, discursivo e descrição de 
experimento.
Artigos Científicos
O Artigo Científico tem uma característica de síntese, mais conciso que a Monografia, com 
aproximadamente 20 (vinte) páginas, tem como objetivo ser publicado em veículos de cunho 
científico. O orientador do curso pode definir um artigo como trabalho de conclusão. Verifique o 
padrão exigido pelo orientador do seu curso.
Apresentam fontes teóricas, resultados e conclusões de estudos ou pesquisas, distinguindo-se 
dos outros trabalhos científicos apenas por sua reduzida dimensão e conteúdo, e não pela qualidade 
das informações. O artigo científico pode ser também uma forma de publicar uma pesquisa elaborada 
com esse propósito.
Além do exposto anteriormente, o artigo científico traz contribuições importantes para estudantes 
e pesquisadores, discutindo temas de grande importância para a complementação de trabalhos de 
graduação e pós-graduação, possibilita ampliação de conhecimentos, esclarecimento e compreensão 
de certas questões controversas.
Pág. 8 de 54
Geralmente são publicados em revistas ou periódicos científicos especializados e apresentados 
em eventos científicos, como congressos, seminários e simpósios (SÁ et al., 2000).
Segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 259), “os artigos científicos, por serem completos, permitem 
ao leitor, mediante a descrição da metodologia empregada, do processamento utilizado e resultados 
obtidos, repetir a experiência”.
E, assim, constatar ou comprovar os resultados obtidos, bem como a validade e a fidedignidade 
desse tipo de trabalho acadêmico. Dessa forma, demonstra sua relevância para o avanço da ciência 
e da pesquisa.
Outros formatos de TCC
Siga as orientações repassadas pelo seu orientador para a elaboração do seu projeto e entrega 
do TCC.
Quanto tempo terei para entregar o TCC?
• A primeira versão do TCC deverá ser entregue ao orientador no limite máximo de 30 (trinta) 
dias antes do início da aula de Metodologia da Pesquisa Científica 2, mas indicamos que não 
deixe para a última hora.
• Entregue o quanto antes a primeira versão do trabalho para o seu orientador corrigir.
O que ocorrerá após a finalização do TCC?
• Após a finalização do TCC (via plataforma), ocorrerão as atividades presenciais, programadas 
para ocorrer em nossas Unidades de Apoio, localizadas nas principais capitais brasileiras.
• A data das atividades presenciais será posterior ao final das disciplinas do curso. Nesta ocasião, 
você realizará a defesa escrita do seu TCC e também a Prova Final Presencial, abordando todo 
o conteúdo programático do curso.
• A data do encontro presencial será marcada com antecedência.
• Outros detalhes e informações desta etapa serão passados na aula de Metodologia da Pesquisa 2.
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QUADRO 1 - Como devo me organizar e quanto tempo terei para entregar o TCC?
M
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 1
D
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og
ia
 2
Escolha do
tema
Em até 90 diasET
A
PA
S PRAZOS
Meses subsequentes Finalização Defesa
Levantamento
bibliográfico
Elaboração do
projeto
Coleta de dados
Análise dos
dados
Organização do
roteiro/partes
Redação do
trabalho
Entrega da
1ª versão
Revisão e 
redação final
Entrega
do artigo
Aprovação para
a defesa
Defesa escrita /
Prova final
ATENÇÃO!
O orientador do curso definirá o formato do seu trabalho de conclusão de curso. Verifique com o 
orientador o tipo de trabalho que será solicitado antes de elaborar seu projeto!
Pág. 10 de 54
1.1. O que deve ser preenchido no projeto de pesquisa?
Quais são os itens que o Projeto de Pesquisa deve conter?
O Projeto de Pesquisa deve obedecer ao seguinte formato (que 
serão abordados detalhadamente mais a frente):
Figura 4. Projeto de Pesquisa.
Fonte: Elnur/Shutterstock.
Introdução
Sobre o que você discorrerá? Preste atenção ao tema/assunto e 
título, pois parte da compreensão de seu trabalho já estará no conceito contido. Para alguns analistas, 
o título de um trabalho já representa 50% da mensagem que o texto como um todo vai transmitir.
Até onde? Deixe claro até onde pretende chegar com sua pesquisa, delimite o assunto para não 
se perder no caminho da pesquisa. Isso facilitará o seu trabalho e não dará margem para cobranças 
sobre o porquê não falou sobre “isso” ou “aquilo”.
• Desenvolver genericamente o tema;
• Anunciar a ideia básica;
• Apresentar o problema de pesquisa;
• Delimitar o foco da pesquisa; e
• Situar o tema dentro do contexto geral da sua área de trabalho.
Pergunta do Problema
Ainda na Introdução, deve ser apresentado um problema de pesquisa. Só haverá uma pesquisa 
se houver um problema a ser solucionado. O problema de pesquisa é uma pergunta que o estudo 
deve responder. O problema da pesquisa ou problemática deverá ser fundamentada em estudos, 
sendo necessário evidenciar que seu tema para a pesquisa realmente é um problema e que deverá 
ser solucionado. Com isso, será possível mostrar um conhecimento literário sobre o assunto. Depois 
de feita a problemática fundamentada em autores, o aluno deverá desenvolver uma pergunta; que 
a pesquisa responderá.
Para elaborar a introdução do seu projeto de pesquisa, consulte os tópicos neste material a seguir:
2.1 ESCOLHA DO ASSUNTO OU TEMA
2.2 DELIMITANDO O TEMA
2.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA
2.4 DEFINIÇÃO DOS OBJETOS DE ESTUDO
Pág. 11 de 54
Objetivos
O objetivo geral define o que o pesquisador pretende atingir com sua investigação. Os objetivos 
de seu trabalho são relevantes para a compreensão das estratégias de pesquisa que escolherá. É 
o “porquê” do seu trabalho. Use preferencialmente verbos no infinitivo: analisar, aprofundar, rever, 
checar, dialogar.
Saiba como elaborar os objetivos do seu projeto de pesquisa consultando o tópico deste material:
2.4.1. ESTABELECENDO OS OBJETIVOS
Justificativa
Por que considera relevante o seu tema?
Consiste na apresentação, de forma clara e objetiva, das razões de ordem teórica ou prática 
que justificam a realização da pesquisa ou o tema proposto.
Este é o momento de justificar a sua relevância, seja pela ausência de estudo sobre o que você vai 
escolher, seja para mostrar uma nova perspectiva ou, ainda, para aprofundar estudos já realizados. 
Esta é a etapa do projeto que você dirá no que o seu trabalho contribuirá para acrescentar algo 
sobre o tema.
Compreenda como justificar seu projeto de 
pesquisa por meio do tópico neste material:
2.5. RELATAR A JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
Fundamentação Teórica
Em se tratando de um estudo científico, não é a 
sua opinião que será provada, mas sim por meio de 
outros estudos, de citações, de fontes confiáveis é 
que você poderá justificar teoricamente o que vai 
estudar, elaborando conceitos, formando ideias racionais e coerentes.
Atualmente, nenhuma pesquisa parte da estaca zero. Em algum lugar, alguém já deve ter feito 
pesquisas iguais ou semelhantes, ou mesmo complementares de certos aspectos da pesquisa 
pretendida. Uma procura de tais fontes, documentais ou bibliográficas, torna-se imprescindível 
para que não haja duplicação de esforços.
Figura 5. Fundamentação teórica.
Fonte: Alberto Andrei Rosu/Shutterstock.
Pág. 12 de 54
A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite salientara contribuição 
da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou reafirmar comportamentos e atitudes.
CUIDADO!
Empregar quaisquer frases ou ideias, sem citar seus autores, é PLÁGIO!
Indique sempre as obras consultadas e mencione os autores a que se refere sobre certas ideias ou 
conceitos utilizados. Adiante, no conteúdo, detalharemos como evitar plágio e a maneira de citar 
adequadamente os autores referenciados.
Para saber como elaborar a fundamentação teórica do seu projeto de pesquisa, consulte o tópico 
neste material:
2.8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Metodologia
Descreva de maneira breve e objetiva o tipo de pesquisa que será realizada (bibliográfica, 
documental, de campo etc.). Estabeleça quais os parâmetros e limites da sua investigação, 
descrevendo recursos, instrumentos e fontes escolhidos para a coleta de dados: entrevistas, 
formulários, questionários, legislação, doutrina, jurisprudência etc., sempre indicando o procedimento 
para a coleta de dados, que deverá acompanhar o tipo de pesquisa selecionado, ou seja:
• para pesquisa bibliográfica: indicar proposta de seleção das leituras;
• para a pesquisa descritiva: indicar o procedimento da observação: entrevista, questionário, 
análise documental, entre outros.
Discutiremos sobre tipos de pesquisa ao longo do material. Você também pode consultar o 
material complementar sobre tipos de metodologias.
SAIBA MAIS
O método científico é o que define uma pesquisa. Assista a animação a seguir que mostra como 
funciona uma pesquisa científica e como aplicar o método científico: https://www.youtube.com/
watch?v=B8YK-zmLaZA.
Pág. 13 de 54
Programa de pesquisa
Elabore um programa de pesquisa, com datas e prazos para início e término, assim você vai 
eliminando cada etapa e não perde o prazo final. O cronograma estabelecerá o tempo necessário 
para a realização da pesquisa. Não esqueça que há determinadas partes que podem ser executadas, 
simultaneamente, enquanto outras dependem das fases anteriores.
Construa um programa para seu projeto de pesquisa, verifique o tópico neste material:
2.10. PROGRAMA DE PESQUISA
Referências
A bibliografia utilizada no desenvolvimento do projeto de 
pesquisa (pode incluir aqueles que ainda serão consultados 
para sua pesquisa), todo material coletado sobre o tema: 
livros, artigos, monografias, material da internet etc. Utilize 
referências do meio em que você está inserido, bibliografia 
rica e essencial. É fundamental ir direto aos pontos que você 
elegeu na escolha do tema. Os autores escolhidos dizem muito 
sobre a direção que você tomará em sua pesquisa, mesmo que 
seja para questioná-la.
Faça suas citações e referências bibliográficas de modo adequado utilizando as regras e normas 
presentes no tópico neste material:
2.6.2. LEVANTAMENTO DE MATERIAL BIBLIOGRÁFICO
Atenção! Tamanho ideal para um Projeto de 
Pesquisa: cinco páginas.
DÚVIDA SOBRE O PROJETO DE PESQUISA?
O Orientador poderá ser consultado para esclarecer 
dúvidas na construção do seu projeto de pesquisa 
por meio de dois canais:
• Menu TCC;
• Chat – observe as datas e horários agendados 
na plataforma pelo tutor e participe para o 
esclarecimento de dúvidas.
Figura 6. Bibliografia.
Fonte: Galyna Motizova/Shutterstock.
Figura 7. Dúvida.
Fonte: Pathdoc/Shutterstock.
Pág. 14 de 54
2. DO PROJETO DE PESQUISA AO DESENVOLVIMENTO DO TCC
A elaboração de um projeto de pesquisa pode ser realizada por meio de quatro passos. Estes 
podem ser apresentados como esforços em responder às seguintes questões:
O quê? Como? Quando? Com que?
– No primeiro passo será definido o problema a ser investigado. Procura-se responder às 
perguntas:
O que será investigado? O que será feito?
– Como resposta a esta questão se define a metodologia. Responde-se às perguntas:
Como se pretende chegar à solução do problema?
Como atingir o que se deseja?
– O terceiro passo consiste em definir um cronograma. Deve responder a pergunta:
Quando serão realizadas as atividades ou etapas da pesquisa?
– Em resposta ao terceiro passo, procede-se a um estudo de viabilidade, prevendo os recursos 
necessários à execução das atividades previstas. Responde-se à questão:
Com que recursos?
2.1 Escolha do assunto ou tema
Qual o primeiro passo de uma pesquisa científica?
1) Escolha do tema:
O que vou pesquisar? Deve ser uma linha de pesquisa, uma área de interesse, assunto que se 
deseja testar ou desenvolver. É necessário verificar se a originalidade não é um pré-requisito. Deve-se 
levar em conta sua atualidade e relevância, seu conhecimento, sua preferência e aptidão pessoal.
A escolha do tema (primeira etapa do trabalho monográfico) deve levar em consideração alguns 
pré-requisitos, como as competências e a formação acadêmica do pesquisador, experiências e 
vivências profissionais, conhecimentos anteriores, relevância e mérito da pesquisa, ou seja, se o 
trabalho merece ser investigado cientificamente.
Outros fatores são os recursos materiais, econômicos e pessoais necessários à execução da 
pesquisa. O pesquisador deve escolher um tema adequado às suas possibilidades, com material 
Pág. 15 de 54
bibliográfico suficiente, disponível e atual e não muito complexo, entendendo que o trabalho depende 
muito do tempo disponível para realizar a pesquisa.
Muitos acreditam que a monografia deve trazer assuntos que nunca foram pesquisados, algo 
inédito, complexo e extenso. Na verdade, o trabalho monográfico é o primeiro contato com uma 
pesquisa, sendo considerado mais simples do que se pensa, sendo exigido algo completamente 
novo ou inédito apenas no nível de doutoramento.
Agora é com você. A partir dos comentários apresentados, defina um assunto/tema de interesse para 
pesquisar e mãos à obra!
Critérios/Dicas para escolha do assunto/tema
a) Pesquisador: preferências, vivências, valores, competências, tempo, recursos materiais e 
financeiros.
b) Próprio assunto: conceitos, tendências, relevância e aplicabilidade.
c) Fontes de assunto: polêmicas e reflexão.
2.1.1 Delimitando o tema
Segundo Cervo e Bervian (2002), delimitar o 
assunto significa selecionar um tópico ou parte que 
desperta maior interesse por parte do pesquisador, 
da comunidade acadêmica e profissional, indicando 
sobre que ponto de vista o assunto será focalizado.
Um mesmo assunto pode receber diversos 
tratamentos.
Objetivos do tema
Conhecer as etapas da pesquisa; diferenciar as ações de cada uma das fases; distinguir os elementos 
fundamentais da pesquisa científica; aprender a delimitar o tema de estudo, elaborar o problema 
de pesquisa e estipular objetivos; reconhecer os instrumentos de pesquisa; calcular a amostra e o 
número de sujeitos que serão pesquisados; fornecer subsídios teóricos e práticos para elaborar um 
Projeto de Pesquisa.
Deve-se tratar de um aspecto, fator, período ou local com profundidade ao invés de tratar todos 
com superficialidade e direcionar o que é de interesse da pesquisa, como um fotógrafo, que focaliza 
Figura 8. Delimitar o tema.
Fonte: Fotogestoeber/Shutterstock.
Pág. 16 de 54
uma imagem específica que representa e é significativa aos seus interesses e objetivos. Esses 
estudos devem ser baseados nas seguintes variáveis:
ELEMENTOS DE UM ESTUDO
a) Localização geográfica (cidade, região ou estado).
b) Período de observação (nível de ensino, faixa etária, nível de desenvolvimento).
c) Sujeito da pesquisa
d) Objeto da pesquisa.
Deve-se restringir o máximo possível o tema, delimitando o assunto, o sujeito e o objeto da pesquisa, 
além de especificar seus limites.
Segundo Salvador (1980 apud LAKATOS; MARCONI, 1985, p. 46), “sujeito é a realidade a respeito 
da qual se deseja saber alguma coisa”, pode constituir-se de objetos, fatos, fenômenos ou pessoas 
que a pesquisa pretende apreender ou agir sobre. Por exemplo, equipamentos e materiais esportivos, 
educação, capacidade de raciocínio, habilidades, alimentação, faixa etária etc.
O objeto da pesquisa consiste no que se deseja saber ou realizar sobre o sujeito.É o conteúdo que se 
focaliza, em torno do qual gira toda a discussão ou indagação.
Por exemplo: comportamento, racionalidade, motivação, performance, aprendizagem, treinamento ou 
desenvolvimento.
Para delimitar o tema distinguindo os sujeitos e os objetos de pesquisa, pode-se:
• Acrescentar adjetivos aos sujeitos e objetos, designando qualidade, condições ou estado.
• Inserir complementos nominais de especificação, delimitando ação ou sentimento que os 
substantivos ou adjetivos designam.
• Determinação de circunstâncias, limitando o tempo e espaço do tema.
2.2 Formulação do problema de pesquisa
A identificação e delimitação do tema de pesquisa 
são os primeiros passos do estudo, algo ainda muito 
genérico. Para avançar no processo, é necessário 
problematizar o assunto inicial, o ponto de partida 
da pesquisa que determina o ponto de chegada.
Figura 9. Problema de pesquisa.
Fonte: Andrey Burmakin/Shutterstock.
Após a delimitação, deve-se “transformar” o 
tema em uma questão básica, em um problema de 
Pág. 17 de 54
pesquisa. O mais importante para o desenvolvimento da ciência é saber formular problemas do 
que encontrar soluções (CERVO; BERVIAN, 2002).
Em pesquisa científica, não se relaciona o problema com fatores negativos, porém, se parte de 
uma dúvida e de um problema de pesquisa.
O problema é uma questão, uma dúvida a ser respondida e solucionada. Envolve uma dificuldade 
teórica ou prática para a qual se procura solução, ou seja, o questionamento do assunto, a pergunta 
à qual você busca responder com a pesquisa.
Formular perguntas e levantar problemas parece fácil, entretanto, é preciso estabelecer critérios 
que diferenciem problemas científicos (disciplina científica) de problemas de valor (como deve ser, 
justiça) e de engenharia (como fazer) (KERLINGER, 1980 apud BRASIL. Ministério dos Esportes, 2004).
A Pesquisa Científica visa explicar ou fazer previsões de como a realidade se manifesta e 
comporta efetivamente. Desse modo, não se constituem problemas de pesquisa às questões de 
valor relacionadas à preocupação de como deve ser. As perguntas como “qual a contribuição [...]” 
e “qual a importância [...]”, devem ser evitadas, pois referem-se ao valor.
Não são considerados problemas de pesquisa, perguntas de como fazer algo, de ordem operacional 
ou prática, cujas respostas encontram-se disponíveis em seu conhecimento e prontas em outras 
obras: como organizar um treinamento dos funcionários de determinada empresa; como avaliar os 
alunos do ensino médio, nas aulas de matemática. Essas perguntas interrogam sobre como deve 
ser e como fazer a ciência e têm a função de demonstrar como é a realidade e não como deveria 
ser ou acontecer.
O ponto de partida da pesquisa é a existência de um problema que se deverá definir, examinar, avaliar 
e analisar criticamente, ou seja, uma questão, uma dúvida que se apresenta à nossa consideração 
para ser solucionada.
Para formular o problema exige-se comparar e contrastar a abordagem teórico-metodológica 
utilizada, avaliando o peso e a confiabilidade de resultados de pesquisa de modo a identificar pontos 
de consenso, bem como controvérsias, regiões de sombra e lacunas que mereçam ser esclarecidas.
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As interrogações iniciais são: generalizações, conceitos, teorias e valores:
a) deve ser formulado de forma interrogativa, ou seja, uma pergunta;
b) representar uma relação entre dois ou mais fatores (variáveis);
c) permitir aprofundamento do assunto;
d) possibilitar a observação da realidade e permitir a pesquisa de campo (se empiricamente 
verificado), no caso de interesse do pesquisador ou necessidade para alcançar os objetivos;
e) desdobrar-se em outras questões mais específicas (questões que orientam o estudo);
f) corresponder aos interesses pessoais, sociais e científicos; e
g) poder ser investigado sistemática, controlada e criticamente.
Termos como: afeta, causa, consequências, influência, impacta, implica, determina, interfere ou 
relaciona explicitam melhor a intenção do pesquisador.
Nas pesquisas que procuram demonstrar uma 
realidade complexa e compreender processos, não 
são excluídos os termos “o quê” e “como”.
Exemplos
Como são desenvolvidas as aulas de Matemática 
no ensino médio para aprendizagem de aspectos 
conceituais do conteúdo?
Como é avaliada a motivação dos funcionários no 
desenvolvimento de um novo projeto?
O que é avaliado na composição da defesa de 
determinado indivíduo que está sendo julgado por um crime?
O que é estipulado, pelos professores, como conteúdos da educação social, na educação infantil do 
Município de São Sebastião (SP)?
Quais as implicações das brincadeiras no desenvolvimento sócio-afetivo em crianças de 0 a 3 anos 
da Educação Infantil?
Quais as causas da evasão dos clientes de determinada empresa de prestação de serviços? Há 
relação em atividades sociais no aumento da autoestima de adolescentes?
Quais os tipos de argumentos que podem ser utilizados no tribunal na defesa de determinado cliente 
e em determinado delito?
Quais os fatores que interferem na motivação do aprendizado de uma nova tarefa em alunos do 
ensino fundamental?
Figura 10. Ideia de pesquisa.
Fonte: Sergey Nivens/Shutterstock.
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Recomendação!
Enfrentar um Problema de Pesquisa para o qual não se está preparado é fadar-se ao fracasso, assim 
como uma perda irreparável de tempo!
Reflita sobre como seu tema de pesquisa pode abordar o assunto. Há muitas maneiras de tratar uma 
mesma questão!
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2.3 Definição dos objetos de estudo
A definição dos objetos de estudo consiste em formular questões que orientam o trabalho, dirigem 
os caminhos e etapas da pesquisa, e com a relação destas respostas soluciona-se o problema.
O objeto de estudo é o que está sendo estudado, caracterizado como o detalhamento do problema, 
um desdobramento da pergunta básica do estudo, ou seja, consiste nos itens, fatos, aspectos ou 
elementos que serão pesquisados para solucionar o problema de pesquisa.
Devem-se extrair os objetos de pesquisa da própria questão central do estudo (Problema de 
Pesquisa): com o problema formulado, pode-se verificar o direcionamento da pesquisa por meio 
dos objetos de estudo levantados e explicitados a partir do desdobramento da questão central. 
Utiliza-se como exemplo o mesmo problema de pesquisa: “Quais as implicações das brincadeiras 
no desenvolvimento sócio-afetivo em crianças de 0 a 3 anos da Educação Infantil?”.
Ao analisar e desdobrar a questão central do estudo em questões específicas e objetivas se 
definem os seguintes objetos do estudo: as brincadeiras, a faixa etária do grupo selecionado, os 
aspectos sobre o desenvolvimento sócio-afetivo e a relação existente entre as brincadeiras e o 
desenvolvimento sócio-afetivo de crianças de 0 a 3 anos de idade.
Sendo assim, o problema de pesquisa é desdobrado em outras questões, que serão posteriormente 
respondidas, denominadas questões que orientam o estudo, que definem os itens da revisão de 
literatura e da pesquisa empírica (quando necessária).
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Ampliação com relação às questões para elaboração do projeto de pesquisa.
1) O que?
Qual o tema?
Qual o problema?
Qual a justificativa?
Quais os pressupostos teóricos?
Quem pesquisou algo semelhante?
2) Como?
O que será feito para solucionar o problema?
Como serão coletados os dados?
Serão feitas entrevistas? Observações?
Serão feitas intervenções? Medições?
Qual será a amostra e seu número?
Que instrumentos serão utilizados?
Que atividades serão realizadas?
Como serão analisados os dados?
3) Quando?
Qual o tempo total previsto para a pesquisa?
Qual o tempo destinado a cada etapa?
Como se distribuem as atividades no tempo?
Qual o cronograma?
O projeto é viável no tempo?
4) Com que?
Que recursos materiais/humanos/financeiros 
serão necessários?
O projeto é viável em função dos recursos?
Quais são os recursos disponíveis?
Qual tipo de financiamento é viável?
Quais as fontesde financiamento possíveis?
2.4. Estabelecendo os objetivos
Este é o momento de definir com precisão o que se 
pretende com o trabalho, ou seja, para que se realiza a 
pesquisa. A definição dos objetivos determina a direção 
do estudo e os propósitos da investigação (Para quê?), 
relatando o que o trabalho visa alcançar e os indicadores 
da avaliação do estudo, possibilitando verificar se atingiu o 
proposto. Dessa forma, os objetivos indicam aonde se quer 
chegar (BRASIL, Ministério dos Esportes, 2004).
Figura 11. Objetivo de pesquisa.
Fonte: Ditty_about_summer/Shutterstock.
Os objetivos podem ser gerais e específicos. O Objetivo Geral está diretamente relacionado 
com o problema de pesquisa e é definido ao se estipular uma ação ampla sobre a problemática 
pesquisada. Elaborado o Problema de Pesquisa, já se está muito próximo do Objetivo Geral.
O caráter genérico do Objetivo não proporciona o aprofundamento necessário para a pesquisa 
científica. Desse modo, para operacionalizar o Objetivo Geral e facilitar a execução do trabalho, são 
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definidos Objetivos Específicos, que determinam de forma clara, objetiva e detalhada o que queremos 
com a pesquisa, ou seja, para que se realiza o estudo e o que fazer para atingir o Objetivo Geral.
A partir do exemplo de Objetivo Geral, apresentam-se alguns Objetivos Específicos:
No exemplo anterior, fica clara mais uma das características dos objetivos de pesquisa: sua 
definição por verbos no infinitivo, como diagnosticar, verificar, observar, analisar, examinar, identificar, 
distinguir, constatar, comprovar, comparar, descrever, conhecer, avaliar, demonstrar, classificar, 
explicar, caracterizar, entre outros.
É necessário delimitar os objetivos da pesquisa, os resultados que o estudo pretende, podendo 
alcançar, ou não, metas externas à pesquisa, que se caracterizam como objetivos do profissional 
e não do pesquisador, que podem ser atingidas ao empregar os resultados, as conclusões, os 
pressupostos teóricos ou as práticas pedagógicas e de treinamento que fundamentaram a revisão 
de literatura da pesquisa.
Exemplo
Objetivo Geral: Examinar ou observar o impacto do treinamento de flexibilidade no desempenho de 
atletas juvenis da equipe de tênis.
Objetivos Específicos:
• Comprovar a influência da flexibilidade no rendimento na execução das habilidades do tênis.
• Descrever e classificar a flexibilidade dos atletas de tênis.
• Identificar e caracterizar as habilidades do tênis.
• Diagnosticar a relação entre a flexibilidade e os movimentos corporais do tênis.
2.5 Relatar a justificativa da pesquisa
Para demonstrar a importância da pesquisa e convencer a orientação, os órgãos financiadores, 
as instituições envolvidas e a área acadêmica, e despertar o interesse pela leitura do trabalho, torna-
se essencial responder à questão:
Por que o estudo é relevante?
Figura 12. Justificativa.
Fonte: Vectorfusionart/Shutterstock.
Por que estudar esse tema? O tema é relevante? Se sim, 
por quê? Quais vantagens e benefícios você pressupõe que 
sua pesquisa proporcionará? A justificativa deverá convencer 
o leitor com relação à importância e à relevância da pesquisa 
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proposta. É obrigatória a apresentação da justificativa da pesquisa, pois ninguém decide pesquisar 
sobre um assunto de um momento para o outro, sem motivo.
A pesquisa científica surge das dúvidas e questões das experiências cotidianas que inquietam 
e estimulam a busca por respostas.
Ter uma justificativa convincente é a apresentação de argumentos racionais e consistentes que 
demonstram a necessidade e utilidade de compreender e explicar os fatos, os fenômenos e suas 
interações, contribuindo para o desenvolvimento de novos conhecimentos e saberes.
Tipos de Justificativa
• Existência – o problema é real e identificável concretamente e sua resolução acarreta melhora 
das condições de vida.
• Alcance – o problema e os resultados da pesquisa atingem número elevado de pessoas.
• Implicação – a situação-problema impacta com riscos e sérios prejuízos à população envolvida.
• Escassez de estudo – não existe literatura sobre o assunto ou em número reduzido.
• Inovação – a literatura não aborda, especificamente, o problema levantado, tornando a pesquisa 
inédita no enfoque sobre o tema.
2.6. Fundamentação teórica
Na estruturação do Projeto de Pesquisa Científica, o pesquisador deve utilizar-se do discurso 
científico para a sustentação de seus argumentos com base na realidade dos fatos e compreensão 
dos acontecimentos revelados pelas pesquisas antecedentes e teorias já formuladas. Dessa forma, 
a fundamentação é a busca de referencial teórico em livros, artigos científicos, dissertações e teses 
que sustentem a proposição do Problema de Pesquisa e dos objetivos.
Sendo assim, a fundamentação constitui-se na apresentação dos esclarecimentos e tentativas 
de compreensão do problema de pesquisa, formuladas em bibliografias sobre o tema. Assim, relata-
se a origem do problema, o contexto de inserção (social, cultural e ambiental) e teorias, conceitos, 
ideias e hipóteses que possibilitam o entendimento do problema.
A sustentação teórica é a elaboração de um quadro teórico do tema, que estabelece um mapa 
para a orientação e balizamento durante todo o processo da pesquisa. No início, é simples, mas no 
decorrer do estudo o pesquisador acrescenta, detalha e melhora as informações que consubstanciam 
o quadro teórico (DOXSEY; RIZ, 2005).
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De acordo com Richardson (1999), a fundamentação teórica estrutura-se da seguinte forma:
a) definir o fenômeno, descrevendo as explicações e percepções encontradas na literatura e 
explicitando a tendência ou conceituação que assumirá no estudo (Conceitos);
b) demonstrar os elementos que o constituem e o que anteriormente foi compreendido sobre o 
fenômeno estudado e suas relações com outros fenômenos (Teorias);
c) sistematização e síntese dos conhecimentos e representações (Conceitos e Teorias) e organização 
do que já foi apresentado do problema, que subsidiam a explicitação das teorias e dos conceitos que 
favorecem esclarecer os fatos, contextos e elementos que configuram o problema de pesquisa.
Figura 13. Teoria.
Fonte: Alberto Andrei Rosu/Shutterstock.
A elaboração de um problema de pesquisa nasce de 
questionamentos de nossas experiências, fatos e outros 
elementos, que se constituem no ponto de partida para a 
fundamentação teórica. No esquema do quadro teórico, as 
informações levantadas, a partir da experiência, constam à 
esquerda; à direita apresenta-se a fundamentação teórica 
que tenta explicar os fatos e os fenômenos relatados.
2.7. Construção de hipótese
De acordo com Thomas e Nelson (2002), a hipótese é o resultado antecipado de um estudo ou 
experimento, baseando-se na experiência e nas vivências do pesquisador e na teoria disponível 
sobre o assunto. Quando o pesquisador inicia o estudo, parte de um problema que irá solucionar e 
vislumbrar os resultados que acredita alcançar.
A hipótese consiste na ideia central que a pesquisa pretende revelar, baseando-se no quadro 
teórico que sustenta a investigação científica. Deve-se ter atenção, conforme Severino (2000), 
para não confundir hipótese com pressupostos, pois hipótese é o 
que se pretende demonstrar e não o que já se tem claro e evidente 
(pressupostos).
A elaboração das hipóteses serve como um guia na tarefa de 
investigação e auxilia na compreensão e elaboração dos resultados 
e conclusões da pesquisa, atingindo altos níveis de interpretação.
Figura 14. Hipótese.
Fonte: Nopporn/Shutterstock.
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Regras para a elaboração de hipótese:
• A hipótese não deve demonstrar o evidente ou o que já foi esclarecido pela teoria básica;
• Não deve contrariar o já aceito e explicado pelas leis e teorias;
• Deve-se optar pela hipótese mais simples das levantadas; e
• A gênese da hipótese são os fatos e a teoria, devendo ser verificável: não se devem inventar 
hipóteses.2.8 Levantamento de material bibliográfico
Delimitado o tema e identificado(s) o(s) objeto(s) de estudo, o pesquisador inicia a fase de 
levantamento dos materiais sobre o tema ou os objetos de estudo. O levantamento bibliográfico 
é um apanhado geral dos principais documentos e trabalhos realizados a respeito do assunto 
escolhido, para a obtenção de dados e informações para a pesquisa. O levantamento é realizado 
de acordo com o tema e problema de pesquisa, que determinam o método de pesquisa documental 
ou bibliográfico.
As fontes mais apropriadas e que devem ser consultadas 
em primeiro lugar:
• Revistas científicas;
• Monografias, dissertações e teses de autores que 
estudaram assuntos que se aproximam do seu tema de 
pesquisa;
• Livros e publicações avulsas;
• Documentos, arquivos públicos e particulares, fotos, 
imagens e revistas, jornais, apostilas, resenhas etc.;
• Internet.
Figura 15. Pesquisa documental.
Fonte: Ksenia Ragozina/Shutterstock.
Compilação das obras e trabalhos sobre o tema
Nesta fase o pesquisador procura apropriar-se dos textos que abordam o assunto que pretende 
pesquisar. Deve examinar livros e revistas científicas, pesquisar teses, dissertações e materiais 
necessários à pesquisa, como: leis, documentos e fotos.
Após isso, o pesquisador inicia a consulta e analisa as páginas de referências bibliográficas 
para verificar que fontes o autor do documento original consultou, o que permite o levantamento 
de mais fontes teóricas sobre a área temática, possibilitando a verificação e análise de premissas, 
conceitos e pensamentos sobre os objetos de estudo.
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2.8.1 Pesquisa bibliográfica
É imprescindível antes de todo e qualquer trabalho científico, fazer uma pesquisa bibliográfica 
exaustiva sobre o tema em questão, e nunca iniciar a coleta dos dados antes de realizar a revisão 
de literatura.
A pesquisa bibliográfica tem os seguintes objetivos:
1. Fazer um histórico sobre o tema;
2. Atualizar-se sobre o tema escolhido;
3. Encontrar respostas aos problemas formulados;
4. Levantar contradições sobre o tema;
5. Evitar repetição de trabalhos já realizados; e
6. Comparar os resultados de sua pesquisa com outras já realizadas.
(LAKATOS e MARCONI, 2000; CERVO et al., 2007).
A pesquisa bibliográfica ou levantamento bibliográfico consiste, basicamente, em uma pesquisa 
no acervo de bibliotecas virtuais ou diferentes bases de dados de fontes bibliográficas sobre 
um determinado assunto ou autor, segundo as especificações definidas pelo próprio solicitante 
(palavras-chave, idiomas, tipo de material, ano de publicação etc.). O levantamento bibliográfico é, 
portanto, uma importante etapa da investigação científica (ANDRADE, 2006; CERVO et al., 2007).
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SAIBA MAIS
Conheça alguns sites para pesquisa bibliográfica. Você também poderá encontrar outros em 
diferentes áreas de conhecimento. Converse com o seu tutor e peça outras referências, se for 
necessário.
Scielo: <www.scielo.br>. Acesso em: 31 jan. 2014. (269 periódicos em setembro/2011).
Scielo Org: <www.scielo.org>. Acesso em: 31 jan. 2014. (888 periódicos em setembro/2011).
Bireme (Biblioteca Virtual em Saúde): <www.bireme.br>. Acesso em: 31 jan. 2014.
Portal CAPES: <www.periodicos.capes.gov.br>. Acesso em: 31 jan. 2014. (mais de 29 mil periódicos em 
setembro/2011).
Pubmed: <www.pubmed.gov> (mais de 20 milhões de registros em setembro/2011). Acesso em: 31 jan. 
2014.
Portal Evidências (inclui metanálises): <http://evidences.bvsalud.org>. Acesso em: 31 jan. 2014.
Athena (Antigo diretório que reúne textos de ciência, literatura em geral, história, arte, filosofia e 
economia): <http://un2sg4.unige.ch/athena/html/athome.html>. Acesso em: 31 jan. 2014.
DOAJ (Directory of Open Access Journals – Acesso livre de periódicos científicos: Agricultura e 
Alimentação; Negócios e Economia; Química; Ciências Ambientais; Assuntos Gerais; Ciências da 
Saúde; História e Arqueologia; Línguas e Literaturas; Legislação e Ciência Política; Matemática e 
Estatística; Filosofia e Religião; Física e Astronomia; Ciências Gerais; Ciências Sociais; Tecnologia e 
Engenharias; Artes e Arquitetura; e Biologia): <http://www.doaj.org>. Acesso em: 31 jan. 2014.
E-journals.org (Ciências da saúde, engenharia, economia, humanas, exatas): <http://www.e-journals.org>. 
Acesso em: 31 jan. 2014.
Open J-Gate (Acesso livre: Agricultura e Ciências Biológicas; Artes e Humanidades; Ciências Exatas 
e da Terra; Ciências Biomédicas; Engenharia e Tecnologia; Ciência da Informação; Ciências Sociais e 
Administração): < http://openj-gate.org/>.
Scitopia (Recupera artigos técnico-científicos das seguintes entidades: American Geophysical Union 
(AGU), American Institute for Aeronautics and Astronautics (AIAA), American Institute of Physics 
(AIP), American Physical Society (APS), American Society of Civil Engineers (ASCE), American Society 
of Mechanical Engineers (ASME), The Electrochemical Society (ECS), Institute of Electrical and 
Electronics Engineers (IEEE), Institute of Physics Publishing (IOP), Optical Society of America (OSA), 
SPIE, Society of Automotive Engineers (SAE), Society for Industrial and Applied Mathematics (SIAM). 
Utiliza a tecnologia da metabusca, ou seja, um simples pedido de busca fará buscas simultâneas em 
13 bases de dados): <http://www.scitopia.org>. Acesso em: 31 jan. 2014.
Google (Acadêmico): <scholar.google.com.br>. Acesso em: 31 jan. 2014.
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2.8.2 Fichamento
Após a leitura dos textos relacionados à área 
temática investigada, o pesquisador deve elaborar 
fichas no computador ou à mão, anotando a síntese 
dos conceitos e pressupostos sobre o tema abordado 
e apresentado pelos autores.
A elaboração das fichas de leitura é essencial 
para facilitar a pesquisa e, especialmente, a redação 
final do texto da monografia, dissertação ou tese, 
pois as afirmações, argumentações e definições que 
compõem o texto acadêmico devem embasar-se nas 
informações e ponderações dos autores.
As fichas devem ser elaboradas com a indicação do objeto de estudo, número da ficha 
(arquivamento), título da obra ou revista, título do artigo ou capítulo, nome do autor, editora, ano de 
publicação e páginas correspondentes à síntese relatada. Desse modo, favorece a consulta rápida 
às obras originais, se necessário, durante o processo de redação do texto.
O estudo da literatura ajuda na elaboração do problema, estipulação dos objetivos e organização 
do trabalho, além de servir de suporte ao momento do direcionamento e planificação da pesquisa, 
possibilitando que o pesquisador faça um recorte do que será importante ou não nas etapas do trabalho, 
como também no levantamento da hipótese e das limitações da pesquisa. Isso permite a definição 
do método a ser utilizado, os procedimentos, materiais e instrumentos para a investigação científica.
Exemplo de Ficha
Planejamento da Pesquisa (objeto de estudo) Ficha: 06
Título da Revista: Temas em Debates
Artigo: A revisão bibliográfica em teses e dissertações: Tipos....
Autor: Alda Judith Alvez − UFRJ, 1992, maio, p. 53-60.
p. 54 – Os livros refletem com atraso os estados do conhecimento.
p. 55 – O referencial teórico é o principal instrumento para a interpretação dos resultados. É a 
familiaridade com a literatura sobre o tema que permite a discussão dos resultados.
p. 55 – Basear-se sempre nas fontes primárias e não em citações de terceiros.
p. 55 – A revisão crítica de teorias é essencial para a construção do objeto de pesquisa.
p. 56 – Quando se recorre a várias ciências, em uma abordagem inter ou transdiciplinar, o resultado é 
altamente enriquecedor.
Figura 16. Fichamento.
Fonte: Rido/Shutterstock.
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2.9. Tipos de pesquisas científicas
A metodologia da pesquisa é uma etapa 
fundamental na qual se define como será 
realizada a pesquisa: o tipo de pesquisa e de 
estudo, a população (universo da pesquisa), 
a amostragem, os instrumentos de coleta 
de dados e a forma de análise dos dados.
Figura17. Tipos de pesquisa.
Fonte: By robuart/Shutterstock.
Veja a seguir os principais tipos de 
pesquisa que poderão compor a sua 
metodologia:
Direta
• Pesquisa de campo (variáveis ambientais interferem); e
• Pesquisa de laboratório (controle total de variáveis).
O método de pesquisa descritivo tem como características observar, registrar, analisar, descrever 
e correlacionar fatos ou fenômenos sem manipulá-los, procurando descobrir com precisão a 
frequência com a qual um fenômeno ocorre e sua relação com outros fatores. Segundo Cervo e 
Bervian (2002), a pesquisa descritiva pode assumir algumas formas relacionadas com o enfoque 
que o pesquisador deseja dar a seu estudo.
Estudo exploratório: sua finalidade é familiarizar-se e obter uma nova percepção do fenômeno, 
descobrindo novas ideias em relação ao objeto de estudo.
Pesquisa ou survey: identifica falhas ou erros, descreve procedimentos, descobre tendências 
e reconhece os interesses e outros comportamentos, utilizando, principalmente, o questionário, 
entrevista ou survey normativo como instrumento de coleta de dados; procura verificar práticas 
existentes ou opiniões de uma determinada população.
Estudo descritivo: descreve as características, propriedades ou relações existentes no grupo 
ou da realidade em que foi realizada a pesquisa.
Estudo de caso: estuda um determinado indivíduo, família ou grupo para investigar aspectos 
variados ou um evento específico da amostra.
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O método de pesquisa experimental: tem como objetivo analisar as variáveis relacionadas 
com o objeto de estudo, apontando a relação de causa e efeito entre as variáveis, e de que modo o 
fenômeno é produzido, utilizando testagem, questionários e medidas.
Nesse caso, o pesquisador consegue controlar as 
variáveis da pesquisa pelo fato de o grupo ser equivalente. 
Dessa forma, o professor que aplicar o treinamento será 
o mesmo em todos os grupos. O nível de maturação está 
aproximado e o ambiente é adequado às condições do 
experimento, sem alterações consideráveis.
Figura 18. Pesquisa documental.
Fonte: Kuzmafoto/Shutterstock.Indireta
• Pesquisa bibliográfica (fontes secundárias/organizadas); e
• Pesquisa documental (fontes primárias/sem organização).
O método bibliográfico procura explicar um problema a partir de referências teóricas e/ou revisão 
de literatura de obras e documentos.
Em qualquer pesquisa, exige-se revisão literária, que permite conhecer, compreender e analisar 
os conhecimentos culturais e científicos sobre o assunto, tema ou problema investigado. Pode ser 
realizada de forma independente, constituindo-se em uma pesquisa científica.
O método de pesquisa histórico parte do princípio de que os fatos, os costumes, os procedimentos 
e as formas de vida atual são originados do passado.
Esse método procura compreender a atualidade a partir da investigação de documentos de 
acontecimentos, processos e instituições do passado.
Objetivos do método histórico
a) produzir registro do passado; e
b) contribuir para a solução de problemas atuais.
O pesquisador deve realizar ampla investigação bibliográfica e documental para encontrar a 
solução do problema de pesquisa.
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Existem várias formas de classificar as pesquisas. Segundo Gil (1999), Andrade (2006), e Cervo 
et al. (2007), as formas tradicionais de classificação são:
– Do ponto de vista da sua natureza ou finalidade:
• Pesquisa Básica (pura): gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da ciência sem 
aplicação prática ou imediata. Envolve verdades e interesses universais.
• Pesquisa Aplicada: gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas 
específicos. Envolve verdades e interesses locais.
– Do ponto de vista da forma de abordagem do problema:
• Pesquisa Quantitativa: traduz em números, opiniões e informações para classificá-los e 
organizá-los. Considera que tudo pode ser quantificável. Utiliza recursos e métodos estatísticos 
(porcentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de 
regressão etc.).
• Pesquisa Qualitativa: considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e 
sujeito. É descritiva e utiliza o método indutivo, sendo que os dados obtidos são analisados 
indutivamente. O processo é o foco principal. A interpretação dos fenômenos e a atribuição 
de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa.
– Do ponto de vista dos procedimentos técnicos:
• Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material escrito e gravado já publicados, 
constituído principalmente de livros, material de áudio e vídeo, relatórios e anais de simpósios, 
congressos, e artigos de periódicos, que atualmente são disponibilizados na internet.
• Pesquisa Documental: quando desenvolvida a partir de materiais que não receberam organização, 
tratamento analítico e publicação.
• Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis 
que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e observação dos 
efeitos que a variável produz no objeto. Em geral, são realizados por amostragem e considera 
que os resultados válidos para uma amostra (ou conjunto de amostras) serão, por indução, 
válidos também para a população/universo.
• Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento 
se deseja conhecer. Também conhecida por pesquisa de opinião, de motivação etc., é aquela 
que busca informação diretamente com um grupo de interesse a respeito dos dados que se 
deseja obter, utilizando questionários, formulários ou entrevistas. Os dados são tabulados e 
analisados estatisticamente.
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• Estudo de caso: quando envolve o estudo 
profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de 
maneira que se permita o seu amplo e detalhado 
conhecimento.
• Pesquisa Expost-Facto: quando o “experimento” se 
realiza depois dos fatos. Significa literalmente “a 
partir de depois do fato”. Refere-se a uma pesquisa 
experimental em que, após o fato ou fenômeno 
ter ocorrido, tenta-se explicá-lo.
• Pesquisa-Ação: quando realizada em estreita 
associação com uma ação ou com a resolução 
de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou 
do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo, interagindo em função 
de um resultado esperado.
• Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e 
membros das situações investigadas. Refere-se ao contato direto do pesquisador com o 
fenômeno observado para adquirir informações sobre a realidade dos atores sociais em seus 
próprios contextos.
– Do ponto de vista de seus objetivos podem ser:
• Pesquisa Exploratória: envolve levantamento bibliográfico ou entrevistas com pessoas que 
tiveram experiências práticas com o problema pesquisado. Visa proporcionar maior familiaridade 
com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Assume, em geral, 
as formas de estudos de caso e pesquisas bibliográficas.
• Pesquisa Descritiva: envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário 
e observação sistemática. Visa descrever as características de determinada população, 
fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Fatos são observados, registrados, 
analisados, classificados e interpretados, sem interferência do pesquisador. Assume, em geral, 
a forma de levantamento.
• Pesquisa Explicativa: envolve, quando realizada nas ciências naturais, o uso do método 
experimental, e nas ciências sociais, requer o uso do método observacional. Visa identificar 
os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o 
conhecimento da realidade porque explica a razão (o porquê) das coisas. Assume, em geral, 
as formas de pesquisa experimental e pesquisa expost-facto.
Figura 19. Levantamento de pesquisa.
Fonte: Gualtiero boffi/Shutterstock.Pág. 32 de 54
2.9.1. Etapas da pesquisa
O projeto de pesquisa é o ponto de partida para o desenvolvimento do TCC. A seguir, apresentam-
se as atividades de uma pesquisa e o processo de cada fase.
A pesquisa científica envolve um procedimento crítico e reflexivo para investigação de respostas 
para problemas. O planejamento e a execução de uma pesquisa fazem parte de um processo 
sistematizado que compreende as seguintes etapas (GIL, 1999; LAKATOS e MARCONI, 2000; CERVO 
et al., 2007):
1) escolha do tema:
O que vou pesquisar? Deve ser uma linha de pesquisa, uma área de interesse, assunto que se 
deseja testar ou desenvolver. Necessita verificar se a originalidade não é um pré-requisito. Deve-
se levar em conta sua atualidade e relevância, seu conhecimento a respeito, sua preferência e 
aptidão pessoal.
2) revisão de literatura:
Quem já pesquisou algo semelhante? Refere-se à pesquisa bibliográfica ou levantamento 
bibliográfico para busca de trabalhos semelhantes ou idênticos, pesquisas e publicações na área 
ou, ainda, para verificar se há lacunas sobre o tema. Esta é uma etapa fundamental, pois fornecerá 
elementos para evitar a duplicação de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema. Favorecerá 
ainda a definição de contornos mais precisos do problema a ser estudado.
3) justificativa:
Por que estudar esse tema? O tema é relevante? Se sim, por quê? Quais vantagens e benefícios 
você pressupõe que sua pesquisa proporcionará? A justificativa deverá convencer o leitor com 
relação à importância e relevância da pesquisa proposta.
4) formulação do problema:
Quais das perguntas estou disposto a responder? É necessário definir claramente o problema 
de pesquisa e delimitá-lo em termo de tempo e espaço. Necessita discernimento para refletir se é 
realmente um problema e se vale a pena tentar encontrar uma solução para ele. Neste sentido, uma 
boa pesquisa científica depende da formulação adequada do problema, em virtude desta etapa 
proporcionar clareza ao pesquisador com relação às ferramentas para buscar sua solução.
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5) definição dos objetivos:
Aonde você quer chegar? Deve ser sintetizado aqui o 
que se pretende alcançar com a pesquisa. Os objetivos 
devem estar coerentes com a justificativa e o problema 
proposto. O objetivo geral será a síntese do que se 
pretende alcançar, e os objetivos específicos explicitarão 
os detalhes e será um desdobramento do objetivo geral. 
Em pesquisas quantitativas os objetivos específicos serão 
os testes de hipóteses. Os enunciados devem começar 
com um verbo no infinitivo que deve indicar uma ação 
passível de mensuração. Alguns exemplos:
• de conhecimento: apontar, arrolar, definir, enunciar, inscrever, registrar, relatar, repetir, nomear;
• de compreensão: descrever, discutir, esclarecer, examinar, explicar, expressar, identificar, 
localizar, traduzir, transcrever;
• de aplicação: aplicar, demonstrar, empregar, ilustrar, interpretar, inventariar, manipular, praticar, 
traçar, usar;
• de análise: analisar, classificar, comparar, constatar, criticar, debater, diferenciar, distinguir, 
examinar, provar, investigar, experimentar;
• de síntese: reunir, articular, compor, constituir, organizar, esquematizar;
• de avaliação: avaliar, estimar, apreciar, eliminar, escolher, selecionar, validar;
6) metodologia: etapa fundamental na qual se define como será realizada a pesquisa: o tipo 
de pesquisa e de estudo, a população (universo da pesquisa), a amostragem, os instrumentos de 
coleta de dados e a forma de análise dos dados. Precisa definir com clareza as seguintes questões: 
Como? Quem? Quando? Onde?.
7) coleta de dados: refere-se à pesquisa de campo propriamente dita. Para obter sucesso, duas 
qualidades são essenciais: persistência e paciência! Nesta etapa é necessário definir: Como será o 
processo de coleta de dados? Por quem? Quando? Onde?. A maioria destas questões já foi definida 
na metodologia.
8) tabulação de dados: quais recursos serão utilizados para organizar os dados obtidos 
na pesquisa? Discussão qualitativa, estatística descritiva, analítica, índices, tabelas, quadros, 
gráficos etc.
Figura 20. Perguntas a responder.
Fonte: Maxx-Studio/Shutterstock.
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9) análise e discussão dos resultados: como os dados coletados serão analisados e discutidos 
comparativamente? A análise deve ser feita para atender aos objetivos definidos, comparar e 
confrontar os dados encontrados para confirmar ou rejeitar a(s) hipótese(s) ou os pressupostos 
da pesquisa.
10) conclusão da análise dos resultados: etapa para sintetizar os resultados obtidos com a 
pesquisa e explicitar se os objetivos foram atingidos, se a(s) hipótese(s) ou os pressupostos foram 
confirmados ou rejeitados. Deverá também ressaltar a contribuição da sua pesquisa para o meio 
acadêmico, indicar limitações e as reconsiderações.
11) redação e apresentação da pesquisa científica: fase final na qual se deve redigir relatório de 
pesquisa (monografia, dissertação, tese ou artigo científico) segundo normas pré-estabelecidas 
pela instituição.
2.10. Programa de pesquisa
No projeto de pesquisa elabora-se uma programação ou cronograma de trabalho, estipulando 
as várias atividades executadas para a produção do TCC, distribuídas pelo período disponível para 
o estudo: divisão das tarefas de acordo com os meses, semanas e dias, até a data limite para a 
entrega da redação final.
O programa de pesquisa é uma indicação do que você pretende desenvolver durante sua 
pesquisa, de acordo com o tipo de trabalho que será produzido. Logo, estas etapas e atividades 
serão diferentes para cada tipo de pesquisa, segundo o perfil de metodologia escolhido.
O programa deve refletir o trabalho desempenhado na pesquisa – se a opção foi por um trabalho 
de análise estatística, no programa deve constar o tempo para coleta de dados; se o trabalho 
escolhido será de pesquisa documental, pode-se reservar um tempo maior para o levantamento 
bibliográfico, ou consulta a determinados acervos documentais; se o trabalho exigirá pesquisa em 
laboratório, então o programa deve contemplar este tempo.
O programa deve ser apropriado à realidade da sua pesquisa, inserindo somente as atividades 
que serão realizadas dentro de um tempo adequado aos prazos estabelecidos. Elaborar um quadro 
de programa adaptado para sua pesquisa é o mais indicado. Distribua o tempo total disponível para 
a realização da pesquisa, incluindo nesta divisão a sua apresentação gráfica.
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Veja a seguir um modelo que pode ser alterado para sua pesquisa conforme necessário:
Programa de Pesquisa
MÊS / ETAPAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Escolha do tema
Levantamento bibliográfico
Elaboração do projeto
Coleta de dados
Análise dos dados
Organização do roteiro/partes
Redação do trabalho
Revisão e redação final
Entrega do artigo
Defesa do artigo
Importante
Ao definir um tema e problema de pesquisa, faça uma pesquisa sobre o assunto e verifique o que já 
existe desenvolvido na área. Converse, sempre que possível, com o tutor para orientá-lo. Reflita se o 
problema de pesquisa é adequado dentro dos objetivos propostos para o projeto, se é possível realizá-
lo dentro do tempo disponível e acesso a recursos, além de outras variáveis.
Lembre-se! Após o início deste conteúdo, você terá 90 (noventa) dias para entregar seu projeto ao 
tutor! Planeje com antecedência!
Figura 21. Planejamento.
Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock.
Atenção!
Leia os itens referentes às dicas para redação, 
normas para citação e bibliografia presentes 
na Etapa 3, que são indispensáveis na redação 
do seu projeto de pesquisa.
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3. REDAÇÃO E NORMALIZAÇÃO
Na sequência serão apresentadas algumas regras de dissertação para serem aplicadas tanto na 
redação do projeto de pesquisa quanto na elaboração do seu trabalho de conclusão. As instruções 
a seguir sobre normalização ABNT deverão ser aplicadas também na redação do seu projeto de 
pesquisa. O mais importanteé você se organizar dentro do planejamento de tempo indicado e não 
perder o prazo de desenvolvimento do TCC.
3.1. A redação dissertativa
Eco (1998) apresenta algumas sugestões à redação dissertativa, são:
a) Abra parágrafos com frequência;
b) Evite o acúmulo de frases e orações em um mesmo período para facilitar a clareza da redação; e
c) Evite divagações, seja direto.
Grion (2005) descreve mais algumas dicas para a boa dissertação e ressalta que é importante 
utilizar palavras simples e frases curtas, bem como evitar ambiguidades e frases com duplo sentido, 
em geral, deve-se evitar o emprego de termos, como: “Grande parte”, “a maioria”, “essencialmente”, 
procure ser preciso utilizando informações concretas, como: “um sexto”, 25% etc.
A origem ou formulação das seções tem por base as Questões que Orientam o Estudo, para 
tanto se faz necessário enfocar aspectos bibliográficos relacionados com o objeto da pesquisa;
(QUESTÕES QUE ORIENTAM O ESTUDO).
• É a crítica do material bibliográfico;
• Colocar as principais ideias dos autores, salientando contradições ou reafirmando suas ideias 
sobre o tema; e
• Redigir o texto na terceira pessoa do singular e escrever para a humanidade de forma objetiva, 
clara e conclusiva.
A dissertação não é poesia ou romance, por isso, evite linguagem que possibilite várias interpretações 
e ambiguidades. Não utilize versos para compor o texto, pois os textos acadêmicos devem ser 
objetivos, claros, lógicos e informativos. Diferenciando-se dos textos literários, que se utiliza de 
figuras de linguagem (hipérbole, metáforas, metonímias), frases de efeito e termos extravagantes, 
os quais complicam o entendimento do texto. Na dissertação (revisão de literatura), o autor deve 
explicitar seus pressupostos com clareza, coerência e espírito crítico.
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Sugestões de redação
• Causa e consequência;
• Exemplificação;
• Comparação: semelhanças ou diferenças;
• Definição;
• Contra-argumentação; e
• Ordenação.
Pesquisas diretas (de campo ou laboratorial)
Nos casos de pesquisa de campo ou laboratorial, 
o desenvolvimento deve descrever o método, os resultados e a discussão/análise dos dados, além 
da revisão de literatura, como mostra o exemplo que divide o “Desenvolvimento”:
Revisão de literatura
É incluída no texto da mesma forma que nas pesquisas indiretas bibliográficas.
Método
Inclui os seguintes itens: sujeitos ou amostra da pesquisa, materiais, instrumentos, procedimentos 
e tratamento estatístico.
Resultados e Discussão (Demonstração e Análise dos resultados dos dados coletados) e 
Material e Método.
Amostra
É uma parte representativa do total (população), selecionada para demonstrar de forma legítima 
os resultados da pesquisa, que são generalizados a toda a população. É obrigatório descrever como 
se selecionou a amostra da pesquisa, apontando o plano de amostragem e as limitações do estudo, 
pois nem sempre se observa uma boa prática de amostragem.
Instrumentos
São as técnicas empregadas para coletar, medir e/ou avaliar os dados diretamente em suas 
fontes ou de maneira empírica: testes, entrevistas, observação, questionários e formulários.
Materiais
São os objetos e equipamentos utilizados nas pesquisas de campo ou laboratorial, nos quais 
as variáveis são manipuladas para realizar o estudo: materiais como os necessários no transcorrer 
de uma aula.
Figura 22. Redação.
Fonte: Undrey/Shutterstock.
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Procedimentos
Estratégia para a coleta de dados e para a análise e 
tratamento dos dados levantados, que serão relatados 
de forma minuciosa e pormenorizada, com explicações 
necessárias para a delimitação do estudo.
Figura 23. Procedimento.
Fonte: Flower travelin’ man/Shutterstock.
Título
Um aspecto importantíssimo por representar todo o 
trabalho de forma estritamente sintetizada, indicando o 
assunto do estudo, como ressalta Severino (2000, p. 160), “é 
uma nomeação do tema da pesquisa”.
Para Thomas e Nelson (2002, p. 58) “o propósito do título 
é informar o conteúdo, mas isso deveria ser feito o mais 
sucintamente possível”.
Dessa forma, um bom título de pesquisa informa o leitor sobre o assunto do estudo, dando ideia 
da temática específica abordada. O título é composto pelo tema da pesquisa (Título geral), seguido 
de subtítulo técnico, mais específico, como se verifica nos exemplos a seguir:
Exemplo
– Jogo simbólico:
UM ESTUDO SOBRE O BRINCAR DA CRIANÇA EM AMBIENTES EDUCACIONAIS DIFERENTES
Outra forma muito comum de apresentar o título é utilizar o problema de pesquisa para identificar 
o estudo, formulando-o em forma afirmativa.
Inicia-se a pesquisa com um título provisório, mas como são muitas as opções, recomenda-se 
que o título seja o último item a ser definido para abranger tudo o que foi estudado e relatado na 
pesquisa.
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Importante!
Orientações quanto à redação:
1. ELIMINAR juízo de valor, referentes à análise subjetiva: alto, baixo, rápido, lento, simples, complexo, 
muito, pouco, grande, alto padrão.
2. ELIMINAR palavras que representam totalidade de conjunto, pois são perigosas e praticamente 
impossíveis de provar:
Conjunto universo: Tudo, todo, totalidade, total, sempre, ininterruptamente, todas às vezes.
“Após ler todos os artigos da área” (como você garante que leu todos?) Pode ser substituído por: 
“Após a leitura dos artigos relacionados, conclui-se que...”.
Conjunto Vazio: nada, coisa nenhuma, nenhum, nunca, jamais, não existe.
“Nenhum artigo pesquisado compara as duas ferramentas...” (como você garante o “nenhum”?).
Pode substituir por “Os artigos pesquisados não comparam as duas ferramentas...” ou “Dentre os 
artigos pesquisados, nenhum compara as duas ferramentas...”
3. USAR redação no impessoal (não utilizar a primeira pessoa do singular ou plural).
ERRADO: nosso trabalho, nosso estudo, nossa pesquisa... Ou: somos da opinião que, julgamos que, 
chegamos à conclusão, deduzimos...
CORRETO: Utilize colocações como: o presente trabalho, a presente pesquisa...
4. ELIMINAR “gerundismos”, como: a equipe estava colaborando, fazendo...
5. ELIMINAR uso de termos como: está sendo, levando em consideração, devido ao fato de que, 
tem que, em que, tendo que, tendo assim. Procurar substituir por: “considerando a aplicação”, 
“considerando-se”, “verificando-se”.
6. ELIMINAR “que + ESTAR”, “que + FAZER”,”que + TER”, “que + IR”
7. ELIMINAR “que só”, “que + SER”, Como: “O trabalho que é feito por dois homens ... “, “que é nomeado 
de Genes 2000”, “o carro que foi levado pelo mecânico”.
8. ELIMINAR frases iniciadas com “Para”, “a fim de”, “objetivando” etc.
9. ELIMINAR instâncias do verbo ser/estar. Exemplo: foram, foi, eram, isto, é.
Substituir por: refere-se a, consiste em, representa um,
10. A frase deverá estar em ORDEM DIRETA: “Sujeito + verbo + predicado”
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ERRADO (Ordem indireta ou invertida): “Após esta validação, armazenam-se as informações dos 
componentes na base de dados do RRCS”.
CORRETO (Ordem direta): “As informações dos componentes são armazenadas na base de dados 
do RRCS, após esta validação”.
11. Não afirmar algo e depois reafirmar o contrário.
ERRADO: “Esse caso de teste não permite identificar nenhum erro de código.
CORRETO: “Apenas um erro de código pode ser identificado, a falta de.... “. Ou “identifica nenhum” 
ou “identifica um”, mas afirmar os dois não pode.
12. O uso de “referente à”, “devido à”, sempre com crase.
13. Antes de verbo no gerúndio utilize vírgula.
“Ele foi o responsável pelo acidente, considerando que falava ao celular enquanto dirigia”.
“O objetivo do trabalho consiste em comparar duas ferramentas, utilizando a técnica estatística de...”
3.2 Plágio
Figura 24. Plágio.
Fonte: Lolostock/Shutterstock.
Plágio é a ação de apresentar obra de natureza intelectual 
de qualquer tipo que empregue partes de obra de autoria 
de outro indivíduo, não fornecendo os devidos créditos ou 
citação como fonte de pesquisa. Desta forma, atitudes como 
reproduzir oumesmo utilizar ideias, conceitos ou frases, 
criadas e publicadas por outro autor, não mencionando ou 
citá-lo como fonte de pesquisa, torna-se um plágio.
Plágio é uma violação de direitos autorais.
É um crime com pena prevista em lei, punível com multa ou reclusão de até 5 anos. O 
“desconhecimento da lei” não é justificativa, pois a lei é pública e explícita. O Autor lesado por 
plágio também pode entrar na justiça com ação indenizatória.
Tipos de plágio
Integral
Copia palavra por palavra de um trabalho inteiro não citando a fonte de origem.
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Parcial
Quando o trabalho é o produto de uma “mescla” de diversos parágrafos e frases de autores 
variados, sem referir suas obras.
Conceitual
O ato de empregar a essência da obra de outro autor, modificando a maneira de apresentá-la, não 
citando a fonte, como a utilização da ideia do autor escrevendo de outra forma, porém, novamente, 
sem citar a fonte original.
E como é a maneira correta de mencionar estas ideias no trabalho acadêmico?
Não se deve realizar apenas um levantamento de partes de obras de vários autores, criando 
uma “colcha de retalhos”. É incorreto colocar, em vários parágrafos sucessivos, literalmente o 
texto destes autores (mesmo entre aspas, portanto), ou mudando apenas uma ou outra palavra. 
Ao redigir o trabalho acadêmico, é de sua responsabilidade criar um novo texto, que seja diferente 
destes autores, mas que pode ser baseado nas ideias dos mesmos, explicando o que estes autores 
quiseram dizer utilizando outras construções e exemplos, traduzindo suas ideias em novas formas.
Escreva com suas próprias palavras de modo a explicar todas as citações, apresentar as fontes 
no próprio texto, e, se necessário, incluir as citações diretas (texto literal do autor utilizado) à medida 
que o trabalho vai sendo desenvolvido.
Veja exemplos de como citar fontes e autores mais adiante no Conteúdo.
SAIBA MAIS
11 Ferramentas para auxiliar na elaboração do TCC
http://www.mettzer.com/blog/11-ferramentas-para-ajudar-o-seu-tcc-a-decolar/
Lista de ferramentas para desenvolvimento do seu trabalho de conclusão.
1. MS Word e Excel
As ferramentas com o maior número de tutoriais de ajuda disponíveis na Internet. É pago e custa R$ 
21,00/mês ou vem incluso no pacote Office do Windows (que é pago).
2. EndNote
“O mais poderoso gerenciador de pesquisas e referências no mercado” Em sua última versão, 
possui mais de 6.000 estilos de referências. Permite trabalho em grupo e colaboração com outros 
pesquisadores. É pago e custa $ 249,95 dólares/ano.
3. Mendeley
Um gerenciador de pesquisas que permite organizar, ler, fazer anotações nos seus arquivos, além de 
colaborar e se comunicar com outros pesquisadores. Também é possível gerar citações e referências 
Pág. 42 de 54
diretamente no Microsoft Word, LibreOffice e no LaTeX. É gratuito com ferramentas Premium por $ 5 
dólares/mês.
4. Cite This For Me
Aplicação web que permite criar referências de modo muito simples. Formata citações e referências 
em mais de 100 estilos, incluindo os principais ABNT, MLA, APA, Chicago, Vancouver e Harvard. É 
gratuito.
5. LaTeX
Um editor de texto utilizado na produção de textos matemáticos e científicos. Para usá-lo é 
necessário utilizar comandos, muito semelhante a uma linguagem de programação, sendo mais 
indicado para alunos de cursos da área das ciências exatas. É gratuito.
6. Farejador de Plágio
O sistema ajuda a evitar problemas de propriedade intelectual e também para identificar assuntos 
recorrentes. Na versão gratuita o sistema avalia apenas metade do trabalho, para ter uma resposta 
100% segura é necessário fazer uma assinatura. É gratuito com ferramentas Premium por R$ 19,90.
7. Zotero
Ferramenta para coletar, organizar, mencionar, e partilhar as suas fontes de pesquisa. É a única 
ferramenta de pesquisa que detecta automaticamente o conteúdo em seu navegador, permitindo 
adicioná-lo à sua biblioteca pessoal.
É gratuito.
8. Evernote
Sistema integrado de anotações online e em aplicativo, criando listas, gerenciando links e textos no 
mesmo ambiente de trabalho.
É gratuito com ferramentas Premium por R$ 10,00/mês.
9. Google Docs e Google Drive
Diversas ferramentas úteis para desenvolver pesquisas, como editor de texto, planilhas, formulários 
de pesquisas dinâmicos, entre outros. Armazena todo conteúdo no Google Drive, um serviço de 
armazenagem de dados integrado ao Google Docs. É gratuito com ferramentas Premium por U$ 1,99.
10. Mettzer
Editor de texto criado exclusivamente para formatar o seu trabalho nas Normas ABNT. Com uma 
usabilidade intuitiva, fácil de usar e com inúmeras ferramentas, você basicamente necessita digitar o 
conteúdo e o sistema faz a formatação do arquivo. O primeiro trabalho é gratuito.
11. Questia
Biblioteca online de livros e artigos. Oferecem um editor de texto e uma ferramenta que auxilia a 
construir o trabalho. O sistema serve para estudantes colegiais e universitários. É pago e custa U$ 
19,95/mês.
Pág. 43 de 54
3.3 Citações e referências bibliográficas Figura 25. Citação.
Fonte: Qoppi/Shutterstock.
3.3.1 Citações no corpo do texto
As citações são trechos extraídos dos 
documentos e obras consultados, transcritos 
do original para o trabalho acadêmico, que são 
relevantes e colaboram no entendimento ou 
esclarecimento do assunto abordado.
Itens obrigatórios de citações
Na citação apresentam-se os sobrenomes dos autores originais, em letras maiúsculas e 
minúsculas, separados pela letra “e” ou ponto e vírgula, acompanhados da data de publicação e 
páginas consultadas que, inclusive, devem constar nas referências bibliográficas.
As chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou título, incluídas na 
sentença do texto devem ser em letras minúsculas e, quando entre parênteses, no final da frase, 
devem estar com letras maiúsculas.
Em citações diretas indicar o número da página, da qual foi retirado o trecho da frase ou expressão.
O sobrenome do autor pode ser indicado de duas formas: trazendo para o contexto da redação, 
com termos e expressões, como: “segundo”, “de acordo com”, “afirma”, “relata”, “discorre”, “conceitua”, 
“indica”, “aponta”, “descreve” etc. Exemplo:
“Segundo Nicolau (2000), as atividades de Educação Física [...]”.
E, também, ao final do trecho extraído de uma obra. Exemplo:
“As atividades de Educação Física possibilitam que a criança movimente-se de forma natural e 
espontânea e que se relacione consigo mesma e com o ambiente (NICOLAU, 2000)”.
A seguir, veja alguns exemplos de citações no corpo do texto:
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Citação direta ou textual
Transcrição literal de um texto ou palavras do autor constantes do documento original. Nesse 
caso, é obrigatório colocar o sobrenome do autor, a data da publicação e o número da página 
consultada.
– Até três linhas
Segundo Mattos e Neira (2002, p. 21), “a conscientização não é apenas tomar conhecimento 
da realidade. A tomada de consciência significa a passagem da imersão na realidade para um 
distanciamento desta realidade”.
“A educação física atual, por não querer tratar de tudo, especializou-se no seu objeto de estudo 
– movimento humano” (MATTOS; NEIRA, 2002, p.17).
– Mais de três linhas
Destacado do texto, pula-se uma linha para iniciar a transcrição da citação, com recuo de 4 cm 
da margem esquerda, texto em Arial ou Times New Roman 10, espaçamento simples entre linhas 
e crédito dos autores. Para reiniciar o texto normal, pula-se outra linha.
Quanto à relevância de serem desenvolvidos conteúdos significativos às crianças nas aulas de 
educação física escolar, Mattos e Neira (1999) afirmam que:
É o movimento voluntário que deve ser trabalhado na aula de Educação Física das 
crianças. Essa aula deve basear-se em elementos significativos para ela, só assim 
teremos realmente a construção do conhecimento. O professor tem o dever de 
elaborar conflitos para o grupo ou individualmente, é a superação destes conflitos 
que possibilitará ajustamentos cognitivos

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