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METODOLOGIA Unidades 2 3 e 4

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2 
 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
 
 
 
Instituição Credenciada pelo MEC – Portaria 4.385/05 
 
 
 
 
 
 
 
Unis - MG 
Centro Universitário do Sul de Minas 
Unidade de Gestão da Educação a Distância – GEaD 
Av. Cel. José Alves, 256 - Vila Pinto 
Varginha - MG - 37010-540 
 
 
 
 
 
 
 
Mantida pela 
Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas – FEPESMIG 
Varginha/MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados ao Unis-MG. 
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou parte do mesmo, sob qualquer meio, sem 
autorização expressa do Unis-MG. 
 
 
 
 
3 
 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
KAUS , Rebeca Nogueira Lourenço 
Guia de Estudo – Introdução ao Pensamento 
Científico – Rebeca Nogueira Lourenço Kaus. 
Varginha: GEaD - UNIS/MG, 2011. 
49 p. 
 
2. Da teoria à prática... O projeto de pesquisa. 3. O 
Cuidado Com As Referências – Citações. 4. O Projeto 
De Pesquisa. I. Título. 
 
 
4 
 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
 
 
 
 
 
REITOR 
Prof. Ms. Stefano Barra Gazzola 
 
GESTOR 
Prof. Ms. Wanderson Gomes de Souza 
 
Supervisora Técnica 
Profª. Ms. Simone de Paula Teodoro Moreira 
 
Design Instrucional 
Prof. Celso Augusto dos Santos Gomes 
Rogério Martins Soares 
 
Coord. do Núcleo de Recursos Tecnológicos 
Lúcio Henrique de Oliveira 
 
Coordenadora do Núcleo Pedagógico 
Terezinha Nunes Gomes Garcia 
 
Revisão Ortográfica / Gramatical 
 
 
 
 
 
 
Autora 
 
REBECA NOGUEIRA LOURENÇO KAUS 
Comunicação Social pelo Centro Univbersitário do Sul de Minas - Unis/MG (2003). Especialista 
em Docência na Educação a Distância, pelo Centro Universitário do Sul de Minas – Unis - MG 
(2007). Atualmente é tutora na Educação a Distancia do Unis e atuou nas disciplinas: Língua 
Portuguesa Comunicação e Expressão, Sociologia Geral, Dimensão Filosófica da Educação e 
Metodologia e Pesquisa Científica. Exerceu também a função de tutora de ambiente virtual nos 
cursos de Física e Matemática. Co-autora do Guia de Estudos de Introdução à Sociologia Geral. 
 
5 
 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
ÍCONES 
 
REALIZE. Determina a existência de atividade a ser realizada. 
Este ícone indica que há um exercício, uma tarefa ou uma prática para ser 
realizada. Fique atento a ele. 
 
PESQUISE. Indica a exigência de pesquisa a ser realizada na busca por mais 
informação. 
 
PENSE. Indica que você deve refletir sobre o assunto abordado para responder a 
um questionamento. 
 
CONCLUSÃO. Todas as conclusões sejam de ideias, partes ou unidades do 
curso virão precedidas desse ícone. 
 
IMPORTANTE. Aponta uma observação significativa. Pode ser encarado 
como um sinal de alerta que o orienta para prestar atenção à informação 
indicada. 
 
HIPERLINK. Indica um link (ligação), seja ele para outra página do módulo 
impresso ou endereço de Internet. 
 
EXEMPLO. Esse ícone será usado sempre que houver necessidade de 
exemplificar um caso, uma situação ou conceito que está sendo descrito ou 
estudado. 
 
SUGESTÃO DE LEITURA. Indica textos de referência utilizados no curso e 
também faz sugestões para leitura complementar. 
 
APLICAÇÃO PROFISSIONAL. Indica uma aplicação prática de uso 
profissional ligada ao que está sendo estudado. 
 
CHECKLIST ou PROCEDIMENTO. Indica um conjunto de ações para fins 
de verificação de uma rotina ou um procedimento (passo a passo) para a 
realização de uma tarefa. 
 
SAIBA MAIS. Apresenta informações adicionais sobre o tema abordado de 
forma a possibilitar a obtenção de novas informações ao que já foi referenciado. 
 
REVENDO. Indica a necessidade de rever conceitos estudados anteriormente. 
 
 
 
 
 
6 
 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
Sumário 
EMENTA ...................................................................................................................................................... 7 
2. DA TEORIA À PRÁTICA... O PROJETO DE PESQUISA............................................................ 8 
OBJETIVOS ................................................................................................................................................. 8 
2.1 Mas O Que É Pesquisa? ......................................................................................................... 9 
2.2 Para Que Serve a Pesquisa? ................................................................................................ 10 
2.3 Modalidades de Pesquisa ..................................................................................................... 10 
2.3.1 A Pesquisa Bibliográfica........................................................................................................ 11 
2.3.2 A Pesquisa de Campo........................................................................................................... 12 
2.3.3 A Pesquisa Documental ........................................................................................................ 14 
2.3.4 A Pesquisa-Ação .................................................................................................................. 14 
2.3.5 A Pesquisa-Ação .................................................................................................................. 15 
2.4 Técnicas de Pesquisa ........................................................................................................... 17 
2.4.1 A Escolha e Utilização Das Fontes Bibliográficas .................................................................. 17 
2.4.2 Leitura, Interpretação De Textos E Procedimentos De Registro............................................. 20 
2.4.3 Observação .......................................................................................................................... 22 
2.4.4 Entrevista e Questionário ...................................................................................................... 24 
2.4.5 Análise de Conteúdo ............................................................................................................. 25 
2.4.6 Planejamento Participativo .................................................................................................... 26 
3. O CUIDADO COM AS REFERÊNCIAS - CITAÇÕES ................................................................ 28 
3.1 Como Fazemos a Referência de Uma Citação? .................................................................... 29 
3.1.1 As Citações Sem Indicação De Autoria Ou Responsabilidade (Nbr 10520 Item 6.3. B) .......... 29 
3.2 Indicação do Texto Citado (NBR 10520 Item 5.1) .................................................................. 30 
3.2.1 Em Citações Diretas ............................................................................................................. 30 
3.2.2 Em Citações Indiretas (NBR 10520 item 5.1)......................................................................... 30 
3.3 Tipos de Citação ................................................................................................................... 30 
3.3.1 Direta (NBR 10520 item 3.3) ................................................................................................. 31 
3.3.1.1 Quando Tiver Até Três Linhas (NBR 10520 item 5.2) ........................................................ 31 
3.3.1.2 Quando Tiver Mais de Três Linhas (NBR 10520 Item 5.3) ................................................. 31 
3.4 Indireta (NBR 10520 Item 3.4) ............................................................................................... 31 
3.5 Citação de Citação (NBR 10520 Item 7.1.3) .......................................................................... 32 
4. O PROJETO DE PESQUISA .................................................................................................... 334.1 Elementos Pré-Textuais ........................................................................................................ 34 
4.1.1 Capa ..................................................................................................................................... 34 
4.1.2 Folha de Rosto...................................................................................................................... 35 
4.1.3 Sumário ................................................................................................................................ 37 
4.2 Elementos Textuais............................................................................................................... 38 
4.2.1 A Introdução ......................................................................................................................... 38 
4.2.2 O Problema de Pesquisa ...................................................................................................... 39 
4.2.3 O Referencial Teórico ........................................................................................................... 40 
4.2.4 A Hipótese ............................................................................................................................ 41 
4.2.5 A Justificativa ........................................................................................................................ 41 
4.2.6 Os Objetivos ......................................................................................................................... 42 
4.2.7 A Metodologia ....................................................................................................................... 42 
4.2.8 O Cronograma ...................................................................................................................... 44 
4.3 Elementos Pós-Textuais ....................................................................................................... 45 
4.3.1 Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 45 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................... 48 
 
 
 
 
7 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
 
 
 
 
 
 
 
EMENTA 
O conhecimento científico, a ciência e o senso comum. O Método e Metodologia 
científica. Técnica de esquematizar e resumir. Tipos de fichamentos e referências 
bibliográficas. Redação do trabalho: estrutura lógica, estilo e citações. Apresentação 
formal do trabalho. Seminário Normas da ABNT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
2. DA TEORIA À PRÁTICA... O PROJETO DE PESQUISA 
 
 
 
 
 
Depois do estudo desta unidade esperamos que você seja capaz de: 
 Entender o que é pesquisa e qual a sua função; 
 Compreender, reconhecer e estar apto para utilizar as diferentes modalidades de 
pesquisa; 
 Estar consciente dos fatores que dão credibilidade à fonte de pesquisa; 
 Durante a pesquisa saber empreender as diferentes técnicas de pesquisa; 
 Ser capaz de construir um projeto de pesquisa e estar ciente de sua importância 
para a realização do trabalho científico. 
 
OBJETIVOS 
Nesta unidade você terá a oportunidade de aprender a construir um projeto de 
pesquisa. Mas antes de começarmos a realizá-lo tenho uma pergunta crucial que você deve 
responder... o que é pesquisa? Ou melhor...como se faz uma pesquisa? 
 
DA TEORIA À PRÁTICA... 
O PROJETO DE PESQUISA 
 
9 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
2.1 Mas O Que É Pesquisa? 
Segundo Tozoni-Reis (2008), o termo pesquisa se olharmos no dicionário é definido 
como uma investigação minuciosa para averiguação da realidade. Podemos entender 
também como uma busca e estudo, minudentes e sistemáticos, com o fim de descobrir ou 
estabelecer fatos ou princípios relativos a um campo qualquer do conhecimento. 
 
 
Releia com atenção as partes destacadas. Veja que essas definições em 
Tozoni-Reis (2008) auxiliam no entendimento da pesquisa como uma 
ação de conhecimento da realidade. Um processo de busca detalhado, 
com etapas e sistemas definidos, que visa produzir conhecimento e/ou 
interpretação de um dado contexto do real. A interpretação do que 
vivemos. 
 
Você percebeu que o termo pesquisa está necessariamente atrelado ao 
conhecimento? Isso porque ainda de acordo a autora todo conhecimento tem como alvo a 
convivência e interação dos sujeitos com o mundo que o cerca. “A busca do conhecimento 
é uma atitude essencialmente humana, buscar compreender e dar significado para o mundo 
das coisas é uma atitude que faz parte da essência do ser humano.” (Tozoni-Reis, 2008, 
p.9) 
 Mas será que existe diferença entre a pesquisa (busca do conhecimento), que 
fazemos no dia a dia e a pesquisa científica? Pois saiba que a resposta é sim! Realmente a 
pesquisa como uma atividade humana, uma prática social, é uma tarefa complexa, que está 
em todos os momentos da vida. Tozoni-Reis (2008), explica que a pesquisa voltada para o 
fazer científico, é uma prática mais sistematizada, mais organizada, pois a produção de 
conhecimentos científicos implica as formas científicas de interpretação dos objetos. 
 
 
Pesquisa é um procedimento racional e sistemático que tem como 
objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. [...] A 
pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos 
disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros 
procedimentos científicos[...] ao longo de um processo que envolve 
inúmeras fases desde a adequada formação do problema até a 
satisfatória apresentação dos resultados. (GIL apud: TOZONI-REIS, 
2008, p.8) 
 
10 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
2.2 Para Que Serve a Pesquisa? 
Como Andrade (1999) explica, as finalidades da pesquisa científica podem se 
separadas em dois conjuntos, o primeiro da “ciência pura”, caracterizado pela “pesquisa 
pura” e o segundo das “ciências aplicadas” caracterizado pela “pesquisa aplicada”. 
 
 
Ao ver o quadro acima podemos concluir que a ciência pura e prática 
não são segmentos fechados que não se relacionam, mas sim são 
aspectos diferentes da ciência que inter-relacionam enquanto se 
completam. 
 
2.3 Modalidades de Pesquisa 
Já vimos o que é a pesquisa e para que ela serve, mas de que pesquisa estamos 
falando? Segundo Andrade (1999), existem vários tipos de pesquisa, modalidades que 
podem ser classificadas de diversas maneiras. 
Segundo Tozoni-Reis (2008), a pesquisa se adequa ao seu objetivo e ao que planeja 
realizar, ela é constituída de 3 fatores e do ponto de vista prático, a fonte dos dados indica a 
sua modalidade: 
• tem por objetivo a satisfação do desejo de adquirir 
conhecimentos, sua finalidade principal seria contribuir para o 
progresso da ciência com novas descobertas e conquistas. 
• A pesquisa pura, mesmo movida por razões de ordem 
intelectual (descobrir a teoria dos fatos), pode eventualmente, 
gerar conhecimentos passíveis de aplicação prática. 
Ciência pura 
• tem por objetivo as aplicações práticas do saber, voltada para a 
resolução dos problemas concretos da vida moderna. 
• A pesquisa prática, mesmo com objetivos de solucionar 
problemas cotidianos, pode resultar na descoberta de 
princípios científicos que promovam o progresso da ciência 
em determinada área. 
Ciência 
aplicada 
 
11 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
 
 
 
Dentre as muitas modalidades de pesquisa existentes, veremos mais de 
perto as pesquisas: bibliográfica, a pesquisa de campo, a pesquisa 
documental e a pesquisa-ação. 
 
2.3.1 A Pesquisa Bibliográfica 
Por causa do nome muitos pesquisadores iniciantes podem pensar que a pesquisa 
bibliográfica é apenas a leitura da bibliografia especializada, mas não é bem assim não! 
Andrade (1999) explica que a pesquisa bibliográficatanto pode ser um trabalho em si 
mesma, quanto constituir-se como um procedimento preparatório para a realização para 
outra pesquisa. 
A pesquisa bibliográfica, como diz Tozoni-Reis (2008), tem como sua característica 
principal o fato de que o campo onde será feita a coleta dos dados é a própria bibliografia 
sobre o tema ou o objeto que se pretende investigar. Ou seja, o campo de pesquisa e a 
fonte de pesquisa, serão os mesmos! O pesquisador não fará experiências tentando 
reproduzir uma situação, não vai observar situações vividas, mas sim, conversar e 
debater com os autores, por meio de seus escritos. 
Ainda segunda autora supracitada, veja as etapas de uma pesquisa bibliográfica: 
1. Delineamento da pesquisa: elaboração do projeto de pesquisa. A elaboração do 
tema de pesquisa implica na delimitação do tema, ou seja, determinar a abrangência 
e extensão do assunto, eleger um aspecto a ser abordado; 
2. Revisão bibliográfica: para poder chegar a um bom problema de pesquisa, o 
sujeito deve realizar uma pesquisa bibliográfica (a pesquisa aqui assume o caráter 
de preparação para outro trabalho, veja bem!) sobre o seu objeto de pesquisa, isso 
permite que ele adquira conhecimentos que possibilitem a compreensão mais 
profunda do assunto e do tema que ele pretende investigar; 
Pesquisador Campo Fonte Pesquisa 
 
12 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
3. Coleta de dados: leitura cuidadosa dos autores e obras selecionadas para coleta de 
dados para análise. Documentação e/ou anotações das ideias principais apreendidas 
pela leitura e interpretação dos textos selecionados; 
4. Organização dos dados: estudo exaustivo dos dados, organizando-os em 
categorias de análise; 
5. Análise e interpretação dos dados: discussão dos resultados obtidos na coleta de 
dados. Lembre-se que interpretar á tomar posição frente aos significados do texto, 
ir além do que está escrito. Explorar as possibilidades do enunciado. 
6. Redação final; elaboração do relatório final da pesquisa pode ser na forma de 
artigo, monografia, o entre outros. 
Assim, a produção de conhecimentos, que resulta do trabalho de 
investigação científica que toma a pesquisa bibliográfica como 
modalidade e não reduz a uma apresentaçaõ das ideias de diferentes 
autores acerca do tema estudado. Do contrário, exigedo 
pesquisador a produção de argumentação sobre o tema, oriundas de 
interpretação própria , resultado de um estudo aprofundado sobre o 
assunto. Concordar, discordar, discutir, problematizar os temas à 
luz das ideias dos autores lidossão os procedimentos dessa 
modalidade de pesquisa. (TOZONI-REIS, 2008, p.27) 
 
2.3.2 A Pesquisa de Campo 
A pesquisa de campo como o próprio nome já diz tem sua fonte de dados no próprio 
campo. Ela é desenvolvida principalmente na ciências sociais. O pesquisador vai o espaço 
para a busca de dados, visando entender os fenômenos que ocorrem em tal lugar mediante 
a observação. Tozoni-Reis (2008), também delimita as etapas da pesquisa de campo, 
perceba como existem similitudes e diferanças. Compare e compreenda suas 
peculiaridades: 
1. Delineamento da pesquisa: elaboração do projeto de pesquisa. A elaboração do 
tema de pesquisa implica na delimitação do tema, ou seja, determinar a abrangência 
e extensão do assunto, eleger um aspecto a ser abordado; 
2. Revisão bibliográfica: veja que a pesquisa bilbiográfica (de caráter de preparação 
para outro trabalho), está presente também na pesquisa de campo, pois aqui o 
 
13 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
sujeito também tem que adquir conhecimentos que possibilitem a compreensão 
mais profunda do assunto e do tema que ele pretende investigar; 
3. Coleta de dados: vai ao campo de pesquisa, para por meio de emprego de algumas 
técnicas e ferramentas, coletar os dado que irá compreender, analisar e comparar; 
4. Organização dos dados: estudo exaustivo dos dados, organizando-os em 
categorias de análise; 
5. Análise e interpretação dos dados: discussão dos resultados obtidos na coleta de 
dados com o apoio de autores e obras que tratam dos mesmos temas ou temas 
próximos; 
6. Redação final; elaboração do relatório final da pesquisa pode ser na forma de 
artigo, monografia, o entre outros. 
Tozoni-Reis(2008) nos informa que as técnicas mais usadas pelas pesquisa de campo 
são a observação e a entrevista. A primeira se divide em observação e observação 
participante e a segunda em entrevista estruturada e entrevista semiestruturada. 
 
Entrevista e entrevista semiestruturada 
Entrevista estruturada: quando o pesquisador 
segue rigorosamente um roteiro 
preestabelecido. 
Entrevista semiestruturada: é a técnica cujo 
roteiro serve apenas de referência e não precisa 
ser seguido com rigor. 
Observação e observação participante 
Observação: é a técnica de coleta de dados, 
cujo entrevistador (observador), não realiza 
nenhuma intervenção intencioanl no campo de 
estudo. 
Observação participante: é a observação que 
conta com a intervenção do pesquisador, um 
exemplo é uma pesquisa de um professor 
acerca de suas próprias aulas. 
Técnicas de observação 
Observação Entrevista 
 
14 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
2.3.3 A Pesquisa Documental 
No nosso terceiro tipo de pesquisa, as fontes de coleta de dados são documentos, 
históricos, institucionais, associativos, oficiais etc. Isso que dizer que a procura da 
compreensão acerca de certo fenômeno (objeto de pesquisa) e produção de conhecimento 
sobre ele, são provenientes de documentos. 
 
 
O estudo de como um edifício ou monumento se torna um patrimônio 
histórico é baseado em documentações que evidenciam sua importância 
para a comunidade. Ou um estudante de administração que deseja 
compreender o surgimento e crescimento de uma determinada 
instituição, vai analisar os documentos que registraram tal trajetória. 
 
2.3.4 A Pesquisa-Ação 
A metodologia da pesquisa-ação, conforme Tozoni-Reis (2008), articula a geração de 
conhecimentos com a ação com o intuito de instituir práticas de enfrentamento de uma 
dada realidade. A pesquisa-ação também pode ser chamada de pesquisa participante, 
pesquisa participativa ou pesquisa-ação-participativa. 
Algumas das principais características desta forma de pesquisa é ter como ponto 
inicial do trabalho problemas reais, para que por meio da reflexão sobre eles aconteça um 
rompimento entre a teoria e a prática, surgindo assim ações de intervenção sob esta 
realidade cujos participantes envolvidos não serão meros objetos de estudos, ou 
espectadores, mas sim parceiros de investigação, que contribuem com a sua experiência, 
participando assim da ação promotora de transformação. 
 
 
Podemos ver frequentemente este tipo de pesquisa em estudos 
ambientais que exigem a mudança de hábitos de certa comunidade, por 
exemplo, uma aldeia de pescadores que realiza pesca predatória com 
redes e muitas vezes prendem tartarugas marinhas. A pesquisa-ação 
pode se manifestar em cima deste problema da seguinte maneira: o 
pesquisador realiza um estudo – levando em consideração também as 
experiências dos referidos pescadores – que gera conhecimentos e ações 
que mudam a prática de pesca desta aldeia, e ao mesmo tempo, os 
pescadores se tornam fiscais de sua região. 
 
 
15 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
2.3.5 A Pesquisa-Ação 
Segundo o Manual de Metodologia da UFSC (2005, p.20) e Marconi & Lakatos 
(1999), os outros tipos de pesquisa podem ser classificados da seguinte maneira: 
Do ponto de vista da sua na natureza, a pesquisa pode ser: 
 Básica: É o tipo de pesquisa que busca apenas ampliar o conhecimento, sem colocá-
lo em prática. Procura o novo, o progresso científico, utilizando-se de princípios e 
leis gerais já estabelecidas. 
 Aplicada: Seu interesse é a prática, ou seja, o que for obtido como resultado da 
pesquisa deve ser posto à prova, utilizado para a solução de determinado problema 
que ocorrerealmente. 
 Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, a pesquisa pode ser: 
 Quantitativa: Esse tipo de pesquisa prevê a possibilidade transformar dados não 
numéricos em valores quantificáveis, por exemplo, uma informação verbal (como 
um comentário) pode ser transmutada em um valor. Para isso, a pesquisa recorre à 
Matemática, Estatística, e cálculos como média, desvio-padrão, média, etc. 
 Qualitativa: Defende a existência de uma subjetividade tal que impede que essa seja 
transformada em números, porcentagens, entre outros valores. Para esse tipo de 
pesquisa é fundamental levar em conta os fenômenos que ocorrem em torno do 
sujeito e também a atribuição de significados. É uma modalidade de pesquisa 
descritiva, cuja fonte é o próprio universo pesquisado e cuja análise dos resultados é 
indutiva, partindo do próprio pesquisador. 
 Do ponto de vista da forma dos objetivos da pesquisa (GIL, 1999): 
 Exploratória: É representada geralmente pelas pesquisas bibliográficas e estudos de 
casos. Procura estabelecer um envolvimento maior do pesquisador com o objeto 
pesquisado e os problemas de pesquisa. Para isso, baseia-se na pesquisa bibliográfica 
propriamente dita, em entrevistas, referências, experiências práticas, exemplos, etc. 
 Descritiva: Ou de levantamento de dados, abrange quatro aspectos principais: 
descrição, registro, análise e interpretação. Delineia a situação atual de uma 
determinada questão, fato ou população e a analisa definindo relações entre os dados 
coletados. 
 Explicativa: Tem como objetivo apontar os motivos e explicar o porquê dos 
acontecimentos. Se for aplicado no âmbito das ciências sociais, é necessário usar do 
 
16 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
método de observação para encontrar as razões do problema. Já dentro das ciências 
naturais, basta o método empírico de experimentação. 
 
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, (GIL, 1999) a pesquisa pode ser: 
 Experimental: Novamente citando Köche (1997), nesse tipo de pesquisa 
“o investigador analisa o problema, constrói suas hipóteses e 
trabalha manipulando os possíveis fatores, as variáveis, que se 
referem ao fenômeno observado, para avaliar como se dão suas 
relações preditas pelas hipóteses”. [...] “Tomemos um exemplo de 
pesquisa experimental da agricultura. Imaginemos que se quer 
identificar o tipo de semente de trigo que tem maior produtividade 
para ser cultivado em uma determinada região. O investigador, à 
luz do conhecimento disponível, determina as principais variáveis 
que devem ser trabalhadas, tais como: o tipo de solo, a qualidade e 
quantidade de adubo, os tipos de tratamentos com fungicidas que 
podem ser aplicados, temperatura, clima, umidade do solo e época 
de plantio. A pesquisa pode ser feita planejando-se a manipulação 
de uma ou de diversas variáveis” (KÖCHE, 1997,p.122). 
Assim, segue Köche dizendo que, se mantivermos constante todas as variáveis 
exceto a variável ‘tipo de semente’, podemos obter resposta à questão medindo a produção 
obtida na colheita. 
 Levantamento: a pesquisa acontece usando, como universo pesquisado, 
exatamente as pessoas das quais, por exemplo, queremos conhecer um 
comportamento, das quais queremos obter uma resposta. 
 Estudo de caso: Caracteriza-se por ser pontual ou ainda fixar-se em poucos dados, 
porém de forma a esgotá-los, extraindo dessas poucas informações o máximo 
possível, com riqueza de detalhes, características, até a exaustão. 
 Pesquisa Expost-Facto: Também chamada de não-experimental. Voltando a citar 
Köche (1997), vejamos um exemplo que ilustra a pesquisa Expost-Facto: 
“Poder-se-ia investigar a mesma questão anterior – de qual a 
semente de trigo que apresenta maior produtividade para uma 
determinada região – planejando um design de pesquisa não-
experimental. Nesse caso, se deveria trabalhar com uma amostra 
 
17 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
de agricultores que cultivam trigo e, através de instrumentos 
específicos, far-se-iam os registros pertinentes ao tipo e quantidade 
de semente cultivada por área de semeadura, análise da qualidade 
do solo, irrigação utilizada ou nível pluviométrico, quantidade e 
qualidade da adubação, época de plantio, forma de colheita e além 
de mais outras variáveis que poderiam interferir na produção final. 
Através de testes estatísticos se faria a análise e avaliação da 
relação entre semente e produtividade” (Idem, 1997,p.122) 
 
2.4 Técnicas de Pesquisa 
Você acabou de conhecer quatro dos muitos tipos de pesquisa. Para cada uma delas 
existem técnicas e instrumentos de pesquisa adequados. 
 
Segundo Andrade (1999), as técnicas de pesquisa são atreladas à coleta 
de dados, ou seja, com a parte prática da pesquisa. Portanto, podemos 
concluir que a técnica é a instrumentação da específica da coleta de 
dados. 
 
Mas lembre-se, mesmo estando diante do tema e de posse das técnicas, ainda é o 
esforço criativo do sujeito que eleva a qualidade da produção do conhecimento! Afinal de 
contas, nenhuma técnica ou instrumento por si só é suficiente para construir conhecimentos 
significativos, é necessário que haja empenho e porque não, paixão, por parte do 
investigador. Realizar uma pesquisa é transpor para o papel o seu pensamento e como 
enxerga o mundo! Só com o seu esforço as técnicas e instrumentos adquirem sentido, sem 
isso, todos os dados levantados não passam de um amontoado amorfo de informações! 
 
2.4.1 A Escolha e Utilização Das Fontes Bibliográficas 
Definida a temática do seu trabalho acadêmico, é necessário que você atente para o 
grande volume de fontes de informação para pesquisa que temos em mãos atualmente. 
Essas fontes estão abertas a nós através da publicação de notícias audiovisuais, via 
internet, em bibliotecas digitais, sites de busca, publicações impressas (livros, artigos 
científicos, matérias de revistas, jornais, etc), CD-ROM, entre outros. 
 
18 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
É importante ressaltar que todo o conteúdo advindo de tais fontes será utilizado no 
corpo do trabalho, no desenvolvimento ou levantamento bibliográfico de sua pesquisa. 
Temos observado, há tempos, como o papel vem sendo substituído pelo formato 
digital; como o acesso às informações on-line é muito mais procurado, rapidamente 
acessado e prontamente apresenta grande quantidade de itens relacionados ao assunto 
buscado quando comparado ao conteúdo impresso. 
Contudo, vamos estabelecer alguns prós e contras importantes de cada um desses 
dois tipos de fontes: 
 A busca por informações em meios on-line se faz muito mais rapidamente e 
com maior precisão do que em material impresso. Algumas fontes digitais 
disponibilizam somente as referências bibliográficas, outras até a própria obra ou 
documento em versão completa. 
 Obras impressas e publicadas (como livros e periódicos) trazem o peso e a 
certeza da veracidade do conteúdo, diferentemente de notícias “de última hora”, as 
quais publicam fatos sem aprofundamento e que a qualquer momento podem ser 
averiguados com mais prudência e desmentidos ou contestados. 
A rapidez versus veracidade do conteúdo disponível on-line é um custo-benefício 
desse tipo de fonte de informações a que devemos estar sempre muito atentos. 
Os dados e afirmações que utilizamos em trabalhos acadêmicos (como você usará em 
seu artigo científico) devem vir de fontes confiáveis e portadoras de credibilidade. 
Não podem se resumir a mero “achismo” ou opinião simplista proveniente de um 
blog, por exemplo. Assim como referenciar um jornal de bairro, sem pretender generalizá-
lo, transmite pouca credibilidade. 
Por isso é recomendável que você utilize, sempre, em sua redação científica, 
referências bibliográficas e fontes de pesquisa que privilegiem uma análise mais detalhada, 
comprovada sobre o que escrevem. 
Mais uma vez, sem a intenção de generalizar e estereotipar, criando uma imagem 
inverídicaao conteúdo on-line e verídica ao conteúdo impresso, vamos concluir: 
 
 
O importante para a credibilidade do conteúdo é a própria fonte quanto a 
sua veracidade. E também quanto à adequação da fonte e do universo, 
da fonte e do problema. 
 
 
19 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
Por quê? 
Porque a fonte tem um grau de validade relativa ao tema e universo da pesquisa. 
Assim, usando novamente o exemplo do “jornal de bairro”, esse pode se constituir uma 
fonte de informação relativamente fraca se nosso universo possuir um âmbito maior. 
Por outro lado pode ser de extrema importância a um estudo de caso sobre violência 
urbana de uma forma mais pontual. 
 
 
 
 
 
 
Dessa forma, ainda é preciso considerar que, sem dúvida 
encontramos informações e notícias falsas e verdadeiras tanto 
impressas quanto on-line. Daí vem a necessidade de seguir 
critérios de avaliação das fontes de nossa pesquisa para 
selecionarmos as informações no seguinte sentido: 
 Quais as credenciais do autor? Ele possui 
conhecimento e domínio sobre o que redige? 
 A linguagem utilizada, ortografia e gramática foram 
empregadas de forma correta? 
 As informações têm data compatível com a época 
sobre a qual iremos referenciar em nosso texto? O site ou 
página tem atualização constante? 
 O periódico, obra ou site tem credibilidade no 
âmbito das publicações? 
 
Amarrando: 
 
Nem tudo que parece é: 
Não devemos classificar o livro pela capa, nem o site pelo layout, como 
ótimo ou péssimo, sem um aprofundamento para saber se realmente as 
informações de determinada fonte são válidas ao trabalho que vamos 
redigir. 
 
Direitos Autorais: 
Tudo que retiramos de um texto com autoria (ou seja, citações) 
por menor que seja essa parte, deve conter o nome da obra, do 
autor, o ano de publicação, entre outros detalhes. 
 
 
20 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
 
Norma de Citação – ABNT: 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas estabeleceu normas sobre 
como fazer corretamente as citações. Para conhecer essa e outras 
normas procure pela NBR 6023 em qualquer site de busca. 
 
2.4.2 Leitura, Interpretação De Textos E Procedimentos De Registro 
Imagine que hoje você vai começar a ler materiais para a redação do seu artigo 
científico. Você seleciona vários livros, textos, materiais on-line, até um artigo científico 
da área para se orientar e adquirir mais afinidade com esse tipo de trabalho acadêmico. 
Com tantas fontes de informação, você tem bastante assunto para ler pela frente, não 
é mesmo? 
Ok. Agora imagine que você começou a ler tudo isso hoje. Daqui uma semana, será 
que você vai ser capaz de se recordar de detalhes do que leu? Vai ficar bem difícil 
encontrar aquela ótima passagem do texto se você não registrá-la. E lembrar em que livro 
ela estava também vai ser tarefa árdua, não? 
É para facilitar sua memorização e contribuir para a construção de um texto dentro 
das normas científicas que existem os fichamentos. 
Fichamentos, resumidamente, o registro– dentro de uma metodologia própria – do 
que você leu, para que depois não tenha que voltar relendo tudo para procurar o trecho que 
você queria colocar no seu texto. 
Dentro da metodologia de um artigo científico, temos um determinado item que se 
chama citação. Sabe quando você vai lendo o texto e de repente encontra algo assim: 
“O método experimental não pode transformar uma hipótese física 
em uma verdade incontestável, pois jamais se está seguro de haver 
esgotado todas as hipóteses imagináveis referente a um grupo de 
fenômenos. [...] A verdade de uma teoria física não se decide num 
jogo de cara ou coroa” (DUHEM apud KÖCHE, 1997, p.289). 
Isso é uma citação. Essa citação nós usamos no seu Guia de Estudos e um pouco 
mais para frente você aprenderá como fazê-las. 
Citações são falas do autor que você retira da fonte (livro, revista, texto, etc.) integral 
(exatamente como consta na fonte) ou parcialmente (você escreve com suas palavras o que 
o autor disse). 
 
21 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
Então, quando você quer registrar uma fala do autor que deseja usar no seu artigo 
científico ou quer se lembrar de determinado trecho importante da obra ou texto, você o 
registra numa ficha. Pode ser um documento de qualquer editor de texto, ou até mesmo em 
um caderno, o importante é descrever as informações de que precisará, como está abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora que já sabe como registrar aquilo que lê, vamos falar sobre como ler. Como 
diz Tozoni-Reis (2008), a leitura é uma técnica de pesquisa, porque é fundamental para o 
desenvolvimento dos trabalhos em pesquisa e exige do leitor/pesquisador habilidade, 
disciplina e competência. Vamos ver algumas diretrizes para a leitura, segundo Andrade 
(1999): 
a) Leitura prévia ou de contato: consiste em procurar, no índice ou no sumário, os 
títulos, os subtítulos, o importante é que o leitor tenha a preocupação de encontrar 
unidades de leitura importantes para a pesquisa. Uma leitura por alto, de páginas 
alternadas, que pode dar uma ideia do conteúdo da obra. Essa primeira leitura 
possibilita que o pesquisador selecione as obras que utilizará em seu trabalho. É o 
que chamamos de delimitação da leitura. 
b) Leitura seletiva: constitui uma leitura mais aprofundada dos conteúdos 
selecionados na leitura prévia. Verifica-se de maneira mais precisa as partes que 
contêm informações úteis para o desenvolvimento da pesquisa, com o objetivo de 
identificar o “jeitão” do texto e contextualizar as informações neles obtidas 
realizando uma análise textual. 
c) Leitura crítica/analítica: leitura mais atenta e demorada, que visa a compreensão 
do texto e apreensão de seu conteúdo, ao contrário da leitura seletiva (ou análise 
textual), a leitura crítica – ou análise temática – é uma etapa na qual o pesquisador 
procura entender as ideias do autor, tentando compreender as argumentações dele, 
Comunicação 
Linguagem e Comunicação 
 
PENTEADO, J. Roberto. A técnica da comunicação humana. São Paulo: Pioneira, 1993. 
 
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx p.24 
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx p.35 
 
 
22 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
Leitura 
prévia - 
delimitação 
da leitura 
Leitura 
seletiva - 
análise 
textual 
Leitura 
crítica/analíti
ca - análise 
temática 
Leitura 
interpretativ
a- análise 
interpretativ
a 
Leitura 
problematizadora 
- 
problematização 
Síntese 
pessoal 
sem realizar julgamentos ou juízos de valor, “escutando” o que o autor tem a dizer, 
sem contaminá-lo com suas próprias opiniões. 
d) Leitura interpretativa: após a compreensão e análise do texto lido, segue-se a 
interpretação, neste momento o estudioso procura estabelecer relações e contextos 
que serão submetidos à análise interpretativa. Na etapa da análise interpretativa, o 
pesquisador discute com o autor, concorda, discorda, interroga e argumenta. Este é 
um nível de atividade intelectual mais trabalhada, profunda e refinada. 
e) Leitura problematizadora: segundo Tozoni-Reis (2008), pode-se dizer que esta é 
a etapa cuja criatividade do pesquisador participa da elaboração do conhecimento, a 
problematização. Neste nível, ele sistematiza as indagações advindas dos 
patamares anteriores de leitura. 
f) Síntese: o último nível da leitura, ainda conforme a autora citada acima, trata-se de 
um novo texto, com redação própria, resultado de um estudo aprofundado dos 
temas e conjecturas tratados no estudo do texto. 
 
 
REVENDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4.3 Observação 
Se a leitura está mais fortemente ligada à pesquisa bibliográfica, (embora não esteja 
exclusivamente ligada a ela), por sua vez a observação é uma técnica ligada (igualmente de 
maneira não exclusiva) à pesquisa de campo e exige uma sistematização. 
 
 
 
 
 
23 
 
Introdução ao Pensamento CientíficoTipos de 
observação 
sistemática: quando planejada, estruturada; 
assistemática: não-estruturada; 
participante: quando o observador participa dos fatos; 
não-participante: o pesquisador limita-se à observação dos fatos 
individual: realizada por um pesquisador apenas 
em equipe: pesquisa desenvolvida por uma equipe de trabalho 
na vida real: os fatos são observados "em campo", no ambiente natural 
onde ocorrem; 
em laboratório: os fatos são observados em laboratórios, salas, ou seja, 
em ambiente artificial, embora o pesquisador procure reproduzir o 
ambiente natural do fato estudado. 
O observador munido de uma listagem de comportamento, registra 
a ocorrência destes comportamentos em um determinado período 
de tempo classificando-os em categorias ou caracterizando-os por 
meio de sinais. (CHIZZOTI, apud: TOZZONI-REIS, 2008, p.39). 
Como Tozzoni-Reis (2008) explica, é por meio dos níveis de intervenção no campo 
em que ocorrem o objeto de estudo, que o papel do pesquisador é definido e também o 
cuidados que ele deve ter na observação quanto mais envolvido no grupo, mais ele se 
caracteriza como observador participante; quanto menos envolvido, mais próximo de um 
observador não-participante. Mas é claro que esses níveis dependem do tipo de pesquisa 
que se realiza, mas devem ser tratados pelo investigador do processo de investigação. 
A técnica de observação exige, como primeiro cuidado, esclarecer 
o papel de observador do pesquisador que passará a participar do 
cotidiano do grupo pela observação dos fenômenos do dia a dia. O 
pesquisador deve investir na aceitação dele pelo grupo, criar 
vínculos e clima de aceitação e confiança para que a observação 
tenha bons resultados no processo de investigação. (MINAYO, 
apud: TOZZONI-REIS, 2008, p.39). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
2.4.4 Entrevista e Questionário 
Como podemos ver em Tozoni-Reis (2008), a pesquisa (da mesma forma que a 
observação), é uma técnica muito utilizada na etapa de coleta de dados, em especial no 
trabalho de campo. Este instrumento visa buscar informações por meio da fala dos 
sujeitos, determinar pelas respostas opiniões sobre fatos ou fenômenos, prever a conduta 
sob dadas circunstâncias, fatores que influenciam o sujeito e sua maneira de agir, seus 
sentimento. E a entrevista também pode fornecer dados de comparação entre presente e 
passado, para deduzir o futuros. 
Segundo Andrade (1999), toda entrevista exige um roteiro, seja ele mais ou menos 
estruturado. O grau de estruturação determinará sua tipologia. Você pode considerar como 
o grau máximo de estruturação, uma entrevista realizada por meio de um questionário. 
Podemos definir o questionário como um conjunto de perguntas predefinidas, dispostas em 
sequência que pode ser apresentado diretamente pelo entrevistador, ou indiretamente, por 
correspondência ou e-mail. 
 
 
Ainda conforme a autora é importante que você saiba que a entrevista 
não pode ser feita de qualquer jeito! Seu sucesso depende de alguns 
cuidados: 
 Tenha clareza sobre as informações pretendidas; 
 As questões têm que ser redigidas com cuidado, sem 
ambiguidade e sem dar voltas, levando-se em conta o nível de 
escolaridade e a experiência do entrevistado; 
 A sequência de perguntas deve constituir uma progressão lógica, 
precisa, clara e coerente; 
 As perguntas devem levar a respostas rápidas, curtas e objetivas; 
 As perguntas devem estar articuladas entre si, mas de maneira 
nenhuma devem induzir ou levar as respostas desejadas pelo 
pesquisador; 
 Recomenda-se que o pesquisador teste sua entrevista e veja se 
ela atingiu todos os objetivos previstos. 
 
 
 
25 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
2.4.5 Análise de Conteúdo 
Como estamos vendo técnicas apropriadas para os tipos de pesquisa abordados 
anteriormente, falaremos aqui baseados em Tozoni-Reis (2008) acerca da técnica voltada 
para a pesquisa documental, a análise de conteúdo. Como já foi exposto anteriormente, 
nenhuma técnica é voltada única e exclusivamente apenas para uma modalidade de 
pesquisa, mas podemos relacioná-la quanto à sua maior utilidade e no caso da análise de 
conteúdo, é na pesquisa documental. 
Considerando que todo documento, ou simplesmente um texto, tem um volume 
grande de informações que nem sempre interessam ao tema de estudo pela pesquisa 
documental, o principal objetivo da análise de conteúdo é desvendar os sentidos aparentes 
ou ocultos em um texto, um documento, um discurso, ou seja, ela pode ser considerada um 
conjunto de técnicas de análise de comunicação. 
É claro que a escolha dos procedimentos de análise varia de acordo com os objetivos, 
intenções do investigador, bem como seus referenciais teóricos, epistemológicos, políticos, 
sociais, culturais, educacionais e pedagógicos. 
Esses procedimentos podem privilegiar um aspecto de análise, seja 
decompondo um texto em unidades léxicas (análise lexicológica) 
ou classificando-o segundo categorias (análise categorial), seja 
desvelando o sentido de uma comunicação no momento do 
discurso (análise da enunciação) ou revelando os significados dos 
conceitos em meios sociais diferenciados (análise de conotações), 
ou seja, utilizando-se de qualquer outra forma inovadora de 
decodificação de comunicações impressas, visuais, gestuais etc., 
apreendendo o seu conteúdo implícito ou explícito (CHIZZOTTI, 
apud: TOZONI-REIS, 2008, p.46) 
 
Do texto podemos depreender: 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
Texto 
intencionalidade 
do discurso 
contexto 
social e 
político 
meio de difusão 
categoria 
do texto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4.6 Planejamento Participativo 
Como você já viu no item “Modalidades de pesquisa”, a pesquisa-ação articula 
teoria, geração de hábitos e a prática, tanto do pesquisador quanto dos participantes 
envolvidos. Como existem outros sujeitos, além do investigador, é necessário também que 
seja estabelecido entre as partes um diálogo, para que o estudo seja bem sucedido. 
O estabelecimento deste diálogo fica a cargo do que chamamos de planejamento 
participativo ou planejamento dialógico. Que é o planejamento estratégico que guiará as 
tomadas de decisões para a solução dos problemas 
O verbo transitivo direto decidir pode significar determinar, 
resolver, assentar, deliberar, dar solução a, solucionar, desatar; dar 
decisão a; julgar sentenciar [...] convencer, persuadir, induzir, 
resolver; dispor. Decisão do latim decisio, significa “resolução de 
um ato voluntário, que após avaliação, provoca a execução de uma 
solução encontrada entre várias alternativas possíveis. Por todos 
significados da palavra decidir, verificar que, sem a existência da 
decisão ou de alguém que decida, não poderemos iniciar nenhum 
processo, sobretudo no que se refere à construção de um tipo de 
planejamento ou mesmo de qualquer projeto. (PADILHA, apud: 
TOZONI-REIS, 2008, p.47) 
 
27 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
Planificação 
Ação 
Observação 
Reflexão 
Então como diz Vianna, na obra de Tozoni-Reis (2008), o próprio planejamento é 
uma etapa do projeto político de ação, inclusive em sua dimensão participativa e isso não é 
uma atividade neutra, mas sim um processo contínuo, de caráter coletivo desde o 
planejamento, até a etapa de tomada de decisão. Na pesquisa-ação-participativa, o 
planejamento participativo torna-se a técnica de organização das etapas da pesquisa, que 
são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Roteiro para planejamento participativo de Padilha, adaptado na obra de Tozoni-Reis 
(2008) e consequentemente readaptado para o nosso guia: 
1) Marco referencial (reflexão): Como entendemos a realidade (objeto de estudo) a ser 
pesquisada? Em que queremos transformá-la? (Problema de pesquisa) 
2) Construindo a proposta de ação a partir do marco referencial: Avaliaçãogeral da 
situação a ser transformada. Levantamento detalhado de dados sobre a realidade a 
ser transformada. Programação das atividades a serem realizadas. 
3) Estrutura básica do projeto de ação-intervenção construído coletivamente: 
a) Identificação do projeto 
b) Histórico e justificativas 
c) Objetivos gerais e específicos 
d) Metas 
e) Atividades propostas 
f) Recursos 
g) Cronograma 
h) Avaliação 
i) Conclusão 
 
28 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
3. O CUIDADO COM AS REFERÊNCIAS - CITAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, citação é a “menção no texto 
de uma informação extraída em outra fonte” (NBR10520 item 3.1). 
Fazem-se citações para apoiar uma hipótese, sustentar uma idéia ou ilustrar um 
raciocínio através de transcrições ou paráfrases de trechos citados na bibliografia 
consultada. 
Constitui plágio e desonestidade intelectual a apropriação de idéias de outras pessoas 
sem a indicação do autor e da fonte de onde foi consultada. 
 
 
Toda vez que você usar o texto ou se inspirar no texto de alguém, deve 
fazer referência a ele. 
 
As citações podem aparecer: 
a) No texto; 
b) Em notas de rodapé para notas explicativas. 
 
O CUIDADO COM AS REFERÊNCIAS 
CITAÇÕES 
 
29 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
3.1 Como Fazemos a Referência de Uma Citação? 
a) Autoria entre parênteses deve ser em letras maiúsculas; 
b) Autoria na sentença deve ser em letras maiúsculas e minúsculas. 
 
Exemplo: 
A ironia seria assim uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, conforme a 
classificação proposta por Authier-Reiriz (1982). 
 “Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma psicanálise da 
filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p. 293). 
 
3.1.1 As Citações Sem Indicação De Autoria Ou Responsabilidade 
(Nbr 10520 Item 6.3. B) 
Devem contar pela primeira palavra do título seguida de reticências, seguida da data 
de publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no caso da citação direta, 
separados por vírgula e entre parênteses. 
Exemplo: 
No texto: 
“As IES implementarão mecanismos democráticos, legítimos e transparentes de 
avaliação sistemática das suas atividades, levando em conta seus objetivos institucionais e 
seus compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55). 
Na lista de referências: 
ANTEPROJETO de lei. Estudos e debates, Brasília, DF, n.13, p. 51-60, jan. 1987. 
Se o título iniciar por artigo (definido ou indefinido), ou monossílabo, esse deve ser 
incluído na indicação da fonte (NBR 10520 item 6.3 - alínea c). 
Exemplo: 
No texto: 
E eles disseram ‘globalização’, e soubemos que era assim que chamavam a ordem 
absurda em que dinheiro é a única pátria à qual se serve e as fronteiras se diluem, não pela 
fraternidade, mas pelo sangramento que engorda poderosos sem nacionalidade. (A 
FLOR..., 1995, p. 4). 
Na lista de referências: A FLOR prometida. Folha de S. Paulo, São Paulo, p. 4, 2 abr. 
1995. 
 
30 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
3.2 Indicação do Texto Citado (NBR 10520 Item 5.1) 
3.2.1 Em Citações Diretas 
Após a data, separado por vírgula e precedido pelo termo (página(s), volume(s), 
tomo(s), seção(ões), que o(s) caracteriza, de forma abreviada. 
Exemplo: 
Meyer parte de uma mensagem da crônica de “14 de maio”, de A Semana: 
“Houve sol, e grande sol, naquele domingo de 1888, em que o Senado votou a lei, 
que a regente sancionou [...]” (ASSIS, 1994, v. 3, p. 583). 
 
3.2.2 Em Citações Indiretas (NBR 10520 item 5.1) 
A indicação da(s) página(s) e/ou termos consultados é opcional. 
 
3.3 Tipos de Citação 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece 3 tipos de citação: 
 
 
 
 Vamos ver mais detalhadamente cada uma delas! 
 
 
 
Citação direta- que é aquela que reproduz 
as palavras ou trecho(s) de uma fonte 
consultada 
Citação indireta - é o tipo de citção que 
reproduz de forma livre as informações de 
uma fonte consultada 
É a reprodução literal ou livre de palavras 
ou trechos de um documento no qual você 
não teve acesso ao original, mas que 
conheceu por citação em uma outra obra. 
 
31 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
3.3.1 Direta (NBR 10520 item 3.3) 
Quando transcrevemos o texto utilizando as próprias palavras do autor, transcrição 
literal. Existem duas formas de citação direta a citação curta e a longa. Determinamos uma 
citação pela sua extensão e também é por esta medida que a apresentação da citação se dá, 
veja a exposição a seguir. 
 
3.3.1.1 Quando Tiver Até Três Linhas (NBR 10520 item 5.2) 
Aparece fazendo parte normalmente do texto. Devem estar contidas entre aspas 
duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação. 
Exemplo: 
Segundo Vieira (1998, p. 5) o valor da informação está “diretamente ligado à 
maneira como ela ajuda os tomadores de decisões a atingirem as metas da organização.” 
Segundo Sá (1995, p. 27) “[...] por meio da mesma ‘arte de conversação’ que 
abrange tão extensa e significativa parte da nossa existência cotidiana [...]” 
 
3.3.1.2 Quando Tiver Mais de Três Linhas (NBR 10520 Item 5.3) 
Devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, sem aspas, fonte 
Times 10 e espaçamento simples, separada por um espaço vertical acima e abaixo. 
 Exemplo: 
 
O aluno que apenas ouve, copia, repete, reproduz, faz prova e cola, 
não abandona a condição de objeto de domesticação. Precisa ser 
instigado, provocado, desafiado a contribuir, a desenvolver 
capacidade de raciocínio, de posicionamento. (DEMO, 1996, p. 
104). 
(Times 10, esp. simples) 
 
3.4 Indireta (NBR 10520 Item 3.4) 
É a reprodução de idéias do autor. É uma citação livre, usando as suas palavras para 
dizer o mesmo que o autor disse no texto. Contudo a idéia expressa continua sendo de 
autoria do autor que você consultou, por isso, é necessário citar a fonte: dar crédito ao 
autor da idéia. 
4 cm 
 
32 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
Exemplo: 
O valor da informação está relacionado com o poder de ajuda aos tomadores de 
decisões a atingirem os objetivos da empresa (VIEIRA, 1998). 
 
3.5 Citação de Citação (NBR 10520 Item 7.1.3) 
É a menção de um documento no qual você não teve acesso ao original (NBR 10520 
item 3.2), mas que tomou conhecimento por citação em outro trabalho. Usamos a 
expressão latina apud - citado por, conforme, segundo - para indicara a obra da qual foi 
retirada a citação. Sobrenome (es) do Autor Original (apud Sobrenome (es) do(s) autor (es) 
da obra que retiramos a citação, ano de publicação da qual retiramos a citação). 
Exemplo: 
Para Niskier (1983, p. 7) apud Napoleão (1993, p. 11), a tecnologia educacional, 
sabiamente, não se reduz à utilização de partes. Ela diz que: 
Ela precisa necessariamente ser um instrumento mediador entre o homem e o mundo, 
o homem e a educação, servindo de mecanismo pelo qual o educando se apropria de um 
saber, redescobrindo o conhecimento. 
Ou 
Ela precisa necessariamente ser um instrumento mediador entre o homem e o mundo, 
o homem e a educação, servindo de mecanismo pelo qual o educando se apropria de um 
saber, redescobrindo o conhecimento (NISKIER, 1983, p.7 apud NAPOLEÃO, 1993, 
p.11). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
•Resposta: formulação do problema, das hipósteses e das referências teóricas. 
O que pesquisar? 
•Resposta: justificativas 
Por que pesquiasr 
•Resposta: metodologia da pesquisa 
Como pesquisar? 
•Resposta: cronograma 
Quando pesquisar? 
•Resposta: orçamento 
Com que recursos? 
•Resposta: pesquisador /coordenador/orientado e/ou grupo de pesquisa 
Quem pesquisa? 
4. O PROJETO DE PESQUISA 
 
 
 
Você já ouviu o ditado popular: “quem não sabe aonde quer chegar qualquer lugar é 
lucro”? Quem não faz o projeto de pesquisa também está nesta mesma situação. Fica à 
deriva,sem saber de onde partir, que caminho percorrer e qual o destino da viagem. 
O projeto de pesquisa é a visão do que seu trabalho irá se tornar. Por tomar tempo e 
esforço, muitos pesquisadores iniciantes cometem o erro de não construir o projeto de 
pesquisa antes da produção do texto final e acabam fazendo trabalhos em dobro, pois não 
têm nem objetivos para serem alcançados, hipóteses para serem comprovadas ou idéia dos 
procedimentos que irá adotar para construir seu raciocínio. Portanto a dica é esta: FAÇA 
UM BOM PROJETO DE PESQUISA ANTES DE ESCREVER, caso contrário, seu artigo 
ou monografia já está com meio caminho andado para o fracasso. O projeto de pesquisa, 
basicamente responde às perguntas que temos antes de começar qualquer investigação: 
Mas como se faz um projeto de pesquisa, você sabe? É o que vamos ver a partir de 
agora! O projeto é divido em três partes: elementos pré-textuais, elementos textuais e pós-
textuais, vamos lá compreender cada um deles! 
 
 
O PROJETO DE PESQUISA 
 
34 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
 
Você pode ver o projeto de pesquisa no Manual de Normalização do 
Unis, todas as informações técnicas disponibilizadas nos itens abaixo 
serão retiradas dele. Aqui teceremos comentários mais aprofundados, 
acerca dos itens que requerem maior compreensão da produção 
científica. Vamos começar! 
 
4.1 Elementos Pré-Textuais 
Os elementos pré-textuais são aqueles que antecedem a produção do projeto e estão 
enumerados abaixo: 
A) Capa 
B) Folha de rosto 
C) Lista de ilustrações 
D) Lista de tabelas 
E) Lista de abreviaturas e siglas 
F) Lista de símbolos 
G) Sumário 
 
4.1.1 Capa 
A capa é uma proteção que reveste e protege o projeto e ao mesmo tempo fornece 
informações muito importantes ao seu trabalho, como seu nome, tema, instituição, data e 
local. 
Apresenta as informações transcritas na seguinte ordem: 
a) Nome da entidade para a qual deve ser submetido, quando solicitado; 
b) Nome(s) do(s) autor(es); 
c) Título; 
d) Subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título, 
precedido de dois-pontos); 
e) Local (cidade) da entidade, onde deve ser apresentado; 
f) Ano de depósito (entrega). 
 
 
 
 
35 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
 
 
 
4.1.2 Folha de Rosto 
Elemento obrigatório. Apresenta as informações transcritas na seguinte ordem: 
a) Nome(s) do(s) autor(es); 
b) Título; 
c) Subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título, precedido 
de dois-pontos); 
d) Tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade a que deve ser submetido; 
 
36 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
e) Local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado; 
f) Ano de depósito (entrega). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
4.1.3 Sumário 
O sumário é a enumeração das principais divisões, seções e outras partes do projeto, 
na mesma ordem e grafia que aparece no texto, acompanhado do respectivo número de 
página. 
 
 
 
 
 
38 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
4.2 Elementos Textuais 
Os elementos textuais devem ser constituídos de uma parte 
introdutória, na qual devem ser expostos o tema do projeto, o 
problema a ser abordado, a(s) hipótese(s), quando couber(em), bem 
como o(s) objetivo(s) a ser(em) atingido(s) e a(s) justificativa(s). É 
necessário que sejam indicados o referencial teórico que o embasa, 
a metodologia a ser utilizada, assim como os recursos e o 
cronograma necessários à sua consecução. (Manual..., 2011, p.61) 
Os elementos textuais são os elementos que constituem o projeto em si, e são: 
a) Tema do projeto; 
b) Problema; 
c) Hipóteses; 
d) Objetivos; 
e) Justificativas; 
f) Referencial teórico; 
g) Metodologia; 
h) Recursos; 
i) Cronograma. 
 
4.2.1 A Introdução 
Tozoni-Reis (2008) afirma que todo trabalho científico, seja ele um projeto de 
pesquisa ou uma tese de doutorado, tem início com a introdução. Num projeto de pesquisa 
ela tem o objetivo de traçar de maneira geral, o estudo que será apresentado nas páginas 
seguintes: 
A introdução informa ao leitor: 
O que? (descreve o tema específico e a categoria do trabalho), 
Qual o problema? 
Qual(is) a(s) hipótese(s)? 
Por quê? (justificativa e motivos) 
Para quê? (finalidades e objetivos) 
Quem? (sujeitos) 
Como? (metodologia) 
Onde? (local) 
 
39 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
É constituído de uma seqüência de frases concisas e objetivas. 
Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular, 
O autor deve destacar a importância do trabalho e qual a sua 
contribuição. (Manual..., 2011, p.60) 
 
 
A autora fala também que a introdução deve apresentar ao leitor como 
será trabalhada a temática no decorrer do texto. Então acredito que tenha 
ficado claro que a introdução de um projeto tem uma série de tarefas 
para serem realizadas: deve fazer uma breve revisão bibliográfica sobre 
o assunto e o tema, tomar posição acerca das diferentes concepções 
sobre eles, anunciar o estudo apreendido e apresentar brevemente e parte 
a parte, o restante do projeto. 
 
4.2.2 O Problema de Pesquisa 
Para o pesquisador, muitas vezes, a formulação do problema é a parte mais difícil da 
elaboração do projeto de pesquisa. Ele deve sempre ser elaborado em forma de pergunta e 
você conseguirá chegar num bom problema depois de aprofundar um pouco mais no tema 
do seu projeto, porque o problema de pesquisa é consequência deste aprofundamento. 
É tudo aquilo que ainda não possui resposta ou explicação 
plausível, sendo um objeto de discussão e solução. 
O pesquisador deve elaborar o problema de forma clara, objetiva 
e precisa, visto que é a partir de um bom conhecimento do que se 
vai pesquisar que irá definir se sua pesquisa terá sucesso. 
Segundo Best (1972), são critérios para avaliar o problema: o 
problema pode ser resolvido pelo processo de pesquisa; é 
relevante?; Trata-se de um problema original; a pesquisa é 
factível; tenho aptidão para resolver o problema?; Pode-se chegar 
a uma conclusão valiosa; os dados para pesquisa são possíveis de 
ser obtidos?; Há recursos financeiros?; Terei tempo para concluir 
o projeto?, Serei persistente?. 
Segundo Dieterich (1999), o problema deve ser delimitado de 
acordo com: o espaço físico geográfico; delimitação semântica; 
orações tópicas definindo qual é a intenção do conhecimento 
científico do pesquisador em relação ao objeto a ser investigado; 
 
40 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
o marco teórico (o ponto de partida no qual se fará uma revisão de 
literatura do que já foi discutido sobre o objeto para poder 
produzir um conhecimento novo e situá-lo em seu conteúdo 
histórico, atual ou futuro). 
Segundo Pescuma (2005), o problema deve ser formulado como 
pergunta ou questão. Exemplo: Pesquisa sobre a adoção. 
a) Que fatores motivam a adoção? 
b) Quais as características da pessoa que faz a adoção? (Idem, 2011, 
p.61) 
 
4.2.3 O Referencial Teórico 
É a literatura em que se apoia a pesquisa. O referencial teórico visa conhecer o 
assunto que será pesquisado, bem como os autores analisados. 
Sempre que alguém se propõe a fazer pesquisa, o primeiro passo é 
verificar se já existe alguma coisa escrita sobre aquele tema. A 
pesquisa exige a leitura de tudo, ou pelo menos, dos autores que 
são referência no assunto escolhido, para que de fato a pesquisa 
possa ser feita. A literatura já sedimentada pela história é o pano 
de fundo de qualquer pesquisa. 
É o momento em que o autor efetua um levantamento exaustivo, 
fornecendo uma visão geral do que já existe escrito sobre o 
assunto e que tenha sido tomado como base para a investigação. 
Segundo Pescuma (2005, p.27), é o quadro conceitual a ser 
utilizado pelo pesquisador para fundamentar seu trabalho, e não 
uma simples relação de obras que tratam de tema. É um estudo que 
evidenciadiversas posições sobre o assunto, ainda que 
conflitantes, apresentando os contextos histórico e atual no qual se 
inserem. Nele, o pesquisador mostrará seu conhecimento e posição 
a respeito do tema. O referencial teórico permitirá ao autor ter 
maior clareza na formulação do problema de pesquisa, facilitará a 
formulação de hipóteses ou de suposições, possibilitará identificar 
o procedimento mais adequado para a coleta e o tratamento dos 
 
41 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
dados e mostrará como estes são interpretados por diversos 
autores. (Idem, 2011, p.62) 
 
4.2.4 A Hipótese 
Como diz Kahlmeyer-Mertens (2007), a hipótese nada mais é que uma provável 
resposta do problema de pesquisa, ou seja, é uma posição que será aceita ou refutada após 
a realização da investigação. Elas servem para orientar o caminho para a busca da resposta. 
 O que é Hipótese? 
Segundo Souza (2004), hipóteses são proposições ou suposições 
construídas na tendência de responder ao problema em estudo, que 
serão investigados e comprovados. 
Segundo Marconi (2000), a hipótese é considerada um enunciado 
geral em relação com variáveis (fatos, fenômenos). Que pode ser: 
uma solução provisória para determinado problema e possível de 
ser verificada. 
 Função das hipóteses 
Segundo Ruiz (1996), a hipótese é que fixa uma diretriz capaz de 
impor ordem e finalidade a todo o processo de experimentação. O 
cientista é guiado por hipóteses. 
 Requisitos necessários para as hipóteses 
Segundo Richardson (1989), as hipóteses necessitam ser: claras e 
compreensivas; ter base empírica; ser verificadas por meio das 
técnicas disponíveis; ser específicas ou possíveis de especificação; 
estar relacionadas com técnicas já existentes; possuir alcance geral 
e ser plausível. (Manual..., 2011, p.62) 
 
4.2.5 A Justificativa 
A justificativa é uma parte importante do projeto, porque ela sustenta a relevância da 
investigação, tanto social, quanto acadêmica, bem como diz respeito à sua originalidade e 
descreve os interesses do pesquisador. 
 Segundo Bicalho (2003), o autor mostrará a sua intenção de 
pesquisa, explicando o que trará de novo, de interessante e útil nos 
 
42 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
resultados que serão alcançados, e que a pesquisa é séria, confiável, 
oportuna, e demonstrará sua relevância social, pessoal, acadêmica e 
profissional. A justificativa irá determinar os motivos teóricos e 
práticos. (Idem, 2011, p.63) 
 
4.2.6 Os Objetivos 
Os objetivos são a enumeração daquilo que o pesquisador pretende alcançar, 
trocando em miúdos são os caminhos pelos quais a pesquisa irá se desenrolar. No projeto 
de pesquisa é necessário que sejam descritos o objetivo geral e os objetivos específicos. 
 Objetivo geral 
Está relacionado diretamente com as hipóteses a serem 
comprovadas. É a definição do objetivo principal da pesquisa, em 
seus aspectos teóricos e práticos a serem alcançados. 
 Objetivos específicos 
O pesquisador subdivide o objetivo geral em etapas a serem 
cumpridas e respondidas até que o último objetivo específico, 
igual ao objetivo geral. (Idem, 2011, p.64) 
 
4.2.7 A Metodologia 
A metodologia é a maneira que a pesquisa será logicamente exposta, existem 
diversas formas de abordar um assunto e, portanto, diversos tipos de metodologia, veja: 
A metodologia é um conjunto de métodos que serão utilizados no 
decorrer da pesquisa e podemos citar alguns: 
a) Empirismo – consiste na observação e tratamento de base 
experimental dos fatos; 
b) Positivismo – preocupa-se em explorar características lógicas 
do conhecimento, entende que a neutralidade científica é uma 
opção possível entre outras; 
c) Estruturalismo – caminha do concreto para o abstrato, e vice-
versa, dispondo, na segunda etapa de um modelo para analisar a 
realidade concreta dos diversos fenômenos; 
 
43 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
d) Funcionalismo – estuda a sociedade do ponto de vista da 
função de suas unidades, isto é, como um sistema organizado de 
atividades; 
e) Sistemismo – preocupa-se com a manipulação dos conflitos 
sociais; 
f) Dialético – método específico das ciências sociais que vê a 
realidade histórica não apenas como um fluxo, mas, sobretudo 
como a origem de uma explicação; 
g) Fenomenológico – trata daqueles aspectos que são essenciais 
do fenômeno, aspirando apreendê-los nos seus momentos 
fundamentais, através da intuição; 
h) Indutivo - é quando a pesquisa vai do particular (premissas) 
para o geral ou de verdades particulares concluem-se verdades 
gerais; 
Exemplo: Pedro é mortal, Pedro é homem, logo todos os homens 
são mortais. 
i) Dedutivo - é quando a pesquisa vai do geral para chegar ao 
particular, ou seja, do universal ao singular; 
j) Hipotético-dedutivo – é quando a pesquisa utiliza-se de 
hipóteses (conjecturas), que devem ser testadas e criticadas. 
Quanto mais uma hipótese resistir às tentativas de refutamento e 
falseamento, melhor ela será, mas não deve ser falsificada; 
k) Experimental – ocupa-se de submeter os objetos de estudo à 
influência de variáveis, em condições controladas pelo 
investigador, a fim de observar os resultados que a variável produz 
no objeto; 
l) Observacional – observação da realidade sem nenhuma 
interferência de variável; 
m) Comparativo – visa ressaltar diferenças e similaridades entre 
indivíduos e fenômenos submetidos a comparações; 
n) Estatístico - gera apenas uma verdade provável baseado em 
testes estatísticos; 
 
44 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
o) Clínico – utilizado na pesquisa psicológica, consiste em uma 
relação profunda entre pesquisador e pesquisado; 
p) Histórico – parte do princípio de que as atuais formas de vida 
social, as instituições e os costumes têm origem no passado; 
q) Monográfico – consiste no estudo de determinados 
indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou 
comunidades, com a finalidade de obter generalizações; 
r) Tipológico – ao comparar fenômenos sociais complexos, o 
pesquisador cria tipos ou modelos ideais, construídos a partir da 
análise de aspectos essenciais do fenômeno. 
Os métodos da pesquisa devem ser detalhados para que a 
mesma possa ser realizada pelos seus pares e alcançar os objetivos 
previamente definidos, podendo ser constituída dos seguintes 
técnicas: pesquisa exploratória, pesquisa teórica, pesquisa 
aplicada, pesquisa descritiva, pesquisa participante, pesquisa 
experimental, pesquisa de campo, pesquisa de laboratório, 
pesquisa ex-post facto, estudo de caso, universo de estudo, 
amostragem, coleta de dados, análise dos dados, apuração dos 
resultados, dentre outros. (Idem, 2011, p.64) 
 
4.2.8 O Cronograma 
O cronograma é o momento que o investigador vai planejar e estipular qual será o 
tempo gasto em cada uma das etapas da elaboração e realização da pesquisa. 
É o planejamento do tempo, quantas semanas ou meses serão 
destinados a cada etapa e para cada procedimento, considerando o 
limite para a conclusão da pesquisa. 
Segundo Bicalho (2003), o pesquisador deve descrever como 
pretende organizar as etapas a serem realizadas durante a pesquisa, 
determinando o período de tempo destinado a cada uma delas. É 
necessário ser disciplinado e cumprir, na medida do possível, o 
cronograma proposto. 
Exemplo de etapas: 
a) revisão do projeto de pesquisa com seu orientador; 
 
45 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
b) elaboração do sumário provisório; 
c) pesquisa bibliográfica; 
d) leitura metódica e fichamento das obras selecionadas; 
e)planejamento da coleta de dados; 
f) testar instrumentos de coleta de dados (piloto ou pré-teste); 
g) aplicação do instrumento de coleta de dados; 
h) compilação dos dados e seleção crítica; 
i) análise e interpretação dos dados; 
j) representação dos dados; 
k) elaboração do roteiro do trabalho (esqueleto); 
l) redação do texto final, com discussãoe conclusões; 
m) revisão e formatação do texto; 
n) apresentação e divulgação. 
(Idem, 2011, p.65) 
 
4.3 Elementos Pós-Textuais 
Os elementos que serão dispostos depois do texto podem ser: referências 
bibliográficas; glossário; apêndice; anexo e índice. Destes apenas o item referências 
bibliográficas é obrigatório, portanto a única a ser abordado em nossa discussão. 
 
4.3.1 Referências Bibliográficas 
As referências correspondem ao conjunto de obras pesquisadas, que fundamentam a 
pesquisa realizada, devem estar relacionadas em ordem alfabética. Os registros dos 
materiais pesquisados devem seguir uma padronização estabelecida pela ABNT e que está 
exposta de maneira mais aprofundada no Manual de Normalização do Unis, já citado aqui 
inúmeras vezes, abaixo iremos expor algumas destas formas padronizadas. 
Para fazer a referência existem elementos obrigatórios e opcionais, que são: 
 
46 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
 
 
Vamos fazer a referência de um determinado livro, Comunidade, do 
autor Zygmunt Bauman: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como ficaria referência deste livro? 
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar, 2003. 
Obrigatórios 
• Autor 
• Título e subtítulo (se houver) 
• Edição (se houver) 
• Local 
• Editora 
• Ano de publicação 
Opcionais 
• Tradutor 
• Título original (obras 
traduzidas) 
• Número de páginas (livros e 
folhetos) 
• Série ou coleção 
Capa 
Verso da folha de rosto 
 
47 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
Ou seja, iremos referenciar todos os livros da seguinte forma: 
SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Local: Editor, data. 
 
E se a obra consultada estiver disponibilizada on line? 
Quando falamos de obras online, ainda segundo o Manual de Normalização do Unis, 
além dos dados costumeiros apresentados acima, também são essenciais as informações do 
endereço eletrônico, quedeve vir disposto entre os sinais < >, precedido da expressão 
Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em:, 
opcionalmente acrescida dos dados referentes a hora, minutos e segundos. 
Vamos conferir! 
RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica para alunos de graduação e pós-graduação. 
São Paulo: Loyola, 2005. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=rwyufjs_DhAC&oi=fnd&pg=PA11&dq=conhecimentos+filos%C3%B3fico,
+popular,+religioso+e+cient%C3%ADfico&ots=9qzgphItzD&sig=DMHCegZVK71j-
gVw-wHVbCyaKpc#v=onepage&q&f=false> Acesso em: 27 de julho de 2011 
E se consultei uma reportagem de uma revista impressa? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A referência é relaizada da seguinte maneirta 
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do periódico, Local de 
publicação, ano, volume, número do fascículo, página inicial-página final, mês 
ano de publicação. 
E ficaria assim: 
COUTINHO, Leonardo. O ministro e o laranja. Revista Veja. SãoPaulo: Editora Abril, 
ano 44, n 23, p.40-45, 08 jun. 2011. 
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=rwyufjs_DhAC&oi=fnd&pg=PA11&dq=conhecimentos+filos%C3%B3fico,+popular,+religioso+e+cient%C3%ADfico&ots=9qzgphItzD&sig=DMHCegZVK71j-gVw-wHVbCyaKpc#v=onepage&q&f=false
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=rwyufjs_DhAC&oi=fnd&pg=PA11&dq=conhecimentos+filos%C3%B3fico,+popular,+religioso+e+cient%C3%ADfico&ots=9qzgphItzD&sig=DMHCegZVK71j-gVw-wHVbCyaKpc#v=onepage&q&f=false
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=rwyufjs_DhAC&oi=fnd&pg=PA11&dq=conhecimentos+filos%C3%B3fico,+popular,+religioso+e+cient%C3%ADfico&ots=9qzgphItzD&sig=DMHCegZVK71j-gVw-wHVbCyaKpc#v=onepage&q&f=false
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=rwyufjs_DhAC&oi=fnd&pg=PA11&dq=conhecimentos+filos%C3%B3fico,+popular,+religioso+e+cient%C3%ADfico&ots=9qzgphItzD&sig=DMHCegZVK71j-gVw-wHVbCyaKpc#v=onepage&q&f=false
 
48 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-
graduação: noções práticas. São Paulo: Atlas, 1999. 
 
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. 
KAHLMEYER-MERTENS, Roberto. Como Elaborar Projetos de Pesquisa: Linguagem 
E Método. Rio de Janeiro: FGV, 2007. Disponível em: 
<http://books.google.com.br/books?id=O-
kzGOOzh70C&printsec=frontcover&dq=como+fazer+um+projeto+de+pesquisa&hl=pt-
BR&ei=wIxNTufRMM6ztwfZ-
qynBw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CEgQ6AEwAQ#v=onepage
&q=como%20fazer%20um%20projeto%20de%20pesquisa&f=false> Acesso em: 18 ago. 
2011. 
KÖche, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica: teoria da ciência e 
iniciação à pesquisa. 22. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. 
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade Marconi. Metodologia 
Científica. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
______________. Fundamentos de metodologia científica:convite à Filosofia. São 
Paulo: Atlas, 2001. 
______________. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, 
amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 1999. 
MINAYO, M.C. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 1998 
MINAS GERAIS. UNIS Centro Universitário do Sul de Minas. Manual de 
Normalização: trabalhos científicos. Minas Gerais, 2011. 
RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica para alunos de graduação e pós-graduação. 
São Paulo: Loyola, 2005. Disponível em: 
<http://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=rwyufjs_DhAC&oi=fnd&pg=PA11&dq=conhecimentos+filos%C3%B3fico,
+popular,+religioso+e+cient%C3%ADfico&ots=9qzgphItzD&sig=DMHCegZVK71j-
gVw-wHVbCyaKpc#v=onepage&q&f=false> Acesso em: 27 de jul. de 2011. 
http://books.google.com.br/books?id=O-kzGOOzh70C&printsec=frontcover&dq=como+fazer+um+projeto+de+pesquisa&hl=pt-BR&ei=wIxNTufRMM6ztwfZ-qynBw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CEgQ6AEwAQ#v=onepage&q=como%20fazer%20um%20projeto%20de%20pesquisa&f=false
http://books.google.com.br/books?id=O-kzGOOzh70C&printsec=frontcover&dq=como+fazer+um+projeto+de+pesquisa&hl=pt-BR&ei=wIxNTufRMM6ztwfZ-qynBw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CEgQ6AEwAQ#v=onepage&q=como%20fazer%20um%20projeto%20de%20pesquisa&f=false
http://books.google.com.br/books?id=O-kzGOOzh70C&printsec=frontcover&dq=como+fazer+um+projeto+de+pesquisa&hl=pt-BR&ei=wIxNTufRMM6ztwfZ-qynBw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CEgQ6AEwAQ#v=onepage&q=como%20fazer%20um%20projeto%20de%20pesquisa&f=false
http://books.google.com.br/books?id=O-kzGOOzh70C&printsec=frontcover&dq=como+fazer+um+projeto+de+pesquisa&hl=pt-BR&ei=wIxNTufRMM6ztwfZ-qynBw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CEgQ6AEwAQ#v=onepage&q=como%20fazer%20um%20projeto%20de%20pesquisa&f=false
http://books.google.com.br/books?id=O-kzGOOzh70C&printsec=frontcover&dq=como+fazer+um+projeto+de+pesquisa&hl=pt-BR&ei=wIxNTufRMM6ztwfZ-qynBw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CEgQ6AEwAQ#v=onepage&q=como%20fazer%20um%20projeto%20de%20pesquisa&f=false
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http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=rwyufjs_DhAC&oi=fnd&pg=PA11&dq=conhecimentos+filos%C3%B3fico,+popular,+religioso+e+cient%C3%ADfico&ots=9qzgphItzD&sig=DMHCegZVK71j-gVw-wHVbCyaKpc#v=onepage&q&f=false
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=rwyufjs_DhAC&oi=fnd&pg=PA11&dq=conhecimentos+filos%C3%B3fico,+popular,+religioso+e+cient%C3%ADfico&ots=9qzgphItzD&sig=DMHCegZVK71j-gVw-wHVbCyaKpc#v=onepage&q&f=false
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=rwyufjs_DhAC&oi=fnd&pg=PA11&dq=conhecimentos+filos%C3%B3fico,+popular,+religioso+e+cient%C3%ADfico&ots=9qzgphItzD&sig=DMHCegZVK71j-gVw-wHVbCyaKpc#v=onepage&q&f=false
 
49 
 
Introdução ao Pensamento Científico 
 
SEVERINO, Antônio Joaquim.

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