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Administração_de_Medicamentos_Enf_01

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Programa de Educação 
Continuada a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Administração de 
Medicamentos na Enfermagem
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
 
 
 
 
EAD - Educação a Distância 
 Parceria entre Portal Educação e Sites Associados 
 
 
 
 
 
 
2 
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Curso de Administração de 
Medicamentos na Enfermagem
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
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SUMÁRIO 
 
MÓDULO I 
Introdução e Conceitos 
Administração de medicamentos no processo de enfermagem 
Anamnese terapêutica 
Enfermagem e o diagnóstico 
Plano de cuidados 
Evolução de enfermagem 
Farmacologia 
Formação do complexo droga-receptor ou fármaco-receptor 
Metabolismo dos Fármacos 
Eliminação dos Fármacos 
Preparações líquidas 
Preparações sólidas 
Preparações Pastosas 
Tolerância e dependência 
 
MÓDULO II 
Grupos Farmacológicos 
Principais Vias de Administração de Medicamentos 
Uso de Medicamentos em Diversas Etapas da Vida 
Sistemas que são alterados com a idade 
Sistema gastrintestinal 
Sistema hepático 
Sistema renal 
Sistema gastrintestinal 
Reações adversas da droga no idoso 
Transporte placentário 
Área de superfície corporal 
Dosagens em pediatria 
Cuidados na administração pediátrica em diversas vias 
 
 
 
 
 
4 
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MÓDULO III 
Prescrição e Erros na Administração de Medicamentos 
Tipos de Prescrições 
Erros de Medicação em Oncologia 
Impacto dos erros de medicação no paciente (oncologia) 
Conteúdo de um registro de incidente 
Procedimentos na Administração de Medicamentos 
Os 5 certos 
Sistemas de fornecimento de medicamento 
Dosagem 
Sistema Métrico Decimal (S.M.D) 
Diluição de comprimidos 
 
MÓDULO IV 
Soluções e Diluição 
Cálculo para Transformação de Concentração de Soluções 
Infusão de Quimioterápicos e Antineoplásicos 
Nutrição Parenteral 
Complicações Relacionadas com a Infusão da Quimioterapia 
 
MÓDULO V 
Sangue e hemoderivados 
Equipos de infusão 
Preparos antes da infusão 
Cuidados na administração de hemoderivados 
Reação alérgica 
Complicações metabólicas 
Tópico especial 
Medicamentos injetáveis 
Medicamentos incompatíveis 
Reconstituição/diluição de medicamentos 
 
 
 
 
 
5 
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MÓDULO I 
 
Introdução e Conceitos 
 
A prática da administração de 
medicamentos é uma atividade frequente para 
a enfermagem, constituindo-se um fator de 
grande relevância dentro do processo de 
prevenção e cura. A administração de 
medicamentos, prática realizada nas 
instituições hospitalares sob responsabilidade 
da equipe de enfermagem, deve ser vista por 
todos os profissionais de saúde envolvidos com 
a terapia medicamentosa sendo, portanto, 
apenas uma das etapas do processo de 
medicação. 
Em vista ao tamanho da responsabilidade delegada à enfermagem, esta 
deve ater-se não somente aos procedimentos técnicos e básicos inerentes à 
profissão, mas identificar os caminhos percorridos pelo medicamento desde o 
momento que o médico o prescreve, até a sua administração ao paciente. E analisar 
criticamente o sistema de medicação, refletindo sobre suas possíveis falhas e 
causas. A equipe de enfermagem constitui uma importante ferramenta na aquisição 
de segurança do sistema, buscando soluções para os problemas existentes nessa 
prática. 
A capacidade de administrar medicamentos é uma das habilidades mais 
importantes que o profissional da enfermagem leva ao leito do paciente. A 
administração segura e efetiva dos medicamentos é considerada por muitos 
profissionais da enfermagem como a razão de seu sucesso. A organização das 
rotinas de administração de medicamentos é importante e deve ser compreendida 
por todos os que participam do serviço. Assim, vários métodos são adotados para 
assegurar precisão na preparação, distribuição e anotação dos medicamentos. 
 
 
 
 
 
6 
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É claro que para oferecer medicamentos com exatidão requer muito 
conhecimento técnico, habilidade, dedicação, atenção e constante processo de 
reciclagem. 
Medicamento é toda substância que, introduzida no organismo humano, vai 
preencher uma das finalidades enunciadas a seguir: 
● Preventiva ou profilática - quando evita o aparecimento de doenças ou 
diminui a gravidade das mesmas; 
● Diagnóstica - quando não só auxilia o médico em decidir o que está 
causando a sintomatologia apresentada pelo paciente, como também localiza a área 
exata afetada pela doença; 
● Terapêutica - quando é usada no tratamento das doenças. Existe grande 
variedade de substâncias químicas cujas ações terapêuticas mais comuns são: 
- Curativa ou específica - quando remove o agente causal das doenças. 
Ex.: antibiótico antimalárico; 
- Paliativa ou sintomática - quando alivia determinados sintomas de uma 
doença, destacando-se entre eles a dor. Ex.: analgésico; 
- Substitutiva - quando repõe outra substância normalmente encontrada no 
organismo, mas que por um desequilíbrio orgânico está em quantidade insuficiente 
ou mesmo ausente. Ex.: insulina. 
 
► Alguns conceitos: 
 
● Droga - substância ou matéria-prima que tenha a finalidade 
medicamentosa ou sanitária; 
● Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, 
com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico; 
● Medicamento prescrito – substância que pode ser usada com segurança 
apenas sob supervisão de um profissional de saúde licenciado para prescrever ou 
ministrar medicamentos de acordo com as leis federais; 
 
 
 
 
 
7 
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● Medicamento sem prescrição - substância que pode ser usada com 
segurança pelos consumidores sem a supervisão de um profissional de saúde 
licenciado, desde que sejam seguidas as orientações; 
● Medicamento controlado – substância controlada por leis federais, 
estaduais e municipais porque sua utilização pode levar ao uso abusivo ou à 
dependência; 
● Insumo Farmacêutico - droga ou matéria-prima aditiva ou complementar 
de qualquer natureza, destinada ao emprego em medicamentos, quando for o caso, 
e seus recipientes; 
● Correlato - a substância, produto, aparelho ou acessório não enquadrado 
nos conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da 
saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins 
diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, 
óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários; 
● Dispensação - ato de fornecimento ao consumidor de drogas, 
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não; 
● Denominação Comum Brasileira (DCB) - denominação do fármaco ou 
princípio farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão federal responsável pela 
vigilância sanitária:● Denominação Comum Internacional (DCI) – denominação do fármaco 
ou princípio farmacologicamente ativo recomendada pela Organização Mundial de 
Saúde: 
● Medicamento Similar – aquele que contém os mesmos princípios ativos 
apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, 
posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica do medicamento de 
referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária. Podendo 
diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de 
validade, embalagem, rotulagem, recipientes e veículos, devendo sempre ser 
identificado por nome comercial ou marca: 
● Medicamento Genérico – medicamento similar a um produto de referência 
ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a 
 
 
 
 
 
8 
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expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, 
comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua 
ausência, pela DCI; 
● Medicamento de Referência – produto inovador registrado no órgão federal 
responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança 
e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por 
ocasião do registro; 
● Produto Farmacêutico Intercambiável – equivalente terapêutico de um 
medicamento de referência, comprovados, essencialmente, os mesmos efeitos de 
eficácia e segurança; 
● Bioequivalência – consiste na demonstração de equivalência farmacêutica 
entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica 
composição qualitativa e quantitativa de princípio (s) ativo (s), e que tenham comparável 
biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo desenho experimental; 
● Biodisponibilidade – indica a velocidade e a extensão de absorção de um 
princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na 
circulação sistêmica ou sua excreção na urina. 
● Preparação Magistral - Medicamento preparado mediante manipulação em 
farmácia, a partir de fórmula constante de prescrição médica; 
● Psicotrópico - Substância que pode determinar dependência física ou 
psíquica e relacionada, como tal, nas listas aprovadas pela Convenção sobre 
Substâncias Psicotrópicas, reproduzidas nos anexos deste Regulamento Técnico; 
● Receita - Prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso 
para o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado, quer seja de 
formulação magistral ou de produto industrializado; 
● Substância Proscrita - Substância cujo uso está proibido no Brasil. 
 
 Administração de medicamentos no processo de enfermagem 
Na administração de medicamentos o processo de enfermagem orienta 
sobre as decisões a serem executadas, assegura a confiança do paciente, encontra 
suporte médico e legal. Nesse processo o enfermeiro necessita conhecer o paciente, 
 
 
 
 
 
9 
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e uma série de dados são coletados. Esse processo considera os seguintes tópicos: 
anamnese terapêutica, diagnóstico de enfermagem, plano de cuidado e evolução de 
enfermagem. 
 
 Anamnese terapêutica 
Neste processo devem ser relatadas as informações sobre medicações que 
o paciente já fez uso e, principalmente, sobre as que usam atualmente, reações 
alérgicas a drogas e alimentos, razão pela qual usou as medicações, reações 
adversas, dosagem, uso prolongado e via de administração. 
Possíveis mudanças metabólicas devem ser monitoradas. Se o paciente é 
diabético, execute o controle de glicemia antes de administrar insulina. No caso de 
fazer uso de digoxina, verifique o pulso radical. 
O paciente deve ser orientado sobre os efeitos da terapia e informado a 
respeito das reações adversas, quais são os sinais e sintomas que podem se 
manifestar no seu organismo. Esclarecer sobre o risco que a terapia pode ou não 
oferecer e os possíveis resultados da terapêutica. 
Os pacientes que fazem uso prolongado de medicação merecem uma 
avaliação mais precisa, porque esse fato pode levar à inibição ou potencialização do 
efeito da droga prescrita na internação; por exemplo, o ácido acetilsalicílico (AAS) 
potencializa o efeito de anticoagulantes como heparina. 
Devem ser descritos na história clínica detalhes sobre o tratamento 
medicamentoso do paciente. Há alguns casos em que o paciente não tem um único 
médico que acompanhe seu tratamento durante o período de internação. Vários 
especialistas podem estar prescrevendo diferentes drogas sem conhecer o restante 
da terapêutica do paciente. Torna-se importante então o relato dessas medicações. 
Outro fator relevante é o relato dos hábitos alimentares, porque estes podem 
afetar a ação da droga. Por exemplo, um paciente que faz uso de anticoagulantes 
não deve comer folhas verdes, porque contém vitamina K que pode antagonizar o 
efeito da droga. 
A avaliação sobre o estado clínico do paciente também é importante. Avalie 
se o paciente interage apropriadamente com a família, se sua conversa é clara, se o 
 
 
 
 
 
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seu comportamento e sua expressão estão coerentes. Verifique se sua memória 
recente ou passada apresenta alterações. O que possibilitará a identificação da 
capacidade do paciente dar continuidade ao tratamento proposto. 
 
Enfermagem e o diagnóstico 
Um fator importante nesse contexto é conseguir identificar os problemas 
através do histórico do paciente usando as informações colhidas, definindo 
problemas relacionados às drogas e fazendo o diagnóstico de enfermagem. Dentre 
os problemas podemos relatar os mais comuns, como: falta de conhecimento, 
submissão às rotinas do tratamento e interrupção do tratamento. 
 
Plano de cuidados 
Após a realização do diagnóstico de enfermagem obtêm-se informações que 
compreendem os elementos para o enfermeiro elaborar um plano de cuidados e 
estímulos ao autocuidado. A participação do paciente no tratamento encaminha-o 
para um prognóstico positivo. 
 
Evolução de enfermagem 
Esse se constitui o último passo do processo de enfermagem. A evolução 
determina de forma sistemática a eficácia dos cuidados de enfermagem. Esse 
processo mostra para a enfermagem os resultados da terapia, proporcionando 
subsequentes intervenções. A evolução possibilita ao enfermeiro implementar 
mudanças no plano de cuidado, criando uma contínua e criteriosa reavaliação, o que 
torna cada intervenção de enfermagem um sucesso. 
 
Farmacologia 
● Farmacodinâmica (do grego dýnamis = força): Estuda o mecanismo de 
ação dos fármacos, as teorias e conceitos relativos ao receptor farmacológico, a 
interação droga-receptor, bem como os mecanismos moleculares relativos ao 
acoplamento entre a interação da droga com o tecido alvo e o efeito farmacológico. 
 Interação Droga/Receptor 
 
 
 
 
 
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Os fármacos ou seus metabólitos ativos, para produzirem efeitos, devem 
atingir o local de ação em concentrações adequadas. As drogas normalmente 
produzem alterações no organismo através de alterações das propriedades físicas, 
físico-químicas e ou bioquímicas da estrutura celular. Por exemplo, acredita-se que 
os anestésicos gerais inalatórios, devido à alta lipossolubilidade, se dissolvem na 
estrutura da membrana das células nervosas. 
Também certos antimicrobianos, devido as suas propriedades tensoativas, 
alterama tensão superficial das membranas e, consequentemente, alteram a 
permeabilidade seletiva da membrana, o que leva à morte os micro-organismos. 
Outras vezes, os medicamentos agem através de reações químicas simples, 
combina-se com componentes do organismo e alteram, então, a participação destes 
componentes nos processos fisiológicos normais. 
Na maioria das vezes os medicamentos agem em quantidades tão mínimas 
e tão seletivas que é fácil de enxergar uma correlação entre as estruturas químicas 
dos mesmos e os locais de ação ou de ligação. Assim atuam anti-histamínicos, 
anestésicos locais e etc, que sempre apresentam uma semelhança estrutural com 
todos os medicamentos do mesmo grupo farmacológico. Além disso, tais 
medicamentos podem ser antagonizados por outras substâncias que devem ter 
semelhança estrutural. 
Para explicar os mecanismos de ação destes medicamentos surgiram várias 
teorias, todas elas baseadas na existência de macromoléculas, as quais se ligam os 
fármacos, formando um complexo, reversível, que na maioria dos casos é 
responsável pelo efeito farmacológico. Estas macromoléculas são denominadas 
receptores. 
 
Formação do complexo droga-receptor ou fármaco-receptor 
 
A natureza da interação fármaco-receptor tem sido desde muitos anos um 
tema muito estudado na farmacologia básica. Quando droga e receptor se 
interagem, surge um complexo droga-receptor ou fármaco-receptor. A formação 
deste complexo geralmente leva à alteração do funcionamento celular. 
 
 
 
 
 
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F+R ↔ FR → Efeito 
 
A maioria dos fármacos se liga através de ligações fracas com os 
receptores, de modo que a velocidade de dissociação do complexo é grande. 
Quando a ligação é forte, covalente, os complexos são mais estáveis e o efeito pode 
ser mais duradouro ou até irreversível. A ligação fármaco-receptor se faz por ligação 
iônica, pontes de hidrogênio, forças de Van der Waals ou interações hidrofóbicas. 
 
 Interação Entre Drogas 
A administração simultânea de duas drogas pode fazer com que o efeito de 
uma delas seja quantitativamente alterado. A presença em uma mesma preparação 
de mais de uma substância geralmente tem a finalidade de aumentar ou reduzir os 
efeitos de uma delas, facilitar a dissolução, a conservação ou melhorar as 
propriedades organolépticas. 
A associação entre drogas pode fazer com que obtenhamos o efeito 
desejado de um dado fármaco, utilizando doses menores e consequentemente com 
a possibilidade de menores efeitos colaterais. O uso de drogas associadas pode 
resultar em uma série de interações que são classificadas em sinergismo e 
antagonismo. 
 
Sinergismo: Diz-se que há sinergismo entre dois fármacos A e B quando 
devido à presença da droga B houve menor necessidade de A para se obter o efeito 
desejado. O sinergismo pode ser dividido em sinergismo por potenciação e 
sinergismo por adição. No sinergismo por adição o efeito da droga A soma-se ao 
efeito da droga B. 
O sinergismo por potenciação ocorre quando o efeito obtido na associação é 
maior que o efeito de cada uma das drogas isoladamente, mas é diferente da 
somatória dos efeitos isolados. 
 
Antagonismo: Há antagonismo entre duas drogas quando a intensidade do 
 
 
 
 
 
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efeito de uma é reduzida pela presença da outra. Quando duas drogas competem 
pelo mesmo receptor, com afinidades semelhantes pelo receptor, tendo uma delas 
atividade intrínseca igual a 1 (agonista total) e a outra igual a 0 (antagonista), 
dizemos que há antagonismo competitivo reversível. A interação é competitiva 
porque as drogas competem pelo mesmo receptor e reversível porque as ligações 
sendo fracas uma das drogas deslocam a outra do receptor e, com isso, 
aumentando-se concentração do agonista consegue-se reverter o bloqueio feito pelo 
antagonista. 
Neste caso as curvas são paralelas e aumentando-se a dose do agonista 
sempre se alcança o efeito máximo. Uma droga neste caso modifica a afinidade da 
outra pelo receptor, ou seja, a constante de afinidade se altera, já as curvas se 
deslocam para a direita à medida que se aumenta concentração do antagonista. 
Pode haver uma situação em que o antagonista se liga ao receptor de maneira 
irreversível. Neste caso o agonista não consegue remover o antagonista do receptor. 
Então chamamos esta forma de antagonismo competitivo irreversível. 
Outra forma de antagonismo é o não competitivo, onde o antagonista 
bloqueia alguma etapa da cadeia de eventos que liga a ativação do receptor à 
resposta farmacológica, reduzindo a resposta ao agonista. O Verapamil é um 
antagonista de drogas que promove contração da musculatura lisa, impedindo a 
entrada de cálcio e não bloqueando o receptor onde estas drogas atuam. 
Outra forma de antagonismo que graficamente se assemelha ao anterior é o 
antagonismo fisiológico, em que duas drogas originalmente agonistas produzem 
ações farmacológicas contrárias, agindo em receptores diferentes e por mecanismos 
diferentes, como é o caso da interação entre a adrenalina e a histamina na 
modificação da pressão arterial. A adrenalina promove aumento da pressão arterial 
por vasoconstrição e aumento da frequência cardíaca, enquanto a histamina 
promove uma redução da pressão por promover vasodilatação e reduzir a 
resistência vascular periférica. 
Temos também o antagonismo por agonista parcial ou dualismo no qual 
duas drogas que apresentam afinidades semelhantes pelos mesmos receptores, 
porém com atividades intrínsecas diferentes são associadas. Quando isso ocorre, 
 
 
 
 
 
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elas inicialmente atuam de forma sinérgica, devido à grande disponibilidade de 
receptores. Porém, quando se esgotam os receptores elas passam a atuar de forma 
antagônica, ou seja, a que apresenta atividade intrínseca mais baixa (agonista 
parcial) ocupa receptores e não atuam de forma muito eficaz, atrapalhando a ação 
do agonista total (atividade intrínseca mais alta). 
Existe o chamado antagonismo químico que as substâncias interagem em 
solução, ou seja, os metais pesados podem ser antagonizados por substâncias 
quelantes. Outro exemplo é a neutralização química do cianeto pela administração 
de tiossulfatos. No antagonismo farmacocinético o que ocorre é a redução da 
concentração do agonista no local de ação, seja por redução da absorção, aumento 
da velocidade de degradação ou aumento da velocidade de excreção. Por exemplo, 
o fenobarbital induz o metabolismo de uma série de drogas como os anticoagulantes 
cumarínicos. 
 
● Farmacocinética (do grego knetós = móvel): Estuda o caminho percorrido 
pelo medicamento no organismo. A farmacocinética corresponde às fases de 
absorção, distribuição e eliminação (biotransformação e excreção) das drogas. 
Através da farmacocinética se consegue estabelecer relações entre a dose e as 
mudanças de concentração das drogas nos diversos tecidos em função do tempo. 
 
 Absorção 
Conceito: a absorção ocorre quando o medicamento atravessa barreiras até 
atingir a circulação sanguínea. A absorção pode ser definida, ainda, como o 
transporte da droga do local de absorção até a corrente sanguínea. As barreiras as 
quais as drogas devem atravessar até alcançar a corrente sanguínea são 
basicamente constituídas pelas membranas celulares. Assim, podemos afirmar que 
a absorção, tal como a distribuição, está diretamente relacionada com a capacidade 
das drogas de atravessar as membranas. De acordo com o conceito acima, 
considera-se que na administração endovenosa não existe absorção.15 
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Fatores determinantes da velocidade e absorção 
Propriedades físico-químicas: as propriedades físico-químicas da droga 
podem afetar todas as suas características farmacocinéticas. Dentre estas 
propriedades podemos citar a solubilidade (lipo ou hidro) e o grau de ionização, já 
discutidos acima, além do coeficiente de participação óleo/água. 
 
COEFICIENTE DE PARTICIPAÇÃO ÓLEO/ÁGUA = Determina a 
solubilidade relativa nas frações lipídica e aquosa. Esse coeficiente pode ser 
determinado quimicamente para cada substância específica e em última análise 
pode-se dizer que quanto maior o coeficiente de participação óleo/água de uma 
substância maior é a sua lipossolubilidade. 
Fluxo sanguíneo na área de absorção: Quanto maior for o fluxo sanguíneo 
no local de absorção maior e mais rápida será a absorção; 
Área de superfície absorvente: Quanto maior a superfície de contato da 
droga com a superfície capilar, maior será a sua capacidade de absorção; 
Número de barreiras a serem transpostas: O número de barreiras a serem 
transpostas pela droga até alcançar o leito capilar é inversamente proporcional à 
quantidade absorvida e à velocidade de absorção. 
 Distribuição 
Para que a droga alcance seu sítio de ação é necessário que ela se distribua 
pelos tecidos, a partir do momento que ela alcançou a corrente sanguínea, conforme 
esquematizado abaixo. 
 
ADMINISTRAÇÃO ⇒ ABSORÇÃO ⇒ DISTRIBUIÇÃO ⇒ LOCAL DE AÇÃO/ 
TECIDO-ALVO 
 
O equilíbrio na distribuição entre os diferentes compartimentos depende de 
alguns fatores, sendo eles: 
- Capacidade de atravessar as barreiras teciduais; 
- Ligação no interior dos compartimentos; 
- Influência do pH do meio ou partição do pH; 
 
 
 
 
 
16 
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- Partição adiposa/aquosa, que está diretamente relacionada com o 
coeficiente de partição óleo/água. 
 
Fatores que influenciam a distribuição 
Irrigação dos tecidos; 
Maior vascularização, maior distribuição. Os tecidos que recebem uma 
porcentagem maior do débito cardíaco tendem a receber concentrações maiores de 
um fármaco que se encontra dissolvidos no sangue. 
 
Lipossolubilidade 
É interessante certo grau de lipossolubilidade para que a substância seja 
bem absorvida e bem distribuída, porém a lipossolubilidade quando excessiva pode 
prejudicar a distribuição, fazendo com que a droga se restrinja a determinados locais 
como o tecido adiposo. 
Um bom exemplo disso é o caso dos anestésicos gerais da classe dos 
barbitúricos. O Pentobarbital é um oxibarbitúrico e apresenta boa lipossolubilidade, 
sendo um anestésico de ação curta, já o Tiopental, que apresenta um átomo de 
enxofre no lugar de um oxigênio, é um tiobarbitúrico muito lipossolúvel, de ação 
ultracurta e tende a se acumular no tecido adiposo. 
 
Grau de ionização 
O grau de ionização pode limitar a distribuição das drogas. Se a droga 
permanece em uma grande proporção de formas ionizadas ela pode se confinar a 
locais como o plasma ou o líquido intersticial. Assim como acontece com drogas que 
são moléculas grandes como a heparina e outras que se ligam muito fortemente à 
albumina como o corante azul de Evans. 
 
Presença de barreiras (entre sangue e tecidos): 
• Barreira hematoencefálica: Presença de capilares não fenestrados; 
• Barreira placentária: Por ela passam somente drogas lipossolúveis; 
 
 
 
 
 
17 
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• Barreira hematotesticular: Por ela só passam substâncias pouco 
polares. 
 
Proteínas Plasmáticas 
A capacidade das drogas em se associar às proteínas plasmáticas influi de 
maneira significativa nas suas características farmacocinéticas. Essa influência se 
manifesta da seguinte maneira: 
 
• Alta ligação a proteínas → Baixa eliminação → Maior duração do efeito; 
• Baixa ligação a proteínas → Alta eliminação → Menor duração do 
efeito; 
• Principais proteínas transportadoras de drogas: albumina, β-globulina e 
glicoproteína ácida (proteína de fase aguda). 
A albumina possui dois sítios de ligação e se associa preferencialmente a 
drogas de caráter ácido e as drogas básicas se associam preferencialmente às 
glicoproteínas ácidas. 
Fatores que interferem na ligação fármaco-proteína plasmático: 
• Concentração do fármaco livre no plasma; 
• Afinidade pelos locais de ligação nas proteínas; 
• Concentração de proteínas no plasma. 
 
Reservatórios e Volume de Distribuição 
As drogas podem ficar temporariamente armazenadas em alguns 
compartimentos e à medida que vão sendo liberadas serão distribuídos para os 
demais tecidos, assim como vão sendo eliminadas do organismo. Esses 
compartimentos são: 
• Proteínas plasmáticas: Ocorre com drogas que interagem fortemente 
com as proteínas plasmáticas; 
• Tecido adiposo: Ocorre com medicamentos de alta lipossolubilidade. 
Ex: Pesticidas organoclorados (BHC, DDT e etc); 
• Ossos: Drogas que apresentam alta afinidade pelo cálcio. 
 
 
 
 
 
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Ex: Tetraciclinas; 
• Núcleo dos hepatócitos: Drogas que tem afinidade pelos ácidos 
nucleicos. 
Ex: Mepacrina (droga antimalárica). 
 
 Biotransformação e Excreção de Drogas 
O destino final dos fármacos é a alimentação do organismo, que 
normalmente ocorre após uma série de transformações químicas, a qual em 
conjunto denomina-se biotransformação. Porções consideráveis de certos fármacos 
podem ser eliminadas de forma intacta sem sofrer biotransformação. De uma forma 
geral a atividade farmacológica é perdida ou reduzida pela metabolização, mas 
muitas drogas dão origem a metabólitos farmacologicamente ativos. 
 
Metabolismo dos Fármacos 
As modificações químicas que normalmente ocorrem nos fármacos resultam 
de transformações enzimáticas que quase sempre ocorrem em sequência e são 
denominadas reações de fase I e de fase II. As reações de fase I consistem em 
reações de oxidação, redução ou hidrólise, que normalmente introduzem um grupo 
funcional mais reativo na molécula, o qual serve de suporte para uma posterior 
conjugação, sendo os produtos frequentemente mais reativos e mais tóxicos que as 
moléculas originais. 
As reações de fase II consistem em reações de conjugação com ácido 
glicurônico, com sulfato ou com acetato, produzindo metabólitos menos reativos e 
consequentemente menos tóxicos. As reações de fase I e fase II normalmente 
ocorrem no fígado com exceção de algumas drogas que são metabolizadas no 
plasma como alguns bloqueadores neuromusculares nos pulmões, como as 
prostaglandinas ou no intestino como o salbutamol. 
 
Eliminação dos Fármacos 
As principais vias de eliminação das drogas do organismo são através dos 
rins do sistema hepatobiliar e dos pulmões. A excreção pelo sistema respiratório ou 
 
 
 
 
 
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através dos pulmões ocorre para agentes gasosos ou voláteis. Muitas drogas são 
excretadas através da bile e por meio deste caminho podem ser reabsorvidas no 
intestino, constituindo a chamada circulação enteroepática, apesar de que uma 
quantidade significativa pode ser eliminada através desta via, juntamente com as 
fezes. 
A excreção renal, através da urina é, sem dúvida alguma, a forma mais 
importante de excreção de drogas. A eliminação pode ocorrer também por outras 
vias menos importantes do ponto de vista quantitativo como através do suor,da 
saliva, do leite, sendo esta última a mais importante quando se considera a 
alimentação do recém-nascido ou a utilização do leite de animais tratados com 
certas drogas na alimentação humana. 
 
● Farmacoterapêutica: Refere-se ao uso de medicamentos para o 
tratamento das enfermidades, enquanto o termo terapêutico é mais abrangente, 
envolvendo não só o uso de medicamentos, como também outros meios para a 
prevenção diagnóstica e tratamento das enfermidades. Esses meios envolvem 
cirurgia, radiação e outros. 
 
► Forma Farmacêutica 
Forma farmacêutica é a maneira como os medicamentos são preparados, 
apresentados e consequentemente comercializados e utilizados, ou seja, 
comprimido, xarope, suspensão e outros. Na forma farmacêutica, além do 
medicamento principal ou princípio ativo, entram outras substâncias na composição, 
como veículo ou excipiente, coadjuvante, edulcorante, ligante, preservativo, etc. 
As formas farmacêuticas podem ser classificadas conforme se exemplifica 
abaixo: 
 
Preparações líquidas 
 
Soluções – Misturas homogêneas do soluto, que é base farmacológica com 
o solvente, que é o veículo. Pode se destinar ao uso sob a forma de gotas. 
 
 
 
 
 
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Suspensões – Misturas heterogêneas, sendo que o soluto se deposita no 
fundo do recipiente, necessitando de homogeneização no momento do uso. 
Emulsões – Substâncias oleosas dispersas em meio aquoso, apresentando 
separação de fases. 
Xaropes – Soluções aquosas em que o açúcar em altas concentrações é 
utilizado como corretivo. Pode conter cerca de dois terços do seu peso em sacarose. 
Elixires – Soluções hidroalcoólicas para uso oral, açucaradas ou 
glicerinadas, contendo substâncias aromáticas e as bases medicamentosas. 
Loções – Soluções alcoólicas ou aquosas para uso tópico. 
Linimentos - Similares aos anteriores, mas com veículo oleoso. 
 
Preparações sólidas 
 
Comprimidos – Forma farmacêutica de formato variável, em geral discoide, 
obtida por compressão. Na maioria dos casos contém uma ou mais drogas, 
aglutinante e excipiente adequados, prensados mecanicamente. 
Drágeas – Similares aos anteriores, mas com revestimento gelatinoso que 
impede a desintegração nas porções superiores do trato digestivo. O revestimento 
protetor apresenta várias camadas, contendo substâncias ativas ou inertes. 
Costumam ser coloridas e polidas, por meio da cera de carnaúba no polimento. 
Cápsulas – Uma ou mais drogas mais excipientes não prensados e 
colocados em um invólucro gelatinoso ou amiláceo. 
Pílulas – Associação do princípio ativo com um aglutinante viscoso. 
Supositórios - Apresentações semissólidas para uso retal, que se fundem à 
temperatura corporal pela presença de manteiga de cacau, glicerina ou 
polietilenoglicol. 
Óvulos e Velas - Apresentações semissólidas para uso ginecológico, cuja 
diferença entre si é a forma. 
 
Preparações Pastosas 
 
 
 
 
 
 
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São preparações semissólidas normalmente destinadas ao uso tópico. 
Como exemplos têm as seguintes: geleias, cremes, pomadas, unguentos e pastas, 
em ordem crescente de viscosidades. Diferem também pelos veículos que são 
gelatinosos nas geleias, oleosos nas pomadas e aquosos nos demais. 
 
► Fatores Modificadores Considerados na Administração de 
Medicamentos 
 
Um dos fatores a ser considerado é a idade do paciente, ela tem uma 
importante influência sobre a ação e o efeito global de um medicamento. Em geral, 
os idosos exibem função hepática diminuída, menos massa muscular e função renal 
diminuída. Por conseguinte, eles precisam de doses menores e, por vezes, 
intervalos de dosagens longos para evitar a intoxicação. 
Os recém-natos demonstram sistemas enzimáticos metabólicos 
subdesenvolvidos e função renal inadequada, o que também pode levar à 
toxicidade. Fazem-se necessárias a eles dosagens altamente individualizadas e de 
monitoração cuidadosa. Outro fator relevante é a presença de doença subjacente, 
essa também pode ter uma acentuada influência sobre a ação e o efeito da 
substância. Por exemplo, a acidose pode gerar resistência à insulina, doenças 
genéticas, etc. 
Outras condições que podem influenciar a resposta de um paciente à terapia 
medicamentosa incluem infecção; febre; estresse; inanição; hipersensibilidade; luz 
solar; exercício; variações no ritmo circadiano; função GI, renal, hepática, 
cardiovascular e imunológica; ingestão de bebida alcoólica; gestação; lactação; 
imunização; e pressão barométrica. 
 
Tolerância e dependência 
 
A administração repetida ou prolongada de alguns medicamentos resulta em 
tolerância – uma resposta farmacológica diminuída. Tolerância ocorre quando o 
 
 
 
 
 
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corpo adapta-se à contínua presença da droga. Comumente, são dois os 
mecanismos responsáveis pela tolerância: 
● O metabolismo da droga é acelerado (mais frequentemente porque 
aumenta a atividade das enzimas que metabolizam os medicamentos no fígado); 
● Diminui o número de receptores ou sua afinidade pelo medicamento. 
O termo resistência é utilizado para descrever a situação em que uma 
pessoa não mais responde satisfatoriamente a um medicamento antibiótico, antiviral 
ou quimioterápico para o câncer. Dependendo do grau de tolerância ou resistência 
ocorrente, o médico pode aumentar a dose ou selecionar um medicamento 
alternativo. 
A dependência se relaciona com uma necessidade física ou psicológica de 
um medicamento pelo paciente. Um exemplo é a pessoa que faz uso de algum tipo 
de droga, seu organismo começa a desenvolver a dependência física e psíquica 
daquela substância, passando a necessitar de quantidades cada vez maiores da 
droga, e quando não a usa começa a ter crises de abstinência. 
Um paciente com câncer que recebe um analgésico narcótico para dor grave 
pode desenvolver tolerância e dependência. Contudo, os aspectos psicológicos 
diferem dos pacientes que usam drogas. Com frequência, o paciente com câncer 
está preocupado em manter um nível razoável de alívio da dor, enquanto o usuário 
de drogas procura os efeitos eufóricos da substância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
------------------- FIM DO MÓDULO I ------------------

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