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Biribá 1. INTRODUÇÃO A fruta conhecida como Biribá (Rhollinea mucosa), pertence a família Annonaceae, também recebe o nome de Beribá, Biribá-de- Pernanbuco, Fruta-da-Condessa (Brasil), Anona (Peru), é originária do extremo ocidental da Bacia Amazônica. Está distribuída até o Nordeste Brasileiro, nas Antilhas e em outras partes do Caribe. 2. DESCRIÇÃO BOTÂNICA É uma árvore de 6-10 m de altura, com copa cônica. Suas folhas são alternadas, simples sem estípulas. As flores são solitárias, com fruto sincarpo, composto de muitos carpelos unidos, com formato entre esférico e oblongo de 10 - 20 cm de comprimento por 7 – 20 cm de diâmetro. A casca é de cor verde-amarelada no principio e amarelada ao amadurecer. A polpa é branca ou creme e corresponde a 70% do fruto. As sementes variam de 70-114 por fruto, e são negras. 3. CONDIÇÕES CLIMÁTICAS Desenvolve-se de maneira satisfatória em áreas com precipitação superior a 1.500 mm por ano, com chuvas bem distribuídas e temperatura variando de 25° C a 35° C. Preferindo solos areno-argilosos ou argilo-arenosos. O problema de solo mais importante é a drenagem, pois o biribazeiro não tolera solos encharcados. 4. PROPAGAÇÃO Propagada por sementes, com germinação entre 20 e 30 dias e 60% a 80% de poder germinativo. As sementes dessas plantas apresentam substâncias inibidoras de germinação que provocam dormência. O estado de dormência em sementes se manifesta pelo retardamento da germinação por um período de maior ou menor amplitude, mesmo que as condições ambientais (luz, temperatura, água, oxigênio) sejam favoráveis à germinação. A quebra da dormência pode ser feita utilizando-se escarificação mecânica, térmica e química. Esses métodos baseiam-se na quebra do tegumento, que é impermeável à água, promovendo a embebição, etapa inicial do processo germinativo. Também pode ser multiplicada por enxertia. No campo, o crescimento inicial é vigoroso, com incremento anual de 1,5 m. REFERÊNCIAS COSTA, j. P. C. Da; MÜLLER, C.H. FRUTICULTURA TROPICAL: O BIRIBAZEIRO Rollinia mucosa (Jacq.) Baill. Belém: EMBRAPA-CPATU, 1995. 35p. (EMBRAPA- -CPATU. Documentos, 84). FERREIRA, M. das. G. R et al. Superação de dormência em sementes de biribá (Rollinia mucosa (Jacq.) Baill). Embrapa Rondônia. Porto Velho, RO. Junho, 2007. (Embrapa Rondônia, Circular Técnica, 94). GOMES, R. P. Fruticultura Brasileira. São Paulo: Nobel. 13° ed. Reimpressão 2007. SOUZA, A. das. G. C. de. et al. Fruteiras da Amazônia. Brasília: Embrapa-SPI; Manaus: Embrapa-CPAA, 1996. 204 p. 5. PLANTIO E MANEJO As mudas devem ser levadas ao campo para plantio definitivo ao atingirem de 30 a 40 em de altura. Os espaçamentos variam de 5 a 7 m entre plantas, sendo que em geral, se recomenda o espaçamento de 7 x 7 m, ou formando um triângulo eqüilátero com 7 m de lado. O plantio deve ser feito no início do período chuvoso. Os tratos culturais são indispensáveis e o biribazeiro não foge a esta regra, sendo necessário: coroamento, roçagem, cobertura morta, poda, adubação e controle fitossanitário. 6. PRODUÇÃO A floração ocorre entre julho e setembro, e a frutificação de janeiro a junho. A produtividade do biribazeiro é baixa nos primeiros anos, aumentando, até alcançar a produção normal entre o sétimo e o oitavo anos. Árvores com 5 anos de idade podem produzir entre 25 e 60 frutos, com peso médio de 1,5 kg; acima de 15 anos, podem produzir mais de 150 frutos/ano. Com os espaçamentos recomendados, a produtividade média anual é de 20 frutos/planta, com rendimento médio anual de aproximadamente 6.120 a 7.020 frutos/ha. É comum o ataque de aves e insetos quando os frutos amadurecem na árvore. Por outro lado, frutos colhidos demasiadamente verdes, ou seja, antes do início do amarelecimento da casca, apresentam a polpa com sabor amargo. 7. USOS O consumo da polpa é essencialmente in natura, mas pode ser utilizada para suco, quando fresca, ou para vinho, quando fermentada.
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