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@veterinariando_ • Sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA): quando é acionado, há atividade muito grande do sistema renal. Faz com que ocorra uma regulação de volume, quando o paciente se encontra numa situação de hipotensão - há aumento na produção de renina que promove vasoconstrição e favorece a retenção de sódio • ADH (hormônio antidiurético/vasopressina): em situações de hipotensão, a liberação desse hormônio faz com que haja uma menor liberação de água pelo sistema renal – reabsorção de sódio (juntamente com a água) para que ocorra um aumento de pressão arterial, por meio do aumento do volume circulante • Nervos simpáticos renais: numa situação de hipotensão, a inervação do simpático na região renal é ativada, para diminuir a taxa de filtração glomerular e também a constrição da arteríola eferente, fazendo com que se tenha aumento da pressão intraglomerular, isso fará com que se tenha maior reabsorção de sódio e de água • Peptídeos natriuréticos: são ativados quando há sobrecarga de volume intravascular – há diminuição do ADH fazendo com que tenha liberação de água devido a menor absorção de sódio, isso irá normalizar a sobrecarga de volume intravascular PRESSÃO ARTERIAL Débito cardíaco Resistência periférica Frequência cardíaca Contratilidade Pressão de enchimento Volume de sangue Tônus venoso Tônus arteriolar +rápido/fugaz 1. Diminuição na pressão arterial 2. Aumento da atividade simpática 3. A atividade simpática aumenta a ativação de adrenorreceptores beta1 no coração, aumentando assim o débito cardíaco e consequentemente há aumento na pressão arterial 4. Aumento na ativação de adrenorreceptores alfa1 na musculatura lisa dos vasos sanguíneos que promovem vasoconstrição, aumentando o retorno venoso e consequentemente há o aumento na pressão arterial. Além disso, pode haver o aumento da resistência periférica que resultará no aumento da pressão também +lento/duradouro 1ª via 1. Diminuição do fluxo sanguíneo que chega ao rim 2. Sensores que então na região justa-glomerular, entendem que precisam diminuir a velocidade de filtração glomerular 3. Desta forma aumenta a retenção de sódio e água no organismo 4. Isso aumenta o volume sanguíneo 5. Há o aumento do débito cardíaco e consequentemente aumenta na pressão arterial Risco de AVC Cegueira Arritmias Insuficiência renal Entupimento arterial 2ª via 1. Diminuição do fluxo sanguíneo que chega ao rim 2. Há ativação de renina 3. A renina vai promover a produção de angiotensina II 4. Esse hormônio liberado vai aumentar a resistência periférica e assim aumentar a pressão arterial 5. Além disso, a angiotensina vai proporcionar a liberação de aldosterona na glândula adrenal 6. A aldosterona aumenta a retenção de sódio e água, aumentando o volume sanguíneo, consequentemente aumenta o débito cardíaco e a pressão arterial Os medicamentos utilizados para tratar a hipertensão, vão agir na mesma sequência fisiológica que o organismo usa para regular a pressão arterial em caso de hipotensão. Vão agir de forma a acentuar esse ciclo fisiológica, para que o paciente não eleve a pressão em níveis excessivos, mantendo a pressão arterial estável • Por meio dessas classes de medicamentos: diuréticos, inibidores da ECA e antagonistas de AT1, ocorrerá a diminuição na retenção de sódio e de água • Com isso, ocorrerá diminuição no volume intravascular devido a maior saída de água • Haverá diminuição da pré-carga (volume que chega na região do ventrículo esquerdo) • Fazendo com que haja diminuição da volume sistólico • Dessa maneira haverá diminuição do débito cardíaco e consequentemente da pressão arterial ➢ Hipertensão arterial (HÁ) ou Hipertensão arterial sistêmica (HAS) ➢ Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ➢ Proteinúria – iECA CAPTOPRIL ENALAPRIL BENAZEPRIL LISINOPRIL RAMIPRIL • Todas esses medicamentos citados inibem a conversão de angiotensina I em II por inibirem a ação da enzima conversora de angiotensina (ECA) • Existem opções dentro de uma mesma classe que estão relacionadas com o melhor desempenho da molécula, afinidade pelo receptor, diminuição de efeitos adversos • Indicação inicial: insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão arterial sistêmica • Vão reduzir volume de pré e pós carga, melhorando o desempenho cardíaco sem aumentar a contratilidade ➢ Nos vasos sanguíneos pulmonares a ECA faz a degradação da bradicinina, quando utilizado o iECA acaba inibindo também a degradação da bradicinina – com o aumento da bradicinina no pulmão o paciente começa a tossir ANGIOTENSINA I, II, III E IV Angiotensina II • É produto da ação da ECA pulmonar sobre a angiotensina I • É o peptídeo maia ativo: vasopressor direto, liberação da aldosterona, estimulação do sistema nervoso simpático • Tem papel muito importante da remodelação e cicatrização, promovendo o crescimento celular • Alteração da expressão gênica • Hipertrofia e proliferação fibroblástica – fibrose miocárdica ENALAPRIL (PETPRIL, ENALAPREV) ➢ Biodisponibilidade oral: boa, não é afetada pelo alimento – pode ser administrada SID/BID ➢ Excreção: principalmente renal (95%) ➢ Biotransformação: é administrada em sua forma inativa, sofre hidrólise e seu metabólito ativo é o a Enalaprilato ➢ Utilizado na insuficiência cardíaca congestiva, na hipertensão arterial sistêmica – pacientes com quadros renais: a utilização desse medicamento associado com diuréticos pode acentuar o quadro clínico (insuficiência renal) BENAZEPRIL ➢ Biodisponibilidade oral: boa, pode ser administrado SID em alguns casos BID ➢ Excreção: renal (50% para cães e 15% para gatos) biliar (50% para cães e 85% para gatos) ➢ Biotransformação: é administrada na sua forma inativa, ao sofrer biotransformação hepática se forma o benazeprilato (forma ativa formada por meio de hidrolise) ➢ Indicado para insuficiência cardíaca congestiva e nefropatas LISINOPRIO ➢ Biodisponibilidade oral: boa, normalmente administrado SID ➢ Excreção: preferencialmente renal ➢ Biotransformação: já é administrado em sua forma ativa ➢ Utilizado numa fase inicial aguda de insuficiência cardíaca congestiva – apresentação sublingual RAMIPRIL ➢ Biodisponibilidade oral: administração SID ou BID ➢ Excreção: renal ➢ Biotransformação: é administrado na sua forma inativa, por hidrolise forma o ramiprilato (forma ativa) ➢ Não é tão utilizado no Brasil • Hipotensão por conta da vasodilatação de veias (venodilatadores) • Redução excessiva do débito cardíaco • Hipotensão e taquicardia reflexa tentando compensar a hipotensão • Hipercalemia (aumento nos níveis de potássio) • A suspensão do medicamento deve ser feita de forma gradativa, pois a suspensão abrupta pode causar aumento da resistência vascular sistêmica e das pressões de preenchimento ventricular e causar diminuição excessiva do débito cardíaco • A angiotensina II é produzida a partir da ação da renina sobre o angiotensinogênio, que produz a angiotensina I que por sua vez com ação da ECA produz a angiotensina II • A angiotensina produzida se liga a 4 diferentes receptores, que são receptores de angiotensina II: AT1, AT2, AT3 e AT4 – (AT1 é o mais importante em relação a retenção de sódio e água e alteração de volume circulante) FUNÇÃO DE AT1 ➢ Aumentar a secreção de aldosterona, fazendo com haja reabsorção maior de sódio e água (regiões do néfron), aumentando a pressão arterial ➢ Vasoconstrição de vasos sanguíneos, promovendo aumento da resistência vascular periférica e aumentando a pressão arterial ❖ Diante disso deve ser administrado em pacientes hipertensos, substâncias que impeçam a atividade do receptores AT1 – utilização de antagonistas do receptor AT1 Produz ação clínica maior com relação aos iECAS, esses bloqueadores não vão teração sobre a ECA não causando tosse nos pacientes LOSARTANA • Específico de AT1 • Menores efeitos adversos que os iECAS (sem tosse) • Tem biodisponibilidade mediana de 33% • Sua metabolização é hepática – com metabolitos ativos • Excreção: 1/3 na urina e 2/3 na bile IRBESARTANA • Específico de AT1 • Ação semelhante a losartana • Tem biodisponibilidade maior: de 70 a 90% • Não possui metabolitos ativos • Excreção: 20% urina (2% na forma ativa) e 80% na bile TELMISARTANA • Específico de AT1 • Muito utilizado em gatos com proteinúria e anti-hipertensivos • Biodisponibilidade mediana de 33% • Administração SID • Excreção: biliar Efeitos adversos: hipotensão, hipercalemia (hiperpotassemia)
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