Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Hellen Martins CONCEITO Cárie é: Doença multifatorial; Não é uma doença infecciosa e transmissível; Oportunista; Fortemente influenciada pelos carboidratos da dieta; Influenciada pelos componentes salivares; Destrutiva (pode levar a perda dentária); Social TEORIAS 1890 – MILLER: Demonstrou uma relação entre os microrganismos presentes na superfície do dente e a produção de cáries. - Teoria químico-parasitária. - Atividade metabólica das bactérias da placa. 1908 – BLACK: Descreve a formação de placas gelatinosas nas fissuras dos dentes. 1954-1960 – ORLAND, FITZGERALED, KEYES - Hipótese da placa especifica; - S. mutans e lactobacilos (estão associados a cárie). Década de 80 e 90 – CAUFIEDL, TANZER - Doença infecciosa e transmissível; - Prevenção de contatos salivares; - Pesquisa por vacina; 1994 – MARSH: Teoria ecológica da placa - S. mutans não preenchem os postulados de Koch: > Presença: induz atividade da doença; > Ausência: implica no não desenvolvimento da doença. - Modificações na composição microbiana do sistema digestório não significam uma infecção. - Outros fatores são importantes para que a doença se desenvolva. > Distúrbios na homeostase da microbiota oral. DOENÇA X LESÃO O aparecimento de lesões cariosas na dentição de humanos é apenas o sinal clinico patognomônico da atividade da doença. Avaliar o risco de cárie do indivíduo, bem como estagio e a atividade de cárie em cada dente especificamente. FORMAÇÃO DO BIOFILME DENTAL O termo biofilme é usado para descrever comunidades de microrganismos aderidas a uma superfície. Biofilme são consórcios funcionais de células microbianas imersas em matrizes de polímeros extracelulares (glicocálices). Produtos do seu próprio metabolismo. Íons e nutrientes sequestrados do ambiente ecológico. Necessidade da presença de superfície com uma junção liquido-sólido. Presente em vários microambientes da natureza PROPRIEDADES GERAIS DOS BIOFILMES Proteção contra as defesas do hospedeiro e de predadores. Proteção contra o ressecamento. Placa cariogênica Hellen Martins Alta resistência ou tolerância aos agentes microbianos. Alta concentração de nutrientes. Aumento da diversidade microbiana O biofilme supragengival é diferente do biofilme subgengival, porque os nutrientes, atmosfera não são os mesmos. O biofilme é influenciado pelo ambiente que ele se localiza. FORMAÇÃO DO BIOFILME DENTAL 1. Presença de uma camada de glicoproteínas salivares na superfície dental – Película adquirida. 2. Acesso das bactérias - Aquisição de uma microbiota oral residente – saliva. - Espécie pioneiras – S. salivarius, S. mitis. S. oralis - Os estreptococos do grupo mutans representam apenas 2% dos colonizadores inicias. Acesso das bactérias em crianças - Transmissão dentro do ambiente familiar, através da saliva. - DNA – cerpas de EGM isoladas de crianças são ordinariamente idênticas aquelas encontradas na saliva da mãe. - Magnitude do inóculo – decisivo no sucesso da colonização > Quando os níveis salivares da mãe eram superiores a 100.000 UDC/ml, a frequência com que as crianças ficavam colonizadas era 9x maior do que quando os níveis salivares estavam abaixo desse numero - Necessidade de frequentes contatos salivares. - Transmissão vertical. - Aquisição de EGM em um período bastante curto e especifico – 2 anos de idade. - Erupção dos molares decíduos. - Entre os 19 e 31 meses de idade, 75% das crianças já estavam colonizadas por EGM - Janela de infectividade - Segunda janela de infectividade – infecção endógena dos molares permanentes. - Quando vão surgindo as fissuras dos molares permanentes, essas fissuras se tornam infectadas pelos microrganismos dos decíduos, que já estavam aderidos na superfície das decíduos. - Fissuras são 10x mais facialmente colonizadas por EGM do que as superfícies lisas livres. 3. Aderência - Tanto superfícies moles quanto superfícies duras são colonizadas. - Especificidade - A aderência aos tecidos duros envolve a interação entre as adesinas (receptores) bacterianos e a porção carboidrato das glicoproteínas. 4. Crescimento e sucessão microbiana - Depende essencialmente das alterações ambientais. - Interações entre espécies diferentes de microrganismos. - Comunidade clímax - Matriz - A placa é porosa, cheia de canais, por esses canais tem a passagem de ácidos. CARACTERISTICAS DOS EGM (ESTREPTOCOCOS DO GRUPO MUTANS) Produção de ácidos (acidogenicidade) Hellen Martins - Metabolismo homofermentativo; - Produção de ácido láctico > É o ácido que mais baixa o pH da placa. > Ácido mais cariogênico - Sistemas para evitar a morte por substrato Habilidade para sobreviver em ambientes com baixo pH - Enzimas do metabolismo adaptadas; - Extrusão protônica – ATPase de membrana. - Impermeabilidade a íons hidrogênio. Fabricação de polímeros de reserva (semelhantes ao glicogênio) Presença de enzima glicosiltransferases - Transformação de carboidratos em polímeros extracelulares solúveis (dextrano) e insolúveis (mutano). - A placa sendo porosa, vai permitir a entrada de ácidos - O mutano é como se fosse uma “cola”, deixa a placa mais pegajosa., viscosa, porosa e aderência. Favorece a aderência e retenção dos microrganismos cariogênicos. - O mutano só vai ser produzido na presença de sacarose. - A sacarose é considerada o carboidrato mais cariogênico, pois a partir dele é produzido o mutano. Enzimas transportadoras de açúcar. EGM PODEM CAUSAR A CÁRIE? Não posso dizer que os estreptococos do grupo mutans são a causa especifica da cárie. Bactérias cariogênicas podem ser detectadas em superfícies dentárias sem que necessariamente haja atividade da doença. Os EGM não podem ser considerados causa especifica, já que outros estreptococos não mutans ostentam potencial cariogênico. Muitas pessoas apresentam o mutans na cavidade oral e mesmo assim a presença dele não vai levar a atividade da doença cárie. TEORIA ECOLÓGICA DA PLACA Em 1991, MARCH propôs uma modificação na chamada HIPÓTESE DA PLACA ESPECIFICA -> TEORIA ECOLOGICA DA PLACA -> Mudança em fatores ambientais pode levar ao desequilíbrio na microbiota da placa. CARACTERÍSTICAS CLINICAS A placa cariogênica é muito aderida Quando passa a sonda exploratória e essa placa é pegajosa acaba formando um fio. O apinhamento dentário auxilia na formação de placa. Má escovação.
Compartilhar