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GORVERNO DO ESTADO DO PARÁ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DA SAUDE CURSO DE BIOMEDICINA CAMPUS XII-MARABÁ THAINARA PEREIRA DE SOUSA Texto: Tecido Muscular MARABÁ-PA 2020 Tecido Muscular O tecido muscular está presente nas mais variadas áreas do corpo humano, ele tem origem no folheto embrionário da mesoderme, possui pouca matriz extracelular, e suas células são chamadas de mioblasto, a principais funções desse tecido são: movimento corporal e de órgãos, postura (sustentação) e aquecimento corporal. Ele é divido em: tecido muscular liso e tecido muscular estriado, sendo o último pode ser diferenciado em esquelético e cárdico. O musculo liso possui células fusiformes, mononucleadas, sendo que os núcleos estão dispostos mais ao centro da célula, não possui sarcômeros, e sua contração é involuntária e lenta. Esse tipo de musculo pode ser encontrado na bexiga, paredes de vasos sanguíneos, intestino, estomago, útero etc. O tecido muscular estriado cardíaco, possui células anastomadas (ramificadas), sendo uni ou bi nucleadas, tem estrias e não formam feixes, uma importante característica dessas células é a presença de discos intercalares e junções do tipo GAP, que vai favorecer a troca de informações, proporcionando uma contração rápida, e esta acorre de forma involuntária. Este tipo de tecido muscular pode ser encontrado no miocárdio. O tecido muscular estriado esquelético, suas células são cilíndricas, alongadas e multinucleadas, esses núcleos estão na periferia das células e com estrias transversais, estas células são chamadas de fibras musculares. Como o nome propriamente propriamente diz: esquelético, significa que ele está ligado aos ossos e o que torna isso possível é o tendão, e para evitar atrito entre o osso e o musculo, ele é revestido ´por uma camada de tecido conjuntivo, chamada de epimísio, além desta existe outras duas camadas de tecido conjuntivo presentes no músculo, uma delas envolve feixes ou fascículos, chamada de perimísio, e a outra é o endomisio que envolve cada fibra, sendo assim os feixes são formados por conjuntos de fibras, e as fibras por diversas miofibrilas, que são proteínas contrateis que são divididas em bandas e linhas, entre cada intervalo de duas linhas z, está o sarcômero, que é a unidade contrátil do musculo, este é composto por miofilamentos finos: formado pela actina, troponina e tropomiosina, estando ancorados nas linhas Z, já os filamentos grossos são formados por miosina e estão ancorados a linha M, também verificar partes claras e escuras no sarcômero, chamadas de banda, a banda possui actina e a banda A actina e miosina e a zona H apenas miosina. A contração muscular do musculo estriado esquelético é de ordem involuntária da seguinte forma: • Inicialmente o musculo se encontra relaxado, e o cálcio armazenado no reticulo sarcoplasmático da célula. • Então ocorre um impulso nervoso na junção neuromuscular, através do bulbo sináptico de um axônio terminal, então moléculas de neurotransmissores são liberados pelo neurônio e se ligam a receptores, despolarizando a membrana o estimulo é propagado pelo túbulo T, alterando a permeabilidade do reticulo sarcoplasmático que resulta na liberação do cálcio para o sarcoplasma. • A tropomiosina bloqueia os sítios de ligação dos filamentos de actina, no entanto com a presença do alto nível de cálcio e do ATP, o cálcio se liga a troponina, deslocando a tropomiosina e expondo assim os sítios de ligação da actina • Enquanto isso o ATP que está ligado a miosina é hidrolisado em ADP e fosfato inorgânico, fazendo com que a cabeça do filamento de miosina estenda e se ligue a um sítio de ligação no filamento de actina. • A força motriz é ativada permitindo que os filamentos de miosina, puxe os filamentos de actina em direção a linha M, encurtando o sarcômero, e realizando a contração. • O ADP e fosfato inorgânicos são liberados durante a força motriz e os filamentos de miosina continuam ligados aos filamentos de actina até que um novo ATP se ligue novamente. O musculo estriado esquelético não se divide ele apenas, regenera, a partir de células satélites que ficam ao redor e irão se diferenciar, até se incluírem no tecido, fazendo parte assim das células musculares e aumentando o tamanho do musculo. Referencias JUNQUEIRA, LC; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. Ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
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