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Tecido Muscular Tecido muscular é um tecido muito abundante do nosso corpo e dizemos que ele é um tecido especializado em contração. A capacidade de realizar contração permite: 1.Locomoção → associado ao tecido osso 2.Constrição → gl precisam fazer constrição para fazer secreção por meio dos ductos 3.Bombeamento → ex: coração que faz contração rítmicas e constante e permite bombeamento de sangue 4.Movimento de Propulsão → ex: os movimentos intestinais que garantem propulsão do bolo alimentar... Existem 3 tipos específicos de tecido muscular no corpo: estriado e liso. Sendo que o estriado é subdividido em estriado esquelético e cardíaco. O tecido muscular é um tecido constituído por células e matriz (não é um tecido conjuntivo...) No tecido muscular há uma matriz menos abundante se comparado ao conjuntivo, mas temos muuuito mais células. As células do tecido muscular são tão especializadas e longas que são chamadas de FIBRAS MUSCULARES e são especializadas na CONTRAÇÃO. Obs:embora usemos o termo fibra muscular, não podemos achar que são parecidas com fibra de colágeno (fibras de colágeno são proteínas que se associam formando estruturas maiores, MAS não são estruturas vivas, são proteínas que se organizam no meio etracelular). As fibras musculares são estruturas vivas, com metabolismo próprio, capacidade de síntese e de reagir ao meio. As fibras musculares apresentam estruturas intracelulares que fazem com que ela seja especializada na contração muscular. A fibra muscular é tão específica e especializada (diferenciada) para contração que algumas partes da fibra recebem nomes específicos para determinar a célula em questão. Por exemplo: A membrana plasmática da célula muscular = SARCOLEMA. O citosol = SARCOPLASMA. O retículo endoplasmático Liso = RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO. Mitocôndrias = SARCOSSOMAS. A imagem acima mostra os 3 tipos de tecido muscular que temos. O músculo esquelético e o cardíaco apresentam estriações transversais – parece uma sequência de risquinhos, estrias-. O músculo liso recebe esse nome porque não tem estriação. O músculo esquelético e o cardíaco, por apresentarem estriações, terão uma organização celular semelhante que vai refletir na forma das estrias. Músculo liso não vai apresentar essa organização e por isso não apresenta estrias. •Na imagem, dá para perceber que o músculo estriado esquelético apresenta fibras musculares organizadas paralelamente. Dá para ver que cada fibra tem vários núcleos e estrias transversais. Também dá pra perceber um pouquinho de tecido conjuntivo separando cada fibra muscular. •O músculo estriado cardíaco as fibras não se organizam paralelamente igual o músculo estriado esquelético. Como pode ser reparado na imagem, as fibras se ramificam e o processo de intensa ramificação que ocorre nas fibras não permite organização paralela entre as fibras. Essas células apresentam um núcleo um pouco maior, com organização diferente, parece que há uma estrutura esbranquiçada no núcleo, que é glicogênio, típico de musculo estriado cardíaco. Dá para ver, além das estriações uns “risquinhos” que são chamados de discos intercalares, que são característicos do músculo cardíaco. •O músculo liso dá para perceber os núcleos fusiformes (que acompanham o formado da célula). As células musculares lisas são mais fusiformes e apresentam núcleo mais central e não apresentam estriações. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO O músculo estriado esquelético, como pode-se observar na imagem de MO ao lado, dá para ver claramente as estrias do músculo, que se apresenta como essas “faixinhas” ao perpendicular à fibra muscular. Na imagem dá para perceber que o padrão de estriação (faixa escura e clara) se repetem. O músculo é chamado de esquelético, pois está associado ao esqueleto (osso) e as contrações dessas fibras musculares está relacionada com a movimentação do nosso corpo. Na imagem também dá para reparar a posição do núcleo, que está posicionado de forma mais periférica na fibra muscular. A fibra muscular é longitudinal, apresenta estriações, apresenta multinucleos localizados na periferia da célula. O músculo estriado esquelético é formado através de precursores celulares, chamados de mioblastos. Os mioblastos são derivados mesodérmicos → Assim como o tecido conjuntivo é derivado mesodérmico, o tecido muscular também é um derivado MESODERMICO. A Origem embriológica vem do MESODERMA LATERAL SOMÁTICO. No Mesoderma lateral somático há células precursoras chamadas de mioblastos. Os mioblastos vão se fundir formando miotubos, dando origem a células multinucleadas. Os miotubos vão se diferenciar e sintetizar proteínas filamentosas relacionadas com o processo de contração (ex: actina e miosina) e vão começar a organizar as proteínas filamentosas de maneira adequada para que a contração muscular ocorra de forma satisfatório. Mioblastos se fundem formando miotubos → miotubos especializam na síntese de miofilamentos → se alongam → forma a fibra muscular → célula bem longa, multinucleada, que refletem a organização das proteínas filamentosas (miofilamentos) relacionadas a contração muscular. Algumas células do mioblasto permanecem num estado mais indiferenciado e formam células chamadas de CÉLULAS SATÉLITE. As céulas SATÉLITES se organizam de modo PERIFERICO e sob estímulos específicos, elas podem se fundir com fibras musculares adjacentes para gerar hipertrofia, ou podem se dividir e formar novas células ou fibras musculares para dar hiperplasia ao tecido. Na imagem dá para ver os 2 planos de corte. Quando eu corto no longitudinal dá pra ver as estriações, a presença dos núcleos periféricos (setinhas brancas) que são pavimentosos e dá pra observar o formado longitudinal. (São multinucleadas). No corte transversal dá pra ver os núcleos periféricos também e cada célula muscular individualizada. Em cortes transversais não é possível observar o padrão de estriação observada no corte longitudinal, devido a forma como as fibras se organizam só é possível ver num corte longitudinal. Entretanto, é possível ver um aspecto granular... Características Histológicas Feixes de células muito longas (até 30cm), que se organizam de forma paralela. Apresentam formato cilíndrico (de 10 a 100micrometros). São multinucleadas, com núcleo periférico, sempre próximo ao sarcolema (mp do musculo esquelético). A maior parte do citoplasma é preenchido por filamentos proteicos, relacionados com a contração que são chamados de MIOFIBRILAS. Miofibrilas = filamentos proteicos associados ao processo de contração muscular. A característica mais evidente do músculo estriado esquelético são as estriações transversais. O tecido muscular além de ter as fibras musculares... as fibras se associam a tecidos conjuntivos pra formar o tecido como um todo. O músculo tem mais externamente, mantendo todas as fibras musculares: um tecido conjuntivo denso chamado de EPIMISIO – tecido conjuntivo denso não modelado que envolve o músculo todo- ele fica abaixo da fáscia e envolve o musc como um todo. Há um tecido conjuntivo mais frouxo, chamado de PERIMÍSIO que separa as fibras musculares em feixes ou fascículos. Cada uma das fibras musculares é envolvida por um tecido bem delicado, formado por lamina basal + fibras reticulares (colágeno tipo III), chamada de ENDOMÍSIO. OBS: não existe uma separação física entre epimísio, perimísio e endomisio. Eles são uma continuidade que vão se simplificando, ficando mais delicados de acordo com a proximidade da fibra muscular. O epismisio é considerado o principal suprimento vasculonervoso do músculo, que é por onde penetram vasos e nervos que vão inervar e vascularizar o músculo. O primeiro lugar onde entram os vasos e nervos (que vão se ramificar depois é o epimísio). O endomisio possui fibras reticulares, lâmina basal de cada célula e vasos sanguíneos de pequeno calibre e ramos neuraisfinos. Os elementos de tecido conjuntivo são interconectados. Os elementos do tecido conjuntivo são conectados e isso é importante, pois: •Promove a manutenção das fibras musculares unidas → fibras permanecem unidas devido a presença desse material de tecido conjuntivo •Isso permite que a contração individual das células musculares resulte na contração do tecido como um todo. Tecido conjuntivo é continuo com tendões e aponeuroses O epimísio é continuo com tecido conjuntivo denso e modelado de tendões que inserem o músculo no osso → isso é importante, pois a continuidade do tecido conjuntivo com tendões que inserem esse tecido no osso é importante para transmissão de força de contração, formando o sistema de alavancas. Como identificar um músculo estriado esquelético??? • Todos os núcleos têm localização periférica •Todas as fibras têm mais de um núcleo – multinucleadas •No sarcoplasma há um padrão de granulação (pontinhos) no corte transversal. No corte longitudinal dá pra ver as faixas de estriação. Obs: no tendão da pra observar a continuação do epimísio em continuidade com o tendão. O tendão vai inserir o músculo no osso. Obs: o tecido muscular esquelético é altamente vascularizado, com uma rede de capilar contínuo (sem fenestração), sem poros ou aberturas na sua parede. Também há vasos linfáticos e nervos. As estriações transversais são características de musculo estriado (tanto esquelético, quanto cardíaco). As estriações transversais representam a organização das proteínas contrateis no citoplasma de cada uma das fibras musculares. O sarcoplasma da fibra muscular é quase 100% composto de miofibrilas – que são proteínas que se organizam em unidades repetitivas- relacionadas a contração muscular. As estriações transversais apresentam alternância de faixas claras e escuras – observadas em corte longitudinal. Isso é resultado da organização paralela das miofibrilas no citoplasma dessas células. Dentro das fibra muscular, tem as miofibrilas representadas na imagem ao lado. Miofibrila = proteínas relacionadas com a contração. Em laranja é o mp da célula muscular. No sarcoplasma há vários arranjos de miofiobrilas. Em roxo ta a miofibrila. As miofibrilas acompanham as formas longitudinais e é formada por proteínas relacionadas a contração muscular. Essas proteínas se arranjam a formar porção mais escura e uma porção mais clara... alternando..... Essa organização em faixas escuras e claras de cada miofibrila (somando as várias miofibrilas) dará o padrão de estriação. AS ESTRIAÇÕES CARACTERÍSTICAS DO MÚSCULO ESQUELÉTICO VÊM DOS ARRANJOS LONGITUDINAIS E PARALELAS DE MIOFIBRILAS NO SARCOPLASMA DA FIBRA MUSCULAR. OBS: 80% do sarcoplasma é ocupado por miofibrilas (proteínas envolvidas na contração muscular). Obs: é assim que é possível ver as estriações com banda clara x banca escura alternando.... =D A região mais escura representada na foto é chamada de BANDA A ou ansiotrópica. As faixas mais claras são chamadas de BANDA I ou isotrópica (luz passa mais fácil). No centro da banda A tem uma região mais clara, essa região mais clara é chamada de BANDA H. A banda H tem uma linha eletrondensa no meinho chamado de linha M. No meio da banda I é possível ver uma linha mais eletrondensa chamada de LINHA Z que divide a banda I em duas semibandas. O sarcômero é formado por uma banda A e duas semibandas I As duas linhas Z determinam os sarcômeros. NAS MIOFRIBRILAS TEMOS VÁRIOS SARCOMEROS ORGANIZADOS LONGITUDINALMENTE E AS REPETIÇÕES DAS UNIDADES DE SARCOMEROS DÃO O PADRÃO DE ESTRIAÇÃO DAS FIBRAS MUSCULARES. Fibras musculares estriadas só são estriadas devido a repetição de padrão de sarcômeros! De uma linha z até outra linha z = há um sarcômero. Todas as miofibrilas organizadas paralelamente que permite a visualização de banda escura e banda clara. O padrão de banda escura e banca clara que dá o padrão do músculo estriado. Repetição de sarcômero e tal das fibras se organizando de modo paralelo e bla bla bla.... A banda I é formada exclusivamente por filamentos finos. Na banda A tem presença de filamentos finos e filamentos grossos. Na banda H há exclusivamente filamentos grossos. Na linha M há somente filamentos grossos associados a proteínas estabilizadoras – proteínas que interligam os filamentos → por isso fica mais eletrondenso a região =D. Filamentos Finos: compostos de ACTINA, TROPOMIOSINA E TROPONINA – espessura de 7nm a 1micrometro de comprimento Filamentos Grossos: Compostos de Miosina II. Com 15nm de diâmetro e 1,5micrometro de comprimento. MIOFRIBILAS Filamentos finos: o componente principal do filamento fino é a ACTINA. Essa actina é associada a proteína tropomiosina e troponina. A associação dessas 3 proteínas é essencial para o controle da contração muscular. Filamentos Grossos: é composto principalmente de miosina do tipo II. Lembrar que miosina é a proteína motora que se associa a filamentos de actina para realização de movimentação. Nesse caso a movimentação é a contração muscular. Obs: As proteínas motoras devem ser capaz de reconhecer um filamento polarizado, no caso a actina, tem que ser capaz de clivar o ATP liberando energia para usar a energia liberada no processo de movimentação, no caso contração muscular. FILAMENTO DE ACTINA Os filamentos de actina são polímeros longos, formado pela polimerazação de actina globular (actina G). Várias proteínas globulares se associam formando 2 protofilamentos que formam uma estrutura em dupla hélice que é a actina F (actina filamentosa). CADA ACTINA POSSUI EM CADA ACTINA GLOBULAR UM SÍTIO ATIVO PARA LIGAÇÃO PARA CABEÇA DA MIOSINA II. →A actina consegue interagir com a miosina por causa desse sítio de ativação para ligação da miosina. O filamento de actina, tem uma extremidade + e uma extremidade -. A extremidade “+” fica ancorada na linha Z. A extremidade “-“ fica voltada para o centro do sarcômero (banda A). TROPOMIOSINA A tropomiosina é uma molécula longa, bem fina. É formada por duas cadeias polipepetidicas (dímero) enroladas, que se localizam entre os sulcos da dupla hélice da actina. ELA RECOBRE OS SÍTIOS ATIVOS DE ACTINA. Ela impede de actina interaja com a miosina → enquanto a tropomiosina está recobrindo o sítio de ligação da actina com a miosina a contração muscular não acontece! TROPONINA A troponina é um complexo de três subunidades: TnT, TnC e TnI. •TnT = liga-se a tropomiosina •TnC = liga-se ao cálcio •TnI: Cobre sitio ativo de actina (auxilia a “esconder” o sítio ativo de actina). Filamento Fino Em amarelo está a actina F (filamentosa). A tropomiosina está recobrindo os sítios ativos da actina. A subunidade F da troponina está ancorada na tropomiosina. A subunidade C se ligará ao cálcio. A subunidade I (i de inibitória) vai auxiliar a “tampar” o sítio ativo de actina. Filamento Grosso O filamento grosso é formado por moléculas de miosina II. Tem um formato de bastão (taco de golf – bastão com cabeça gordinha). É formado por duas cadeias polipeptídica em formato de hélice e tem na extremidade N terminal uma cabeça globular. Na região globular se associa 2 pares de cadeias leve. São duas cadeias pesadas que formam o bastão se organizando em alfa hélice. Na região n-terminal se associando as cadeias pesadas tem 2 pares de cadeia leves que se associam formando a miosina II. A miosina II é uma molécula motora. Ela tem um sítio de ligação com a actina e um sítio de ligação com ATP (tem atividade ATPAse). Obs: cada filamento grosso é formado pela união de 200-300 moléculas de miosina II. No filamento grosso, as caudas são voltadas para o centro da banda A (reigão da banda H). As cabeças ficam voltadas para a linha Z. O filamento fino é formado por actina, tropomiosina e troponina (com 3 subunidades uma na tropomiosina,uma no cálcio e outra recobrindo o sitio ativo da actina). O filamento fino se ancora na linha Z e dirige até a banda H. Obs: as proteínas escritas na foto de cima fazem a estabilização do sarcômero para que ele não se desmanche.... →OS FILAMENTOS GROSSOS NÃO SE ESTENDEM POR TODO O SARCOMERO. →OS FILAMENTOS FINOS SE PROJETAM A PARTIR DA LINHA Z E NÃO AITNGEM A REGIÃO MEDIAL DO SARCOMERO (BANDA H) COMO AS MIOFRIBILAS SE MANTÉM ORGANIZADAS PARALELAS??? Existem diversas proteínas que fazem amarração das miofibrilas dentro da fibra muscular para que elas se mantenham em organização paralela. Por ex: desmina, vimentina (proteínas do citoesqueleto – filamentos intermediários) auxiliam nesse processo.... Há várias prot que encoram elas no sarcolema. PROTEÍNA DISTROFINA → através da actina ela mantém os miofilamentos organizados e ancorados no sarcolema (mp da fibra muscular). Quando a distrofina sofre alteração → prejudica muito a organização de miofibrila → PODE LEVAR A DOENÇA DE DISTROFIA MUSCULAR → FIBRAS PERDEM SUA ORGANIZAÇÃO E PERDEM SUA CAPACIDADE DE SE CONTRAIR COMO UMA UNIDADE. MECANISMO DE CONTRAÇÃO Teoria do deslizamento dos miofilamentos: durante a contração muscular, as linhas z se aproximam quando os filamentos finos deslizam sobre os filamentos grossos. Na contração haverá uma área de sobreposição entre filamentos finos e grossos maior. No repouso: A actina tem seu sítio de ligação para miosina recoberto pela tropomiosina com associação da troponina I. A miosina durante o repouso cliva a molécula de ATP em ADP+PI, mas não libera essa molécula (ainda não utiliza a energia dessa molécula). Quando não há cálcio, o COMPELXO troponina-tropomiosina faz a repressão do local de ligação da actina-miosina, deixando o músculo em repouso. → os filamentos não conseguem interagir uns com os outros. Na contração: O impulso nervoso vai ocasionar a liberação intracelular de cálcio, por meio do reticulo sarcoplasmático (REL das cels musculares). O cálcio vai se ligar a troponinaC. Quando ocorre essa ligação, haverá mudanças conformacionais no complexo troponina-tropomiosina, levando a exposição do sítio ativo de actina. A interação da actina com a miosina II → resulta na liberação do ADP e PI que estavam na molécula de miosina. E a miosina usa essa energia liberada para realizar um movimento de dobradura, arrastando a actina junto com ela. (a energia liberada do adp+pi promove a mudança conformacional na cabeça da miosina que vai arrastar a actina junto com o movimento de dobradura da cabeça da miosina). Para que a miosina se desligue da actina, ela precisa se ligar novamente a molécula de ATP. Volta pra sua conformação normal. Como tem Ca++ no meio intracelular, ela vai se ligar novamente a uma outra porção da cadeia de actina. Enquanto tiver ATP para se ligar com a miosina e íons de cálcio haverá a contração muscular. A contração muscular só para se: • Remoção de cálcio intracelular → mecanismo ativo de remoção de íons de ca++ para ser armazenado no reticulo sarcoplasmático • Disponibilidade de ATP SE, houver remoção de cálcio e ainda houver ATP, a actina vai se desligar a miosina e a miosina ficará na sua conformacional natural. Rigor mortis: músculos do nosso corpo fica numa posição rígida após a morte, devido a falta de ATP os músculos permanecem de modo irregicido (não é produzido mais ATP para desfazer a ligação). RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO É uma rede de cisternas do retículo endoplasmático liso, especializado em armazenar e regular o fluxo de cálcio no sarcoplasma. Quem libera o cálcio? O cálcio é liberado após o estímulo nervoso ocasionar a despolarização das membranas do retículo sarcoplasmático que armazena cálcio. Quando essa membrana é despolarizada ele abre os canais de cálcio voltagem dependente e libera íons de cálcio no sarcoplasma da célula muscular. No retículo sarcoplasmático há uma dilatação em sua estrutura chamada de cisterna. No retículo sarcoplasmático há umas invaginações que são importantes no processo da liberação dos íons de ca++. A despolarização da membrana do retículo sarcoplasmático faz com que o canal de cálcio se abre a libera cálcio no citoplasma da célula muscular. → ESSE PROCESSO É PASSIVO Quando há repolarização da membrana e a membrana volta pra sua polaridade normal. Os canais de cálcio se fecham e precisam retornar para o interior do retículo sarcoplasmático. Na membrana do retículo sarcoplasmático há uma proteína CALSEQUESTRINA que vai sequestrar o cálcio do citoplasma para dentro do retículo sarcoplasmático. → OCORRE POR MEIO DE UM PROCESSO ATIVO!!!!!! A invaginação que tem na membrana da célula muscular é chamada de TUBULO T!!!! TÚBULOS TRANSVERSOS (TUBULOS T) São característicos da células musculares estriadas. São longas invaginação em formato de túbulo que envolve as miofibrilas em regiões específicas na banda A e na banda I de cada miofibrila. Essas invaginações estão associadas a expansão/cisternas do retículo sarcoplasmático.... =D Entre a Banda A e a banda I há os túbulos T passando..... Associado do lado esquerdo/direito do túbulo T há projeções do retículo sarcoplasmático. A despolarização da membrana percorre o túbulo T e facilitando a despolarização da membrana do retículo sarcoplasmático. A associação do túbulo T com as projeções bilaterais do retículo sarcoplasmático é chamado de TRÍADE. Tríade = túbulo T associado dos dois lados pelas cisternas do retículo sarcoplasmático. PQ é importante a tríade e o túbulo T associado as projeções bilaterais do retículo sarcoplasmático??? → LEVA A DESPOLARIZAÇÃO ATÉ AS REGIÕES MAIS INTERNAS DA FIBRA MÚSCULAR, FAZENDO COM QUE O RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO SEJAM DISPARADOS AO MESMO TEMPO QUE OS DA REGIÕES MAIS PERIFÉRICAS DA CÉLULA. TODAS AS MIOFIBRILAS CONSEGUEM TER UMA CONTRAÇÃO SIMULTANEA → A FIBRA COMO UM TODO CONTRAI DE MODO SIMULTANEO. Lembrando que o túbulo T se localiza entre banda A e banda I. Cada sarcômero tem 2 tríades → 2 túbulos T. INVERVAÇÃO Sarcolema é a membrana plasmática da fibra muscular → ela é diferenciada e especializada Terminal axonêmico do nervo motor. A associação dessas 2 paradinhas (sarcomela e terminal axonemico do nervo motor) vão formar a placa motora/junção neuromuscular/junção mioneural A junção neuromuscular envolve: Terminal axônico do nervo motor sobre uma área de depressão na superfície da fibra muscular. Na fenda sináptica é onde será liberado o neurotransmissor. Na junção neuromuscular a acetilcolina será liberada na fenda sináptica. Na membrana do sarcolema tem receptores para a acetilcolina que vai realizar um processo de despolarização de membrana.... que vai atingir regiões mais internas da célula devido a presença dos túbulos T e faz com que as membranas do retículo sarcoplasmático sejam ativadas e o cálcio seja liberado no meio extracelular. Algumas condições podem “atrapalhar o processo de impulso nervoso”: A toxina butolínica pode impedir a liberação de acetilcolina ao se ligar na fenda pré-sináptica. A ligação do curare ao receptor de acetilcolina impede a ligação da acetilcolina e conduz a paralisia. A ligação do anticorpo ao receptor de acetilcolina provoca a miastenia gravis -> doença auto-imune. (fadiga na prática de exercício) → ptose palpebral característica. UNIDADE MOTORA É a fibra nervosa e as fibras musculares que ele inerva. Como pode ocorrer variação na força de contração muscular? Isso está proporcionalmente relacionado ao número de unidades motoras que são recrutadas e o tamanho das unidades motoras. >>QUANTO MAIOR O NÚMERO DE UNIDADES MOTORAS E QUANTO MAIORES OS NÚMEROS DE FIBRAS MUSCULARES RECRUTADAS POR UNIDADE MOTORA MAIOR A FORÇA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR. >>A DELICADEZA DE MOVIMENTO ESTÁ RELACIONADA COM O TAMANHO DA UNIDADE MOTORA. TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES INVERVAÇÃO SENSORIAL Existem 2 elementospresentes no músculo estriado esquelético. Fusos neuromusculares → está inserido nas fibras musculares e são considerados PROPIOCEPTORES que captam as modificações no comprimento do músculo → eles percebem se o músculo está contraído ou relaxado. Fibras Intrafusiais (são fibras musculares modificadas) + Cápsula de tecido conjuntivo → formam os fusos neuromusculares propioceptores. Essas fibras modificadas possuem neurônios eferentes e aferentes. → esse controle é feito de modo meio involuntário na coordenação do movimento e tal.... ÓRGÃOS TENDINOSOS DE GOLGI Nos tendões, próximos à inserção muscular há faixas de fibras colágenas encapsulasdas, chamadas de órgãos tendinosos de golgi. (são inervados por fibras aferentes) Os órgãos tendinosos de golgi são capazes de perceber diferença de tensão muscular. Auxiliam no controle e precisão da força. A imagem ao lado mostra os 2 tipos de inervações sensoriais no tecido muscular: O FUSO NEUROMUSCULAR E O ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI. REGENERAÇÃO Músculo esquelético, possui células SETÉLITES e, portanto, são passíveis de regeneração. Os mioblastos na forma de células satélites podem se proliferar fazendo hiperplasia ou se fundir a fibras já existentes aumentando a hipertrofia. Hipertrofia → consiste no aumento do número de miofibrilas →provoca aumento no tamanho da fibra muscular. Músculo Estriado Cardíaco Tem organização repetida de sarcômeros em miofibrilas → por isso é estriado também. Tem um ou dois núcleos por célula cardíaca. Possui bastante estriações e apresentam os discos intercalares que permitem a comunicação entre as células cardíacas. •O músculo estriado cardiáco tem contração involuntária → Está presente principalmente no coração e nas porções proximais das veias pulmonares para o bombeamento de sangue. •Origem embriológica: mesoderma cardiogênica (localizado na região mais cranial do embrião na mesoderma lateral esplâncnico). Suas fibras têm até 2 núcleos por fibra. Tem discos intercalares entre a interfase das fibras. E é cheio de estriações. •As células são alongadas e ramificadas. •As células do tecido cardíaco são chamadas de CARDIOMIÓCITOS. Elas apresentam sistema condutor (tem células do coração que se especializam em produzir e transmitir os impulsos nervosos). Obs: será visto na bb3. •Apresentam estriações transversais (não é músculo liso, única similaridade é na contração involuntária). •Apresentam um ou 2 núcleos por célula. Cardiomiócitos mais jovem = 1 núcleo, mais velho = 2 núcleos. •Os núcleos ficam localizados centralmente (diferente do núcleo das fibras estriadas que se apresentam na periferia) •Tem presença de discos intercalares entre fibras vizinhas. Fibras cardíacas são circundadas por uma delicada bainha de tecido conjuntivo, equivalente ao endomisio do músculo esquelético, que contém abundante rede de capilares. É muito comum observar acúmulo de glicogênio ao redor do núcleo das células da musculatura cardíaca. Discos intercalares são complexos juncionais que aparecem na interface de células musculares adjacentes. Na histologia ele vai aparecer como linhas retas ou aspecto em escada. Ele é formado por: A)Zônulas de adesão → Serve para ancoragem dos filamentos de actina dos sarcômeros terminais B) Desmossomos → fará a união da células das células cardíacas que ficam em constante movimento de contração/relaxamento. C)Junções comunicantes → Permitem a passagem de íons entre as células → faz com que o coração funcione como um sicício → sincício = uma massa única que contrai simultaneamente. Na imagem ao lado de microscopia eletrônica, as regiões mais eletron-densas representam os discos intercalares. Os discos intercalares vão fazer adesão entre as células e também vão permitir a passagem de íons entre as células do músculo estriado cardíaco. Obs: O músculo estriado cardíaco tem 40-50% do seu volume citoplasmático preenchido por mitocôndrias. Obs: O músculo estriado cardíaco tem ramificações que o músculo estriado esquelético não tem. Obs: músculo cardíaco tem um ou 2 núcleos centrais que o músculo estriado esquelético não tem. Obs: o músculo estriado cardíaco tem discos intercalares que o músculo estriado esquelétco não tem. Outra diferença entre o músculo estriado cardíaco e o esquelético é a presença de DÍADES. DÍADES o túbulo T está associado somente a uma expansão do reticulo sarcoplasmático (apenas a uma cisterna, formando assim a DÍADE). Díade → fica na altura da linha Z. • Há uma díade por cada sarcômero → ela fica na linha Z. Os tubulos T são mais calibrosos no coração.... O CORAÇÃO USA FONTES DE CÁLCIO EXTRACELULAR PARA AUXILIAR NO PROCESSO DE CONTRAÇÃO. Atividade secretora das células cardíacas Algumas células do tecido muscular cardíaco sofrem especializações e deixam de ser especializadas em contração e passam a ser especializadas em outra coisa. Ex: existem células cardíacas que perdem miofilamentos e adiquirem outras estruturas que vão caracterizá-las como células geradoras e condutoras de impulso elétrico. Ex2: existem outras células como por ex. célula cardíaca atrial (D) que se especializam e perdem a capacidade de contração e adquirem a capacidade de secretar substância. Célula cardíaca atrial (D) tem grânulos de secreção recobertos por membrana → secretam o PEPTIDEO NATRIURÉTICO ATRIAL → que estimulam a natriurese (liberação de sódio na urina) e diurese (aumento do volume urinário) → assim controlam a pressão arterial. Regeneração O músculo cardíaco NÃO TEM CÉLULAS SATÉLITES e, portanto, ele não se regenera. Uma lesão muito extensa do tecido cardíaco é substituída por TECIDO FIBROSO (colágeno tipo I) que não tem capacidade de contração. O dano no coração, as vezes é tão intenso, que atrapalha de forma muito grave o processo de contração muscular. MÚSCULO LISO •Está presente na parede de vasos sanguíneos, nas vísceras e na derme profunda. •Ele realiza CONTRAÇÃO INVOLUNTÁRIA. •A origem embrionária dele é a mesoderma lateral esplâncnico e somático. ➔ Na imagem é possível ver que o núcleo é mais fusiforme e citoplasma sem estriações. ➔ O núcleo está localizado no centro da fibra músculos ➔ Não tem padrão de granulação no citoplasma da célula (quando analisada no corte transversal). → citoplasma se torna mais homogêneo em cortes transversais. O tecido muscular liso é feito pela associação de células fusiformes longas, com núcleo único e central com ABUDANTE JUNÇÕES COMUNICANTES e são envolvidas por uma lâmina basal. • As células musculares lisas são revestidas por lâmina basal e vão ser mantidas unidas por uma delicada rede de fibras reticulares → consequência disso: CONTRAÇÃO SIMULTANEA DE ALGUMAS CÉLULAS → CONTRAÇÃO DO MUSC LISO COMO UM TODO. COMO OCORRE A CONTRAÇÃO MUSCULAR COM AUSÊNCIA DE SARCOMEROS??? O músculo liso tem outro mecanismo de contração. No sarcoplasma do músculo liso tem → filamentos de actina que são estabilizados com tropomiosina (correspondente aos filamentos finos e tal....) •Há ausência de Sarcômeros e troponina. •A maior parte do cálcio responsável pela contração do músculo liso VEM DO MEIO EXTRACELULAR, a partir de invaginações da membrana plasmática que formam CALVEOLAS que armazenam o cálcio. → mas tem um reticulo sarcoplasmático tb, mas não é o protagonista da parada... A miosina do tipo II (equivalente aos filamentos grossos e tal) encontra num estado enrodilhada. Quando a miosina está enrodilhada o sítio de ligação dela para a actina está recoberto. Ela precisa receber a adição de um fosfato para que ela se desenrole e exponha o sítio de ligação da actina para realizar o movimento. Quando a quinase da miosina de cadeia leva está ativada, ela usa a energia para fosforilar a miosina do tipo 2 que se desenrola e expõe seu sítio ativo para ligação com actina. 1.O impulso nervoso promove a abertura dos canaisde cálcio. 2.O cálcio entra na célula e faz um complexo de cálcio-calmodulina. 3.O complexo cálcio calmodulina vai se ligar a calmodesmona → Esse complexo vai liberar o sítio ativo da actina e ativação da quinase da miosina de cadeia leve. 4.Com a quinase ativa haverá fosforilação da miosina II que estava enrodilhada (com gasto de atp). 5.A miosina fosforilada vai desenrolar e expor seu sítio ativo. 6.Haverá interação entre actina e miosina. Obs: única coisa em comum com a contração dos sarcômeros é a ligação entre actina e miosina, mas as coisinhas aconteceram de modo muito diferente no músculo liso. O cálcio desencadeando o processo é semelhante tb. CORPOS DENSOS Os corpos densos são regiões que possuem proteínas específicas (alfa actinina por ex) que fazem uma amarração da actina e da miosina com membrana da célula. Quando a actina e miosina deslizam, os corpos densos puxam a membrana da célula causando a contração muscular. Obs: o núcleo fica parecendo um saca-rolhas quando a célula fica contraída... REGENERAÇÃO O tecido muscular liso apresenta uma regeneração muito eficiente. Após lesão as células lisas sofrem mitose e substituem as células remanescentes. RESUMO Resumão
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