Buscar

funcionamento e descrição de como ocorre a formação do complexo de ataque a membrana

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

2
As 3 vias de ativação do complemento: funcionamento e descrição de como ocorre a formação do complexo de ataque a membrana.
	O sistema complemento no organismo é constituído de 18 proteínas, que funcionam de uma forma ordenada e integrada para defendê-lo contra infecções e produzir quadros de inflamação. Algumas proteínas do sistema complemento são produzidas no fígado, células fagocíticas e macrófagos. O sistema complemento é fundamental nas defesas do hospedeiro e entre suas principais funções têm-se a indução e liberação de mediadores inflamatórios, opsonização, promoção de fagocitose e lise bacteriana. Há 3 vias de ativação do complemento são: Clássico, Lectinas e Alternativa. Como pode-se observar na figura 01, as 3 vias de ativação convergem para uma via comum quando a C3 converta-se cliva o componente C3 em C3a e C3b. Ac = anticorpo; Ag = antígeno; C1-INH = inibidor de C1; MAC = complexo de ataque à membrana; MASP = protease serina associada a MBL; MBL = lectina ligante de manose. A barra superior indica a ativação.
Fonte: https://www.msdmanuals.com, 2020.
a) A ativação da via clássica: dependente de anticorpos, ocorrendo quando C1 interage com complexos antígeno-IgM ou agregados antígeno-IgG.
Independente de anticorpos, ocorrendo quando poliânions (por exemplo, heparina, protamina, DNA e RNA das células apoptóticas), bactérias Gram-negativas ou proteína C reativa reagem diretamente com C1. Essa via é regulada pelo inibidor de C1 (C1-INH).  A angioedema hereditário é decorrente de uma deficiência genética de C1-INH.
b) A ativação da via das lectinas: é independente dos anticorpos; ocorre quando a MBL, uma proteína sérica, se liga a grupos de manose, frutose ou N-acetilglicosamina na parede celular bacteriana, na parede de leveduras ou nos vírus. Essa via, por outro lado, lembra estrutural e funcionalmente a via clássica.
c) A ativação da via alternativa: acontece quando componentes da superfície celular de microrganismos (por exemplo, paredes celulares de leveduras, lipopolissacarídeo bacteriano [endotoxina]) ou até Ig (por exemplo, fator nefrótico e IgA agregada) quebram pequenas quantidades do componente C3. Essa via é regulada por properdina, fator H e fator acelerador de degradação (CD55).
As 3 vias de ativação convergem para uma via comum final quando a C3 convertase cliva C3 em C3a e C3b. A clivagem de C3 pode resultar na formação de MAC, o componente citotóxico do sistema complemento. O MAC causa lise de células estranhas. O fator I, com cofatores incluindo a proteína cofator de membrana (CD46), inativa o C3b e o C4b.
	Os componentes da via clássica costumam ser rotulados com um C e um número (p. ex., C1, C3), com base na ordem em que essas proteínas foram identificadas. Já na via alternativa, os componentes são geralmente classificados por letras (por exemplo, fator B, fator D) ou por nome (por exemplo, properdina).
· Deficiências e defeitos do complemento
As deficiências ou defeitos de componentes específicos do complemento foram associados a distúrbios específicos como:
- Deficiência de C1, C2, C3, MBL, MASP-2, fator H, fator I ou receptor de complemento 2 (CR2): sensibilidade a infecção bacteriana recorrente.
- Deficiência de C5, C9, fator B, fator D ou properdina: sensibilidade a infecção por Neisseria. 
- Defeitos em C1, C4 e C5: lúpus eritematoso sistêmico. 
- Defeitos em CR2: imunodeficiência comum variável. 
- Defeitos em CR3: deficiência de adesão dos leucócitos tipo 1.
- Mutações nos genes do fator B, fator H, fator I, proteína cofator de membrana (CD46) ou C3: variante atípica da síndrome hemolítica urêmica. 
· Atividades biológicas do complemento
Os componentes do complemento têm outras funções imunomediadas pelos CR presentes em várias células.
- CR1 (CD35) estimula a fagocitose e ajuda na eliminação de imunocomplexos.
- CR2 (CD21) regula a produção de anticorpos pela célula B e serve como receptor do vírus Epstein-Barr.
- CR3 (CD11b/CD18), CR4 (CD11c/CD18) e o receptor para C1q possuem papel importante na fagocitose.
- C3a, C5a e C4a (fracamente) tem atividade anafilatoxina: causam a desgranulação dos mastócitos, aumentando assim a permeabilidade vascular e a contração da musculatura lisa.
- C3b atua como uma opsonina codificando microrganismos e, portanto aumentando sua fagocitose.
- C3d aumenta a produção de anticorpos pelas células B.
- C5a regula as atividades dos neutrófilos e monócitos podendo causar maior aderência das células, desgranulação e liberação das enzimas intracelulares dos granulócitos, pro- dução de metabólitos tóxicos derivados do oxigênio e iniciar outros eventos metabóli-cos celulares.

Continue navegando