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Aula 06 -sistema-penal-e-reproducao-da-realidade-social

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CRIMINOLOGIA
Sistema Penal e Reprodução da Realidade Social
Livro Eletrônico
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CRIMINOLOGIA
Sistema Penal e Reprodução da Realidade Social
Prof.ª Mariana Barreiras
SUMÁRIO
V – Sistema Penal e Reprodução da Realidade Social .......................................3
Controle Social e Labelling Approach .............................................................3
Delinquência Primária e Secundária ..............................................................7
Criminalização Primária, Secundária e Terciária...............................................8
Prevenção Primária, Secundária e Terciária ....................................................8
Prevenção Primária .....................................................................................8
Prevenção Secundária .................................................................................9
Prevenção Terciária ...................................................................................11
O Sistema Escolar e o Sistema Penal ...........................................................12
Resumo ...................................................................................................18
Questões de Concurso ...............................................................................20
Gabarito ..................................................................................................27
Gabarito Comentado .................................................................................28
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Sistema Penal e Reprodução da Realidade Social
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V – SISTEMA PENAL E REPRODUÇÃO DA REALIDADE SOCIAL
Olá, tudo bem?
Hoje vamos avançar para mais um item específico do teu edital. Essa aula vai 
ser bastante baseada no livro do Alessandro Baratta, Criminologia crítica e crítica 
do direito penal. Afinal, ele é um dos livros recomendados pela banca e tem um 
capítulo exatamente com esse nome. A parte boa é que essa á uma aula relativa-
mente fácil. Vamos começar?
Para que a gente possa começar essa aula, vou precisar retomar algumas ideias, 
especificamente relacionadas com o labelling approach e o determinante papel que 
essa escola teve ao inserir as instâncias de controle social no rol de objetos da cri-
minologia.
Controle Social e Labelling Approach
Lembra quais são os objetos de estudo da criminologia? Crime, criminoso, víti-
ma e controle social. Franco Garelli, no Dicionário de Política de Norberto Bobbio, 
define controle social como
O conjunto de meios de intervenção, quer positivos, quer negativos, acionados por cada 
sociedade ou grupo social a fim de induzir os próprios membros a se conformarem às 
normas que a caracterizam, de impedir e desestimular os comportamentos contrários 
às mencionadas normas1.
Fala-se em controle social, pois, para se referir aos freios que a sociedade apre-
senta aos indivíduos que almejam a prática de alguma conduta antissocial. Existem 
inúmeros critérios para classificar as instâncias de controle social. A dualidade mais 
1 BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. 7.ed. Brasília: UnB, 
1995. p. 283.
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comumente utilizada na criminologia, no entanto, como já citei para você, é aquela 
que separa controle social formal de controle social informal. O critério que diferen-
cia uma categoria da outra é a presença ou ausência de Estado.
Como exemplos de freios sociais informais podem ser citados a família, a vizi-
nhança, o trabalho, a igreja, a opinião pública, os clubes, as associações, os meios 
de comunicação de massa. Já os agentes de controle social formal são a polícia, o 
Poder Judiciário, a administração penitenciária, o sistema penal, etc.
A criminologia deu seus primeiros passos para incluir o controle social entre 
seus objetos de estudo no começo do século XX. Isso se deu com a Escola de Chi-
cago e seu enfoque empírico e transdisciplinar, que se propôs a discutir múltiplos 
aspectos da vida humana, todos relacionados com a vida na cidade. Entre os anos 
1920 e 1930, Robert Ezra Park, Ernest W. Burgess e seus alunos produziram mais 
de 20 obras sobre a ecologia urbana da cidade de Chicago, abordando problemas 
como falta de moradia, desorganização social, guetos, zonas residenciais ricas e 
pobres, distribuição de doentes mentais na cidade, entre outros.
As instâncias de controle social, sobretudo as informais, começaram a ser estu-
dadas como fatores que influenciam a criminalidade de um determinado local. No 
entanto, não foi ainda nessa oportunidade que o controle social se consolidou como 
objeto da criminologia, até mesmo porque o papel das agências de controle social 
formal, como é o caso da polícia, no fenômeno criminoso ainda não era olhado com 
interesse.
Isso viria a ocorrer algumas décadas mais tarde, sobretudo a partir dos anos 
de 1960, nos Estados Unidos, com o labelling approach. Essa teoria, rompendo 
com o ideal consensual de sociedade, propugnava que estudar a realidade social 
implicava estudar os processos de interação individual ocorridos no seio da própria 
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sociedade. Ou seja, não se pode compreender o crime prescindindo da própria re-
ação social ao crime. A desviação, para o labelling, não é uma qualidade intrínseca 
da conduta, mas um atributo que lhe é conferido por meio de complexos processos 
de interação social.
Conforme os teóricos interacionistas, para cada uma das ações desviadas é 
possível encontrar inúmeras ações similares que não são levadas em consideração 
ou que não se apresentam de maneira evidente como desviadas. Diante de cada 
fato, as instituições atuam como filtros, definindo sua natureza. Frente às condutas 
humanas, portanto, as agências formais de controle social atuam como uma gran-
de peneira, a separar quais devem ser etiquetadas como criminosas e quais não 
merecem o rótulo. Quando, por exemplo, a polícia judiciária decide se, uma vez 
tendo conhecimento de um delito, será ou não feita uma investigação, atua como 
um poderoso filtro, uma grande peneira.
Assim, o labelling approach reconhece o caráter constitutivo do controle social 
formal: o crime só existe porque as instâncias de controle social formal o definem 
como tal, constituindo, isto é, criando o delito. O controle social formal é considera-
do instrumento seletivo e discriminatório. Deixa-se de questionar por que um indi-
víduo comete crimes, e passa-se a indagar a razão de certa conduta ser etiquetada 
com o rótulo de desviada. Nesse questionamento, as agências de controle social 
adquirem enorme importância e passam a ser estudadas criteriosamente. Se hoje 
é comum que haja capítulos sobre a polícia, o Ministério Público,as instituições pri-
sionais, o sistema judiciário nos livros e manuais de criminologia, isso, em grande 
parte, se deve ao paradigma inaugurado pelo labelling approach, que tanto valor 
atribuiu aos respectivos papéis na constituição do delito.
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Figueiredo Dias, por exemplo, afirma que a polícia é o “first-line enforcer da lei 
criminal. O seu papel no processo de seleção é, por isso, determinante”2. É a polí-
cia que processa o caudal mais volumoso de deviance. Nesse sentido, explica, é o 
filtro mais poderoso entre todos aqueles que, unidos, formam o sistema de justiça 
criminal. A polícia, como instância portadora de controle social formal, é uma agên-
cia que, no processo de aplicação das leis, faz uso de filtros altamente seletivos, 
discriminatórios e estigmatizantes.
García-Pablos de Molina relata que, para a criminologia positivista, o noticiante, 
a polícia e o processo penal são concebidos como meras correias de transmissão 
que aplicam fielmente, com objetividade, a vontade da lei. A polícia, assim como 
os demais agentes do controle social, se orientaria pelo critério objetivo do mereci-
mento (o fato cometido) e se limitaria a detectar o infrator, independentemente de 
quem fosse tal delinquente. Mas para o labelling approach,
os agentes do controle social formal não são meras correias de transmissão da vontade 
geral, senão filtros a serviço de uma sociedade desigual que, por meio deles, perpetua 
suas estruturas de dominação e incrementa as injustiças que a caracterizam3.
A polícia cumpre um papel determinante na sociedade, aquele de selecionar 
nas ruas e nas delegacias – longe, portanto, dos olhos dos demais intervenientes 
no processo penal, como promotores e juízes – quem será considerado criminoso. 
Quando a polícia não é representativa da população que serve e realiza um trabalho 
pouco conectado com a vizinhança da área, com mais razão pode-se esperar uma 
atuação seletiva e estigmatizante.
2 DIAS, Jorge Figueiredo; ANDRADE, Manuel da Costa. Criminologia: o homem delinquente e a sociedade cri-
minógena. Coimbra: Coimbra Ed., 1997. p. 443.
3 GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antonio; GOMES, Luis Flávio. Criminologia: introdução a seus fundamentos 
teóricos; introdução às bases criminológicas da Lei n. 9.099/95, Lei dos Juizados Especiais Criminais. 5.ed. 
São Paulo: RT, 2006. p. 97.
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Delinquência Primária e Secundária
Para compreender alguns conceitos de Baratta, vou agora explicar a diferença 
entre delinquência primária e secundária.
A delinquência primária é a delinquência inicial, ou seja, o primeiro compor-
tamento criminoso adotado por uma pessoa. Os teóricos do labelling, sobretudo 
Edwin Lemert, explicam que, cometido o primeiro delito, a reação social e conse-
quente punição de um primeiro comportamento delinquente frequentemente cau-
sa um “commitment to deviance”, ou seja, um comprometimento com o crime. O 
indivíduo, se for rotulado com a etiqueta de criminoso pelas instâncias de controle 
social formal, vai tender a se manter sob esse papel que lhe foi atribuído, como 
um efeito psicológico de defesa, ataque e adequação aos problemas oriundos do 
primeiro desvio.
Em linhas bens gerais, para fins de compreensão, podemos dizer que o rein-
cidente pratica delinquência secundária. O fato de ter respondido a um inquérito, 
a um processo e de ter sido encarcerado e rotulado com a etiqueta de criminoso, 
somado a fatores sociais, culturais e econômicos, tem influência decisiva para o 
retorno do indivíduo estigmatizado a seguir na prática de delitos.
Apesar de serem muito similares, não confunda os conceitos de delinquência pri-
mária e secundária com os conceitos de criminalização primária, secundária e ter-
ciária. Vou explicar a diferença. Enquanto a classificação da delinquência diz res-
peito ao comportamento do indivíduo (primeiros crimes ou crimes decorrentes da 
estigmatização), a classificação da criminalização leva em consideração a reação 
das instâncias de controle social formal a esse comportamento.
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Criminalização Primária, Secundária e Terciária
A criminalização primária é aquela realizada pelo legislador ao criar os tipos 
penais. A criminalização secundária é a ação punitiva exercida sobre pessoas con-
cretas, que acontece quando as agências policiais detectam uma pessoa que sus-
peitam tenha praticado certo ato criminalizado primariamente. A criminalização 
terciária, a seu turno, é a estigmatização realizada pelo sistema prisional durante a 
execução da pena. Tanto a criminalização secundária como a terciária podem, e de 
fato são, realizadas por órgãos estatais, como é o caso das polícias.
Veja: a criminalização terciária está intimamente conectada à desviação secun-
dária.
Agora que você já sabe a diferença entre delinquência primária e criminalização 
primária, não quero que você confunda com prevenção primária.
Vamos ver esse conceito de maneira breve para você não errar nenhuma ques-
tão.
Prevenção Primária, Secundária e Terciária
Vamos analisar o que é prevenção primária, secundária e terciária, compreen-
dendo, desde logo, que essas modalidades não se excluem. Uma prevenção pode 
ser complementar à outra.
Prevenção Primária
A prevenção primária é aquela voltada para as causas do cometimento do cri-
me. Ela se preocupa em neutralizar o problema antes que ele se manifeste. É ne-
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cessário, por exemplo, que o Estado forneça educação, condições dignas de vida, 
salários justos, saúde, emprego. Esse tipo de prevenção opera a médio e longo 
prazo e se destina à coletividade.
Como se orienta para as causas do crime, diz-se que essa é uma prevenção 
etiológica e é considerada muito eficaz. No entanto, acabam sendo pouco empre-
gadas por não apresentarem resultados imediatos.
Prevenção Secundária
Essa prevenção atua considerando os locais e os momentos em que os crimes 
ocorrem. Também pode ser chamada de prevenção situacional, pois destina-se a 
neutralizar situações de risco. Ela é voltada para atacar as oportunidades que ofe-
recem maior atrativo para o infrator. Não se interessa pelas causas do delito, mas 
sim pelas formas – local, horário, vítima – de seu cometimento.
Trata-se de umaprevenção que coloca as oportunidades para o cometimento 
do crime em primeiro plano. Parte-se da ideia de que pessoas de diferentes sexos, 
idades, classes sociais têm diferentes chances de se tornarem vítima de um crime.
Dentro da ideia de prevenção secundária se encontra o routine activity approa-
ch, ou enfoque das atividades cotidianas. Para esse enfoque, o crime ocorre quando 
convergem em tempo e espaço os seguintes elementos: delinquente motivado; 
objetivo alcançável; e ausência de guardião habilitado a prevenir a prática.
Na ideia de prevenção secundária, portanto, as dimensões temporais (quando 
acontecem os crimes?) e espaciais (onde acontecem os crimes? quais são os hot 
spots?) ganham importância, pois é nessas variáveis que se busca intervir.
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Assim, ideias de alteração do ambiente físico, por meio de propostas arquitetô-
nicas e urbanísticas (iluminação, embelezamento de ambientes públicos, limpeza 
e ocupação de ambientes degradados); de colocação de barreiras físicas (cadea-
dos, muros, grades ou outros métodos de dificultar o acesso ao alvo – target har-
dening); de emprego de técnicas de vigilância de ambientes (câmeras, vigilância 
pessoal, ronda de veículos de segurança); de controle dos meios de comunicação 
(determinação de que certos assuntos não sejam noticiados, tais como suicídios); 
a de marcação da propriedade ou da coisa subtraída (tinta rosa nas cédulas de 
dinheiro obtidas com a explosão de um caixa eletrônico); e de potencialização da 
culpa (campanhas fortes e tocantes sobre o abuso de menores ou sobre a condu-
ção sob efeito de álcool) são mecanismos típicos de prevenção secundárias, pois 
buscam atuar na diminuição das oportunidades do crime.
Essas ideias de prevenção secundária legitimam a “ideologia de segurança”, a 
“segurança cidadã”, que impõe práticas não solidárias e pode levar a excessos de 
vigilância, por trazer implícita uma ideia de cruzada contra as situações criminóge-
nas. Nessa ideologia de segurança cidadã, o medo da população cresce; o combate 
à criminalidade dos poderosos fica em segundo plano, pois o que interessa é o cri-
me das ruas; movimentos políticos de populismo penal ganham força; e verifica-se 
o desprezo pelas garantias dos cidadãos. Essa ideologia é, por isso, muito perigosa 
e considerada uma involução.
Ao mesmo tempo, se inserem aqui as práticas de policiamento comunitário, que 
nasceram da percepção de que as burocracias do modelo profissional de polícia 
muitas vezes operavam de modo a afastar o policial da realidade local e do cidadão 
carente de serviços estatais. Começava-se a assumir que é impossível e infrutí-
fero tentar eliminar por completo a discricionariedade policial. O policial que está 
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na esquina e em contato com a população deve estar pronto para tomar decisões 
independentemente da máquina burocrática de sua instituição. Assim, a polícia 
comunitária expressa uma nova filosofia operacional, da qual decorre um estilo de 
policiamento caracterizado por:
• uma concepção mais ampla da função policial que abrange a variedade de 
situações não criminais que levam o público a invocar a presença da polícia;
• descentralização dos procedimentos de planejamento e prestação de serviços 
para que as prioridades e estratégias policiais sejam definidas de acordo com 
as especificidades de cada localidade;
• maior interação entre policiais e cidadãos visando ao estabelecimento de uma 
relação de confiança e cooperação mútua4.
Skolnick e Bayley ressaltam a premissa central do policiamento comunitário: o 
público exercendo papel mais ativo e coordenado na obtenção da segurança, atu-
ando como coprodutor da segurança e da ordem, juntamente com a polícia. Para 
eles, esse tipo de policiamento deve obedecer quatro normas básicas:
1) organizar a prevenção do crime tendo como base a comunidade;
2) reorientar as atividades de patrulhamento para enfatizar os serviços não 
emergenciais;
3) aumentar a responsabilização das comunidades locais e
4) descentralizar o comando5.
Prevenção Terciária
Trata-se da prevenção voltada para o preso, com o fim de evitar que volte a 
delinquir. Busca afastar a reincidência.
4 DIAS NETO, Theodomiro. Policiamento Comunitário e Controle sobre a Polícia. São Paulo: IBCCrim, 2000. p. 15.
5 SKOLNICK, Jerome H.; BAYLEY, David H. Policiamento Comunitário. São Paulo: Edusp, 2006. p. 19.
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São programas que pretendem a não consolidação do status de desviado.
Buscam-se, por exemplo, alternativas à pena privativa de liberdade, que é es-
tigmatizante. Busca-se humanizar a pena, fornecendo um ofício ou educação para 
o preso, para que ele se sinta em condições de voltar à vida em sociedade ao fim 
do cumprimento da pena.
A prevenção terciária enfrenta o fenômeno criminal muito tardiamente: quando 
ele já ocorreu. A ideia é, então, evitar as cerimônias degradantes típicas das instân-
cias de controle social formal e fornecer à pena um fim utilitário, um efeito positivo 
(tratar, ensinar um ofício, fornecer terapia, educar) e um caráter compatível com 
os postulados de dignidade da pessoa humana.
As bancas gostam de questionar se esse ou aquele modelo de política criminal pre-
tende acabar com o crime. Não! O que se pretende é controlar o fenômeno delitivo.
O Sistema Escolar e o Sistema Penal
Agora podemos entrar mais especificamente na teoria do Alessandro Baratta. 
Ele retoma a ideia de que a história do sistema punitivo é a história das relações 
entre ricos e pobres. Na sociedade capitalista, há uma drástica repartição desigual 
de acesso aos recursos e às chances sociais. A mobilidade social é um mito: rara-
mente as pessoas das classes mais baixas conseguem ascender.
O sistema escolar – assim como o sistema penal – ajuda a refletir a estrutura 
vertical e hierarquizada da sociedade. As sanções escolares negativas, tais como 
repetição de anos, notas baixas em provas, expulsões, etc., são muito maiores 
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quando se desce aos níveis inferiores da escala social. Começa-se a perceber que 
as técnicas de seleção baseadas em testes de coeficientes de inteligência ou no 
conceito de mérito não são neutras. Afinal, os alunos provenientes de classesmais 
baixas têm enorme dificuldade de se adaptarem ao mundo escolar, que é estranho 
a eles, em função, por exemplo, do uso de regras de comportamento e linguagem 
bastante diferentes das normas de seus grupos de origem. E aí, diante dessas di-
ficuldades, advêm sanções negativas que refletem o quanto a escola é um instru-
mento de transmissão da cultura dominante.
Os professores partem, ainda que inconscientemente, de estereótipos e pre-
conceitos no dia a dia de contato com alunos de grupos marginalizados. Algumas 
pesquisas têm demonstrado que a cota de erros desconsiderados pelo professor é 
menor no caso de maus alunos que no caso de bons alunos. Ou seja, aquele aluno 
que tem dificuldade de se adaptar e é considerado um mau aluno, é tratado com 
mais rigor nas correções.
Além disso, o fenômeno da profecia autocumprida do labelling approach – tam-
bém conhecida como self-fullfilling profecy – se aplica ao mundo escolar.
Relembre que para o labelling, estigmatizado e segredado da sociedade, o delin-
quente se aproximará de outros criminosos e acabará se identificando com eles 
pela situação de vida em que se encontram. Começa, então, o processo de desvia-
ção secundária: novos atos desviantes são cometidos como fruto do processo de 
reação social à desviação primária. O agente mergulha no papel de delinquente, 
num processo que se chama de role engulfment, e tem início sua carreira criminal. 
A profecia se autocumpre: tanto diziam que ele era um criminoso, que agora de 
fato o é.
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Assim, os alunos que vêm de classes sociais marginalizadas encontram um am-
biente formado por pessoas que o encaram com estigmas e preconceitos e, desse 
modo, entendem que há uma expectativa para que ele seja um mau aluno e que 
essa expectativa determina, de largada, o comportamento do aluno.
Confirmada a expectativa, o mau aluno sofre com o distanciamento de colegas, 
que passam a rejeitá-lo e isolá-lo. E a maioria dos alunos, que segue os modelos 
de comportamento, se sente integrada e coesa, distante dos maus alunos.
Seguindo essa lógica, a escola não facilita a mobilidade social. Ao contrário, ela 
ajuda a diferenciar as classes, econômica e socialmente.
A ideia central de Baratta é demonstrar que o sistema escolar e o sistema penal 
são complementares e ajudam a reproduzir e assegurar as relações sociais verti-
calizadas. Ambos os sistemas criam contraestímulos à integração dos setores mais 
baixos e marginalizados do proletariado.
A criminalização primária – as leis penais em abstrato – reflete o universo moral 
próprio da cultura burguesa individualista, dando total ênfase ao patrimônio priva-
do e se orientando para atingir as formas de desvio dos grupos marginalizados. Os 
crimes dos poderosos – como os crimes do colarinho branco – tendem a ficar impu-
nes até mesmo em razão da fragmentariedade do direito penal, que não é neutra.
De acordo com o princípio da fragmentariedade, o direito penal não pode cuidar de 
todos os ilícitos. Ele deve se ocupar apenas com ofensas realmente graves a bens 
jurídicos relevantes.
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A fragmentariedade do direito penal segue uma lei de tendência, que leva a 
preservar da criminalização primária as ações antissociais realizadas por integran-
tes das classes sociais hegemônicas ou que são mais funcionais às exigências do 
processo de acumulação do capital. Criam-se, assim, zonas de imunização de con-
dutas cuja danosidade se volte contra as classes subalternas.
Já os processos de criminalização secundária se desenrolam de uma maneira 
muito parecida com aquela que narrei ao falar do professor e seus maus alunos 
oriundos das classes mais baixas: preconceitos e estereótipos guiam a ação dos 
representantes das agências de controle social formal. Policiais, delegados, pro-
motores e juízes procuram a verdadeira criminalidade naqueles estratos sociais 
em que é normal encontrá-la. A pessoa etiquetada com o rótulo de criminosa tem 
a sua identidade social alterada. Ele não é visto mais da mesma maneira e nem 
se vê mais do mesmo modo. Fica muito fácil que se instale, então, a delinquência 
secundária e que nasça uma carreira criminosa.
Baratta relembra o conceito de sociedade dividida de Dahrendorf: só metade da 
sociedade extrai de seu seio os juízes e eles têm, diante de si, predominantemen-
te indivíduos provenientes da outra metade. A justiça, então, não é neutra. Existe 
uma justiça de classe: a distância linguística que separa julgadores e julgados; a 
menor possibilidade de desenvolver um papel ativo no processo e de servir-se do 
trabalho de advogados prestigiosos, desfavorecem os indivíduos de classes mais 
baixas.
Os juízes desconhecem a vida das pessoas marginalizadas e são incapazes de 
compreender as nuances de um cotidiano de pobreza. Muitos dos julgamentos 
ocorrem com base no senso comum, o que é por alguns autores chamado de teoria 
de todos os dias. Ou seja, os juízes tendem a esperar um comportamento conforme 
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à lei dos indivíduos pertencentes aos estratos médios e superiores e condutas con-
trárias à lei de indivíduos provenientes de estratos inferiores. E tendem, ademais, 
a aplicar mais penas detentivas em desfavor dos marginalizados, pois considera-se 
que ela é menos comprometedora para o status social já baixo dos pobres do que 
se comparamos à sua aplicação a um acadêmico.
Voltando aos pressupostos do labelling com que iniciamos nossa aula, Baratta 
parte da ideia de que as instâncias de controle social formal criam a criminalidade, 
constituem o delito e que, nesse processo, selecionam a população carcerária nos 
estratos mais baixos da população. A desigual distribuição de definições criminais – 
muito maior entre os pobres e muito menor entre os ricos – ocorre não de maneira 
fortuita, mas seguindo regras próprias, que Baratta chama de second code. Esse 
segundo código social, portanto, revela que o direito penal desenvolve um impor-
tante papel de reprodução das relações sociais, especialmente na circunscrição e 
marginalização de uma população criminosa recrutada nos setores mais débeis do 
proletariado.
Essas ideias todas questionam a neutralidade do direito, demonstram a im-
portância que a estigmatização produz no indivíduo e colocam em xeque a função 
educativa da pena.
No mundo criminal, mais uma vez tem o lugar o fenômeno da profecia auto-
cumprida, de que tanto falou a teoria do labelling approach. A expectativa de cri-
minalidade dirigida aos grupos mais marginalizados faz com que mesmo que haja 
a mesma quantidade de condutas ilícitas nos diferentes estratos sociais, elas serão 
mais facilmente detectadase punidas nos estratos mais baixos da sociedade.
O sistema penal age, então, de forma bastante similar à da escola, reproduzin-
do a estratificação e operando no sentido de mantê-la. Por isso a existência, em 
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diferentes países, de mecanismos de internação de menores delinquentes e por 
isso, também, o intercâmbio entre internos dessas instituições de internação e dos 
presídios. São a mesma população, submetem-se à mesma lógica. Apesar de as 
instituições de internação de menores infratores pretenderem ressocializar, não é 
isso que ocorre. A cada sucessiva passagem do menor por uma instituição de as-
sistência corresponde um aumento, em lugar de diminuição, das chances de ser 
selecionado para uma carreira criminal.
Os efeitos da intervenção estatal nos criminosos são tão determinantes que, 
aqueles que foram submetidos às instâncias de controle social formal (investi-
gados, processados, presos, condenados) revelam uma criminalidade secundária 
mais alta do que aqueles que puderam se subtrair a essa intervenção.
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RESUMO
CONTROLE SOCIAL: freios que a sociedade apresenta aos indivíduos que alme-
jam a prática de alguma conduta antissocial.
• Informal: não há presença do Estado (famílias, Igreja, vizinhança, clubes) → 
se torna objeto da Criminologia com a Escola de Chicago
• Formal: há presença do Estado (polícia, Ministério Público, Poder Judiciário) → 
se torna objeto da Criminologia com o labelling approach.
DELINQUÊNCIA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
Delinquência primária: delitos iniciais.
Delinquência secundária: reincidência, carreira criminal.
CRIMINALIZAÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA
C
ri
m
in
al
iz
aç
ão
 p
ri
m
ár
ia
Legislador 
cria tipos 
penais
C
ri
m
in
al
iz
aç
ão
 s
ec
un
dá
ri
a
Polícia 
investiga 
possíveis 
culpados
C
ri
m
in
al
iz
aç
ão
 t
er
ci
ár
ia
Estigmatização 
causada pelo 
processo 
criminal
PREVENÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA
Primária: voltada para as causas do cometimento do crime.
Secundária: voltada para as oportunidades de cometimento de um crime.
Terciária: voltada para evitar a delinquência.
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SISTEMA ESCOLAR E PENAL
Ambos reproduzem a estrutura vertical de classes sociais.
Ambos selecionam nos grupos marginalizados da sociedade. A escola seleciona 
os maus alunos. O sistema penal retira prioritariamente desses grupos seus deten-
tos.
Maus alunos e detentos engajam na profecia autocumprida e mergulham no 
papel a eles atribuído (de mau aluno ou de delinquente).
Sociedade dividida de Dahrendorf: só metade da sociedade extrai de seu seio 
os juízes e eles têm, diante de si, predominantemente indivíduos provenientes da 
outra metade. A justiça, então, não é neutra, mas de classe.
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (FCC/2013/TRT-15/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Na moderna concepção de prevenção 
das infrações penais e o Estado Democrático de Direito, a efetiva materialização de 
políticas públicas faz parte da prevenção primária do crime.
2. (VUNESP/2013/PC/AGENTE POLICIAL) Entende(m)-se por prevenção primária
a) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis.
b) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco.
c) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção familiar e/
ou social.
d) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno criminal, em sua 
etiologia.
e) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminência de seu acon-
tecimento.
3. (VUNESP/2013/PC/ATENDENTE DE NECROTÉRIO) Entende-se que a prevenção 
criminal terciária
a) é o trabalho de conscientização social, que ataca a inclinação à prática criminosa 
em sua origem.
b) é a modalidade exclusivamente voltada à figura do encarcerado, pois visa sua 
reintegração familiar e social.
c) constitui uma das formas de participação popular na gestão pública.
d) representa os métodos e mecanismos profiláticos de combate às causas da cri-
minalidade.
e) é o aparato de repressão criminal, de modo a desestimular futuras práticas de-
litivas.
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4. (VUNESP/2013/PC/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Compreende-se 
por “prevenção delitiva” o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do de-
lito. Assim sendo, a prevenção terciária está focada
a) na migração, com o objetivo de evitar grande concentração populacional numa 
determinada região, favorecendo o desemprego, moradias irregulares e conflito 
étnico.
b) no recluso, o que permite identificar o destinatário; visa a sua recuperação, 
evitando a reincidência, é realizada por meio de medidas socioeducativas e resso-
cializadoras.
c) na raiz do conflito criminal, para neutralizá-lo antes que o problema se mani-
feste, como educação, emprego, moradia e segurança; é, sem dúvida nenhuma, a 
mais eficaz.
d) nos setores da sociedade que podem, a médio e longo prazos, desencadear pro-
blemas criminais; apresenta- se por meio de ações policiais e controle dos meios 
de comunicação.
e) no controle de natalidade, por meio de ações educativas de planejamento e con-
trole familiar, estruturado nos programas sociais do governo com apoio financeiro.
5. (VUNESP/2013/PC/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) A prevenção criminal secundá-
ria é aquela que atua:
a) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do trabalho e 
estudo, evitando sua reincidência.
b) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por meio de 
ação policial, programas de apoio e controle das comunicações.
c) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e nos di-
reitos individuais e sociais.
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d) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educação, moradia e se-
gurança.
e) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o recluso 
com programas psicológicos e de assistência social.
6. (VUNESP/2013/PC/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) As políticas públicas de prevenção 
criminal terciária têm por público-alvo
a) a vítima de violência doméstica.
b) o adolescente.
c) o preso.
d) o idoso.
e) o usuário de drogas ilícitas.
7. (VUNESP/2013/PC/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) A atuação das polícias, do ministério 
público e da justiça criminal, quando focada em determinados grupos ou setores da 
sociedade, por possuírem maior risco de praticar o crime ou de ser vitimados por 
este, constitui programa de prevenção
a) secundária.
b) quaternária.
c) primária.
d) quinária.
e) terciária.
8. (VUNESP/2013/PC/AUXILIAR DE NECROPSIA) A atuação do sistema carcerário é 
considerada fator de ___________ de cometimento de crimes na sociedade.
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a) repressão primária
b) prevenção terciária
c) repressão secundária
d) prevenção primária
e) prevenção secundária
9. (CESPE/2013/DPF/DELEGADO) No que se refere à prevenção da infração penal, 
julgue os próximos itens.
Ações como controle dos meios de comunicação e ordenação urbana, orientadas a 
determinados grupos ou subgrupos sociais, estão inseridas no âmbito da chamada 
prevenção secundária do delito.
10. (CESPE/2013/DPF/DELEGADO) No que se refere à prevenção da infração pe-
nal, julgue os próximos itens.
As modalidades preventivas nas quais se inserem os programas de policiamento 
orientado à solução de problemas e de policiamento comunitário, assim como ou-
tros programas de aproximação entre polícia e comunidade, podem ser incluídas na 
categoria de prevenção primária.
11. (CESPE/2013/DPF/DELEGADO) No que se refere à prevenção da infração pe-
nal, julgue os próximos itens.
Na terminologia criminológica, criminalização primária equivale à chamada preven-
ção primária.
12. (IADES/2017/PMDF/POLICIAL MILITAR) A prevenção que tem por destinatário 
o recluso (ou seja, a população presa) e por objetivo evitar a reincidência denomi-
na-se prevenção
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a) primária.
b) secundária.
c) terciária.
d) quaternária.
e) quinaria.
13. (MS CONCURSOS/2010/SEDS-PE/SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR) Policia-
mento Comunitário é a ação de policiar junto a comunidade. Em referência a esta 
afirmação, assinale a CORRETA:
a) É serviço policial aproximado às pessoas, personalizado. 
b) É filosofia de trabalho indistinta a todos Órgãos Policiais. 
c) É visto como tática a ser implementado pela Polícia. 
d) É a aproximação do policial junto à sociedade visando a prática de relações pú-
blicas junta a esta. 
e) O policial envolvido não precisa ser treinado para desenvolver este policiamento.
14. (VUNESP/PC-SP/2018/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) O saber criminológico, no 
Estado Democrático de Direito, tem por objetivo evitar a ocorrência do delito; por-
tanto, são aspectos importantes de prevenção terciária
a) o policiamento, a assistência social e o conselho tutelar.
b) a educação, a religião e o lazer.
c) a laborterapia, a liberdade assistida e a prestação de serviços comunitários.
d) as posturas municipais, a classificação etária dos programas televisivos e o ci-
vismo. 
e) a cultura, a qualidade de vida e o trabalho.
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15. (INÉDITA) Medidas de target hardening orientadas a hot spots são exemplos 
de prevenção primária uma vez que diminuem os conflitos que estão na base da 
criminalidade.
16. (INÉDITA) Um dos principais pilares do policiamento comunitário é o respeito 
à hierarquia militar.
17. (INÉDITA) A escola, para a criminologia crítica, é importante instância da dimi-
nuição de desigualdades entre as classes.
18. (INÉDITA) Criminalização primária e delinquência primária são expressões si-
nônimas que dizem respeito aos primeiros atos criminais praticados por alguém.
19. (INÉDITA) A profecia autocumprida pode se verificar tanto no ambiente esco-
lar como no sistema penal, preenchendo as expectativas direcionadas aos estratos 
mais baixos da população.
20. (INÉDITA) A criminalização secundária é aquela que se verifica no momento 
em que a polícia instaura um inquérito penal para apurar a materialidade e autoria 
de um delito para o qual já há um suspeito.
21. (INÉDITA) O conceito de sociedade dividida de Dahrendorf busca traçar uma 
divisão objetiva entre delinquentes e não delinquentes.
22. Para Baratta, as sanções escolares negativas são importantes porque se confi-
guram em mecanismo neutro de controle social informal.
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23. (INÉDITA) O second code mencionado por Baratta resulta na desigual distribuição 
de definições criminais – muito maior entre os pobres e muito menor entre os ricos.
24. (INÉDITA) Edwin Lemert insere-se no grupo de teóricos interacionistas que 
estudam a importância da delinquência secundária.
25. (INÉDITA) Para a criminalização primária, é fundamental que o legislador defi-
na quais são os hot spots da criminalidade.
26. (INÉDITA) De acordo com a visão da criminologia crítica, a fragmentariedade é 
um princípio neutro do direito penal segundo o qual apenas as ofensas mais sérias 
aos bens jurídicos mais relevantes devem ser criminalizadas.
27. (INÉDITA) Pesquisas têm demonstrado que criminosos que não são submeti-
dos aos filtros das instâncias de controle social formal apresentam menor taxa de 
reincidência se comparados àqueles que foram selecionados pelas engrenagens do 
sistema penal.
28. (INÉDITA) Para Alessandro Baratta, o sistema escolar e o sistema penal são 
complementares e criam contraestímulos à integração da camada mais pobre da 
população.
29. (INÉDITA) A teoria de todos os dias propugna que os indivíduos pertencentes à 
camada mais pobre da sociedade lidam com crimes e criminosos em seu cotidiano e 
acabam por naturalizar condutas ilícitas, o que diminui os freios ao seu cometimento.
30. (INÉDITA)As ideias da criminologia crítica colocam em xeque a função educa-
tiva da pena.
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GABARITO
1. C
2. b
3. b
4. b
5. b
6. c
7. a
8. b
9. C
10. E
11. E
12. c
13. a
14. c
15. E
16. E
17. E
18. E
19. C
20. C
21. E
22. E
23. C
24. C
25. E
26. E
27. C
28. C
29. E
30. C
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GABARITO COMENTADO
1. (FCC/2013/TRT-15/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Na moderna concepção de prevenção 
das infrações penais e o Estado Democrático de Direito, a efetiva materialização de 
políticas públicas faz parte da prevenção primária do crime.
Certo.
A prevenção primária busca diminuir os conflitos sociais que estão na base da ra-
zão para o cometimento do crime. A implementação de políticas públicas se insere 
nesse tipo de prevenção: devem ser resolvidas as situações de carência, as desi-
gualdades, os conflitos da sociedade, para que desapareçam as causas que levam 
à criminalidade.
2. (VUNESP/2013/PC/AGENTE POLICIAL) Entende(m)-se por prevenção primária
a) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis.
b) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco.
c) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção familiar e/
ou social.
d) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno criminal, em sua 
etiologia.
e) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminência de seu acon-
tecimento.
Letra b.
A prevenção primária busca diminuir os conflitos sociais que estão na base da ra-
zão para o cometimento do crime. A implementação de políticas públicas se insere 
nesse tipo de prevenção.
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3. (VUNESP/2013/PC/ATENDENTE DE NECROTÉRIO) Entende-se que a prevenção 
criminal terciária
a) é o trabalho de conscientização social, que ataca a inclinação à prática criminosa 
em sua origem.
b) é a modalidade exclusivamente voltada à figura do encarcerado, pois visa sua 
reintegração familiar e social.
c) constitui uma das formas de participação popular na gestão pública.
d) representa os métodos e mecanismos profiláticos de combate às causas da cri-
minalidade.
e) é o aparato de repressão criminal, de modo a desestimular futuras práticas de-
litivas.
Letra b.
A prevenção terciária é voltada para o preso, com o fim de evitar que volte a de-
linquir.
4. (VUNESP/2013/PC/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Compreende-se 
por “prevenção delitiva” o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do de-
lito. Assim sendo, a prevenção terciária está focada
a) na migração, com o objetivo de evitar grande concentração populacional numa 
determinada região, favorecendo o desemprego, moradias irregulares e conflito 
étnico.
b) no recluso, o que permite identificar o destinatário; visa a sua recuperação, 
evitando a reincidência, é realizada por meio de medidas socioeducativas e resso-
cializadoras.
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c) na raiz do conflito criminal, para neutralizá-lo antes que o problema se mani-
feste, como educação, emprego, moradia e segurança; é, sem dúvida nenhuma, a 
mais eficaz.
d) nos setores da sociedade que podem, a médio e longo prazos, desencadear pro-
blemas criminais; apresenta- se por meio de ações policiais e controle dos meios 
de comunicação.
e) no controle de natalidade, por meio de ações educativas de planejamento e con-
trole familiar, estruturado nos programas sociais do governo com apoio financeiro.
Letra b.
A prevenção terciária é voltada para o preso, com o fim de evitar que volte a de-
linquir.
5. (VUNESP/2013/PC/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) A prevenção criminal secundá-
ria é aquela que atua:
a) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do trabalho e 
estudo, evitando sua reincidência.
b) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por meio de 
ação policial, programas de apoio e controle das comunicações.
c) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e nos di-
reitos individuais e sociais.
d) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educação, moradia e se-
gurança.
e) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o recluso 
com programas psicológicos e de assistência social.
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Letra b.
A prevenção secundária atua considerando os locais e os momentos em que os 
crimes ocorrem. Ela é voltada para atacar as oportunidades que oferecem maior 
atrativo para o infrator. Não se interessa pelas causas do delito, mas sim pelas for-
mas – local, horário, vítima – de seu cometimento. Ideias de atuação em setores 
de maior vulnerabilidade da sociedade, com, por exemplo, emprego de técnicas de 
vigilância de ambientes (câmeras, vigilância pessoal, ronda de veículos de seguran-
ça), são típicas de prevenção secundária.
6. (VUNESP/2013/PC/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) As políticas públicas de prevenção 
criminal terciária têm por público-alvo
a) a vítima de violência doméstica.
b) o adolescente.
c) o preso.
d) o idoso.
e) o usuário de drogas ilícitas.
Letra c.
A prevenção terciária é voltada para o preso e tem por objetivo evitar sua reinci-
dência.
7. (VUNESP/2013/PC/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) A atuação das polícias, do ministério 
público e da justiça criminal, quando focada em determinados grupos ou setores da 
sociedade, por possuírem maior risco de praticar o crime ou de ser vitimados por 
este, constitui programa de prevenção
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Prof.ª Mariana Barreirasa) secundária.
b) quaternária.
c) primária.
d) quinária.
e) terciária.
Letra a.
A prevenção secundária atua considerando os locais e os momentos em que os 
crimes ocorrem. Ela é voltada para atacar as oportunidades que oferecem maior 
atrativo para o infrator. Não se interessa pelas causas do delito, mas sim pelas for-
mas – local, horário, vítima – de seu cometimento.
8. (VUNESP/2013/PC/AUXILIAR DE NECROPSIA) A atuação do sistema carcerário é 
considerada fator de ___________ de cometimento de crimes na sociedade.
a) repressão primária
b) prevenção terciária
c) repressão secundária
d) prevenção primária
e) prevenção secundária
Letra b.
Quando o sistema carcerário desenvolve os projetos de ressocialização do preso, 
realiza a chamada prevenção terciária, que tem por objetivo evitar a reincidência.
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9. (CESPE/2013/DPF/DELEGADO) No que se refere à prevenção da infração penal, 
julgue os próximos itens.
Ações como controle dos meios de comunicação e ordenação urbana, orientadas a 
determinados grupos ou subgrupos sociais, estão inseridas no âmbito da chamada 
prevenção secundária do delito.
Certo.
A prevenção secundária se preocupa com a desconstrução de oportunidades para 
o crime, considerando os locais e momentos em que são cometidos. Controle dos 
meios de comunicação e ordenação urbana, orientadas a determinados grupos ou 
subgrupos sociais, são típicos exemplos de medidas de prevenção secundária.
10. (CESPE/2013/DPF/DELEGADO) No que se refere à prevenção da infração pe-
nal, julgue os próximos itens.
As modalidades preventivas nas quais se inserem os programas de policiamento 
orientado à solução de problemas e de policiamento comunitário, assim como ou-
tros programas de aproximação entre polícia e comunidade, podem ser incluídas na 
categoria de prevenção primária.
Errado.
Os programas mencionados se inserem na categoria de prevenção secundária.
11. (CESPE/2013/DPF/DELEGADO) No que se refere à prevenção da infração pe-
nal, julgue os próximos itens.
Na terminologia criminológica, criminalização primária equivale à chamada preven-
ção primária.
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Errado.
A prevenção primária visa atacar as causas que levam ao cometimento do crime. 
Já a criminalização primária é a imposição, pelo sistema de persecução penal, de 
uma sanção a um ato considerado ilícito.
12. (IADES/2017/PMDF/POLICIAL MILITAR) A prevenção que tem por destinatário 
o recluso (ou seja, a população presa) e por objetivo evitar a reincidência denomi-
na-se prevenção
a) primária.
b) secundária.
c) terciária.
d) quaternária.
e) quinaria.
Letra c.
A prevenção terciária é voltada para os presos e tem por objetivo evitar a reinci-
dência.
13. (MS CONCURSOS/2010/SEDS-PE/SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR) Policia-
mento Comunitário é a ação de policiar junto a comunidade. Em referência a esta 
afirmação, assinale a CORRETA:
a) É serviço policial aproximado às pessoas, personalizado.
b) É filosofia de trabalho indistinta a todos Órgãos Policiais.
c) É visto como tática a ser implementado pela Polícia.
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d) É a aproximação do policial junto à sociedade visando a prática de relações pú-
blicas junta a esta.
e) O policial envolvido não precisa ser treinado para desenvolver este policiamento.
Letra a.
Uma das características do policiamento comunitário é a maior interação entre policiais 
e cidadãos visando ao estabelecimento de uma relação de confiança e cooperação mú-
tua. Não é uma tática, mas sim uma filosofia de trabalho. Nem todos os órgãos e uni-
dades policiais aplicam. O objetivo não é realizar relações públicas, mas sim organizar 
a prevenção do crime tendo como base a comunidade. É necessário que o policial seja 
treinado em policiamento comunitário para que bem o execute.
14. (VUNESP/PC-SP/2018/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) O saber criminológico, no 
Estado Democrático de Direito, tem por objetivo evitar a ocorrência do delito; por-
tanto, são aspectos importantes de prevenção terciária
a) o policiamento, a assistência social e o conselho tutelar.
b) a educação, a religião e o lazer.
c) a laborterapia, a liberdade assistida e a prestação de serviços comunitários.
d) as posturas municipais, a classificação etária dos programas televisivos e o ci-
vismo.
e) a cultura, a qualidade de vida e o trabalho.
Letra c.
A letra “c” é a única alternativa que traz três medidas voltadas a evitar a reincidên-
cia, objetivo da prevenção terciária.
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15. (INÉDITA) Medidas de target hardening orientadas a hot spots são exemplos 
de prevenção primária uma vez que diminuem os conflitos que estão na base da 
criminalidade.
Errado.
As medidas de target hardening são aquelas que dificultam o acesso a um poten-
cial alvo de delito. Os hot spots são as zonas quentes de criminalidade. Ambos os 
termos estão relacionados com a diminuição de oportunidades para o cometimento 
de crimes. Logo, se inserem nas medidas de prevenção secundária.
16. (INÉDITA) Um dos principais pilares do policiamento comunitário é o respeito 
à hierarquia militar.
Errado.
Um dos postulados do policiamento comunitário é descentralizar o comando das 
polícias para que haja maior aproximação entre comunidade e policiais.
17. (INÉDITA) A escola, para a criminologia crítica, é importante instância da dimi-
nuição de desigualdades entre as classes.
Errado.
A escola, assim como o sistema penal, legitima e ajuda a manter o sistema social 
de hierarquia de classes.
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18. (INÉDITA) Criminalização primária e delinquência primária são expressões si-
nônimas que dizem respeito aos primeiros atos criminais praticados por alguém.
Errado.
Criminalização primária é a criação de tipos penais pelo legislador, enquanto delin-
quência primária diz respeito aos primeiros atoscriminais praticados por alguém.
19. (INÉDITA) A profecia autocumprida pode se verificar tanto no ambiente esco-
lar como no sistema penal, preenchendo as expectativas direcionadas aos estratos 
mais baixos da população.
Certo.
Tanto maus alunos como detentos engajam na profecia autocumprida e mergulham 
no papel a eles atribuído (de mau aluno ou de delinquente).
20. (INÉDITA) A criminalização secundária é aquela que se verifica no momento 
em que a polícia instaura um inquérito penal para apurar a materialidade e autoria 
de um delito para o qual já há um suspeito.
Certo.
A criminalização secundária tem lugar quando as instâncias de controle social for-
mal investigam possíveis culpados.
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21. (INÉDITA) O conceito de sociedade dividida de Dahrendorf busca traçar uma 
divisão objetiva entre delinquentes e não delinquentes.
Errado.
O conceito de sociedade dividida de Dahrendorf diz respeito ao fato de que só me-
tade da sociedade extrai de seu seio os juízes, que têm, diante de si, predominan-
temente indivíduos provenientes da outra metade. A justiça, então, não é neutra. 
Existe uma justiça de classe.
22. Para Baratta, as sanções escolares negativas são importantes porque se confi-
guram em mecanismo neutro de controle social informal.
Errado.
Para Baratta, as sanções escolares negativas, tais como repetição de anos, notas 
baixas em provas, expulsões, etc., não são neutras. Aliás, são muito maiores quan-
do se desce aos níveis inferiores da escala social. As técnicas de seleção baseadas 
em testes de coeficientes de inteligência ou no conceito de mérito carecem de neu-
tralidade, pois são aplicadas por profissionais que trazem consigo estereótipos e 
preconceitos.
23. (INÉDITA) O second code mencionado por Baratta resulta na desigual distri-
buição de definições criminais – muito maior entre os pobres e muito menor entre 
os ricos.
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Certo.
A desigual distribuição de definições criminais – muito maior entre os pobres e 
muito menor entre os ricos – ocorre não de maneira fortuita, mas seguindo regras 
próprias, que Baratta chama de second code. Esse segundo código social, portanto, 
revela que o direito penal desenvolve um importante papel de reprodução das re-
lações sociais, especialmente na circunscrição e marginalização de uma população 
criminosa recrutada nos setores mais débeis do proletariado.
24. (INÉDITA) Edwin Lemert insere-se no grupo de teóricos interacionistas que 
estudam a importância da delinquência secundária.
Certo.
Edwin Lemert é um teórico do labelling approach, teoria interacionista por acredi-
tar que é impossível analisar o delito sem analisar a reação social a ele, ou seja, a 
interação entre pessoas e grupos. Lemert explica que, cometido o primeiro delito, 
a reação social e consequente punição de um primeiro comportamento delinquente 
frequentemente causa um “commitment to deviance”, ou seja, um comprometi-
mento com o crime. O indivíduo, se for rotulado com a etiqueta de criminoso pelas 
instâncias de controle social formal, vai tender a se manter sob esse papel que lhe 
foi atribuído, como um efeito psicológico de defesa, ataque e adequação aos pro-
blemas oriundos do primeiro desvio. Nasce então a delinquência secundária.
25. (INÉDITA) Para a criminalização primária, é fundamental que o legislador defi-
na quais são os hot spots da criminalidade.
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Errado.
A criminalização primária diz respeito à criação de tipos penais pelo legislador. Para 
que se defina uma conduta como criminosa, não é necessário saber quais são os 
principais locais de ocorrência de um delito (hot spots ou lugares quentes da crimi-
nalidade).
26. (INÉDITA) De acordo com a visão da criminologia crítica, a fragmentariedade é 
um princípio neutro do direito penal segundo o qual apenas as ofensas mais sérias 
aos bens jurídicos mais relevantes devem ser criminalizadas.
Errado.
De fato, segundo o princípio da fragmentariedade apenas as ofensas mais sérias 
aos bens jurídicos mais relevantes devem ser criminalizadas. No entanto, o conte-
údo e o não conteúdo da criminalização primária, isto é, os bens jurídicos tutelados 
e os não tutelados pela lei penal em abstrato, refletem o universo moral próprio 
da cultura burguesa individualista, dando total ênfase ao patrimônio privado e se 
orientando para atingir as formas de desvio dos grupos marginalizados. Os crimes 
dos poderosos – como os crimes do colarinho branco – tendem a ficar impunes. 
Assim, a fragmentariedade do direito penal é necessária, porém não é neutra.
27. (INÉDITA) Pesquisas têm demonstrado que criminosos que não são submeti-
dos aos filtros das instâncias de controle social formal apresentam menor taxa de 
reincidência se comparados àqueles que foram selecionados pelas engrenagens do 
sistema penal.
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Certo.
Os efeitos da intervenção estatal nos criminosos são tão determinantes que, aque-
les que foram submetidos às instâncias de controle social formal (investigados, 
processados, presos, condenados) revelam uma criminalidade secundária mais alta 
do que aqueles que puderam se subtrair a essa intervenção.
28. (INÉDITA) Para Alessandro Baratta, o sistema escolar e o sistema penal são 
complementares e criam contraestímulos à integração da camada mais pobre da 
população.
Certo.
A ideia central de Alessandro Baratta em seu capítulo denominado “Sistema penal 
e reprodução da realidade social” é demonstrar que o sistema escolar e o sistema 
penal são complementares e ajudam a reproduzir e assegurar as relações sociais 
verticalizadas. Ambos os sistemas criam contraestímulos à integração dos setores 
mais baixos e marginalizados do proletariado.
29. (INÉDITA) A teoria de todos os dias propugna que os indivíduos pertencentes à 
camada mais pobre da sociedade lidam com crimes e criminosos em seu cotidiano e 
acabam por naturalizar condutas ilícitas, o que diminui os freios ao seu cometimento.
Errado.
A criminologia crítica defende que os juízes desconhecem a vida das pessoas mar-
ginalizadas e são incapazes de compreender as nuances de um cotidiano de pobre-
za. Muitos dos julgamentos ocorrem com base no senso comum, o que é por alguns 
autores chamado de teoriade todos os dias. Ou seja, os juízes tendem a esperar 
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um comportamento conforme à lei dos indivíduos pertencentes aos estratos mé-
dios e superiores e condutas contrárias à lei de indivíduos provenientes de estratos 
inferiores. E tendem, ademais, a aplicar mais penas detentivas em desfavor dos 
marginalizados, pois considera-se que ela é menos comprometedora para o status 
social já baixo dos pobres do que se comparamos à sua aplicação a um acadêmico.
30. (INÉDITA) As ideias da criminologia crítica colocam em xeque a função educa-
tiva da pena.
Certo.
Como a criminologia crítica percebe que a passagem do indivíduo pelo sistema pe-
nal gera mais criminalidade, especificamente a criminalidade secundária, passa-se 
a questionar se a pena pode ter alguma função de educar, socializar.
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	V – Sistema Penal e Reprodução da Realidade Social
	Controle Social e Labelling Approach
	Delinquência Primária e Secundária
	Criminalização Primária, Secundária e Terciária
	Prevenção Primária, Secundária e Terciária
	Prevenção Primária
	Prevenção Secundária
	Prevenção Terciária
	O Sistema Escolar e o Sistema Penal
	Resumo
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado

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