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Biossegurança em Odontologia

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BIOSSEGURANÇA
- Razões para a biossegurança:
1) Não transmitir e contrair doenças;
2) Não carregar bactéria para dentro do procedimento cirúrgico.
- Principais doenças passíveis de transmissão durante atendimento odontológico:
· Bacterianas:
· Sífilis: DST, no qual a bactéria fora do corpo vive por segundos, sendo o contágio direto com o paciente;
· Gonorréia;
· Tuberculose: bactéria Mycobacterium tuberculosis sai do corpo e adquire um formato de esporo, aumentando a sua proteção e dificultando a sua eliminação, no qual sobrevive cerca de 3 a 4 semanas fora do corpo. As manifestações orais mais comuns são ulcerações e linfadenopatia. Obs.: não morre com álcool 70%, apenas com esterilização;
· Difteria;
· Virais:
· Sarampo; Parotidite; Rubéola;
· Influenza: o vírus sobrevive cerca de 9 dias fora do corpo, sendo eliminado com álcool 70%;
· Herpes: mais comum e frequente;
· Varicela; Citomegalovírus;
· Hepatite viral: alto risco de contaminação, sendo de difícil controle, por causa do comportamento do vírus.
· A: mais comum;
· B: apresenta vacina;
· C: sem vacina;
· D e E: dependentes da B, no qual o paciente deve ter hepatite B para se contaminar com a hepatite D ou E, sendo rara;
· F e G: raras.
· HIV: baixo risco de contaminação, por causa do comportamento do vírus.
ÍNDICE DE INFECÇÃO
- Bactérias 90%: pode-se citar como causas as infecções pós-operatórias, no qual as bactérias vegetativas se proliferam, como Stafilococos, Streptococos, Escherichia coli...
- Fungos 9% e Vírus 1%.
DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA INFECCIOSA
- Ocorre quando um microorganismo patogênico consegue SOBREVIVER (esterilização), se MULTIPLICAR (desinfecção), após INVADIR (criar barreiras) o hospedeiro, causando-lhe alguma injúria, disfunção ou destruição.
FONTES HUMANAS DE INFECÇÃO
- Portadores assintomáticos: os indivíduos podem portar uma infecção e serem capazes de transmiti-la sem manifestar qualquer sinal ou sintoma da doença;
Obs.: O protocolo de biossegurança tem por primeiro considerar que todos os pacientes são clinicamente doentes.
RISCOS DE INFECÇÃO CRUZADA
- O profissional contamina seus pacientes ao portar contaminantes no seu corpo ou vestimentas;
- Infecção de paciente: ocorrem com o uso de instrumentos não utilizados;
- Inoculação direta: ocorre através de um instrumento perfurocortante;
- Inoculação indireta: através de fluídos orgânicos. Ex.: aerossóis;
- Paciente imunodeficiente.
EXAME CLÍNICO
- Anamnese: história médica antecedentes familiares tratamento médicos pregressos exames laboratoriais;
- Exame clínico: sistemático, ordenado e completo.
Conceitos:
- Assepsia: todas as medidas possíveis para eliminar microrganismo, não sendo estéril, mas o mais próximo dessa concepção. Ex.: esterilização e bochecho com clorexidina;
- Antissepsia: coletar um tecido vivo e diminuir o número de microrganismos esfregando produtos. Ex.: bochecho com clorexidina 0,12% e lavagem de mãos com clorexidina a 0,2%. 
CLASSIFICAÇÃO DE SPAULDING
1) Procedimento crítico: são aqueles que entram em contato com a corrente sanguínea. Artigos críticos: alguns estéreis, esterilizáveis e outros descartáveis;
2) Procedimento semi-crítico: são aqueles que entram em contato com fluido orgânico (saliva), no qual o que não puder ser esterilizado deve ser desinfectado;
3) Procedimento não-crítico: são aqueles onde não há penetração no sistema vascular e não entram em contato com secreções orgânicas. Ex.: aferir PA e anamnese.
DESCONTAMINAÇÃO E LIMPEZA MANUAL
1º) Cubas ultrassônicas;
2º) Lavagem, secagem e embalar os materiais para o processo de esterilização.
- Validade da esterilização: 7 a 14 dias quando devidamente armazenado
	- Armazenamento: armários fechados, prateleiras de fácil limpeza, isento da presença de insetos e evitar manusear.
Obs.: Após o atendimento, a desinfecção deve ser feita da cadeira e mesa cirúrgica com álcool 70%.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
1º) Gorro máscara óculos: fonte secundária de infecção, pois não são estéreis;
2º) Retirar o jaleco;
3º) Capote lavagem de mãos luva cirúrgica.
- Gorro: uso obrigatório, independente do procedimento, quando do uso de alta rotação, micro-motor e peças de mão por estes produzirem aerossóis. Tem que proteger todo o cabelo;
- Máscara: deve ser confortável, ter boa adaptação aos contornos faciais, não tocar lábios e ponta do nariz, não irritar a pele, não provocar embaçamento dos óculos, não ter odor, ser descartável e com capacidade de filtrar partículas.
	Material utilizado
	Capacidade de filtração
	Fibra de vidro
	99%
	Fibra sintética
	99% (camada dupla ou tripla)
	Algodão (pano)
	18 a 50%
	Papel
	32%
	Espuma
	14%
· Recomendações: 
1) Verificar potencial de filtração;
2) Diminuir a produção de aerossóis (aspiração, isolamento, bochecho com clorexidina);
3) Antes do atendimento: escovação dentária e uso de antissépticos;
4) Verificar a adaptação da máscara;
5) Não puxar a máscara para a região do pescoço;
6) Não reutilizar, trocando a cada paciente;
7) Não tocar na máscara após calçar as luvas.
- Óculos: não passar álcool, podem ser colocados na cubra ultrassônica para desinfecção e ainda quando contaminados com fluídos orgânicos devem ser desinfectados por imersão em glutaraldeído a 2%;
- Calçar luvas cirúrgicas: perda da qualidade como barreira de proteção após 4hrs de uso;
- Luvas para exame clínico – sobreluva: luvas de plástico (vinil), descartáveis/estéreis. Utilizado como: sobre-luva para utilização de aparelho de RX, fotopolimerizador e etc;
TÉCNICA DE LAVAGEM DE MÃOS
- Eliminar microbiota residente e hospedeira;
- Degermação: ato de diminuir ou remoção parcial dos microrganismos da pele ou outros tecidos por métodos quimiomecânicos.
· Produtos: clorexidina 2%, polivilpirolidona (iodo), sabão líquido comum + álcool glicerinado ou sabão líquido + álcool 70%;
1º) Lavar com água até o cotovelo;
2º) Passar clorexidina a 2% em todas as regiões até o cotovelo;
3º) Escovar toda a pele em um sentido único, iniciando-se pelas unhas dedos palma da mão dorso da mão antebraço.
PREPARO DO PACIENTE
- Uso de gorro e óculos (apenas);
- Preparo da boca com uso de degermantes para diminuir a carga microbiana.

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