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LOGÍSTICA-INTERNACIONAL-1

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Faculdade de Minas 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LOGÍSTICA INTERNACIONAL 
 
 
 
Faculdade de Minas 
2 
 
Sumário 
 
LOGÍSTICA ..................................................................................................... 4 
HISTÓRIA DA LOGÍSTICA .......................................................................... 4 
HISTÓRIA DOS TRANSPORTES ................................................................ 6 
LOGÍSTICA EMPRESARIAL........................................................................ 8 
LOGÍSTICA E TRANSPORTES ................................................................. 10 
TIPOS DE MODAIS ................................................................................... 13 
COMÉRCIO EXTERIOR ................................................................................ 16 
LOGÍSTICA INTERNACIONAL...................................................................... 19 
FLUXO LOGÍSTICO ...................................................................................... 22 
REFERENCIAS ............................................................................................. 25 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
3 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, 
de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
4 
LOGÍSTICA 
 
Existe um conjunto de atividades chamado de logística, onde se tem 
suprimento de insumos, distribuição de produtos acabados e alguns fluxos reversos 
relacionados aos processos produtivos em geral. São usadas estratégias baseadas 
em transporte, estoque e informação nesses processos. O sistema de Logística foca 
no serviço de atendimento ao cliente com base no projeto e escolha de canais de 
suprimentos e de distribuição através de recursos de transporte, mesmo estas 
estratégias vêm se alterando no tempo. Nos anos 60 e 70, produtividade e 
informática era a grande questão. Já nos anos 80 vem o desafio de menor tempo e 
qualidade. Finalmente nos anos 90 surgiu a ideia de coordenação externa dos 
colaboradores e com ela a reestruturação organizacional, gerenciamento de riscos, 
custos baseados em atividades, e a globalização das operações. 
O planejamento logístico nas organizações está relacionado à adoção de 
medidas contínuas que visam à economia de valores gastos com frete e redução de 
estoques. Nesse sentido, a identificação de modais mais apropriados ao tipo de 
carga ou ao tipo de infraestrutura presente na região de origem é fundamental para 
a redução dos valores gastos com fretes, armazenagens, embalagens e 
transbordos. 
 
HISTÓRIA DA LOGÍSTICA 
 
Conforme Siqueira (2010), a palavra logística é derivada francês Logistique e 
tendo como significado: "a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da 
realização de projeto, desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, 
distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos 
ou administrativos". Ainda Segundo Siqueira (2010), a Logística também se refere a 
satisfação do cliente ao menor custo total. 
Assim definimos que os termos Logísticos e Cadeia de Suprimentos 
significam a mesma coisa, já que ambos têm a finalidade de satisfazer o cliente com 
o menor custo possível. A palavra logística, segundo outros historiadores, é 
 
 
 
Faculdade de Minas 
5 
proveniente do antigo grego logos, que significa razão, cálculo, pensar e analisar, a 
logística é vista também como ramo da ciência militar responsável por obter, dar 
manutenção e transportar material, pessoas e equipamentos. 
Outra definição para logística é: O tempo relativo ao posicionamento de 
recursos. Filho (2001.p.26), nos diz que, Logística é definido como o “Processo de 
planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e 
armazenagem de matéria-prima, estoque durante a produção e produtos acabados, 
desde do ponto de origem até o consumidor final, visando atender os requisitos do 
cliente.” 
De acordo com Rabelo (2014), a logística teve inicio na década de 50, onde o 
mercado vivia seus dias de tranquilidade, sem grandes cobranças por parte dos 
consumidores, onde o marketing era responsável pela distribuição dos produtos, os 
primeiros conceitos de logística surgiram a partir das atividades logísticas militares 
da Segunda Guerra Mundial, onde a administração mudou o foco da produção para 
a orientação do marketing começando a avaliar as necessidades dos clientes. 
 Mas o foco na distribuição física, que é o primordial da logística, veio em 
meados da década de 50 e 70, onde houve um desenvolvimento representativo em 
relação às teorias e práticas logísticas. Assim, as empresas passaram a melhorar a 
filosofia econômica de uma gestão melhor dos suprimentos em vez de estímulo de 
demanda. 
Ballou (1993), nos fala que, a logística são todas atividades de movimentação 
e armazenagem que melhoram o fluxo dos produtos desde a fabricação até o 
consumo final, e também os fluxos de informação que disponibilizam os produtos 
em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço de qualidade e 
menor preço possível. “A Logística é responsável pelo planejamento, operação e 
controle de todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até 
o consumidor [...]” (MARTINS; ALT, 2005, p.252). E com o desenvolvimento do 
capitalismo mundial, sobretudo a partir da Revolução Industrial, a logística tornou-se 
cada vez mais importante para as empresas num mercado competitivo uma vez que 
a quantidade de mercadorias produzidas e consumidas aumentou, e nos dias de 
hoje, com a globalização da economia, os conhecimentos de logística são de 
fundamental importância para as empresas. 
 
 
 
Faculdade de Minas 
6 
Goulart e Zanatta (2009), falam que foi em meados de 1980 que a logística 
surgiu no Brasil, exatamente depois de acontecer a explosão da Tecnologia da 
Informação. Surgindo algumas entidades dando enfoque a Logística como: 
ASBRAS (Associação Brasileira de Supermercados), ASLOG (Associação Brasileira 
de Logística), IMAM (Instituto de Movimentação e Armazenagem), entre outras, com 
objetivo de disseminar este novo conceito voltado para as organizações. 
Atualmente, é comemorado no dia 6 de junho é o Dia da Logística. A data é uma 
referência ao dia em que ocorreu possivelmente o maior movimento logístico já 
conhecido na história que foi o desembarque das forças aliadas na Europa, ao 
término da II Guerra Mundial, imortalizado como o “Dia D”. 
Enfim, a Logística é o principal departamento para exercer a atividade de 
redução de custo em uma organização, é impossível se pensar em otimização dos 
recursos, redução de custo, sem que não se pense em Logística antes. Com isso 
vem a necessidade de aliar conhecimento, habilidade e atitude ao capital humano 
na área de logística. 
 
HISTÓRIA DOS TRANSPORTES 
 
De acordo com Keedi (2004), na históriados transportes existem fases 
distintas. A primeira fase, situa-se antes da Revolução Industrial na qual, utilizava-se 
a força humana, a força animal, tanto para tração, bem como para carga, além das 
correntes de água e da força eólica. 
A segunda fase é compreendida logo após a Revolução Industrial, na qual, 
começam a utilizar o vapor, a eletricidade, além de máquinas de combustão como 
fontes de força motriz. Desde o início da utilização dos transportes, o modal mais 
utilizado foi o rodoviário, porque mesmo quando as cargas eram transportadas em 
animais, usavam-se vias de acesso para ir e vir. Muito tempo depois do 
desenvolvimento deste, o modal ferroviário começou a se desenvolver também. 
Além desses, existem também os modais marítimo, que também já é bem antigo, o 
aquaviário, o aeroviário e dutoviário. 
 
 
 
Faculdade de Minas 
7 
Estes, no decorrer de seus respectivos desenvolvimentos, foram se 
aprimorando e passando por mudanças. O fator de impacto para estas mudanças 
foi a condição de cada um deles. 
As condições de cada meio de transporte foram cruciais para determinar seu 
modelo de utilização bem como sua estrutura organizacional, além da definição dos 
direitos de propriedade sobre os mesmos, sendo uma estrada de rodagem mais 
utilizada do que uma estrada de ferro, pois diversos tipos de veículos fazem uso da 
mesma, o que no transporte ferroviário é mais difícil disso ocorrer visto ser um 
modal que aceita apenas o tipo de veículo para o qual foi projetada. (KEEDI, 2004). 
Os diversos modais, citados acima, compõem a matriz de transporte da 
maioria dos países. No que diz respeito à matriz de transporte brasileira, esta, vem 
sofrendo alterações ainda que muito discretas, com mudanças graduais e lentas, 
mas para um futuro distante. 
Para Keedi (2004), o modal rodoviário sempre se apresentou soberano em 
todos os aspectos porque até hoje, ele é o único capaz de realizar um transporte de 
ponta a ponta sem a necessidade de complementação de outros modais. 
Entretanto, na nova ordem Logística, este modal deverá integrar-se ao todo 
de modo a assumir um papel mais nobre do que o que vinha apresentando até o 
momento. Essa característica de cobrir desde o ponto de origem ao ponto de 
destino, tende a ser substituída por outro tipo de modal que seja mais indicado para 
longo curso, fazendo com que o rodoviário passe a atender as pontas do percurso, 
dependendo da quilometragem deste. 
O modal rodoviário deverá tornar-se um importante elo da intermodalidade e 
da multimodalidade que já existe no país em forma de lei, embora não de maneira 
funcional, facilitando o transporte, a distribuição e a entrega de mercadoria. 
Cumprindo esse papel, o modal rodoviário se tornará por assim dizer uma estrela do 
transporte, provavelmente na mesma linha do container. 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
8 
LOGÍSTICA EMPRESARIAL 
 
A logística é uma das atividades econômicas mais antigas e um dos 
conceitos gerenciais mais modernos. Resumidamente a logística está ligada 
diretamente à compra, armazenagem e distribuição de materiais e mercadorias, ou 
seja, é uma ferramenta que está presente desde o início da produção até seu 
destino final, sempre procurando diminuir custos (CAMPOS; BRASIL, 2008). 
Diante do contexto de globalização, onde cada vez mais as empresas estão 
inseridas em um mercado de concorrência global, a logística, ferramenta de gestão 
moderna, pode assegurar a competitividade das organizações. Esta nova dinâmica 
de mercado é marcada pela rapidez que transitam as informações tornando o 
ambiente empresarial cada vez mais incerto e inseguro. Dessa forma, a logística, 
como ferramenta empresarial, busca garantir a competitividade de um novo modelo 
de gestão que acompanhe o paradigma pós-industrial, aonde os fluxos de materiais 
tendem a se movimentar mais rapidamente. (SILVA, 2011). 
Não apenas hoje, mas há muito tempo, a logística está presente no cotidiano 
das pessoas, não se sabe exatamente quando ela surgiu, Razzolini Filho afirma 
que: 
Não sabemos exatamente quando o homem começou a transportar coisas, 
uma vez que a arqueologia não consegue determinar com precisão quando 
foi que o homem criou o primeiro equipamento (ou dispositivo) de 
transporte. Porém, temos certeza de que foi no momento em que o homem 
deixou de ser nômade para fixar-se em algum lugar que surgiu a 
necessidade de buscar coisas em outros lugares e, também, de levar para 
esses ambientes aquilo que ele poderia trocar com outros indivíduos. Na 
verdades, à medida que o ser humano foi se tornando agrário, dominando 
os recursos da natureza, iniciou-se um processo de desenvolvimento que 
demandou o transporte de bens de um lugar para outro, a fim de que se 
realizassem processos de trocas. (2009 p. 19). 
No início era apenas uma necessidade de transportar algo de um lugar para 
outro, mas essa ferramenta foi se aperfeiçoando com o passar do tempo e hoje ela 
se tornou uma ferramenta utilizada para reduzir gastos, ganhar competitividade 
diminuir estoque e muitas outras finalidades além do simples transporte de 
mercadorias. 
A partir da Segunda Guerra mundial tornou-se nítida a importância das 
atividades logísticas nas organizações. Com o advento de novas metodologias de 
 
 
 
Faculdade de Minas 
9 
produção, exemplificadas pelo just-in-time, no qual se substituiu a antecipação pela 
reação à demanda, o equacionamento logístico dos fluxos de materiais em toda a 
cadeia de suprimentos tornou-se fundamental. (LEITE, 2009) 
A figura a seguir demonstra as diversas áreas de atuação da logística 
empresarial: 
 
As definições de logísticas rementem à conclusão de um processo 
estratégico de gerenciamento das aquisições, movimentações e armazenagem de 
peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através das 
organizações e dos seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as 
lucratividades presentes e futuras por meio do atendimento de pedidos a baixo 
custo (CAMPOS; BRASIL, 2008). Os fluxos logísticos são fundamentais para a 
atividade empresarial, o objetivo de um gestor da área de logística é na verdade 
gerir toda a cadeia para reduzir custo e tempo, aperfeiçoar processos e 
consequentemente ganhar competitividade perante o mercado (SILVA, 2011). 
Existem várias características que apontam uma logística eficaz, Campos; 
Brasil apontam as seguintes: 
Uma logística eficaz coloca o produto certo, no local correto, no tempo 
exato, no estado adequado e ainda com custo competitivos: valores reais, 
verdadeiros. É considerada eficaz (como uma arma competitiva) a logística 
administrada de forma a possuir características como: Maiores 
 
 
 
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10 
expectativas no atendimento dos serviços; Pedido sempre perfeito (100% 
de conformidade com planos); Conectividade de informações em tempo 
real com ferramentas como EDI, internet, intranet e extranet; Maior 
racionalização de Supply Chain por meio de serviços compartilhados, com 
menos níveis de divisão de trabalho e com a utilização de tecnologias 
atualizadas. Isso significa fazer chegar aonde não chega hoje, assim como 
aonde os outros não chegam, com menor custo, mais rápido, com 
constância e com menos estoque. (2008, p. 145) 
 
Não basta apenas saber que a demanda afeta todo o processo produtivo, 
desde fornecedores até clientes. A adequada administração do abastecimento de 
forma integrada exige o conhecimento dos impactos causados (presentes e futuros) 
nas organizações envolvidas, assim como na sociedade em geral. (CAMPOS; 
BRASIL, 2008). 
 
LOGÍSTICA E TRANSPORTES 
 
A logística é uma variável extremamente importante no atual contexto 
mundial e globalizado, com o mundo integrado e sem fronteiras. Isto se deve ao alto 
grau de competitividade que as empresas têm sido obrigadas a mostrar para que 
possam participar neste jogo internacional de comercio exterior cada vez mais 
disputado porempresas e países. 
Para Ballou (2001, p. 19), a Logística está “para agrupar conjuntamente as 
atividades relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para administrá-las de forma 
coletiva é uma evolução natural do pensamento administrativo”. 
As demais atividades que fazem parte das relações comerciais internacionais 
são muito importantes. No entanto, a atividade de Logística tem se destacado das 
demais. É ela quem está fazendo a diferença na competitividade das empresas. Isto 
tem ocorrido no plano mundial. Pode-se dizer que no Brasil o que vem ocasionando 
estas mudanças é a privatização de operações portuárias, privatização operacional 
da malha ferroviária, o renascimento da navegação de cabotagem. 
Internacionalmente, a abertura econômica mundial tem sido uma das principais 
responsáveis por este cenário. 
 
 
 
Faculdade de Minas 
11 
A logística como diferencial competitivo agrega cada vez mais valor aos 
serviços de comercio exterior prestado por empresas e países. No atual cenário 
globalizado, o aumento da concorrência mundial tem impulsionado as empresas a 
atenderem satisfatoriamente aos seus clientes internacionais. Ligada a essa 
mudança comportamental dos mercados, viu-se a necessidade de adaptação 
destes à medida que o relacionamento entre empresas e clientes se desenvolvem e 
se afirmam. 
Sendo assim, a Logística vem em auxílio a estas organizações que procuram 
se destacar internacionalmente. Produtos semelhantes, várias empresas oferecem; 
o que irá diferenciar uma da outra será a forma, a rapidez e a eficiência com 14 que 
estes chegarão aos seus destinos finais. 
Também segundo Ballou (2001, p.38), “tem como objetivo [...] providenciar 
bens e serviços corretos, no lugar certo, no tempo exato e na condição desejada ao 
menor custo possível.” Para oferecer tais serviços, a empresa exportadora tem a 
necessidade de conhecer bem o mercado para o qual vai exportar, além de 
conhecer a cultura deste. De acordo com o Council of Logistics Management - CLM 
“é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e 
economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos 
acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, 
com o propósito de atender às exigências dos clientes”. 
Desse modo, os componentes da Logística, ou os elementos que a formam, 
são: 
 Processo de planejar, operar e controlar; 
 Fluxo e armazenagem (do ponto de origem a ponto de destino); 
 Matéria prima; 
 Produtos em processo 
 Informações; 
 Dinheiro. 
Tais componentes devem ser de forma econômica, eficiente e efetiva além de 
satisfazer as necessidades e preferências do cliente. 
 
 
 
Faculdade de Minas 
12 
Os componentes logísticos devem ser de mão dupla, ou seja, estes devem 
tanto levar informações do consumidor final ao fornecedor para promover mudanças 
e melhorias nos produtos, o fluxo de materiais vai em direção ao consumidor, e este 
devolve ao fornecedor o fluxo de dinheiro. Todos estes fluxos 15 devem ter uma 
finalidade fundamental, que é satisfazer as necessidades e preferências do 
consumidor final. Porém, 
Porém, dentro da Cadeia Logística, cada elemento é cliente de seu 
fornecedor. É neste ponto em que há a necessidade da gestão da cadeia, a fim de 
se estabelecerem parcerias fidedignas e que estejam atendendo aos objetivos 
comuns dos demais componentes da cadeia, chegando-se assim ao seu objetivo 
primário: a satisfação plena do consumidor final. Por isso, dentro da cadeia, se faz 
necessário um rígido controle para que cada um dos elementos estejam de acordo 
ao modificarem seus processos e ao se adequarem a fim de atender às 
necessidades específicas almejadas. (NOVAIS, 2004). Tendo estas premissas, a 
Logística moderna deve incorporar: 
 Prazos previamente acertados e cumpridos integralmente, ao longo de 
toda a Cadeia de Suprimento; 
 Integração efetiva e sistêmica entre todos os setores da empresa; 
 Integração efetiva e estreita (parcerias) com fornecedores e clientes; 
 Busca da otimização global, envolvendo a racionalização dos 
processos e a redução de custos em toda a Cadeia de Suprimento; 
 Satisfação plena do cliente, mantendo nível de serviço preestabelecido 
e adequado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
13 
TIPOS DE MODAIS 
 
Existem cinco tipos de modais: o aeroviário, o rodoviário, o aquaviário, o 
ferroviário e dutoviário e cada um possui uma característica própria, um custo 
diferenciado de acordo com a capacidade, agilidade, abrangência, o que permite ao 
departamento de logística a possibilidade de traçar suas estratégias para receber a 
mercadoria no momento certo a um custo adequado. 
Se compará-los em relação à velocidade, o modal que oferece mais agilidade 
é o modal aéreo, porém isso deve ser considerado para longas distâncias, pois o 
tempo de carga e descarga nos aeroportos é relativamente longo, o que pode 
neutralizar a vantagem deste modal sobre o rodoviário, em viagens de curta 
distância. (RAZZOLINI FILHO, 2009). 
Ainda de acordo com Razzolini Filho (2009, p. 144) “A velocidade do modal 
de transporte está relacionada ao tempo disponível para a realização da entrega 
dos bens nos prazos combinados e à distância pela qual esses bens serão 
transportados”. A figura abaixo apresenta a comparação entre os modais em função 
da sua velocidade: 
 
Devido a essa vantagem no fator velocidade, o modal aeroviário é indicado 
para cargas perecíveis, produtos de alto valor agregado ou materiais com urgência 
de recebimento ao destinatário. 
 
 
 
Faculdade de Minas 
14 
Outra comparação que pode ser realizada entre os modais é em relação à 
confiabilidade, ou consistência. Com base nesse parâmetro de comparação pode-se 
notar que o dutoviário aparece no topo, ao contrário do que acontece em relação à 
velocidade. Apresenta-se esse cenário, pois o modal dutoviário funciona 24 horas 
por dia, 7 dias por semana, independentemente das condições climáticas, já o 
modal aeroviário é extremamente dependente dessas condições. (RAZZOLINI 
FILHO, 2009) 
A figura abaixo apresenta a comparação entre os modais em função da 
confiabilidade: 
 
Ao comparar os modais de acordo com suas capacidades, levando em 
consideração um único veículo, o que se apresenta com maior capacidade é o 
modal aquaviário e o com menor capacidade o dutoviário. 
 
 
 
Faculdade de Minas 
15 
 
O modal ferroviário apresenta-se em segundo lugar, pois é possível montar 
composições com vários vagões, o que aumenta a capacidade de carga em uma 
mesma viagem. O aeroviário aparece como o terceiro colocado no quesito 
capacidade de movimentação, isso se dá porque atualmente existem aeronaves 
com grandes capacidades de carga. O modal rodoviário aparece em penúltimo lugar 
devido à baixa capacidade de movimentação de cargas em um único caminhão se 
comparado aos demais modais. (RAZZOLINI FILHO, 2009). 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
16 
COMÉRCIO EXTERIOR 
 
O comércio internacional inclui o comércio de mercadorias, bem como os 
ativos intangíveis, os fluxos de capitais e a internacionalização das atividades de 
serviços, especialmente transportes, turismo, telecomunicações e serviços 
empresariais, de um país para outro. 
O comércio internacional também pode ser entendido por contratos de 
construção de infra-estrutura e operações imobiliárias internacionais. A 
internacionalização da produção, com a deslocalização e assentamentos de 
pessoas para mão de obra em mercados estrangeiros refletiramse também no 
desenvolvimento do comércio exterior (CAVUSGIL; KNIGTH; RIESENBERGER, 
2010). 
Segre (2012, p. 02) afirma sobre as transações internacionais: 
O que leva os países a comercializarem entre si é a diversidade de 
possibilidades de produção, combinada às vantagens comparativas de 
produzir, com menor custo, um produto de melhor qualidade. Nenhum país 
é autossuficienteem tudo: exportam o excedente e importam o necessário 
para atender as necessidades de produção e consumo. 
O comércio internacional não é um fenômeno recente. Na verdade, já no 
século 19, o comércio internacional cresceu a uma taxa maior do que a da produção 
mundial. Esta tendência aumentou depois de 1945, de modo que o comércio entre 
1980 e 2000 no mundo em valores foi multiplicado por 3,3, enquanto a produção 
mundial foi de 1,6. Neste contexto, o comércio internacional é visto como um motor 
de crescimento para todas as economias (PIPKIN, 2005). 
O desenvolvimento do comércio internacional como se conhece atualmente 
teve sua primeira fase de expansão após o fim da II Guerra Mundial. Foi iniciado 
pelo desenvolvimento de vendas internacionais de bens, quer de matérias primas, 
produtos manufaturados ou produtos agrícolas (RACY, 2006). 
Este rápido crescimento do comércio internacional tem sido acompanhado 
por mudanças na estrutura, do ponto de vista da natureza dos produtos 
comercializados e na distribuição geográfica dessas trocas. Assim, durante os 
últimos dois séculos, a participação das manufaturas no comércio tem aumentado 
constantemente para se tornar dominante em detrimento de produtos agrícolas. 
 
 
 
Faculdade de Minas 
17 
Além disso, há cerca de duas décadas, a participação dos serviços no comércio 
internacional aumentou significativamente e agora eles ocupam um lugar central nas 
trocas externas (MARIUTTI, 2015). 
Contudo, não se deve confundir comércio internacional com globalização. 
Essa significa a livre circulação de bens e serviços, de capital e homens, enquanto 
as preocupações comerciais internacionais referem-se apenas ao fluxo de 
mercadorias e serviços (RACY, 2006). 
No comércio internacional, dois termos sempre são alvo de estudo: a 
exportação e a importação. O termo exportação significa todas as vendas de bens 
para fora de um país. Já a importação diz respeito a todas as aquisições de bens de 
fora de um país, seja de produtos de consumo ou a propriedade para uso em 
investimento (bens de capital) (PIPKIN, 2005). 
As razões pelas quais as nações fazem negócios estão relacionadas com o 
conceito de vantagem comparativa. O país tem uma vantagem comparativa se ele é 
capaz de produzir muito mais eficientemente do que outro. Com isso, vão se 
especializando em produtos em que eles têm uma vantagem e trocando com outras 
nações. Os recursos de um país (matéria-prima, clima favorável, mão de obra) são 
uma importante fonte de vantagem comparativa (CAVUSGIL; KNIGTH; 
RIESENBERGER, 2010). 
Por outro lado, a especialização permite que cada nação utilize o seu recurso 
abundante e, em certa medida compense a deficiência do seu recurso escasso. 
Além disso, o comércio internacional é um substituto para a mobilidade dos 
recursos. Ele também afeta os preços domésticos, o nível de emprego e todas as 
políticas internas dos governos (MARIUTTI, 2015). 
Ao longo dos anos, a abertura do comércio contribuiu consideravelmente 
para melhorar a participação dos países em desenvolvimento na economia global. O 
volume de exportações dessas nações tem aumentado mais rapidamente do que as 
exportações dos países desenvolvidos. Entre 2000 e 2008, o volume das 
exportações dos países em desenvolvimento quase dobrou, enquanto as 
exportações mundiais aumentaram apenas 50 por cento (mas como em todo o 
mundo, as exportações dos países em desenvolvimento declinaram em 2009, 
 
 
 
Faculdade de Minas 
18 
devido à crise financeira e econômica global) (CAVUSGIL; KNIGTH; 
RIESENBERGER, 2010). 
Porém, mesmo durante a crise econômica, o declínio no valor das 
exportações dos países em desenvolvimento foi menor do que as exportações dos 
países desenvolvidos. Por exemplo, em comparação com o primeiro trimestre de 
2007, as exportações dos países em desenvolvimento e os países desenvolvidos 
caíram 28 e 35 por cento, respectivamente, no segundo trimestre de 2009. Além 
disso, os valores de exportação países em desenvolvimento começou a declinar 
apenas no terceiro trimestre de 2008, enquanto que nos países desenvolvidos essa 
tendência começou no trimestre anterior. Também deve-se notar que as 
exportações dos países em desenvolvimento foram mais resistentes à crise, como 
evidenciado por sua recuperação mais sustentada (MARIUTTI, 2015). 
A Ásia é, sem dúvida, a região exportadora mais importante do grupo de 
países em desenvolvimento, com uma quota de exportações mundiais que subiu de 
10% por cento em 1990 para 21% em 2009. A África, a América Latina e o Oriente 
Médio têm visto aumentar a sua participação nas exportações mundiais 
(CAVUSGIL; KNIGTH; RIESENBERGER, 2010). 
Quando duas nações estão negociando, ambas beneficiam-se do comércio. 
Assim, cada país é capaz de consumir além da sua curva de capacidade de 
produção (BITENCOURT; BOLL, 2014). 
Devido aos reflexos que o comércio exterior traz para a economia das 
nações, os esforços devem ser intensificados, particularmente na redução das 
barreiras comerciais e também no transporte dos produtos país a país, tarefa que é 
exercida pela logística (PIPKIN, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL 
 
A atividade logística vem fazendo a diferença entre as empresas que atuam 
no Comercio Exterior, pois esta não é uma atividade que tem um molde de 
fabricação, assim como outras atividades onde os resultados serão os mesmos para 
16 qualquer empresa, ainda que tenham produtos e processos produtivos 
absolutamente iguais. Porque embora os processos em geral sejam os mesmos 
para qualquer empresa de uma determinada atividade, a forma de ação proporciona 
um resultado completamente diferente de uma para outra. (NOVAIS, 2004) 
O espectro de pontos de vista referente ao comércio globalizado oscila desde 
a ótica de exportações e importações até o conceito de empreendimento 
desnacionalizado. Embora certamente existam posições intermediárias, as 
diferentes perspectivas podem ser evidenciadas analisando-se as situações 
extremas. 
No tocante ao Brasil, o processo de ganho de importância da logística ainda 
tem um longo caminho pela frente. Nas próprias empresas, a criação de diretorias 
ou unidades de logística começou há poucos anos e ainda têm muito a avançar. 
Na questão portuária, a lei 8.630 de modernização e privatização das 
operações nos portos, de 1993, veio para aprimorar os processos e têm-se 
mostrado eficiente à medida que afasta o poder público desta atividade contribuindo 
assim para uma melhor organização e operacionalização efetuada por empresas 
privadas (KEEDI,2004). 
Com todas estas opções apresentadas, quer na área dos transportes, quer 
na área de embarque, desembarque e liberação dando aos donos e consignatários 
das cargas, a possibilidade de escolha, é fácil entender porque a logística assumiu 
um papel tão importante no atual momento brasileiro. Há poucos anos atrás, a 
alternativa de porto de embarque ou desembarque, era apenas a escolha do porto 
público a ser utilizado, e a escolha entre modais de transporte para escoamento da 
carga importada, bem como da transportadora rodoviária. 
Atualmente, com estas novas opções colocadas à disposição dos usuários, 
este pode optar qual o serviço utilizar e qual o tipo de modal a escolher. 
 
 
 
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Portanto, a Logística de transporte transformou-se numa arma extremamente 
poderosa na atividade de transferência da carga do ponto de origem ao ponto de 
destino, sendo que esta tem à sua disposição as mais diferentes opções de preço, 
qualidade e tempo, para citar apenas aquelas efetivamente mais importantes, e que 
comandam todas as demais. Por todos estes motivos, a logística significa uma 
grande parcela nos custos das empresas. 
Para Novais (2004), no moderno conceito de Supply Chain Manegement 
(SCM), as funções logísticas devem ser executadas de forma integrada tornando 
mais difícil a identificaçãode cada elemento dentro do sistema. Soma-se a isso, o 
fato de o SCM possuir um caráter estratégico, o que faz com que as decisões sejam 
tomadas com vista em objetivos mais amplos além de receberem um foco com 
resultados a longo prazo. Tais decisões são cruciais para a sobrevivência das 
empresas que fazem parte desta cadeia. Este trabalho considerará o enfoque 
destas num conceito abrangente, nas cadeias em que as empresas do SCM atuam 
de forma globalizada. 
A atuação no mercado internacional exige flexibilização. O comportamento 
dos consumidores no que diz respeito à tempo de atendimento de pedidos, 
variedade de produtos, aliado ao nível de desempenho cada vez mais eficiente em 
que a concorrência vem atingindo, são fatores relevantes no tocante ao nível de 
flexibilização que uma determinada empresa irá utilizar. Este tem sido 
freqüentemente usado como uma medida estratégica importante, um diferencial 
competitivo. 
Esta facilidade em flexibilizar-se de acordo com as variáveis acima, 
contribuem para maior notoriedade e maior penetração de mercado. No entanto, há 
de se distinguir quando, como, porque e se é necessário haver mudanças e se 
estas alcançarão o nível desejado de retorno por parte das empresas que as 
executarem. 
 De acordo com Novaes (2004, p. 347), “o conceito de flexibilidade e o 
contexto em que ela costuma ocorrer parecem não serem plenamente entendidos 
de forma clara e uniforme.” 
 
 
 
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Geralmente, as empresas de classe mundial, consideram a flexibilidade sob 
dois prismas: 
 a) A variedade de produtos (processos, mercados, ou atividades) em que a 
empresa tem de atuar; 
b) Grau de incerteza prevalecente na economia, nas finanças e nos 
mercados. 
Aqui, quando se fala em variedade, faz-se alusão ao mix de produtos 
oferecidos pela empresa; se fala em incerteza, liga-se a esta as flutuações 
mercadológicas e econômicas, as quais a empresa tem a habilidade e a rapidez na 
tomada de decisão, mudando os cronogramas preestabelecidos. 
Dentro deste conturbado contexto aparece como um dos elementos da 
economia globalizada, a flexibilidade crescente que vem sendo usada por empresas 
líderes, de classe mundial. A rápida e frequente evolução das tecnologias de 
comunicação, vem causando uma medida de uniformização parcial, demandada por 
povos diferentes em vários países ao redor do mundo. Para as indústrias, este tipo 
de padronização é importante, pois podem se valer da economia de escala ao 
fabricar grandes lotes sem variações na configuração do produto. 
As empresas seguem em sua guerra de concorrência para alcançar maior 
market share e maiores margens, sendo este um comportamento corporativo quase 
paradoxal pois alcança maior share a empresa que possuir consumidores em todas 
as classes sociais, sendo a C e a D as mais populosas, e que pedem um menor 
preço para que se atinja um maior numero possível de pessoas, tendo-se uma 
redução na margem de lucro, estes conceitos são inversamente proporcionais. 
No entanto, as empresas constantemente colocam em circulação novos itens 
e buscam aperfeiçoar suas operações cada vez mais. O ambiente empresarial, 
entretanto, tem ficado difuso com o passar do tempo, com as crescentes e 
constantes mudanças econômicas globais, as variações cambiais, níveis oscilantes 
de demanda, custo de mão–de-obra especializada cada vez maior, mudanças 
tecnológicas muito velozes e crises financeiras internacionais e regionais, fazendo 
com que estas fiquem atrasadas em seus processos produtivos (NOVAIS, 2004). 
 
 
 
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Outros fatores contribuem para mudanças no cenário corporativo de 
empresas exportadoras. Entre estes, pode-se citar os seguintes: 
 A revolução mundial de barreiras entre países com o surgimento de 
blocos econômicos como o Mercosul, a Alca e a Comunidade 
Européia; 
 Expectativa do mercado por produtos de maior valor agregado, com 
maior variedade e disponibilidade; 
 Alta volatilidade dos mercados financeiros e cambiais. 
Com todos estes fatores acima especificados, as empresas de classe 
mundial tem adotado o que chamam de Supply Chain Manegement Global. Estas 
tem suas subsidiarias alocadas em determinados paises, as quais coordenam as 
atividades operacionais das mesmas por conhecerem o mercado local de forma 
muito mais detalhada. 
De acordo com Novais (2004) portanto, à primeira vista, pode parecer 
estranho o fato dessas empresas operarem globalmente quando o cenário não é 
muito atrativo. No entanto, quando se analisa o mercado local onde as subsidiárias 
estão instaladas, o cenário muda. Esta situação propicia às empresas tornar 
possíveis suas atividades, além de lhes permitirem serem mais flexíveis. 
 
FLUXO LOGÍSTICO 
 
A figura abaixo demonstra o passo-a-passo para a exportação de uma 
mercadoria, sendo a atividade logística principiada na fábrica ou armazém de 
distribuição da empresa exportadora. A partir da venda iniciam-se as operações 
logísticas com o transporte interno, que pode acontecer através dos modais aéreo, 
rodoviário, ferroviário, aquaviário ou dutoviário, também conhecido como transporte 
interno. 
Esse translado é efetuado até uma alfândega, onde serão realizadas todas as 
etapas do processo de desembaraço aduaneiro para a exportação. Ao término do 
trâmite do desembaraço, a mercadoria é encaminhada para um terminal 
 
 
 
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aeroportuário, onde embarcará para o país de destino, aplicável para os modais 
aéreo e marítimo, caso o modal internacional seja o rodoviário, dutoviário ou 
ferroviário a mercadoria seguirá da zona alfandegada diretamente ao país de 
destino. 
Nesse interim acontece o transporte internacional, de acordo com a escolha 
do modal disponível, mais recomendável para mercadoria e escolha do exportador 
ou importador. Ao chegar ao país, o bem é recepcionado em um terminal 
aeroportuário e encaminhado para a alfândega do comprador para que seja feita a 
nacionalização, após essa etapa, se tem o transporte interno que levará a 
mercadoria até o local de destino. 
No local de origem a empresa possui os gastos com embalagem, 
acondicionamento, expedição. Entre o local de origem até a alfândega existe o 
gasto com um frete interno, esse transporte pode ser efetuado por diversos modais, 
os mais comuns são o rodoviário, ferroviário e em alguns casos o dutoviário, o 
aeroviário não é muito utilizado para pequenas distâncias devido a seu alto valor. 
Na alfândega os gastos são com impostos e prestadores de serviços e 
armazenagem. No momento em que a mercadoria é encaminhada ao terminal 
aeroportuário / portuário são pagas algumas tarifas, tais como armazenagem, 
capatazia e taxas aeroportuárias / portuárias. 
O departamento responsável pela logística internacional necessita conhecer 
o papel desempenhado pelos diferentes prestadores de serviços que participam 
cadeia: despachante aduaneiro, armador, agentes de carga, terminais de 
armazenagem em zona primária e secundária, alfândega, companhias áreas e 
marítimas, transportadoras, além do conhecimento da legislação que será 
responsável pela incidência dos impostos nas operações internacionais. 
Identificar os diferentes tipos de carga e preparar as cargas para o embarque 
(adequação de embalagens); distinguir as responsabilidades e os riscos logísticos 
entre vendedor e importador através dos incoterms e estruturar sistema de controle 
de custos da cadeia logística internacional são atividades primordiais para que o 
produto chegue com integridade ao seu destino, ao menor custo, garantindo a 
competitividade da empresa e sua participação no mercado internacional. 
 
 
 
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Outro aspecto relevante para o desenvolvimento da cadeia logística interna e 
internacional é conhecer as vantagens e desvantagens de cada modal de transporte 
e sua forma de contratação, a tabela a seguir apresenta de forma resumida asvantagens e desvantagens dos modais de transporte aeroviário, aquaviário, 
ferroviário, rodoviário, dutoviário: 
 
Para a escolha do modal adequado deve-se levar em consideração 
primeiramente a disponibilidade do modal na região de origem e de destino, em 
segundo lugar a urgência ou o tempo requerido para entrega da carga e só então 
levar-se-á em consideração a gestão de custos, sendo assim, a escolha do modal 
uma das funções relevantes nas operações do comércio exterior. 
 
 
 
 
 
 
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