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02 As instituições arquivísticas brasileiras

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Aula 02
 Arquivologia p/ Polícia Federal
(Escrivão) Pós-Edital
Autor:
Ricardo Campanario
Aula 02
17 de Janeiro de 2021
.
1 
 
 
Sumário 
Órgãos de Documentação - Memória & Patrimônio ................................................................................. 2 
1 - Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 2 
2 - Órgãos de Documentação ................................................................................................................... 3 
2.1 - Definições básicas .......................................................................................................................... 3 
2.2 - Origens ............................................................................................................................................. 5 
2.3 - Formas de Entrada ......................................................................................................................... 5 
2.4 - Processamento Técnico ................................................................................................................. 6 
2.5 - Públicos ............................................................................................................................................ 6 
3 - Organismos Arquivísticos ..................................................................................................................... 9 
3.1 - CONARQ - Conselho Nacional de Arquivos ............................................................................. 9 
3.2 - SINAR - Sistema Nacional de Arquivos..................................................................................... 12 
3.3 - Arquivo Nacional .......................................................................................................................... 14 
3.4 - SIGA - Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo ........................................................ 15 
4. Diagnóstico e realidade da situação arquivística brasileira ........................................................... 17 
4.1 - Definição e tipos de diagnósticos de situação arquivística ................................................... 17 
4.2 - Realidade arquivística brasileira ................................................................................................. 18 
5 - Considerações Finais .......................................................................................................................... 21 
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 22 
Gabarito .......................................................................................................................................................... 36 
Resumo ........................................................................................................................................................... 37 
 
Ricardo Campanario
Aula 02
 Arquivologia p/ Polícia Federal (Escrivão) Pós-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
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2 
 
ÓRGÃOS DE DOCUMENTAÇÃO - MEMÓRIA & PATRIMÔNIO 
1 - Considerações Iniciais 
Olá alunos e alunas! 
Vamos começar a terceira aula de nosso curso de Arquivologia. 
Apenas relembrando, já passamos por duas etapas de nossa jornada. Na primeira vimos os principais 
conceitos de Arquivologia e cada um dos seus princípios, além de estudar bastante os Arquivos e sua 
importância. 
Na última aula partimos para o estudo dos Documentos e suas principais classificações, além de 
estudar disciplinas que se dedicam ao cenário documental, como a Diplomática e a Paleografia. 
Nesta aula vamos continuar nos aprofundando nos temas de Arquivologia e vamos agora explorar os 
principais Órgãos de Documentação como os próprios Arquivos, Bibliotecas, Museus e Centros de 
Documentação, explorando suas semelhanças e diferenças. 
Ainda nesta aula trataremos dos principais órgãos arquivísticos existentes. Aqui no Brasil temos o 
Arquivo Nacional, que faz parte do Conarq, do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Estudaremos 
também a realidade da estrutura arquivística nacional, seu cenário e exemplos, a título de ilustração. 
Tudo isso vai nos levar naturalmente a entender a importância de todos esses órgãos na preservação 
da memória e patrimônio do país. Passaremos certamente por essa discussão até o final da aula. 
Bem, é isso. O conteúdo de hoje, mais uma vez, é bastante cobrado em prova, especialmente as 
comparações entre diferentes órgãos arquivísticos, que veremos logo no início da aula. Como temos visto, 
muitas vezes os conceitos não são complexos, mas são detalhados e exigem estudo para o entendimento ou 
mesmo memorização. 
Abaixo seguem meus contatos para dúvidas e sugestões. 
Vamos em frente! 
Instagram: https://www.instagram.com/ricardocampanario 
Boa aula! 
 
Ricardo Campanario
Aula 02
 Arquivologia p/ Polícia Federal (Escrivão) Pós-Edital
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2 - Órgãos de Documentação 
 
Vamos falar nesta aula especialmente sobre os Órgãos de Documentação: arquivos, bibliotecas, 
museus e centros de documentação. 
Todos verdadeiramente funcionavam como depósitos de documentos, independentemente de suas 
espécies. 
Com a evolução da disciplina da Arquivologia, da tecnologia e de outros adventos como o surgimento 
da imprensa, estes órgãos de documentação passaram a ter escopos e objetivos distintos, que é o que 
vamos estudar a partir de agora. 
Note que todos eles ainda possuem a função de guarda como atividade principal, o pode ser 
encarado como a maior semelhança entre eles. 
Além disso, podemos assumir que recolher documentos, trata-los, transferi-los e difundir 
informações é o objetivo convergente de todos esses órgãos. Por outro lado, há alguns outros objetivos 
específicos de cada um que atualmente são significativamente diferentes. E são justamente esses os mais 
cobrados pelas bancas. 
Dessa forma, segundo Heloísa Bellotto, "partindo de material diverso e através de 
mecanismos técnicos completamente distintos, essas instituições devem estar aptas a 
cobrir, da maneira mais completa possível, um campo de investigação. Tem em comum, 
portanto, as finalidades a que se destinam e o papel que ocupam no processo social, 
cultural e administrativo de uma sociedade". 
Bellotto chama ainda atenção para o campo de investigação, exclusivo para cada um dos órgãos, 
assim como para o papel comum de todos eles, ou seja, a importância que representam para a sociedade 
em relação ao seu processo social, cultural e administrativo e seus objetivos convergentes de recolher 
documentos, trata-los, transferi-los e difundir informações. 
 
2.1 - Definições básicas 
 Feita esta pequena introdução, vamos começar a definir cada um dos órgãos de documentação. Isso 
cai muito em prova e é simples. Basta ter alguma intimidade com os conceitos para faturar alguns pontinhos 
em prova. 
Vou aqui utilizar as definições propostas por Marilena Leite Paes que, em geral, são as mais utilizadas 
pelas bancas. Atenção! 
Ricardo Campanario
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Arquivo - é a acumulação ordenada de documentos, em sua maioria textuais, criados por 
uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e preservados para a consecução de 
seus objetivos, visando a utilidade que poderão oferecer no futuro. 
Biblioteca - é o conjunto de material, em sua maioria impresso, disposto ordenadamente 
para estudo, pesquisa e consulta. 
Museu - é uma instituição de interesse público, criada com a finalidade de conservar, 
estudar e colocar à disposição do público conjuntos de peças e objetos de valor cultural. 
Centro de Documentação - é o órgão de documentação que colige (reúne), armazena, 
classifica, seleciona e dissemina toda a informaçãoe documentos sob seu poder. Inclui 
atividades da biblioteconomia, da arquivística e da informática. 
 Veremos adiante que o que determina a condição de um documento como sendo de arquivo, 
biblioteca, museu ou centro de documentação é a razão de sua origem e de seu emprego e não o suporte 
sobre o qual está constituído. 
 Dessa forma, a maneira pela qual se origina o acervo em questão e o tipo de documento a ser 
preservado são fundamentais para essa definição: 
- um impresso ou audiovisual resultante de atividade cultural e técnica ou científica, seja ela criação 
artístico-literária, pesquisa ou divulgação -> documento de biblioteca 
- material de gama variável desde que seja oriundo de atividade funcional ou intelectual de 
instituições ou pessoas e produzido de forma natural e relativa à suas funções -> documento de 
arquivo 
- objetos de origem artística ou funcional -> museu 
 Já em relação aos fins, temos: 
Bibliotecas e museus - fins didáticos, culturais, técnicos ou científicos 
Arquivos - fins administrativos e jurídicos 
Em resumo, os documentos de biblioteca instruem e ensinam, enquanto os de arquivo provam. 
Ricardo Campanario
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Por último, os centros de documentação, no que se refere tanto a origem como aos fins (emprego) 
de seus documentos, representam o agrupamento de tudo que foi acima discutido. 
Como podem ser definidos também como a "transposição das informações primárias para outros 
recursos", segundo Heloísa Bellotto, os centros de documentação acabam absorvendo todas as 
características das demais instituições. 
Sendo assim, têm como finalidade informar com objetivos cultural, científico, funcional ou jurídico, 
conforme a natureza do material reproduzido ou referenciado. Note que é uma mescla dos fins estudados 
(culturais e científicos - bibliotecas / administrativos e jurídicos - arquivos), assim como mistura também 
diferentes origens de materiais. 
Vamos estudar isso de forma mais detalhada. 
2.2 - Origens 
De acordo com a origem de seus documentos, veja abaixo como cada um dos órgãos de 
documentação pode ser caracterizado: 
 Arquivo - produzidos por entidade público ou privada ou por família ou pessoa no desempenho de 
suas funções naturais, gerando relação orgânica entre esses documentos (lembre-se dos Princípios da 
Organicidade e da Cumulatividade, já estudados nesse curso). Surgem basicamente por motivos funcionais 
administrativos e legais. Devem provar ou testemunhar alguma coisa e podem ser manuscritos, impressos 
ou audiovisuais. Em geral são exemplares únicos produzidos sobre formas e suportes variados. 
 Biblioteca - resultam de criação artística ou pesquisa. Material que informa para instruir ou ensinar 
nos campos científico, humanístico, filosófico, etc. Documentos são geralmente gráficos (impressos, 
manuscritos, mapas, plantas, etc.) ou audiovisuais. Forma usual é, além de impressa, múltipla (muitos 
exemplares, ao contrário dos arquivos). São mais acessíveis e mais conhecidos pelo grande público. 
 Museu - surgem da criação artística ou da produção material de uma comunidade. Testemunham 
épocas ou atividades, informando visualmente a audiência de acordo com a proposta da instituição. 
Geralmente são objetos tridimensionais, dos mais variados tipos, formas, dimensões, etc. 
 Centro de Documentação - são geralmente reproduções ou referências virtuais que podem prover 
de bibliotecas, museus ou arquivos. Material sonoro, gravado ou em suporte eletrônico também é 
característico deste órgão de documentação. 
2.3 - Formas de Entrada 
Arquivo - é um órgão receptor (recolhe naturalmente o que produz a administração do órgão ao qual 
presta serviços). Documentos do acervo são reunidos de acordo com origem e função. Seus objetivos 
primários são jurídicos, funcionais e administrativos; secundários são culturais e de pesquisa histórica. Sua 
fonte geradora é única: a própria organização ou a pessoa ligada ao arquivo. A este processo dá-se a 
denominação de "recolhimento" ou "acessões" por transferência ou por depósito. O arquivista avalia todo 
este material. 
Ricardo Campanario
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==15c02a==
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 Biblioteca - é um órgão colecionador (reúne artificialmente o material que surge e interessa a sua 
especialidade). Unidades reunidas pelo conteúdo (assunto). Possui objetivos culturais, técnicos e científicos 
e múltiplos fornecedores (livrarias, editoras, gráficas, etc.). Já a este processo dá-se o nome de "aquisições", 
ou seja, compras, doações e permutas. O bibliotecário seleciona e classifica o material. 
 Museu - também é um órgão colecionador. Coleção é artificial e classificada segundo a natureza do 
material e finalidade do próprio museu. Objetivos educacionais e culturais. 
 Centro de Documentação - é um órgão colecionador e referenciador (quando referencia dados sem 
armazenar documentos). Objetivos exclusivamente científicos. Coleção formada de originais ou 
reproduções. Segundo Viviane Tessitore, no manual “Como implantar Centros de Documentação”, estas 
instituições são mesclas de arquivos, bibliotecas e museus, e podem reunir seu acervo a partir da compra, 
doação ou permuta de suas unidades documentais. 
2.4 - Processamento Técnico 
Em relação ao tratamento documental (ou técnico), veja abaixo as principais variações entre os 
métodos empregados pelos órgãos de documentação: 
Arquivo - tratamento técnico não é realizado por unidade, mas por séries documentais, que formam 
agrupamentos lógicos e orgânicos dentro dos diferentes fundos. Nos arquivos usam-se as técnicas de 
registro, arranjo (de acordo com a proveniência) e descrição (constituindo agregado de peças, diferente da 
biblioteca e sua abordagem descritivo individual), gerando guias, inventários, catálogos, etc. 
 Biblioteca - tratamento documental é feito peça por peça, de forma isolada. Usa-se os métodos de 
tombamento, classificação e catalogação descritiva por meio de fichários e de sistemas lógicos pré-
determinados, ao contrário dos arquivos que tem abordagem orgânica e funcional. 
Museu - tratamento documental também é feito peça por peça. Assim como nas bibliotecas, usa-se 
as técnicas de tombamento e de catalogação, com o uso de inventários e catálogos. 
 Centro de Documentação - tratamento varia de acordo com a natureza do material. Dessa forma, 
usa-se, portanto, praticamente todas as técnicas listadas: tombamento, classificação e catalogação, com o 
uso de fichários ou computador. 
2.5 - Públicos 
Em relação aos principais públicos usuários, cada um dos órgãos de documentação também tem as 
suas características: 
Arquivo - enquanto nos períodos da primeira e segunda idade (arquivos corrente e intermediário), 
tem seu público composto pelo administrador e demais produtores do documento dentro da organização, 
além de profissionais jurídicos, pesquisadores ou cidadãos. Já no período da terceira idade (arquivo 
permanente), o público passa a ser composto majoritariamente por historiadores ou profissionais cujas 
funções estejam relacionadas com o material disponível. 
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 Biblioteca - é o órgão que possui a audiência mais estendida. Atende a pesquisadores (acadêmicos e 
professores) e o grande público, que vai dos estudantes ao cidadão comum. 
Museu - possui o público ligado ao seu posicionamento e ao que suas dependências oferecem sob o 
ponto de vista de entretenimento e lazer. 
 Centro de Documentação - público composto basicamente por pesquisadores que buscam os mais 
variados tipos de documentos em diferentes suportes, respeitando a especialização do centro. 
 Visto tudo isso, conclui-se, de acordo com Heloisa Bellotto, que "arquivos, bibliotecas, centros de 
documentação e museus têm, portanto,fronteiras bem definidas. Não devem ser confundidos nem quanto 
à documentação que guardam, nem quanto ao trabalho técnico que desenvolvem a fim de organizar seus 
acervos e de transferir e disseminar informação. Sendo instituições públicas ou particulares preocupadas 
com a transmissão cultural e com a custódia e a divulgação de informações técnicas e científicas, possuem, 
cada uma, per si, um espaço social próprio e independente no qual devem agir". 
 Trago o quadro abaixo para tentar esquematizar as principais diferenças entre cada um dos órgãos 
de documentação 
 ARQUIVO BIBLIOTECA MUSEU 
CENTRO DE 
DOCUMENTAÇÃO 
TIPO DE 
SUPORTE 
Manuscritos, 
impressos, 
audiovisuais, 
exemplar único 
Impressos, 
manuscritos, 
audiovisuais, 
exemplares 
múltiplos 
Objetos 
bi/tridimensionais, 
exemplar único 
Audiovisuais 
(reproduções) ou 
virtual, exemplar 
único ou múltiplo 
TIPO DE 
CONJUNTO 
Fundos; 
documentos 
unidos pela 
proveniência 
(origem) 
Coleção; 
documentos unidos 
pelo conteúdo 
Coleção; 
documentos 
unidos pelo 
conteúdo ou pela 
função 
Coleção; documentos 
unidos pelo conteúdo 
PRODUTOR Máquina 
administrativa 
Atividade humana 
individual ou 
coletiva 
Atividade 
humana, a 
natureza 
Atividade humana 
FINS DE 
PRODUÇÃO 
Administrativos, 
jurídicos, 
funcionais e 
legais 
Culturais, científicos, 
técnicos, artísticos, 
educativos 
Culturais, 
artísticos, 
funcionais 
Científicos 
 
OBJETIVO Provar, 
testemunhar 
Instruir, informar Informar, entreter Informar 
ENTRADA DOS 
DOCUMENTOS 
Passagem 
natural de fonte 
geradora única 
Compra, doação, 
permuta de fontes 
múltiplas 
Compra, doação, 
permuta de fontes 
múltiplas 
Compra, doação, 
pesquisa 
PROCESSMENTO 
TÉCNICO 
Registro, 
arranjo, 
Tombamento, 
classificação, 
Tombamento, 
catalogação: 
Tombamento, 
classificação, 
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descrição: guias, 
inventários, 
catálogos, etc. 
catalogação: 
fichários 
inventários, 
catálogos 
catalogação: fichários 
ou computador 
PÚBLICO Administrador e 
pesquisador 
Grande público e 
pesquisador 
Grande público e 
pesquisador 
Pesquisador 
Quadro adaptado de "Arquivos Permanentes - Tratamento Documental" - Bellotto, Heloísa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 - Organismos Arquivísticos 
Enquanto os órgãos de documentação, como acabamos de ver, são os órgãos que recolhem (recebem 
ou colecionam) documentos, tratam, transferem e difundem informações e dividem-se em arquivos, 
bibliotecas, museus e centros de documentação, os organismos arquivísticos são instituições que regulam, 
monitoram e normatizam a atividade arquivística nos ambientes que estão sob sua jurisdição. 
Alguns exemplos que talvez você já tenha ouvido falar são o Arquivo Nacional, o CONARQ, o SINAR 
e o SIGA. Conhece algum deles? Se não conhece, não há problema. Estudaremos com calma cada um deles 
logo adiante, mas, antes disso, vamos conhecer um pouco do contexto arquivístico brasileiro e em seguida 
estudamos todos esses organismos. Vamos lá. 
Após cerca de três décadas tentando criar no Brasil uma legislação específica arquivística, em 
08/01/1991 foi finalmente promulgada a Lei 8.159/91 que dispõe sobre a política nacional de arquivos 
públicos e privados. 
 Já falamos um pouco sobre a Lei 8.159/91 nas aulas anteriores e falaremos ainda mais quando 
chegarmos as aulas de legislação arquivística mas, por enquanto, é importante saber que a Lei atribuiu ao 
Conarq (Conselho Nacional de Arquivos), órgão vinculado ao Arquivo Nacional do Ministério da Justiça, 
definir a política nacional de arquivos como órgão central do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). 
Vejamos o artigo 26 da Lei, constante em suas disposições finais: 
Artigo 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), órgão vinculado ao 
Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um 
Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). 
Segundo Marilena Leite Paes, a criação do Conarq foi "um grande passo para o estabelecimento de 
uma eficiente rede de arquivos públicos e privados, que possibilitará o aperfeiçoamento das instituições, a 
simplificação e a racionalização de procedimentos...", entre outros benefícios que exploraremos mais 
adiante. 
 
3.1 - CONARQ - Conselho Nacional de Arquivos 
Bem, acabamos de ver no tópico anterior que o Conarq é o principal responsável pela elaboração 
das políticas públicas relacionadas a arquivos no Brasil. 
Isso consta no artigo 1o do Decreto 4.073/2002, que é o Decreto que regulamenta a Lei 8.159/91. 
Vejamos: 
O Conselho Nacional de Arquivos - Conarq, órgão colegiado, instituído no âmbito do 
Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por 
finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados. 
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Desde sua criação, o Conarq (que deve funcionar no prédio do Arquivo Nacional) tem disponibilizado 
ao mercado e aos diversos órgãos de documentação do país um robusto conjunto de normas que regulam 
matérias arquivísticas sobre diversos temas relativos à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos 
públicos. 
O Conarq é o responsável pela edição de decretos regulamentadores da Lei n. 8.159, e de resoluções 
que tratam de temas diversos relativos à gestão de documentos convencionais e digitais, microfilmagem, 
digitalização, transferência e recolhimento de documentos de qualquer suporte, classificação, 
temporalidade e destinação de documentos, acesso aos documentos públicos, capacitação de recursos 
humanos, terceirização de serviços arquivísticos públicos, dentre outros. 
Agora vamos olhar as principais funções e papéis do Conarq. Em relação à legislação entraremos mais 
a fundo em aula específica, mais próxima do final do curso. Não se preocupe. Abordaremos isso na hora 
correta. 
Além dos papéis de definidor de políticas e normativas, como já vimos, o Conarq promove ações 
técnico-científicas, como seminários e cursos, por intermédio de suas Câmaras Técnicas e Setoriais, e 
Comissões Especiais, constituídas por especialistas da área arquivística e de outras áreas do conhecimento 
como ciência da informação, biblioteconomia, tecnologia da informação, administração e direito. 
Finalmente, o Conarq, como uma das principais fontes de informação sobre arquivos, padrões e 
melhores práticas arquivísticas, produz e divulga um amplo repertório de publicações técnicas, com o 
objetivo de disseminar conhecimento arquivístico. 
Após a sua criação em 1991, por meio da Lei 8.159, foi regulamentado em 2002 por meio do Decreto 
4.073/02, vejamos as suas principais competências (trago apenas as principais e que costumam ser mais 
cobradas em provas), previstas neste mesmo Decreto em seu Artigo 2o (já atualizado com a nova redação 
trazida pelo Decreto 10.148/2019): 
 - Estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, 
visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivos. 
- Promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao 
intercâmbio e à integração sistêmica das atividades arquivísticas. 
- Propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública atos normativos necessários 
ao aprimoramento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e 
privados. 
- Zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e legais que norteiam o 
funcionamento e o acesso aos arquivos públicos. 
- Estimular programas de gestão e de preservação de documentos públicos de âmbito 
federal, estadual, distrital e municipal, produzidos ou recebidos pelo Poder Público. 
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- Subsidiar a elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo metas e 
prioridades da política nacional de arquivos públicos e privados. 
- Estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e nos Poderes Executivo e Legislativo 
dos Municípios. 
- Identificar os arquivos privados de interesse público e social, nos termos do art. 12 da 
Lei nº 8.159, de 1991. 
- Estimular a integração e modernização dos arquivos públicos e privados. 
- Propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública a declaração de interesse 
público e social de arquivos privados. 
- Manter, por meio do Arquivo Nacional, intercâmbio com outros colegiados e instituições, 
cujas finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover e receber 
elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações. 
- Propor a celebração, por meio do Arquivo Nacional, de acordos, convênios, parcerias e 
termos de cooperação técnica com órgãos e entidades públicas e privadas em matéria de 
interesse mútuo (incluído pelo Decreto 10.148/2019). 
- Editar orientações técnicas para a implementação da política nacional de arquivos, por 
meio de resolução (incluído pelo Decreto 10.148/2019). 
A representatividade do Conarq é assegurada não só entre representantes da esfera governamental 
como entre representantes da sociedade civil. 
O Conselho é presidido pelo diretor geral do Arquivo Nacional e possui membros conselheiros, 
representantes dos 3 Poderes Federais, de instituições de ensino e pesquisa, dos Arquivos Públicos Estaduais, 
Distrital e Municipais, de associações de arquivistas, entre outras entidades representadas. 
A intenção desta pluralidade na representação é justamente equilibrar os interesses do Estado e da 
sociedade. 
Para agilizar a operacionalização do SINAR (veremos mais detalhes abaixo), foram criadas diversas 
comissões e câmaras técnicas para a elaboração de estudos e normatizações necessárias a áreas específicas 
do cenário de arquivologia brasileiro. 
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Esta parte da aula é bastante teórica. Pare e dê um tempinho. Tome uma água ou refresque a cabeça 
por 5-10 minutos. Vamos agora falar do SINAR, o Sistema Nacional de Arquivos. 
3.2 - SINAR - Sistema Nacional de Arquivos 
O art. 26 da Lei nº 8.159/91, como vimos acima, criou o Conselho Nacional de Arquivos - Conarq e 
também institui o Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, cuja competência, organização e funcionamento 
também estão regulamentados pelo Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002. 
Note que, de acordo com esse dispositivo legal, em seu artigo 10o., o SINAR tem por finalidade 
implementar a política nacional de arquivos públicos e privados, visando à gestão, à preservação, e ao 
acesso aos documentos de arquivo. Isso é o que é mais cobrado em prova sobre o SINAR: implementar a 
política nacional de arquivos. 
Para que fique mais claro, lembre-se que o SINAR é um sistema composto por diversas 
organizações brasileiras (especialmente órgãos de documentação) relacionadas à 
Arquivística no país. Sua principal função é a implementação de uma política nacional de 
arquivos. Tem como órgão central o próprio Conarq. 
De acordo com o Artigo 12 do Decreto 4073/2002, integram o SINAR o Arquivo Nacional, os arquivos 
do Poder Executivo Federal, os arquivos do Poder Legislativo Federal, os arquivos do Poder Judiciário 
Federal, os arquivos estaduais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os arquivos do Distrito Federal 
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os arquivos municipais dos Poderes Executivo e Legislativo. 
Além disso, as pessoas físicas e jurídicas de direito privado, detentoras de arquivos, podem integrar 
o SINAR mediante acordo ou ajuste com o órgão central. Veja abaixo ilustração retirada do site do Conarq. 
O Decreto estabelece ainda que todos os integrantes do SINAR ilustrados abaixo seguirão as 
diretrizes e normas emanadas do Conarq, sem prejuízo de sua subordinação e vinculação administrativa. 
 
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Ilustração extraída de http://conarq.arquivonacional.gov.br/o-sinar.html 
Por fim, o artigo 13 do mesmo Decreto 4073/2002, lista as competências do Sistema Nacional de 
Arquivos - SINAR. Vejamos na sequência: 
I - Promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e aos documentos na sua esfera 
de competência, em conformidade com as diretrizes e normas emanadas do órgão central; 
II - Disseminar, em sua área de atuação, as diretrizes e normas estabelecidas pelo órgão central, 
zelando pelo seu cumprimento; 
III - Implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma a garantir a integridade 
do ciclo documental; 
IV - Garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor permanente; 
V - Apresentar sugestões ao Conarq para o aprimoramento do SINAR; 
VI - Prestar informações sobre suas atividades ao Conarq; 
VII - Apresentar subsídios ao Conarq para a elaboração de dispositivos legais necessários ao 
aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e privados; 
VIII - Promover a integração e a modernização dos arquivos em sua esfera de atuação; 
IX - Propor ao Conarq os arquivos privados que possam ser considerados de interesse público 
e social; 
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X - Comunicar ao Conarq, para as devidas providências, atos lesivos ao patrimônio arquivístico 
nacional; 
XI - Colaborar na elaboração de cadastro nacional de arquivos públicos e privados, bem como 
no desenvolvimento de atividades censitárias referentes a arquivos; 
XII - Possibilitar a participação de especialistas de órgãos e entidades, públicos e privados, nas 
câmaras técnicas e na Comissão de Avaliação de Acervos Privados; 
XIII - Proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem aos técnicos da área de arquivo, garantindo 
constante atualização. 
3.3 - Arquivo Nacional 
O Arquivo Nacional está subordinado ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública desde 2011, 
por força do Decreto 7.430/2011. Antes disso o Arquivo Nacional ficou décadas subordinado ao Ministério 
da Justiça até que em 2000 sua subordinação foi transferida para a Casa Civil, onde ficou até 2011 quando 
retornou ao Ministério da Justiça. 
De acordo com o Decreto 10.148/2019 em seu artigo 2o A, tem as seguintes competências: 
 
Art. 2º-A Compete ao Arquivo Nacional, quanto à implementação da política nacional de 
arquivos públicos e privados, no âmbito da administração pública federal: 
I - celebrar acordos, convênios, parcerias e termos de cooperação com órgãos e entidades 
públicas e privadas em matéria de interesse mútuo; 
II - propor atos normativos ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública relativos 
ao aprimoramento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e 
privados; 
III - fornecer subsídios para o arquivamento de documentos públicos em meio eletrônico, 
óptico ou equivalente, observado a legislação; e 
IV - estabelecer as diretrizes para a preservação e o acesso aos documentos públicos, 
independentemente de sua forma ou natureza. 
Voltando ao que discutimos em algumas aulas anteriores, os grandes arquivos nacionais surgiram 
provavelmente na civilização grega. Veja abaixo. 
Segundo o arquivista Schellenberg, "nos séculos V e IV a.C. os atenienses guardavam seus 
documentos de valor no templo da mãe dos deuses, isto é, no Metroon, junto à corte de justiça na praça 
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pública em Atenas. No templo conservavam-se os tratados, leis, minutas da assembleia popular e demais 
documentos oficiais". 
Note que, desde essa época, já havia o interesse das sociedades em guardar seus documentos mais 
importantes - que registravam sua história, sua evolução e direitos e deveres da sociedade e de cidadãos - 
em locais específicos, públicos e revestidos de simbolismo. 
Vale lembrar também que, ao longo de muito tempo, os documentos adquiriam autenticidade com 
base no local onde eram depositados. Isso é muito importante. Muitos documentos, independentemente de 
serem ou não autênticos, ganhavam credibilidade em função do local de depósito. 
Lembre-se que foi isso que despertou o pensamento crítico em relação a documentos que conferiam 
inúmeros benefícios e privilégios, sobretudo à igreja e a nobreza, o que incentivou o surgimento de 
disciplinas que objetivavam de fato determinar se o documento era autêntico ou não, como por exemplo a 
Diplomática e a Paleografia. 
Conto tudo isso pois essa foi a origem dos arquivos nacionais e dos grandes arquivos públicos em 
todo o mundo. 
Aqui no Brasil, o Arquivo Nacional, criado em 1838, está sediado no Rio de Janeiro e é o órgão central 
do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivos-SIGA, da administração pública federal, integrante da 
estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública. 
De acordo com a Lei 8.159/1991 em seu artigo 18, compete ao Arquivo Nacional a gestão e o 
recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e 
facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de 
arquivos. 
Já de acordo com o artigo 4o. do Decreto 4073/02, caberá ao Arquivo Nacional dar o apoio técnico e 
administrativo ao CONARQ. 
Tudo isso visa garantir o pleno acesso à informação, apoiar as decisões governamentais de caráter 
político-administrativo, o cidadão na defesa de seus direitos e incentivar a produção de conhecimento 
científico e cultural. 
3.4 - SIGA - Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo 
Falamos no tópico anterior sobre o SIGA, relatando que o Arquivo Nacional é seu órgão central 
(enquanto entre Conarq e Arquivo Nacional temos a relação de vínculo, que já vimos. Cuidado para não se 
confundir). Vamos estudar então o histórico do SIGA, seus objetivos, competências e composição. 
No ano de 1980 têm início o Programa de Modernização do Arquivo Nacional, bem como a retomada 
das relações técnicas com os órgãos e entidades da administração pública federal. Essas ações permitiram 
delinear uma política arquivística para o governo federal. 
Na década de 1990 é concebido o Sistema Federal de Arquivos do Poder Executivo – SIFAR, como a 
primeira tentativa de articulação sistêmica das atividades de gestão de documentos, que entre os anos 
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de 2000 e 2001 foi aperfeiçoado, passando a ser denominado Sistema de Gestão de Documentos e 
Informações – SGDI, do Poder Executivo Federal. 
Após esse momento, estudos e proposições são elaboradas visando à concretização do Sistema de 
Gestão de Documentos, o que resulta na edição do Decreto 4.915/03, que cria o Sistema de Gestão de 
Documentos de Arquivo - SIGA, da administração pública federal, organizando, sob a forma de sistema, as 
atividades de gestão de documentos de arquivo no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública 
Federal. 
De acordo com o artigo 2º do Decreto 4.915/03, tome nota das principais competências do SIGA: 
I - Garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração pública federal, de forma 
ágil e segura, o acesso aos documentos de arquivo e às informações neles contidas, 
resguardados os aspectos de sigilo e as restrições administrativas ou legais; 
II - Integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos de arquivo desenvolvidas 
pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram; 
III - Disseminar normas relativas à gestão de documentos de arquivo; 
IV - Racionalizar a produção da documentação arquivística pública; 
V - Racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem da documentação 
arquivística pública; 
VI - Preservar o patrimônio documental arquivístico da administração pública federal; 
VII - Articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou indiretamente na gestão da 
informação pública federal. 
 
Por fim, e de acordo com o artigo 3º do mesmo Decreto, o Arquivo Nacional exerce a função de 
Órgão Central do SIGA (com seu Diretor-Geral compondo a Comissão de Coordenação do SIGA como 
presidente) e os serviços arquivísticos encarregados da gestão no âmbito dos Ministérios e órgãos 
equivalentes exercem a função de Órgãos Setoriais. 
 
 
 
 
 
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4. Diagnóstico e realidade da situação arquivística brasileira 
 
4.1 - Definição e tipos de diagnósticos de situação arquivística 
Um tema que cai com alguma frequência em provas é o "Diagnóstico e realidade da situação 
arquivística brasileira". 
Esse tema surge em questões nas mais variadas formas. Veremos alguns exemplos mais adiante. 
Antes é importante entendermos o que é um diagnóstico de situação arquivística. 
O Diagnóstico Arquivístico é um instrumento de controle da eficiência organizacional. Este 
tem por objetivo avaliar e planejar normas e procedimentos, tomar medidas corretivas, 
controlar periodicamente a padronização da gestão de documentos e verificar os fatores 
que limitam o funcionamento das áreas de Arquivo e Protocolo. 
Veja que esta é uma definição aplicada ao diagnóstico de uma instituição especifica que prevê 
inclusive a análise das áreas de Arquivo e Protocolo. Como aqui estamos falando de um diagnóstico da 
situação arquivística brasileira, podemos assumir que os principais objetivos desta ação - que devem ser 
mais genéricos e de escopo mais abrangente por se tratar de um cenário maior - seriam: 
- Avaliar e planejar políticas públicas efetivas para a Gestão de Documentos; 
- Identificar as fragilidades nas ações de Gestão de Documentos; 
- Conhecer a situação de armazenamento e acondicionamento dos acervos; 
- Identificar a quantidade e o perfil dos servidores que trabalham na área; 
- Conhecer a necessidade de capacitação desses servidores; 
- Planejar a capacitação técnica necessária. 
Tudo isso permitirá ao realizador do diagnóstico partir para um plano de ação, contendo: 
- Definição de problemas e objetivos, de acordo com as necessidades decorrentes da 
observação da realidade e dos documentos; 
- Formulação de hipóteses que expliquem a origem dos problemas levantados e suas 
possíveis soluções; 
- Levantamento de dados, de acordo com métodos previamente delineados, com eficácia 
comprovada; 
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- Conclusões e recomendações, a partir do exame dos dados levantados em confronto com 
as hipóteses e o conhecimento já estabelecido. 
Ainda, é importante saber que temos dois tipos de diagnóstico de arquivos que podem ser feitos, o 
Minimalista e o Maximalista. 
O Minimalista estuda organizações específicas, em que geralmente o arquivista está envolvido com 
a situação a ser diagnosticada e incumbido de planejar meios para propor soluções aos possíveis problemas. 
Já o Maximalista (que é o que deveríamos aplicar no caso de tentar diagnosticar a situação 
arquivística de todo o país) é usado no caso de amplos estudos de questões estruturais, metodológicas e 
políticas de grandes arquivos ou serviços arquivísticos como, por exemplo, conjuntos de organismos que 
formam um governo (Governos Federais,Estaduais ou Municipais) ou sistemas organizacionais (Justiça 
Eleitoral, do Trabalho, etc.). 
 Aplica-se ainda às pesquisas sobre as políticas arquivísticas desenvolvidas por países, estados ou 
grandes municípios ou, ainda, sobre o desenvolvimento e realidades de seus sistemas ou programas com o 
objetivo de: definir a política arquivística; elaborar estratégias de solução dos problemas identificados e 
justificar a necessidade da intervenção planejada. 
4.2 - Realidade arquivística brasileira 
Este é um tema extensíssimo e que admite qualquer pergunta sobre qualquer coisa que tenha 
ocorrido ou esteja ocorrendo no cenário arquivístico do país. 
Dessa forma, buscando eficiência para o estudo, vamos relatar alguns pontos importantes na história 
da evolução arquivística do Brasil assim como alguns aspectos qualitativos do cenário, especialmente aqueles 
que têm alguma incidência observável em questões de prova. Esse seria um primeiro passo na realização de 
um verdadeiro diagnóstico da situação arquivística brasileira. 
Vamos começar com um breve histórico da realidade arquivística recente do Brasil: 
Até os anos 60 a arquivística brasileira era praticamente inexistente. O próprio Arquivo Nacional não 
adotava métodos científicos em suas atividades e era muito mais um depósito, responsável pela guarda da 
massa documental nele depositada. 
Para agravar essa situação, no período do pós-guerra vivenciou-se uma explosão no volume de 
produção documental, o que requisitou uma abordagem muito mais eficiente da arquivística, especialmente 
de sua atividade de avaliação, como vimos em aulas passadas. 
Esse cenário passa a ser endereçado em boa parte do mundo com a introdução da Teoria das 3 Idades 
dos Arquivos, mas não no Brasil que, até hoje, não possui essa padronização por completo em suas 
instituições arquivísticas. 
Também a partir dos anos 60 surgem os primeiros cursos universitários de Arquivologia no país e 
inicia-se ampla reforma do Arquivo Nacional, com auxílio do estudioso que sempre nos serve de referência 
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neste curso, T.R. Schellenberg, que esteve no Brasil com esse objetivo. Surgem também nessa época as 
primeiras ideias de um sistema nacional de arquivos. 
Nos anos 70 solidificam-se os cursos de Arquivologia e a profissão é regulamentada; é criada a 
Associação dos Arquivistas Brasileiros; o Arquivo Nacional assume nova estrutura e surgem o SINAR e o 
CONAR (ainda não é o Conarq, cuidado!). 
A partir dos anos 80 temos a transformação do Arquivo Nacional em órgão autônomo e sua completa 
modernização, inclusive com a transferência de sua sede em 1985, reestruturação organizacional completa 
e uma mudança de postura perante a sociedade, tentando abandonar o papel passivo exercido até então. 
Nos anos 90 temos a aprovação da Lei Nacional dos Arquivos em 1991 que tanto temos estudados 
(8.159/91) que muda radicalmente a forma como a Arquivologia e a Gestão Documental eram encaradas. É 
criado o Conarq em 1994 e, em função disso, diversas normatizações e definições legais sobre o tema 
chegam ao mercado como as garantias de acesso aos documentos, o controle de eliminações, a classificação 
quanto ao interesse público, a definição das responsabilidades penal e civil em relação aos arquivos, etc. O 
número de cursos universitários continua crescendo. 
Já a partir dos anos 2000 temos a transferência do Arquivo Nacional do Ministério da Justiça para a 
Casa Civil (2000), a criação do SIGA (2004), o lançamento do DBTA (2005) e da NOBRADE (2006). 
Por fim, na década atual o Arquivo Nacional acaba voltando ao Ministério de Justiça e da Segurança 
Pública em 2011, mesmo ano em que é publicada a Lei de Acesso à Informação (12.257/11), que ainda 
vamos estudar bastante. O Arquivo Nacional passa ainda por mais uma reorganização interna (2017). 
Recorrendo ao famoso texto "A invenção da memória nos arquivos públicos", de José Maria Jardim, 
constantemente cobrado em provas, percebemos que atualmente na América Latina e, especificamente, no 
Brasil - mesmo com as evoluções que vimos acima - a precariedade organizacional dos arquivos públicos 
ainda é uma realidade. 
As organizações arquivísticas ainda são voltadas quase exclusivamente para a guarda e acesso de 
documentos considerados como de valor histórico, ignorando a gestão de documentos correntes e 
intermediários na administração que os produziu. 
Relata ainda o autor que quilômetros de documentos tendem a ser acumulados sem critérios junto 
aos serviços arquivísticos da administração pública, dada a inexistência de programas estruturados de 
avaliação, eliminação e recolhimento às instituições arquivísticas. 
Seja nos arquivos públicos ou nos serviços arquivísticos dos órgãos governamentais, a ausência de 
padrões de gerenciamento da informação (note que sequer a Teoria das três idades foi adotada de maneira 
linear), somada às limitações de recursos humanos, materiais e tecnológicos, resulta em deficiências no 
processamento técnico. 
Por outro lado, e ainda de acordo com Jardim, as restrições de consulta e as condições de acesso 
físico e intelectual dos arquivos limitam consideravelmente sua utilização pelo administrador público e o 
cidadão. O acesso do cidadão à informação governamental com objetivos científicos ou de comprovação de 
direitos mostra-se, portanto, extremamente limitado. 
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• Primeiros cursos de Arquivologia
• Regulamentação da profissão
• Reformas do Arquivo Nacional (com Schellenberg)
• Criação do SINAR
Anos 60-70
• Transferência de sede, modernização e reestruturação do Arquivo Nacional
• Lei Nacional de Arquivos (8.159/91)
• Criação do CONARQ em 1994
Anos 80-90
• Migração do Arquivo Nacional para a Casa Civil (2000)
• Criação do SIGA (2004) e lançamentos DBTA (2005) e NOBRADE (2006)
• Retorno do Arquivo Nacional ao Ministério da Justiça (2011)
• Lei de Acesso a Informação (12.957/2011)
Anos 00-10
• Arquivos ainda voltados a guarda e acesso de documentos históricos
• Papel passivo em relação ao recolhimento
• Ausência de padrões processuais e falta de recursos humanos, materiais e
tecnológicos
• Condições de acesso físico prejudicadas
Atualmente
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5 - Considerações Finais 
Chegamos ao final de mais uma aula. 
Aula pesada, cheia de conceitos, mas, como sempre, recheada de temas cobrados em prova. 
As definições conceituais dos órgãos de documentação, especialmente as maiores diferenças entre 
eles são insistentemente cobradas pelas principais bancas e, mais uma vez eu digo, não são questões 
complexas, que exijam muita análise ou raciocínio. Basta conhecer os conceitos e saber diferenciar os órgãos 
com base nas suas principais características. 
Falamos bastante também dos organismos arquivísticos. Essa é uma parte meio maçante pois traz 
muita normatização, mas é importante. Teremos mais adiante uma aula específica sobre legislação. Nela 
entraremos ainda mais a fundo nessa discussão. 
Por último diagnóstico e realidade arquivística é um grande desafio. Tudo cabe abaixo desse tema. 
Tentei trazer um pouco do histórico e da situação atual arquivística brasileira. Nas questões comentadas 
você encontrará várias perguntas que lhe darão uma ideia de como a matéria pode ser pedida. 
Mãos à obra! Como sempre, faça como já combinamos. Leia a teoria e responda as questões. Se tiver 
dificuldade ou ficar em dúvida nesse momento, volte ao texto original, busque as justificativas e comentários. 
Se, mesmo assim, ainda não ficar convencido, fale comigo! 
Importante esclarecer todas as dúvidas. É exatamente na discussão e esclarecimento dos detalhes 
que se ganha aqueleum pontinho que vai fazer a diferença no dia da sua prova! 
Muito bom estarmos juntos mais uma vez. 
Nos vemos na próxima aula. Tchau! 
Ricardo Campanario 
Instagram: https://www.instagram.com/ricardocampanario 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (IADES/ALE-GO/Arquivista/2019) Aquilo que une os documentos de arquivo e lhes dá uma 
característica que não é encontrada nos documentos de biblioteca e museu é a: 
a) confiabilidade. 
b) integridade. 
c) completeza. 
d) acessibilidade. 
e) organicidade. 
Comentários: 
Essa questão é interessante pois o examinador traz conceitos e definições do Glossário de Documentos 
Arquivísticos Digitais e as aplica a documentos de arquivos, museus e bibliotecas. Vamos a elas: 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o Glossário de Documentos Arquivísticos Digitais do Conarq, 
"confiabilidade" é a "credibilidade de um documento arquivístico enquanto uma afirmação do fato. Existe 
quando um documento arquivístico pode sustentar o fato ao qual se refere, e é estabelecida pelo exame da 
completeza, da forma do documento e do grau de controle exercido no processo de sua produção". Dentro 
desse contexto, tanto os documentos de arquivo como os de museu e biblioteca, em tese, têm a mesma 
relação com a confiabilidade. Embora tenham formas de entrada diferentes e na maioria das vezes variem 
em relação ao suporte, não há como diferenciá-los apontando níveis diferentes neste quesito. 
A alternativa B está incorreta. Segundo o mesmo glossário, "integridade" é o "estado dos documentos que 
se encontram completos e que não sofreram nenhum tipo de corrupção ou alteração não autorizada nem 
documentada". Aplica-se aqui a mesma justificativa. Não é possível diferenciá-los com base na integridade. 
A alternativa C está incorreta. De acordo com o Glossário de Documentos Arquivísticos Digitais do Conarq, 
"completeza" é o "atributo de um documento arquivístico que se refere à presença de todos os elementos 
intrínsecos e extrínsecos exigidos pela organização produtora e pelo sistema jurídico-administrativo a que 
pertence, de maneira a ser capaz de gerar consequências." Também não é o elemento que nos permite 
diferenciar os documentos de arquivo dos documentos de museu e biblioteca. 
A alternativa D está incorreta. Novamente, de acordo com o Glossário de Documentos Arquivísticos Digitais 
do Conarq, "acessibilidade" é a "facilidade no acesso ao conteúdo e ao significado de um objeto digital". 
Também não é o que procuramos para diferenciar os documentos em questão. 
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A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Organicidade é um dos Princípios da Arquivologia e 
pode ser definida como "a relação natural entre documentos de um arquivo em decorrência das atividades 
da entidade produtora". Essa é uma característica de que apenas os documentos de arquivo dispõem e, de 
fato, os diferencia dos documentos de museu e biblioteca. 
2. (CESPE/PGE-PE/Assist. de Procuradoria/2019) A respeito de princípios e conceitos arquivísticos, julgue 
o item a seguir. O vínculo arquivístico, um dos elementos principais para a distinção entre arquivo, 
biblioteca e museu, é o inter-relacionamento existente entre os documentos acumulados pela mesma 
atividade da organização. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está CORRETA. Lembra quando falamos sobre o vínculo arquivístico em aulas anteriores? Pois 
é. O conceito de vínculo arquivístico foi desenvolvido pela arquivologista italiana, radicada no Canadá, 
Luciana Duranti, uma das maiores referências da área no mundo. 
O vínculo arquivístico é um conceito na teoria arquivística referente à relação que cada registro arquivador 
tem com os outros registros produzidos como parte da mesma transação ou atividade e localizados no 
mesmo agrupamento. 
É a base também do Princípio da Organicidade, que acabamos de ver na questão anterior, característica 
típica dos documentos de arquivo e que os diferencia dos documentos de biblioteca e museu, como já 
pudemos ver. 
3. (AOCP/UFPB/Arquivista/2019) Relacione as colunas, que tratam sobre Arquivos, Bibliotecas e Centros 
de Documentação, e assinale a alternativa com a sequência correta. 
1. Arquivo. 
2. Biblioteca. 
3. Centro de Documentação. 
( ) Reúne documentos por compra, doação, permuta ou recolhimento obrigatório de reproduções (de 
documentos, por sua vez, múltiplos ou únicos), originados por fontes múltiplas. 
( ) Frequentemente não reúne materialmente os documentos: referencia-os através de catálogos coletivos 
ou similares. 
( ) Reúne materiais de gama variável, oriundos de atividade funcional ou intelectual de instituições ou de 
pessoas, produzidos no decurso de suas funções. 
( ) O acervo é resultante da atividade cultural, seja ela a criação artístico-literária ou a pesquisa de 
divulgação técnico-cientifica à humanística. 
( ) Reúne organicamente os documentos. Seu acervo faz-se natural e cumulativamente. 
 
a) 1 – 2 – 1 – 3 – 2. 
b) 2 – 2 – 3 – 1 – 3. 
c) 2 – 3 – 2 – 1 – 3. 
d) 3 – 2 – 1 – 3 – 1. 
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e) 3 – 3 – 1 – 2 – 1. 
Comentários: 
Antes de avaliarmos as alternativas, vamos verificar cada uma das características trazidas pela banca e quais 
as suas correspondências: 
Reúne documentos por compra, doação, permuta ou recolhimento obrigatório de reproduções (de 
documentos, por sua vez, múltiplos ou únicos), originados por fontes múltiplas - cuidado pois o início se 
parece com características de biblioteca porém, quando fala das reproduções, dá a pista que precisávamos 
para entender que é o caso de centro de documentação, que também possuem múltiplas fontes como as 
bibliotecas, o que contrasta ambos com a fonte única dos arquivos. Portanto 3-X-X-X-X. 
Frequentemente não reúne materialmente os documentos: referencia-os através de catálogos coletivos ou 
similares - essa é uma característica do centro de documentação que tem a alternativa de não ter os 
documentos em formato físico. Lembre-se que o centro de documentação é um órgão colecionador e 
referenciador, ou seja, pode ter reproduções ou referências virtuais dos documentos que se propõem a 
organizar e disponibilizar. Temos então 3-3-X-X-X. 
Reúne materiais de gama variável, oriundos de atividade funcional ou intelectual de instituições ou de 
pessoas, produzidos no decurso de suas funções - a "dica" principal aqui é a produção com base no decurso 
das funções da organização. Isso é característica típica de arquivo! 3-3-1-X-X. 
O acervo é resultante da atividade cultural, seja ela a criação artístico-literária ou a pesquisa de divulgação 
técnico-cientifica à humanística - agora temos característica típica de biblioteca, ou seja, um acervo 
resultante de atividade cultural. Temos então: 3-3-1-2-X 
Reúne organicamente os documentos. Seu acervo faz-se natural e cumulativamente - grupo de 
características que diferenciam os arquivos, como já estudamos. Organicidade e produção natural e 
cumulativa de seus documentos: 3-3-1-2-1. 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. 
4. (VUNESP/CM Piracicaba-SP/Arquivista/2019) Levando-se em conta as diferenças existentes entre 
arquivos, bibliotecas e museus, é correto afirmar: 
a) a produção de documentos em museus tem finalidades administrativas, jurídicas, funcionais e legais. 
b) a entrada dos documentos em arquivos é por compra, doação ou permuta de fontes múltiplas, como 
ocorre com os museus. 
c) o público-alvo dos museus, assim com o das bibliotecas, é o grande público, o pesquisador e o gestor dos 
arquivos administrativos. 
d) manuscritos, impressos, audiovisuais e exemplar único são encontrados nosarquivos. 
e) fundos, coleções e documentos unidos pela proveniência (ou melhor, pelo conteúdo) são conjuntos 
documentais típicos dos arquivos. 
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Comentários: 
A alternativa A está incorreta. Temos dois problemas com a alternativa. Em primeiro lugar museus não 
produzem documentos e sim os colecionam. Em segundo, os fins de um museu são didáticos, culturais, 
técnicos ou científicos, não correspondendo ao listado pelo examinador. 
A alternativa B está incorreta. Como já estudamos o arquivo é um órgão receptor (recolhe naturalmente o 
que produz a administração do órgão ao qual presta serviços). A este processo dá-se a denominação de 
"recolhimento" ou "acessões" por transferência ou por depósito. 
A alternativa C está incorreta. O público alvo dos museus está ligado ao seu posicionamento e ao que suas 
dependências oferecem sob o ponto de vista de entretenimento e lazer. Especialmente o "gestor dos 
arquivos administrativos" como é trazido pela banca, está fora desse universo. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Tanto manuscritos, como impressos, audiovisuais e 
exemplar único são encontrados nos arquivos. Uma "dica" importante da alternativa é a menção a 
exemplares únicos. Essa é uma característica que típica dos arquivos e que os diferencia especialmente das 
bibliotecas. 
A alternativa E está incorreta. Coleções não são conjuntos documentais típicos de arquivos, ao contrário de 
fundos e documentos unidos pela proveniência que, sim, compõem os arquivos. 
5. (INDEPAC/CM Guarujá-SP/Agente Legislativo/2018) Bibliotecas e arquivos possuem campos de 
atuação bem definidos. Sendo assim, quanto à aquisição e custódia dos documentos nos arquivos, é 
correto afirmar que: 
a) os documentos existem em numerosos exemplares. 
b) os documentos são colecionados de fontes diversas, adquiridos por compra ou doação. 
c) a significação documental independe da relação que os documentos tenham entre si. 
d) os documentos provêm tão só das atividades públicas ou privadas, servidas pelo arquivo. 
e) os documentos são adquiridos unicamente com objetivos culturais. 
Comentários: 
Questão que aborda as principais características dos arquivos como órgãos de documentação. Vamos as 
alternativas: 
A alternativa A está incorreta. Nos arquivos, em regra os documentos possuem apenas um exemplar, com 
poucas exceções. 
A alternativa B está incorreta. Nos arquivos os documentos não são colecionados e também não são 
adquiridos de fontes diversas. Arquivos tem fonte única: a organização da qual faz parte e que produz 
documentos de forma natural e orgânica, de acordo com as suas atividades. 
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A alternativa C está incorreta. Os arquivos compartilham o Princípio da Organicidade, como já vimos. Diz o 
princípio que a Organicidade deve ser considerada "a relação natural entre documentos de um arquivo em 
decorrência das atividades da entidade produtora", ou seja, a significação documental está diretamente 
ligada à relação que os documentos têm entre si e não independe dela, como diz a alternativa. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. É basicamente o que acabamos de falar. O arquivo 
tem uma fonte única de geração de documentos que são justamente as atividades públicas ou privadas da 
organização servida pelo arquivo. 
A alternativa E está incorreta. Já vimos que os objetivos do arquivo são funcionais, administrativos e legais 
e não culturais. Além disso, documentos de arquivos não são adquiridos pois os arquivos são órgãos 
receptores. 
6. (CESPE/IPHAN/Técnico/2018) A respeito das características de arquivos, bibliotecas e museus, julgue 
o item que se segue. Os arquivos são órgãos receptores, enquanto bibliotecas e museus são 
colecionadores. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está CORRETA. É bom fixar esses conceitos pois isso cai com razoável frequência. Arquivos são 
órgãos receptores e de fonte geradora única. Já bibliotecas e museus são órgãos colecionadores e possuem 
múltiplos fornecedores. 
7. (VUNESP/Pref. Itapevi-SP/Arquivologia/2019) De acordo com o Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 
2002, que regulamenta a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, 
a) o Arquivo Nacional é o órgão colegiado que tem por finalidade definir a política nacional de arquivos 
públicos e privados, bem como exercer orientação normativa visando à gestão documental e à proteção 
especial aos documentos de arquivo. 
b) compete ao Conarq – Conselho Nacional de Arquivos estabelecer as diretrizes para o funcionamento do 
Arquivo Nacional visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivos. 
c) cabe ao Arquivo Nacional promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao 
intercâmbio e à integração sistêmica das atividades arquivísticas. 
d) o Sistema Nacional de Arquivos (SINAR) tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos 
públicos e privados, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivo. 
e) o Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) tem como órgão central o Sistema Nacional de Arquivos (SINAR) 
para implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma a garantir a integridade do ciclo 
documental. 
Comentários: 
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A alternativa A está incorreta. Quem tem a competência do estabelecimento da política nacional de arquivos 
é o Conarq e não o Arquivo Nacional. Veja o que diz o Artigo 1o do Decreto: "O Conselho Nacional de Arquivos 
- Conarq, órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro 
de 1991, tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados, bem como exercer 
orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de arquivo". 
A alternativa B está incorreta. Mais uma vez o examinador tenta confundir o candidato. De acordo com o 
artigo 2o do mesmo Decreto, cabe ao Conarq "estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema 
Nacional de Arquivos - SINAR, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivos", e 
não para o funcionamento do Arquivo Nacional. Note que a banca usa os artigos em sua literalidade, mas 
troca os atores, misturando organismos documentais como o Arquivo Nacional, o CONARQ e o SINAR. 
A alternativa C está incorreta. O mesmo recurso das anteriores. Dessa vez o examinador traz o artigo 3o do 
Decreto, mas substitui Conarq (certo) por Arquivo Nacional (errado). De acordo com a Lei, compete ao 
Conarq "promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao intercâmbio e à 
integração sistêmica das atividades arquivísticas”. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O Decreto diz o seguinte em seu artigo 10o: "O SINAR 
tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos públicos e privados, visando à gestão, à 
preservação e ao acesso aos documentos de arquivo". 
A alternativa E está incorreta. É exatamente o contrário. De acordo com o artigo 11 do Decreto: "O SINAR 
tem como órgão central o Conarq”. 
8. (CONSULPLAN/CM Belo Horizonte-MG/Arquivista/2018) Referente ao Sistema Nacional de Arquivos 
(SINAR) previsto no Decreto nº 4.073, de 03 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei Federal nº 
8159/1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Os arquivos das câmaras municipais integram o Sistema Nacional de Arquivo. 
b) Os integrantes do SINAR seguirão as diretrizes e normas emanadas do Conarq. 
c) O SINAR tem por finalidade estimular a integração e modernização dos arquivos públicos e privados. 
d)Aos integrantes do SINAR compete garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor permanente. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta. Os arquivos municipais dos poderes Executivo e Legislativo integram o SINAR 
de acordo com o Decreto, portanto a afirmativa está certa. 
A alternativa B está incorreta. Em seu artigo 14, o Decreto literalmente diz que: "Os integrantes do SINAR 
seguirão as diretrizes e normas emanadas do Conarq, sem prejuízo de sua subordinação e vinculação 
administrativa”. Afirmativa está certa. 
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A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O Decreto 4.073/2002, lista as competências do 
Conarq. Entre elas temos que compete ao Conarq: "estimular a integração e modernização dos arquivos 
públicos e privados”. Dessa forma, essa é uma competência do Conarq e não do SINAR. Sendo assim, a 
afirmativa está errada e a alternativa, correta. 
A alternativa D está incorreta. Isso é exatamente o que diz o inciso IV do artigo 13 do Decreto. Cabe aos 
integrantes do SINAR "garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor permanente”, ou seja, 
afirmativa certa e alternativa errada. 
9. (AOCP/FUNPAPA/Aux. de Administração/2018) É o órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que tem por 
finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados, bem como exercer orientação 
normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de arquivo. 
a) CONARQ. 
b) CONPDEC. 
c) CONANDA. 
d) CADE. 
e) CODEFAT. 
Comentários: 
Essa é uma questão relativamente simples, que se refere novamente ao Decreto 4.073/2002 e que não pode 
ser desperdiçada. 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Já vimos que no artigo 1o do Decreto temos que: "O 
Conselho Nacional de Arquivos - Conarq, órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 
da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e 
privados, bem como exercer orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos 
documentos de arquivo", ou seja é a literalidade do que é perguntado. Tudo atribuído ao Conarq. Portanto, 
alternativa correta. 
A alternativa B está incorreta. O CONDPEC não é o órgão responsável por tais atividades de acordo com o 
Decreto 4.073/2002. 
A alternativa C está incorreta. O CONANDA não é o órgão responsável por tais atividades de acordo com o 
Decreto 4.073/2002. 
A alternativa D está incorreta. O CADE não é o órgão responsável por tais atividades de acordo com o Decreto 
4.073/2002. 
A alternativa E está incorreta. O CODEFAT não é o órgão responsável por tais atividades de acordo com o 
Decreto 4.073/2002. 
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10. (FGV/ALE-RO/Analista Legislativo/2018) Sobre o Conselho Nacional de Arquivos – Conarq, órgão 
colegiado que tem divulgado publicações técnicas, com o objetivo de disseminar conhecimento 
arquivístico, analise as afirmativas a seguir. 
I. É um órgão subordinado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão 
central de um Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). 
II. É presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional, além de integrado por representantes de 
instituições arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas. 
III. Propõe ao Presidente da República, por intermédio do Ministro de Estado da Justiça, a declaração de 
interesse público e social de arquivos privados. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
Comentários: 
Antes de avaliarmos as alternativas, vamos avaliar cada uma das afirmativas trazidas pelo examinador: 
I. É um órgão subordinado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão 
central de um Sistema Nacional de Arquivos (SINAR) - atenção com esta afirmativa pois ela é parcialmente 
correta. O Conarq é mesmo o órgão que definirá a política nacional de arquivos e é o órgão central do SINAR, 
porém não está subordinado, mas sim VINCULADO, ao Arquivo Nacional. Portanto a afirmativa não está 
correta. 
 
II - É presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional, além de integrado por representantes de instituições 
arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas - correto. O Diretor Geral do Arquivo Nacional é o presidente 
do Conarq e, de acordo com o Decreto 4.073/2002, ele é integrado por representantes de instituições 
arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas. 
 
III. Propõe ao Presidente da República, por intermédio do Ministro de Estado da Justiça, a declaração de 
interesse público e social de arquivos privados - correto. É exatamente o que propõe o inciso X do artigo 2o 
do Decreto 4.073/2002. Vejamos: "Compete ao Conarq propor ao Presidente da República, por intermédio 
do Ministro de Estado da Justiça, a declaração de interesse público e social de arquivos privados". 
Dessa forma, as afirmações II e III estão corretas. A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 
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11. (CESPE/DPU/Arquivista/2016) A respeito das políticas públicas de arquivo, julgue o item a seguir. O 
Poder Judiciário Federal tem representatividade no Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), e seus 
arquivos integram o Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está CORRETA. Também de acordo com o Decreto 4.073/2002, o Poder Judiciário Federal tem 
representatividade entre os membros conselheiros do Conarq (assim como o Executivo e o Legislativo) e 
seus arquivos integram o SINAR (da mesma forma também os do Executivo e do Legislativo). 
12. (COPEVE/UFMG/Técnico em Arquivo/2018) Numere a coluna II de acordo com a coluna I, associando 
os órgãos às suas respectivas finalidades. 
(1) Arquivo Nacional 
(2) CONARQ 
(3) SINAR 
(4) SIGA 
( ) Realizar a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo 
Federal. 
( ) Promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao intercâmbio e à 
integração sistêmica das atividades arquivísticas. 
( ) Estimular programas de gestão e de preservação de documentos públicos de âmbito federal, estadual, 
do Distrito Federal e municipal, produzidos ou recebidos em decorrência das funções executiva, legislativa 
e judiciária. 
( ) Promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e aos documentos na sua esfera de 
competência, em conformidade com as diretrizes e normas emanadas do órgão central. 
( ) Garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades de administração pública federal, de forma ágil e segura, 
o acesso aos documentos de arquivo e às informações neles contidas, resguardados os aspectos de sigilo 
e restrições administrativas ou legais. 
Assinale a sequência correta: 
a) 1.2.2.3.4 
b) 2.3.3.4.1 
c) 1.2.3.4.1 
d) 1.2.3.3.4 
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Comentários: 
Antes de avaliar as alternativas, vamos avaliar afirmativa a afirmativa: 
Realizar a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal - 
competência do Arquivo Nacional. Lembre-se que, como estudamos, a função principal do Arquivo Nacional 
é implementar e acompanhar a política nacional de arquivos definida pelo Conselho Nacional de Arquivos - 
Conarq, por meio da gestão, do recolhimento, do tratamento técnico, da preservação e da divulgação do 
patrimônio documental do País. 
 
Promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao intercâmbio e à integração 
sistêmica das atividadesarquivísticas - essa é uma das competências do Conarq, prevista no inciso II do artigo 
2o do Decreto 4.073/2002. 
 
Estimular programas de gestão e de preservação de documentos públicos de âmbito federal, estadual, do 
Distrito Federal e municipal, produzidos ou recebidos em decorrência das funções executiva, legislativa e 
judiciária - essa é mais uma das competências do Conarq, prevista no inciso V do artigo 2o do Decreto 
4.073/2002. 
 
Promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e aos documentos na sua esfera de 
competência, em conformidade com as diretrizes e normas emanadas do órgão central - essa é uma das 
competências do SINAR, prevista no inciso I do artigo 13 do Decreto 4.073/2002. 
 
Garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades de administração pública federal, de forma ágil e segura, o 
acesso aos documentos de arquivo e às informações neles contidas, resguardados os aspectos de sigilo e 
restrições administrativas ou legais - essa é uma das competências do SIGA, prevista no inciso I do artigo 2o. 
do Decreto 4.915/2003. que institui o SIGA - Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo. 
 
Dessa forma, verificamos que as atividades acima estão atribuídas, pela ordem, a(o): Arquivo Nacional - 
Conarq - Conarq novamente - SINAR - SIGA. Portanto temos 1-2-2-3-4. 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
13. (AOCP/UNIR-RO/Arquivista/2018) A respeito das finalidades do Sistema Nacional de Arquivos – SINAR 
–, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, o item a seguir. Definir a política nacional de arquivos públicos 
e privados, bem como exercer orientação normativa visando à gestão documental e à proteção 
especial aos documentos de arquivo. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está ERRADA. Esta é a finalidade do Conarq. Veja o artigo 1o do Decreto 4.073/2002: “O 
Conselho Nacional de Arquivos - Conarq, órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 
da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e 
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privados, bem como exercer orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos 
documentos de arquivo”. 
14. (NC-UFPR/UFPR/Arquivista/2018) O Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de 2003, organiza sob a 
forma de sistema, com a denominação de Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo (SIGA), as 
atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública 
federal. Em relação aos seus integrantes, a função de órgão central é exercida: 
a) pelo Ministério da Justiça. 
b) pelo Conselho Nacional de Arquivos. 
c) pelo Arquivo Nacional. 
d) pela Casa Civil da Presidência da República. 
e) pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta. O órgão central do SIGA, de acordo com o Decreto 4.915/2003 é o Arquivo 
Nacional. 
A alternativa B está incorreta. O órgão central do SIGA, de acordo com o Decreto 4.915/2003 é o Arquivo 
Nacional. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o inciso I do artigo 3o do Decreto 
4.915/2003, "Integram o SIGA: como órgão central, o Arquivo Nacional". Atenção aqui pois geralmente os 
examinadores tentam fazer confusão com isso: 
 
 
Conarq-> vinculado ao Arquivo Nacional 
SINAR -> Conarq é órgão central 
SIGA -> Arquivo Nacional é o órgão central 
A alternativa D está incorreta. O órgão central do SIGA, de acordo com o Decreto 4.915/2003 é o Arquivo 
Nacional. 
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A alternativa E está incorreta. O órgão central do SIGA, de acordo com o Decreto 4.915/2003 é o Arquivo 
Nacional. 
15. (COMPROV/UFGV/Assistente de Administração/2016) O Conselho Nacional de Arquivos - Conarq é um 
órgão colegiado, que tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados, 
vinculado ao Arquivo Nacional do(a): 
a) Ministério do Planejamento. 
b) Casa Civil da Presidência da República. 
c) Presidência da República. 
d) Ministério da Justiça, 
e) Sistema Nacional de Arquivos. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta. O Arquivo Nacional desde 2011 está subordinado ao Ministério da Justiça e 
da Segurança Pública. 
A alternativa B está incorreta. O Arquivo Nacional desde 2011 está subordinado ao Ministério da Justiça e 
da Segurança Pública. Antes disso sim, entre os anos 2000 e 2011, foi subordinado à Casa Civil. 
A alternativa C está incorreta. O Arquivo Nacional desde 2011 está subordinado ao Ministério da Justiça e 
da Segurança Pública. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Este é outro tema com cai com razoável frequência e 
é simples, mas, às vezes, não parece intuitivo e passou por algumas mudanças. O Arquivo Nacional está 
subordinado ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública desde 2011, por força do Decreto 7.430/2011. 
Vale lembrar que o Arquivo Nacional ficou décadas subordinado ao Ministério da Justiça até que em 2000 
sua subordinação foi transferida para a Casa Civil, onde ficou até 2011, quando retornou ao Ministério da 
Justiça. 
Ministério da Justiça -> até 2000 
Casa Civil -> 2000 - 2011 
Ministério da Justiça -> 2011 - hoje 
A alternativa E está incorreta. O Arquivo Nacional desde 2011 está subordinado ao Ministério da Justiça e 
da Segurança Pública. 
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16. (CESPE/CNJ/Analista Judiciário Arquivologia/2013) Acerca de princípios e conceitos arquivísticos, 
julgue o item a seguir. O aumento do volume documental, após a Segunda Guerra Mundial, foi um dos 
motivos para a elaboração dos princípios e conceitos arquivísticos utilizados atualmente na 
intervenção na realidade documental das organizações. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está CORRETA. De acordo com José Maria Jardim, o nascimento da formulação do conceito de 
gestão de documentos como conhecemos hoje iniciou-se no período da Segunda Guerra Mundial, época em 
que o volume de documentos no âmbito das administrações públicas cresceu exponencialmente, havendo a 
necessidade de racionalização e controle dessas grandes massas de documentos que passavam a ser 
produzidas e acumuladas em arquivos. 
17. (CESPE/FUB/Arquivista/2015) Julgue o item seguinte, relativo ao diagnóstico da situação arquivística 
e à realidade arquivística brasileira. É correto afirmar que os arquivos brasileiros enfrentam limitações 
com relação a recursos materiais e humanos. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está CORRETA. Mais uma afirmativa que pode ser embasada pela obra do autor José Maria 
Jardim. Segundo ele, em relação ao recolhimento dos documentos públicos produzidos, a atuação dos 
arquivos públicos tem-se caracterizado pela passividade. Deficiências quantitativas e qualitativas de recursos 
humanos, limitações de espaço físico, instalações físicas impróprias e a ausência de tecnologias adequadas 
agravam este quadro. 
18. (CESPE/MPOG/Arquivista/2015) Acerca da realidade arquivística brasileira, julgue o item a seguir. O 
gerenciamento da informação nos arquivos públicos e nos serviços arquivísticos das organizações 
governamentais é padronizado, com recursos materiais e tecnológicos que facilitam o processamento 
técnico da informação. 
a) Certo 
b) Errado 
Comentários: 
A afirmativa está ERRADA. Novamente de acordo com José Maria Jardim em seu artigo "A invenção da 
memória nos arquivos públicos": “Seja nos arquivos públicos ou nos serviços arquivísticos dos órgãos 
governamentais, a ausência de padrões de gerenciamento da informação, somada às limitações de recursos 
humanos, materiais e tecnológicos, resulta em deficiências no processamento técnico".

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