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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 2 HISTÓRICO DE ARQUIVOS E BIBLIOTECAS .......................................... 4 3 HISTÓRICO – ARQUIVOLOGIA E ARQUIVOS ......................................... 6 3.1 Arquivos: princípios e classificação ...................................................... 8 3.2 Organização de arquivos .................................................................... 12 3.3 O profissional arquivista ..................................................................... 14 4 HISTÓRICO – BIBLIOTECONOMIA E BIBLIOTECAS ............................. 16 4.1 Biblioteca Pública ............................................................................... 19 4.2 O profissional em Biblioteconomia ..................................................... 21 5 LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA BIBLIOTECAS E ARQUIVOS ........................................................................................... 24 6 CONARQ- CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS .............................. 26 7 LEI Nº 12.244 DE 24 DE MAIO DE 2010 .................................................. 28 8 LEI No 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991 .............................................. 29 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 34 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 HISTÓRICO DE ARQUIVOS E BIBLIOTECAS Fonte: pixabay.com A informação disponibilizada em arquivos e bibliotecas é “armazenada” nestes espaços de acordo com as suas características e funções. Esses locais se estabelecem como disseminadores de informação e conhecimento de acordo com suas particularidades, e assumem a responsabilidade social como elo entre si, pois sua principal atividade é atender às necessidades de informação das pessoas que frequentam esses ambientes. Nessa direção, Silva et al. (1998, p. 45) apontam que “a importância da escrita para a atividade humana levou, automaticamente, à consciência de que era preciso conservar tais registros, tendo em vista uma posterior utilização”. Silva et al. (1998) argumentam que a realidade arquivística é anterior à invenção das bibliotecas, marcando, assim, uma separação entre a história dos arquivos e das bibliotecas. Eles acrescentam ainda que, embora houvesse uma confusão, no período helênico, entre a mesma nomenclatura atribuída aos arquivos e às bibliotecas, em virtude da tendência enciclopedista das bibliotecas, sabe-se que os registros armazenados nas bibliotecas se vinculavam, sobretudo, a temas sagrados e litúrgicos, enquanto aos arquivos competia armazenar uma maior variedade tipológica de documentos: cartas régias, tratados, atos, missivas, contratos, censos, recibos, sentenças judiciais, etc. 5 Conforme Varela e Barbosa (2013, p. 339), estes espaços são “canais de comunicação de conhecimento” que precisam deixar “[...] transparecer, para seus usuários e visitantes, o significado de seu conteúdo na construção da sociedade contemporânea”. De acordo com Caldeira (2008), Os arquivos cuidam da organização e preservação de documentos históricos, administrativos e culturais. As bibliotecas, inicialmente, preocupavam-se com as obras impressas e multigrafadas; atualmente, selecionam, adquirem, recuperam e disseminam a informação para o usuário, independente do seu suporte (CALDEIRA, 2008, p.141). Dentre as várias unidades que prestam serviços de informação, têm-se como principais: as bibliotecas, os arquivos, os museus e os centros de documentação (VALENTIM, 2008). Segundo a Lei nº 8.159/91 diz que: Art. 1º Lei nº 8.159/91: ”É dever do Poder Público a gestão documental e a de proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação”. Fornecer informações corretas em tempo e espaço adequados pode garantir que o público desses locais tenha os complementos necessários ao seu desenvolvimento cultural e social. Ao considerar a ideia dos arquivos e bibliotecas atualmente existentes, devemos levar em consideração o fato de que além do espaço físico, existem espaços digitais ou virtuais que podem atender às necessidades de informação dos visitantes. Por exemplo, esses ambientes permitem que o público acesse documentos e bibliotecas sem ter que fazer contato físico com esses locais. Além de formar redes de informação e de conhecimento, as novas tecnologias da informação também permitem a inserção de outras formas de uso da informação. No ambiente em constante mudança que afeta os consumidores de informação, existem profissionais trabalhando no espaço dos arquivos e bibliotecas. Eles são responsáveis por gerenciar as informações e definir as estratégias e estratégias a serem implementadas nesses ambientes de informação. No Brasil, os profissionais que administram arquivos e bibliotecas têm se formado em universidades, mas as grades curriculares desses cursos ainda carecem de pesquisas voltadas para a competência informacional. Ou seja, ainda falta atenção 6 a conhecimentos e habilidades específicas, que estão diretamente relacionadas à prática e à atividade intelectual dessas pessoas. Além disso, a formação desses profissionais precisa ser pautada no entendimento de suas responsabilidades sociais e das diversas manifestações que tornam viva a difusão do conhecimento. Pode-se considerar que a compreensão do trabalho realizado nestes espaços permeou diversos acontecimentos históricos, o que é fundamental para a compreensão desses ambientes e de diversos aspectos da sociedade atual. Esta construção histórica está dividida em três áreas: formação profissional, tecnologia da informação e legislação e políticas públicas. Vale ressaltar que através do que foi exposto neste texto, abordaremos conceitos e métodos de gestão de arquivos e bibliotecas públicas. 3 HISTÓRICO – ARQUIVOLOGIA E ARQUIVOS Fonte: pixabay.com Ao longo dos anos, a definição de arquivo sofreu algumas mudanças de significado. O termo pode ser encontrado como um conjunto de documentos armazenados em um determinado local ou como um local para guardar esses documentos. A Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, define sobre a Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados, e considera que os arquivos são: 7 Os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos (BRASIL, 1991, p.1). Segundo Paes (2005), há dúvidas quanto à origem do termo arquivo. Alguns afirmam ter surgido na antiga Grécia, com a denominaçãoarché, atribuída ao palácio dos magistrados. Daí evoluiu para archeion, local de guarda e depósito dos documentos. Ramiz Galvão (1990) considera o termo procedente de archivum, palavra de origem latina, que no sentido antigo identifica o lugar de guarda de documentos e outros títulos. Bellotto (2014, p.180) afirma que “[...] o uso é que determina o arquivo e não o arquivo que determina o uso”. Tradicionalmente, os arquivos são classificados de acordo com o seu valor administrativo ou histórico, mas a importância dos arquivos para a sociedade é medida a partir do momento em que surgem como instrumento de preservação da memória e do património das pessoas. Conforme Reis (2006, p.3) o aparecimento da escrita condicionou o surgimento e conservação dos primeiros arquivos para serem utilizados no futuro como registros do passado. Talvez os responsáveis por esse surgimento não tivessem essa noção de guarda e preservação, mas, de fato, os armazenavam com alguma finalidade, uma vez que através de pesquisas “[...] foi possível reconstituir a organização de alguns dos arquivos descobertos, que demonstraram que estes dispunham já de muitos dos elementos que se iram [...] tornar clássicos e que ainda hoje são definidos pela Arquivística”. A partir do início da Revolução Francesa (1789) e no final do século XVIII, para muitos pesquisadores, o layout do conhecimento arquivístico começou a ser determinado. Conforme Belloto (2014, p. 208) abriu o “[...] caminho à organização e ao acesso aos documentos de valor administrativo já esgotado, porém detentores de dados valiosos para o entendimento do passado”. Foi a partir deste momento que a ideia de arquivo público, devido à preocupação com a organização destes. 8 No Brasil, a constituição dos arquivos serve de espaço para a preservação da memória do país, e a arquivologia no país ocorreu com a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808 e a publicação da constituição em 1824. De acordo com Melo, Silva e Dorneles (2017, p.135), a criação do Arquivo Público do Império aconteceu em 1838, “[...] como um dos instrumentos de viabilização do iniciante Estado Nacional para fundamentação de uma identidade brasileira [...]”. Sendo este hoje chamado de Arquivo Nacional, com subordinação ao ministério da justiça. Ao avançar com a história dos arquivos, os arquivistas lutaram também pela composição, princípios básicos e reconhecimento do trabalho arquivístico no mundo contemporâneo como fonte de informação e ferramenta de mudança social. 3.1 Arquivos: princípios e classificação Fonte: pixabay.com Princípios Na construção histórica dos arquivos, a prática arquivística vai se tornando progressivamente o representante científico das atividades técnicas e práticas desses espaços de informação. Esta ciência segundo Barros (2010, p.18) é “fruto da complexidade da vida moderna”. 9 Segundo Eastewood, (2016, p. 21) o conhecimento do arquivo vai muito além da institucionalização dos arquivos, ele: Compreende o seguinte: teoria, vista como elucidação de conceitos fundamentais aplicados ao material arquivístico e ao seu tratamento; métodos, vistos como ideias sobre como tratar o material e prática, vista como os resultados do tratamento dos materiais específicos (EASTEWOOD, 2016, p. 21). A trajetória do conhecimento arquivístico ocorre com a compreensão da prática arquivística e a composição da teoria e metodologia do trabalho ao longo do tempo. Desta forma, como todos sabemos, o primeiro passo para a disciplina arquivística, iniciaram com Jean Mabilon, com o livro De re Diplomática libre VI, publicado em 1681, e que, segundo Barros (2010, p.19), “ [...] utilizava os métodos da Diplomática para identificar a veracidade de documentos medievais”. Séculos depois, Natalis de Wallys, em 1841, desenvolveu o princípio de respeito aos fundos (respect des fonds), quando trabalhou no Arquivo Nacional Francês (Schellemberg, 2006). E que de acordo com Ducheim (1992, p.14) “consiste em manter agrupados, sem misturá-los a outros, os arquivos (documentos de qualquer natureza) provenientes de uma administração, de uma instituição ou de uma pessoa, física ou jurídica”. Esse princípio deu origem ao princípio básico da Arquivologia, o princípio da proveniência. Assegurando que “o arquivo produzido por uma entidade coletiva, pessoa ou família não deve ser misturado aos de outras entidades produtoras” (ARQUIVO NACIONAL, 2005, p.136). Com o surgimento deste primeiro princípio, abriu-se caminho para outros princípios aplicados à organização dos arquivos, como o Princípio da ordem original, que conserva “[...] o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu” e o da Pertinência, onde os documentos são “[...] reclassificados por assunto sem ter em conta a proveniência e a classificação original” (ARQUIVO NACIONAL, 2005, p.137). Segundo Belloto, 2008: Cabe neste momento destacar os princípios arquivísticos clássicos, que constituem a demarcação da diferença entre a Arquivística e as outras ciências documentárias. São eles: (a) Princípio da Proveniência, (b) Princípio da Organicidade, (c) Princípio da Unicidade, (d) Princípio da Indivisibilidade 10 ou Integridade e (e) Princípio da Cumulatividade (ARQUIVO NACIONAL, 2005; BELLOTO, 2008). Proveniência: garante a autenticidade, através da manutenção da integridade do fundo de arquivo. Organicidade: refletem toda uma estrutura, funções, atividades da organização com relação ao relacionamento com a sociedade. Unicidade: este princípio se relaciona aos arquivos originais e únicos. Integridade: como o próprio nome diz, este princípio é relativo a integridade física dos documentos, evitando rasuras, mutilação ou destruição destes. Cumulatividade: à medida que são produzidos os itens documentais de um arquivo estes não são escolhidos previamente para serem acumulados, e sim, acumulam à medida que surgem. De acordo com Souza (2011, p.21), estudos apontam que, ainda no século XXI, que se caracteriza pelas transformações tecnológicas digitais, a “atividade profissional do arquivista adota, como função fundamental, a valorização do objeto físico da informação [...]”. Estes princípios se tornaram essenciais para compreensão das atividades dos arquivistas e da arquivística. Da mesma forma, a literatura mostra que o trabalho do profissional é essencial para a compreensão de fatos históricos ou administrativos, constituindo assim sua identidade profissional. Classificação Associação de Arquivistas Brasileiros adota o seguinte critério com relação a arquivos, segundo Neire do Rocio Martins (2005): Arquivo é o conjunto de documentos que, independentemente da natureza ou do suporte, são reunidos por acumulação ao longo das atividades de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas. Em se tratando de um conceito geral, Paes define arquivo como: Arquivo é a acumulação ordenada de documentos, produzidos por instituições públicas e privadas ou por uma família ou pessoa, no transcurso de suas atividades e funções, guardando esses documentos relações orgânicas entre si. (PAES) 11 Os arquivos podem ser divididos em públicos e privados, segundo a Lei nº 8.159 de 08 de janeiro de 1991, esta cita os conceitos seguintes para as formas de arquivos. Arquivos públicos: Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. Arquivos privados: Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades. Quanto ao documento de arquivo, trata-sede: Informação registrada, independente da forma ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer das atividades de uma instituição ou pessoa, dotada de organicidade, que possui elementos constitutivos suficientes para servir de prova dessas atividades (CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS, 2004, p. 7). De acordo com as entidades mantenedoras, os arquivos podem ser classificados como: públicos, institucionais, comerciais, pessoais, quanto ao gênero, espécie, tipologia, natureza do assunto, forma e formato. 1. Gênero: é representado de acordo com seu suporte, podendo ser: textuais, iconográfico, filmográficos, sonoros, micrográficos, informáticos, cartográficos. 2. Espécie: relativo a disposição e o tipo da informação, estes podem ser: ata, contrato, decreto, ofício, certidão 3. Públicos: relativo as esferas federal, estadual e municipal. 4. Tipologia: este é relativo a configuração do documento gerado, podendo ser: ata de reunião, contratos, certidão de nascimento. 5. Natureza do assunto: este é relativo ao tema abordado pelo arquivo, podendo ser ostensivo (a divulgação não acarreta prejuízo) e sigiloso (possui restrições de acesso), um exemplo de documento sigiloso são as investigações por parte da segurança pública. Além disso, a natureza dos arquivos “é administrativa, é jurídica, é informacional, é probatória, é orgânica, é serial, é contínua, é cumulativa. 12 A soma de todas estas características faz do arquivo uma instituição única e inconfundível” (BELLOTTO, 2005). 6. Institucionais: arquivos relativos as instituições, como por exemplo: escolas e igrejas. 7. Forma: observa-se se o arquivo é pré-original ou pós-original, por exemplo: rascunho e minuta. 8. Comerciais: estes arquivos são relativos a instituições particulares, como: empresas, corporações. 9. Pessoais: os arquivos pessoais tratam-se das fotos de família, cartas, etc. 10. Formato: este arquivo envolve as características físicas e técnicas do documento, alguns exemplos de formato são: livros, fichas, caderno. 3.2 Organização de arquivos Fonte: pixabay.com Existem três organizações de informações de arquivos e estes possuem operações diferentes: classificação, ordenação e arquivamento. A classificação determina a categoria em que devem estar os grupos distribuídos e registra sistematicamente os documentos de acordo com sua ordem facilitando assim seu uso. 13 A ordenação de arquivos é considerada a disposição metódica dos documentos dentro da unidade classificadora e o arquivamento se relaciona as operações físicas de colocação dos documentos em pastas. Sousa; Araújo Júnior (2015) ainda define que: “Classificação de documentos de arquivo tem três objetivos: manter o vínculo arquivístico, fundamentar a avaliação e a descrição e possibilitar a recuperação da informação contida nos documentos de arquivo” (SOUSA; ARAÚJO JÚNIOR (2015 p. 149). Contando desde a criação do arquivo e o fim, o ato ou fato que indica sua frequência de produção e uso. É dito que essa etapa está relacionada à validade do documento, o motivo e a existência do arquivo. Ao observamos os arquivos, dizemos que estes podem ser: correntes, temporários e permanentes. Correntes: um conjunto de documentos atuais em andamento, esses documentos são de consultas e pesquisas frequentes. Temporário: Documento definido a partir do arquivo atual, que aguarda até que o seu depósito no arquivo temporário. Permanente: possuem dentro da história, ciência ou patrimônio cultural, um valor imensurável, fazendo com estes que devam ser preservados indefinidamente. O Conselho Internacional de Arquivos estabelece que: O Conselho Internacional de Arquivos, ao editar a norma para descrição de arquivos – ISAD(G) indica procedimentos baseados nos princípios arquivísticos sem determinar uma estrutura fixa de organização ou estabelecer códigos e títulos. Cada arquivo merecerá sempre uma análise, planejamento e tratamento próprios à sua conformação. (CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS, 2000). Devido a existência de instituições detentoras de arquivos permanentes, estas devem seguir um padrão para arquivamento de determinados documentos, variando de instituição para instituição. Que são as seguintes: Seleção de arquivo; Estabelecer registros de documentos; Organizar formas de classificação; Codificar o arquivo; Organizar arquivos; 14 Arquivar documentos de acordo com o método utilizado; Manter arquivos em ordem e atualizá-los; Encontrar arquivos; Controlar a saída de documentos no arquivo; Transferir e descartar arquivos; Instruir e treinar usuários. Para funcionar bem o sistema de arquivamento, dois requisitos são essenciais. Primeiro, os funcionários devem possuir um conhecimento profundo da organização da empresa para a qual trabalha. Segundo, Possui as seguintes características: capacidade de lidar com o público, Espírito organizado, visão, paciência, imaginação, atenção, força de análise e crítica, capacidade abrangente, discrição, honestidade, espírito de trabalho em equipe e paixão pelo trabalho. 3.3 O profissional arquivista Fonte: pixabay.com O profissional arquivista, no passado, apenas garantia a integridade física de documentos, mas com o decorrer do tempo a profissão passou por várias alterações. Hoje em dia os arquivistas são gerenciadores de informações reconhecidos, e não apenas de suporte, devido à necessidade de informações com processamento rápido, este profissional busca facilitar a obtenção e a organização da informação, sendo 15 atualmente o maior desafio nesta época marcada pela tecnologia. Valentim afirma que cabe ao profissional: [...] Desenvolver e executar o processamento de documentos em distintos suportes, unidades e serviços de informação; Selecionar, registrar, armazenar, recuperar e difundir a informação gravada em qualquer meio para os usuários de unidades, serviços e sistemas de Informação [...] (VALENTIM, 2000, p. 19). A formação profissional geralmente acompanha o desenvolvimento e o crescimento das profissões mundiais. E está associada a uma série de elementos relacionados à origem da profissão, trabalho e prática profissional, demanda de mercado e mudança social. Além disso, as realizações acadêmicas, atividades e publicações, também constituem formação acadêmica profissional. Seguindo essa linha de raciocínio Souza afirma que: O arquivista é um profissional que experimentou as alterações de suas atribuições ao longo do tempo. Sua identificação associa-se ao profissional com formação formal em Arquivologia, dotado de conhecimentos para planejar, gerenciar e disponibilizar os documentos e as informações arquivísticas. Além disso, exerce uma função social que se inicia desde o momento da produção documental e se estende a todos os usuários (SOUZA, 2011, p.51). Para se tornar Arquivista no Brasil é preciso uma formação universitária, onde este profissional desenvolverá competências e habilidades que lhe deem suporte para o gerenciamento e desenvolvimento das atividades arquivísticas (SOUZA, 2011). De acordo com Tanus e Araújo (2012, p. 84), após algumas tentativas de criação de um curso voltado especificamente para a área de arquivos, o primeiro curso de Arquivologia no Brasil foi criado pelo Arquivo Nacional, em 1960, como Curso Permanente de Arquivo, “[...] porque anterior a essa data os profissionais do Arquivo Nacional e de outros arquivos contavam com cursos de formações esporádicas [...]”. Em 1972, com o surgimento da Escola Superior de Arquivo, foi criado o primeiro curso de graduação em Arquivologia, sendo integrado à Uni-Rio, em 1977 (SOUZA, 2011). Em 04 de julho de 1978, pelo Decreto nº 6.546, a profissão de arquivista foi regulamentada. Desse modo, estavam reconhecidas e diferenciadas as profissões de Arquivista e técnico emArquivo. A regulamentação proíbe pessoas que não possuem a graduação em Arquivologia de atuar como arquivista, nos arquivos brasileiros (BRASIL, 1978). 16 Outros dois fatores importantes para a formação dos arquivistas foram a “[...] realização do I Congresso Brasileiro de Arquivologia[...]” e a criação do periódico específico da área, o Arquivo & Administração, em 1972 (TANUS; ARAÚJO, 2012, p.90). Os arquivistas são os profissionais responsáveis pela organização e gestão da informação empresarial com base na técnica de avaliação documental, produção, armazenamento, preservação e utilização mais adequada dos arquivos. Tudo isso mostra a importância dos arquivistas para a empresa públicas e privadas, onde à organização dos documentos de forma correta, servem para agilizar o trabalho e o atendimento ao público no âmbito governamental e particular. 4 HISTÓRICO – BIBLIOTECONOMIA E BIBLIOTECAS Fonte: pixabay.com A biblioteca é um local de leitura e interação, de proteção da memória do país, da organização e do processamento da informação, e principalmente comunicação cultural. A biblioteca pública é o centro de informações da comunidade, devendo fornecer aos usuários conhecimento e atividade, agregando assim valores essências a sociedade que a utiliza. As bibliotecas são instituições que existem desde que a humanidade buscou adquirir conhecimento, através da escrita e outras ciências, um exemplo que define sua historicidade, seria a biblioteca de Alexandria no Egito. Elas possuem o 17 conhecimento necessário para o comportamento e o conhecimento humano, sendo que na atualidade o grande desafio que as mesmas enfrentam, seriam como sobreviver e desempenhar um papel em um ambiente em constante mudança, enfrentando a falta de políticas públicas eficazes e de desenvolvimento social e tecnológico. Pode-se considerar que por muito tempo a biblioteca se constituiu apenas como um espaço de armazenamento e preservação da memória escrita humana. Hoje, além do espaço de armazenamento, a biblioteca também pode ser vista como um espaço de tolerância e mudança social. Ao observar algumas definições de termos relacionados, você pode perceber essas conversões. Antigamente esta era definida como “[...] coleção pública ou privada de livros e documentos congêneres, organizados para estudo, leitura e consulta [...]” (FONSECA, 2007, p.48). Hoje em dia, a biblioteca pode ser considerada um local de disponibilização de informação de forma prática e cómoda com diversos métodos de apoio, tendo como finalidade a aprendizagem, a investigação e o conhecimento, porem ao analisar o contexto histórico e social do Brasil, Machado (2010, p.95) tem uma definição que pode nos levar a concordar com seu pensamento relativo as bibliotecas, “[...] de modo geral, ainda são entendidas como um espaço unicamente físico, de organização de documentos no suporte papel e que têm como atividade principal o atendimento às pesquisas escolares”. Quando olhamos de forma global as bibliotecas e a Biblioteconomia, percebe- se que estas são uma fonte de riqueza, conhecimento e auxilio de muitos em relação a pesquisas. Segundo Santos e Rodrigues (2013, p.120) em relação a biblioteconomia, este diz que: a primeira utilização desse termo foi em “1839 na obra publicada pelo livreiro e bibliógrafo Léopold-Auguste-Constantin Hesse e intitulada Bibliothéconomie: instructions sur l‟arrangement, la conservation e l‟administration des bibliothèques”. Conforme Fonseca (2007, p.1), a Biblioteconomia – [...] bíblion (livro) + théke (caixa) + nomos (regra) –[...], “[...] é o conjunto de regras de acordo com os quais os livros são organizados em espaços apropriados[...]”. Já em relação as bibliotecas Ortega (2004, p. 2) define que: “[...] a existência comprovada das primeiras coleções organizadas de documentos, ou o que se poderia chamar de primeira biblioteca primitiva, data do terceiro milênio a.C [...] ”, devido a datação do surgimento desta na antiguidade, com o encontro de tábuas de argilas 18 com escrita. Ortega (2004) ainda afirma que na Síria foi encontrada a biblioteca de Ebla, contendo estas tábuas. Este achado arqueológico deu origem aos estudos Biblioteconômicos. Composta de textos administrativos, literários e científicos, registrados em 15 mil tábuas de argila, as quais foram dispostas criteriosamente em estantes segundo o tema abordado, além de 15 tábuas pequenas com resumos do conteúdo de documentos. A escrita era a cuneiforme, porém não no seu idioma original (o sumério), mas numa língua desconhecida a qual se chamou eblaíta (ORTEGA, 2004, p.2). No decorrer da história outras bibliotecas foram descobertas, pode-se citar duas com maior relevância, seriam estas a biblioteca de Assurbanípal, rei da Assíria, em Nínive, que segundo Brinquet de Lemos (2008, p.103), ela possuía aproximadamente “[...] 25 mil tábulas que continham transcrições e textos que Assurbanípal mandara coletar sistematicamente em templos de seu reino”. E a mais famosa contendo cerca de 500 mil volumes e foi destruída por um incêndio, em 47 a.C., a biblioteca de Alexandria (MILANESI, 1983). De acordo com Milanesi (2002, p.11) estas “[...] passaram a indicar a riqueza de uma sociedade [...]”. Na Europa Medieval, o conceito funcional da biblioteca foi sendo revisado. Estas possuíam a função de preservar os escritos religiosos em mosteiros e igrejas, e os livros são usados como ferramentas para respeitar e obedecer a Deus. Naquela época, apenas monges e escribas podiam copiar obras, e a leitura era apenas para algumas pessoas. O surgimento das universidades e a invenção dos tipos móveis por Guttemberg, no século XV, promoveram uma revolução tecnológica que ajudou a baratear e difundir os livros e a biblioteca - como um espaço educativo - pelo mundo (MILANESI, 1983). Com isso ocorreu uma explosão de conhecimento e o surgimento de diversas bibliotecas no âmbito universitário e nacional. O conhecimento que se tem sobre a primeira biblioteca pública do Brasil é a Biblioteca Pública da Bahia, considerada também como a primeira Biblioteca Pública da América Latina. A biblioteca foi idealizada por intelectuais da época, inclusive Pedro Gomes Ferrão Castelo Branco, que escreveu e entregou ao governador da Capitania da Bahia, D. Marcos de Noronha e Bispo, o Plano para o estabelecimento de huma bibliotheca pública na cidade de S. Salvador Bahia de Todos os Santos, solicitando a criação de uma biblioteca pública na cidade. Ela foi inaugurada em 13 de maio de 1811 (LINS, 2016). 19 De acordo com Lins (2016, p.123), após essa inauguração, outras bibliotecas públicas surgiram, como a Biblioteca Pública do Estado do Maranhão (1831), a Biblioteca Pública do Estado de Sergipe (1848), a Biblioteca Pública de Pernambuco (1852). Após a transferência da Família Real para o Brasil, foi inaugurada a Biblioteca Nacional, em 1881, no Rio de Janeiro (BRINQUET DE LEMOS, 2008). Esta hoje é fonte de pesquisa no âmbito histórico e literário para diversos historiadores e pesquisadores. A biblioteconomia se desenvolveu no Brasil com o decorrer do passar do tempo e devido a implantação de diversas bibliotecas, mas ainda há um longo caminho a percorrer em busca do reconhecimento do profissional bibliotecário e sua área de atuação. Percebe-se a partir do próximo tema que, diante dos desafios e mudanças trazidos pela sociedade, o campo científico e a formação profissional estão em constante busca de reorganização. 4.1 Biblioteca Pública Fonte: pixabay.com As bibliotecas públicas são locais onde a cultura está em constante evolução, proporcionando acesso de forma igualitária a fonte de informação e buscando fortalecer o exercício da cidadania e a formação da identidade social e cultural da sociedade. A bibliotecas públicas atendem os jovens, adultos,idosos, crianças e adolescentes, oferecendo serviços modernos e tradicionais. Segundo o Manifesto da UNESCO para Bibliotecas Públicas (1994). 20 A liberdade, a prosperidade e o desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos são valores humanos fundamentais. Só serão atingidos quando os cidadãos estiverem na posse da informação que lhes permita exercer os seus direitos democráticos e ter um papel ativo na sociedade. A participação construtiva e o desenvolvimento da democracia dependem tanto de uma educação satisfatória, como de um acesso livre e sem limites ao conhecimento, ao pensamento, à cultura e à informação. (UNESCO, 1994 apud BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil), 2000, p. 21). A preparação do espaço físico da biblioteca é fundamental para que seus usuários possam desfrutar e interagir com o ambiente da melhor maneira. No espaço deve haver uma área separada para: armazenamento de coleta, espaço de leitura, Pesquisa e referência, atividades culturais, espaços de circulação e lazer e serviços internos. Sua coleção deve estar sempre atualizada, levando em consideração as necessidades de informação da comunidade com base nos recursos financeiros disponíveis. Além dos livros, outros materiais também devem ser fornecidos a todos os frequentadores do ambiente, como filmes, fotos, impressos, jornais, Internet com acesso a informações através de um sistema de computador. Para que todos tenham acesso a serviços adequados, é muito importante que a biblioteca tenha profissionais suficientes para o desempenho de todas as suas funções. Além de bibliotecários, o espaço também deve abrigar, educadores, assistentes sociais, performers culturais e outros profissionais para garantir a qualidade dos serviços prestados. Apesar de assumirem uma missão tão importante para a sociedade, as bibliotecas públicas ainda enfrentam uma série de dificuldades em manter seu espaço. Falta de recursos financeiros, infraestrutura, coleções desatualizadas e um número reduzido de funcionários são alguns dos problemas enfrentados pelos administradores do ambiente, impossibilitando um serviço de qualidade. A biblioteca pública é da responsabilidade das autoridades locais e nacionais. Deve ser objeto de uma legislação específica e financiada pelos governos nacionais e locais. Tem de ser uma componente essencial de qualquer estratégia em longo prazo para a cultura, o acesso à informação, a alfabetização e a educação (UNESCO, 1994 apud BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil), 1995, p. 32). Dentre os serviços prestados na biblioteca pública, incluem-se diversos. Por exemplo: Divulgação e informação referentes a serviços sociais; 21 Divulgação de agenda cultural (música, cinema, arte e palestras); Internet gratuita; Oficinas/cursos; Auxiliador para a entrada no mercado de trabalho (elaboração de currículos). Apesar de todas as dificuldades, as bibliotecas são espaços de educação pública, auxiliando na base para a formação de futuros leitores. Sempre lembrando que as bibliotecas públicas devem ser ambientes de informação, cultura e inclusão social. Fazendo-se necessário, possuir uma estrutura eficaz, com profissionais qualificados para atender todo o público, sem distinção de quem possui algum tipo de limitação. 4.2 O profissional em Biblioteconomia Fonte: pixabay.com Na sociedade moderna, a informação é considerada tão importante e fundamental quanto os recursos naturais desenvolvidos pelo país. É considerado o quarto maior fator de produção na estrutura da empresa, assim como as matérias- primas e o do capital. Não importa se a representação é um dado empírico ou uma forma altamente processada (chamamos de "conhecimento"). 22 Mas como organizar a grande quantidade de informações geradas hoje para que possam ser "consumidas"? No entanto, existe uma área do conhecimento especializada em pesquisar, desenvolver e utilizar os métodos mais eficazes para minimizar esse problema, a biblioteconomia visa pesquisar e usar a informação. Não importa se a informação está registrada na forma de livros, revistas, filmes, fotos, slides ou fitas de áudio. No Brasil, ao estabelecer escolas e cursos voltados para a área, o setor de bibliotecas também se desenvolveu. Em 2015, o país realizou um evento para comemorar o centenário da biblioteconomia. Porém, com o passar do tempo, o caminho não foi fácil, e cem anos após a fundação da biblioteca, o reconhecimento das bibliotecas, dos bibliotecários e de seus profissionais como agentes de transformação social ainda não foi realizado. Embora fundado em 1911, o primeiro curso de biblioteconomia do Brasil só começou a funcionar na Biblioteca Nacional em 1915. Fonseca (2007, p.107) diz que, “[...] o primeiro da América Latina e o terceiro no mundo: precedido apenas pela École Nationale des Chartes, de Paris (1821) e pela School of Library Economy da Columbia University (1887) ”. De acordo com Santos (2010, p.62), o segundo curso foi criado em 1929, pelo Makenzie College, em São Paulo. Nesta mesma cidade, em 1936, a Prefeitura Municipal, criou o “Curso de Biblioteconomia, no âmbito do Departamento de Cultura”, sendo, em 1940, “[...] incorporado à Escola de Sociologia e Política de São Paulo, onde funciona até hoje”. Nas décadas que se seguiram, os estudiosos da área buscaram tratar a biblioteconomia como um curso de ensino superior e criaram leis, associações e periódicos que ajudaram o curso e seus profissionais a se desenvolverem. Nas décadas de 1950 e 1960, foram criadas as primeiras instituições e associações, como o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), o atual Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), e a Associação Brasileira de Escolas de Biblioteconomia e Documentação (ABEBD) hoje conhecida como Associação Brasileira de Educação em Ciência da Informação (ABECIN) (FONSECA, 2007). Ainda na década de 1960, houve a regulamentação da profissão de Bibliotecário, através da Lei nº 4.048, de 30 de junho de 1962, que assegurava aos 23 bacharéis em Biblioteconomia a exclusividade do exercício da profissão (BRASIL, 1962). O formato de ensino dos cursos de Biblioteconomia que conhecemos atualmente começou a ser desenvolvido a partir da década de 1980, com a reestruturação do currículo mínimo - duração mínima de 2.500 horas, divididos entre 04 e 07 anos e meio - e a inserção de disciplinas de fundamentais como “Métodos e Técnicas de Pesquisa”, “Informação Aplicada à Biblioteconomia” e “Formação e Desenvolvimento de Coleções” (RUSSO, 2012). Conforme Russo (2012, p.65), O marco do atual modelo curricular é a Básica LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), as “[...] Diretrizes Curriculares para os Cursos de Biblioteconomia, que flexibilizou a estrutura curricular dos cursos formadores de bibliotecários[...]”. Estas diretrizes instituíram, segundo a autora, dentre outras coisas, a estrutura atual dos cursos de Biblioteconomia, o perfil dos formandos e as principais competências e habilidades para a formação dos bibliotecários no país. Em 2007, como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação, foi criado o Plano de Reestruturação e expansão das Universidades Federais (REUNI), que permitiu a criação de novos cursos e modalidades de ensino no Brasil. Na primeira metade desta década, 2013, foi criado o primeiro curso de Biblioteconomia na modalidade a distância do país, pela Universidade Caxias do Sul (TARGINO, 2017). O mercado de trabalho para bibliotecários não se limita às bibliotecas. Como o objetivo principal do profissional é gerenciar informações, este encontra oportunidades de trabalho em qualquer organização que precisasse catalogar documentos para acessá-los rapidamente. Podendo o profissional trabalhar em: acervos, associações, centros culturais, centros de pesquisa, editoras, emissoras de televisãoe rádio, escolas, escritórios de advocacia, museus, ONGs, provedores de internet. A formação de bibliotecários é acompanhada pelo desenvolvimento tecnológico da área. Esses profissionais enfrentam, a cada dia, novas tecnologias da informação e novos desafios, tendo como principal objetivo, atender às expectativas de informação do público que costuma visitar a biblioteca e fazer com que essas tecnologias cheguem aos usuários de forma fácil e rápida. 24 5 LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA BIBLIOTECAS E ARQUIVOS Fonte: pixabay.com As políticas públicas são temas básicos do desenvolvimento e da formação social de qualquer país. Principalmente pelo espaço de disseminação do conhecimento, são indispensáveis, pois além de fornecer subsídios e promover a formação cultural, também podem servir como fatores de inclusão e transformação da sociedade. As políticas públicas podem ser entendidas como um conjunto de planos e programas de ação governamental voltados à intervenção no domínio social, por meio dos quais são traçadas as diretrizes e metas a serem fomentadas pelo Estado, sobretudo na implementação dos objetivos e direitos fundamentais dispostos na Constituição (SOUSA, 2006, p.3). O argumento tradicional em torno da biblioteca é que a biblioteca é uma fonte importante de conhecimento e vital para a formação da sociedade e dos cidadãos. Atualmente, existem duas leis que visam institucionalizar as bibliotecas no Brasil, são elas: Lei nº 12.343, de 2 de dezembro de 2010, que institui o Plano Nacional de Cultura e visa fomentar a cultura do país, promovendo a realização de projetos artísticos e culturais, além da criação de espaços para a promoção cultural no Brasil. Dentre as estratégias deste plano está a “implantação e manutenção de bibliotecas em todos os Municípios 25 brasileiros como espaço fundamental de informação, de memória literária [...] acrescidos de integração digital e disponibilização de sites de referência” (BRASIL, 2010, p.24); e Lei nº 12.244, de 24 de maio de 2010, que “dispõe a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do país” (BRASIL, 2010). Também o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), veio para atuar na valorização e disseminação dos livros. O PNLL é resultado da Lei º 10.753, de 30 de outubro de 2003, e assegura “ao cidadão o pleno exercício do direito de acesso e uso do livro” (BRASIL, 2003). De acordo com Lins (2016, p. 164) “uma das grandes conquistas do plano foi a regulamentação do processo de disponibilidade de condições acessíveis para a democratização do espaço bibliotecário para pessoas com deficiência”. Quando voltamos os olhares para as políticas arquivistas vemos que estas transcrevem o pensamento do governo em relação às ações governamentais em prol da sociedade. Conforme Teixeira (2002, p. 3), a natureza das políticas públicas pode ser “estrutural – buscam interferir em relações estruturais como renda, emprego, propriedade, etc. e conjuntural ou emergencial – objetivam amainar uma situação temporária, imediata”. Para Jardim, Silva e Nharreluga (2006, p.12), “uma política pública é, portanto, dinâmica e mutante. Tende a alterar-se ao longo do tempo, sob redefinição de diretrizes e novos objetivos”. Jardim (2006, p.10), pondera que “é frequente confundir legislação arquivística com políticas arquivísticas”. A legislação para ele é o instrumento utilizado para a gestão e preservação dos arquivos. Ou seja, a política pública é a lei sendo colocada em prática pelas instituições e órgãos do governo. Portanto, a principal lei que entrou em vigor no Brasil que regulamenta a política nacional de arquivos públicos e privados é a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivo, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elemento de prova e informação (BRASIL, 1991, p.1). Esta lei deu origem ao Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), onde este visa responsabilizar penal, civil ou administrativamente “[...] aquele que desfigurar ou 26 destruir documentos de valor permanente ou considerado como de interesse público e social” (BRASIL, 1991, p.3). No ano 2003, o Decreto nº 4.915 criou o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo (SIGA), organizando, em forma de sistema, “as atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública federal” (BRASIL, 2003, p.1). Em 18 de novembro de 2011, surgiu a Lei nº 12.527 com o intuito de garantir o acesso as informações no serviço público, em seu artigo 5º esta lei dispõe o seguinte ponto: Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. Contudo mesmo com as políticas públicas introduzidas pelo governo brasileiro, as áreas da biblioteconomia e arquivologia ainda carecem de melhorias, outro fator que influencia negativamente é a questão social e as diferenças educacionais dos estados brasileiros, considerando a abrangência territorial e as condições políticas do Brasil, os recursos para a cultura ainda são insuficientes. 6 CONARQ- CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS Fonte: pixabay.com http://www.arquivonacional.gov.br/br/ultimas-noticias/471-conarq 27 Órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional do Ministério da Justiça, tem como objetivo definir a política nacional de arquivos públicos e privados, como autoridade central do sistema arquivístico nacional, além de exercer a orientação normativa que visa orientar a gestão documental e a proteção especial dos arquivos. Destaca-se que o CONARQ se originou da Lei nº 8.159/1991 e tem por finalidade desenvolver e definir a política nacional de arquivos da esfera pública e privada, elaborar normas e fornece recomendações arquivísticas para as entidades, envolvendo a gestão documental e a proteção especial aos documentos de arquivo (BRASIL, 1991; 2002). O CONARQ é responsável por emitir os regulamentos da Lei nº8.159, e resoluções relacionadas ao seguinte temas: gestão de documentos convencionais e digitais, microfilme, digitalização, transferência e coleta de documentos de qualquer meio, classificação de documentos, tempo e destino, acesso a documentos públicos, formação de recursos humanos, Terceirização de serviços de arquivos públicos, etc. Além disso, promove e desenvolve importantes ações científicas e tecnológicas, como seminários, workshops e cursos, não só por meio de especialistas na área de arquivos, mas também por outros comitês compostos por especialistas em outras áreas do conhecimento, como ciência da informação, biblioteconomia, tecnologia da informação, administração e direito. Sendo uma das principais fontes de informação sobre arquivos, normas e boas práticas de arquivo, o Conselho Nacional de Arquivos tem produzido e divulgado um grande número de publicações técnicas importantes com o propósito de inserção do conhecimento arquivístico. As publicações da CONARQ são consideradas referências para a prática arquivística em territórios nacionais, nas instituições públicas e privadas, e na América Latina. O CONARQ é composto por dezessete conselheiros: sendo presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional, representantes do Executivo Federal, Judiciário Federal, Legislativo Federal, Arquivo Nacional, Arquivo Público Estadual e Distrito Federal, pelos municípios representativos do Arquivo Público e instituições de cursos superiores de arquivologia, associações de arquivistas e instituições que reúnem profissionais das áreas de ensino, pesquisa, preservação ou aquisição de documentação. Cabe a estes conselheiros zelar pelas boas práticas arquivistas, procurando orientae direcionar os profissionais no melhor caminho. 28 7 LEI Nº 12.244 DE 24 DE MAIO DE 2010 Fonte: pixabay.com Dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o As instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do País contarão com bibliotecas, nos termos desta Lei. Art. 2o Para os fins desta Lei, considera-se biblioteca escolar a coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura. Parágrafo único. Será obrigatório um acervo de livros na biblioteca de, no mínimo, um título para cada aluno matriculado, cabendo ao respectivo sistema de ensino determinar a ampliação deste acervo conforme sua realidade, bem como divulgar orientações de guarda, preservação, organização e funcionamento das bibliotecas escolares. Art. 3o Os sistemas de ensino do País deverão desenvolver esforços progressivos para que a universalização das bibliotecas escolares, nos termos previstos nesta Lei, seja efetivada num prazo máximo de dez anos, respeitada a profissão de Bibliotecário, disciplinada pelas Leis nos 4.084, de 30 de junho de 1962, e 9.674, de 25 de junho de 1998. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4084.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9674.htm 29 Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 24 de maio de 2010; 189o da Independência e 122o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Fernando Haddad Carlos Lupi Este texto não substitui o publicado no DOU de 25.5.2010 8 LEI NO 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991 Fonte: pixabay.com Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º - É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação. Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.159-1991?OpenDocument 30 bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujos sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. Art. 5º - A Administração Pública franqueará a consulta aos documentos públicos na forma desta Lei. Art. 6º - Fica resguardado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo das ações penal, civil e administrativa. CAPÍTULO II DOS ARQUIVOS PÚBLICOS Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. Regulamento § 1º - São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades. § 2º - A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público implica o recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora. Art. 8º - Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e permanentes. § 1º - Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas frequentes. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2942.htm 31 § 2º - Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. § 3º - Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados. Art. 9º - A eliminação de documentos produzidos por instituições públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência. Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis. CAPÍTULO III DOS ARQUIVOS PRIVADOS Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades. Regulamento Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público como de interesse público e social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e desenvolvimento científico nacional. Regulamento Art. 13 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e social não poderão ser alienados com dispersão ou perda da unidade documental, nem transferidos para o exterior. Regulamento Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público exercerá preferência na aquisição. Art. 14 - O acesso aos documentos de arquivos privados identificados como de interesse público e social poderá ser franqueado mediante autorização de seu proprietário ou possuidor. Regulamento Art. 15 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e social poderão ser depositados a título revogável, ou doados a instituições arquivísticas públicas. Regulamento Art. 16 - Os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos anteriormente à vigência do Código Civil ficam identificados como de interesse público e social. Regulamento http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2942.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2942.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2942.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2942.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2942.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2942.htm 32 CAPÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS Art. 17 - A administração da documentação pública ou de caráter público compete às instituições arquivísticas federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais. § 1º - São Arquivos Federais o Arquivo Nacional os do Poder Executivo, e os arquivos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. São considerados, também, do Poder Executivo os arquivos do Ministério da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Exército e do Ministério da Aeronáutica. § 2º - São Arquivos Estaduais os arquivos do Poder Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário. § 3º - São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder Executivo, o Arquivo do Poder Legislativo e o arquivodo Poder Judiciário. § 4º - São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o arquivo do Poder Legislativo. § 5º - Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de acordo com sua estrutura político-jurídica. Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos. Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Nacional poderá criar unidades regionais. Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exercício das suas funções, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. 33 Art. 21 - Legislação estadual, do Distrito Federal e municipal definirá os critérios de organização e vinculação dos arquivos estaduais e municipais, bem como a gestão e o acesso aos documentos, observado o disposto na Constituição Federal e nesta Lei. CAPÍTULO V DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS Art. 22 - (Revogado pela Lei nº 12.527, de 2011) Art. 23 - (Revogado pela Lei nº 12.527, de 2011) Art. 24 - (Revogado pela Lei nº 12.527, de 2011) DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 25 - Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como de interesse público e social. Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). § 1º - O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional e integrado por representantes de instituições arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas. § 2º - A estrutura e funcionamento do conselho criado neste artigo serão estabelecidos em regulamento. Art. 27 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 28 - Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 8 de janeiro de 1991; 170º da Independência e 103º da República. FERNANDO COLLOR Jarbas Passarinho Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.1.1991 e retificado em 28.1.1991. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm#art46 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm#art46 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm#art46 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/RET/rLei-8159-91.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/RET/rLei-8159-91.htm 34 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. ARQUIVO NACIONAL. Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 2005. 232 p. 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