Buscar

Ebook_Características_Técnicas_e_Modos_Ventilatórios_Básicos_Flavio_Maciel_CVFM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Avisos Legais
Redistribuição
Você concorda que não irá copiar, redistribuir ou explorar
comercialmente qualquer parte deste documento sem a
permissão expressa do autor.
Autor
Dr. Flávio Maciel
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM | Flávio Maciel
#SUMÁRIO
#01 - VENTILAÇÃO MECÂNICA: UMA BREVE HISTÓRIA...............................................03
#02 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS
 VENTILADORES MECÂNICOS............................................................................................................11
#03 - FASES DO CICLO VENTILATÓRIO MECÂNICO.............................................................15 
 1. Disparo.........................................................................................................................................................................16
 2. Fase inspiratória................................................................................................................................................19
 3. Ciclagem...................................................................................................................................................................20
 4. Fase expiratória..................................................................................................................................................21
 
#04 - Modos básicos de ventilação mecânica...........................................................................23
 1. Ventilação com Volume Controlado (VCV)....................................................................24 
 2. Ventilação com Pressão Controlada (PCV).....................................................................26
 3. Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (SIMV).........................29
 4. Ventilação com Pressão de Suporte (PSV).....................................................................34
#05 - Considerações finais......................................................................................................................................35 
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM | Flávio Maciel
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM | Flávio MacielE-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM | Flávio Maciel
#01
Ventilação mecânica:
uma breve história
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 04
 Os primeiros relatos sobre ventilação mecânica (VM) são atribuídos a Andreas 
Vesalius (1542), que teria introduzido uma lâmina na traquéia de um animal e sopra-
do através dela para manter a vida, enquanto examinava o conteúdo torácico desse 
animal; e a Robert Hooke (1642) que usou uma bomba de ar conectada a um tubo 
introduzido na traquéia de um cão para insuflar seus pulmões.
Andreas Vesalius foi um médico belga, considerado o “pai da anatomia moderna” e autor do 
histórico atlas de anatomia De Humani Corporis Fabrica (1543). Fonte: History of Medicine Di-
vision, National Library of Medicine, National Institutes of Health. Dream anatomy: De humani 
corporis fabrica. Available from: http://www.nlm.nih.gov/dreamanatomy/da_g_I-B-1-02.html
Robert Hooke foi um cientista inglês do século XVII, considerado uma figura chave da 
revolução científica. Fonte: disponível em https://biologo.com.br/bio/robert-hooke/
Em 12 de outubro de 1928, o engenheiro americano e Professor da Universidade de 
Harvard, Philip Drinker, um dos pioneiros da bioengenharia e indústria médica, uti-
lizou o Iron Lung (Pulmão de Aço) para ventilar mecanicamente uma garota de oito 
anos de idade, com poliomielite e insuficiência respiratória tipo 2 .
NOTA: A insuficiência respiratória tipo 2, também 
chamada de insuficiência ventilatória, caracteriza-se 
pelo surgimento de hipercapnia (aumento da pressão 
parcial de dióxido de carbono no sangue arterial – 
PaCO2). 
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 05
Nesse tipo de dispositivo, todo o corpo do(a) paciente era posicionado no interi-
or de uma câmara hermeticamente fechada (completamente vedada, sem ocorrên-
cia de vazamentos), mantendo-se apenas sua cabeça para fora. Periodicamente era 
gerada uma pressão negativa no interior do dispositivo e sobre a superfície corpórea, 
responsável pela expansão da caixa torácica e surgimento de um gradiente de pressão 
transpulmonar que favorecia a insuflação pulmonar.
Philip Drinker explicando a teoria de funcionamento do Iron Lung (pulmão de aço) 
em 1926 na Universidade de Harvard. Fonte: Akkermans R. Historical Profile: Philip 
Drinker. Lancet Respir Med 2014.
NOTA: A pressão transpulmonar ou gradiente de 
pressão transpulmonar é responsável pela insu-
flação dos pulmões. Quanto maior o seu valor, maior 
o volume de gás que será deslocado para o interi-
or do sistema respiratório. É calculado pela fórmu-
la: pressão alveolar – pressão intrapleural. Durante 
o emprego do Iron Lung observa-se o aumento da 
negatividade da pressão intrapleural e consequente 
aumento da pressão transpulmonar.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 06
Essa forma de ventilação reproduzia exatamente o que ocorre durante uma insu-
flação pulmonar espontânea, onde se observa o aumento da negatividade da pressão 
intrapleural. O pulmão de aço mostrou-se eficiente até o ano de 1952, quando uma 
epidemia de poliomielite instalou-se em Copenhague (Dinamarca), acometendo 2722 
pessoas. Muitas mortes ocorreram por conta da forma grave da doença e o número 
de pulmões de aço disponíveis era insuficiente.
Mecanismo de funcionamento do pulmão de aço. Fonte: adaptada de Clinical 
application of mechanical ventilation. Fourth Edition. 2014. David W. Chang. 
Cengage Learning.
Cenário durante a epidemia de poliomielite.
Fonte: disponível em http://www.medicinaintensiva.com.br/pul-
mao-aco-historia-fotos.htm
Pressão Ambiente
Expansão do tórax Pressão interna
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 07
Unidade de terapia intensiva pediátrica durante a epidemia de poliomielite, utilizan-
do o modelo Multiplace do Iron Lung. Fonte: Principles and practice of mechanical 
ventilation. Third Edition. 2013. Tobin MJ. The McGraw-Hill Companies, Inc.
Foi aí que o médico anestesiologista Bjorn Aage Ibsen realizou ventilação manual 
com uma bolsa reservatória, através de uma traqueostomia, demonstrando ser pos-
sível ventilar de forma invasiva, utilizando um mecanismo gerador de pressão alveolar 
positiva.
Bjorn Aage Ibson, médico anestesiologista, con-
siderado o “pai da medicina intensiva”. Fonte: 
Carvalhas A, Martinho H. A anestesia nos séculos 
XIX e XX e os hospitais da Universidade de Coim-
bra. Coimbra, janeiro de 2008.
Estudante realizando ventilação manu-
al com pressão positiva, através de cânula 
de traqueostomia, utilizando uma bolsa de 
ventilação. Fonte: Medical History Museum 
in Copenhagen.
Diariamente, durante vários meses, 40 a 
70 pacientes foram ventilados por um grupo 
de cerca de 200 estudantes de medicina e 
odontologia, que se revezavam em turnos 
(nasce aí o que atualmente chamados de 
“escala de AMBU”).
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 08
Estudantes revezavam-se 
em escalas de 8 (oito) horas 
de ventilação manual durante 
a epidemia de poliomielite 
em Copenhague (Dinamarca, 
1952). Fonte: Medical History 
Museum in Copenhagen.
 Durante esse tempo, engenheiros trabalharam no desenvolvimento de venti-
ladores mecânicos que utilizavam o mesmo mecanismo observado durante a venti-
lação manual.
Mecanismo de insuflação pulmonar por pressão positiva. Fonte: adaptada de: 
Clinical application of mechanical ventilation. Fourth Edition. 2014. 
David W. Chang. Cengage Learning.
Pressão positiva(maior que
a ambiental)
Expansão do tórax
Exemplos de ventiladores de 2ª geração com seus respectivos anos de fabricação:
A - Ventilador Bennett MA1 (1975); B - Ventilador Ohio 560 (1970); C – Ventilador Bourns 
BEAR (1975); D – Ventilador Siemens-Elema Servo 900B (1979). 
Fonte: https://museum.aarc.org/galleries/early-icu-ventilators/
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 09
A B C D
Quando a epidemia chegou a outros países da Europa, ventiladores mecânicos que 
se baseavam no mesmo princípio já estavam disponíveis. Tinha início aí, a era da VM 
com pressão positiva. Surgem os ventiladores mecânicos com pressão positiva de 1ª 
geração. Sua característica principal era o fato de serem ciclados a pressão (discutire-
mos sobre ciclagem mais a frente). Hoje considerados rudimentares e desprovidos de 
tecnologia, eram considerados inovadores e salvaram diversas vidas à época.
Na década de 1970 surgem os ventiladores de 2ª geração. Traziam como inovações 
a ciclagem a volume, o disparo realizado pelo paciente, o início da monitorização de 
parâmetros ventilatórios, presença do modo IMV (ventilação mandatória intermitente) 
e no final da década surgem os sistemas geradores de pressão expiratória final positiva 
(do inglês, positive end-expiratory pressure - PEEP).
Exemplos de ventiladores de 1ª geração com seus respectivos anos de fabricação:
A - Ventilador Engstrom (1954); B - Ventilador Bird Mark-7 (1951); C – Ventilador 
Bennett TV-2P (1948); D – Ventilador Bird Mark-8 (1955). 
Fonte: https://museum.aarc.org/galleries/early-icu-ventilators/
A B
C D
As décadas de 1980 e 1990 marcam a era dos ventiladores de 3ª geração. A princi-
pal novidade incorporada a esses ventiladores, é sem sombra de dúvidas, o micropro-
cessador, que permitiu a realização de uma ventilação mais segura e uma monito- 
rização mais adequada. Além desta inovação, incluem-se no rol de características desta 
geração de ventiladores a maior capacidade de resposta ao esforço do paciente, 
presença de disparo à fluxo (falaremos sobre essa variável mais a frente), disponi- 
bilidade dos modos de ventilação com pressão de suporte (PSV), pressão controlada 
(PCV) e ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV), além da presença de 
vários alarmes e curvas gráficas.
Exemplos de ventiladores de 3ª geração com seus respectivos anos de fabricação:
A - Ventilador Servo 300 (1993); B - Ventilador BEAR 1000 (1983); C – Ventilador Bird 
8400 (1998); D – Ventilador Purittan Bennett 7200 (1983).
Fonte: arquivo pessoal do autor
Atualmente, vivemos na era dos ventiladores mecânicos de 4ª geração. São máqui-
nas mais complexas, compactas e versáteis, com vasta gama de alarmes e itens de 
monitorização, capazes de ofertar inúmeros modos ventilatórios diferentes, sendo 
muitos deles baseados no sistema de controle em alça fechada, o qual permite que o 
ventilador realize ajustes de variáveis de forma automática.
Exemplos de ventiladores de 4ª geração: A – Ventilador Hamilton C2; B – Venti-
lador Fleximag (Magnamed); C – Ventilador Servo-I (Maquet); D – Ventilador PB-980 
(Medtronic). Fonte: arquivo pessoal do autor
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 10
A B C D
A B C D
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM | Flávio Maciel
#02
Características gerais
dos ventiladores 
mecânicos
Os ventiladores mecânicos por pressão positiva são, basicamente, geradores de 
fluxo. Inicialmente, eram foles pneumáticos que evoluíram para modernos dispositivos 
microprocessados, capazes de:
 • Fornecer ventilação limitada por volume ou pressão;
 • Prover diversas formas de fluxo;
 • Permitir ajustes de pressões inspiratórias e expiratórias;
 • Detectar variações de pressão e fluxo nas vias aéreas;
 • Fornecer concentração de oxigênio variável entre 21 e 100%;
 • Monitorizar de forma instantânea pressões, volume,
 fluxos inspiratórios e expiratórios;
 • Exibir, em tempo real, curvas gráficas;
 • Realizar ajustes automáticos, baseados em algoritmos
 desenvolvidos a partir de inteligência artificial;
 • Entre outros avanços tecnológicos.
Os ventiladores mecânicos funcionam a base de duas fontes diferentes de energia: 
pneumática e elétrica. A primeira é necessária para que o ventilador seja capaz de 
gerar fluxo aéreo. Fontes de oxigênio e ar comprimido medicinal (alguns ventiladores 
utilizam o ar ambiente ao invés do ar comprimido) sob pressão são utilizadas para que 
o blender (misturador) forneça diferentes frações inspiradas de oxigênio - FiO2 (per-
centual de oxigênio presente na mistura de gás inalada) entre 21 e 100%. Por sua vez, a 
energia elétrica é necessária para promover o funcionamento do microprocessador e 
monitor.
Reguladores de pressão e mangueiras para alimentação pneumática do ventilador 
mecânico. Fonte: arquivo pessoal do autor.
Ventiladores mecânicos hospitalares possuem circuito ventilatório duplo, por onde 
ocorrem, de forma independente, a inspiração e a expiração, sem mistura desses 
gases. Os ramos inspiratório e expiratório desse circuito são conectados ao ventilador 
através das válvulas inspiratória e expiratória, respectivamente. A válvula inspiratória é 
responsável pela liberação do fluxo de gás e aumento da pressão no interior do sistema 
respiratório durante a insuflação, enquanto a válvula expiratória regula o fluxo aéreo e 
a pressão durante a expiração. 
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 12
Esquema de funcionamento do umidificador aquoso aquecido. Adaptada de Al Ashry 
HS & Modrykamien AM. Humidification during Mechanical Ventilation in the Adult Pa-
tient. Hindawi Publishing Corporation BioMed Research International 2014;715434.
Por sua vez, o trocador de calor e umidade é posicionado entre a conexão Y e a via 
aérea artificial (tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia), retendo a umidade 
e calor proveniente do gás expirado pelo paciente e fornecendo-os ao gás inspirado 
proveniente do ventilador mecânico. Alguns destes dispositivos possuem função fil-
trante, sendo denominados de HMEF (filtro trocador de calor e umidade, do inglês 
heat and moisture exchanger filter).
As extremidades distais do circuito são fixadas a uma conexão em formato de Y. 
Sensores localizados na conexão Y, ou próximos às válvulas do ventilador, captam 
variações de pressão e fluxo no interior do circuito ventilatório, que retroalimentarão 
o ventilador, regulando seu funcionamento e permitindo o cálculo e monitorização 
de diversas variáveis que são exibidas na tela do ventilador.
Sistemas de umidificação e aquecimento dos gases inspirados são necessários 
para adequada aclimatação do ar inspirado, evitando assim, danos à estrutura in-
terna do sistema respiratório. Esses sistemas de umidificação são classificados em 
ativos (umidificador aquoso aquecido - UAA) ou passivos (trocadores de calor e umi-
dade, do inglês heat and moisture exchanger - HME).
Quando utilizado o UAA, o gás inspirado frio e seco é conduzido ao interior de um 
reservatório que contém água destilada aquecida. A partir dele, segue através do 
ramo inspiratório do circuito, com adequada umidade e temperatura até o interior 
do sistema respiratório.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 13
Fonte
de gás
Saída: 50ºC
UR: 100%
UA: 84 mg / l
Condensado
de H2O no
circuito Conexão
do paciente
Temperatura
ambiente: 
22ºCUmidificador aquecido
Local de
entrega:
37ºC
UR: 100%
UA: 44 mg / l
Esquema de funcionamento do trocador de calor e umidade. Adaptada de Al Ashry 
HS & Modrykamien AM. Humidification during Mechanical Ventilation in the Adult Pa-
tient. Hindawi Publishing Corporation BioMed Research International 2014;715434.
Esquema de blocos de um ventilador mecânico. Adaptada de: Kreit JW. Mechanical 
ventilation – physiology and practice. Second edition. 2018. Oxford UniversityPress.
Comumente, um filtro barreira (do inglês do inglês High Efficiency Particulate 
Arrestance - HEPA) é conectado entre a o ramo expiratório do circuito ventilatório e 
a válvula expiratória, visando a proteção interna do dispositivo e a não liberação de 
patógenos para o ar ambiente. A utilização de um HMEF com eficiência de filtração 
bacteriana e viral maior que 99,7% e poro mínimo de dois micrômetros entre a via 
aérea artificial e a conexão em Y dispensa a necessidade do filtro barreira no final do 
ramo expiratório. O esquema de blocos de um ventilador mecânico padrão está apre-
sentado na figura abaixo.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 14
Filtro
Ramo ExpiratórioVálvula expiratória
Fonte de ar
Fonte de O2
Ventilador mecânico Válvula
inspiratória
Ramo inspiratório
Aquecedor/umidificador
Paciente
O vapor de
água é devolvido
durante a inspiração
O vapor de água é
coletado pelo HME
durante a expiração
Membrana
hidrofóbica
Componente
higroscópico
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM | Flávio Maciel
#03
Fases do ciclo
ventilatório mecânico
Gráficos de pressão, fluxo e volume em função do tempo exibindo dois ciclos controla-
dos liberados durante o ajuste de uma frequência respiratória (FR) = 12 ipm.
Fonte: arquivo pessoal do autor.
Disparo
Imagine as expressões:
 “O foguete foi disparado”.
 “O corredor disparou em direção ao ponto de chegada”
Em outras palavras, o foguete iniciou sua trajetória, o atleta iniciou a corrida. Pois 
é! É exatamente esse o significado do termo disparo em VM. O disparo do ventilador 
mecânico corresponde ao início do ciclo ventilatório, trata-se da transição da fase ex-
piratória para inspiratória, o início da inspiração, o momento onde a válvula inspiratória 
abre-se para permitir a entrada do fluxo aéreo no ramo inspiratório do circuito do ven-
tilador.
Os ciclos ventilatórios podem ser classificados de acordo com o mecanismo de 
disparo em controlados ou assistidos. Ciclo controlado é aquele que não é iniciado a 
partir do esforço do paciente, mas sim, por um critério de tempo, definido a partir do 
ajuste da frequência respiratória (FR).
Não entendeu? Fica tranquila(o)! Vou tentar descomplicar.
Imagine que você ajustou uma FR = 12 ipm (incursões por minuto). Neste cenário, 
o ventilador precisa disponibilizar no mínimo 12 ciclos ventilatórios ao longo de um 
minuto (60 segundos). A distribuição desses ciclos precisa ocorrer de forma uniforme, 
assim, cada ciclo ventilatório será liberado após cinco segundos (60 segundos / FR). 
Desta forma, o ventilador espera cinco segundos por um esforço inspiratório capaz de 
disparar o ventilador. Não havendo, após esse intervalo de tempo, um novo ciclo venti-
latório controlado será liberado.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 16
Pressão (cmH2O)
10
50
500
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
(ml)
Fluxo (L/min)
Volume
Tempo (segundos)
Frequência respiratória ajustada = 12
Portanto, intervalo de tempo entre ciclos respiratórios: 5 segundos
Gráficos de pressão, fluxo e volume em função do tempo exibindo três ciclos assistidos 
disparados pelos esforços inspiratórios do paciente, detectados a partir de 
variações de fluxo (disparo a fluxo). Fonte: arquivo pessoal do autor.
E os ciclos assistidos? No que consistem? Ciclos ventilatórios iniciados a partir de 
um esforço muscular inspiratório detectado pelo ventilador, que alcança o chamado 
limiar de disparo. E como é estabelecido esse limiar? Através do ajuste de um parâme-
tro denominado sensibilidade inspiratória (do inglês trigger).
Tradicionalmente, a sensibilidade pode ser ajustada a partir de um critério de pressão 
ou fluxo. O esforço muscular inspiratório produz queda de pressão e geração de fluxo 
no interior do ramo inspiratório do circuito do ventilador. Essas variações são captadas 
pelos sensores de fluxo ou pressão do ventilador, e quando atingem o limiar de disparo 
estabelecido na sensibilidade inspiratória produzem o disparo do ventilador.
Gráficos de pressão, fluxo e volume em função do tempo exibindo três ciclos assistidos 
disparados pelos esforços inspiratórios do paciente, detectados a partir de 
variações de pressão (disparo a pressão). Fonte: arquivo pessoal do autor.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 17
Pressão (em H2O)
Pressão (em H2O)
10
10
50
50
500
500
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Volume (ml)
Volume (ml)
Tempo (segundos)
Tempo (segundos)
Frequência respiratória = 24ipm
O tempo entre as respirações é determinado pelo paciente
Frequência respiratória = 24ipm
O tempo entre as respirações é determinado pelo paciente
Limiar de
disparo a
pressão
estabelecido
pelo ajuste
da sensibilida-
de inspiratória
O ínicio do
esforço respiratório
A ventilação é acionada
quando o limiar de
fluxo é alcançado
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 18
Note que quanto mais sensível for o ventilador mecânico, menor esforço muscu-
lar inspiratório será necessário para iniciar um ciclo ventilatório. A fase de disparo do 
ventilador pode ser um momento associado a diversos tipos de assincronias venti-
lador-paciente. Em outras palavras, um ajuste equivocado da sensibilidade inspiratória 
pode deixar o paciente mal-adaptado ao ventilador, a famosa “briga entre ventilador 
e paciente”. Visando evitar parte dessas assincronias, a sensibilidade inspiratória deve 
ser ajustada em um valor que não aumente excessivamente o trabalho muscular 
necessário para disparar o ventilador, mas que também não contribua para o auto 
disparo do mesmo.
Uma dúvida frequente quanto ao disparo do ventilador diz respeito à escolha da 
variável utilizada para seu ajuste: pressão ou fluxo? Estudos antigos e com diversas 
limitações metodológicas sugerem que a sensibilidade a fluxo minimiza o esforço mus-
cular inspiratório e seria mais apropriada para pacientes com redução da força muscu-
lar inspiratória. Vale salientar que estes estudos comparavam os sistemas de disparo 
dos ventiladores mecânicos de 3ª geração e que nos ventiladores atuais, essa diferença 
não parece ser significativa.
Uma nova forma de disparo está disponível no mercado, baseando-se na identifi-
cação da atividade elétrica do diafragma. Trata-se do NAVA (Neurally Adjusted Ventila-
tory Assist), mas não é nem de longe uma forma básica de disparo e não será abordada 
nesse e-book.
NOTA: O disparo a tempo é característica dos ciclos 
controlados, enquanto o disparo a pressão ou a fluxo 
caracterizam os ciclos assistidos.
NOTA: O auto disparo é uma assincronia venti-
lador-paciente caracterizada pelo disparo do ven-
tilador mecânico sem que exista esforço muscular 
inspiratório.
NOTA: Quanto mais sensível, menor o esforço 
necessário para disparar o ventilador.
Fase inspiratória
A fase inspiratória ocorre imediatamente após o disparo do ventilador mecânico. 
Compreende a etapa onde o volume corrente (VC) disponibilizado pelo ventilador 
preenche o ramo inspiratório do circuito ventilatório e o interior do sistema respiratório, 
promovendo sua pressurização. Essa pressurização pode ocorrer de forma rápida ou 
lenta, dependendo do ajuste do fluxo inspiratório.
Dessa forma, diversas variáveis relacionadas à fase inspiratória podem ser pro- 
gramadas, dependendo do modo ventilatório básico escolhido e estão listadas no 
quadro abaixo.
Onde:
VCV = ventilação com volume controlado;
PCV = ventilação com pressão controlada;
PSV = ventilação com pressão de suporte.
Discutiremos mais sobre essas variáveis quando abordarmos os modos ventilatórios 
básicos.
E-book CaracterísticasTécnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 19
VARIÁVEL DEFINIÇÃO MODO VENTILATÓRIO
Volume corrente 
(VC)
Volume de ar disponi-
bilizado pelo ventilador 
mecânico.
VCV
Fluxo inspiratório
(FI ou Vins)
Velocidade de entrega do 
volume corrente 
(VC / Tins)
VCV
Tempo de subida
 (rise time)
Tempo necessário para 
pressurização do sistema. PCV ou PSV
Pressão inspiratória (PI)
Pressão máxima atingi-
da no interior do sistema 
inspiratório durante a 
inspiração.
PCV ou PSV
Tempo inspiratório (Tins) Tempo de insuflação 
pulmonar. PCV
NOTA: Fluxo é um termo físico que representa a velocidade 
de deslocamento de um fluido (ar ou líquido). Também de-
nominado de vazão, é obtido através da relação matemáti-
ca entre volume e tempo. O fluxo inspiratório representa a 
velocidade com que o volume inspirado é ofertado.
.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 20
Ciclagem
Essa fase do ciclo ventilatório mecânico corresponde à mudança da fase 
inspiratória para expiratória. Trata-se do final da inspiração e início da expiração. Em 
outras palavras, é o momento onde a válvula inspiratória é fechada, interrompendo 
a geração de fluxo no interior da via aérea, e a válvula expiratória abre permitindo a 
geração do fluxo aéreo expiratório.
Os critérios de ciclagem dependem do modo ventilatório escolhido. As três variáveis 
utilizadas pelos modos básicos de ventilação para determinar a ciclagem são volume, 
tempo e fluxo.
Se liga no quadro abaixo! Ele vai descomplicar.
VARIÁVEL DESCRIÇÃO DO MECANISMO DE CICLAGEM
Volume A inspiração encerra quando o VC programado é efetivamente 
liberado pelo ventilador.
Tempo A inspiração encerra quando o Tins programado no ventilador
é atingido.
Fluxo
A inspiração encerra quando o Vins liberado pelo ventilador de-
cai a um percentual pré-determinado pelo operador.
NOTA: A ciclagem a pressão (término da inspiração 
quando um valor de pressão inspiratória é alcança-
do) é característica do modo ventilatório pressórico 
dos ventiladores de 1ª geração, não sendo obser-
vada em nenhum dos modos ventilatórios atuais.
.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 21
Entre os efeitos benéficos da PEEP destacam-se:
 • Melhora da ventilação colateral;
 • Aumento da capacidade residual funcional (CRF);
 • Deslocamento de líquido alveolar para o interstício pulmonar
 • Redução da tensão superficial;
 • Melhora da complacência pulmonar;
 • Melhora da relação ventilação/perfusão;
 • Melhora da troca gasosa;
 • Manutenção da patência de pequenas vias aéreas.
Embora fundamental, a PEEP também pode contribuir para eventos adversos quan-
do ajustada de forma inadequada, incluindo alterações hemodinâmicas e injúria pul-
monar.
Fase expiratória
Assim como na ventilação espontânea, a fase expiratória do ciclo ventilatório mecâni-
co também é normalmente passiva. A única variável relacionada à fase expiratória e 
ajustada no ventilador mecânico é a PEEP (positive end expiratory pressure, do inglês 
pressão positiva ao final da expiração).
A PEEP possui inúmeros efeitos benéficos, e quando ajustada em um nível ideal, 
pode contribuir para redução da incidência de lesão pulmonar induzida pelo venti-
lador (LPiV). Seu principal papel é contribuir para manutenção de um volume pulmo-
nar expiratório final próximo do fisiológico.
NOTA: Frequentemente, ouve-se a expressão: “PEEP fisiológi-
ca”. Seria esse termo adequado? Para ajudar na resposta é 
preciso lembrar que ao final da expiração, em ventilação es-
pontânea (fisiológica), a pressão alveolar retorna a zero, não 
existindo, portanto, PEEP. Dessa forma, a denominação mais 
apropriada para esse valor mínimo utilizado durante a VM 
para assegurar a manutenção de um volume pulmonar ex-
piratório final próximo do fisiológico é “PEEP necessária”.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM | Flávio Maciel
#04
Modos básicos de
ventilação mecânica
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 23
De forma geral, o VC é ajustado através da relação 6 a 8 ml/Kg. Vamos usar um 
exemplo para descomplicar:
 Ex: Qual o VC ideal para um paciente com peso predito = 70 Kg?
 VC = 6 a 8 ml/Kg
 VC = 6 x 70 = 420 ml
 VC = 8 x 70 = 560 ml
 Portanto, para este paciente deve-se ajustar o VC entre 420 e 560 ml.
Mas como identificar o peso predito? Para fins de cálculo do VC, o peso predito é cal-
culado através de fórmulas que levam em consideração o sexo e a altura do paciente. 
Existem diversas fórmulas matemáticas propostas, entretanto, as mais utilizadas são 
as equações empregadas pelo grupo de pesquisa internacional denominado ARDSnet 
e apresentadas abaixo.
Ventilação com Volume Controlado
(Volume Controlled Ventilation - VCV)
Trata-se do modo ventilatório mais utilizado no mundo. É uma modalidade venti-
latória assistido/controlada, por permitir a ocorrência de ciclos ventilatórios disparados 
a tempo, pressão ou fluxo.
Nesse modo ventilatório a ciclagem ocorre quando o VC ajustado (programado) é 
disponibilizado pelo ventilador mecânico. Esse VC deve ser ajustado de forma indi-
vidualizada, baseando-se no peso predito (ideal) e não no peso atual ou estimado do 
paciente.
Gráfico volume x tempo durante o emprego do modo VCV.
Fonte: arquivo pessoal do autor.
Equações para cálculo do peso predito e posterior ajuste do VC ideal. Fonte: Barbas 
CSV et al. Recomendações brasileiras de ventilação mecânica 2013. Parte 1. Rev Bras 
Ter Intensiva 2014;26(2):89-121.
Volume correnteV
ol
u
m
e
• HOMENS: 50 + 0,91 X (altura em cm - 152,4)
• MULHERES: 45,5 + 0,91 X (altura em cm - 152,4)
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 24
Além do VC, outras variáveis são ajustadas durante o emprego do modo VCV, in-
cluindo Vins, sensibilidade inspiratória, PEEP e FiO2.
O Vins no modo VCV é ajustado pelo operador, sendo limitado a este valor e deter-
minante do Tins. E qual é a relação entre Vins e Tins no modo VCV? Quanto maior o 
Vins, menor será o tempo necessário para entrega do VC e vice-versa. Não entendeu? 
Tranquilo! Vou te ajudar.
Ex 1: Um paciente ventilado no modo VCV, com VC = 500 ml (é necessário dividir 
esse valor por 1000 para transformá-lo em litro: 500 / 1000 = 0,5 L) e Vins = 50 L/min (é 
necessário dividir esse valor por 60 para transformá-lo em L/s: 50 / 60 = 0,83 L/s).
 Qual o Tins?
 Vins = VC / Tins
 Tins = VC / Vins
 Tins = 0,5 / 0,83
 Tins = 0,6 segundo
Ex 2: Um paciente ventilado no modo VCV, com VC = 500 ml (0,5 L) e Vins = 40 L/min 
(0,66 L/s).
 Qual o Tins?
 Vins = VC / Tins
 Tins = VC / Vins
 Tins = 0,5 / 0,66
 Tins = 0,75 segundo
Ex 3: Um paciente ventilado no modo VCV, com VC = 500 ml (0,5 L) e Vins = 30 L/min 
(0,5 L/s).
 Qual o Tins?
 Vins= VC / Tins
 Tins = VC / Vins
 Tins = 0,5 / 0,5
 Tins = 1,0 segundo
Um outro ponto importante relacionado ao Vins é que independente do esforço 
muscular inspiratório do paciente, a velocidade de entrega do VC será sempre a mes-
ma. Essa característica pode favorecer em alguns pacientes que apresentem aumento 
da demanda ventilatória um fenômeno denominado “fome de fluxo”, ou assincronia 
de fluxo insuficiente.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 25
O ajuste da FR determinará a janela de tempo para o disparo característico dos ciclos 
ventilatórios controlados, conforme descrito anteriormente. A sensibilidade inspiratória 
determina o nível de esforço necessário para o disparo dos ciclos assistidos. A PEEP 
deve ser ajustada visando a manutenção de adequada oxigenaçãoe proteção pulmo-
nar, enquanto a FiO2 deve ser ajustada no menor valor necessário para manutenção da 
saturação periférica de oxigênio (SpO2) entre 93 e 96%.
E qual a variável que não é controlada durante o uso do modo VCV? Nesse modo 
ventilatório, a pressão inspiratória gerada no interior do sistema respiratório é variável, 
não sendo ajustada pelo operador, sofrendo influência das alterações da mecânica 
respiratória.
Gráficos pressão x tempo, fluxo x tempo e volume x tempo no modo VCV.
Fonte: arquivo pessoal do autor.
Características do modo de Ventilação
com Volume Controlado (VCV)
Pressão
Fluxo
Volume
A pressão varia dependendo
da complacência / resistência
do sistema respiratório
O fluxo permanece constante
enquanto o volume está
sendo entregue
Volume corrente alvo
Aumento linear do 
volumeComplacência
pulmonar normal
Baixa
complacência
pulmonar
NOTA: O aumento da resistência ou redução da com-
placência do sistema respiratório produzem aumen-
to da pressão inspiratória durante o uso do modo VCV. 
Fique atenta(o), monitorize a pressão nas vias aére-
as e ajuste corretamente o alarme de alta pressão.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 26
A diferença entre a pressão inspiratória e a PEEP nesse modo ventilatório é deno 
minada pressão controlada (PC) e é responsável pela determinação do VC.
O Tins deve ser programado visando garantir uma adequada expansão pulmonar, 
evitando a sobredistensão e a ocorrência de ciclagem precoce (Tins do ventilador < 
Tins programado pelo drive respiratório do paciente) ou tardia (Tins do ventilador > 
Tins programado pelo drive respiratório do paciente). Mas qual seria o valor ideal? Mais 
uma vez, a resposta é a mesma: deve ser individualizado. Apenas como sugestão, em 
pacientes adultos com mecânica respiratória normal, um Tins = 0,8 a 1,2 s é capaz de 
permitir uma adequada adaptação e ventilação alveolar.
O ajuste da FR, sensibilidade inspiratória, PEEP e FiO2 segue os mesmos princípi-
os do modo VCV. Uma outra variável ajustável nos modos limitados a pressão (PCV e 
PSV) é o rise time (tempo de subida). O rise time, tempo de subida ou slope representa 
o tempo necessário para que a linha de base de pressão (PEEP) eleve-se ao nível de 
pressão inspiratória ajustada. Em outras palavras, representa o tempo necessário para 
pressurização. 
Ventilação com Pressão Controlada
(Pressure Controlled Ventilation - PCV)
O modo PCV também é um modo assistido/controlado, onde a principal variável de 
controle é a pressão inspiratória. Nesse modo, o disparo do ventilador pode ser deter-
minado por tempo, pressão ou fluxo, enquanto a ciclagem é determinada pelo Tins.
O operador ajustará um nível de pressão inspiratória que será atingido e mantido 
durante toda a fase inspiratória. Por isso é também denominado modo ventilatório 
limitado a pressão. Esse nível de pressão deve ser ajustado buscando-se a obtenção do 
VC ideal e a prevenção de LPiV.
NOTA: Não há um valor pré-definido de pressão de 
via aérea que deve ser ofertada. Deve-se buscar 
sempre a utilização da menor pressão necessária 
para obtenção do VC ideal. Em casos onde são 
necessários altos níveis pressóricos, deve-se avaliar 
a necessidade de ventilação com VC mais baixo.
NOTA: Na maioria dos ventiladores mecânicos rea- 
liza-se o ajuste da PC, de forma que esse valor será 
somado à PEEP utilizada para determinar a pressão 
inspiratória, enquanto em alguns ventiladores ajus-
ta-se diretamente a pressão inspiratória.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 27
O tempo de subida influencia diretamente o pico de fluxo inspiratório (PFI), também 
chamado de fluxo de ataque, e o VC. Quanto menor o rise time, maior o fluxo de ataque 
e o VC, enquanto o aumento do rise time reduz o fluxo de ataque e o VC. O ajuste cor-
reto dessa variável evita o surgimento das assincronias de fluxo.
Dependendo do ventilador mecânico, o ajuste do rise time pode ser realizado através 
da programação direta do tempo de subida em valor absoluto (tempo em segundo ou 
milissegundo), percentual do tempo do ciclo, ou indiretamente através do fluxo de 
ataque.
E quais as variáveis que não são controladas durante o uso do modo PCV? VC e 
Vins. Esses são livres e dependentes da mecânica respiratória e do esforço muscular 
inspiratório do paciente.
Relação entre rise time, fluxo de ataque e VC no modo PCV.
Fonte: arquivo pessoal do autor.
Aumento progressivo do tempo de subida
Diminuição progressiva do pico de fluxo inspiratório
Diminuição progressiva do volume corrente
Tempo (segundos)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fluxo (L/min)
10
50
500
Pressão (cmH2O)
Volume (ml)
NOTA: A redução da complacência e aumento da 
resistência do sistema respiratório promovem re-
dução do VC durante o modo PCV. Fique aten-
ta(o), monitorize o VC, volume minuto e ajuste 
corretamente os alarmes de alto e baixo VC.
.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 28
Uma pergunta frequentemente feita é: qual o melhor modo ventilatório assistido/
controlado? VCV ou PCV? Quando analisamos as evidências científicas relacionadas a 
esse tema, a resposta é: tanto faz! Pois é. Segundo um estudo de meta-análise publica-
do por Rittayamai N et al (2015), não há diferença em relação à mortalidade e tempo de 
ventilação mecânica quando se compara os dois modos ventilatórios.
A única vantagem do modo PCV em relação ao modo VCV é observada quando 
se ventila pacientes com importante aumento do trabalho muscular ventilatório, em 
virtude do Vins limitado do modo VCV que pode contribuir para “fome de fluxo”, con-
forme imagem abaixo. Entretanto, o simples fato de manter esses pacientes em modo 
PCV não resolve todos os problemas, pois esse excesso de esforço pode contribuir para 
injúria pulmonar. Podemos discutir esse assunto em uma outra oportunidade.
Gráficos pressão x tempo, fluxo x tempo e volume x tempo no modo PCV.
Fonte: arquivo pessoal do autor.
Características do modo de Ventilação
com Pressão Controlada (PCV)
Pressão
Fluxo
Volume
Pressão inspiratória alvo
O pico de fluxo permanece
o mesmo, mas o fluxo total
varia dependendo da
complacência pulmonar
O volume varia dependendo
de quanto fluxo é necessário
para atingir a pressão desejada
Aumento linear do 
volume
Redução da
complacência
do sistema
Respiratório
O volume
corrente varia
.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 29
O mais importante é optar pelo modo ventilatório com o qual a equipe está mais fa-
miliarizada e saber quais as variáveis que devem ser monitorizadas durante o emprego 
de cada um desses modos.
Ventilação com Pressão de Suporte
(Pressure Support Ventilation - PSV)
Considerado um modo assistido ou espontâneo de ventilação, no modo PSV o 
VC, Vins, FR e Tins são determinados pelo drive e esforço muscular inspiratório da(o) 
paciente, sendo, portanto, variáveis. Neste modo ajusta-se um nível de pressão de 
suporte (PS), que indiretamente regula o trabalho muscular ventilatório, um nível 
de PEEP, FiO2, sensibilidade inspiratória, rise time, sensibilidade expiratória e venti-
lação de reserva (back-up de apneia).
O nível de PS ajustado influencia o VC, Vins, Tins e trabalho muscular ventilatório, 
de forma que quanto maior a PS, maior será o VC, Vins, Tins e menor será o trabalho 
muscular ventilatório.
Gráfico pressão x tempo nos modos VCV e PCV exibindo o impacto da “fome de fluxo” 
sobre a pressurização do sistema respiratório.
Fonte: arquivo pessoal do autor.
Esforço
Inspiratório
Esforço
Inspiratório
Ciclo respiratório com
esforço inspiratório
elevado
Tempo (s)
Tempo (s)
Esforço
Inspiratório
P
re
ss
ão
 (c
m
H
2O
)
P
re
ss
ão
 (c
m
H
2O
)
50
40
30
20
10
0
-10
40
30
20
10
0
-10
0 1 2 34 5 6 7 8 9
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
PCV
VCV
NOTA: Da mesma forma que no modo PCV, a redução da complacência e 
aumento da resistência do sistema respiratório promovem redução do VC 
durante o modo PSV. Fique atenta(o), monitorize o VC, volume minuto e 
ajuste corretamente os alarmes de alto e baixo VC.
.
.
.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 30
O Vins no modo PSV tem formato de onda desacelerada e é a variável responsável 
pela ciclagem. No início da inspiração, a interação entre o esforço muscular inspiratório 
e o nível de PS determina o valor máximo do Vins (PFI). Esse PFI decai gradativamente 
durante a inspiração até atingir um determinado percentual pré-programado que será 
responsável pela ciclagem. Esse percentual é comumente denominado sensibilidade 
expiratória.
Nos ventiladores de 3ª geração a ciclagem no modo PSV ocorria sempre em uma 
sensibilidade expiratória fixa, equivalente a 25% do PFI. Esse valor não era utilizado por 
acaso. Estudos demonstram que em indivíduos adultos, sem alteração da mecânica 
respiratória, a ciclagem durante a ventilação espontânea ocorre geralmente nesse mo-
mento. Mas observe que isso se dá em situações onde não há distúrbio ventilatório, 
seja obstrutivo ou restritivo. De forma que, a manutenção de uma única sensibilidade 
expiratória favorecia a ocorrência de assincronias ventilador-paciente do tipo ciclagem 
precoce ou ciclagem tardia.
A partir da 4ª geração de ventiladores mecânicos tornou-se possível variar o per-
centual de Vins responsável pela ciclagem no modo PSV. Em muitos ventiladores é 
possível variar a sensibilidade expiratória entre 5 e 85% do PFI, permitindo desta forma 
o ajuste indireto do Tins e a melhora do sincronismo entre ventilador e paciente. Com-
plicou? Relaxa! Vamos descomplicar.
Mecanismo de ciclagem no modo PSV.
Fonte: arquivo pessoal do autor.
100%
25%
Tempo
Fl
u
xo
NOTA: Dependendo do ventilador mecânico, a sensibilidade 
expiratória pode receber outros nomes, tais como: cycle off, 
cycling off, % de critério de ciclagem, cut-off expiratório, etc.
.
.
.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 31
Imagine as seguintes situações:
A - Paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ventilado mecanica-
mente no modo PSV, apresentando perda do recuo elástico, aumento da resistência de 
vias aéreas e do trabalho muscular ventilatório:
Nessa situação, o esforço inspiratório aumentado associado a um possível nível ele-
vado de PS contribui para geração de alto PFI, redução da velocidade de decaimento 
do Vins e consequente prolongamento do Tins, o qual favorecerá a redução do tempo 
expiratório, maior chance de aprisionamento aéreo, hiperinsuflação pulmonar dinâmi-
ca e esforços inefetivos. Essas alterações caracterizam o escopo da chamada assincro-
nia por ciclagem tardia, que aumentará o trabalho muscular ventilatório, perpetuando 
esse cenário de falha de interação entre ventilador e paciente, potencializado o risco 
de miotrauma diafragmático induzido pela ventilação e insucesso de desmame da VM.
Visando corrigir essa assincronia, deve-se aumentar a sensibilidade expiratória com 
o objetivo de reduzir o Tins, obtendo-se o percentual do PFI onde se observe a ausência 
de sinais de ciclagem tardia (overshoot), aprisionamento aéreo e esforços inefetivos. 
Como dito anteriormente, em outra oportunidade discutiremos assincronias venti-
lador-paciente.
B - Paciente com história de síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) em 
desmame da VM, ventilado no modo PSV, apresentando redução da complacência do 
sistema respiratório:
Nessa situação, normalmente é necessário um maior Tins para se obter adequada 
distribuição da ventilação alveolar. Dessa forma, deve-se priorizar valores mais baixos 
de sensibilidade expiratória com o objetivo de aumentar o Tins, ajustando-se o per-
centual do PFI onde se observe a ausência de sinais de assincronias do tipo ciclagem 
precoce e duplo disparo.
NOTA: Resumindo, a sensibilidade expiratória e o Tins são 
inversamente proximais. Quando uma se eleva, a outra 
diminui, e vice-versa, conforme figura abaixo.
NOTA: Desmame é o termo usado para definir o proces-
so de descontinuação do suporte ventilatório mecânico.
.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 32
Relação entre sensibilidade expiratória e Tins no modo PSV.
Quanto menor a sensibilidade expiratória, maior o Tins e vice-versa.
Fonte: arquivo pessoal do autor.
O rise time, explicado anteriormente quando abordamos o modo PCV, também in-
terfere no Tins durante o emprego do modo PSV. Quanto menor o rise time, menor o 
Tins e vice-versa.
Para utilização do modo ventilatório PSV é fundamental que o paciente apresente 
drive respiratório regular, uma vez que nesse modo, todos os ciclos ventilatórios são 
disparados pelo esforço muscular e não é realizado ajuste da FR. A fim de evitar que 
ocorra apneia, caso não ocorra esforço muscular inspiratório capaz de disparar o venti-
lador, ajusta-se a ventilação de reserva, também chamada de backup de apneia. Nor-
malmente, ajusta-se um tempo máximo de apneia e caso esse seja alcançado, um ciclo 
ventilatório controlado com parâmetros previamente ajustados (VC e Vins no caso de 
optar-se por ventilação de reserva controlada a volume, ou pressão inspiratória e Tins 
no caso de optar-se por ventilação de reserva controlada a pressão).
Gráficos pressão x tempo e fluxo x tempo demonstrando a redução do
Tins quando se reduz o rise time. 
Fonte: arquivo pessoal do autor.
Pico de fluxo
Ti=.30Ti=.60*
100
25% Esens
50% Esens
Tempo (seg)
0.0 seg0.20 seg
P
re
ss
ão
 n
as
 v
ia
s
aé
re
as
 (c
m
H
2O
)
A
ir
flo
w
 (L
/m
in
)
0
0
100%
25%
B
Diminua o tempo de elevação
inspiratório para o mínimo
A
VTVT
.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 33
Gráficos pressão x tempo, fluxo x tempo e volume x tempo no modo PSV.
Fonte: arquivo pessoal do autor.
Pressão
Ciclo disparado
pelo paciente
Ciclo disparado
pelo paciente
Nível de pressão
acima da PEEP
predefinido
Ciclagem em um % 
predefinido
de fluxo inspiratório
Vc espontâneo
e livre
Fluxo
Tempo
PEEP
Tempo
Tempo
Volume
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 34
Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada
(Synchronized Intermittent Mandatory
Ventilation - SIMV)
Nesse modo ventilatório, ciclos assistidos-controlados com FR pré-estabelecida são 
ofertados de forma sincronizada com os esforços musculares inspiratórios, permitin-
do-se a realização de ciclos ventilatórios espontâneos, que podem ser ou não associa-
dos a um nível de PS. Os ciclos assistidos-controlados podem ser limitados a fluxo e 
ciclados a volume (VCV), ou limitados a pressão e ciclados a tempo (PCV).
Considerado um modo de transição entre um modo ventilatório assistido-controla-
do e o modo PSV, tem seu uso sugerido para o desmame da VM, especialmente para 
pacientes com drive respiratório irregular.
Entretanto, estudos científicos prévios têm demonstrado que o modo SIMV con-
tribui para ocorrência de assincronias ventilador-paciente, aumento do tempo de des-
mame e de VM, de forma que as Recomendações Brasileiras de Ventilação Mecânica 
(2014) afirmam que não deve ser utilizado. Portanto, se você utiliza o modo SIMV para 
ventilar pacientes adultos, independente do quadro clínico, revise seus conceitos.
Gráficos pressão x tempo, fluxo x tempo e volume x tempo no modo SIMV.
Fonte: arquivo pessoal do autor.
Pressão
Ciclo
assistido
Ciclo
controlado
Ciclo
espontâneo
VC pré-definido VC espontâneo
Fluxo
Tempo Fluxo pré-definido com
padrão desacelerado
PEEP
Tempo
Tempo
VolumeE-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM | Flávio Maciel
#05
Considerações
Finais & Referências 
Bibliográficas
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 36
Considerações Finais
A adoção de uma adequada estratégia ventilatória é fundamental para o des-
fecho da VM. Entender as características técnicas dos modos ventilatórios básicos 
é o primeiro passo para o ajuste correto do ventilador mecânico. Não se limite à 
reprodução de receitas pré-fabricadas. Aprofunde-se em conteúdos relacionados 
à fisiologia cardiopulmonar, mecânica respiratória, fisiopatologia e bases f ísicas da 
VM. Essa é a chave para você se tornar um expert no assunto. Lembrando que: um 
prédio não é construído pelo topo. Foque inicialmente na base, e se tratando da VM, 
os modos básicos de ventilação são um bom início.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM - Flávio Maciel | 37
Referências Bibliográficas
1 - Tobin. MJ. Principles and Practice of Mechanical Ventilation. Third edition. United States of America. 
McGraw-Hill Companies, Inc. 2013.
2 - Chang DW. Clinical Application of Mechanical Ventilation. Fourth edition. United States of America. 
Congage Learning. 2013. 
3 - The Intensive Care Foundation. Handbook of Mechanical Ventilation: A User’s Guide. First edition. 
Great Britain. Intensive Care Society. 2015.
4 - Chatburn RL. Fundamentals of Mechanical Ventilation. First edition. United States of America. Man-
du Press Ltd. 2003.
5 - Akkemans R. Historical profile: Philip Drinker. Lancet Respir Med 2014;23.
6 - Serviço de Anestesiologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra. A anestesia nos séculos XIX e 
XX e os hospitais da Universidade de Coimbra. Coimbra, Portugal. 2008.
7 - Al Ashry HS, Modrykamien AM. Humidification during Mechanical Ventilation in the Adult Patient. 
Hindawi Publishing Corporation BioMed Research International 2014;715434.
8 - Kreit JW. Mechanical ventilation – physiology and practice. Second edition. 2018. Oxford University 
Press.
9 - Kacmarek RM. The mechanical ventilator: past, present, and future. Respir Care 2011;56(8):1170-80.
10 - Dries DJ. Mechanical ventilation: history and harm. Air Med J 2016;35(1):12-5.
11 - Chatburn RL et al. A Taxonomy for mechanical ventilation: 10 Fundamentals maxims. Respir Care 
2014;59(11):1747-63.
12 - Sassoon CSH, Gruer SE. Characteristics of the ventilator pressure and flow-trigger variables. Inten-
sive Care Med 1995;21:159-68.
13 - Konyukov Y et al. Estimation of triggering work of breathing: the dependence on lung mechanics 
and bias flow during pressure support ventilation. CHEST 1994;105:1836-41.
14 - Pham T et al. Mechanical ventilation: state of the art. Mayo Clin Proc 2017;92(9):1382-400.
15 - Walter JM et al. Invasive mechanical ventilation. South Med J 2018;111(12):746-53.
16 - Goligher EC et al. Clinical challengens en mechanical ventilation. Lancet 2016;387(10030):1856-66.
17 - Tobin MJ. Physiologic basis of mechanical ventilation. Ann Am Thorac Soc 2018;15(suppl 1):S49-S52.
18 - Jabaley CS et al. Modes of mechanical ventilation vary between hospitals and intensive care units 
within a university healthcare system: a retrospective observational study. BMC Res Notes 2018;11:425.
19 - Rittayamai N et al. Pressure-controlled vs volume-controlled ventilation in acute respiratory failure: 
a physiology-based narrative and systematic review. CHEST 2015;148(2):340-55.
20 - Dellaca RL et al. Trends in mechanical ventilation: are we ventilating our patients in the best possi-
ble way? Breath 2017;13(2):84-98.
21 - Barbas CSV et al. Recomendações brasileiras de ventilação mecânica 2013. Parte 1. Rev Bras Ter 
Intensiva 2014;26(2):89-121.
22 - Barbas CSV et al. Recomendações brasileiras de ventilação mecânica 2013. Parte 2. Rev Bras Ter 
Intensiva 2014;26(2):215-39.
E-book Características Técnicas e Modos Ventilatórios Básicos | CVFM | Flávio Maciel
Vamos seguir juntos 
fazendo a diferença e
sendo protagonistas
Conecte-se
comigo
@flaviomacielandrade
@flaviomacielandrade
@flaviomaciel
@flaviomaciel_
flaviomaciel.com
https://www.instagram.com/flaviomacielandrade/
https://www.facebook.com/flaviomacielandrade
https://www.youtube.com/flaviomaciel
https://twitter.com/flaviomaciel_
https://www.flaviomaciel.com/

Continue navegando