Buscar

Tabagismo - Proposta de redação - modelo Enem

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

PROPOSTA DE REDAÇÃO
PROFESSORA: RENILDA FARIAS DE ASSIS RESENDE
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema “A prevalência do tabagismo entre os jovens brasileiros e a influência da família e do entorno social sobre essa prática”, apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
Texto I
Por que fumar cigarro é hábito mais comum entre os menos escolarizados
Dados de 2018 mostram que, no país, parcela de fumantes aumenta quanto menos são os anos de estudo. OMS diz que, no mundo, pobreza e tabagismo formam 'círculo vicioso'.
Na meta de reduzir o hábito de fumar, o Brasil recebeu notícias positivas neste mês de julho: foi o segundo país, depois da Turquia, a alcançar patamares da Organização Mundial da Saúde (OMS) em ações como a proibição do tabaco em espaços públicos e a ajuda àqueles que querem largar o vício.
Dados recém-divulgados pelo Ministério da Saúde também mostraram que, em 2018, 9,3% dos adultos brasileiros das 27 capitais declararam fumar - uma diminuição significativa em relação a 2006, quando o percentual era de 16,2%.
Mas a publicação anual da qual estes dados fazem parte, o Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), mostrou também algo que é uma tendência não só no Brasil, mas no mundo: o hábito de fumar persiste entre aqueles com menor escolaridade e renda.
O percentual dos que se declaram fumantes no Brasil cai à medida que os anos de estudo aumentam: tabagistas são 13% entre aqueles que estudaram durante 0 a 8 anos; 8,8% na faixa de 9 a 11 anos de estudo; e 6,2% para aqueles com 12 ou mais anos de estudo.
A tendência também é observada entre aqueles que fumam 20 ou mais cigarros por dia: 3,3% na faixa de 0 a 8 anos de estudo; 2,4% de 9 a 11 anos; e 1,7% de 12 ou mais anos.
A publicação não traz dados para renda mas, segundo especialistas, o fumo também acompanha os mais pobres - afinal, sobretudo em países desiguais como o Brasil, os mais escolarizados tendem a ser mais ricos. Um boletim do Banco Central publicado no início do ano demonstrou, por exemplo, que em relação a um trabalhador sem instrução, o ensino fundamental adiciona 38% ao rendimento por hora; o nível médio, 66%; e o superior, 243%.
"A associação entre pobreza e fumo é uma das relações mais consolidadas no conhecimento sobre tabagismo", resume à BBC News Brasil Tânia Cavalcante, médica do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq).
"Estas pessoas têm menor acesso à informação, como sobre os malefícios do tabagismo, e às escolas, que hoje de uma forma ou de outra abordam o tema. Também têm menos acesso a tratamentos para deixar de fumar."
TEXTO II
O tabagismo é considerado uma das principais causas de mortes evitáveis , sendo responsável por cerca de três milhões de óbitos anuais em todo o mundo, o equivalente a 12% da mortalidade adulta. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2020 e 2040 o tabagismo será responsável por 10 milhões de mortes por ano.
A quase totalidade dos fumantes adquiriram o hábito de fumar durante a adolescência. Sabe-se ainda que, devido ao uso regular e contínuo do cigarro, os jovens fumantes têm alta probabilidade de se tornar adultos fumantes. Estudos brasileiros analisando adolescentes descrevem certas características individuais, como baixo nível socioeconômico, baixa escolaridade, aumento da idade e ser do sexo masculino, como fatores de risco para o tabagismo. Outros relatam a importância dos comportamentos de risco, tais como o consumo de álcool e drogas ilícitas, além de fatores relacionados ao bem-estar do adolescente, como preditores do tabagismo.
Em se tratando de fatores que vão além das características individuais, destaca-se o papel da família e do grupo social no qual adolescentes e jovens estão inseridos. Vários estudos internacionais demonstram que os fatores que influenciam a aquisição e a manutenção do hábito de fumar nos adolescentes são complexos, com uma interação de características individuais e do entorno social. A unidade familiar é considerada a principal fonte de transmissão da base social, cultural, genética e dos fatores biológicos que podem influenciar o consumo de tabaco. Esse consumo seria o resultado de um processo de socialização em família, com amigos e companheiros, no qual os valores, atitudes e comportamentos vão sendo construídos na adolescência e consolidados no início da fase adulta, revestindo de importância o comportamento dos pais.
Os pais de indivíduos atualmente adolescentes e adultos jovens viveram em um período de forte exposição ao tabaco, compreendido principalmente entre os anos 1950 e 1960. Essa época foi caracterizada, entre outros aspectos, pelo grande investimento da indústria do tabaco nos países da América Latina, pela restrita divulgação dos riscos do tabagismo e pela escassez de políticas de combate ao fumo.
Por outro lado, a adolescência é marcada pelo início da influência dos pares e amigos, com crescente independência em relação aos pais e familiares. Dessa forma, o relacionamento com os pares também pode exercer influência sobre o comportamento de fumar, principalmente levando em consideração que o ato de fumar está estreitamente relacionado à aceitação e à permanência do jovem em determinados grupos sociais.
A tarefa de deter os avanços do hábito de fumar está hoje entre os maiores desafios da saúde pública mundial. Várias medidas legislativas e econômicas relacionadas ao controle têm sido implantadas no Brasil desde o ano de 1986. Entretanto, essas políticas não têm considerado a importância da influência dos pais na cessação do consumo do tabaco. Além disso, poucos estudos sobre o tabagismo analisam a faixa etária dos adultos jovens. Apesar de vários autores concordarem que a iniciação ao fumo ocorre com frequência muito baixa após os 21 anos, jovens com idade de 19 a 24 anos representam um grupo no qual o papel do adulto foi mais firmemente estabelecido, gerando uma maior chance de consolidação do hábito de fumar, uma vez que já suplantaram a fase de iniciação ao fumo. Isso justifica a importância de avaliar os determinantes do fumo nesse grupo etário.
TEXTO III
USO DO CIGARRO CRESCE ENTRE JOVENS
Oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta para problemas do consumo do cigarro, principal fator de risco do câncer de pulmão
São Paulo, 24 de maio de 2019 – De acordo com últimos dados da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, a taxa de jovens entre 18 e 24 anos fumantes saltou de 7,4% em 2016, para 8,5% em 2017. Apesar do crescimento de pouco mais de um dígito, o número alcançou a taxa registrada há seis anos nessa faixa etária e preocupa os médicos, afinal, adquirir o vício ainda na juventude aumenta o tempo de exposição do organismo ao cigarro e com isso, cresce também o risco de o fumante desenvolver câncer de pulmão, o segundo tipo mais frequente em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma), de acordo com INCA (Instituto Nacional do Câncer).
Para conscientizar a população, a OMS (Organização Mundial da Saúde), instituiu a data de 31 de maio como Dia Mundial Sem Tabaco, que este ano tem como tema “Saúde, Tabaco e Pulmão”, visando alertar sobre o impacto negativo do tabaco, principalmente o cigarro industrial, por ser o tipo mais consumido no mundo. De acordo com a OMS, 24 milhões de adolescentes entre 13 e 15 anos no mundo fumam cigarro. No Brasil, 10% da população é fumante e estima-se que 100 mil sejam adolescentes.
Disponível em: https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/releases/uso-do-cigarro-cresce-entre-jovens#:~:text=S%C3%A3o%20Paulo%2C%2024%20de%20maio,8%2C5%25%20em%202017.Instruções:
· O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
· O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
· A redação que apresentar cópia dos textos motivadores terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
· tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
· fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
· apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
· apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

Continue navegando