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Escola Digital: tecnologias e currículo Apresentação e orientações As tecnologias digitais estão presentes no dia a dia e nos trazem muitas facilidades, da obtenção de serviços ao acesso à informação. Para os estudantes, então, são parte essencial do cotidiano. Entretanto, em sala de aula, a situação é outra. Precisamos repensar nossas práticas de maneira a efetivamente incluir a escola na cultura digital e apoiar o desenvolvimento de alunos desta nova geração. Para ajudar você, professor(a), nesta missão, criamos o curso Escola Digital: tecnologias e currículo. Ele objetiva colaborar na conexão das tecnologias digitais às práticas escolares, integrando-as ao currículo, fortalecendo atividades, projetos e planos de aula, com suporte da plataforma Escola Digital. Você terá, ainda, a oportunidade de estudar sobre formas de criar conteúdos e recursos digitais e sobre meios de tornar também seus alunos protagonistas nesse processo. Assista ao vídeo de apresentação do curso. Objetivos: A partir do curso, espera-se que o professor: o reflita sobre o impacto da presença das tecnologias digitais na vida dos estudantes; o analise e aplique usos dos recursos tecnológicos que estabeleçam um diálogo crítico com as demandas da sociedade da informação; o conheça e desenvolva métodos que conectem currículo e cultura digital, transformando as relações escolares; o experimente o trabalho com objetos digitais de aprendizagem, favorecendo também aos alunos que assumam o papel de curadores e construtores de recursos para aprender. A partir da aplicação de aprendizagens construídas no curso pelo educador, espera-se que o estudante: o realize um uso crítico e responsável dos recursos tecnológicos e das redes de informação (com apoio e supervisão); o desenvolva letramentos em recursos multimídia (como textos, fotos, vídeos, áudios) disponíveis na rede de computadores; o ultrapasse a perspectiva do consumo, sendo também capaz de criar com tecnologias. Fórum - Troca de ideias ***Atenção: fórum não avaliativo*** Este fórum não é avaliativo e não dispõe de mediação da equipe pedagógica: trata-se de um canal de conversas com os colegas de formação. Se tiver alguma dúvida ou dificuldade, por favor acesse a Central de ajuda: estaremos prontos para atendê-lo(a). Seja muito bem-vindo(a) ao fórum "Troca de ideias"! Embora este seja um espaço de interações facultativas (a participação não é obrigatória para aprovação no curso), trata-se de uma excelente oportunidade para conhecer colegas e suas experiências, enriquecer seu repertório e ampliar o horizonte de práticas docentes inovadoras. Veja alguns tópicos de interesse e junte-se à discussão. Boas trocas! Currículo e tecnologia Você conhece experiências inspiradoras do protagonismo de crianças e jovens utilizando espaços e tecnologias digitais? Que tal compartilhá-las com colegas? Plataforma Escola Digital Além de discutir possibilidades e desafios no uso dos objetos de aprendizagem, aproveite para trocar experiências bem-sucedidas em suas aulas, indicando pelo menos um recurso digital – ODA ou ferramenta – que utilizou com algum conteúdo de sua área. Você também pode solicitar aos colegas sugestões para alguma ação que esteja em vias de planejar/desenvolver com os alunos. https://www.youtube.com/watch?v=kB7-x9ONUjg&feature=emb_logo https://suporte.escolasconectadas.org.br/hc/pt-br Curando e produzindo ODAs Compartilhe e conheça produções de ODAs e demais recursos digitais viabilizados a partir das tecnologias exploradas ao longo do curso. Se desejar, comente elementos do processo de elaboração (facilidades/dificuldades, meios encontrados para superar os desafios) e formas como visualiza a aplicabilidade com os alunos: como podem utilizar os materiais? Como podem ser encorajados a criar recursos semelhantes? Unidade 1: A cultura digital 1. Circulação de informação, formas de comunicação e práticas sociais Seja bem-vindo(a), professor(a)! Para iniciarmos nossas reflexões sobre a presença das tecnologias digitais no mundo contemporâneo e sobre seu impacto na forma como organizamos nossas vidas, propomos que acesse a animação “O dia”, da plataforma Escola Digital. Ela ilustra as ações de um dia comum na vida de um jovem estudante. https://youtu.be/PUR6SbKL4mM No vídeo, é possível visualizar os reflexos de diferentes tecnologias na vida do personagem. Desde tempos passados, os avanços tecnológicos (por exemplo, a invenção da imprensa na época moderna) vêm impactando a forma de organização da vida social. Você já parou para pensar nisso? Como você se organizava para o dia, se comunicava e se informava há 20 ou 30 anos? Seguramente, um tipo de tecnologia tem tido mais impacto na vida contemporânea: o conjunto das TDIC (tecnologias digitais de informação e comunicação). Por que será? O que essas tecnologias têm de diferente de outras a ponto de alterarem tanto o nosso modo de viver (e de pensar também)? Vejamos a seguir algumas práticas sociais e produções bastante significativas na atualidade. Vamos refletir sobre elas e pensar um pouco mais sobre as características da cultura digital. Saiba mais Quer saber o que é flashmob, um dos eventos registrados pelo estudante que protagoniza a animação? Na matéria da revista Galileu, você encontra informações e exemplos dessa prática. Referências: EDITORA GLOBO. Os dez melhores flash mobs já feitos. Revista Galileu. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI235996-17770,00- OS+DEZ+MELHORES+FLASH+MOBS+JA+FEITOS.html>. Acesso em: 10 dezembro 2019. INSTITUTO NATURA. O Dia – vídeo EaD Escola Digital. Set. 2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=13&v=PUR6SbKL4mM&feature=emb_logo>. Acesso em: 10 dezembro 2019. Meu nome é Maria Cecília de Lima Paz, atualmente sou professora na rede municipal de Tarauacá - Acre. A respeito deste curso, a temática é de grande relevância, visto que estamos passando por um momento atípico dentro do meio educacional. Mesmo que antes houvesse o uso das TICs, hoje podemos ver com mais intensidade o uso destas, e isso nos leva a refletir de forma mais profunda sobre o Ensino Híbrido, e também a verificarmos as possibilidades da junção que é oferecida aos educandos por meio dessa proposta. https://youtu.be/PUR6SbKL4mM http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI235996-17770,00-OS+DEZ+MELHORES+FLASH+MOBS+JA+FEITOS.html Unidade 1: A cultura digital 2. O que nos dizem os comportamentos nas redes sociais? As ações e reações em redes sociais são algumas das condutas do personagem no vídeo. Embora pareçam, em uma primeira leitura, triviais, é preciso que estejamos atentos aos significados que podem carregar, sobretudo ao tratarmos com jovens e estudantes. Raquel Recuero (2014) examina as manifestações e os reflexos conversacionais dos já conhecidos comportamentos de “curtir”, “compartilhar” e “comentar”. Roxane Rojo e Jacqueline Barbosa (2015) adicionam à análise desse conjunto a reflexão sobre a conduta de "seguir". Curtir Segundo Raquel Recuero, o botão “curtir” parece ser percebido como uma forma de tomar parte na conversação sem precisar elaborar uma resposta. Toma-se parte, torna-se visível a participação, portanto, com um investimento mínimo, pois o ator não necessariamente precisa ler tudo o que foi dito. É uma forma de participar da conversação, sinalizando que a mensagem foi recebida. Além disso, ao “curtir” algum enunciado, os atores passam a ter seu nome vinculado a ele e tornam público a toda a sua rede social que a mensagem foi “curtida” (essa mensagem aparece como uma notificação para as conexões de quem “curtiu”). Nesse sentido, “curtir” algo adquiriria uma série de contornos de sentido. Primeiro, seria uma forma menos comprometida de expor a face na situação, pois não há a elaboração de um enunciado para explicitar a participação do ator. Segundo, seria visto comouma forma de apoio e visibilidade, no sentido de mostrar para a rede que se está ali. São duas formas de capital social, focadas na difusão da informação para a rede social e na difusão do apoio/contato entre os dois participantes da conversação (RECUERO, 2014, p. 119). Compartilhar Em suas pesquisas, Raquel Recuero observou que o botão “compartilhar”, por outro lado, tem outras funções e valores associados. Sua principal função parece ser a de dar visibilidade à conversação ou à mensagem, ampliando o alcance dela. (...) Parece-nos que compartilhar algo que seja valorizado pela rede é um valor positivo. Compartilhar uma informação também é tomar parte na difusão da conversação, na medida em que permite que os usuários construam algo que pode ser passível de discussão, uma vez que é de seu interesse, para sua rede social. O compartilhamento também pode legitimar e reforçar a face, na medida em que contribui para a reputação do compartilhado e valoriza a informação que foi originalmente publicada. Embora tenhamos observado, em alguns casos, o compartilhamento para crítica, de modo geral, o compartilhamento parece ser positivo, no sentido de apoiar determinada ideia, um manifesto ou uma mensagem (RECUERO, 2014, p. 120). Comentar Raquel Recuero destaca que os comentários, por sua vez, são as práticas mais evidentemente conversacionais. Trata-se de uma mensagem que é agregada através do botão da postagem original, é visível tanto para o autor da postagem quanto para os demais comentaristas, atores que “curtam” e compartilhem a mensagem em suas redes sociais. O comentário, portanto, parece envolver um maior engajamento do ator com a conversação e um maior risco para a face, pois é uma participação mais visível. Isso porque aquilo que é dito pode ser facilmente descontextualizado quando migrar para outras redes através das ferramentas de compartilhamento, de curtida e mesmo de comentário. Essa compreensão do comentário como um risco para a face também leva muitos usuários a desistir de comentar e optar por apenas “curtir” a postagem (RECUERO, 2014, p. 121). Seguir Para Roxane Rojo e Jacqueline Barbosa (2015, p. 123), o ato de seguir alguém, alguma publicação ou instituição é, dentre outras possibilidades, uma forma de filtrar algo de interesse no meio de um oceano de conteúdos: isso pode se dar em relação à vida de celebridades, como desdobramento das colunas sociais, que já faziam sucesso; a comentaristas e analistas, como quando acompanhamos colunas de periódicos; em relação a produções ou produtores culturais a que se tem apreço ou dos quais se é fã; a assuntos de interesse, etc. Referências: RECUERO, Raquel. Curtir, compartilhar, comentar: trabalho de face, conversação e redes sociais no Facebook. Unisinos: Verso e Reverso, XXVIII (68):114-124, maio-agosto, 2014. ROJO, Roxane; BARBOSA, Jacqueline. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. 3. O dia a dia na cultura digital Convidamos você a assistir aos vídeos a seguir indicados e a refletir sobre o que eles têm em comum. https://youtu.be/3PxWEDXsG1U https://youtu.be/3dyHDY6KZ84 Reflexão O que essas produções nos permitem pensar sobre o processo de criação (criatividade) e sobre a autoria na cultura digital? Após analisá-las, realize, se desejar, um registro de sua reflexão e leia o comentário disponibilizado. Anotar é uma prática letrada que nos ajuda a resumir, destacar (e guardar) determinadas ideias quando estamos lendo um texto, assistindo a um vídeo ou a uma palestra. As anotações podem constituir uma síntese do que foi dito/escrito e/ou um registro de cunho pessoal de uma reflexão sobre o que lemos ou ouvimos, podendo ainda conter algo sobre o que pretendemos fazer a partir das ideias destacadas. Sugerimos que, ao longo do curso, você faça anotações a respeito dos conteúdos discutidos, das relações deles com outras ideias, das implicações para sua prática, enfim, que você anote o que você quiser. COMENTÁRIO Nada se cria. Tudo se remixa. Você deve ter percebido que as produções vistas se baseiam em obras anteriores a fim de alterá- las, modificá-las, editá-las e adaptá-las a outras situações, criando novas produções com novos sentidos. Isto é remixar. O remix já era uma prática usada, especialmente na música, desde a década de 1970. Nos tempos digitais, em que todos podem ter acesso a um mundo de informações, ferramentas de edição e espaços de compartilhamento, a remixagem ganha força e se constitui em uma prática dominante nas redes sociais. Sobre as produções que você observou: https://youtu.be/3PxWEDXsG1U https://youtu.be/3dyHDY6KZ84 o Vídeo 1 – apresenta o remix feito por um dos mais importantes artistas do gênero em atividade, Jonathan Macintosh, com base em episódios da série Buffy – A Caça- Vampiros (de Joss Whedon) e na Saga Crepúsculo (dirigida por Bill Condon). o Vídeo 2 – exibe o “mashup” (mescla musical) Baile Parangolé, que João Brasil fez em homenagem a Caetano Veloso, ao seu livro Verdade Tropical e ao movimento tropicalista. A dinâmica da remixagem tem cada vez mais colocado em discussão a questão da criatividade e da autoria nos tempos atuais. A esse respeito, é preciso levar em conta que, mesmo antes de as tecnologias possibilitarem a remixagem, a ideia de que pudesse existir uma produção totalmente original, que não se baseasse em nenhuma outra já existente, era um mito. Um importante pensador russo, Bakhtin (1998, p. 88), diz que a “orientação do discurso alheio” só poderia ser evitada no caso de um Adão mítico, que rompesse pela primeira vez o silêncio do mundo. Nos outros casos, toda fala ou produção de alguma forma se basearia em outra ou com ela dialogaria, concordando, discordando, copiando, se diferenciando, etc. Antes da profusão das tecnologias digitais, entretanto, as fronteiras eram mais detectáveis, e a autoria, mais facilmente estabelecida. Hoje, esses limites são diluídos e, em alguns casos, a autoria é necessariamente coletiva. Tal contexto convida a uma revisão do conceito de autoria, que, entre outras decorrências, demandaria alterações na própria regulação dos direitos autorais. Ao mesmo tempo em que a produção, a publicação e a distribuição de diferentes tipos de remixes podem indicar uma postura ativa dos leitores/espectadores e internautas, aptos a criticar, parodiar, prestar homenagens, denunciar, etc., também podem dar margem a um consumo desenfreado e a uma apropriação acrítica, sem intencionalidade clara quanto aos possíveis efeitos produzidos, como em um processo de acumulação de objetos. Esse é um debate amplo. À escola, cabe a importante tarefa de contribuir com a reflexão em torno do tema e também com a ampliação do repertório dos alunos, assim como de suas possibilidades de criação e autoria no cerne da cultura digital. É prudente, além disso, explorar meios de remixagem e de criação compartilhada que não infrinjam direitos autorais (uma vez que a discussão seguirá em pauta), como a opção pelo uso de recursos em domínio público ou licenciados de maneira aberta (a licença Creative Commons é uma alternativa). Referências: BAKHTIN, M. Questões de literatura e de estética (A teoria do romance). 4. ed. São Paulo: Unesp, 1998. CREATIVE COMMONS BR. Disponível em: <https://br.creativecommons.org/>. Acesso em: 10 dezembro 2019. CREPUSCULOPORTUGAL1. Buffy vs Edward Cullen Twilight – Legendado PT. Jul. 2009. Disponível em: <https://youtu.be/3PxWEDXsG1U>. Acesso em: 10 dezembro 2019. LONTRA MUSIC. Baile Parangolé (João Brasil). Abr. 2009. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=3dyHDY6KZ84>. Acesso em: 10 dezembro 2019. https://br.creativecommons.org/ https://youtu.be/3PxWEDXsG1U https://www.youtube.com/watch?v=3dyHDY6KZ84 Remixagem: Assista à série de vídeos sobre a prática da remixagem intitulada “Everything Is a Remix”, de Kirby Ferguson (quatro partes). Esses vídeospodem, inclusive, favorecer bons debates com os alunos. Referência: FERGUSON, Kirby. Everything is a remix. Compartilhado pelo canal Baixacultura. Disponível em: <https://vimeo.com/32677841>. Acesso em: 10 dezembro 2019. Everything Is a Remix – Parte 1 [legendado] Everything Is a Remix – Parte 2 [legendado] Everything Is a Remix – Parte 3 [legendado] Everything Is a Remix – Parte 4 [legendado] 4. Como educar o olhar? Reflexão O dia a dia na cultura digital Agora, a proposta é que leia a matéria Clicar, em vez de viver, tornou-se norma!, da revista Carta Capital, e reflita sobre as questões a seguir: A escola poderia/deveria fazer alguma coisa que contribua para uma educação do olhar? O que poderia ser feito? Comentário Nessa reportagem, coloca-se em foco a prática, hoje bastante difundida, de fotografar excessivamente tudo, sem necessariamente fruir ou aprofundar a experiência que um momento de contemplação pode nutrir. Com o advento da fotografia digital, não tem sido incomum irmos a museus, exposições, shows, etc. e observarmos um número significativo de pessoas que mais fotografam e gravam do que prestam atenção no que está acontecendo ao vivo. Mais do que viver, o que parece importar é “possuir” aquele momento, provar que se esteve ali. Muitas vezes, grande parte das fotos não é sequer revisitada (como destacado na matéria jornalística, “quanto maior o acervo pessoal, menos sentido ele faz”). Procura-se rapidamente por uma em que se tenha “saído bem”, publica-se logo nas redes sociais e, depois, contabiliza-se o número de curtidas que acumula – mais uma manifestação exacerbada do narcisismo. As fotos perdem assim sua função de registro, de contar uma história com base na ótica do fotógrafo. Não amplificam a experiência. Apenas são mais uma via do consumo. Nesse sentido, veja o que diz o educador Larrosa Bondía: "A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece ou o que toca. A cada dia, se passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece. Dir-se-ia que tudo o que se passa está organizado para que nada nos aconteça. Walter Benjamin, em um texto célebre, já observava a pobreza de experiências que caracteriza o nosso mundo. Nunca se passaram tantas coisas, mas a experiência é cada vez mais rara. (...) A informação não é experiência. E mais, a informação não deixa lugar para a experiência. Ela é quase o contrário da experiência, quase uma antiexperiência. Por isso a ênfase contemporânea na informação, em estar informados, e toda a retórica destinada a constituir-nos como sujeitos informantes e informados. A informação não faz outra coisa senão cancelar nossas possibilidades de experiência. O sujeito da informação sabe muitas coisas, passa seu tempo buscando informação, o que mais o preocupa é não ter bastante informação. Cada vez sabe mais, cada vez está mais bem informado, porém, com essa obsessão pela informação e pelo saber (mas saber não no sentido de “sabedoria”, mas no sentido de “estar informado”), o que consegue é que nada lhe aconteça" (2002, p. 21-22). https://vimeo.com/32677841 https://vimeo.com/32677972 https://vimeo.com/32680066 https://vimeo.com/224980678 http://www.cartacapital.com.br/cultura/clicar-em-vez-de-viver-tornou-se-norma https://comunidade.escolasconectadas.org.br/mod/book/view.php?id=13870&chapterid=10910#collapse1 Ressignificar o fotografar e o gravar pode criar oportunidade para que os alunos tenham experiências. É preciso que haja espaço na escola para que essas questões sejam tematizadas, tanto por meio de conversas que enfoquem o alto grau de exposição nas redes e a febre dos selfies, por exemplo, como por meio de atividades em que o fotografar e o gravar sejam usados como um recurso de memória a serviço da elaboração de relatos vividos com significados refletidos e partilhados, pautados por critérios éticos, estéticos e políticos. Referências: BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre o saber da experiência. In: Revista Brasileira de Educação, n. 19, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a02.pdf>. Acesso em: 20 dezembro 2019. CARTA CAPITAL. Clicar, em vez de viver, tornou-se norma. Abr. 2013. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/cultura/clicar-em-vez-de-viver-tornou-se-norma>. Acesso em: 20 dezembro 2019. 5. Escola na Web 2.0 A web criou condições para a constituição da cultura digital. Como o ser humano está sempre criando novas ferramentas na dinâmica da vida social, a própria internet tem sido reinventada. Vamos explorar a diferença entre o que se convencionou chamar Web 1.0 e Web 2.0 e algumas questões que decorrem dessas mudanças na rede. A Web 2.0 altera o fluxo de comunicação e cria a possibilidade de que todos produzam conteúdos e disponibilizem para que outros se manifestem em relação aos mesmos. Levando isso em consideração, assista ao vídeo “Web 2.0” (“Not in words”), que trata do tema, e reflita sobre a seguinte questão: Quais as decorrências que esse traço fundante da cultura digital pode trazer para a escola? https://youtu.be/Bc0oDIEbYFc Referência: NOTINWORDS. Web 2.0. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=94&v=Bc0oDIEbYFc&feature=emb_logo>. Acesso em: 10 dezembro 2019. http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a02.pdf https://www.cartacapital.com.br/cultura/clicar-em-vez-de-viver-tornou-se-norma https://pt.wikipedia.org/wiki/World_Wide_Web https://youtu.be/Bc0oDIEbYFc