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FUVEST - 1ª Fase

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Prévia do material em texto

ASSINATURA DO ALUNO
FUVEST 2019
PROVA DE
CONHECIMENTOS
GERAIS
INSTRUÇÕES
1. Só abra este caderno 
quando o fiscal autorizar.
2. Este caderno compõe-se 
de 90 questões obje�vas. 
Em cada questão, há 
5 alterna�vas, sendo 
correta apenas uma.
3. Assinale a alterna�va 
que você considera 
correta, preenchendo o 
retângulo correspondente 
na folha óp�ca de 
respostas, u�lizando 
necessariamente caneta 
esferográfica de �nta 
azul ou preta. 
7. Durante a prova, são 
vedadas a comunicação 
entre candidatos e a 
u�lização de qualquer 
material de consulta, 
eletrônico ou impresso, e 
de aparelhos de 
telecomunicação.
8. O candidato poderá 
re�rar-se do local de 
prova após decorridas 
duas horas do início da 
aplicação.
9. Ao final da prova, é 
obrigatória a devolução 
da folha óp�ca de 
respostas. 
1a Fase - Conhecimentos Gerais
4. Preencha a folha 
óp�ca de respostas com 
cuidado, pois, em caso de 
rasura, ela não poderá 
ser subs�tuída e o uso 
de corre�vo não será 
permi�do.
5. Duração da prova: 
cinco horas. Não haverá 
tempo adicional para 
transcrição de gabarito 
para a folha óp�ca de 
respostas.
6. É proibido o uso 
de relógio pessoal. 
O candidato deve 
controlar o tempo 
disponível, com base no 
marcador de tempo 
afixado à frente da sala e 
nos avisos do fiscal. 
C
IC
LO
 1
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 04-02-2019 (17:22)
CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 2/32
01 _BIO201810090101
Considere as seguintes situações: 
I. Em uma ilha do Oceano Índico, foi observado um com-
portamento de cópula entre machos de lobo-marinho e 
pinguins, sem gerar descendentes.
II. O pintagol é um pássaro cujo canto é bastante aprecia-
do por criadores de aves. Sua procriação é possível so-
mente por meio do cruzamento do macho do pintassilgo 
com a fêmea do canário-belga.
Sobre essas situações, é correto afirmar que
(A) canários-belgas e pintassilgos são seres da mesma espé-
cie, pois apresentam grandes semelhanças que permi-
tem gerar descendentes férteis.
(B) canários-belgas e pintassilgos não estão em isolamento 
reprodutivo, porque podem se cruzar e gerar descen-
dentes férteis.
(C) lobos-marinhos e pinguins apresentam parentesco evo-
lutivo próximo, pois são adaptados ao meio marinho e 
têm capacidade de cruzamento.
(D) lobos-marinhos e pinguins provavelmente apresentam 
isolamento reprodutivo pré-zigótico, enquanto canários 
e pintassilgos têm isolamento reprodutivo pós-zigótico.
(E) o pintagol constitui uma subespécie nova, pertencente 
a duas espécies já existentes: pintassilgo e canário.
02 _BIO201810090102
Peixes cegos são comuns em ambientes permanentemente 
escuros, como em cavernas. Esse fato também pode ser ve-
rificado em animais de ambientes terrestres, como em gru-
tas, no interior do solo e sob o tronco de árvores. Diferentes 
grupos de animais são encontrados nesse ambiente, como 
crustáceos, répteis, vermes etc.
A existência de animais cegos em ambientes escuros pode 
ser explicada porque
(A) o ambiente escuro induz a mutações para a cegueira.
(B) não é necessário que eles vejam os predadores.
(C) a escuridão seleciona os animais cegos e elimina os 
dotados de visão.
(D) é inviável o surgimento de indivíduos cegos em ambiente 
iluminado.
(E) os animais cegos são capazes de sobreviver e de se 
reproduzir em ambientes escuros.
03 _BIO201810090103
Um caso de mimetismo muito conhecido é o da borboleta-
-monarca e da borboleta-vice-rei. Elas não são parentes pró-
ximas, mas apresentam desenho das asas e coloração muito 
parecidas. Ocorre que a monarca é tóxica para muitos pás-
saros predadores, que evitam atacá-la. A vice-rei não é tóxi-
ca, mas também não costuma ser atacada por predadores, 
que a confundem com a monarca.
Disponíveis em: <https://pixabay.com/pt/borboleta-vice-rei-
planta-folha-1544632/> e <https://pixabay.com/pt/borboleta-
borboleta-monarca-monarca-929798/>. Acesso em: 18 dez. 2018.
Sobre essas duas espécies de borboletas, foram feitas as 
seguintes afirmações:
I. A monarca apresenta coloração de advertência.
II. A vice-rei tornou-se semelhante à monarca para se pro-
teger de predadores.
III. A monarca e a vice-rei constituem um caso de conver-
gência adaptativa.
IV. A semelhança da vice-rei com a monarca foi determina-
da por mutações aleatórias.
Está correto apenas o que se afirma em
(A) I.
(B) II.
(C) I e III.
(D) II e III.
(E) I, III e IV.
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 04-02-2019 (17:22) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 04-02-2019 (17:22)
CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 3/32
04 _BIO201810090111
As células podem ser divididas em três categorias: procarió-
tica, animal e vegetal. Sobre essa classificação, é correto 
afirmar que
(A) todas as células, independentemente do seu tipo, 
possuem ribossomos responsáveis pela síntese de 
proteínas. 
(B) todas as células, independentemente do seu tipo, 
possuem núcleo responsável pelo controle da atividade 
metabólica.
(C) apenas procariotos e animais possuem complexo 
golgiense, responsável pela secreção de substâncias.
(D) apenas animais e vegetais possuem centríolos, 
organelas indispensáveis para a formação do fuso na 
divisão por mitose.
(E) todas as células, independentemente do seu tipo, 
possuem parede celular, visto que a membrana 
plasmática é muito fina.
05 _BIO201810090201
Em cada globo ocular do cavalo, há uma membrana nicti-
tante. Essa estrutura localiza-se no canto interno do olho 
e pode ser movida periodicamente em direção ao canto 
externo. Ela funciona como uma “terceira pálpebra”, prote-
gendo a superfície do olho contra partículas sólidas presen-
tes no ar e contra o ressecamento. O ser humano apresenta 
membrana nictitante vestigial, muito reduzida em compara-
ção com a presente no cavalo.
Sobre o que foi exposto anteriormente, é correto afirmar 
que
(A) o desenvolvimento de membrana nictitante em cavalos 
foi produto da seleção natural aleatória do ambiente 
desses animais.
(B) a membrana nictitante desenvolvida no cavalo e 
reduzida no homem constitui um caso de semelhança 
anatômica, que é indicativa de parentesco evolutivo.
(C) a existência de estruturas vestigiais em uma espécie é 
resultado da falta de utilidade dessas estruturas. 
(D) o grande desenvolvimento da membrana nictitante em 
cavalos foi o resultado da seleção artificial.
(E) uma espécie apresenta estrutura vestigial; na outra 
espécie, existe uma estrutura correspondente ainda 
menos desenvolvida.
06 _BIO201810090104
A classificação dos seres vivos é um processo dinâmico, 
que vem passando por inúmeras modificações ao longo do 
tempo. No entanto, para fins práticos, foi estabelecida uma 
classificação dos seres vivos em cinco reinos: Monera, Fun-
gi, Protoctista, Plantae e Animalia.
Sobre esses reinos, pode-se afirmar que
(A) quitina está presente apenas em integrantes do reino 
Fungi.
(B) organismos clorofilados estão presentes apenas no 
reino Plantae.
(C) tecidos e organismos heterótrofos estão presentes 
apenas no reino Animalia.
(D) parede celular de peptidioglicano está presente apenas 
em integrantes do reino Monera.
(E) no reino Protoctista, há apenas organismos heterótro-
fos e sem organelas membranosas.
07 _BIO201810090110
O palmito-juçara (E. edulis) tem 36 cromossomos em suas 
células diploides (2n = 36) e é nativo da mata atlântica. A 
palmeira-real (A. alexandrae) tem 32 cromossomos em suas 
células diploides (2n = 32), é nativa da Austrália e foi intro-
duzida no Brasil para fins ornamentais.
O palmito-juçara está ameaçado de extinção tanto pela ex-
ploração predatória quanto pela introdução da palmeira-
-real. O pólen da palmeira-real pode fertilizar óvulos do 
palmito-juçara, o que resulta na formação de indivíduos 
viáveis. Biólogos têm monitorado áreas de mata atlântica e 
realizado a análise citogenética dos cromossomos dos indi-
víduos coletados.
O resultado de tais análises é preocupante quando se cons-
tata a(o)
(A) totalidade de indivíduos com 36 cromossomos,o que 
significa que existe baixa diversidade na população.
(B) predomínio de indivíduos com 36 cromossomos, o que 
significa que a invasão já está em estágio avançado.
(C) predomínio de indivíduos com 32 cromossomos, mu-
tantes de E. edulis, que não podem se reproduzir.
(D) ausência de indivíduos com 34 cromossomos, o que sig-
nifica que E. edulis não foi capaz de se adaptar à espécie 
invasora.
(E) alta porcentagem de indivíduos com 34 cromossomos, 
híbridos e estéreis de E. edulis e de A. alexandrae.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 4/32
08 _BIO201810090202
A seguir estão representadas as equações de quatro rea-
ções importantes para o metabolismo celular, identificadas 
de I a IV.
I. C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O → 6 CO2 + 12 H2O
II. C6H12O6 → 2 CO2 + 2 C2H5OH
III. ATP + H2O → ADP + Pi
IV. ADP + Pi → ATP + H2O
Todas as células, em geral, devem realizar um processo se-
melhante a ______ ou ______, para que possam realizar 
______ e, dessa forma, garantir que seu metabolismo conti-
nue funcionando graças a ______.
As lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, 
por
(A) I, II, III e IV.
(B) I, II, IV e III.
(C) III, IV, I e II.
(D) III, IV, II e I.
(E) I, III, IV e II.
09 _BIO201810090105
Analise as afirmações a seguir:
I. Os cavalos atuais evoluíram em vastas planícies do He-
misfério Norte a partir de pequenos animais. Ao lon-
go do tempo, foram geradas espécies intermediárias 
com redução do número de dedos e alongamento da 
mandíbula.
II. Havia uma população inicial de ancestrais de chim-
panzés. O Rio Congo era raro e estreito, mas, devido 
a mudanças de clima e relevo, ficou profundo e largo. 
De um lado, surgiu o chimpanzé comum e, do outro, o 
chimpanzé-anão (bonobo) – classificados como espécies 
diferentes.
III. Na natureza, há animais que podem planar vários me-
tros sobre a superfície, como uma espécie marinha de 
peixe e uma espécie de esquilo em florestas. 
Acerca do que foi exposto, pode-se afirmar corretamente 
que em
(A) I ocorreu cladogênese.
(B) II ocorreu anagênese.
(C) I formou-se um grupo polifilético.
(D) II formou-se um grupo monofilético.
(E) III formou-se um grupo parafilético.
10 _BIO201810090107
O cladograma a seguir representa a divisão dos seres vi-
vos em três domínios e as relações de parentesco entre 
Bacteria, Archaea e Eukarya.
Bacteria Archaea Eukarya
Sobre esse cladograma, foram feitas as seguintes afirmações :
I. Archaea e Bacteria contêm todos os organismos de cé-
lula procariótica, portanto possuem parentesco mais 
próximo entre si do que qualquer desses grupos com 
Eukarya.
II. Protozoários são seres unicelulares, assim como bacté-
rias, mas essa característica não é suficiente para afir-
mar que tenham parentesco próximo.
III. Plantas possuem parede celular assim como bactérias 
e arqueas, mas essa característica não é suficiente para 
afirmar que tenham parentesco próximo.
Está correto o que se afirma em 
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) III, apenas.
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 04-02-2019 (17:22) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 04-02-2019 (17:22)
CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 5/32
11 _BIO201810090109
Duas colônias de bactérias idênticas foram incubadas em 
meio nutritivo por alguns dias. O gráfico a seguir representa 
a variação da população bacteriana no experimento, ao lon-
go do tempo, nos dois meios. No instante assinalado, foi in-
troduzido um antibiótico em um dos dois meios de cultura.
Sem antibiótico
N
úm
er
o 
de
 b
ac
té
ri
as
/m
L Adição do
antibiótico
Com antibiótico
Tempo
Pode-se notar que, após uma grande taxa de mortalidade, 
a população bacteriana, do meio com antibiótico, volta a 
crescer. Isso se justifica porque
(A) as bactérias se acostumaram à presença do antibiótico.
(B) o antibiótico provocou mutações nas bactérias.
(C) bactérias mutantes puderam sobreviver ao antibiótico e 
se multiplicaram.
(D) ocorreu recombinação no DNA bacteriano.
(E) as bactérias formaram esporos resistentes ao antibiótico.
12 _QUI201810090106
Quando um átomo perde ou recebe elétrons, transforma-se 
em um íon, uma espécie química carregada eletricamente. 
Supondo que um íon Y3+ tenha 16 elétrons e que seu núme-
ro de nêutrons seja igual ao número de prótons, o número 
de massa desse elemento químico é igual a
(A) 16.
(B) 19.
(C) 26.
(D) 32.
(E) 38.
13 _QUI201810090108
O elemento químico carbono (6C) pode ser encontrado em 
algumas formas cristalinas diferentes, entre elas grafite, 
diamante e fulerenos. A grafite é um sólido macio, preto 
e escorregadio que apresenta brilho metálico e é capaz de 
conduzir eletricidade. O diamante é um sólido duro, trans-
parente e mais denso que a grafite, no qual os átomos de 
carbono formam uma rede cristalina tridimensional. Os 
fulerenos são formas moleculares de carbono e consistem 
em moléculas individuais como C60 e C70. As propriedades 
químicas dessas substâncias atualmente são exploradas por 
diversos grupos de pesquisa. 
Na natureza, os átomos de carbono podem ser encontrados 
com diferentes quantidades de partículas no seu núcleo: 
C-12, C-13 e C-14.
Em relação às quantidades de partículas no núcleo, os áto-
mos de carbono encontrados na natureza são
(A) isômeros.
(B) isóbaros.
(C) isótopos.
(D) isótonos.
(E) alótropos.
14 _QUI201810090105
Sabe-se que cada colher de feijão ingerida na alimentação 
diária contém por volta de 2,5 ⋅ 1019 átomos de ferro. Con-
sidere que a necessidade diária de ferro de um indivíduo 
adulto é cerca de 32 mg. Desta maneira, quantas colheres 
de feijão, no mínimo, deverão ser ingeridas por esse indi-
víduo para que a necessidade diária de ferro seja suprida?
(A) 3
(B) 11 
(C) 14
(D) 23 
(E) 30 
Note e adote: 
Considere que todo o ferro da necessidade 
diária advém do feijão. 
Número de Avogadro: 6,0 ⋅ 1023
Massa molar (g/mol): Fe = 56
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 08-02-2019 (12:21)
CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 6/32
15 _QUI201810090107
O primeiro laser conhecido foi o de rubi, que é um mineral 
contendo Aℓ2O3. Para a obtenção do laser, substituem-se al-
guns íons Aℓ3+ por Cr3+ e usa-se uma lâmpada para excitar 
elétrons presentes no átomo de Cr3+ para um nível maior 
de energia. Os elétrons excitados, em um dado instante, 
retornam ao estado fundamental emitindo um fóton na re-
gião vermelha do espectro. Esse fóton é refletido por espe-
lhos localizados em lados opostos do tubo, estimulando a 
emissão de mais fótons que, por sua vez, podem estimu-
lar a emissão de mais fótons, e assim sucessivamente. Um 
dos espelhos é apenas parcialmente refletor, de modo que, 
quando a luz atinge certa intensidade, ela emerge do espe-
lho como um raio laser.
O modelo atômico capaz de explicar a formação do laser é 
o modelo de
(A) Niels Bohr. 
(B) John Dalton.
(C) J. J. Thomson. 
(D) Ernest Rutherford. 
(E) Demócrito e Leucipo. 
16 _QUI201810090102
O gelo-seco, utilizado em máquinas de fumaça, pode causar 
queimaduras, devido à sua baixa temperatura nesse estado 
físico sólido (–78,5 °C). Quando o gelo-seco é colocado em 
temperatura ambiente, passa diretamente para o estado 
gasoso.
Sendo assim, o gelo-seco é uma
(A) substância simples que sublima a 25 °C.
(B) mistura que sublima em temperatura ambiente. 
(C) mistura que vaporiza em temperatura ambiente. 
(D) substância composta que entra em ebulição a 25 °C. 
(E) substância composta que sublima em temperatura 
ambiente. 
17 _QUI201810090101
Durante uma aula experimental de Química, uma estudan-
te, ao analisar uma amostra sólida, verificou que esta se 
apresentou com temperatura constante durante o proces-
so de fusão. Após o término desse processo, essa mesma 
amostra continuou sendo aquecida. Durante o processo de 
ebulição, por sua vez, a aluna notou que atemperatura não 
permaneceu constante.
Dessa maneira, analisando a amostra da estudante, pode-se 
afirmar que se trata de uma
(A) substância pura. 
(B) mistura eutética. 
(C) mistura azeotrópica. 
(D) substância pouco solúvel em água. 
(E) mistura comum.
18 _QUI201810090109
Observe a seguinte versão simplificada da tabela periódica, 
que contém apenas os elementos representativos. 
1
H1
2
3
4
5
6
7
18
He
Li Be B C N O F
2 13 14 15 16 17
Ne
Na Mg Al Si P S Cl Ar
K Ca Ga Ge As Se Br Kr
Rb Sr In Sn Sb Te I Xe
Cs Ba Tl Pb Bi Po At Rn
Fr Ra Nh Fl Mc Lv Ts Og
Considerando apenas os elementos representativos do 
quarto período dessa tabela periódica, assinale a alter-
nativa que apresenta, respectivamente, o elemento com 
5 elétrons na camada de valência, o elemento de maior raio 
atômico e o elemento de maior eletronegatividade.
(A) As, K e Kr.
(B) P, Na e Cℓ.
(C) As, K e Br.
(D) P, Na e Ar.
(E) As, Kr e Br.
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 04-02-2019 (17:22) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 04-02-2019 (17:22)
CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 7/32
Texto para as questões 19 e 20
Quando estamos fora da água, a atmosfera, embora 
menos densa por ser composta de ar, já exerce uma pres-
são considerável sobre todas as partes do nosso corpo. [...] 
Ao nível do mar, em uma atmosfera padrão, a pressão pode 
ser considerada de 1 atm. À medida que subimos, a pressão 
diminui, sendo diretamente proporcional ao peso da coluna 
de ar sobre nós. [...]
O mesmo ocorre, mas de maneira muito mais intensa, 
ao mergulharmos, pois a densidade da água é bem maior 
que a do ar. A cada 10 metros de profundidade, a pressão 
aumenta 1 atm. Dessa forma, ao nos deslocarmos da super-
fície para 10 metros de profundidade, a pressão dobra, indo 
para duas atmosferas, correspondendo a 1 atm da coluna 
de ar e 1 atm da coluna de água. A 20 metros, a pressão é 
de 3 atm; a 100 metros, de 11 atm.
Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.
php/245595/mod_resource/content/1/Livro%20do%20Professor%20
Completo_revisado.pdf>. Acesso em: 8 jan. 2019. (Adapt.).
19 _QUI201901090101
Na modalidade de mergulho livre (em apneia), em especial 
na categoria “No limits”, o mergulhador enche os pulmões 
na superfície e desce em apneia (sem respirar) segurando 
um peso. Ao atingir a profundidade desejada, ele aciona um 
balão de ar que o arrasta novamente para a superfície.
Considere que um mergulhador, com os pulmões totalmen-
te cheios de ar na superfície, apresente um volume pulmo-
nar de 5 L a 25 °C e que o consumo de oxigênio pelo seu 
organismo seja desprezível. Assinale a alternativa que apre-
senta, em litros, o volume pulmonar desse mergulhador 
quando ele estiver com os pulmões totalmente cheios de 
ar a 30 metros de profundidade e à temperatura de 25 °C.
(A) 0,83.
(B) 1,25.
(C) 1,66.
(D) 2,50.
(E) 3,33.
20 _QUI201901090102
Na modalidade de mergulho autônomo recreativo, o mer-
gulhador utiliza um cilindro com ar atmosférico comprimi-
do, composto 80% de N2 e 20% de O2, no qual um conjunto 
de válvulas reguladoras, conectadas ao cilindro, fornecem 
ar na pressão ambiente, para que ele possa respirar durante 
todo o mergulho.
Considere que um mergulhador recreativo, com os pulmões 
totalmente cheios de ar, apresente um volume pulmonar 
de 5 L. Assinale a alternativa que apresenta, em mols, a 
quantidade de gás presente no pulmão desse mergulhador, 
quando ele estiver com os pulmões totalmente cheios a 20 
metros de profundidade e à temperatura de 25 °C.
(A) 0,12
(B) 0,20
(C) 0,61
(D) 7,31 
(E) 9,75 
Note e adote: 
R = 0,082 L ⋅ atm ⋅ K–1 ⋅ mol–1
21 _QUI201810090104
As fêmeas de determinadas espécies de insetos secretam 
compostos denominados feromônios. Uma das funções do 
feromônio é atrair indivíduos da mesma espécie. Considere 
que um determinado feromônio liberado pela mosca-do-
méstica apresenta fórmula molecular C18H36 e admita que a 
quantidade secretada pela mosca tenha sido de 1,0 ∙ 10–10 g. 
Sendo assim, assinale a alternativa que indica, aproximada-
mente, o número de moléculas presentes nessa amostra de 
feromônio.
(A) 2,4 ⋅ 109
(B) 2,4 ⋅ 1011
(C) 2,4 ⋅ 1013
(D) 4,8 ⋅ 1023
(E) 6,0 ⋅ 1023
Note e adote: 
Número de Avogadro: 6,0 ⋅ 1023
Massas molares (g/mol):
C = 12
H = 1
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 04-02-2019 (17:22) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / PAULA.OLIVEIRA14 / 04-02-2019 (17:22)
CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 8/32
22 _QUI201810090103
Observe os gráficos a seguir, que mostram, respectivamen-
te, o aquecimento e o resfriamento de duas amostras distin-
tas, em função do tempo: 
 Tempo (s)
Te
m
p
er
at
ur
a 
(°C
)
0
0
20
40
60
80
100
120
140
10 20 30 40 50
Tempo (s)
Te
m
p
er
at
ur
a 
(°C
)
0
0
20
40
60
80
100
5 10 15 20 25
Um dos gráficos apresenta o comportamento de uma subs-
tância pura; o outro, de uma mistura.
Assinale a alternativa que apresenta o intervalo de tempo 
no qual a substância pura permanece totalmente líquida e a 
classificação do tipo de mistura presente na amostra.
(A) 5 s e mistura comum. 
(B) 5 s e mistura azeotrópica.
(C) 10 s e mistura eutética.
(D) 10 s e mistura comum.
(E) 10 s e mistura azeotrópica.
23 _MAT201810090101 
Em uma prova de seleção para engenheiros, havia três ques-
tões de cálculo diferencial. De um total de 32 engenheiros 
que fizeram essa prova, 17 erraram a primeira questão, 22 
erraram a segunda, 18 erraram a terceira e 5 erraram as três 
questões. Além disso, sabe-se que 17 candidatos acertaram 
apenas uma questão.
Quantos engenheiros acertaram as três questões?
(A) 2
(B) 5
(C) 7
(D) 9
(E) 10
24 _MAT201810090106
Considere um número natural N de quatro algarismos e 
também os naturais M1 e M2, tais que M1 corresponde ao 
número formado pelos dois primeiros algarismos de N, e M2 
corresponde ao número formado pelos dois últimos algaris-
mos de N.
Sabe-se que M1 é sucessor de M2 e que, ao se dividir N por 
M2, obtêm-se o quociente 106 e o resto 5.
A soma dos valores de M1 e M2 é igual a
(A) 39.
(B) 37.
(C) 20.
(D) 19.
(E) 18.
25 _MAT201810090105
Sejam a e b os números reais que resultam das seguintes 
potências de expoentes irracionais: 
• a = 2 2
• b = 8 8
Nessas condições,
(A) b = a3
(B) b = a5
(C) b = a6
(D) b = a9
(E) b = a12
26 _MAT201810090102
Seja D o maior subconjunto de ℝ em que fica definida a 
seguinte função real:
f x
x x
x x
( ) =
+( ) + −( )
+( ) − −( )− −
3 5
2 4
1
2
1
2
1 1
Assim, quantos são os elementos inteiros pertencentes ao 
conjunto D?
(A) 9
(B) 8
(C) 7
(D) 6
(E) 5
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CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 9/32
27 _MAT201810090107
Sejam a e b números inteiros não nulos tais que a < b. Consi-
dere que P(a, b) representa o produto de todos os números 
inteiros não nulos desde o número a até o número b, con-
forme o exemplo a seguir. 
P(–3, 2) = (–3) ⋅ (–2) ⋅ (–1) ⋅ 1 ⋅ 2 = –12
O número inteiro mais próximo de zero que, multiplicado 
por P(–7, 10), resulta em um cubo perfeito positivo é igual a
(A) –7.
(B) –5.
(C) 2.
(D) 5.
(E) 7.
28 _MAT201810090109
Determinado poste de luz foi instalado verticalmente e com 
uma altura de 4,5 m em relação ao solo horizontal. Todavia, 
com o passar dos anos e devido a fortes tempestades, esse 
poste atualmente apresenta uma inclinação de quase 80° 
em relação ao solo.
A figura a seguir representa um trecho do gráfico cartesiano 
da função y = sen(x), com x em graus.
0
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
y
10 20 30 40 50 x
Considerando as informações apresentadas, estima-se que, 
atualmente, quando os raios solares incidem perpendicular-
mente em relação ao solo, a sombra projetada no chão pelo 
poste alcança, em relação à base deste, um comprimento 
entre
(A) 5 cm e 10 cm.
(B) 10 cm e 65 cm.
(C) 65 cm e 90 cm.
(D) 90 cm e 135 cm.
(E) 135 cm e160 cm.
29 _MAT201810090110 
Dois polígonos regulares P1 e P2 têm um lado AB em comum 
e estão situados em semiplanos opostos em relação à reta 
suporte do segmento AB.
Polígono P1
A B 75°75°
Polígono P2
Sabendo que o polígono P1 possui quatro lados a mais do 
que o polígono P2 e que os ângulos de vértices A e B forma-
dos nas regiões exteriores a ambos os polígonos medem, 
cada um, 75°, o polígono com menor número de lados deve 
ser um
(A) hexágono regular.
(B) octógono regular.
(C) decágono regular.
(D) dodecágono regular.
(E) hexadecágono regular.
30 _MAT201810090112
Uma empresa produz e distribui pirulitos em saquinhos 
plásticos contendo sempre 70 pirulitos cada e armazena es-
ses saquinhos em caixas de papelão. 
Certo dia, no depósito dessa empresa, um caminhão foi car-
regado com caixas igualmente abastecidas com saquinhos 
de pirulitos, as quais, em conjunto, correspondiam a uma 
encomenda de 2 520 pirulitos.
Sabendo que, em cada caixa, a quantidade de saquinhos 
é maior do que 10 e menor do que 20, qual dos valores a 
seguir pode representar a quantidade de pirulitos em cada 
caixa dessa encomenda?
(A) 210
(B) 420
(C) 770
(D) 840
(E) 980
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CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 10/32
31 _MAT201810090108
Os segmentos de reta AB, BC, CD, DE e EF que compõem a 
linha poligonal ABCDEF, mostrada a seguir, medem, respec-
tivamente, 1, 2, 3, 4 e 5 unidades de comprimento. 
C
E
F B A
D
Na figura, os pontos A, B, D e F estão alinhados horizontal-
mente, e os pontos A, C e E estão alinhados verticalmente, 
de modo que CE e DF são perpendiculares entre si.
Com base na tabela com as raízes dos números primos a 
seguir, assinale a alternativa com a melhor estimativa da dis-
tância entre os pontos A e F, na mesma unidade de compri-
mento em que estão os segmentos.
(A) 2,8729
(B) 2,8284
(C) 3,8284
(D) 3,8729
(E) 7,4162
Note e adote: 
n √n
2 1,4142
3 1,7320
5 2,2361
7 2,6458
11 3,3166
32 _MAT201810090104
Considere uma função f definida no conjunto dos números 
naturais (ℕ) que satisfaça às propriedades a seguir, em que 
n ∈ ℕ.
I. f(2n) = n
II. f(2n + 1) = 3n + 1
Sabendo que f ∘ f(x) = f(f(x)), o valor da expressão 
E = f(14) + f ∘ f(14) + f ∘ f ∘ f(14) é igual a
(A) 399.
(B) 196.
(C) 84.
(D) 40.
(E) 22.
33 _MAT201810090111
Determinado quarteirão tem a forma de um trapézio isós-
celes cujos lados não paralelos medem, cada um, 250 m e 
cuja base maior mede 675 m. Em relação aos ângulos in-
ternos desse trapézio, sabe-se que os ângulos adjacentes à 
base menor medem o dobro dos ângulos adjacentes à base 
maior.
Se uma pessoa deseja se exercitar correndo pelo períme-
tro desse quarteirão durante 40 minutos, a uma velocidade 
constante de 12,0 km/h, quantas voltas completas ela deve 
realizar para cumprir seu exercício?
(A) 8 
(B) 7 
(C) 5 
(D) 3 
(E) 2 
34 _MAT201810090113
A função f: ℝ → ℝ definida por f x a x b( ) = + −3 , em que a e 
b são números reais, possui um gráfico cartesiano que passa 
pela origem do sistema de coordenadas. Representada por 
f–1(x), a função inversa de f(x) é tal que f–1(4) = 2a3. 
Nessas condições, o valor da expressão 
1 1
a b
− é
(A) 3
(B) 
1
3
(C) 
5
8
(D) 5
(E) 
3
8
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CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 11/32
35 _FIS201810090101
Na navegação, a unidade de medida convencional para ve-
locidade é o nó. Um nó corresponde a uma milha náutica 
por hora.
Um navio de cruzeiro parte do porto de Santos/SP para o 
porto do Rio de Janeiro/RJ às 8h00min, navegando entre as 
duas cidades com uma velocidade média de 20 nós. 
Sabendo que a distância entre os portos é de aproximada-
mente 407 km, o horário de chegada ao porto do Rio de 
Janeiro será
(A) 11h00min.
(B) 12h24min.
(C) 19h00min.
(D) 20h24min.
(E) 23h36min.
36 _FIS201810090103
Dois veículos, A e B, trafegam em uma rodovia em sentidos 
opostos, com velocidades em módulo, respectivamente, de 
90 km/h e 72 km/h em relação à rodovia.
No instante em que esses veículos estão separados por uma 
distância de 1 200 m, durante a aproximação entre eles, 
uma moto ultrapassa o veículo A, no mesmo sentido de seu 
movimento, com velocidade de 18 km/h em relação a este, 
conforme a figura a seguir. 
A 1 200 m
B
No instante em que essa mesma moto passa pelo veículo 
B, ele também é ultrapassado por outra moto, no mesmo 
sentido do seu movimento e com velocidade relativa de 
18 km/h em relação ao veículo B, conforme figura a seguir.
A
B
Desconsiderando as dimensões dos veículos, no instante 
em que a segunda moto alcança o veículo A, a distância en-
tre os veículos A e B será de
(A) 600 m.
(B) 480 m.
(C) 120 m.
(D) 60 m.
(E) 12 m.
Note e adote: 
1 milha náutica ≅ 1 850 m.
37 _FIS201810090102
Uma mãe brinca de corrida com seu filho pequeno em uma 
trajetória retilínea. A criança começa a correr com uma ve-
locidade v e passa por um ponto P no instante t0 = 0. Após 
um intervalo de tempo, a mãe inicia sua corrida com velo-
cidade 20% maior que a velocidade da criança, no mesmo 
sentido do movimento desta, passando pelo ponto P no ins-
tante t = 20 s.
Adotando as velocidades da mãe e da criança como cons-
tantes, o intervalo de tempo entre a passagem da criança 
pelo ponto P e o instante em que a mãe alcança seu filho 
é de
(A) 40 s.
(B) 60 s.
(C) 100 s.
(D) 120 s.
(E) 160 s.
38 _FIS201810090106
Três pequenas esferas metálicas idênticas, A, B e C, estão ele-
trizadas com cargas de +3,0 µC, –2,0 µC e +5,0 µC, respecti-
vamente. Após um contato simultâneo entre as três esferas, 
houve uma redistribuição entre as cargas elétricas.
Sabendo que partículas elementares portadoras de carga 
elétrica transitaram entre as esferas, a esfera
(A) B perdeu 2,5 ∙ 1013 elétrons.
(B) C ficou com carga negativa.
(C) A perdeu 6,25 ∙ 1012 prótons.
(D) A ganhou 1,6 ∙ 10–19 elétrons.
(E) C ganhou 8,5 ∙ 1010 elétrons.
Note e adote: 
1 µC = 1 ⋅ 10–6 C;
Carga elementar: e = 1,6 ⋅ 10–19 C.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 12/32
39 _FIS201810090107
A lei de Coulomb foi proposta pelo físico Charles Augustin 
de Coulomb, no ano de 1785, e faz uma relação entre a in-
tensidade da força eletrostática entre dois corpos carrega-
dos eletricamente. Caso sejam consideradas duas cargas 
elétricas Q1 e Q2 , separadas por uma distância d e situadas 
no vácuo, dependendo do sinal das cargas, elas podem se 
atrair ou se repelir.
Essa lei enuncia que a intensidade da força eletrostática 
entre duas cargas elétricas é diretamente proporcional ao 
produto dos módulos das cargas elétricas e inversamente 
proporcional ao quadrado da distância que as separa. Pode-
-se escrever:
 F k
Q Q
de
= ⋅
⋅1 2
2
SILVA, Domiciano Correa Marques da. “Lei de Coulomb”. 
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/
lei-coulomb.htm>. Acesso em: 1 nov. 2018. (Adapt.).
Duas partículas eletrizadas com cargas elétricas iguais a Q 
estão fixas nos vértices A e B de um triângulo retângulo 
isósceles de lados iguais com medida a, conforme figura a 
seguir. A força de repulsão entre elas tem intensidade Fe. 
Quando uma nova partícula eletrizada com carga –Q é fixada 
no vértice C, esta passa a sofrer ação de uma força elétrica 
resultante, em virtude das outras cargas, de intensidade Fe'.
 
A
C
a
a
B
A razão, 
F
F
e
e '
, entre os módulos de Fe e Fe', é dada por
(A) 
2
2
(B) 
1
2
(C) 2 2⋅
(D) 
2
4
(E) 2
40 _FIS201810090105
Durante uma aula prática de Física em um laboratório, rea-
lizou-se um experimento no qual um bastão de vidro e um 
bastão de plástico foram atritados entre si para que eles fi-
cassem eletricamente carregados. Em seguida,os bastões 
foram testados em pêndulos eletrostáticos condutores, que 
estavam na vertical, para verificar o tipo de carga adquirida 
pelo bastão de vidro e pelo bastão de plástico.
O bastão de vidro foi aproximado de um pêndulo A, e o de 
plástico de um pêndulo B, sem haver contato em ambos os 
casos, conforme o esquema a seguir:
Pêndulo A
Vidro
Pêndulo B
Plástico 
Série triboelétrica
Vidro +
–
Lã
Seda
Algodão
Plástico
Conhecendo os princípios da eletrostática e considerando 
a série triboelétrica ilustrada, conclui-se certamente que o 
pêndulo
(A) A está carregado negativamente.
(B) B pode estar neutro.
(C) A pode estar neutro.
(D) B e o pêndulo A se repelem.
(E) B está carregado positivamente.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 13/32
41 _FIS201810090104
Um objeto é abandonado do alto de uma rampa de 20 m 
de altura, cuja inclinação é de 30° em relação à horizontal, 
e desliza por ela sem atrito, sofrendo uma aceleração de 
5 m/s2 no mesmo sentido do movimento, conforme figura 
a seguir .
20 m
a
30° 
Ao chegar no plano horizontal, na base da rampa, uma força 
de atrito passa a atuar no objeto, causando uma acelera-
ção de 2 m/s2 no sentido contrário ao movimento; o objeto 
para após deslizar por uma distância D sobre a superfície 
horizontal.
Considerando as acelerações em cada trecho constantes, a 
velocidade do objeto ao percorrer metade da distância D no 
plano horizontal é, aproximadamente,
(A) 10 m/s.
(B) 11 m/s.
(C) 14 m/s.
(D) 15 m/s.
(E) 20 m/s.
42 _FIS201810090111
Um pêndulo simples, que oscila em torno de um ponto fixo, 
é constituído por uma massa m, presa a um fio metálico de 
comprimento L e coeficiente de dilatação linear α. Sabe-se 
que, alterando a temperatura do sistema, o período de osci-
lação será modificado, uma vez que o comprimento do fio é 
alterado pelo fenômeno da dilatação térmica.
Considerando que o movimento oscilatório ocorre com ân-
gulos pequenos, a variação de temperatura necessária para 
que o período de oscilação desse pêndulo sofra um aumen-
to de 1% em relação ao valor inicial é, aproximadamente,
(A) 1 ⋅ 103 °C.
(B) 2 ⋅ 103 °C.
(C) 5 ⋅ 103 °C.
(D) 1 ⋅ 104 °C.
(E) 2 ⋅ 104 °C.
Note e adote: 
Coeficiente de dilatação linear α do fio: 2 ∙ 10–6 °C–1.
Período de oscilação (T) de um pêndulo simples: T
L
g
= 2π , em que g é 
a aceleração da gravidade.
43 _FIS201810090109
Anisotropia corresponde a uma característica apresentada 
por alguns materiais, nos quais as propriedades físicas va-
riam em função da direção de estudo considerada.
A cordierita, um aluminossilicato de magnésio, apresenta 
diferentes valores de dilatação térmica ao longo dos eixos 
cristalográficos. Quando é aquecida ao longo dos eixos a e 
b, ocorre expansão térmica, enquanto observa-se contração 
térmica no eixo c. Para a cordierita, os módulos dos coefi-
cientes de dilatação linear αa, αb e αc nas direções a, b e c, 
respectivamente, satisfazem a seguinte relação: αc > αa > αb.
A figura a seguir mostra um cristal cúbico de cordierita, a 
25 °C, posicionado sobre um sistema de eixos cristalográ-
ficos. Inicialmente, o vértice P do cristal tem coordena-
das (x, y, z) tomadas em relação aos eixos cristalográficos 
a, b e c, respectivamente.
Aquecendo o cristal até que ele atinja a temperatura de 
100 °C, as novas coordenadas do vértice P serão (x', y', z'). 
Pode-se afirmar que
(A) x' = y' = z'
(B) x' = y' > z'
(C) x' > y' > z'
(D) x' = y' < z'
(E) y' < x' < z'
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CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 14/32
44 _FIS201810090108
Após assistirem a uma aula sobre escalas termométricas, 
dois estudantes decidiram colocar em prática os conheci-
mentos adquiridos, criando suas próprias escalas lineares 
de temperatura a partir da escolha de dois pontos fixos 
como referência.
O primeiro estudante criou a escala T, atribuindo os valores 
20 °T e 70 °T, respectivamente, às temperaturas de fusão e 
de ebulição da água, em Celsius, sob pressão de 1 atm. O se-
gundo montou a escala S, relacionando-a à escala Fahrenheit, 
de acordo com o gráfico a seguir:
T (°F)
96
0–32 T (°S)
 
Utilizando dois termômetros, corretamente calibrados nas 
novas escalas, os dois estudantes mediram a temperatura 
de um copo de água. Se o primeiro estudante registrou o va-
lor 50 °T, a leitura registrada por seu colega, em °S, foi igual 
a, aproximadamente,
(A) 10,2.
(B) 14,7.
(C) 21,3.
(D) 25,8.
(E) 51,6.
45 _FIS201810090110
O cérebro humano, apesar da grande complexidade em 
seu funcionamento, tem potência aproximadamente igual 
a 5 cal/s.
Considerando que a expectativa de vida média de um brasi-
leiro é de 75 anos e que a potência do cérebro seja constante 
ao longo da vida, a energia consumida pelo cérebro durante 
esses 75 anos seria suficiente para fornecer energia a uma 
residência com consumo energético mensal de 200 kWh por 
um período, em anos, igual a, aproximadamente,
(A) 1,3.
(B) 3,3.
(C) 5,2.
(D) 40,0.
(E) 62,5.
46 _HIS201810090101
Para Gordon Childe, a partir de um viés teórico evolu-
tivo marxista, as cidades são símbolo e resultado final de 
um processo denominado Revolução Urbana. Significa um 
novo estágio econômico dentro do processo evolutivo linear 
da história das sociedades humanas pré-industriais [...]. 
Esse aumento populacional teria sido gradual, passando por 
vários estágios evolutivos, mas, acima de tudo, resultado do 
que se denominou Revolução Neolítica.
FIGUEIREDO, Marcio Luís Baúso de. “O Novo e o Velho 
Mundo na Antiguidade: uma síntese comparativa dentro do 
debate teórico da história do urbanismo”. São Paulo: Laboratório 
de Estudos da Cidade Antiga MAE/USP, 2015. (Adapt.).
Sobre a chamada Segunda Revolução Neolítica ou Revolução 
Urbana mencionada no texto, é correto afirmar que a(o)
(A) aumento da população, decorrente da Primeira 
Revolução Neolítica, foi a condição fundamental para o 
estabelecimento da Segunda Revolução.
(B) Segunda Revolução Neolítica foi consequência do 
advento da propriedade e da desigualdade social no 
contexto do Oriente Próximo.
(C) Segunda Revolução Neolítica teve como marca 
fundamental o nascimento da pólis e, com ela, o da 
propriedade privada.
(D) Revolução Urbana estabeleceu-se, como a Revolução 
Neolítica, primeiramente no Oriente Médio, e expandiu- 
-se ao mesmo tempo para outras partes do planeta.
(E) surgimento da agricultura, que caracterizou a Segunda 
Revolução Neolítica, foi condição fundamental para a 
eclosão da Revolução Urbana.
Note e adote: 
1 cal = 4 J
1 kWh = 3,6 ⋅ 106 J
1 ano = 3 ⋅ 107 s
P
E
t
=
∆
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CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 15/32
47 _HIS201810090103
Os egípcios tinham apenas um termo para designar a si 
mesmos: 
 
Ou “kmt” ou “os negros”, literalmente.
[...] o totemismo, as cosmogonias, a arquitetura, os 
instrumentos musicais, a língua etc. são reminiscências do 
Egito na cultura da África negra. A antiguidade egípcia é, 
para a cultura africana, o que a antiguidade greco-romana 
é para a cultura ocidental.
DIOP, Cheikh Anta. “Origem dos antigos egípcios”. Disponível 
em: <https://bit.ly/2PsLp2y>. Acesso em: 13 nov. 2018. (Adapt.). 
O historiador africanista Cheikh Anta Diop propõe uma 
releitura da história ocidental ao
(A) vincular as produções egípcias às construções e às 
inovações da história africana, de modo que o Egito, 
embora árabe, seja fundamental para o desenvolvimento 
das nações da África negra.
(B) ressaltar que não há relações entre as construções 
egípcias, oriundas de uma civilização negra, e as 
representações greco-romanas, provenientes apenas 
da Europa.
(C) enfatizar a importânciado Egito para a civilização 
africana, por exemplo, com a construção das pólis, 
embora elas tenham sido aprimoradas pelos povos 
gregos.
(D) diminuir a importância dos gregos para a história e res-
saltar a contribuição egípcia, fato manifesto nas cons-
truções, calendários e desenvolvimentos matemáticos 
daquela civilização.
(E) destacar que, embora o cinema, a televisão e muitos 
historiadores tenham construído uma visão de que os 
egípcios eram brancos, as evidências históricas indicam 
uma civilização negra em suas origens.
48 _HIS201810090105
Agesandro, Atenodoro, Polidoro, Morte de Laocoonte e seus filhos, 
século II a.C., Museu Pio Clementino, Vaticano, Itália.
A escultura retrata uma cena da Eneida, de Virgílio: o sa-
cerdote troiano Laocoonte advertiu seus compatriotas 
para não aceitarem o cavalo de madeira entregue pelos 
gregos. Os deuses, contrariados por terem seus planos de 
destruição de Troia frustrados, enviaram duas gigantescas 
ser pentes, que envolveram o sacerdote e seus dois filhos, 
estrangulando toda a família. 
A obra é considerada representante da arte helenística, pois
(A) retrata uma cena da Guerra de Troia, fato ocorrido no 
Período Helenístico, época de expansão de Alexandre, 
o Grande.
(B) evoca um tema nacionalista – uma guerra que, na 
tradição mitológica, foi fundamental para a formação 
da identidade grega.
(C) é caracterizada pela fusão de elementos orientais e oci-
dentais – a escultura representa a expansão ateniense 
deste período. 
(D) ressalta a tensão e o conflito na decorativa e suntuosa 
escultura, o que representa mutações em relação aos 
temas clássicos.
(E) destaca traços fundamentais da escultura clássica, como 
a busca por harmonia, simetria e proporcionalidade.
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Portugal segue caminhos um tanto distintos de outros 
reinos europeus no que diz respeito à formação moderna do 
seu Estado, pois enquanto que em França e em Inglaterra, 
por exemplo, somente podemos [...] afirmar que o Estado se 
configura a partir do século XV, o Estado português já tem 
sua definição no final do século XII.
COSTA, Célio Juvenal. O rei D. João III (1521-1557) e a 
construção da sociedade de Corte em Portugal. Disponível 
em: <https://bit.ly/2odkPdR>. Acesso em: 18 dez. 2018.
Em 1385, com a Revolução de Avis, deu-se início, com 
D. João I (1385-1433), à Dinastia de Avis, que governou Por-
tugal até 1580, quando começou a chamada União Ibérica. 
A centralização precoce do Estado português em relação a 
outras monarquias modernas mencionadas no trecho, pos-
sibilitou a(o)
(A) consolidação da ordem feudal na Península Ibérica.
(B) ruptura entre o Estado feudal e a Igreja Católica.
(C) fortalecimento da camada mercantil junto à monarquia.
(D) consolidação tardia das Grandes Navegações.
(E) união da Coroa portuguesa com a Espanha, por conta 
de laços comerciais.
50 _HIS201810090104
[...] não menos estranho seria fazer do homem feliz um 
solitário, pois ninguém escolheria a posse do mundo inteiro 
sob a condição de viver só, já que o homem é um ser político 
e está em sua natureza o viver em sociedade. 
Aristóteles apud RAMOS, Cesar Augusto. “Aristóteles 
e o sentido político da comunidade ante o liberalismo”. 
In: Kriterion, v. 55, n. 129, Belo Horizonte, jan./jun. 2014. p. 65. 
Sobre a política no mundo grego, assinale a alternativa 
correta.
(A) A democracia, por ser fundamentada no diálogo, foi 
defendida pelos grandes pensadores gregos, como 
Platão e Aristóteles. 
(B) A democracia grega, que vigorou na maior parte da 
história da Grécia Antiga, restringia-se aos homens 
livres e atenienses.
(C) O advento da pólis representa uma valoração, incomum 
no mundo antigo, da palavra como sustentáculo da vida 
social.
(D) A atividade política era restrita, no período da 
democracia ateniense, aos grupos economicamente 
abastados.
(E) A autoridade política, no mundo espartano, residia 
nos dois reis (diarquia e oligarquia), sendo um militar e 
outro religioso.
51 _HIS201810090107
O desenvolvimento comercial formava novas cidades, e 
estas intensificavam o comércio. Uma coisa puxava a outra. 
Uma zona fortificada constituía o burgo, que assegurava a 
defesa. Em breve, o casario (faubourg, falso burgo) ultrapas-
sava a fortaleza. O castelo ou o palácio, símbolos da socie-
dade feudal, estagnaram, enquanto os povoados cresciam 
cheios de vida, já integrados na nova ordem econômica. Ali 
se realizavam as feiras, mercadores armavam tendas, cam-
bistas trocavam moedas, artesãos fabricavam e expunham 
seus produtos.
ARRUDA, José Jobson. História antiga e medieval. 
 São Paulo: Ática, 1977.
O trecho anterior destaca uma importante transformação 
ocorrida ao longo da Baixa Idade Média. Trata-se da(o)
(A) desenvolvimento das primeiras manufaturas, a partir da 
mecanização no campo e do êxodo rural.
(B) desenvolvimento de uma mentalidade voltada à 
retomada da produção agrária, a fim de suprir as 
demandas das vilas e cidades.
(C) desenvolvimento industrial, que suprimiu as atividades 
no campo em detrimento do comércio destinado aos 
feudos.
(D) Renascimento comercial e urbano, retomando a 
importância dos espaços urbanos e a ascensão da 
burguesia.
(E) estagnação da sociedade feudal, o que fez com que os 
senhores feudais não concedessem autorização para a 
existência de cidades em seus domínios.
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52 _HIS201810090102
É muito comum dizer que a Mesopotâmia conheceu as 
primeiras leis da história do homem. Mas, na verdade, os 
“códigos” mesopotâmicos eram muito diferentes das legis-
lações atuais: eles não tinham leis que estabelecessem as 
características de um crime e a pena que deveria ser apli-
cada. Diferentemente, em geral, parecem ser coletâneas de 
sentenças reais, que descreviam uma situação concreta e 
particular e diziam o que deveria acontecer com o acusado. 
Como nesta famosa passagem do “código” de Hamurabi: “se 
um pedreiro construiu uma casa para um homem livre, mas 
não reforçou seu trabalho e a casa que ele construiu caiu e 
matou o dono da casa, então, esse pedreiro será morto”. O 
efeito prático dessas coleções de sentenças reais parece ter 
sido o de servir de modelo para que os funcionários resol-
vessem casos semelhantes [...]. Os “códigos” mais antigos 
foram: o de Ur-Nammu (2112-2095 a.C.), o de Lipit Ishtar 
(1934-1925 a.C.), as leis de Eshuna (fim do século XIX a.C.) e 
o de Hamurabi, rei da Babilônia entre 1792 e 1750 a.C. 
REDE, Marcelo. A Mesopotâmia. São Paulo: 
Saraiva, 2002. p. 38. (Adapt.).
Sobre o chamado Código de Hamurabi, é correto dizer que
(A) foi o primeiro código de leis da história e tem como 
característica fundamental a noção de “olho por olho, 
dente por dente”.
(B) foi um instrumento de poder estatal, posto que as 
ordenações de punição eram fundamentadas em 
determinações régias.
(C) foi elemento chave para a compreensão do que foi o 
absolutismo mesopotâmico, com forte concentração do 
poder nas mãos do rei.
(D) caracterizava-se por ser uma legislação laica, uma vez 
que as ordens derivavam dos reis, e não de sacerdotes 
ou templos antigos.
(E) era baseado em uma noção de justiça restaurativa, 
fundamentada, por sua vez, no diálogo e no acordo 
entre as partes em questão.
53 _HIS201810090109
[...]
Todo o universo imaginário acoplava-se ao novo fato, 
sendo simultaneamente fecundado por ele: os olhos euro-
peus procuravam a confirmação do que já sabiam ante o 
reconhecimento do outro. Em uma época em que ouvir va-
lia mais do que ver, os olhos enxergavam primeiro o que se 
ouvira dizer; tudo quanto se via era filtrado pelos relatos de 
viagens fantásticas, de terras longínquas,de homens mons-
truosos que habitavam os confins do mundo conhecido.
SOUZA, Laura de Mello. O diabo na Terra de Santa Cruz. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1986. p. 21-2.
Considerando o contexto das Grandes Navegações, pode-se 
dizer que o trecho anterior se refere 
(A) a relatos de tentativas de invasão do território brasileiro 
pelas potências europeias que disputavam o controle 
do extrativismo do pau-brasil.
(B) aos relatos, atribuídos à Igreja Católica, da crença em 
narrativas fantásticas que incentivaram as viagens 
marítimas. 
(C) a tentativas de aproximação com os indígenas para que 
recebessem os costumes cristãos por meio de relatos 
fantásticos dos viajantes.
(D) à hegemonia das potências europeias na disputa pelas 
rotas de navegação pelos confins do mundo conhecido.
(E) a narrativas, relatos e pinturas atribuídas a viajantes 
e que destacavam o caráter exótico e fantasioso das 
terras brasileiras.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 18/32
54 _HIS201810090106
[...] As grandes batalhas decisivas tinham sido travadas. 
Heródoto não teve qualquer lembrança pessoal delas, mas 
se viviam ainda suas consequências; elas ainda dominavam 
as relações recíprocas entre o mundo grego. Todas as forças 
de ambas as partes tinham sido ativadas, haviam se con-
frontado e medido forças. A situação do mundo dependia 
dos empreendimentos dos persas contra os gregos, do fra-
casso daqueles e do contra-ataque dos últimos. Esses acon-
tecimentos constituem, então, uma outra parte das notícias 
de Heródoto. Articulá-los à primeira parte e apresentá-los 
em suas conexões era o tema mais digno que se podia en-
contrar: a primeira verdadeira história que foi escrita. Pois a 
história não poderia florescer no exclusivo âmbito interno do 
solo nacional; as nações tornam-se cônscias de si mesmas 
somente mediante seus encontros recíprocos. [...] Heródo-
to é absolutamente justo. Não odeia os bárbaros; de outro 
modo, como poderia descrevê-los?
RANKE, Leopold von. “Heródoto e Tucídides”. In: História 
da historiografia, n. 6, Ouro Preto, mar. 2011. p. 253-4.
O texto apresentado foi escrito por Leopold von Ranke, um 
dos primeiros historiadores do mundo moderno a estudar 
Heródoto, o primeiro historiador do mundo antigo. 
Sobre Heródoto e o texto anterior, assinale a alternativa 
correta.
(A) O livro de Heródoto teve como objeto de estudo as 
Guerras Médicas, conflito prolongado entre a Liga de 
Delos e a Liga do Peloponeso.
(B) Os pensadores gregos acreditavam que os povos 
diferentes são inferiores, o que explica o teor pejorativo 
do termo “bárbaros” para designar estrangeiros.
(C) Um povo, para Ranke, torna-se cônscio de si no 
reconhecimento do outro, o que contribuiu para que 
as Guerras Médicas tivessem sido o primeiro tema dos 
historiadores.
(D) As Guerras Médicas, conflito entre Pérsia e Atenas, 
teve como consequência o imperialismo ateniense, o 
que impediu o desenvolvimento de um conhecimento 
profundo das outras civilizações.
(E) O objeto de estudo para Heródoto são as Guerras 
Púnicas, cuja alteridade e diferença entre civilizações 
proporcionaram a possibilidade de construção de um 
discurso histórico inédito.
55 _HIS201810090111
Daqui em diante se não use das ditas partes do Brasil, de 
modo que se até agora usou em fazer cativos os ditos gen-
tios, nem se possam cativar por modo nem maneira algu-
ma, salvo aqueles que forem tomados em Guerra Justa [...] 
aqueles que costumam saltear os portugueses ou a outros 
gentios para os comerem.
Serafim Leite
AMANTINO, Márcia. “As guerras justas e a escravidão 
indígena em Minas Gerais nos séculos XVIII e XIX”. In: Varia 
história, v. 22, n. 35, Belo Horizonte, jan./jun. 2006. Disponível 
em: <https://bit.ly/2Dmit52>. Acesso em: 14 nov. 2018.
Desde suas primitivas origens, a Igreja Católica aceitou e 
promulgou a escravidão como uma prática institucional que 
se considerava justa, necessária ou inevitável. As Escrituras 
não a condenavam e esse fato facilitou aos cristãos fazerem 
uso dela sem problemas de consciência. 
BADILLO, Jalil Sued. “Igreja e escravidão em Porto Rico no 
século XVI”. In: PINSKY, Jaime et al (Org.). História da América 
através de textos. 5 ed. São Paulo: Contexto, 1994. p. 59-60.
Os trechos anteriores apresentam uma ordem do rei de Por-
tugal, no século XVI, a respeito dos indígenas brasileiros, e a 
posição da Igreja em relação à escravidão. 
Considerando a relação entre portugueses e nativos, no 
início da colonização do território brasileiro,
(A) a Coroa portuguesa, visando à ampliação dos lucros, 
esforçou-se para coibir a escravidão indígena e a 
permitiu, apenas, em casos excepcionais.
(B) a exploração da mão de obra indígena, consentida 
pela Coroa portuguesa e pela Igreja, prevaleceu sobre 
diversas circunstâncias. 
(C) a exploração do trabalho compulsório indígena 
prevaleceu durante todo o Período Colonial sem que 
houvesse resistência.
(D) as características culturais dos indígenas não 
favoreceram a utilização dessa mão de obra, apesar dos 
incentivos da metrópole.
(E) os indígenas travaram grandes guerras contra os 
portugueses e conseguiram, dessa maneira, resistir ao 
regime de escravidão.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 19/32
56 _HIS201810090110
[...]
O capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma 
cadeira, aos pés uma alcatifa por estrado; e bem vestido, 
com um colar de ouro, mui grande, ao pescoço. E Sancho de 
Tovar, e Simão de Miranda, e Nicolau Coelho, e Aires Corrêa, 
e nós outros que aqui na nau com ele íamos, sentados no 
chão, nessa alcatifa. Acenderam-se tochas. E eles entraram. 
Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao capitão; 
nem a alguém. Todavia, um deles fitou o colar do capitão, e 
começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e de-
pois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro 
na terra. E também olhou para um castiçal de prata e assim 
mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal, 
como se lá também houvesse prata! 
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a El Rei D. Manuel. Disponível em: 
<http://www.culturabrasil.org/zip/carta.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2018.
O trecho da carta de Caminha, quando da chegada dos 
portugueses ao território brasileiro, revela 
(A) o fato de os indígenas já produzirem ouro e pedras pre-
ciosas no território brasileiro, conhecimento confirma-
do ao apontarem para o colar do capitão.
(B) uma visão eurocêntrica de se encarar os costumes da 
população nativa ao registrar com juízo de valor como 
os nativos não fizeram a cortesia ao capitão. 
(C) uma visão antropológica de se encarar os costumes da 
população nativa ao notar a maneira respeitosa como 
os indígenas se dirigiram ao capitão. 
(D) uma visão respeitosa e cordial dos costumes indígenas, 
já que os nativos possuíam conhecimento do manuseio 
do ouro e de metais preciosos.
(E) que os portugueses já sabiam que aquelas terras seriam 
ricas em metais preciosos ao deixarem os índios embar-
carem na nau como aliados na busca de ouro.
57 _GEO201810090102
Em um mapa A, a distância em linha reta entre o município 
de São Paulo e o município de Taubaté é de 2 cm e, em um 
mapa B, a distância em linha reta entre os dois municípios 
é de 12 cm. Considere que a distância real entre São Paulo 
e Taubaté, também em linha reta, é de, aproximadamente, 
120 km.
As escalas corretas dos mapa A e B são, respectivamente,
(A) 1 : 600 000 e 1 : 10 000.
(B) 1 : 6 000 000 e 1 : 1 000 000.
(C) 1 : 240 000 e 1 : 120 000.
(D) 1 : 24 000 000 e 1 : 12 000 000.
(E) 1 : 60 000 000 e 1 : 10 000 000.
58 _GEO201810090105 
Segundo a teoria da tectônica de placas e da deriva conti-
nental, existia, há 250 milhões de anos, uma única grandemassa continental, denominada Pangeia. A fragmentação 
da Pangeia deu origem a dois supercontinentes: Laurásia e 
Gondwana. Há cerca de 120 milhões de anos, esses super-
continentes também começaram a se separar.
Sobre o processo de separação da Gondwana, analise as se-
guintes afirmações:
I. Promoveu o surgimento da Austrália, da Antártica e do 
subcontinente indiano.
II. Levou ao afastamento da América do Norte e da Eurásia.
III. Permitiu o aparecimento do Oceano Atlântico e do ar-
quipélago de Cabo Verde.
IV. Deu origem à Groenlândia e ao Oceano Atlântico Norte.
Está correto apenas o que se afirma em
(A) I e III.
(B) I e IV.
(C) II e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 20/32
59 _GEO201810090103
Mapa 1
N 80o
160o 120o 80o 40o
Mapa 1
160o120o80o40o0o
S 
40o
40o
0o
S
N
O L
Mapa 2
160o 120o 80o 40o 160o120o80o40o
40o
60o
40o
20o
20o
60o
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S
N
O L
Mapa 2
N 80o
160o 120o 80o 40o
Mapa 1
160o120o80o40o0o
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Mapa 2
160o 120o 80o 40o 160o120o80o40o
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0o
S
N
O L
A partir da análise dos mapas, avalie as seguintes afirmações:
I. Ambos os mapas foram construídos por meio de projeções cilíndricas e equivalentes e apresentam poucas distorções nas 
áreas representadas.
II. O mapa 1 foi construído por meio de uma projeção conforme, por isso conserva os contornos das áreas representadas.
III. O mapa 2 ficou conhecido como projeção de Peters, que é cilíndrica equivalente, pois mantém a proporcionalidade entre 
as áreas reais e as áreas representadas.
Está correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 21/32
60 _GEO201810090104
1
2
A B
C
Meteorização e erosão
Deposição em
oceanos e continentes
Sedimentos
Rochas
Rochas
Rochas
Magma
Litificação
Aumento de
pressão e temperatura
Aumento de
pressão e temperatura
Soerguimento
Soerguimento
Soerguimento
P
re
ss
ão
 e
 te
m
pe
ra
tu
ra
 c
re
sc
en
te
s
Assinale a alternativa que preenche corretamente o diagrama anterior para os tipos de rocha (A, B e C) e os processos (1 e 2), 
respectivamente.
(A) Sedimentares, magmáticas, metamórficas, arrefecimento, intemperismo.
(B) Magmáticas, sedimentares, metamórficas, sedimentação, erosão.
(C) Metamórficas, sedimentares, magmáticas, sedimentação, erosão.
(D) Sedimentares, metamórficas, magmáticas, fusão, arrefecimento.
(E) Magmáticas, sedimentares, metamórficas, fusão, arrefecimento.
61 _GEO201810090109
Desde os anos 1980, a política econômica que ficou conhecida como neoliberalismo vem sendo adotada pela maioria dos 
governos nacionais e amplamente defendida pelo mercado.
Sobre esse modelo de política econômica, é correto afirmar que ele 
(A) é contrário à austeridade fiscal, por isso defende o corte de investimentos sociais e a desregulamentação da economia.
(B) foi largamente adotado na América Latina nos anos 1990, após a realização do Consenso de Washington.
(C) defende uma maior regulamentação da economia para que sejam evitadas crises financeiras globais.
(D) defende o processo de privatizações de empresas e a ampla garantia do Estado de bem-estar social.
(E) colabora para a menor participação do capital transnacional nas economias nacionais.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 22/32
62 _GEO201810090106
O fragmento a seguir foi extraído do clássico A volta ao 
mundo em 80 dias, escrito por Júlio Verne e lançado em 
1873. A obra relata a tentativa do cavaleiro Phileas Fogg e 
seu criado, Passepartout, de circum-navegar o globo terres-
tre, partindo e retornando a Londres, em 80 dias. 
 — É, é, é, é! exclamou Passepartout. Enganou-se em um 
dia! Chegamos vinte e quatro horas antes... mas não restam 
mais que dez minutos!... [...]
Phileas Fogg tinha completado a volta ao mundo em 
oitenta dias!... 
Phileas Fogg tinha ganhado sua aposta de vinte mil 
libras! 
E agora, como é que um homem tão exato, tão meticulo-
so, tinha podido cometer este erro de dia? Como se acredita-
va no sábado à noite, 21 de dezembro, ao desembarcar em 
Londres, quando estava na sexta, 20 de dezembro, setenta e 
nove dias somente após sua partida?
VERNE, Júlio. A volta ao mundo em 80 dias. Disponível em: 
<http://www.ebc.com.br/sites/_portalebc2014/files/atoms/files/-a_volta_
ao_mundo_em_80_dias_-_julio_verne.pdf>. Acesso em: 18 dez. 2018.
No fragmento, os personagens da famosa obra de Júlio Ver-
ne se surpreendem ao descobrir que havia uma divergência 
entre a contagem de dias que fizeram e a data oficial em 
Londres. Essa divergência permitiu a Fogg vencer a aposta, 
que era a de concluir a viagem dentro de 80 dias. A diver-
gência ocorreu porque a viagem ocorreu no sentido
(A) oeste para leste e, ao atravessar a LID (Linha Internacio-
nal da Data), Phileas Fogg perdeu um dia.
(B) leste para oeste e, ao atravessar a LID (Linha Internacio-
nal da Data), Phileas Fogg ganhou um dia.
(C) leste para oeste e, ao atravessar o Meridiano de 
Greenwich, Phileas Fogg ganhou um dia.
(D) oeste para leste (mesmo sentido de rotação da Terra); 
para Phileas Fogg, os dias diminuíam quatro minutos a 
cada grau de longitude percorrida.
(E) oeste para leste (sentido oposto ao de rotação da Terra); 
para Phileas Fogg, os dias diminuíam quatro minutos a 
cada grau de latitude percorrida.
63 _GEO201810090108
Acesso à infraestrutura e serviços 
em países em desenvolvimento
100
80
60
40
20
0
1990 1995
P
or
ce
nt
ag
em
 d
a 
po
pu
la
çã
o
2000 2005 2010 2015
Serviços melhorados de
abastecimento de água
Telefones móveis
Internet
Banda larga móvel
Eletricidade
Educação secundária
Saneamento melhorado
Fonte: Banco Mundial (2016). Informe sobre el desarrollo 
mundial 2016: Dividendos digitales, cuadernillo del “Panorama 
general”. Banco Mundial: Washington DC. p. 6.
Apesar dos avanços do acesso aos serviços de infraes-
trutura e comunicação, conforme observado no gráfico, há 
ainda países com dificuldade de ampliar este acesso: como 
países da África, com 73%, em comparação a 98% dos paí-
ses de alta renda. Mas a adoção da internet ainda está con-
sideravelmente atrasada em muitos desses países: apenas 
31% da população teve acesso a essa tecnologia em 2014. E 
China e EUA lideram. 
Relatório do Banco Mundial 2016. (Adapt.)
Com base no gráfico e no que é dito no texto sobre a distri-
buição dos sistemas técnicos pelo globo, é correto afirmar 
que
(A) os novos serviços e tecnologias de telecomunicações 
já estão amplamente disseminados por todos os países 
em desenvolvimento.
(B) os novos serviços e tecnologias de telecomunicações 
apresentam uma distribuição equitativa pelo globo na 
atualidade.
(C) os Estados Unidos, por serem a primeira economia do 
mundo, possuem o maior número de usuários de internet; 
a China aparece em segundo.
(D) o acesso à eletricidade e ao abastecimento de água 
supera o acesso à telefonia móvel nos países em 
desenvolvimento .
(E) regiões como a África Subsaariana apresentam menor 
penetração da telefonia móvel e da internet apesar dos 
recentes avanços.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 23/32
64 _GEO201810090111
A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) diz respeito ao 
papel dos países no processo produtivo global dentro do 
sistema capitalista. Por meio dessa divisão, os paísesforam 
organizados em países centrais e países periféricos.
Sobre a histórica configuração da Divisão Internacional do 
Trabalho (DIT), é correto afirmar que
(A) os países centrais sempre foram importantes exporta-
dores de commodities e manufaturados.
(B) a DIT se mantém inalterada desde o início da internacio-
nalização do capitalismo no século XV.
(C) o Brasil, a partir dos anos 2000, vem apresentando a re-
primarização da sua pauta de exportações.
(D) os países centrais enviam royalties para os países peri-
féricos em troca da aquisição tecnológica na atual DIT.
(E) não é possível estabelecer uma DIT por conta da atual 
complexidade do processo de globalização.
65 _GEO201810090107
Paisagem e espaço não são sinônimos. A paisagem é o 
conjunto de formas num dado momento, exprimem as he-
ranças que representam as sucessivas relações localizadas 
entre homem e natureza. O espaço são as formas mais a 
vida que as anima.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço. 
Hucitec: São Paulo, 1999. p. 83.
Sobre os conceitos citados anteriormente, é correto afirmar 
que
(A) o espaço geográfico é produto da ação humana media-
da pela técnica; ele é resultado de um acúmulo desigual 
de tempos, pois contém objetos criados em diferentes 
períodos históricos.
(B) o espaço geográfico apresenta rugosidades, ou seja, 
fragmentos de paisagens herdados de outras épocas, 
construídos com finalidades que nunca se alteram ao 
longo do tempo.
(C) a paisagem é aquilo que pode ser visto, ouvido, cheira-
do ou sentido; apesar de mutável ao longo do tempo, 
ela sempre é apreendida de forma idêntica por qual-
quer observador.
(D) a paisagem é a aparência e a essência da realidade, por 
isso a simples comparação entre paisagens permite a 
compreensão da dinâmica do espaço geográfico. 
(E) as técnicas mais avançadas e os grandes objetos e sis-
temas técnicos, na atual configuração do espaço geo-
gráfico, restringem-se às cidades, pois no campo não há 
sistemas artificiais.
66 _GEO201810090101
Visão topocêntrica para o nascer do Sol 
para um lugar tropical do Hemisfério Sul da Terra 
N S
O
L
Z
23,5
° E
quador celeste
M
eridiano do lugar
O
 
A partir da análise da figura anterior, a respeito do 
movimento anual aparente do Sol, é correto afirmar que,
(A) em qualquer local situado na faixa intertropical do globo, 
o Sol cruza o pino duas vezes por ano, nos equinócios de 
primavera e de outono. 
(B) em qualquer local situado na faixa intertropical do globo, 
o Sol cruza o pino duas vezes por ano, nos equinócios de 
verão e de inverno.
(C) em um local situado no equador terrestre, o Sol cruza o 
pino duas vezes por ano, nos solstícios de primavera e 
de outono.
(D) nos locais situados exatamente nos trópicos, o Sol cruza 
o pino somente uma vez, no solstício de verão.
(E) nos locais situados exatamente nos trópicos, o Sol cruza 
o pino somente uma vez, no solstício de inverno.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 24/32
67 _GEO201810090110
O excerto a seguir analisa aspectos da globalização econô-
mica no contexto do final do século XX.
Os maiores bancos e corretoras do mundo são credores e 
especuladores institucionais. No presente contexto, eles con-
tribuem (com seus ataques especulativos) para desestabili-
zar as moedas nacionais e, com isso, aumentar o volume das 
dívidas em dólar. Em seguida, reaparecem como credores 
com vista a cobrar essas dívidas. Finalmente são convidados 
a participar, na qualidade de “conselheiros políticos” ou de 
consultores nos “programas de falências” patrocinados pelo 
FMI, dos quais são beneficiários últimos. 
CHOSSUDOVSKY, Michel. A globalização da pobreza. 
 São Paulo: Moderna, 1999. p. 292.
Considerando o que foi exposto anteriormente, é correto 
afirmar que a globalização econômica
(A) enfatiza o papel do FMI como protetor das economias 
nacionais e defensor dos interesses dos devedores.
(B) reforça o papel das Bolsas de Valores e do FMI na 
solução das crises financeiras globais e nacionais.
(C) dificulta a participação das grandes instituições 
financeiras como indutoras das crises financeiras 
nacionais.
(D) coloca as principais indústrias transnacionais como as 
grandes controladoras das crises financeiras globais.
(E) torna as economias nacionais mais vulneráveis a movi-
mentos especulativos e reféns de grandes instituições 
financeiras.
Texto para as questões 68 e 69
Que importava murmurar com correção o terço diante 
de Nossa Senhora do Rosário? Diante de Nossa Senhora em 
todas as suas encarnações, e bem em evidência para como-
ver a Titi, eu devia mostrar habilmente uma alma ardendo 
em labaredas de amor beato, e um corpo pisado, penitente, 
ferido pelos picos dos cilícios... Até aí a Titi podia dizer com 
aprovação: “É exemplar”. Era-me preciso, para herdar, que 
ela exclamasse um dia, babada, de mãos postas: “É santo!”.
Sim! Eu devia identificar-me tanto com as coisas eclesiás-
ticas e submergir-me nelas de tal sorte, que a Titi, pouco a 
pouco, não pudesse distinguir-me claramente desse conjun-
to rançoso de cruzes, imagens, ripanços, opas, tochas, benti-
nhos, palmitos, andores, que era para ela a religião e o céu; 
e tomasse a minha voz pelo santo ciciar dos latins de missa; 
e a minha sobrecasaca preta lhe parecesse já salpicada de 
estrelas, e diáfana como a túnica de bem-aventurança. En-
tão, evidentemente, ela testaria em meu favor – certa de 
que testava em favor de Cristo e da sua doce Madre Igreja. 
QUEIRÓS, Eça de. A relíquia. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. p. 84.
68 _POR201810090113
Teodorico Raposo, narrador do romance A relíquia, de Eça 
de Queirós, é um homem libidinoso que se faz de devoto 
para receber da católica tia Titi uma herança vultosa.
O vocábulo ou expressão do texto anterior em que se revela 
explicitamente que, embora conheça bem o universo sim-
bólico da Igreja Católica, pelo qual circula com desenvoltu-
ra, Raposo tem o firme propósito de escarnecê-lo é
(A) “encarnações” (L. 3).
(B) “labaredas de amor beato” (L. 5).
(C) “coisas eclesiásticas” (L. 9-10).
(D) “rançoso” (L. 12).
(E) “túnica de bem-aventurança” (L. 16).
69 _POR201810090114
Releia o seguinte trecho do segundo parágrafo:
“Eu devia identificar-me tanto com as coisas eclesiásticas e 
submergir-me nelas de tal sorte, que a Titi, pouco a pouco, 
não pudesse distinguir-me claramente desse conjunto ran-
çoso de cruzes [...].”
A respeito dos termos destacados, assinale a alternativa 
correta.
(A) Os termos “tanto” e “de tal sorte” podem ser, respecti-
vamente, substituídos por “não só” e “de maneira tal”.
(B) Os termos “tanto” e “de tal sorte” podem ser, respecti-
vamente, substituídos por “muito” e “com tanta sorte”.
(C) Os termos “tanto” e “de tal sorte” compõem uma ca-
deia semântica que se articula à conjunção “que”.
(D) Os termos “tanto” e “de tal sorte” compõem antítese 
expressa mais claramente na expressão “conjunto ran-
çoso de cruzes”.
(E) O valor semântico dos termos “tanto” e “de tal sorte” é 
equivalente ao da expressão “pouco a pouco”.5
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CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 25/32
Texto para as questões de 70 a 72
Em 28 de junho de 1992, o presidente Mitterrand, da 
França, apareceu de forma súbita, não anunciada e ines-
perada em Sarajevo, que já era o centro de uma guerra 
balcânica que iria custar cerca de 150 mil vidas no decor-
rer daquele ano. Seu objetivo era lembrar à opinião pública 
mundial a gravidade da crise bósnia. E, de fato, foi muito 
observada e admirada a presença do conhecido estadista – 
idoso e visivelmente frágil sob o fogo das armas portáteis e 
da artilharia. Um aspecto da visita de Mitterrand, contudo, 
embora claramente fundamental, passou despercebido: a 
data. Por que o presidenteda França escolhera aquele dia 
específico para ir a Sarajevo? Porque 28 de junho era o ani-
versário do assassinato, em Sarajevo, em 1914, do arquidu-
que Francisco Ferdinando da Áustria-Hungria, ato que em 
poucas semanas levou à eclosão da Primeira Guerra Mun-
dial. Para qualquer europeu culto da geração de Mitterrand, 
saltava aos olhos a ligação entre data e lugar e a evocação 
de uma catástrofe histórica precipitada por um erro político 
e de cálculo. Que melhor maneira de dramatizar as impli-
cações potenciais da crise bósnia que escolhendo uma data 
assim tão simbólica? Mas quase ninguém captou a alusão, 
exceto uns poucos historiadores profissionais e cidadãos 
muito idosos. A memória histórica já não estava viva. 
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX 
(1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
70 _POR201810090101
De acordo com o texto anterior, a visita do presidente fran-
cês Mitterrand à Bósnia
(A) pode ser considerada um sucesso, pois a alusão ao fato 
histórico que culminou com o início da Primeira Guerra 
Mundial foi percebida pelos cidadãos bósnios.
(B) possuía uma fundamentação histórica, visto que a data 
de sua viagem era concomitante ao aniversário de Fran-
cisco Ferdinando, assassinado em Sarajevo.
(C) não contribuiu expressivamente para a história daquele 
país, uma vez que essa visita de Mitterrand à Bósnia foi 
mal calculada politicamente.
(D) é, embora não tenha sido completamente compreendi-
da pelo povo, um marco para a história, sobretudo pelo 
contraste da imagem de um homem frágil em um terri-
tório conflituoso.
(E) confirma a tese de que, apesar de terem ocorrido em 
um mesmo século, os conflitos bósnios e a Primeira 
Guerra Mundial não permanecem na memória do povo.
71 _POR201812140101
Analise as seguintes afirmações a respeito do texto 
apresentado:
I. O trecho “E, de fato, foi muito observada e admirada 
a presença do conhecido estadista” pode ser reescrito, 
sem alteração do sentido original, como “E a presença 
do conhecido estadista foi, de fato, muito observada e 
admirada”.
II. Os advérbios “contudo”, “embora” e “mas”, sublinhados 
no excerto, foram usados para garantir a progressão es-
trutural do texto e introduzem oposições lógicas conces-
sivas de valor idêntico.
III. As perguntas usadas pelo autor promovem o encadea-
mento de ideias no texto, tornando-o mais didático e de 
fácil compreensão.
É correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
72 _POR201812140102
Ao restringir a percepção do acontecimento histórico co-
mentado no texto, o autor deixa implícito que
(A) as gerações mais jovens de bósnios possuem um conhe-
cimento insipiente de sua própria história.
(B) os europeus dispõem de boa formação cultural e são 
considerados eruditos, embora muitos não reconheçam 
sua própria história.
(C) a visita do presidente da França à Bósnia pode ser consi-
derada um insucesso, pois houve falta de planejamento 
na divulgação da data em que ocorreria.
(D) a figura do presidente idoso e frágil era um contraste 
com o clima acirrado da época, motivo pelo qual sua 
visita não foi notada pelo público.
(E) a alusão não foi percebida por grande parte da popula-
ção porque marcava um evento específico e de impor-
tância regional na história da Áustria-Hungria.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019 PAG 26/32
Texto para as questões 73 e 74
LAERTE. Disponível em: <https://goo.gl/Ez2udm>. Acesso em: 28 dez. 2018.
73 _POR201812280101
A análise dos recursos verbais e não verbais da tirinha permite afirmar que a(o)
(A) medida sugerida no primeiro quadrinho obteve a adesão do público, formado por pessoas pobres.
(B) representação do público indica uma formação heterogênea das classes mais ricas do país.
(C) antítese contribui para a crítica porque apenas um dos grupos citados por ela participa da cena.
(D) palestrante recorre à ironia no discurso, rechaçando a adesão do público.
(E) reação contida da plateia ilustra uma adesão parcial do grupo ao discurso do palestrante.
74 _POR201812280102
Em “Um pensamento deveras fecundo!”, o vocábulo sublinhado apresenta valor de
(A) ironia.
(B) ênfase.
(C) negação.
(D) consequência.
(E) oposição.
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CICLO 1 – FUVEST – 2019PAG 27/32
Texto para as questões de 75 a 77
A venda do bezerro, por exemplo, transação árdua e lan-
gorosa, que eu tivera o infortúnio de testemunhar. Havia um 
novilho em ponto de ser amansado para carro, e meu tio 
Emílio, que queria vender o novilho, e ainda outro fazendei-
ro, tio de qualquer outra pessoa, que precisava de comprar 
o novilho duas vezes aludido. E, pois, a coisa começou de 
manhã. O tal outro fazendeiro amigo chegou e disse que “ia 
passando, de caminho para o arraial, e não quis deixar de 
fazer uma visitinha, para perguntar pela saúde de todos”... 
Sentaram-se os dois, no banco da varanda. 
Tio Emílio sabia que o homem tinha vindo expresso para 
entabular negócio. E, como o novilho era mesmo bonito, ele 
saiu um pouco, “para encomendar um cafezinho lá dentro”... 
e ordenou que campeassem o boieco e o trouxessem, discre-
tamente, junto com os outros, para o curral. Em seguida, 
voltou a atender o “visitante”. E mui molemente, tal como 
sói fazer a natureza, levou o assunto para os touros, e dos 
touros para as vacas, e das vacas aos bezerros, e dos bezer-
ros aos garraios. Aí, “por falar em novilhos”, se lembrou de 
que estava com falta dos ditos: tinha alguns, mas precisava 
de reformar as juntas dos carros... E até sentia pena, porque 
os poucos que possuía eram muito bem enraçados, primei-
ra cruza de zebu gyr, cada qual melhor para reprodutor... 
Mentira pura, porquanto ele tinha mas era um excesso de 
bezerros curraleiros, tão vagabundos quanto abundantes.
Aí, o outro contramentiu, dizendo que, felizmente, na 
ocasião, não tinha falta de bezerros. 
Eu saí, andei, virei, mexi, e, quando voltei, duas horas 
depois, as negociações estavam quase que no mesmo pé em 
que eu as deixara.
Depois do almoço, idem. Pouco antes do jantar, ainda. 
Iam e vinham, na conversa mole, com intervalos de silêncio 
tabaqueado e diversões estratégicas por temas mui outros. 
[...]
E o homem foi embora. E meu tio visitou o homem, dali 
a dois dias. E o homem voltou à fazenda do meu tio. E, no 
fim do mês, o vitelo foi vendido e comprado, sendo que, por 
pouco mais, teria chegado a velho boi.
ROSA, João Guimarães. “Minha gente”. Sagarana. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017. p. 181-2.
5
10
15
20
25
30
35
75 _POR201810090117
Considere as seguintes afirmações a respeito do texto 
anterior.
I. Na frase “Em seguida, voltou a atender o ‘visitante’” 
(L. 15-16), o uso das aspas para isolar “visitante” revela 
que, no texto, essa palavra não assume seu sentido usual.
II. O sentido da frase “‘por falar em novilhos’” (L. 19) e o 
contexto em que ela se insere revelam um subterfúgio 
utilizado pelo tio do narrador para vender o novilho.
III. Na estrutura morfológica da forma verbal “contramen-
tiu” (L. 26), manifesta-se uma artimanha do amigo do tio 
do narrador para comprar o novilho.
IV. O narrador constrói uma cadeia semântica composta de 
sinônimos referentes ao animal que será vendido: bezer-
ro, novilho, boieco e garraio. Na estrutura morfológica 
de “boieco” (L. 14), manifesta-se o desprezo do narrador 
pelo animal.
Está correto apenas o que se afirma em
(A) I, II e IV.
(B) I, III e IV.
(C) I e II.
(D) II, III e IV.
(E) I, II e III.
76 _POR201810090119
Assinale a alternativa em cujo trecho destacado se manifes-
ta a percepção do narrador de que o convívio na sociedade 
rural sertaneja transcende a dinâmica das trocas materiais 
típicas da sociedade moderna.

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