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Direito Processual Civil - Procurador da Prefeitura 17 03 17 - CURSO COMPLETO

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Professor	Gustavo	Faria	 	 	 	 	 	 	Rafael	Barreto	Ramos	
										Curso	PROLABORE	 	 	 	 	 	 	 	 2017	
1	
	
CURSO	PROCURADOR	DA	PREFEITURA	DE	BELO	HORIZONTE	
Direito	Processual	Civil	(Novo	CPC)	
	
Professor:	Gustavo	Faria	
	
05/01/17	
Ø Considerações	iniciais	
-	Geralmente,	as	questões	referem-se	à	letra	da	Lei.	
-	Todavia,	nos	pontos	em	que	é	mera	repetição	do	antigo	CPC,	há	questões	com	análises	mais	
profundas.	
-	Conferir	se	o	Código	do	Novo	CPC	está	atualizado	com	a	Lei	13.256/16.	
Ø Bibliografia	recomendada	
-	CPC	Comentado	–	Tereza	Wambier	(interpretação	mais	rasteira);	
-	Manual	–	Volume	Único	–	Daniel	Assumpção	Amorim	(um	pouco	mais	aprofundado);	
-	Coleção	–	Fredie	Didier	(ideal,	mas	exige	mais	tempo).	
Ø Estrutura	CPC	
CPC/73	 CPC/15	
I	–	Processo	de	conhecimento	
II	–	Processo	de	execução	
III	 –	 Processo	 cautelar	 (Extinto	 -	 passou	 para	 o	
capítulo	das	tutelas	provisórias	–	A.5)		
IV	 –	 Procedimentos	 especiais	 (realocado	 para	 o	
capítulo	de	processo	de	conhecimento	–	B1)	
V	–	Disposições	finais/transitórias	
A	–	Parte	geral:	
A.1	–	Normas	processuais	(arts.	1º	a	12);	
Princípios,	etc.	
A.2	–	Função	jurisdicional	
Direito	 intertemporal,	 competência,	 colaboração	
nacional	e	internacional,	etc.	
A.3	–	Sujeitos	processuais	
Capacidade,	 deveres	 e	 responsabilidade	 das	
partes,	 litisconsórcio,	 intervenção	 de	 terceiros,	
etc.	
A.4	–	Atos	processuais	
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Normas	 de	 teoria	 geral	 do	 processo,	 citação,	
intimação,	 nulidades,	 prazos,	 tempo,	 lugar	 dos	
atos,	cartas,	etc.	
A.5	Tutelas	provisórias	(CAI)	(arts.	294	
a	311)	
A.6	–	Formação/suspensão/extinção	do	processo	
B	–	Parte	especial	
B.1	–	Processo	de	conhecimento		+	cumprimento	
de	sentença	
Petição	 inicial,	 posturas	 do	 juiz,	 defesa,	
saneamento,	 provas,	 sentença	 e	 coisa	 julgada,	
liquidação	da	sentença,	etc.	
B.2	–	Processo	de	Execução	
Penhora,	títulos	extrajudiciais.	
B.3	–	Processos	nos	tribunais	+	recursos	
Incidentes,	ação	rescisória,	etc.	
+	Livro	complementar	
Normas	de	direito	intertemporal,	etc.	
	
 Direito	intertemporal	e	o	Novo	CPC	
1.	Tempus	Regit	Actum	(art.	14	c/c	art.	1.026	–	NCPC)	
O	ato	processual	deverá	ser	praticado	de	acordo	com	a	lei	do	seu	tempo.	
Pratica-se	um	ato	processual	de	acordo	com	a	lei	vigente	à	época.	
-	NOVA	NORMA	NÃO	RETROAGE	
Não	retroagirá	aos	atos	jurídicos	perfeitos.	
-	NOVA	NORMA	TEM	APLICABILIDADE	IMEDIATA	PARA	PROCESSOS	PENDENTES1	
E	FUTUROS2	
(1)	Teoria	do	isolamento	dos	atos:	Quanto	aos	processos	PENDENTES,	respeitam-se	os	atos	já	praticados.	
Ou	seja,	a	lei	nova	não	pode	atingir	os	atos	já	praticados,	contudo	os	atos	futuros	serão	praticados	com	a	
regência	do	novo	código.	
(2)	Processos	futuros:	Quanto	aos	processos	FUTUROS,	AINDA	QUE	RELACIONADOS	A	FATOS	PRETÉRITOS.	
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Art.	14	-	CPC.		A	norma	processual	não	retroagirá	e	será	aplicável	imediatamente	aos	processos	em	curso,	
respeitados	os	atos	processuais	praticados	e	as	situações	jurídicas	consolidadas	sob	a	vigência	da	norma	
revogada.	
Art.	1.046	-	CPC.		Ao	entrar	em	vigor	este	Código,	suas	disposições	se	aplicarão	desde	logo	aos	processos	
pendentes,	ficando	revogada	a	Lei	no	5.869,	de	11	de	janeiro	de	1973.	
§	1o	As	disposições	da	Lei	nº	5.869,	de	11	de	janeiro	de	1973,	relativas	ao	procedimento	sumário	e	aos	
procedimentos	especiais	que	forem	revogadas	aplicar-se-ão	às	ações	propostas	e	não	sentenciadas	até	o	
início	da	vigência	deste	Código.	
§	2o	Permanecem	em	vigor	as	disposições	especiais	dos	procedimentos	regulados	em	outras	leis,	aos	quais	
se	aplicará	supletivamente	este	Código.	
§	3o	Os	processos	mencionados	no	art.	1.218	da	Lei	nº	5.869,	de	11	de	janeiro	de	1973,	cujo	procedimento	
ainda	não	tenha	sido	incorporado	por	lei	submetem-se	ao	procedimento	comum	previsto	neste	Código.		
§	4o	As	remissões	a	disposições	do	Código	de	Processo	Civil	revogado,	existentes	em	outras	leis,	passam	
a	referir-se	às	que	lhes	são	correspondentes	neste	Código.	
§	5o	A	primeira	 lista	de	processos	para	 julgamento	em	ordem	cronológica	observará	a	antiguidade	da	
distribuição	entre	os	já	conclusos	na	data	da	entrada	em	vigor	deste	Código.	
2.	Ultratividade	das	normas	revogadas	(art.	1.046,	§1º	-	NCPC)	
2.1.	Procedimentos	sumário/especiais	
As	 leis	 revogadas,	 em	 alguns	 casos,	 são	 “mortos-vivos”,	 ou	 seja,	 estão	 vivas	 para	 algumas	
situações.	
O	CPC	de	76	continua	vigente	para	ações	de	procedimento	sumário/especiais	iniciadas	até	17	
de	março	de	2016.	
Não	há	mais	procedimento	sumário	no	Novo	CPC,	nem	mesmo	alguns	procedimentos	especiais,	
entretanto,	aquelas	ações	de	procedimento	sumário/especiais,	 iniciadas	até	um	dia	antes	da	
entrada	de	vigor	do	Novo	CPC.	
As	normas	revogadas	possuem	ultratividade	nas	ações	ajuizadas	até	17	de	março	de	2016	ATÉ	
O	PROFERIMENTO	DA	SENTENÇA.	
Até	a	sentença	–	código	velho;	
Após	a	sentença	–	código	novo.	
2.2.	Processos	cautelares	-	DOUTRINA	
A	doutrina	entende	que	a	 regra	explicitada	no	 item	supra	 também	se	aplica	aos	PROCESSOS	
CAUTELARES	iniciados	até	17	de	março	de	2016.	
	
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Enunciado	568	-	FPPC	
568.	 (art.	 1046,	 §1o).	 As	 disposições	 do	 CPC-1973	 relativas	 aos	 procedimentos	 cautelares	 que	 forem	
revogadas	 aplicar-se-ão	 às	 ações	 propostas	 e	 não	 sentenciadas	 até	 o	 início	 da	 vigência	 do	 CPC/2015.	
(Grupo:	Direito	Intertemporal)	
Art.	1.046	-	CPC.		Ao	entrar	em	vigor	este	Código,	suas	disposições	se	aplicarão	desde	logo	aos	processos	
pendentes,	ficando	revogada	a	Lei	no	5.869,	de	11	de	janeiro	de	1973.	
§	1o	As	disposições	da	Lei	nº	5.869,	de	11	de	janeiro	de	1973,	relativas	ao	procedimento	sumário	e	aos	
procedimentos	especiais	que	forem	revogadas	aplicar-se-ão	às	ações	propostas	e	não	sentenciadas	até	o	
início	da	vigência	deste	Código.	
3.	Direito	intertemporal	e	provas	(art.	1.047	–	NCPC)	
Provas	requeridas/determinadas	de	ofício	na	vigência	do	CPC/73	seguem	o	CPC/73	
Provas	requeridas/determinadas	de	ofício	na	vigência	do	NOVO	CPC	seguem	o	CPC/15.	
Ex.	Autor	requereu	prova	testemunhal	em	outubro	de	2015	(vigência	do	Código	Antigo).	
Juiz	defere	essa	prova	em	maio	de	2016	(vigência	do	Código	Novo).	
Produzida	em	outubro	de	2016	SOB	A	VIGÊNCIA	DO	CÓDIGO	VELHO,	 tendo	em	vista	a	 regra	
prevista	no	art.	1.047	–	NCPC.	
O	procurador	somente	deve	intimar	a	testemunha	quando	a	prova	for	requerida	após	a	vigência	
do	CPC/15.	
Art.	 1.047	 -	NCPC.	 	 As	 disposições	de	direito	probatório	 adotadas	neste	Código	 aplicam-se	 apenas	 às	
provas	requeridas	ou	determinadas	de	ofício	a	partir	da	data	de	início	de	sua	vigência.	
IMPORTANTE:	
O	QUE	VALE	É	A	DATA	DO	REQUERIMENTO,	e	não	a	data	do	deferimento	ou	produção	da	prova.	
4.	Direito	intertemporal	e	recursos	(STJ-RESP	1.132.774/2010)	
A	lei	vigente	à	época	da	PUBLICAÇÃO	DA	DECISÃO	QUE	SE	PRETENDE	REFORMAR	
Cabimento	e	admissibilidade	do	recurso	são	definidos	pela	data	da	publicação	da	
decisão1	que	se	quer	atacar.	
(1)	Publicação	da	decisão:		
(1.1)	Decisões	de	1ª	instância:	consideram-se	publicadas:	
a)	com	a	JUNTADA	AOS	AUTOS	quando	tiver	sido	PROFERIDA	EM	GABINETE;	
b)	na	DATA	DA	AUDIÊNCIA	se	PROFERIDA	NA	ASSENTADA.	
Ex.	15	de	março	de	2016	–	juntada	aos	autos	decisão	interlocutória	referente	ao	indeferimento	de	prova.	
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30	de	maio	de	2016	–	órgão	oficial	intima	as	partes.	
Réu	apela	com	preliminar	referente	à	decisão	interlocutória.	
Neste	caso,	a	preliminar	não	será	acolhida,	posto	que	a	decisão	foi	publicada	com	a	vigência	do	código	
antigo.	
Assim,	dever-se-ia	interpor	agravo	retido.		
(1.2)	Decisões	Colegiadas	dos	tribunais:	consideram-se	publicadasna	data	da	sessão.	
Ex.	Sessão	em	15	de	março	de	2016	julgou	apelação	por	2	a	1.	
30	de	maio	de	2016,	intimação	do	acórdão.	
O	 advogado,	 considerando	 a	 extinção	 dos	 embargos	 infringentes,	 interpõe	 os	 próximos	 recursos	
(RE/RESP).	
O	tribunal	superior,	então,	não	conhece	do	recurso,	uma	vez	não	interpostos	os	embargos	infringentes.	
Assim,	dever-se-ia	embargos	infringentes.	
IMPORTANTE:	
O	prazo	para	 interposição	do	 recurso	começa	a	contar	da	data	da	publicação	da	decisão	em	
órgão	oficial.	
A	data	da	juntada	é	irrelevante	para	fins	da	contagem	do	prazo,	sendo	relevante	somente	para	
saber	qual	lei	irá	ser	aplicada.		
Nota:	
O	NCPC	excluiu	diversas	hipóteses	de	interposição	de	agravo	de	instrumento.		
Porém,	na	prática	este	recurso	foi	substituído	pelo	mandado	de	segurança.	
Art.	346	-	NCPC.		Os	prazos	contra	o	revel	que	não	tenha	patrono	nos	autos	fluirão	da	data	de	publicação	
do	ato	decisório	no	órgão	oficial.	
Parágrafo	único.		O	revel	poderá	intervir	no	processo	em	qualquer	fase,	recebendo-o	no	estado	em	que	
se	encontrar.	
Art.	1.049	-	NCPC.		Sempre	que	a	lei	remeter	a	procedimento	previsto	na	lei	processual	sem	especificá-lo,	
será	observado	o	procedimento	comum	previsto	neste	Código.	
Parágrafo	único.		Na	hipótese	de	a	lei	remeter	ao	procedimento	sumário,	será	observado	o	procedimento	
comum	previsto	neste	Código,	com	as	modificações	previstas	na	própria	lei	especial,	se	houver.	
	 	
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 Processo	de	conhecimento	
-	Procedimento	comum	(art.	318	e	seguintes)	“Petição	inicial	à	coisa	julgada”	
-	Procedimento	especial.	
IMPORTANTE:	
Não	há	mais	procedimento	ordinário,	uma	vez	que	o	Novo	Código		
Ø Procedimento	comum	
1.	Petição	inicial	
1.1.	Formação	do	processo	-	PROTOCOLO	
A	petição	inicial,	quando	“protocolada1”,	faz	considerar	formado	o	processo.	
(1)	 Protocolar	 ou	 protocolizar:	 Protocolar	 foi	 o	 termo	 utilizado	 pelo	 STJ,	 contudo	 pode-se	 utilizar	
protocolizar.	
Não	é	o	despacho	(comarca	de	uma	vara)	ou	distribuição	(comarcadas	de	mais	de	uma	vara),	tal	
como	outrora	no	antigo	CPC.	
Nota:	
Art.	 312	 -	 NCPC.	 	 Considera-se	 proposta	 a	 ação	 quando	 a	 petição	 inicial	 for	 protocolada,	 todavia,	 a	
propositura	 da	 ação	 só	 produz	 quanto	 ao	 réu	 os	 efeitos	 mencionados	 no	 art.	 240	 depois	 que	 for	
validamente	citado.	
1.2.	Requisitos		
1.2.1.	Juízo	a	que	é	dirigida;	
1.2.2.	 Nomes,	 prenomes,	 profissão,	 estado	 civil	 ou	 existência	 de	 união	 estável1,	
CPF/CNPJ,	residência/domicílio,	endereço	eletrônico2	
(1)	União	estável:	há	divergência	se	é	a	união	estável	de	fato	ou	aquela	reconhecida	em	cartório.	Todavia,	
não	cairá	na	prova,	posto	que	não	pacificado.	
(2)	Endereço	eletrônico:	NÃO	SE	INTIMA	POR	E-MAIL,	NÃO	SE	CITA	POR	E-MAIL.	Eventualmente,	o	Código	
traz	o	e-mail	como	forma	oficial	de	comunicação.	
Ex.	 Realizada	 a	 citação	 com	 hora	 certa,	 o	 legislador	 exige	 do	 escrivão	 que	 este	 envie	 ao	 réu	 uma	
comunicação	dando-lhe	ciência	que	foi	citado	com	hora	certa.	
Esta	comunicação	poderá	ser	via	e-mail.	
Juiz	possui	dever	de	cooperação	na	realização	diligências	para	obtenção	dos	dados	(art.	319,	§1º	
-	NCPC).	
Petição	inicial	não	será	indeferida	se:	
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i.	a	despeito	de	tais	informações,	for	possível	a	citação	do	réu;	
ii.	a	obtenção	de	tais	dados	tornar	excessivamente	oneroso	o	acesso	à	justiça.	
Art.	 254	 -	 NCPC.	 	 Feita	 a	 citação	 com	 hora	 certa,	 o	 escrivão	 ou	 chefe	 de	 secretaria	 enviará	 ao	 réu,	
executado	ou	interessado,	no	prazo	de	10	(dez)	dias,	contado	da	data	da	juntada	do	mandado	aos	autos,	
carta,	telegrama	ou	correspondência	eletrônica,	dando-lhe	de	tudo	ciência.	
Art.	319	-	NCPC.		A	petição	inicial	indicará:	
I	-	o	juízo	a	que	é	dirigida;	
II	-	os	nomes,	os	prenomes,	o	estado	civil,	a	existência	de	união	estável,	a	profissão,	o	número	de	inscrição	
no	 Cadastro	 de	 Pessoas	 Físicas	 ou	 no	 Cadastro	Nacional	 da	 Pessoa	 Jurídica,	 o	 endereço	 eletrônico,	 o	
domicílio	e	a	residência	do	autor	e	do	réu;	
III	-	o	fato	e	os	fundamentos	jurídicos	do	pedido;	
IV	-	o	pedido	com	as	suas	especificações;	
V	-	o	valor	da	causa;	
VI	-	as	provas	com	que	o	autor	pretende	demonstrar	a	verdade	dos	fatos	alegados;	
VII	-	a	opção	do	autor	pela	realização	ou	não	de	audiência	de	conciliação	ou	de	mediação.	
§	1o	Caso	não	disponha	das	informações	previstas	no	inciso	II,	poderá	o	autor,	na	petição	inicial,	requerer	
ao	juiz	diligências	necessárias	a	sua	obtenção.	
§	2o	A	petição	inicial	não	será	indeferida	se,	a	despeito	da	falta	de	informações	a	que	se	refere	o	inciso	II,	
for	possível	a	citação	do	réu.	
§	3o	A	petição	inicial	não	será	indeferida	pelo	não	atendimento	ao	disposto	no	inciso	II	deste	artigo	se	a	
obtenção	de	tais	informações	tornar	impossível	ou	excessivamente	oneroso	o	acesso	à	justiça.	
	 	 	 	 fatos	(remota)	
1.2.3.	Causa	de	pedir	
	 	 	 	 fundamentos	jurídicos	(próxima)	
É	 correto	 afirmar	 que	 o	 Processo	 Civil,	 quanto	 à	 causa	 de	 pedir,	 adota	 a	 teoria	 da	
substanciação	que,	por	sua	vez,	exige	os	fatos	e	fundamentos	jurídicos.	
NÃO	SE	ADOTA	A	TEORIA	DA	INDIVIDUAÇÃO	que,	a	seu	turno,	somente	exige	os	fatos.	
Vale	dizer	que	o	juiz	não	se	vincula	aos	fundamentos	jurídicos	(jura	novit	curia),	MAS,	CONFORME	O	ART.	
10	DO	NCPC,	O	JUIZ	NÃO	PODE	DECIDIR	COM	BASE	NUM	FUNDAMENTO	SOBRE	O	QUAL	A	PARTE	NÃO	
PÔDE	SE	MANIFESTAR.	
Assim,	o	juiz	não	se	vincula	aos	fundamentos	jurídicos,	RESPEITADO	O	DEVER	DE	CONSULTA	(ART.	10	–	
NCPC).	
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Art.	10	-	NCPC.		O	juiz	não	pode	decidir,	em	grau	algum	de	jurisdição,	com	base	em	fundamento	a	respeito	
do	qual	não	se	tenha	dado	às	partes	oportunidade	de	se	manifestar,	ainda	que	se	trate	de	
matéria	sobre	a	qual	deva	decidir	de	ofício.	
Ex.	Deve-se	abrir	vista	às	partes	para	se	manifestar	em	relação	à	prescrição	antes	de	eventual	decisão	
neste	sentido.	
1.2.4.	Pedidos	(arts.	322/329	–	NCPC)	
1.2.4.1.	Pedido	certo	–	“expresso”	
O	pedido	deve	ser	expresso.	
Ex.	Condenação	do	réu	ao	pagamento	de	perdas	e	danos/entregar	algo/fazer	algo/não	fazer	algo.	
1.2.4.1.1.	Pedidos	implícitos	
a)	Juros/correção	monetária	(vide	súmula	254	–	STF	-	abaixo)	
b)	Verbas	de	sucumbência	(inclusive	honorários)	
c)	Parcelas	vincendas	
d)	Astreintes	
Súmula	254	-	STF	
Incluem-se	os	juros	moratórios	na	liquidação,	embora	omisso	o	pedido	inicial	ou	a	condenação.	
1.2.4.1.2.	Interpretação	dos	pedidos	–	CONJUNTO	DA	POSTULAÇÃO	
Deve	considerar	o	conjunto	da	postulação	(interpretação	lógico-sistemática).	
“O	pedido	deve	ser	certo,	mas	o	Juiz	deve	interpretar	ampliativamente	o	que	se	está	pedindo.”	
Nesta	situação,	considera-se	pedido	“inferido”	(não	é	pedido	implícito,	pois	estes	são	previstos	em	lei).	
No	Código	anterior	o	pedido	era	certo,	devendo	o	Juiz	interpretar	restritivamente	o	que	se	está	pedindo.	
Falsa	novidade,	posto	que	o	STJ	já	entendia	neste	sentido	(MS	18.037/2013).	
1.2.4.2.	Determinado	(quantum)	
Ex.	Condenar	o	réu	a	pagar	perdas	e	danos	(certo)	no	importe	de	40	mil	(determinado).	
Condenação	do	réu	a	entregar	(certo)	o	automóvel	(determinado).	
	 	
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1.2.4.2.1.	EXCEÇÃO	–	PEDIDO	GENÉRICO	(pedido	certo	e	indeterminado)	
Admite-se,	todavia,	pedido	genérico	nas	hipóteses	infracitadas.	
Nestes	casos,	o	valor	da	causa	será	simbólico.	
O	STJ	entende	que	definido	o	quantum,	o	valor	da	causa	tem	que	ser	retificado	com	complementação	
das	custas	(RESP	1.534.559/2016)	
a)	Ações	universais		
Quando	não	se	puder	individualizar	os	bens.	
Ex.	Pedido	de	herança	
b)	Impossibilidade	de	identificar	as	consequências	do	ato	ou	do	fato	
Ex.	Ação	contra	o	município	para	reparaçãode	dano	causado	por	agente	público	no	qual	os	danos	ainda	
estão	ocorrendo.	
Estou	hospitalizado	e	ainda	estão	correndo	os	lucros	cessantes.	
c)	Apuração	do	valor/objeto	depender	de	ato	do	réu	
Ex.	Ação	de	exigir	contas	(somente	depois	da	prestação	das	contas	pelo	réu	que	se	verificará	qual	o	valor	
que	o	autor	tem,	ou	não,	direito	de	receber).	
IMPORTANTE:	
O	mesmo	se	aplica	à	reconvenção	no	que	tange	ao	pedido	genérico.	
1.2.4.3.	Cumulação	de	pedidos	(IMPORTANTE)	
O	autor	pode	cumular	pedidos	em	face	de	um	mesmo	réu	INDEPENDENTEMENTE	DE	CONEXÃO	ENTRE	
ELES.	
Ex.	 Indivíduo	 colide	 com	meu	 veículo	 (dano	material)	 e,	 na	 Delegacia,	 profere	 algumas	 palavras	 que	
entendo	sejam	passíveis	de	dano	moral.	
In	casu,	pode-se	cumular	os	pedidos	de	danos	material	e	moral,	mesmo	não	caracterizada	a	conexão.	
1.2.4.3.1.	Espécies	
a)	Própria	
Aquela	que	admite	procedência	simultânea	de	todos	os	pedidos.	
i.	simples	
Quando	os	pedidos	são	independentes	entre	si,	isto	é,	a	análise	de	um	não	depende	do	outro.	
Ex.	Danos	material	e	moral.	
	
	
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ii.	sucessiva	
A	análise	do	pedido	posterior	depende	da	procedência	do	anterior.	
Ex.	Anulação	de	uma	licitação	cumulada	com	perdas	e	danos.	
Ex2.	Investigação	de	paternidade	com	pedido	de	alimentos.	
b)	Imprópria	
Aquela	que	NÃO	admite	procedência	simultânea	de	todos	os	pedidos	(os	pedidos	são	autoexcludentes).	
“Se	quer	uma	coisa	ou	outra.”	
i.	subsidiária/eventual	
Quando	o	Juiz	conhece	do	pedido	posterior	em	não	acolhendo	o	anterior.	
“Uma	coisa	e,	eventualmente,	outra”	
Ex.	Sujeito	adquire	um	imóvel	do	município	e	descobre	que	foi	vendido	com	a	área	menor.	
Assim,	ajuíza	ação	pedindo	complementação	da	área	cumulado	com	o	abatimento	do	preço.	
Ex2.	Anulação	de	casamento	com	divórcio.	
ii.	alternativa	
Quando	o	autor	formula	mais	de	um	pedido	para	que	o	Juiz	acolha	qualquer	um	deles.	
“Um	ou	outro.	Tanto	faz”	
Ex.	Reintegração	ao	posto	ou	aposentadoria	compulsória.	
IMPORTANTE	–	STJ:	
STJ	–	Informativo	441	–		
1.	Em	caso	de	procedência	do	pedido	subsidiário	e	improcedência	do	principal:	
-	Há	interesse	recursal	do	autor;	
-	Responsabilidade	pelas	custas	rateadas	(não	necessariamente	meio	a	meio).	
2.	Em	caso	de	pedidos	alternativos,	o	pedido	A	foi	indeferido	e,	o	B,	deferido:	
-	NÃO	há	interesse	recursal	do	autor;	
-	Custas	integralmente	pelo	RÉU.	
1.2.4.3.2.	Requisitos	para	a	cumulação	de	pedidos	
a)	Compatibilidade	entre	os	pedidos	–	SOMENTE	CUMULAÇÕES	PRÓPRIAS	
Pedidos	são	compatíveis	quando	admitem	procedência	simultânea.	
Contraexemplo.	Pedido	de	rescisão	contratual	com	cumprimento	da	obrigação	atrasada.	
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b)	Competência	do	Juízo	para	todos	
O	mesmo	Juiz	tem	que	ser	competente	para	analisar	todos	os	pedidos	cumulados.	
Contraexemplo.	Juiz	da	vara	comum	e	da	fazenda.	
c)	Procedimento	adequado	para	todos	
Vedada	a	cumulação	de	pedidos	de	procedimentos	diversos	(comum	e	especial).	
Todavia,	pode-se	cumular,	se	o	fizer	no	procedimento	comum,	sem	prejuízo	do	emprego	das	técnicas	
processuais	diferenciadas	do	procedimento	especial	(NOVIDADE	NCPC	–	Art.	327,	§2º).	
Logo,	 deve-se	 abrir	 mão	 do	 procedimento	 especial,	 enxertando,	 porém,	 as	 peculiaridades	 no	
procedimento	comum.	
Ex.	Em	caso	de	reintegração	de	posse,	pede-se,	no	procedimento	comum,	medida	liminar	com	base	nos	
requisitos	do	procedimento	especial	aplicado	à	espécie.	
Art.	322	-	NCPC.		O	pedido	deve	ser	certo.	
§	1o	Compreendem-se	no	principal	os	 juros	 legais,	a	correção	monetária	e	as	verbas	de	sucumbência,	
inclusive	os	honorários	advocatícios.	
§	2o	A	interpretação	do	pedido	considerará	o	conjunto	da	postulação	e	observará	o	princípio	da	
boa-fé.	
Art.	323	-	NCPC.		Na	ação	que	tiver	por	objeto	cumprimento	de	obrigação	em	prestações	sucessivas,	essas	
serão	consideradas	incluídas	no	pedido,	 independentemente	de	declaração	expressa	do	autor,	e	serão	
incluídas	na	condenação,	enquanto	durar	a	obrigação,	se	o	devedor,	no	curso	do	processo,	deixar	de	pagá-
las	ou	de	consigná-las.	
Art.	324	-	NCPC.		O	pedido	deve	ser	determinado.	
§	1o	É	lícito,	porém,	formular	pedido	genérico:	
I	-	nas	ações	universais,	se	o	autor	não	puder	individuar	os	bens	demandados;	
II	-	quando	não	for	possível	determinar,	desde	logo,	as	consequências	do	ato	ou	do	fato;	
III	-	quando	a	determinação	do	objeto	ou	do	valor	da	condenação	depender	de	ato	que	deva	ser	praticado	
pelo	réu.	
§	2o	O	disposto	neste	artigo	aplica-se	à	reconvenção.	
Art.	325	-	NCPC.		O	pedido	será	alternativo	quando,	pela	natureza	da	obrigação,	o	devedor	puder	cumprir	
a	prestação	de	mais	de	um	modo.	
Parágrafo	único.		Quando,	pela	lei	ou	pelo	contrato,	a	escolha	couber	ao	devedor,	o	juiz	lhe	assegurará	o	
direito	de	cumprir	a	prestação	de	um	ou	de	outro	modo,	ainda	que	o	autor	não	tenha	formulado	pedido	
alternativo.	
Art.	326	-	NCPC.		É	lícito	formular	mais	de	um	pedido	em	ordem	subsidiária,	a	fim	de	que	o	juiz	conheça	
do	posterior,	quando	não	acolher	o	anterior.	
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Parágrafo	único.		É	lícito	formular	mais	de	um	pedido,	alternativamente,	para	que	o	juiz	acolha	um	deles.	
Art.	327	-	NCPC.	 	É	lícita	a	cumulação,	em	um	único	processo,	contra	o	mesmo	réu,	de	vários	pedidos,	
ainda	que	entre	eles	não	haja	conexão.	
§	1o	São	requisitos	de	admissibilidade	da	cumulação	que:	
I	-	os	pedidos	sejam	compatíveis	entre	si;	
II	-	seja	competente	para	conhecer	deles	o	mesmo	juízo;	
III	-	seja	adequado	para	todos	os	pedidos	o	tipo	de	procedimento.	
§	2o	Quando,	para	cada	pedido,	corresponder	tipo	diverso	de	procedimento,	será	admitida	a	cumulação	
se	 o	 autor	 empregar	 o	 procedimento	 comum,	 sem	 prejuízo	 do	 emprego	 das	 técnicas	 processuais	
diferenciadas	previstas	nos	procedimentos	especiais	a	que	se	sujeitam	um	ou	mais	pedidos	cumulados,	
que	não	forem	incompatíveis	com	as	disposições	sobre	o	procedimento	comum.	
§	3o	O	inciso	I	do	§	1o	não	se	aplica	às	cumulações	de	pedidos	de	que	trata	o	art.	326.	
Art.	328	 -	NCPC.	 	Na	obrigação	 indivisível	 com	pluralidade	de	credores,	aquele	que	não	participou	do	
processo	receberá	sua	parte,	deduzidas	as	despesas	na	proporção	de	seu	crédito.	
Art.	329	-	NCPC.		O	autor	poderá:	
I	-	até	a	citação,	aditar	ou	alterar	o	pedido	ou	a	causa	de	pedir,	independentemente	de	consentimento	do	
réu;	
II	-	até	o	saneamento	do	processo,	aditar	ou	alterar	o	pedido	e	a	causa	de	pedir,	com	consentimento	do	
réu,	assegurado	o	contraditório	mediante	a	possibilidade	de	manifestação	deste	no	prazo	mínimo	de	15	
(quinze)	dias,	facultado	o	requerimento	de	prova	suplementar.	
Parágrafo	único.		Aplica-se	o	disposto	neste	artigo	à	reconvenção	e	à	respectiva	causa	de	pedir.	
1.2.5.	Provas	(STJ	–	RESP	1.176.094/2012)	
Segundo	o	STJ,	basta,	neste	momento,	um	“protesto	genérico”	para	produção	das	provas.	
1.2.6.	Valor	da	causa	
1.2.7.	Documentos	indispensáveis	(art.	320	–	NCPC)	
Art.	320	-	NCPC.		A	petição	inicial	será	instruída	com	os	documentos	indispensáveis	à	propositura	da	ação.	
1.2.8.	Opção	por	realização	da	audiência	de	conciliação	ou	mediação	
É	bem	verdade	que	o	art.	334,	§4º,	inciso	II,	NCPC	lembra	que	não	há	audiência	se	o	direito	não	admitir	a	
autocomposição.	
As	causas	envolvendo	a	Fazenda,	comumente,	não	envolvem	direitos	que	admitam	a	autocomposição,	
não	havendo,	desta	feita,	a	necessidade	de	manifestação	acerca	da	realização	da	mesma.	
Art.	334	-	NCPC.		§	4o	A	audiência	[de	conciliação	ou	mediação]	não	será	realizada:	
II	-	quando	não	se	admitir	a	autocomposição.	
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Em	sendo	cabível	a	audiência:	
a)	Autor	manifesta	o	interesse:	audiência,	NECESSARIAMENTE,	ocorrerá;	
Na	 omissão	 doautor,	 presume-se	 que	 este	 TEM	 INTERESSE	 NA	 REALIZAÇÃO	 DA	 AUDIÊNCIA	 DE	
CONCILIAÇÃO	OU	MEDIAÇÃO.	
b)	Autor	manifesta	o	desinteresse:	Juiz	designará	audiência	e	mandará	citar	o	réu.	O	réu,	citado,	poderá	
adotar	dois	comportamentos.	Vejamos:	
i.	réu	omisso:	haverá	audiência;	
ii.	réu	manifesta	desinteresse	(pode	manifestar	até	10	dias	antes	da	audiência):	audiência	cancelada.	
Nota:	
Enunciado	573	–	FPPC:	
(arts.	3o,	§§2o	e	3o;	334)	As	Fazendas	Públicas	devem	dar	publicidade	às	hipóteses	em	que	seus	órgãos	
de	Advocacia	Pública	estão	autorizados	a	aceitar	autocomposição.	 (Grupo:	 Impacto	do	novo	CPC	e	os	
processos	da	Fazenda	Pública)	
	 	
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1.2.7.	Emenda	da	petição	inicial	(Ana,	Poliana	e	Mariana)	
a)	antes	da	citação:	pode-se	alterar	o	pedido	ou	a	causa	de	pedir	SEM	ANUÊNCIA	DO	RÉU;	
b)	após	a	citação:	pode-se	alterar	o	pedido	ou	a	causa	de	pedir	COM	A	ANUÊNCIA	DO	RÉU;	
c)	Após	o	saneamento:	inadmissível	(art.	357	–	NCPC).	
Art.	329	-	CPC.		O	autor	poderá:	
I	-	até	a	citação,	aditar	ou	alterar	o	pedido	ou	a	causa	de	pedir,	independentemente	de	consentimento	do	
réu;	
II	-	até	o	saneamento	do	processo,	aditar	ou	alterar	o	pedido	e	a	causa	de	pedir,	com	consentimento	do	
réu,	assegurado	o	contraditório	mediante	a	possibilidade	de	manifestação	deste	no	prazo	mínimo	de	15	
(quinze)	dias,	facultado	o	requerimento	de	prova	suplementar.	
Parágrafo	único.		Aplica-se	o	disposto	neste	artigo	à	reconvenção	e	à	respectiva	causa	de	pedir.	
Art.	357	-	NCPC.	 	Não	ocorrendo	nenhuma	das	hipóteses	deste	Capítulo,	deverá	o	 juiz,	em	decisão	de	
saneamento	e	de	organização	do	processo:	
I	-	resolver	as	questões	processuais	pendentes,	se	houver;	
II	-	delimitar	as	questões	de	fato	sobre	as	quais	recairá	a	atividade	probatória,	especificando	os	meios	de	
prova	admitidos;	
III	-	definir	a	distribuição	do	ônus	da	prova,	observado	o	art.	373;	
IV	-	delimitar	as	questões	de	direito	relevantes	para	a	decisão	do	mérito;	
V	-	designar,	se	necessário,	audiência	de	instrução	e	julgamento.	
§	1o	Realizado	o	saneamento,	as	partes	têm	o	direito	de	pedir	esclarecimentos	ou	solicitar	ajustes,	no	
prazo	comum	de	5	(cinco)	dias,	findo	o	qual	a	decisão	se	torna	estável.	
§	2o	As	partes	podem	apresentar	ao	juiz,	para	homologação,	delimitação	consensual	das	questões	de	fato	
e	de	direito	a	que	se	referem	os	incisos	II	e	IV,	a	qual,	se	homologada,	vincula	as	partes	e	o	juiz.	
§	3o	Se	a	causa	apresentar	complexidade	em	matéria	de	fato	ou	de	direito,	deverá	o	juiz	designar	audiência	
para	que	o	saneamento	seja	feito	em	cooperação	com	as	partes,	oportunidade	em	que	o	juiz,	se	for	o	
caso,	convidará	as	partes	a	integrar	ou	esclarecer	suas	alegações.	
§	 4o	 Caso	 tenha	 sido	 determinada	 a	 produção	 de	 prova	 testemunhal,	 o	 juiz	 fixará	 prazo	 comum	não	
superior	a	15	(quinze)	dias	para	que	as	partes	apresentem	rol	de	testemunhas.	
§	5o	Na	hipótese	do	§	3o,	as	partes	devem	levar,	para	a	audiência	prevista,	o	respectivo	rol	de	testemunhas.	
§	6o	O	número	de	testemunhas	arroladas	não	pode	ser	superior	a	10	(dez),	sendo	3	(três),	no	máximo,	
para	a	prova	de	cada	fato.	
§	7o	O	juiz	poderá	limitar	o	número	de	testemunhas	levando	em	conta	a	complexidade	da	causa	e	dos	
fatos	individualmente	considerados.	
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§	8o	Caso	tenha	sido	determinada	a	produção	de	prova	pericial,	o	juiz	deve	observar	o	disposto	no	art.	
465	e,	se	possível,	estabelecer,	desde	logo,	calendário	para	sua	realização.	
§	9o	As	pautas	deverão	ser	preparadas	com	intervalo	mínimo	de	1	(uma)	hora	entre	as	audiências.	
NÃO	CONFUNDIR:	
-	Possibilidade	de	desistência	da	ação	(art.	485,	§§4º	e	5º	-	NCPC):	
a)	antes	da	apresentação	da	contestação:	será	homologado	independentemente	da	anuência	do	réu;	
b)	depois	de	apresentada	a	contestação:	será	homologado	com	a	desistência	do	réu;	
c)	após	a	sentença,	é	inadmissível	fazer	pedido	de	desistência	da	ação.	
CUIDADO:	
-	Pedido	do	autor	após	a	citação	e	antes	da	contestação:	
a)	Aditamento	da	inicial:	pode	ser	apresentado	COM	A	ANUÊNCIA	DO	RÉU;	
b)	Desistência	da	ação:	será	permitido	SEM	ANUÊNCIA	DO	RÉU.	
IMPORTANTE:	
Citado	o	réu,	não	pode	desistir	sem	que	ele	anua	–	FALSO	(o	réu	somente	vai	ter	que	anuir	após	
a	CONTESTAÇÃO	e	não	citação).	
ATENÇÃO:	
Pode-se	desistir	da	ação	até	a	sentença,	SALVO	EM	MANDADO	DE	SEGURANÇA,	pois	o	STF	e	o	
STJ	 entendem	 que,	 em	mandado	 de	 segurança,	 o	 pedido	 de	 desistência	 pode	 ser	 feito	 em	
qualquer	tempo	e	SEM	ANUÊNCIA.		
2.	Posturas	do	Juiz	diante	da	petição	inicial	
A	petição	inicial,	devidamente	distribuídas,	vai	para	o	Juiz	que,	por	sua	vez,	tem	quatro	posturas	
que	pode	adotar:	
2.1.	“Emenda”	(art.	321	–	NCPC)	
2.1.1.	Hipóteses	
a.1)	Será	determinada	quando	o	Juiz	notar	a	falta	de	requisito(s)	(art.	319	–	NCPC)	
Ou		
a.2)	Se	notar	que	existe	algum	defeito/irregularidade	que	dificulte	a	análise	do	mérito.	
2.1.2.	Considerações	
-	Prazo	para	emenda,	outrora	de	10	dias,	agora	é	de	15	dias	(vide	resp	827.242/2007	–	STJ	entendeu	
que	este	prazo	é	dilatório,	ou	seja,	pode	ser	alterado,	dilatado	no	caso	concreto).	
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-	O	Juiz	deve	indicar,	com	precisão,	o	que	deve	ser	corrigido.	
-	O	STJ,	ao	julgar	o	ARESP	196.345/2014,	é	admissível	a	emenda	ainda	que	o	réu	já	tenha	apresentado	a	
sua	contestação.	
-	Não	realizada	a	emenda,	será	causa	de	indeferimento	da	petição	inicial.	
Art.	321	-	NCPC.		O	juiz,	ao	verificar	que	a	petição	inicial	não	preenche	os	requisitos	dos	arts.	319	e	320	
ou	que	apresenta	defeitos	e	irregularidades	capazes	de	dificultar	o	julgamento	de	mérito,	determinará	
que	o	autor,	no	prazo	de	15	(quinze)	dias,	a	emende	ou	a	complete,	indicando	com	precisão	o	
que	deve	ser	corrigido	ou	completado.	
Parágrafo	único.		Se	o	autor	não	cumprir	a	diligência,	o	juiz	indeferirá	a	petição	inicial.	
Nota:	
A	DOUTRINA	está	defendendo	que,	em	processo	penal,	todos	os	prazos	são	dilatórios.	
Contudo	o	Juiz	não	pode	dilatar	o	prazo	após	o	seu	encerramento.	
(vide	art.	139,	inciso	VI,	NCPC	c/c	parágrafo	único).	
Art.	139	-	NCPC.		O	juiz	dirigirá	o	processo	conforme	as	disposições	deste	Código,	incumbindo-lhe:	
VI	-	dilatar	os	prazos	processuais	e	alterar	a	ordem	de	produção	dos	meios	de	prova,	adequando-os	às	
necessidades	do	conflito	de	modo	a	conferir	maior	efetividade	à	tutela	do	direito;	
Parágrafo	 único.	 	 A	 dilação	 de	 prazos	 prevista	 no	 inciso	 VI	 somente	 pode	 ser	 determinada	 antes	 de	
encerrado	o	prazo	regular.	
2.2.	Indeferimento	da	petição	inicial	(arts.	330	e	331	–	CC)	
2.2.1.	Hipóteses	
a)	Inobservância	do	art.	321	-	NCPC	(vide	acima)	
b)	Inobservância	do	art.	106	–	NCPC	
O	advogado,	quando	atuar	em	causa	própria,	deve	indicar	a	OAB,	endereço	e	sociedade	de	advogados.	
Inobservou,	5	dias	para	indicar.	
Ainda	não	o	fazendo,	indeferimento	da	petição	inicial.	
Art.	106	-	NCPC.		Quando	postular	em	causa	própria1,	incumbe	ao	advogado:	
I	 -	declarar,	na	petição	 inicial	ou	na	contestação,	o	endereço,	 seu	número	de	 inscrição	na	Ordem	dos	
Advogados	 do	 Brasil	 e	 o	 nome	da	 sociedade	 de	 advogados	 da	 qual	 participa,	 para	 o	 recebimento	 de	
intimações;	
II	-	comunicar	ao	juízo	qualquer	mudança	de	endereço.	
§	1o	Se	o	advogado	descumprir	o	disposto	no	inciso	I,	o	juiz	ordenará	que	se	supra	a	omissão,	no	prazo	de	
5	(cinco)	dias,	antes	de	determinar	a	citação	do	réu,	sob	pena	de	indeferimento	da	petição.	
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§	2o	Se	o	advogado	infringir	o	previsto	no	inciso	II,	serão	consideradas	válidas	as	intimações	enviadas	por	
carta	registrada	ou	meio	eletrônico	ao	endereço	constante	dos	autos.	
(1)	Quando	atua	em	favor	de	terceiros,	estesdados	se	encontram	na	procuração.	
c)	Ilegitimidade	manifesta	(falta	de	condição	da	ação)	
d)	Falta	de	interesse	processual	(falta	de	condição	da	ação)	
	 	 	 	 	 necessidade	(lesão/ameaça)	
Interesse	de	agir	se	perfaz	num	binômio	
	 	 	 	 	 Utilidade	(melhora	na	situação	da	parte)	
Boa	parte	da	doutrina	diz	que	utilidade	está	relacionada	à	escolha	do	procedimento	correto	(não	cai	na	
CESPE).	
Ex.	Locador	tenta	tirar	o	inquilino	por	meio	de	ação	de	reintegração	de	posse	e	não	por	meio	de	ação	de	
despejo.	
IMPORTANTE:	
Possibilidade	 jurídica	do	pedido	deixou	de	 ser	 condição	da	ação,	passando	a	 ser	questão	de	
mérito.	
Não	 é,	 então,	 causa	 de	 indeferimento	 da	 petição	 inicial,	 posto	 que	 este	 somente	 se	 dá	 por	
questões	processuais.	
e)	Inépcia	da	petição	inicial	
Pode	ser	 inepta	por	 três	motivos	constantes	 também	do	código	passado,	bem	assim	por	dois	pedidos	
novos,	quais	sejam:	
-	Falta	de	pedido	ou	de	causa	de	pedir;	
-	Pedidos	incompatíveis;	
Quando	não	admitem	procedência	simultânea	(vide	aula	anterior).	
-	Da	narrativa	dos	fatos	não	decorrer	a	conclusão	
Os	pedidos	dos	autores	devem	ser	uma	decorrência	direta	da	narrativa	dos	fatos.	
-	Pedido	genérico,	RESSALVADAS	AS	HIPÓTESES	ONDE	ESTES	SÃO	INADMISSÍVEIS	–	NOVIDADE	
Ex.	Pedido	de	dano	moral	(doutrina	tem	sido	bastante	segura	ao	afirmar	que,	em	pedidos	de	indenização	
de	danos	morais,	o	novo	código	não	mais	admite	pedido	genérico,	tal	como	outrora	era	permitido	–	art.	
292	–	NCPC).	
Art.	292	-	NCPC.		O	valor	da	causa	constará	da	petição	inicial	ou	da	reconvenção	e	será:	
V	-	na	ação	indenizatória,	inclusive	a	fundada	em	dano	moral,	o	valor	pretendido;	
	
	
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-	Inobservância	à	seguinte	norma:	-	NOVIDADE	
	 	 	 	 	 								empréstimo	
Petição	inicial	com	pedido	de	revisão	de		 								contrato	de	financiamento	
	 	 	 	 			 								alienação	de	bens		
obrigações										
controvertidas	
Nestes	pedidos,	a	petição	inicial	deve	apresentar	um	discriminativo,	contendo	
								Valor				
incontroverso1	
(1)	Valor	incontroverso:	Não	pode	deixar	de	ser	pago.	Deve	ser	pago	a	tempo	e	modo.	
IMPORTANTE:	
Prescrição	e	decadência	não	mais	são	hipóteses	de	indeferimento	da	inicial.	
Art.	330	–	NCPC	-	§	1o	Considera-se	inepta	a	petição	inicial	quando:	
I	-	lhe	faltar	pedido	ou	causa	de	pedir;	
II	-	o	pedido	for	indeterminado,	ressalvadas	as	hipóteses	legais	em	que	se	permite	o	pedido	genérico;	
III	-	da	narração	dos	fatos	não	decorrer	logicamente	a	conclusão;	
IV	-	contiver	pedidos	incompatíveis	entre	si.	
§	 2o	 Nas	 ações	 que	 tenham	 por	 objeto	 a	 revisão	 de	 obrigação	 decorrente	 de	 empréstimo,	 de	
financiamento	ou	de	alienação	de	bens,	o	autor	terá	de,	sob	pena	de	inépcia,	discriminar	na	petição	inicial,	
dentre	 as	 obrigações	 contratuais,	 aquelas	 que	 pretende	 controverter,	 além	 de	 quantificar	 o	 valor	
incontroverso	do	débito.	
2.2.2.	Sentença	x	apelação	
-	Dirigida	ao	Juízo	a	quo.	
-	APELAÇÃO	NÃO	ADMITE	JUÍZO	DE	RETRATAÇÃO	(EFEITO	REGRESSIVO),	SALVO	DUAS	HIPÓTESES,	SENDO	
O	 INDEFERIMENTO	 DA	 INICIAL	 UMA	 DELAS	 E	 A	 IMPROCEDÊNCIA	 LIMINAR	 DO	 PEDIDO	 (vide	 abaixo).	
Assim:	
-	O	juiz	deve	se	retratar	num	prazo	de	5	dias;	
-	Se	o	juiz	se	retratar,	deve	mandar	citar	o	réu	para	apresentar	contrarrazões	e,	somente	após,	os	autos	
serão	encaminhados	ao	tribunal	(anteriormente	não	tinha	citação	do	réu	e	nem	contrarrazões	–	“se	o	juiz	
não	se	retratasse,	subiria	ao	tribunal).	
	
	
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IMPORTANTE:	
Se	for	proferida	uma	sentença	de	indeferimento	da	petição	inicial	e	não	houver	apelação,	deverá	
ser	determinada	a	INTIMAÇÃO	–	NÃO	É	CITAÇÃO	–	DO	RÉU	para	que	tome	ciência	de	todo	
o	ocorrido.	
“O	réu	nada	poderá	fazer,	será	apenas	para	ter	ciência.	As	informações	são	importantes	em	
caso	de	ajuizamento	de	nova	ação	(prevenção,	etc.)”	
Nota:	
SÚMULA	N.	326		
Na	ação	de	indenização	por	dano	moral,	a	condenação	em	montante	inferior	ao	postulado	na	
inicial	não	implica	sucumbência	recíproca1.	
(1)	Sucumbência	recíproca:	O	conceito	de	sucumbência	recíproca	extraído	de	dicionário	jurídico	vem	no	
sentido	de	que	“haverá	sucumbência	recíproca	se	cada	litigante	for	em	parte	vencedor	e	vencido,	pelo	
que	serão	distribuídos	e	compensados	entre	eles	os	honorários	e	as	despesas	(art.	21).	
2.3.	Improcedência	liminar	do	pedido	(art.	332	–	NCPC)	
2.3.1.	Hipóteses	
Se	a	matéria	alegada	na	petição	inicial	dispensa	fase	instrutória1	–	não	é	matéria	unicamente	
de	direito	(conceito	adotado	no	antigo	CPC)	–	o	pedido	será	liminarmente	indeferido	quando	contrariar:	
(1)	Dispensa	fase	instrutória:	Ex.	Reajuste	de	valor	de	IPTU.	
a)	Súmula	do	STF	e	do	STJ;	
b)	entendimento	do	STF	e	do	STJ	em	RE/RESP	repetitivos;	 	
c)	 tese	 firmada	 em	 incidente	 de	 resolução	 de	 demandas	 repetitivas1	 (iRDR)	 incidente	 de	
assunção	de	competência2	(iAC);	
(1)	iRDR:	criado	quando	existe	uma	multiplicidade	de	causas,	num	mesmo	estado,	versando	sobre	uma	
mesma	matéria	de	direito	que	podem	trazer	risco	à	isonomia	ou	à	segurança	jurídica.	
(2)	iAC:	Quando	o	tribunal	avoca	para	um	órgão	maior	o	julgamento	de	alguma	causa.	
d)	Súmula	do	Tribunal	de	Justiça	sobre	direito	local.	
E	também:	
e)	 quando	 o	 Juiz	 reconhecer,	 de	 plano,	 PRESCRIÇÃO	ou	DECADÊNCIA	 (NÃO	 É	NECESSÁRIO	
ABRIR	VISTA	ÀS	PARTES	PARA	SE	MANIFESTAREM).		
	 	
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Art.	332	-	NCPC.		Nas	causas	que	dispensem	a	fase	instrutória,	o	juiz,	independentemente	da	citação	do	
réu,	julgará	liminarmente	improcedente	o	pedido	que	contrariar:	
I	-	enunciado	de	súmula	do	Supremo	Tribunal	Federal	ou	do	Superior	Tribunal	de	Justiça;	
II	-	acórdão	proferido	pelo	Supremo	Tribunal	Federal	ou	pelo	Superior	Tribunal	de	Justiça	em	julgamento	
de	recursos	repetitivos;	
III	 -	 entendimento	 firmado	 em	 incidente	 de	 resolução	 de	 demandas	 repetitivas	 ou	 de	 assunção	 de	
competência;	
IV	-	enunciado	de	súmula	de	tribunal	de	justiça	sobre	direito	local.	
§	 1o	 O	 juiz	 também	 poderá	 julgar	 liminarmente	 improcedente	 o	 pedido	 se	 verificar,	 desde	 logo,	 a	
ocorrência	de	decadência	ou	de	prescrição.	
§	2o	Não	interposta	a	apelação,	o	réu	será	intimado	do	trânsito	em	julgado	da	sentença,	nos	termos	do	
art.	241.	
§	3o	Interposta	a	apelação,	o	juiz	poderá	retratar-se	em	5	(cinco)	dias.	
§	4o	Se	houver	retratação,	o	juiz	determinará	o	prosseguimento	do	processo,	com	a	citação	do	réu,	e,	se	
não	 houver	 retratação,	 determinará	 a	 citação	 do	 réu	 para	 apresentar	 contrarrazões,	 no	 prazo	 de	 15	
(quinze)	dias.	
Art.	487	-	NCPC.		Haverá	resolução	de	mérito	quando	o	juiz:	
Parágrafo	único.		Ressalvada	a	hipótese	do	§	1o	do	art.	332	(vide	acima),	a	prescrição	e	a	
decadência	não	serão	reconhecidas	sem	que	antes	seja	dada	às	partes	oportunidade	de	manifestar-se.	
2.3.2.	Sentença	x	apelação	
Mesmas	regras	da	apelação	do	indeferimento	da	petição	inicial	(vide	item	2.2.2.).	
2.4.	Citação	(art.	238	e	seguintes)	
2.4.1.	Efeitos	da	citação	válida	
-	 Ato	 de	 convocação	 do	 RÉU,	 EXECUTADO	 e	 eventual	 INTERESSADO	 para	 integrar	 a	 relação	
jurídica.	
-	Ato	INDISPENSÁVEL	(pressuposto	processual	de	existência).	
-	 Ausência/nulidade	 da	 citação	 pode	 ser	 suprida	 pelo	 comparecimento	 espontâneo	 do	 réu,	
contando,	DESTA	DATA	(em	que	o	réu	compareceu),	o	seu	prazo	para	defesa.	
	 	 	 	 	 	 			revelia	(processo	de	conhecimento)	
-	Rejeitada	a	alegação	(nulidade	da	citação)		
	 	 	 	 	 	 			execução	–	prosseguimento	
	
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2.4.2.	Efeitos	da	citação	válida	
2.4.2.1.	Efeitos	processuais	
a)	Induz	litispendência	(lidipendente)	
NÃO	É	PROCESSOS	IGUAIS,	MAS	SIM	POSSUIR	UM	PROCESSO	PENDENTECONTRA	SI.	
b)	Tornar	litigiosa	a	causa	(art.	109	–	NCPC)	
Alienação	da	coisa	litigiosa	–	NÃO	ALTERA	LEGITIMIDADE	DAS	PARTES	
O	 réu	 se	 mantém	 legítimo,	 defendendo,	 agora,	 direito	 alheio.	 Atuando	 como	 SUBSTITUTO	
PROCESSUAL/LEGITIMADO	EXTRAORDINÁRIO	(quem	defende	direito	alheio	em	nome	próprio).	
1)	 O	 adquirente	 pode	 suceder	 o	 alienante,	 mas,	 para	 isso,	 TEM	 QUE	 ATER	 A	 ANUÊNCIA	 DA	 PARTE	
CONTRÁRIA.	
2)	O	adquirente	pode	intervir	como	assistente.	
3)	Coisa	julgada	produzida	entre	as	partes	originárias	estende-se	ao	terceiro	(coisa	julgada	ultrapartes).	
Art.	109	-	NCPC.		A	alienação	da	coisa	ou	do	direito	litigioso	por	ato	entre	vivos,	a	título	particular,	não	
altera	a	legitimidade	das	partes.	
§	1o	O	adquirente	ou	cessionário	não	poderá	ingressar	em	juízo,	sucedendo	o	alienante	ou	cedente,	sem	
que	o	consinta	a	parte	contrária.	
§	2o	O	adquirente	ou	cessionário	poderá	intervir	no	processo	como	assistente	litisconsorcial	do	alienante	
ou	cedente.	
§	 3o	 Estendem-se	 os	 efeitos	 da	 sentença	 proferida	 entre	 as	 partes	 originárias	 ao	 adquirente	 ou	
cessionário.	
2.4.2.2.	Efeito	material	–	constitui	em	mora	o	devedor	
Mora	ex	persona	–	aquela	referente	a	obrigações	sem	data	de	vencimento.	Somente	se	constitui	com	a	
notificação.	
Não	é	mora	ex	re	–	mora	automática,	aquela	decorrente	do	vencimento	de	uma	obrigação.		
IMPORTANTE:	
A	citação	válida	gera	os	efeitos	processuais	e	materiais	ainda	que	o	Juiz	seja	incompetente.	
CUIDADO:	
1)	É	errado	dizer	que	a	citação	válida	TORNA	PREVENTO	O	JUÍZO.	
O	que	torna	prevento	o	juízo	é	o	REGISTRO	OU	A	DISTRIBUIÇÃO	DA	PETIÇÃO	INICIAL.	
2)	É	errado	dizer	que	a	citação	válida	interrompe	a	prescrição	
O	que	interrompe	a	prescrição	é	o	DESPACHO	QUE	ORDENA	A	CITAÇÃO.		
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Obs:	 Se	 o	 autor	 fornecer	 as	 condições	 para	 que	 a	 citação	 do	 réu	 ocorra	 num	 prazo	 de	 10	 dias,	 a	
interrupção	retroage	à	data	da	propositura	da	ação.	
Art.	59	-	NCPC.		O	registro	ou	a	distribuição	da	petição	inicial	torna	prevento	o	juízo.	
2.4.3.	Formas	de	citação	
a)	Pessoal	
b)	Representante	
c)	Procurador	
VIDE	ART.	242,	§3º	-	NCPC	–	CITAÇÃO	DE	PESSOA	JURÍDICA	DE	DIREITO	PÚBLICO	OCORRERÁ	PERANTE	O	
ÓRGÃO	DE	ADVOGACIA	PÚBLICA	QUE,	POR	SUA	VEZ,	É	RESPONSÁVEL	PELA	REPRESENTAÇÃO	DO	ENTE.	
Art.	242	-	NCPC.		A	citação	será	pessoal,	podendo,	no	entanto,	ser	feita	na	pessoa	do	representante	legal	
ou	do	procurador	do	réu,	do	executado	ou	do	interessado.	
§	1o	Na	ausência	do	citando,	a	citação	será	feita	na	pessoa	de	seu	mandatário,	administrador,	preposto	
ou	gerente,	quando	a	ação	se	originar	de	atos	por	eles	praticados.	
§	2o	O	locador	que	se	ausentar	do	Brasil	sem	cientificar	o	locatário	de	que	deixou,	na	localidade	onde	
estiver	 situado	 o	 imóvel,	 procurador	 com	 poderes	 para	 receber	 citação	 será	 citado	 na	 pessoa	 do	
administrador	do	imóvel	encarregado	do	recebimento	dos	aluguéis,	que	será	considerado	habilitado	para	
representar	o	locador	em	juízo.	
§	 3o	 A	 citação	 da	 União,	 dos	 Estados,	 do	 Distrito	 Federal,	 dos	 Municípios	 e	 de	 suas	 respectivas	
autarquias	 e	 fundações	 de	 direito	 público	 será	 realizada	 perante	 o	 órgão	 de	 Advocacia	 Pública	
responsável	por	sua	representação	judicial.	
2.4.4.	Impedimentos	temporários	para	a	citação	–	não	se	fará	a	citação	–	SALVO	PARA	EVITAR	
PERECIMENTO	DO	DIREITO	
a)	de	quem	estiver	PARTICIPANDO	DE	(não	é	assistindo	a)	ato	de	culto	religioso	
O	código	anterior	dizia	que	não	poderia	ser	citado	quem	estivesse	ASSISTINDO	a	culto	religioso.	
b)	Doentes,	enquanto	GRAVE	O	SEU	ESTADO	
c)	Noivos	nos	3	primeiros	dias	seguintes	ao	casamento	
d)	Cônjuge/companheiro/parente	do	morto1:	
(1)	Parente	do	morto:	no	dia	do	falecimento	e	nos	7	seguintes	–	parente	em	linha	reta	ou	em	LINHA	
COLATERAL	até	2º	grau	(consanguíneo	ou	afim1.1.)	
PARENTE	EM	LINHA	RETA	–	NÃO	TEM	LIMITAÇÃO	DE	GRAU	
Ex.	Réu	perde	tataravô.	
(1.1)	Parente	por	afinidade:	SOGRO	E	SOGRA	DO	CÔNJUGE	OU	COMPANHEIRO	E	CUNHADOS.	
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Art.	244	-	NCPC.	Não	se	fará	a	citação,	salvo	para	evitar	o	perecimento	do	direito:	
I	-	de	quem	estiver	participando	de	ato	de	culto	religioso;	
II	-	de	cônjuge,	de	companheiro	ou	de	qualquer	parente	do	morto,	consanguíneo	ou	afim,	em	linha	reta	
ou	na	linha	colateral	em	segundo	grau,	no	dia	do	falecimento	e	nos	7	(sete)	dias	seguintes;	
III	-	de	noivos,	nos	3	(três)	primeiros	dias	seguintes	ao	casamento;	
IV	-	de	doente,	enquanto	grave	o	seu	estado.	
e)	Citando	mentalmente	incapaz	ou	estiver	impossibilitado	de	recebê-la		
Ex.	Cego,	doença	mental.	
Oficial	de	justiça	fará	uma	descrição	minuciosa	do	ocorrido	e	o	juiz	designará	um	médico.	
O	médico	apresentará	um	laudo	no	prazo	de	5	dias.	
DISPENSA-SE	A	NOMEAÇÃO	DO	MÉDICO	SE	PESSOA	DA	FAMÍLIA	APRESENTAR	ATESTADO	MÉDICO	QUE	
COMPROVE	A	SITUAÇÃO	DO	CITANDO.	
Em	ambos	os	casos,	seja	quando	juiz	designou	médico,	seja	quando	a	família	apresentar	atestado,	o	juiz	
designará	curador1	com	poderes	restritos	à	causa.	
(1)	Curador	ad	hoc:	aquele	que	tem	poderes	RESTRITOS	À	CAUSA.		
Art.	245	-	NCPC.		Não	se	fará	citação	quando	se	verificar	que	o	citando	é	mentalmente	incapaz	ou	está	
impossibilitado	de	recebê-la.	
§	1o	O	oficial	de	justiça	descreverá	e	certificará	minuciosamente	a	ocorrência.	
§	2o	Para	examinar	o	citando,	o	juiz	nomeará	médico,	que	apresentará	laudo	no	prazo	de	5	(cinco)	dias.	
§	3o	Dispensa-se	a	nomeação	de	que	trata	o	§	2o	se	pessoa	da	família	apresentar	declaração	do	médico	
do	citando	que	ateste	a	incapacidade	deste.	
§	 4o	 Reconhecida	 a	 impossibilidade,	 o	 juiz	 nomeará	 curador	 ao	 citando,	 observando,	 quanto	 à	 sua	
escolha,	a	preferência	estabelecida	em	lei	e	restringindo	a	nomeação	à	causa.	
§	5o	A	citação	será	feita	na	pessoa	do	curador,	a	quem	incumbirá	a	defesa	dos	interesses	do	citando.	
2.4.5.	Modalidades	de	citação	
a)	Correio;	
Pode-se	 se	 citar	 réu	 que	 se	 encontra	 em	 outra	 comarca	 por	 correio	 (NÃO	 É	 NECESSÁRIA	 CARTA	
PRECATÓRIA)	–	EXCEÇÃO	AO	PRINCÍPIO	DA	TERRITORIALIDADE	(o	juiz	pode	exercer	a	jurisdição	somente	
em	determinado	território).	
-	NÃO	SE	ADMITE	CITAÇÃO	PELO	CORREIO:	
i.	incapaz;	
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ii.	ações	de	estado	
	Ações	 que	 alteram	 o	 estado	 da	 família	 (Ex.	 Divórcio),	 a	 capacidade	 da	 pessoa	 (Ex.	 Interdição)	 e	 a	
nacionalidade.	
iii.	Pessoas	Jurídicas	de	Direito	Público	
Contraexemplo:	sociedade	de	economia	mista	e	empresa	pública.	
iv.	réu	domiciliado	em	local	não	atendido	pelo	correio;	
v.	autor,	justificadamente,	requerer	de	outra	forma.	
vi.	execuções	(O	NOVO	CÓDIGO	NÃO	MAIS	PERMITE	CITAÇÃO	POR	CORREIO	NAS	EXECUÇÕES)	
b)	Oficial	de	justiça;	
b.1)	Citação	com	–	não	é	por	-	hora	certa:	
Trata-se	de	uma	espécie	da	modalidade	da	citação	por	oficial	de	justiça.	
-	Requisitos:	
i.	réu	não	encontrado	por	2	vezes	(requisito	objetivo)	
+	
ii.	suspeita	de	ocultação	(requisito	subjetivo)	
-	 Independentemente	 de	 autorização	 ou	 requerimento	 do	 juiz,	 o	 oficial	 irá	 intimar	
familiar/vizinho/PORTEIRO	(RESP	647201/2004	–	entendimento	do	STJ	incluído	no	NCPC)	dizendo	que	
voltará	e	fará	o	seu	retorno	no	dia	útil	imediato	em	hora	certa.	
-	Após	a	citação	por	hora	certa,	o	escrivão/chefe	de	secretaria	tem	que	enviar	ao	réu	uma	comunicação	
feita	por	carta/telegrama/e-mail	–	INOVAÇÃO	NOVO	CPC	–	num	prazo	de	10	dias	da	juntada	
do	mandado	da	citação	por	hora	certa	–	INOVAÇÃO	NOVO	CPC.	
ESTA	COMUNICAÇÃO	É	INDISPENSÁVEL	PARA	APERFEIÇOAR	A	CITAÇÃO.	
Ex.	Mandado	juntado	dia	20/03/17.	
Escrivão	envia	carta	com	AR	que,	por	sua	vez,	é	juntado	em	12/04/17.	
NESTE	CASO,	O	PRAZO	PARA	 JUNTADA	CONTA	DO	DIA	DA	 JUNTADA	DO	MANDADO	DA	CITAÇÃO	POR	
HORA	CERTA	(20/03/17)	–	art.	231,	§4º	-	NCPCArt.	231	-	NCPC.		Salvo	disposição	em	sentido	diverso,	considera-se	dia	do	começo	do	prazo:	
II	-	a	data	de	juntada	aos	autos	do	mandado	cumprido,	quando	a	citação	ou	a	intimação	for	por	oficial	de	
justiça;		
§	4o	Aplica-se	o	disposto	no	inciso	II	do	caput	à	citação	com	hora	certa.	
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c)	Pelo	escrivão/chefe	de	secretaria;	
Ex.	Réu,	precavido,	comparece	ao	balcão	do	cartório	e	pede	ao	escrivão	que	lhe	cite.	
Réu	comparece	ao	tribunal	e	o	chefe	de	secretaria	lhe	cite.	
d)	Edital	(arts.	256	e	seguintes,	NCPC)	(13/01/17);	
-	Citação	ficta	(revel	–	curador	especial);	
-	Hipóteses:	
i.	Quando	for	desconhecido/incerto	o	réu;	
ii.	Réu	em	local	incerto/ignorado1	e	local	inacessível2	
(1)	Citação	por	edital	de	réu	em	local	 incerto	ou	ignorado:	Somente	será	admitida	após	frustradas	as	
tentativas	de	localização	do	réu	(INCLUSIVE	COM	O	AUXÍLIO	DO	JUÍZO),	
(2)	Local	 inacessível:	Considera-se	 local	 inacessível	o	país	que	não	cumpre	Cartas	Rogatórias	do	Brasil	
(trata-se	de	inacessibilidade	política	–	a	única	que	é	adotada	pelo	Código).	A	doutrina	considera	outras	
inacessibilidades.	
-	Deve	ser	veiculada	por	rádio,	caso	a	cidade	possua	este	tipo	de	comunicação.	
-	Procedimento:	
i.	Afirmação	pelo	autor	de	uma	das	hipóteses	“i”	e	“ii”	acima;	
ii.	NÃO	HÁ	MAIS	O	REQUSITO	DA	FIXAÇÃO	DO	EDITAL	NO	JUÍZO;	
ii.	NÃO	HÁ	MAIS	PUBLICAÇÃO	DE	EDITAIS	EM	JORNAL,	SALVO	EXCEÇÃO1;	
ii.	Juiz	determina	o	“cite-se”	–	fixando	a	dilação	do	edital	–	(prazo	mínimo	20	dias;	prazo	máximo	60	
dias);	
	 	 	 	 	 na	plataforma	de	editais	do	CNJ		
iii.	Publicação	do	edital	na	internet	
	 	 	 	 	 no	site	do	tribunal	
(1)	 Exceção	 da	 publicação	 do	 edital	 somente	 na	 internet:	TENDO	 EM	VISTA	 AS	 PECULIARIDADES	DA	
COMARCA,	O	EDITAL	SERÁ	PUBLICADO,	TAMBÉM,	EM	JORNAL	LOCAL	DE	GRANDE	CIRCULAÇÃO	OU	POR	
OUTROS	MEIOS.	
iv.	Da	data	da	1ª	publicação	ou	da	publicação	única,	inicia-se	a	contagem	da	dilação;	
v.	Finda	a	dilação,	inicia-se	o	começo	do	prazo.	
	
								“Cite-se”	 	 Pub.	do	edital		 	 Pub.	jornal	local		 												Prazo	defesa	
Dilação	em	30	dias	 no	CNJ	e	no	TJ	 	 	 	 																231,	IV	
	
	 	 	 	 	 	 30	dias	
Professor	Gustavo	Faria	 	 	 	 	 	 	Rafael	Barreto	Ramos	
										Curso	PROLABORE	 	 	 	 	 	 	 	 2017	
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Art.	256	-	NCPC.		A	citação	por	edital	será	feita:	
I	-	quando	desconhecido	ou	incerto	o	citando;	
II	-	quando	ignorado,	incerto	ou	inacessível	o	lugar	em	que	se	encontrar	o	citando;	
III	-	nos	casos	expressos	em	lei.	
§	1o	Considera-se	inacessível,	para	efeito	de	citação	por	edital,	o	país	que	recusar	o	cumprimento	de	carta	
rogatória.	
§	2o	No	caso	de	ser	inacessível	o	lugar	em	que	se	encontrar	o	réu,	a	notícia	de	sua	citação	será	divulgada	
também	pelo	rádio,	se	na	comarca	houver	emissora	de	radiodifusão.	
§	3o	O	réu	será	considerado	em	local	ignorado	ou	incerto	se	infrutíferas	as	tentativas	de	sua	localização,	
inclusive	mediante	 requisição	pelo	 juízo	de	 informações	 sobre	 seu	 endereço	nos	 cadastros	 de	órgãos	
públicos	ou	de	concessionárias	de	serviços	públicos.	
Art.	257	-	NCPC.		São	requisitos	da	citação	por	edital:	
I	-	a	afirmação	do	autor	ou	a	certidão	do	oficial	informando	a	presença	das	circunstâncias	autorizadoras;	
II	 -	 a	 publicação	 do	 edital	 na	 rede	 mundial	 de	 computadores,	 no	 sítio	 do	 respectivo	 tribunal	 e	 na	
plataforma	de	editais	do	Conselho	Nacional	de	Justiça,	que	deve	ser	certificada	nos	autos;	
III	-	a	determinação,	pelo	juiz,	do	prazo,	que	variará	entre	20	(vinte)	e	60	(sessenta)	dias,	fluindo	da	data	
da	publicação	única	ou,	havendo	mais	de	uma,	da	primeira;	
IV	-	a	advertência	de	que	será	nomeado	curador	especial	em	caso	de	revelia.	
Parágrafo	único.		O	juiz	poderá	determinar	que	a	publicação	do	edital	seja	feita	também	em	jornal	local	
de	ampla	circulação	ou	por	outros	meios,	considerando	as	peculiaridades	da	comarca,	da	seção	ou	da	
subseção	judiciárias.	
Art.	 258	 -	NCPC.	 	 A	 parte	 que	 requerer	 a	 citação	 por	 edital,	 alegando	 dolosamente	 a	 ocorrência	 das	
circunstâncias	autorizadoras	para	sua	realização,	incorrerá	em	multa	de	5	(cinco)	vezes	o	salário-mínimo.	
Parágrafo	único.		A	multa	reverterá	em	benefício	do	citando.	
Art.	259	-	NCPC.		Serão	publicados	editais:		
I	-	na	ação	de	usucapião	de	imóvel;	
II	-	na	ação	de	recuperação	ou	substituição	de	título	ao	portador;	
III	-	em	qualquer	ação	em	que	seja	necessária,	por	determinação	legal,	a	provocação,	para	participação	
no	processo,	de	interessados	incertos	ou	desconhecidos.	
Art.	231	-	NCPC.		Salvo	disposição	em	sentido	diverso,	considera-se	dia	do	começo	do	prazo:	
IV	-	o	dia	útil	seguinte	ao	fim	da	dilação	assinada	pelo	juiz,	quando	a	citação	ou	a	intimação	for	por	edital;	
	 	
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e)	Eletrônica.	
Quem	regulamenta	a	citação	eletrônica	são	os	arts.	5º	e	6º	do	Processo	Eletrônico	(Lei	11419/06)	–	NÃO	
CAI	NA	PROVA.	APENAS	PARA	FINS	DIDÁTICOS.	
Disponibiliza-se	a	citação	(com	a	íntegra	dos	autos)/intimação	por	10	dias.	Se	ler	antes,	é	citado.	Se	ler	
depois,	presume-se	citado.	
Art.	5o	–	Lei	11.419/06	 -	 	As	 intimações	serão	feitas	por	meio	eletrônico	em	portal	próprio	aos	que	se	
cadastrarem	 na	 forma	 do	 art.	 2o	 desta	 Lei,	 dispensando-se	 a	 publicação	 no	 órgão	 oficial,	 inclusive	
eletrônico.	
§	1o		Considerar-se-á	realizada	a	intimação	no	dia	em	que	o	intimando	efetivar	a	consulta	eletrônica	ao	
teor	da	intimação,	certificando-se	nos	autos	a	sua	realização.	
§	2o		Na	hipótese	do	§	1o	deste	artigo,	nos	casos	em	que	a	consulta	se	dê	em	dia	não	útil,	a	intimação	
será	considerada	como	realizada	no	primeiro	dia	útil	seguinte.	
§	3o		A	consulta	referida	nos	§§	1o	e	2o	deste	artigo	deverá	ser	feita	em	até	10	(dez)	dias	corridos	contados	
da	data	do	envio	da	intimação,	sob	pena	de	considerar-se	a	intimação	automaticamente	realizada	na	data	
do	término	desse	prazo.	
§	4o		Em	caráter	informativo,	poderá	ser	efetivada	remessa	de	correspondência	eletrônica,	comunicando	
o	envio	da	intimação	e	a	abertura	automática	do	prazo	processual	nos	termos	do	§	3o	deste	artigo,	aos	
que	manifestarem	interesse	por	esse	serviço.	
§	5o		Nos	casos	urgentes	em	que	a	intimação	feita	na	forma	deste	artigo	possa	causar	prejuízo	a	quaisquer	
das	partes	ou	nos	casos	em	que	for	evidenciada	qualquer	tentativa	de	burla	ao	sistema,	o	ato	processual	
deverá	ser	realizado	por	outro	meio	que	atinja	a	sua	finalidade,	conforme	determinado	pelo	juiz.	
§	6o		As	intimações	feitas	na	forma	deste	artigo,	inclusive	da	Fazenda	Pública,	serão	consideradas	pessoais	
para	todos	os	efeitos	legais.	
Art.	6o	–	Lei	11.419/06	-			Observadas	as	formas	e	as	cautelas	do	art.	5o	desta	Lei,	as	citações,	inclusive	da	
Fazenda	Pública,	excetuadas	as	dos	Direitos	Processuais	Criminal	e	Infracional,	poderão	ser	feitas	por	meio	
eletrônico,	desde	que	a	íntegra	dos	autos	seja	acessível	ao	citando.	
IMPORTANTE:	
As	pessoas	jurídicas	de	direito	privado	DEVERÃO	realizar	cadastro	no	sistema	PJe	(SALVO	MICRO	
EMPRESAS	E	EMPRESAS	DE	PEQUENO	PORTE).	
A	Lei	diz	que	o	prazo	é	de	30	dias	da	data	de	inscrição	do	ato	constitutivo	da	pessoa	jurídica.	
Deve-se	interpretar	da	seguinte	forma:	
-	Se	a	empresa	já	existia	quando	da	entrada	em	vigor	do	Novo	CPC,	30	dias	após	a	entrada	em	vigor;	
-	Se	a	empresa	passar	a	existir	depois,	30	dias	da	data	da	inscrição	do	ato	constitutivo.	
TAMBÉM	SE	APLICA	ÀS	EMPRESAS	PÚBLICAS	
ESTA	NORMA	ESTA	ESTENDE-SE	À	ADMINISTRAÇÃO	PÚBLICA	(vide	art.	1.050	–	NCPC).	
PRAZO	PARA	A	ADMINISTAÇÃO	–	30	DIAS	DA	ENTRADA	EM	VIGOR	DO	CÓDIGO.	
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Art.	246	-	NCPC.		A	citação	será	feita:	
I	-	pelo	correio;	
II	-	por	oficial	de	justiça;	
III	-	pelo	escrivão	ou	chefe	de	secretaria,	se	o	citando	comparecer	em	cartório;	
IV	-	por	edital;V	-	por	meio	eletrônico,	conforme	regulado	em	lei.	
§	 1o	 Com	 exceção	 das	 microempresas	 e	 das	 empresas	 de	 pequeno	 porte,	 as	 empresas	 públicas	 e	
privadas	são	obrigadas	a	manter	cadastro	nos	sistemas	de	processo	em	autos	eletrônicos,	para	efeito	
de	recebimento	de	citações	e	intimações,	as	quais	serão	efetuadas	preferencialmente	por	esse	meio.	
§	2o	O	disposto	no	§	1o	aplica-se	à	União,	aos	Estados,	ao	Distrito	Federal,	aos	Municípios	e	às	entidades	
da	administração	indireta.	
§	3o	Na	ação	de	usucapião	de	imóvel,	os	confinantes	serão	citados	pessoalmente,	exceto	quando	tiver	
por	objeto	unidade	autônoma	de	prédio	em	condomínio,	caso	em	que	tal	citação	é	dispensada.	
Art.	1.051	-	NCPC.		As	empresas	públicas	e	privadas	devem	cumprir	o	disposto	no	art.	246,	§	1o,	no	prazo	
de	30	(trinta)	dias,	a	contar	da	data	de	inscrição	do	ato	constitutivo	da	pessoa	
jurídica,	perante	o	juízo	onde	tenham	sede	ou	filial.	
Parágrafo	único.		O	disposto	no	caput	não	se	aplica	às	microempresas	e	às	empresas	de	pequeno	porte.	
Nota:	
EM	1ª	INSTÂNCIA	SE	TEM	CARTÓRIOS	COM	ESCRIVÃES.	
EM	TRIBUNAIS	SE	TEM	SECRETARIAS	COM	CHEFES	DE	SECRETARIAS.	
ATENÇÃO:	
-	Citação	de	pessoa	natural:	será	válida	a	entrega	do	mandado	ao	porteiro	quando	o	citando	
morar	em	prédio	(condomínio	edilício)	ou	condomínio	fechado	(loteamento	com	controle	de	
acesso);	
O	 PORTEIRO	 PODERÁ	 RECUSAR	 RECEBER	 A	 CITAÇÃO	 POR	 DECLARAÇÃO	 ESCRITA	 DE	 QUE	 O	
CITANDO	ESTÁ	AUSENTE.	
-	Citação	de	pessoa	jurídica:	na	pessoa	de	quem	tem	poder	geral	de	gerência	ou	administração		
ou	
NA	 PESSOA	 DO	 FUNCIONÁRIO	 RESPONSÁVEL	 PELO	 RECEBIMENTO	 DE	 CORRESPONDÊNCIA	 –	
INOVAÇÃO.	
	 	
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Art.	248	-	NCPC.		Deferida	a	citação	pelo	correio,	o	escrivão	ou	o	chefe	de	secretaria	remeterá	ao	citando	
cópias	da	petição	inicial	e	do	despacho	do	juiz	e	comunicará	o	prazo	para	resposta,	o	endereço	do	juízo	e	
o	respectivo	cartório.	
§	1o	A	carta	será	registrada	para	entrega	ao	citando,	exigindo-lhe	o	carteiro,	ao	fazer	a	entrega,	que	assine	
o	recibo.	
§	 2o	 Sendo	o	 citando	pessoa	 jurídica,	 será	 válida	 a	 entrega	do	mandado	 a	 pessoa	 com	poderes	 de	
gerência	 geral	 ou	 de	 administração	 ou,	 ainda,	 a	 funcionário	 responsável	 pelo	 recebimento	 de	
correspondências.	
§	3o	Da	carta	de	citação	no	processo	de	conhecimento	constarão	os	requisitos	do	art.	250.	
§	4o	Nos	condomínios	edilícios	ou	nos	loteamentos	com	controle	de	acesso,	será	válida	a	entrega	do	
mandado	a	funcionário	da	portaria	responsável	pelo	recebimento	de	correspondência,	que,	entretanto,	
poderá	 recusar	 o	 recebimento,	 se	 declarar,	 por	 escrito,	 sob	 as	 penas	 da	 lei,	 que	 o	 destinatário	 da	
correspondência	está	ausente.	
	
	 	
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13/01/17	
IMPORTANTE:	
Duas	formas	de	citação	ficta:	citação	com	hora	certa	e	citação	por	edital.	
3.	Petição	inicial	+	citação	
	 	 para	apresentar	contestação	–	direito	inadmite	autocomposição	
Citação	
	 	 para	comparecer	à	audiência	de	conciliação	ou	mediação	
3.1.	Audiência	de	conciliação	ou	mediação	
-	Antecedência	mínima	de	30	dias	da	distribuição	da	ação;	
-	Citação	com	antecedência	mínima	de	20	dias;	
-	Não	será	realizada	se	ambas	as	partes	manifestarem	desinteresse1;	
(1)	Desinteresse:	
Autor	manifesta	desinteresse	na	PETIÇÃO	INICIAL;	
Réu	manifesta	desinteresse	em	até	10	dias	antes	da	audiência.	
IMPORTANTE:	
Havendo	 litisconsórcio,	 para	 que	 a	 audiência	 de	 conciliação	 ou	 mediação	 não	 ocorra,	 a	
manifestação	tem	que	ser	feita	por	todos	litisconsortes.	
-	Não	comparecimento	injustificado	–	ato	atentatório	à	dignidade	da	justiça	(multa	de	até	
2%	sobre	a	vantagem	econômica	ou	sobre	o	valor	da	causa	–	destinada	à	União/Estado);	
NÃO	COMPARECIMENTO	NÃO	ACARRETA	EM	CONTUMÁCIA/REVELIA	 (somente	no	 JESP,	 que	
não	é	matéria	do	edital).	
-	Comparecimento	pela	parte1	e	advogado	constituído/defensor	público	
(1)	 Parte:	 Pode	 se	 fazer	 representar	 por	 um	 terceiro	 (PROCURAÇÃO	 ESPECÍFICA	 –	 PODERES	 PARA	
NEGOCIAR/TRANSIGIR).	
Com	base	no	art.	25	do	Código	de	Ética	e	Disciplina	da	OAB	–	o	advogado	não	pode	acumular	as	funções	
de	advogado	e	preposto	-,	parte	da	doutrina	não	admite	que	o	advogado	represente	a	parte.	
Todavia,	há	entendimentos	no	outro	sentido.	
Art.	25	–	Código	de	Ética.	É	defeso	ao	advogado	funcionar	no	mesmo	processo,	simultaneamente,	como	
patrono	e	preposto	do	empregador	ou	cliente.	
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-	É	possível	ter	mais	de	uma	sessão	–	“várias	audiências”	
-	Conciliação1/mediação2	
(1)	Conciliação	(art.	165,	§2º	-	NCPC):	Tem	a	participação	dos	conciliadores,	auxiliares	da	justiça,	que,	por	
sua	vez,	vão	atuar,	preferencialmente	–	NÃO	É	OBRIGATORIAMENTE,	em	situações	em	que	não	
haja	vínculo	anterior	entre	as	partes;		
Pode	sugerir	soluções;	
Ex.	Acidente	de	trânsito.	
(2)	Mediação	(art.	165,	§3º	-	NCPC):	Conduzida	por	mediadores,	auxiliares	da	justiça,	que,	a	seu	turno,	
vão	atuar	preferencialmente	–	NÃO	É	OBRIGATORIAMENTE,	em	situações	em	que	haja	vínculo	
anterior	entre	as	partes.	
Auxilia	as	partes	para	que	elas	mesmas	cheguem	a	uma	solução.	
-	Características	de	conciliação/mediação:	
a)	 São	 espécies	 de	 autocomposição	 –	NÃO	 SE	 TRATA	MAIS	DE	 FORMA	ALTERNATIVA,	MAS	 SIM	DE	
FORMA	PREFERENCIAL	DE	RESOLUÇÃO	DE	CONFLITOS;	
Art.	3o		-	NCPC	-	Não	se	excluirá	da	apreciação	jurisdicional	ameaça	ou	lesão	a	direito.	
§	1o	É	permitida	a	arbitragem,	na	forma	da	lei.	
§	2o	O	Estado	promoverá,	sempre	que	possível,	a	solução	consensual	dos	conflitos.	
§	 3o	 A	 conciliação,	 a	 mediação	 e	 outros	 métodos	 de	 solução	 consensual	 de	 conflitos	 deverão	 ser	
estimulados	por	 juízes,	advogados,	defensores	públicos	e	membros	do	Ministério	Público,	 inclusive	no	
curso	do	processo	judicial.	
b)	Os	conciliadores	e	mediadores	são	considerados	como	auxiliares	da	Justiça;	
Art.	149	-	NCPC.	 	São	auxiliares	da	Justiça,	além	de	outros	cujas	atribuições	sejam	determinadas	pelas	
normas	 de	 organização	 judiciária,	 o	 escrivão,	 o	 chefe	 de	 secretaria,	 o	 oficial	 de	 justiça,	 o	 perito,	 o	
depositário,	o	administrador,	o	 intérprete,	o	 tradutor,	o	mediador,	o	conciliador	 judicial,	o	partidor,	o	
distribuidor,	o	contabilista	e	o	regulador	de	avarias.	
c)	Possui	procedimento	previsto	no	NCPC	(arts.	165	a	175	–	NCPC)	
Art.	165	-	NCPC.		Os	tribunais	criarão	centros	judiciários	de	solução	consensual	de	conflitos,	responsáveis	
pela	realização	de	sessões	e	audiências	de	conciliação	e	mediação	e	pelo	desenvolvimento	de	programas	
destinados	a	auxiliar,	orientar	e	estimular	a	autocomposição.	
§	1o	A	composição	e	a	organização	dos	centros	serão	definidas	pelo	respectivo	tribunal,	observadas	as	
normas	do	Conselho	Nacional	de	Justiça.	
§	2o	O	conciliador,	que	atuará	preferencialmente	nos	casos	em	que	não	houver	vínculo	anterior	entre	
as	 partes,	 poderá	 sugerir	 soluções	 para	 o	 litígio,	 sendo	 vedada	 a	 utilização	 de	 qualquer	 tipo	 de	
constrangimento	ou	intimidação	para	que	as	partes	conciliem.	
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§	3o	O	mediador,	que	atuará	preferencialmente	nos	 casos	em	que	houver	 vínculo	anterior	entre	as	
partes,	auxiliará	aos	interessados	a	compreender	as	questões	e	os	interesses	em	conflito,	de	modo	que	
eles	possam,	pelo	restabelecimento	da	comunicação,	identificar,	por	si	próprios,	soluções	consensuais	
que	gerem	benefícios	mútuos.	
Art.	 166	 –	 NCPC.	 	 A	 conciliação	 e	 a	mediação	 são	 informadas	 pelos	 princípios	 da	 independência,	 da	
imparcialidade,	 da	 autonomia	 da	 vontade,	 da	 confidencialidade,	 da	 oralidade,	 da	 informalidade	 e	 da	
decisão	informada.	
§	1o	A	confidencialidade	estende-se	a	todasas	informações	produzidas	no	curso	do	procedimento,	cujo	
teor	não	poderá	ser	utilizado	para	fim	diverso	daquele	previsto	por	expressa	deliberação	das	partes.	
§	2o	Em	razão	do	dever	de	sigilo,	 inerente	às	suas	funções,	o	conciliador	e	o	mediador,	assim	como	os	
membros	de	 suas	equipes,	não	poderão	divulgar	ou	depor	acerca	de	 fatos	ou	elementos	oriundos	da	
conciliação	ou	da	mediação.	
§	3o	Admite-se	a	aplicação	de	técnicas	negociais,	com	o	objetivo	de	proporcionar	ambiente	favorável	à	
autocomposição.	
§	4o	A	mediação	e	a	conciliação	serão	regidas	conforme	a	livre	autonomia	dos	interessados,	inclusive	no	
que	diz	respeito	à	definição	das	regras	procedimentais.	
Art.	167	-	NCPC.		Os	conciliadores,	os	mediadores	e	as	câmaras	privadas	de	conciliação	e	mediação	serão	
inscritos	em	cadastro	nacional	e	em	cadastro	de	tribunal	de	justiça	ou	de	tribunal	regional	federal,	que	
manterá	registro	de	profissionais	habilitados,	com	indicação	de	sua	área	profissional.	
§	 1o	 Preenchendo	 o	 requisito	 da	 capacitação	 mínima,	 por	 meio	 de	 curso	 realizado	 por	 entidade	
credenciada,	conforme	parâmetro	curricular	definido	pelo	Conselho	Nacional	de	Justiça	em	conjunto	com	
o	Ministério	da	Justiça,	o	conciliador	ou	o	mediador,	com	o	respectivo	certificado,	poderá	requerer	sua	
inscrição	no	cadastro	nacional	e	no	cadastro	de	tribunal	de	justiça	ou	de	tribunal	regional	federal.	
§	2o	Efetivado	o	registro,	que	poderá	ser	precedido	de	concurso	público,	o	tribunal	remeterá	ao	diretor	
do	 foro	da	 comarca,	 seção	ou	 subseção	 judiciária	 onde	 atuará	o	 conciliador	 ou	o	mediador	 os	 dados	
necessários	 para	 que	 seu	 nome	 passe	 a	 constar	 da	 respectiva	 lista,	 a	 ser	 observada	 na	 distribuição	
alternada	e	aleatória,	respeitado	o	princípio	da	igualdade	dentro	da	mesma	área	de	atuação	profissional.	
§	3o	Do	credenciamento	das	câmaras	e	do	cadastro	de	conciliadores	e	mediadores	constarão	todos	os	
dados	relevantes	para	a	sua	atuação,	tais	como	o	número	de	processos	de	que	participou,	o	sucesso	ou	
insucesso	da	 atividade,	 a	matéria	 sobre	 a	 qual	 versou	 a	 controvérsia,	 bem	 como	outros	 dados	 que	o	
tribunal	julgar	relevantes.	
§	 4o	 Os	 dados	 colhidos	 na	 forma	 do	 §	 3o	 serão	 classificados	 sistematicamente	 pelo	 tribunal,	 que	 os	
publicará,	ao	menos	anualmente,	para	conhecimento	da	população	e	para	fins	estatísticos	e	de	avaliação	
da	conciliação,	da	mediação,	das	câmaras	privadas	de	conciliação	e	de	mediação,	dos	conciliadores	e	dos	
mediadores.	
§	 5o	 Os	 conciliadores	 e	 mediadores	 judiciais	 cadastrados	 na	 forma	 do	 caput,	 se	 advogados,	 estarão	
impedidos	de	exercer	a	advocacia	nos	juízos	em	que	desempenhem	suas	funções.	
§	 6o	 O	 tribunal	 poderá	 optar	 pela	 criação	 de	 quadro	 próprio	 de	 conciliadores	 e	 mediadores,	 a	 ser	
preenchido	por	concurso	público	de	provas	e	títulos,	observadas	as	disposições	deste	Capítulo.	
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Art.	168	-	NCPC.		As	partes	podem	escolher,	de	comum	acordo,	o	conciliador,	o	mediador	ou	a	câmara	
privada	de	conciliação	e	de	mediação.	
§	1o	O	conciliador	ou	mediador	escolhido	pelas	partes	poderá	ou	não	estar	cadastrado	no	tribunal.	
§	2o	Inexistindo	acordo	quanto	à	escolha	do	mediador	ou	conciliador,	haverá	distribuição	entre	aqueles	
cadastrados	no	registro	do	tribunal,	observada	a	respectiva	formação.	
§	3o	Sempre	que	recomendável,	haverá	a	designação	de	mais	de	um	mediador	ou	conciliador.	
Art.	169	-	NCPC.		Ressalvada	a	hipótese	do	art.	167,	§	6o,	o	conciliador	e	o	mediador	receberão	pelo	seu	
trabalho	remuneração	prevista	em	tabela	fixada	pelo	tribunal,	conforme	parâmetros	estabelecidos	pelo	
Conselho	Nacional	de	Justiça.	
§	1o	A	mediação	e	a	conciliação	podem	ser	realizadas	como	trabalho	voluntário,	observada	a	legislação	
pertinente	e	a	regulamentação	do	tribunal.	
§	2o	Os	tribunais	determinarão	o	percentual	de	audiências	não	remuneradas	que	deverão	ser	suportadas	
pelas	câmaras	privadas	de	conciliação	e	mediação,	com	o	fim	de	atender	aos	processos	em	que	deferida	
gratuidade	da	justiça,	como	contrapartida	de	seu	credenciamento.	
Art.	170	-	NCPC.		No	caso	de	impedimento,	o	conciliador	ou	mediador	o	comunicará	imediatamente,	de	
preferência	por	meio	eletrônico,	e	devolverá	os	autos	ao	juiz	do	processo	ou	ao	coordenador	do	centro	
judiciário	de	solução	de	conflitos,	devendo	este	realizar	nova	distribuição.	
Parágrafo	único.		Se	a	causa	de	impedimento	for	apurada	quando	já	iniciado	o	procedimento,	a	atividade	
será	 interrompida,	 lavrando-se	 ata	 com	 relatório	 do	 ocorrido	 e	 solicitação	 de	 distribuição	 para	 novo	
conciliador	ou	mediador.	
Art.	171	-	NCPC.		No	caso	de	impossibilidade	temporária	do	exercício	da	função,	o	conciliador	ou	mediador	
informará	o	fato	ao	centro,	preferencialmente	por	meio	eletrônico,	para	que,	durante	o	período	em	que	
perdurar	a	impossibilidade,	não	haja	novas	distribuições	
Art.	172	 -	NCPC.	 	O	conciliador	e	o	mediador	 ficam	 impedidos,	pelo	prazo	de	1	 (um)	ano,	contado	do	
término	da	 última	 audiência	 em	que	 atuaram,	 de	 assessorar,	 representar	 ou	patrocinar	 qualquer	 das	
partes.	
Art.	173	-	NCPC.		Será	excluído	do	cadastro	de	conciliadores	e	mediadores	aquele	que:	
I	-	agir	com	dolo	ou	culpa	na	condução	da	conciliação	ou	da	mediação	sob	sua	responsabilidade	ou	violar	
qualquer	dos	deveres	decorrentes	do	art.	166,	§§	1o	e	2o;	
II	-	atuar	em	procedimento	de	mediação	ou	conciliação,	apesar	de	impedido	ou	suspeito.	
§	1o	Os	casos	previstos	neste	artigo	serão	apurados	em	processo	administrativo.	
§	2o	O	juiz	do	processo	ou	o	juiz	coordenador	do	centro	de	conciliação	e	mediação,	se	houver,	verificando	
atuação	inadequada	do	mediador	ou	conciliador,	poderá	afastá-lo	de	suas	atividades	por	até	180	(cento	
e	oitenta)	dias,	por	decisão	fundamentada,	informando	o	fato	imediatamente	ao	tribunal	para	instauração	
do	respectivo	processo	administrativo.	
Art.	174	-	NCPC.		A	União,	os	Estados,	o	Distrito	Federal	e	os	Municípios	criarão	câmaras	de	mediação	e	
conciliação,	com	atribuições	relacionadas	à	solução	consensual	de	conflitos	no	âmbito	administrativo,	tais	
como:	
Professor	Gustavo	Faria	 	 	 	 	 	 	Rafael	Barreto	Ramos	
										Curso	PROLABORE	 	 	 	 	 	 	 	 2017	
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I	-	dirimir	conflitos	envolvendo	órgãos	e	entidades	da	administração	pública;	
II	-	avaliar	a	admissibilidade	dos	pedidos	de	resolução	de	conflitos,	por	meio	de	conciliação,	no	âmbito	da	
administração	pública;	
III	-	promover,	quando	couber,	a	celebração	de	termo	de	ajustamento	de	conduta.	
Art.	 175	 -	 NCPC.	 	 As	 disposições	 desta	 Seção	 não	 excluem	 outras	 formas	 de	 conciliação	 e	mediação	
extrajudiciais	 vinculadas	 a	 órgãos	 institucionais	 ou	 realizadas	 por	 intermédio	 de	 profissionais	
independentes,	que	poderão	ser	regulamentadas	por	lei	específica.	
Parágrafo	 único.	 	 Os	 dispositivos	 desta	 Seção	 aplicam-se,	 no	 que	 couber,	 às	 câmaras	 privadas	 de	
conciliação	e	mediação.	
3.2.	Contestação	(arts.	335	a	342	–	NCPC)	
3.2.1.	Características	
-	Petição	escrita1	
(1)	Petição	escrita:	Contestação	oral	somente	no	JESP	que,	a	seu	turno,	não	é	matéria	do	edital.	
-	Prazo	de	15	dias	úteis2	
(1)	Prazo	contado	em	dias	úteis	(art.	219	–	NCPC):	Para	que	o	prazo	seja	contado	em	dias	úteis,	devem	
estar	presentes	dois	requisitos,	quais	sejam:	
a)	prazo	fixado	em	DIAS;	
b)	prazo	PROCESSUAL.	
Ex.	Prazo	para	contestar.	
Contraexemplo:	Prazo	prescricional.	
-	INÍCIO	DA	CONTAGEM	DO	PRAZO:	
	 	 	 	 	 	 	 Sem	acordo	
a)	Da	data	da	audiência	de	conciliação/mediação	
	 	 	 	 	 	 	 Qualquer	das	partes	não	comparecer	
b)	Do	PROTOCOLO	da	petição	em	que	o	RÉU	MANIFESTA	DESINTERESSE;	
SE	 HOUVER	 LITISCONSÓRCIO	 PASSIVO	 –	 O	 PRAZO	 É	 CONTADO	 INDIVIDUALMENTE	 A	 PARTIR	 DO	
RESPECTIVO	PROTOCOLO.	
SE	 UM	 DOS	 LITISCONSORTES	 PASSIVOS	 NÃO	 MANIFESTAR	 DESINTERESSE,	 OS	 DEMAIS	 TERÃO	 QUE	
COMPARECER	À	AUDIÊNCIA,	MESMO	JÁ	TENDO	APRESENTADO	CONTESTAÇÃO.c)	Nos	termos	do	art.	231,	quando	não	houver	sido	designada	audiência	(DIREITO	QUE	NÃO	ADMITE	
AUTOCOMPOSIÇÃO)	
Professor	Gustavo	Faria	 	 	 	 	 	 	Rafael	Barreto	Ramos	
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QUANDO	A	CITAÇÃO	NÃO	É	PARA	A	AUDIÊNCIA,	MAS	SIM	PARA	CONTESTAR,	HAVENDO	LISTISCONSORTES	
PASSIVOS,	O	PRAZO	SE	INICIA	A	PARTIR	DA	JUNTADA	DO	ÚLTIMO	MANDADO.	
SE	UM	DOS	 LITISCONSORTES	NÃO	FOR	CITADO,	 E	O	AUTOR	DESISTIR	DA	AÇÃO	EM	RELAÇÃO	A	ESTE,	
ESTANDO	TODOS	OS	DEMAIS	CITADOS,	A	CONTAGEM	DO	PRAZO	SE	INICIARÁ	A	PARTIR	DA	INTIMAÇÃO	
DA	DECISÃO	HOMOLOGATÓRIA	DA	DESISTÊNCIA.	
-	Princípio	da	eventualidade	(concentração)	
Deve	trazer	toda	a	matéria	de	defesa,	ainda	que,	em	seu	conjunto,	revele	contradição	lógica.	
TODAVIA,	DEPOIS	DE	CONTESTAR,	É	LÍCITO	AO	RÉU	DEDUZIR	OUTRAS	MATÉRIAS,	QUAIS	SEJAM:	
a)	Fato/direito	superveniente;	
b)	Matérias	conhecíveis	de	ofício;	
c)	Quando	houver	autorização	legal.	
Ex.	Decadência	convencional.	
-	Ônus	da	impugnação	especificada	
Para	 cada	 fato	 trazido	 pelo	 autor	 na	 inicial,	 deve-se	 trazer	 uma	 impugnação,	 sob	 pena	 do	 fato	 não	
impugnado	se	presumir	verdadeiro.	
NÃO	SE	ADMITE	A	DEFESA	GENÉRICA,	SALVO:	
a)	Advogado	dativo;	
b)	Curador	especial	(vide	art.	72	–	NCPC);	
c)	Defensor	Público;	
d)	MINISTÉRIO	PÚBLICO	foi	retirado	deste	rol.	
FATO	NÃO	 IMPUGNADO	 =	 VERACIDADE.	 EXCEÇÃO	 -	 fato	 não	 impugnado	 não	 se	 presume	 verdadeiro	
quando:	
a)	Depender	de	instrumento	público	para	ser	provado;	
Ex.	Casamento.	
b)	Não	admitir	confissão;	
c)	Estiver	em	contradição	com	o	conjunto	da	defesa.	
Ex.	Autor	alega	que	é	servidor	e	sofreu	assédio,	vítima	de	dano,	ao	passo	que,	na	defesa,	o	município	diz	
que	o	autor	não	integra	o	quadro	da	administração.	
	 	
Professor	Gustavo	Faria	 	 	 	 	 	 	Rafael	Barreto	Ramos	
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3.2.2.	Preliminares	de	contestação	(art.	337	–	NCPC)	
Matérias	processuais	que	o	réu	vai	alegar	antes	de	entrar	no	mérito.		
3.2.2.1.	(Preliminares/Matérias	de	natureza)	Dilatórias	
3.2.2.1.1.	Conceito	
São	aquelas	que,	se	acolhidas,	não	extinguem	o	processo.	
Ex.	Incompetência.	
3.2.2.1.2.	Espécies	
a)	Inexistência/nulidade	de	citação;	
b)	Incompetência	absoluta	e	RELATIVA	–	NOVIDADE;	
Art.	340	–	NCPC	–	A	incompetência	pode	ser	arguida	no	foro	do	domicílio	do	réu	(ANTES	DA	AUDIÊNCIA	
DE	CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO);	
O	JUÍZO	DO	RÉU	COMUNICARÁ	O	JUIZ	DA	CAUSA	QUE,	AO	TOMAR	CIÊNCIA,	SUSPENDERÁ	A	AUDIÊNCIA	
DE	CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO.	
Mantém	 o	 processo	 na	
comarca	de			origem	
EM	SEGUIDA,	O	JUIZ	DA	CAUSA	PROFERIRÁ	UMA	NOVA	DECISÃO1	
	 	 	 	 	 	 	 	 	 Remete	ao	Juízo	do	réu	
(1)	 Decisão:	 Acolhe/rejeita	 a	 alegação	 de	 incompetência	 +	 redesignação	 da	 audiência	 (no	 foro	
competente).	
Neste	 caso,	 caracteriza-se	 uma	 situação	 sui	 generis,	 na	 qual	 o	 réu	 apresenta	 contestação	 e,	
eventualmente,	comparecerá	em	audiência	de	conciliação/mediação	posterior.		
c)	Conexão	(art.	55	–	NCPC)	
	 	 	 	 	 	 	 Causa	de	pedir	
São	conexas	as	ações	que	possuírem	identidade	de	 	 OU	
	 	 	 	 	 	 	 Pedido	
Tem	como	consequência	a	reunião	à	ação	primeiramente	distribuída	(art.	59	–	NCPC	–	vide	acima).	
EXCEÇÃO	(art.	55,	§1º,	in	fine	-	NCPC):	NÃO	HÁ	REUNIÃO	SE	UM	DELES	JÁ	FOI	JULGADO.	
Ex.	João	ajuíza	uma	ação	pedindo	para	rescindir	o	contrato	X.	
Maria,	todavia,	ajuíza	outra	ação	pedindo	para	receber	o	dinheiro	referente	ao	contrato	X.	
Ações	conexas	–	mesma	causa	de	pedir	(Contrato	X).	
	
Professor	Gustavo	Faria	 	 	 	 	 	 	Rafael	Barreto	Ramos	
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Art.	55	-	NCPC.		Reputam-se	conexas	2	(duas)	ou	mais	ações	quando	lhes	for	comum	o	pedido	ou	a	causa	
de	pedir.	
§	1o	Os	processos	de	ações	conexas	serão	reunidos	para	decisão	conjunta,	salvo	se	um	deles	
já	houver	sido	sentenciado	(ANTIGA	SÚMULA	235	–	STJ).	
§	2o	Aplica-se	o	disposto	no	caput:	
I	-	à	execução	de	título	extrajudicial	e	à	ação	de	conhecimento	relativa	ao	mesmo	ato	jurídico;	
II	-	às	execuções	fundadas	no	mesmo	título	executivo.	
§	 3o	 Serão	 reunidos	 para	 julgamento	 conjunto	 os	 processos	 que	 possam	 gerar	 risco	 de	 prolação	 de	
decisões	conflitantes	ou	contraditórias	caso	decididos	separadamente,	mesmo	sem	conexão	entre	eles.	
SÚMULA	N.	235	-	STJ	
A	conexão	não	determina	a	reunião	dos	processos,	se	um	deles	já	foi	julgado.	
IMPORTANTE:	
-	Continência	(ESPÉCIE	DE	CONEXÃO	–	“conexão	qualificada”):	
	 	 Partes	
Identidade		 e	
	 	 Causa	de	pedir	
															+	
Pedido	de	uma	abrange	a	outra.	
Ex.	Ação	A:	Mário	x	André	–	rescisão	negócio	jurídico	(5ª	Vara);	
Ação	B:	André	x	Mário	–	anulação	cláusula	4ª	do	mesmo	contrato	(6ª	Vara).	
3.2.2.2.	Peremptórias	
3.2.2.2.1.	Conceito	
São	aquelas	que,	se	acolhidas,	extinguem	o	processo.	
Ex.	Coisa	julgada.	
3.2.2.2.2.	Espécies	
a)	Inépcia	da	inicial		
Causa	de	indeferimento	da	inicial	–	extinção	do	processo.	
	 	
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b)	Perempção/litispendência/coisa	julgada	
-	Perempção:	autor	que	propôs	a	ação	por	3x	e	abandonou;	
Perde	o	direito	(mas	pode	utilizar	a	matéria	como	defesa).	
-	Litispendência:	estado	de	um	litígio	conduzido	simultaneamente	perante	dois	tribunais	do	mesmo	grau,	
um	e	outro	igualmente	competentes	para	julgá-lo,	o	que	leva	a	providenciar	que	o	processo	seja	retirado	
de	um	em	favor	do	outro.	
-	Coisa	julgada:	qualidade	conferida	à	sentença	judicial	contra	a	qual	não	cabem	mais	recursos,	tornando-
a	 imutável	 e	 indiscutível.	 Sua	 origem	 remonta	 ao	 direito	 romano	 (res	 judicata),	 onde	 era	 justificada	
principalmente	por	razões	de	ordem	prática:	pacificação	social	e	certeza	do	final	do	processo.	
c)	Convenção	de	arbitragem	
	 	 	 	 Interesse	processual	(de	agir)	
d)	Falta	de	condição	da	ação	
	 	 	 	 Legitimidade1	
(1)	ATENÇÃO	–	ARTS.	338	e	339	-	NCPC:	Réu	alega	ilegitimidade	passiva	no	NOVO	CPC	ele	deve,	SEMPRE	
QUE	POSSÍVEL,	INDICAR	O	TERCEIRO	RESPONSÁVEL.	
Se	o	réu	não	indicar	–	RESPONSABILIZAÇÃO	CIVIL	(perdas	e	danos).	
Feita	a	indicação,	autor	será	intimado	para:	
i)	Manter	apenas	o	réu;	
ii)	Substituir	o	réu	pelo	3º	indicado	COM	HONORÁRIOS,	entre	3%	a	5%	do	valor	da	causa	para	
o	advogado	do	réu	substituído;	
iii)	Manter	o	réu	e	incluir	o	terceiro.	
ENUNCIADO	44	–	Fórum	Permanente	dos	Processualistas	Civis	
44.	(art.	339)	A	responsabilidade	a	que	se	refere	o	art.	339	é	subjetiva.	(Grupo:	
Litisconsórcio,	Intervenção	de	Terceiros	e	Resposta	do	Réu)	
3.2.2.3.	Dilatórias	potencialmente	peremptórias	
3.2.2.3.1.	Conceito	
São	aquelas	que	revelam	vícios	sanáveis,	mas,	se	não	for	sanado,	gera	a	extinção	do	processo.	
3.2.2.3.2.	Espécies	
a)	 Incapacidade	 (vide	 art.	 76	 –	NCPC)/defeito	de	 representação/falta	 de	 autorização	 (vide	 art.	 73	 –	
NCPC)	
Ex	falta	de	autorização:	Ações	que	versem	sobre	direitos	reais	imobiliários.	
Professor	Gustavo	Faria	 	 	 	 	 	 	Rafael	Barreto	Ramos	
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b)	Falta	de	caução	(art.	83	–	NCPC)/prestação	(art.	486,	§2º	-	NCPC)	
Ex	falta	de	caução:	Estrangeiro,	para	ajuizar	ação	aqui	no	Brasil,	deve	prestar	caução	referente	às	custas	
e	honorários.	
Ex	prestação:	Para	ajuizar	nova	ação,	deve-se	cumprir	prestação.	
c)	Incorreção	VALOR	DA	CAUSA		
Ex.	Na	ação	reivindicatória,	o	valor	da	causa	deve	ser	o	da	AVALIAÇÃO	DO	BEM	(vide	art.	292,	inciso	IV	–	
NCPC)	–	NOVIDADE.	
Todavia,	o	autor	coloca	o	valor	venal	do	imóvel.	
d)	Impugnação	dos	benefícios	da	justiça	gratuita	
IMPORTANTE:	
Justiça	gratuita:	
-	Petição	inicial	–	requerimento	justiça	gratuita.	Juiz	pode	deferir:	
i.	Totalmente;	
ii.	Apenas	alguns	atos;	
iii.	Redução	percentual	das	custas;	
iv.	Parcelamento.	
-	Contra	decisão	que	DEFERE,	cabe	preliminar	em	contestação.	
-	 Contra	 decisão	 que	 INDEFERE	 (TUDO	OU	 EM	PARTE),	 cabe	agravo	 de	 instrumento	 (sem	
custas).	
	-	 Se	 defere,	 a	 parte	 contrária	 impugna	 e	 o	 Juiz	 acolhe

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