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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja MANCAIS MANCAIS DE ESCORREGAMENTO Os mancais servem para apoiar um eixo/árvore permitindo um movimento relativo, impondo, entretanto uma restrição em alguns graus de liberdade. Os mancais de escorregamento podem ser classificados como: • Função; • Forma; • Construção; • Lubrificação. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Quanto à Função Radiais ou cilíndricas: impedem os deslocamentos radiais. Axiais ou de impulso: impedem os deslocamentos axiais. Angulares: impedem simultaneamente os deslocamentos radiais e axiais. De Guia: destinam-se a permitir e controlar o deslocamento de um elemento com movimento retilíneo e evitam o movimento de rotação. Quanto à Forma De Escorregamento: o movimento entre o eixo/árvore e o apoio é de escorregamento, sendo o contato entre os dois elementos impedido pela formação de uma película de lubrificante. De Rolamento: o movimento entre os dois elementos é feito por rolamento. Misto: existem simultaneamente os movimentos de escorregamento e rolamento. Quanto à Construção Autocompensadoras: os eixos após a montagem e a entrada de funcionamento são automaticamente centrados. Rígidas: após a montagem mantém a posição invariável não permitindo qualquer alinhamento. De segmento: uma das superfícies ativas é segmentada permitindo a formação automática de uma película lubrificante. Elásticas: um dos apoios é elástico ou elasticamente suportado permitindo as deformações necessárias ao bom alinhamento e à formação da película lubrificante. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Quanto à Lubrificação Automática: a rotação do eixo provoca a formação de uma película lubrificante que é interrompida quando deixa de haver movimento relativo. Intermitente: o lubrificante é introduzido periodicamente, por um sistema gota a gota. Por Imersão: as superfícies em movimento relativo estão imersas em um reservatório lubrificante. Por Chapinhagem: parte do elemento móvel mergulha no lubrificante transportando-o. Sob Pressão: a alimentação do lubrificante para o munhão é feita sob pressão através de uma bomba. Por Sistema Mecânico Centrado: o mesmo sistema alimenta vários postos da lubrificação da máquina. Seleção de Mancais Parâmetros Importantes: • Tipo de aplicação da carga e seu valor; • Velocidades de funcionamento; • Dimensões admissíveis; • Características particulares de projeto. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Curvas de Desempenho de vários tipos de mancais: Valores das regiões típicas para mancais (na figura – Chumanceira) radiais. Desempenho dos mancais de atrito seco. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Intervalo de cargas para mancais de escorregamento: Materiais para mancais de escorregamento: Materiais para mancais de atrito: UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Mancais Radiais e Axiais: Equações e relações para projeto: Estabilidade na Lubrificação: UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Formação do Filme Lubrificante: A formação do filme lubrificante se dá de dois modos: a) O eixo no início da rotação no sentido horário. Nas condições iniciais o mancal está seco, subindo em seguida para o lado direito do mancal. b) A lubrificação é introduzida no topo do mancal e força o eixo a se deslocar para o lado oposto. Ocorre então um filme com espessura h0. Variáveis de Projeto em um Mancal de Escorregamento: Nomenclatura de um mancal de escorregamento. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Relações entre as Variáveis de Projeto: 1 – Efeito da viscosidade dinâmica dos óleos lubrificantes SAE à pressão atmosférica com relação a temperatura. 2- Espessura mínima do filme lubrificante, pode ser obtido pela tabela, que mostra o diagrama paa determinação da posição de espessura mínima h0. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja 3- Coeficiente de Fricção: o diagrama da fricção, que tem a variável de fricção (r/c) f traçada contra o número de Sommerfeld S, com contornos para vários valores da razão l/d. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja 4- Fluxo de lubrificante: as figuras são utilizadas paa determinar o fluxo lubrificante e o fluxo lateral. O vazamento lateral Q origina-se da parte inferior do mancal, onde a pressão interna está acima da pressão atmosférica. Tal vazamento forma um filete na junção externa da bucha e do munhão e é levado epelo movimento deste último para o topo da bucham para se “sugado” e rotornar ao reservatório de lubrificante. Tal porção do vazamento lareral que vaza para longe do mancal deve ser completada com a adição de óleo ao reservatório do mancal, periodicamente. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja 5- Pressão do filme: a pressão máxima desenvolvida no filme pode ser estimada encontrando-se a razão de pressão P/pmáx a partir do diagrama. As localizações nas quais as pressões de término e máxima ocorrem, são determinadas a partir do segundo diagrama dessa seção. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Folga: Ao se projetar um mancal para a lubrificação deve-se levar em consideração a folga. A figura a seguir mostra os resultados obtidos quando o desempenho de um determinado mancal para um intervalo completo de folgas radiais e traçado com a folga como variável independente. MANCAIS DE ROLAMENTOS UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja A seguir veja as vantagens e desvantagens que os rolamentos possuem em relação aos mancais de deslizamento. Vantagens • Menor atrito e aquecimento • Coeficiente de atrito de partida (estático) não superior ao de operação (dinâmico) • Pouca variação do coeficiente de atrito com carga e velocidade • Baixa exigência de lubrificação • Intercambialidade internacional • Mantém a forma de eixo • Pequeno aumento da folga durante a vida útil Desvantagens • Maior sensibilidade aos choques • Maiores custos de fabricação • Tolerância pequena para carcaça e alojamento do eixo • Não suporta cargas tão elevadas como os mancais de deslizamento • Ocupa maior espaço radial Classificação dos rolamentos Quanto ao tipo de carga que suportam, os rolamentos podem ser: • Radiais - suportam cargas radiais e leves cargas axiais. • Axiais - não podem ser submetidos a cargas radiais. • Mistos - suportam tanto carga axial quanto radial. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Tipos de rolamentos Rolamento fixo de uma carreira de esferas É o mais comum dos rolamentos. Suporta cargas radiais e pequenas cargas axiais e é propriado para rotações mais elevadas. Sua capacidade de ajustagem angular é limitada, por conseguinte, é necessário um perfeito alinhamentoentre o eixo e os furos da caixa. Rolamento de contato angular de uma carreira de esferas Admite cargas axiais somente em um sentido, portanto, devebsempre ser montado contraposto a um outro rolamento que possa receber a carga axial no sentido contrário. Rolamento autocompensador de esferas É um rolamento de duas carreiras de esferas com pista esférica no anel externo, o que lhe confere a propriedade de ajustagem angular, ou seja, compensar possíveis desalinhamentos ou flexões do eixo. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Resumindo os rolamentos esféricos: Rolamento de rolo cilíndrico É apropriado para cargas radiais elevadas e seus componentes são separáveis, o que facilita a montagem e desmontagem. Rolamento autocompensador de uma carreira de rolos Seu emprego é particularmente indicado para construções em que se exige uma grande capacidade de suportar carga radial e a compensação de falhas de alinhamento. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Rolamento autocompensador com duas carreiras de rolos É um rolamento para os mais pesados serviços. Os rolos são de grande diâmetro e comprimento. Devido ao alto grau de oscilação entre rolos e pistas, existe uma distribuição uniforme de carga. Rolamento de rolos cônicos Além de cargas radiais, os rolamentos de rolos cônicos também suportam cargas axiais em um sentido. Os anéis são separáveis. O anel interno e o externo podem ser montados separadamente. Como só admitem cargas axiais em um sentido, de modo geral torna-se necessário montar os anéis aos pares, um contra o outro. Resumindo os rolamentos cônicos: UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Rolamento axial de esfera Ambos os tipo de rolamento axial de esfera (escora simples e escora dupla) admitem elevadas cargas axiais, porém, não podem ser submetidos a cargas radiais. Para que as esferas sejam guiadas firmemente em suas pistas, é necessária a atuação permanente de uma determinada carga axial mínima. Rolamento axial autocompensador de rolos Possui grande capacidade de carga axial e, devido à disposição inclinada dos rolos, também pode suportar consideráveis cargas radiais. A pista esférica do anel da caixa confere ao rolamento a propriedade de alinhamento angular, compensando possíveis desalinhamentos ou flexões do eixo. Rolamento de agulhas Possui uma secção transversal muito fina, em comparação com os rolamento de rolos comuns. É utilizado especialmente quando o espaço radial é limitado. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Alguns tipos de rolamentos de agulha: Designação dos rolamentos Cada rolamento métrico padronizado tem uma designação básica específica que indica o tipo de rolamento e a correlação entre suas dimensões principais. Essas designações básicas compreendem 3, 4 ou 5 algarismos, ou uma combinação de letras e algarismos, que indicam o tipo de rolamento, as séries de dimensões e o diâmetro do furo, nesta ordem. Os símbolos para os tipos de rolamento e as séries de dimensões, junto com os possíveis sufixos indicando uma alteração na construção interna, designam uma série de rolamentos. A tabela mostra esquematicamente como o sistema de designação é constituído. Os algarismos entre parênteses, indicam que embora eles possam ser incluídos na designação básica, são omitidos por razões práticas. Como no caso do rolamento de duas carreiras de esferas de contato angular onde o zero é omitido. Convém salientar que, para a aquisição de um rolamento, é necessário conhecer apenas as seguintes dimensões: o diâmetro externo, o diâmetro interno e a largura ou altura. Com esses dados, consulta-se o catálogo do fabricante para obter a designação e informações como capacidade de carga, peso, etc. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Seleção de rolamentos: Cada tipo de rolamento possui uma propriedade característica que o torna particularmente apropriado para certas aplicações. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Elementos de Máquinas e Transmissões – Prof. Rafael Antônio Comparsi Laranja Vida do Mancal: Quando a esfera ou o rolo de mancais de contato rolante rola, as tensões de contato ocorrem no anel interno, o elemento rolante, e no anel externo. Em razão da curvatura dos elementos contatantes ser diferentes entre a direção axial e radial, as equações tornam-se um tanto complexas. Em geral as equações utilizadas para a determinação da vida útil (nominal) são diferentes de fabricante para fabricante, sendo recomendável a verificação em seus respectivos catálogos. Como exemplo, são mostradas as equações relativas ao fabricante SKF. Em termos de cargas aplicadas, cada tipo de rolamento possuirá um comportamento diferente para cada tipo de carregamento, sendo assim recomendável à consulta à catálogos de fabricantes. Como exemplo, apresenta-se a carga dinâmica típica de um rolamento esférico.
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