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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Centro de Ciências da Saúde Curso de Fisioterapia Cinesiologia do Complexo do Ombro Prof. Heleodório Honorato dos Santos dorioufpb@gmail.com dorioufpb@bol.com.br Ombro (cabeça do úmero + cavidade glenóide) A articulação glenoumeral É diartrose, sinovial do tipo esferóide, tem a maior ADM do corpo e por isso é muito propensa a lesão (luxação). Principais Ligamentos Ligamento Capsular (4); Ligamento Córacoumeral (6); Ligamento Transversoumeral (5); Ligamentos Glenoumerais (Azul) Manguito rotador (subescapular, supra-espinhal, infra- espinhal e redondo menor) que são considerados ligamentos ativos (Vermelho) Superior Médio Inferior Movimentos do Ombro Flexão; Extensão/Hiperextensão; Abdução; Adução; Rotação medial; f ) Rotação lateral; Circundução (flexão + extensão + adução + abdução); Flexão horizontal (Adução horizontal); e i ) Extensão horizontal (Abdução horizontal). Músculos do Ombro ) Deltóide (anterior, médio e posterior); ) Supra-espinhal; ) Peitoral maior (porção esternal e clavicular); ) Córacobraquial; ) Subescapular; ) Grande dorsal (latíssimo do dorso): ) Redondo maior; ) Infra-espinhal; ) Redondo menor; Bíceps braquial (porção longa e curta); Tríceps braquial (porção longa). Manguito rotador Manguito Rotador Funções (Craig, 2000): 1) Potencializa as rotações da articulação glenoumeral; 2 ) Faz estabilização dinâmica da articulação glenoumeral: Subescapular – estabilizador dinâmico anterior da cabeça do úmero; Infra-espinhal – estabilizador dinâmico posterior; Infra-espinhal + redondo menor + subescapular + tendão da PL do bíceps ação primária na depressão da cabeça do úmero 3) Proporciona um compartimento fechado importante para nutrição das superfícies articulares da cabeça do úmero e da cavidade glenóide. Músculos Deltóide Origem – 1/3 lateral da borda anterior da clavícula, parte superior do acrômio e face posterior da escápula; Inserção – Tubérculo do úmero (acima do centro do osso); Ação – Anterior: MP da flexão + flexão horizontal; Aces. da rotação medial e abdução; Médio: MP da abdução e extensão horizontal; Posterior: MP da extensão e extensão horizontal; Aces. da rotação lateral e abdução. Inervação – N. Axilar. Músculos Supra-espinhal Origem – Fossa supra-espinhal (2/3 mediais); Inserção – Tubérculo maior do úmero (p. superior); Ação – MP da abdução; Inervação – N. Supra-escapular. * Tendão pouco vascularizado Síndrome do Impacto Músculos Peitoral maior Origem – 2/3 mediais da borda anterior da clavícula, toda extensão do esterno e as cartilagens das 6 primeiras costelas; Inserção – borda lateral da goteira bicipital (tendão de 7,5 cm); Ação – P. Clavicular: MP da flexão; Aces. da abdução (>90o); P. Esternal: MP da extensão e da adução; Clavicular + Esternal: MP da flexão horizontal; Aces. da rotação medial. Inervação – N. Peitoral medial e lateral (C6, C7 e C8). Músculos Córacobraquial Origem – processo coracóide; Inserção – superfície ântero-medial do úmero (1/3 médio da diáfise); Ação – MP da flexão horizontal; Aces. da flexão; Inervação – N. Musculocutâneo. Músculos Subescapular Origem – superfície costal da escápula (fossa subescapular); Inserção – tubérculo menor do úmero; Ação – MP da rotação medial; Inervação – N. Subescapular. Músculos Latíssimo do Dorso (Grande dorsal) Origem – Processos espinhosos de T6 a L5; parte posterior do sacro; crista ilíaca; e as 3 costelas inferiores; Inserção – sulco intertubercular do úmero (parapelo ao tendão do peitoral maior); Ação – MP da adução e extensão; Aces. da extensão horizontal + rotação medial; Inervação – N. Tóracodorsal. Músculos Redondo maior Origem – Superfície dorsal da escápula, na extremidade inferior de sua borda lateral; Inserção – Borda interna da goteira bicipital, paralela a inserção do peitoral maior; Ação – MP da adução, extensão e rotação medial; Aces. da extensão horizontal; Inervação – N. Subescapular. Músculos Infra-espinhal Origem – 2/3 mediais da fossa infra-espinhal; Inserção – centro do tubérculo maior do úmero; Ação – MP da rotação lateral e da extensão horizontal; Inervação – N. Supra-escapular. Músculos Redondo menor Origem – superfície dorsal da borda lateral da escápula; Inserção – porção anterior do tubérculo maior do úmero e diáfise adjacente; Ação – MP da rotação lateral e da extensão horizontal; Inervação – N. Axilar. Músculos Bíceps braquial Origem – porção longa (lateral): parte superior da cavidade glenóide; porção curta (medial): processo coracóide; Inserção – Tubérculo do rádio; Ação – Ombro (porção longa): Aces. da Abdução (estabilização); Ombro (porção curta): Aces. da flexão + adução + rotação medial + flexão horizontal; Cotovelo: MP da flexão; Rádio-ulnar proximal: Aces. da supinação. Inervação – N. Musculocutâneo (C5 e C6). Músculos Tríceps braquial Origem – porção longa: parte da escápula abaixo da articulação do ombro ; porção lateral: parte posterior do úmero (do centro da diáfise ao tubérculo maior); porção medial: 2/3 inferiores do úmero (face dorsal); Inserção – olécrano; Ação – MP da extensão do cotovelo (3 porções); Aces. da extensão e adução do ombro (porção longa). Inervação – N. Radial (C5 a T1). Movimentos Motor Primário Acessório Flexão Deltóide anterior; P. Maior (PCL) Córacobraquial; Bíceps braquial (PC) Extensão P. Maior (PE); GD; Deltóide posterior; Redondo maior Tríceps (PL) Abdução Supra-espinhal; Deltóide médio Deltóide anterior e posterior; Bíceps braquial (PL); P. Maior (PCL>90o) Adução P. Maior (PE); GD; Redondo maior Tríceps (PL); Subescapular Rotação medial Subescapular; Redondo maior Deltóide anterior; Peitoral Maior; Grande Dorsal; Bíceps braquial (PC) Rotação lateral Infra-espinhal; Redondo menor Deltóide posterior Adução/Flexão Horizontal Deltóide anterior; Peitoral maior; Córacobraquial Bíceps braquial (PC) Abdução/Extensão Horizontal Deltóide médio e posterior; Infra-espinhal; Redondo menor GD; Redondo maior Ações Musculares do Ombro Nervos Músculos Musculocutâneo Córacobraquial; Bíceps Braquial Escapular Rombóides Subescapular Subescapular e Redondo maior Supra-escapular Supra e Infra-espinhal Axilar Redondo menor e Deltóide Peitoral Medial e Lateral Peitoral Maior e Menor Torácico Longo Serrátil Anterior Acessório Trapézio Tóraco-dorsal Grande Dorsal Radial Tríceps Braquial Inervação da Musculatura do Ombro Testes Clínicos do Ombro Instabilidade Anterior 1) Teste de Apreensão: Procedimento – O examinador faz, simultaneamente, abdução + rotação lateral + extensão horizontal, forçadas do ombro com o paciente em pé ou sentado, e em seguida pressiona com o polegar no sentido póstero-anterior a cabeça do úmero. Nos casos de instabilidade anterior a sensação de luxação iminente provoca temor e apreensão do paciente. Variação do teste: decúbito dorsal Testes Clínicos do Ombro Instabilidade Posterior 1) Teste de Apreensão: Procedimento – Com o paciente em supinação, o examinador faz, simultaneamente, flexão + ligeira adução horizontal do ombro, do paciente, com o cotovelo em flexão completa e em seguida aplica uma força para baixo tentando posteriorizar a cabeça do úmero. Esta manobra provoca temor e apreensão do paciente. Testes Clínicos do Ombro Instabilidade Anterior ou Posterior 1) Teste da Gaveta: Procedimento – O paciente em pé, sentado ou em supinação e o ombro abduzido a 90o, o examinador fixa a escápula com uma das mãos sobre o ombro a ser examinado (palma da mão sobre a espinha da escápula e os dedos sobre a clavícula) e com a outra segura, firmemente, a cabeça do úmero, procurando deslocá-la anterior ou posteriormente. Nos casos positivos o examinador percebe uma instabilidade articular. Testes Clínicos do Ombro Instabilidade Multidirecional 1) Teste de Feagin: Procedimento – Com o paciente em pé, instruí-lo para ele elevaro MS (flexão + abdução) e colocar a mão no ombro do examinador. Em seguida, com ambas as mãos, o examinador exerce pressão na cabeça do úmero, para baixo e para frente, procurando deslocá-la inferior e anteriormente. Testa a integridade: a) Lig Glenoumeral Inferior; b) cápsula Anterior; c) Manguito Rotador; d) Labro Glenoideo. Testes Clínicos do Ombro Instabilidade Multidirecional 1) Teste de Rowe: Procedimento – 1) Paciente em pé, tronco em flexão anterior (45o) o examinador localiza a cabeça do úmero, com uma das mãos e com a outra traciona o MS inferiormente, ao nível do cotovelo; 2) Tronco ereto, ombro em hiperextensão (20 a 30o) empurrando a cabeça do úmero para frente, com o polegar; 3) posicionar o MS em leve flexão (20 a 30o) empurrando a cabeça do úmero posteriormente. Testa a integridade: a) Lig Glenoumeral Inferior; b) Cápsula Anterior; c) Manguito Rotador. Testes Clínicos do Ombro Síndrome do Impacto 1) Teste do Impacto (Irritativo de Neer): Procedimento – O paciente em pé ou sentado, a escápula do ombro a ser examinado é fixada por uma das mãos do examinador enquanto que a outra faz a rotação medial + flexão passiva (rápida) do braço do paciente. O movimento descrito provoca um impacto do tendão do m. supra- espinhal (entre o tubérculo maior do úmero e o arco acromial). Existindo processo inflamatório local a manobra provoca dor. Testes Clínicos do Ombro Síndrome do Impacto 2) Teste Irritativo de Hawkins-Kennedy: Procedimento – O examinador pede para o paciente (em pé ou sentado) manter o ombro e cotovelo em flexão de 90o, e realiza uma rotação medial. A presença de dor durante a manobra é indicativa de lesão no tendão do m. Supra-espinhal. Testes Clínicos do Ombro Tendinite do m. Supra-espinhal 1) Teste Irritativo de Jobe: Procedimento – O paciente em pé ou sentado, com o ombro em flexão de 90º + ligeira abdução + rotação medial, o examinador faz uma contra-resistência tentando baixar o braço do paciente. A diminuição da força ou a queixa dolorosa indicam comprometimento do m. supra-espinhal (fraqueza ou tendinite). Testes Clínicos do Ombro Teste da Queda do Braço (Sinal do Braço Caído): Procedimento – Com o paciente em pé ou sentado, o examinador abduz ( 120o) o braço do paciente e pede para que ele abaixe-o vagarosamente. Caso haja rupturas na bainha rotatória (especialmente no m. supra- espinhal) o braço tende a cair bruscamente e ele será incapaz de abaixar suavemente o braço, independente das tentativas. Se ele for capaz de manter o braço abduzido (pela ação sinérgica do subescapular, infra-espinhal e deltóide), ao menor toque no antebraço o MS penderá ao lado do corpo. Testes Clínicos do Ombro Teste da Cabeça longa do Bíceps: 1) Teste de Abbot-Saunders: Procedimento – O paciente em pé ou sentado, o examinador faz a abdução + rotação lateral (contra-resistência) do braço do paciente. A queixa dolorosa é sugestiva de comprometimento da cabeça longa do m. bíceps braquial (luxação do tendão do bíceps ou sulco raso). Testes Clínicos do Ombro Rompimento do Lig. Transverso 2) Teste de Yergason (Instabilidade do tendão do bíceps): Procedimento – O paciente em pé ou sentado, realiza a flexão completa do cotovelo, enquanto o examinador apoia firmemente com uma das mãos, seu cotovelo, ao mesmo tempo que a outra mão segura o punho do paciente. Em seguida ele gira lateralmente o ombro do paciente até encontrar resistência e simultaneamente empurra o cotovelo para baixo. Caso o tendão da porção longa do bíceps se encontre instável no sulco ele luxará e o paciente referirá dor. Testes Clínicos do Ombro Rompimento do Lig. Transverso 3) Teste de Instabilidade do tendão do bíceps: Procedimento – Com o paciente em pé ou sentado, o examinador com uma das mãos, segura seu punho com a outra mão palpando o sulco biciptal enquanto realiza rotação medial e lateral do ombro, a partir da abdução. Caso o ligamento tranverso do úmero esteja rompido o tendão da porção longa do bíceps se encontrará instável. Testes Clínicos do Ombro Tendinite Bicipital 1) Teste de Speed: Procedimento – O paciente em pé ou sentado, com o ombro fletido (45 a 90o), antebraço estendido e supinado. O examinador localiza o sulco bicipital, com uma das mãos, e com a outra segura seu punho enquanto ele realiza flexão do cotovelo contra-resistência. Dor espontânea ou à palpação no sulco bicipital é indicadora de tendinite. Testes Clínicos do Ombro Bursite Subacromial 1) Teste de Dawbarn: Procedimento – O paciente em pé ou sentado, aplicar uma pressão abaixo do processo do acrômio. A seguir, abduzir o ombro a 90º, ainda aplicando pressão na bolsa subacromial (abaixo do acrômio). Obrigado! “Palavra, pequeno rumor entre a eternidade e o momento.” (Cecília Meireles) Manguito Rotador – Rotadores laterais Músculos do Ombro Manguito Rotador – Rotador medial m. subescapular Ombro Ombro Peitoral Menor Peitoral Menor Serrátil Anterior Trapézio I II III Rombóide Maior Elevador da escápula Rombóide Menor m. córacobraquial m. subescapular m. Latíssimo do Dorso m. redondo maior m. infra-espinhal m. Redondo menor m. bíceps braquial m. tríceps braquial cc c m cl m. tríceps braquial cc c m cl Tendinite ou Fraqueza do m. Supra-espinhal Teste da Apreensão Anterior Teste da Apreensão Anterior (Variação) Teste da Apreensão Posterior Teste da Gaveta Anterior e Posterior Teste Irritativo de Neer Teste Irritativo de Hawkins-Kennedy Teste da queda do braço (Sinal do braço caído) Teste de Abbot-Saunders Teste de Yergason Teste do Ligamento Transverso Umeral Bursite Subacromial Instabilidade Multidirecional Instabilidade Multidirecional 1 2 3 Tendinite Bicipital
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