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Avaliação da Marcha -Perimetria - Teste de força

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Avaliação de marcha
Para a avaliação de marcha é necessário que sejam monitoradas as medidas de tempo e distância. Sendo observado desde o primeiro toque do pé de um dos membros inferiores no solo até o próximo toque do mesmo pé mais para frente. O ciclo da marcha é dividido em dois períodos: período de apoio e período de balanço. 
° Período de apoio é o tempo em que o membro inferior permanece em contato com o solo sustentando o peso. Permitindo assim o avanço do corpo sobre o membro que está sustentando. É dividido em subfases: 
1. Contato inicial: toque do calcanhar, contato inicial do pé ao solo. 
2. Resposta a carga: região plantar entra em maior contato com o solo, corpo da pessoa inicia a ir para frente. 
3. Apoio médio: ocorre o deslocamento anterior da tíbia.
4. Apoio final: calcanhar sai do solo em preparação para o próximo passo, tendo o peso corporal sendo apoiado somente sobre o ante pé. 
5. Pré-balanço: hálux sai do solo.
º Período de balanço é o tempo em que o membro inferior permanece no ar. Sendo dividido em subfases:
1. Balanço inicial: Ocorre durante a aceleração, sucede a flexão de joelho e a dorsiflexão do tornozelo.
2. Balanço médio: Os membros inferiores estão lado a lado.
3. Balanço final: Ocorre durante a desaceleração, quando o corpo diminui a velocidade para que ocorra o próximo toque de calcanhar. 
º Com base na interpretação desses acontecimentos, as seguintes variáveis temporais e espaciais devem ser verificadas: 
1. Comprimento da passada: toque do calcanhar de um membro até o próximo toque do calcanhar do mesmo membro. 
2. Comprimento do passo: toque do calcanhar de um pé e o próximo toque do calcanhar do outro pé.
3. Largura da passada: distância entre o pé direito e o pé esquerdo. 
4. Largura da base de sustentação: medida linear entre o pé esquerdo e o pé direito. 
5. Cadencia: número de passos em que o indivíduo realiza por minuto. 
6.Velocidade: tempo gasto em cada passo.
° Em indivíduos que apresentam artrose de quadril deve se observar um padrão de marcha brusca lateral, tendo em vista a força insuficiente, amplitude de movimento inadequada e rotação incorreta. Decorrente a esses acontecimentos, há o aumento no tempo de apoio do lado não envolvido, aumento no suporte com dois membros, aumento do tempo da passada no lado envolvido, e diminuição da velocidade. 
Ocorrendo consequentemente a diminuição da flexão e extensão do quadril, e excursão do quadril, no lado envolvido. Podendo ser verificado a fraqueza dos flexores de quadril durante os intervalos de pré-balanço e balanço inicial. Fraqueza de extensores de quadril no contato inicial e na resposta a carga.
Perimetria: 
A perimétrica no caso de um paciente com artrose de quadril deverá visar a mensuração dos segmentos corporais, a final de se analisar a atrofia muscular em que este individuo apresenta, e também conjuntamente avaliar e estudar os ganhos em que este paciente está obtendo com o tratamento fisioterapêutico. Principalmente comparar os resultados de antes do tratamento e após para poder verificar o crescimento muscular.
Os segmentos a serem analisados são:
° Quadril: Paciente estará em posição ortostática, pernas unidas, braços estendidos ao lado do corpo. Fisioterapeuta estará agachado ao lado do paciente. A mensuração será no plano transverso, no ponto de maior circunferência dos glúteos. 
° Coxa: Paciente estará em posição ortostática, pernas afastadas, braços estendidos ao lado do corpo. Fisioterapeuta estará agachado ao lado do paciente. Neste segmento a três porções a serem mensuradas: 
Porção proximal: No plano transverso, mensurar exatamente abaixo da prega glútea.
Porção medial: No plano transverso, mensurar no ponto meso-femural, na metade da distância da linha inguinal e borda superior da patela, aproximadamente 15 cm acima da patela.
Porção distal: No plano transverso, localizar a borda proximal da patela, e mesurar 3 cm acima.
° Perna: Paciente estará em posição ortostática, pernas afastadas, peso distribuído igualmente nos dois pés, braços estendidos ao lado do corpo. Fisioterapeuta estará agachado ao lado do paciente. A mensuração será no plano transverso, no ponto de maior circunferência da perna.
° Tornozelo: Paciente estará em posição ortostática, pernas afastadas, peso distribuído igualmente nos dois pés, braços estendidos ao lado do corpo. Fisioterapeuta estará agachado ao lado do paciente. A mensuração será no plano transverso, no ponto de menor circunferência do tornozelo, exatamente acima dos maléolos medial e lateral.
Teste de força: 
Os músculos a serem avaliados serão: semitendineo, semimembranáceo, bíceps femoral, flexores de quadril, Iliopsoas, sartório, tensor da fáscia lata, adutores do quadril, rotadores externos do quadril, glúteo mínimo, glúteo médio, glúteo máximo.
º Teste de força: semitendineo e semimembranáceo
Paciente: em decúbito ventral.
Fixação: o examinador deve manter a coxa firmemente para baixo sobre a mesa.
Teste: flexão do joelho entre 50° e 70°, com a coxa em rotação medial e a perna rodada medialmente sobre a coxa.
Pressão: contra o membro inferior, proximal ao tornozelo, na direção da extensão do joelho. Não aplicar pressão contra a rotação.
º Teste de força: bíceps femoral
Paciente: em decúbito ventral.
Fixação: o examinador deve manter a coxa firmemente para baixo sobre a mesa.
Teste: flexão do joelho entre 50° e 70°, com a coxa em discreta rotação lateral e a perna em discreta rotação lateral sobre a coxa.
Pressão: contra o membro inferior, proximal ao tornozelo, na direção da extensão do joelho. Não aplicar pressão contra a rotação.
º Teste de força para flexores de quadril
Paciente: sentado ereto, com os joelhos flexionados sobre a lateral da mesa. O paciente deve se segurar à mesa para prevenir a inclinação para trás e auxiliar os músculos flexores do quadril de duas juntas.
Fixação: o peso do tronco pode ser suficiente para estabilizar o paciente durante este teste.
Teste: com o joelho flexionado, elevando a coxa alguns centímetros da mesa.
Pressão: contra a face anterior da coxa, na direção da extensão.
º Teste de força de Iliopsoas
Paciente: em decúbito dorsal.
Fixação: o examinador estabiliza a crista ilíaca oposta. O m. quadríceps estabiliza o joelho em extensão.
º Teste: flexão do quadril em posição de abdução e rotação lateral discretas. 
Pressão: contra a face ânteromedial do membro inferior, na direção da extensão e discreta abdução, diretamente oposta à linha de tração do m. psoas maior a partir da origem da coluna lombar até a inserção no trocânter menor do fêmur.
° Teste de força: sartório
Paciente: em decúbito dorsal.
Fixação: O paciente pode segurar-se à mesa.
Teste: rotação lateral, abdução e flexão da coxa, com flexão do joelho.
Pressão: contra a superfície ânterolateral da parte inferior da coxa, na direção da extensão, adução e rotação medial do quadril, e contra a perna, na direção da extensão do joelho. As mãos do examinador são posicionadas para resistir à rotação lateral da junta do quadril pela pressão e contrapressão
º Teste de força: Tensor da fáscia lata
Paciente: em decúbito dorsal.
Fixação: o paciente pode segurar-se à mesa.
Teste: abdução, flexão e rotação medial do quadril, com o joelho estendido.
Pressão: contra o membro inferior, na direção da extensão e da adução. Não aplicar pressão contra a rotação.
º Teste de força: adutores do quadril
Paciente: em decúbito sobre o lado direito para testar esse lado (e vice-versa), com o corpo em linha reta e os membros inferiores e a coluna lombar retas.
Fixação: o examinador mantém a coxa em abdução. O paciente deve segurar-se à mesa para manter-se estável.
Teste: adução para cima do membro inferior de baixo, sem rotação, flexão ou extensão do quadril nem inclinação da pelve.
Pressão: contra a face medial da extremidade distal da coxa, na direção da abdução (para baixo, em direção à mesa). A pressão é aplicada num ponto acima do joelho para evitar a distensão do ligamento colateral tibial.
º Teste de força: Rotadores externos do quadril
Paciente: sentado em uma mesa,com os joelhos flexionados sobre a lateral da mesa e segurando-se a esta.
Fixação: o peso do tronco estabiliza o paciente durante este teste. A estabilização também é provida sob a forma de contrapressão, como descrito abaixo em Pressão.
Teste: rotação lateral da coxa, com a perna em posição final do arco de movimento interno.
Pressão: com uma mão, o examinador aplica contrapressão na lateral da extremidade inferior da coxa. Com a outra, aplica pressão no lado medial da perna, acima do tornozelo, empurrando a perna para fora em um esforço para rodar a coxa medialmente.
º Teste de força: Glúteo mínimo
Paciente: em decúbito lateral. Fixação: o examinador estabiliza a pelve.
Teste: abdução do quadril na posição neutra entre a flexão e a extensão e neutra em relação à rotação.
Pressão: contra o membro inferior, na direção da adução e de discreta extensão. 
º Teste de força: Glúteo médio
Paciente: em decúbito lateral, com o membro inferior de baixo flexionado no nível do quadril e do joelho e a pelve discretamente rodada para frente para colocar a porção posterior do m. glúteo médio numa posição antigravitacional.
Fixação: os músculos do tronco e o examinador estabilizam a pelve.
Teste: abdução do quadril, com extensão e rotação lateral discretas. O joelho é mantido em extensão.
Pressão: contra o membro inferior, próximo do tornozelo, na direção da adução e de uma discreta flexão.
° Teste de força: Glúteo máximo
Paciente: em decúbito ventral, com o joelho flexionado a 90° ou mais.
Fixação: posteriormente, os músculos das costas; lateralmente, os músculos laterais do abdome; e anteriormente, os músculos flexores do quadril opostos fixam a pelve ao tronco.
Teste: extensão do quadril, com o joelho flexionado.
Pressão: contra a parte inferior da região posterior da coxa, na direção da flexão do quadril.
º Achados dos testes:
Músculos flexores de quadril, extensores de quadril, adutores de quadril, abdutores de quadril, flexores de joelho, extensores de joelho, rotadores externos, iram apresentar o grau de força muscular reduzidos, o que acarretará numa restrição de flexão do joelho quando o quadril estiver em extensão ou restrição da extensão quando o joelho estiver flexionado, terá a capacidade de flexionar a junta do quadril diminuída, também ocorrerá a diminuição da força da flexão, abdução e rotação lateral de quadril onde os mesmos iram favorecer a instabilidade do joelho, possivelmente o joelho do indivíduo será valgo, ocasionará uma incapacidade de subir escadas, levantar-se de uma cadeira, marcha extremamente difícil, muitas vezes precisando de auxílio.
Referencias: 
JULIANI, Ana Carolina Krummenaer; GAZOLA, Mariele Uberti; KNIELING, Tiago Silva; MORAES, Jefferson Potiguara de. Análise da marcha e funcionalidade de indivíduos com artroplastia total de quadril: analysis of gait and functionality of individuals with total hip arthroplasty. Saúde (santa Maria), Santa Maria, v. 40, n. 1, p. 109-116, jul. 2014.
GRAUP, Susane; DETANICO, Daniele; SANTOS, Saray Giovana dos; MORO, Antônio Renato Pereira. Características da marcha de um paciente com osteoartrose de quadril com e sem auxílio de bengala: characteristics of cane-assisted and non-assisted gait in a patient with hip osteoarthrosis. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v. 16, n. 4, p. 357-362, dez. 2009.
OLIVEIRA, Alessandra Kelly de. Proposta de uma Ficha de Avaliação Fisioterapêutica para Pacientes com Osteoartrite de Quadril. 2014. 28 f. Monografia (Especialização) - Curso de Fisioterapia, Ortopedia e Traumatologia do Hcfmrp-usp, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – Usp, Ribeirão Preto, 2014.
DUTTON, Mark. Fisioterapia Ortopédica: exame, avaliação e intervenção. 2. ed. Porto Alegre: Grupo A, 2010. 1720 p.
ALLISON, Kim; HALL, Michelle; HODGES, Paul W.; WRIGLEY, Tim V.; VICENZINO, Bill; PUA, Yong-hao; METCALF, Ben; GRIMALDI, Alison; BENNELL, Kim L.. Gluteal tendinopathy and hip osteoarthritis: different pathologies, different hip biomechanics. Gait & Posture, [s.l.], v. 61, p. 459-465, mar. 2018. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.gaitpost.2018.02.011.
KENDALL, Florence Peterson; MCCREARY, Elizabeth Kendall; PROVANCE, Patricia Geise; RODGERS, Mary Mclntyre; ROMANI, Willian Anthony. Múculos provas e funções. 5. ed. Barueri: Manole, 2007. 528 p. (2).

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