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EXPERIMENTO 4: ESCOAMENTO EM LEITOS POROSOS* Letícia Maciel de Souza¹, Luciana Alberti¹, Nathana Barilli¹ ¹Acadêmicas do curso de Engenharia Química CEO/UDESC RESUMO Os leitos porosos são formados de um meio sólido poroso, que possibilita a passagem de fluidos através desses espaços vazios, sem que haja expansão ou movimentação da estrutura do leito. Devido a ampla aplicação na indústria, este processo é de grande importância para Engenharia Química. Muitas operações unitária utilizam do princípio de escoamento de fluidos em meios porosos, por exemplo, filtração, adsorção, secagem, aquecimento e resfriamento de sólidos, entre outros. Para o experimento, que seria realizado no laboratório, tem-se uma coluna de leito fixo, preenchida com partículas esféricas, por onde escoa um fluido (água). A vazão do fluido foi controlada, aumentando-a ou diminuindo-a lentamente e a perda de carga, expressa no manômetro, foi registrada. O objetivo deste experimento consiste em determinar a permeabilidade de um leito poroso e compará-la com a obtida teoricamente. Como principais resultados temos que o experimento não apresentou histerese, pois foi quase impossível detectá-la no gráfico. Foi possível determinar as regiões de altas vazões e baixas vazões, onde observou-se que os quatro primeiros pontos, através da Lei de Darcy, coincidem com baixas vazões e o restante com a Equação de Forchheimer, para altas vazões. Os cálculos de permeabilidade obtidos para baixas vazões nos permitem concluir que os valores teórico e experimental apresentaram significativa discrepância de valores, resultando em um erro relativamente alto, comprovando que o método teórico de Carman-Kozeny apresenta inconsistências e precisaria ser reavaliado. O método utilizado para altas vazões também apresentou diferença nos valores teórico e experimental gerando um erro ainda maior que no método a baixas vazões. O valor das constantes “C” também apresentaram discrepância de valores. Em relação ao fator de atrito a mudança de comportamento da curva para Re maior que log 1,8 nos demonstrou a transição do regime laminar para o turbulento, sendo que o fator de atrito diminuiu para valores maiores do número de Reynolds, evidenciando que de fato no regime turbulento o fator de atrito depende apenas da porosidade e do diâmetro das partículas. O gráfico do comportamento global nos demonstra que, para o método experimental o comportamento da curva é exponencial, sendo que conforme aumenta a perda de carga por comprimento (ΔP/L), aumenta também a velocidade (q) e que para os valores teóricos o comportamento é linear. PALAVRAS-CHAVES: perda de carga, leitos porosos, permeabilidade. 1. INTRODUÇÃO O escoamento de fluidos, sejam eles líquidos ou gases, ocorrem através de leitos de partículas, usualmente conhecido como leito fixo. Em muitas operações industriais a fase fluida escoa através de uma fase sólida particulada em estado estacionário. O principal objetivo do leito de partículas, comumente chamado de recheio, é promover o contato íntimo entre as fases envolvidas no processo. Contato este que ocorre *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler. entre a fase líquida ou gasosa, com a fase estacionária (partículas) ou entre diferentes fases fluidas. O recheio da coluna deve ser quimicamente inerte, resistente e ter baixa massa específica, proporcionando a passagem do fluido sem provocar grande perda de carga e possuir um custo razoável. Os tipos mais utilizados são: Anéis de Raschig, Anéis Pall, Anéis Lessing e as Selas de Berl. Podemos citar como exemplos de aplicações de leitos fixos os processos de adsorção, absorção de gases, colunas de destilação com recheio, processo de extração líquido-líquido, leitos de reação catalítica entre outros. Estão envolvidos também na produção de etanol, tratamento de resíduos, secagem de grãos ou cereais e reatores enzimáticos. Objetivo deste ensaio é determinar experimentalmente a permeabilidade (K) de um meio poroso, relacionando a perda de carga com a velocidade superficial de um fluido, assim como calcular o valor da permeabilidade teórica, utilizando as equações de Carman-Koseny e Ergum, comparando-as com a obtida experimentalmente. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Henry Darcy demonstrou em 1856 que a velocidade média de um fluido newtoniano escoando em regime laminar dentro de um leito poroso é proporcional ao gradiente de pressão (ΔP) e inversamente proporcional à distância percorrida no leito (HL). A vazão volumétrica (Q) do fluido percolando através do leito fixo pode ser expressa em termos da altura do leito e de sua área (CECÍLIA, 2015). Sendo assim através do experimento encontramos o ΔP através da HL pela equação 1 e dividimos pela largura (L) da coluna fornecida pelo manual do equipamento de 0,78 m. Posteriormente calcula-se a velocidade superficial (q) pela equação 2 e plota-se um gráfico (ΔP/L x q) para se obter a permeabilidade (K) que representa a resistência ao escoamento do fluido, em baixas vazões, a partir da Lei de Darcy, dada pela equação 3. P L.(ρ cloroformio)g Δ = H (1) (2)q = A Q (3)).qLΔP = ( k μ *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler. A equação de Carman-Kozeny deve ser utilizada no caso de regime laminar, ou seja, quando o número de Reynolds da partícula é menor que 10 (CECILIA,2015). A permeabilidade obtida pela equação de Carman-Kozeny, equação 4, será utilizada para fazer uma comparação entre o “K” obtido experimentalmente (Lei de Darcy) e o “K” teórico. (4)K = ε³(Dp Φ)²36 β (1−ε)² onde: , e , 7Φ = 0 7 β = 5 , 9ε = 0 4 A equação de Forchheimer aplica-se para sistemas com vazões elevadas. Neste caso, ao invés de uma relação linear entre a queda de pressão e a velocidade (ΔP/L x q), observa-se uma relação parabólica, associada à variação da energia cinética de um fluido incompressível com densidade ( ) durante seu escoamento pelo meio poroso (LIU et al., 1994), conforme a ρ equação 5. (5)( ) q ) qL ΔP = μK + ( √K C ρ* 2 Na equação de Forchheimer, o termo ( .K-1) representa os efeitos viscosos da μ interação fluido-sólido, enquanto o termo (Cp.K-(½)) representa os efeitos cinéticos (RUTH et al.,1992). A partir da equação de segundo grau obtida do gráfico (ΔP/L x q), determina-se a permeabilidade (K) do leitoporoso de forma experimental. Calcula-se também a constante “C”. Para determinar a permeabilidade (K) teórica, é utilizada a equação de Ergun, que combina aditivamente os componentes laminar e turbulento da queda de pressão (ECOEDUCACIONAL, 2014). Descrita pela equação 6. (6) O primeiro termo da equação de Ergun é predominante para o regime laminar, o segundo termo tem maior importância para valores mais elevados de Reynolds, devido ao termo quadrático de velocidade. (CARVALHO, 2019). Comparando as equações 5 e 6, podemos inferir relações teóricas para as constantes “K” e “C”, descritas pelas equações 7 e 8, respectivamente. *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler. (7)K = Dp ε 2 3 150 (1−ε)2 (8)C = Dp ε3 1,75(1−ε)√K Posteriormente, deve-se fazer uma comparação entre o “K” obtido experimentalmente (Equação de Forchhmeier) e o “K” teórico (Equação de Ergun). O fator de atrito (f) é outro parâmetro relacionado às condições de escoamento em leitos porosos. Ele representa um parâmetro adimensional, dependente da rugosidade relativa e do número de Reynolds, utilizado para calcular a perda de carga em uma tubulação devido ao atrito entre a fase sólida e o fluido escoando. Com a equação 9 calcula-se o fator de atrito experimentalmente, utilizando a perda de carga do leito e a velocidade superficial. (9)f = LΔP Dp ε3 ρ q (1−ε)2 O número de Reynolds também é um número adimensional que está associado às condições de escoamento, calculado conforme a equação 10. (10)eR = ρ q Dpμ (1−ε) A partir da Lei de Darcy, substituindo o valor de K pela correlação de Carman-Koseny, obtemos uma relação teórica para calcular o fator de atrito em baixas vazões, definida na equação 11. (11)f = 36 βRe Φ2 De forma análoga, utilizando a Equação de Ergun, o fator de atrito se relaciona com o número de Reynolds para altas vazões, através da equação 12. (12), 5 f = Re150 + 1 7 *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler. Procedimento: O procedimento consistiu basicamente em controlar a vazão do fluido lentamente, aumentando e diminuindo a vazão, e anotar a perda de carga do leito pelo desnível no manômetro (Δh). a) Medir a altura do leito poroso no início do experimento b) Com as válvulas VR, VB2 e VM2 fechadas, abrir as válvulas VB1 e VM1. Ligar a bomba. c) Com o auxílio da válvula VR, controlar a vazão do fluido, aumentando lentamente a vazão em intervalos de 0,5 L/min. Para cada vazão (a partir de 1 L/min), anotar a perda de carga no leito pelo desnível no manômetro MU1 (Δh). Fluido de MU1 é uma solução em clorofórmio. d) Ao atingir a vazão máxima (risco de o manômetro estourar), parar de aumentar a vazão. e) Proceda a diminuição da vazão, também com intervalos de 0,5 L/min e faça a leitura e registro da perda de carga no manômetro. f) Quando zerar a vazão (VR fechada), fechar as válvulas VB1 e VM1. Desligar a bomba. Em função do decreto assinado pelo governo de Santa Catarina suspendendo as aulas presenciais, o experimento não pode ser realizado no laboratório. Desta forma, respeitando o cronograma das aulas e seguindo os critérios de segurança, a professora Heveline realizou o experimento no laboratório, disponibilizando aos alunos na forma de vídeo, assim como o fornecimento dos dados necessários para a realização dos cálculos. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Através do Gráfico 1 dos pontos apontados pelo experimento, assumimos a inexistência de histerese pois praticamente não conseguimos detectá-la em comparação com a imagem 1. Imagem 1 - Exemplo de histerese Fonte: Google Imagens *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler. Gráfico 1 - Queda de Pressão experimental versus velocidade superficial Fonte: O autor, 2020 Através do Gráfico 2, onde traçamos as linhas de tendência apenas para curva de crescimento, identificou-se as regiões de altas vazões e baixas vazões. Foi possível notar que os quatro primeiros pontos, através da Lei de Darcy, coincidem com baixas vazões e o restante com a Equação de Forchheimer, para altas vazões. Posteriormente foram calculadas as permeabilidades correspondentes a cada Lei. Gráfico 2- Gráfico da Queda de Pressão versus velocidade superficial com linhas de tendências Fonte: O autor, 2020 *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler. Para o cálculo da permeabilidade (K), em baixas vazões, foi utilizado a Lei de Darcy (experimental) e a equação de Carman-Kozeny (teórico), para fazermos uma comparação entre o K experimental e teórico. Apresentados na tabela a seguir. Tabela 1- Cálculo de permeabilidade, erro e desvio padrão Fonte: O autor, 2020. A permeabilidade de um meio poroso nos possibilita avaliar a sua capacidade de permitir a passagem de fluidos. A constante de permeabilidade K tem dimensão de área e sua unidade é o Darcy (1 D = 9,87 x 10-12 m² = 9,87 x 10-9 cm² ), o qual pode ser entendido como sendo a permeabilidade quando um gradiente de pressão de 1 atm/cm gera uma vazão de 1 cm³/s de um fluido de viscosidade 1 cP, passando por 1 cm² de área aberta ao fluxo (MEDEIROS, 2015). Os cálculos de permeabilidade obtidos para baixas vazões nos permitem concluir que os valores teórico e experimental apresentaram significativa discrepância de valores, como apresentado na tabela 1, sendo que o método teórico apresentou valor de 2,4378x10⁻⁸, enquanto o método experimental apresentou 2,5829x10−9, o que resultou em um erro de 89,40%, indicando uma maior dispersão nos dados, comprovando que o método teórico de Carman-Kozeny apresenta inconsistências e precisaria ser reavaliado. Para o cálculo da permeabilidade (K), em vazões elevadas, foi utilizado a Equação de Forchheimer (experimental) e a Equação de Ergun (teórico), para fazermos uma comparação entre o K experimental e o teórico. Tabela 2- Cálculo de permeabilidade, Constantes C, erro e Desvio padrão. *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente:Heveline Enzweiler. K Experimental K Teórico Erro Desvio Padrão 2,5829E-09 2,4378E-08 8,9405E+01 1,5411E-08± Propriedades Valores Permeabilidade K experimental 4,1429E-09 K teórico (Ergun) 4,9339E-08 Constantes C experimental 1,2873E+00 Fonte: O autor, 2020. Conforme podemos verificar na tabela 2, nota-se que novamente os valores encontrados para a permeabilidade (K) apresentaram variação entre eles, sendo que o cálculo experimental resultou em um valor na ordem de grandeza 10−9, assim como para a equação de Darcy em baixas vazões, e o valor teórico teve ordem de grandeza 10⁻⁸, valor semelhante ao encontrado em Carman-Kozeny, levando a um erro de 91,60%. A constante “C” é um parâmetro adimensional que está relacionado com a porosidade do leito. Ambas também apresentaram valores que não estão na mesma ordem de grandeza, para este cálculo temos um erro em torno de 209%. Gráfico 3- Gráfico do fator de atrito versus o número de Reynolds. Fonte: O autor, 2020. *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler. C teórico (Ergun) 4,1658E-01 Erro (%) K 9,1603E+01 C 2,0902E+02 Desvio Padrão K 3,1959E-08± C 6,1570E-01± Através da correlação feita com a equação de Ergun foi possível calcular o fator de atrito. O primeiro termo da equação de Ergun é predominante para o regime laminar, enquanto que o segundo tem uma maior relevância para valores mais elevados de Reynolds. Podemos aplicar a mesma equação para ambos os regimes, como também para a transição. A mudança de comportamento da curva para Re maior que log 1,8 nos demonstra a transição do regime laminar para o turbulento. Observando o gráfico 3, o fator de atrito diminuiu para valores mais elevados de Reynolds, ou seja, no regime turbulento o fator de atrito depende apenas da porosidade e do diâmetro das partículas. Nikuradse (1933) realizou experimentos a fim de quantificar a dependência do fator de atrito com a rugosidade e a variação do número de Reynolds. Através destes experimentos ele observou que para Re < 2000 o escoamento é linear e o que o fator de atrito é dependente apenas do número de Reynolds. Nikuradse também observou que no regime turbulento, no qual o fator de atrito é obtido experimentalmente, com o aumento do número de Reynolds a sub camada viscosa fica cada vez mais delgada, levando a uma diminuição do fator de atrito. É possível observarmos todas estas correlações propostas por Nikuradse nas curvas apresentadas no gráfico 3, tanto para o método experimental, quanto para o teórico. Gráfico 4- Gráfico do Comportamento Global. Fonte: O autor, 2020. *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler. O gráfico do comportamento global nos demonstra que, para o método experimental o comportamento da curva é exponencial, sendo que conforme aumenta a perda de carga por comprimento (ΔP/L), aumenta também a velocidade (q). Para os valores teóricos o comportamento é linear. Este comportamento do gráfico pode ser explicado através da Lei de Darcy, na qual a velocidade do fluido Newtoniano quando escoa em um regime laminar dentro de um leito poroso, é proporcional ao gradiente de pressão e inversamente proporcional a distância percorrida. 4. CONCLUSÃO A finalidade do experimento foi proporcionar aos alunos um contato mais real e visual com a operação unitária de escoamento em leito porosos, aplicando na prática as equações teóricas vistas em sala de aula, como o cálculo do fator de atrito e a permeabilidade do leito. Através da análise dos resultados , conclui-se que tanto para baixas vazões quanto para altas vazões os valores teórico e experimental apresentaram discrepância no cálculo da permeabilidade, o que nos leva a concluir que os cálculos precisam ser refeitos ou que o equacionamento adotado necessita ser reformulado. O fator de atrito, tanto o experimental quanto o teórico, apresentaram um comportamento semelhante, diminuindo conforme aumentou-se o número de Reynolds. Algo esperado na literatura, pois no regime turbulento a influência do fator de atrito sob o escoamento do fluido será significativamente menor. ERRATA: Devido ao uso da equação incorreta para calcular a perda de carga (Equação 1), os cálculos posteriores apresentam uma margem de erro, influenciando nos gráficos e na interpretação dos resultados. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ECO EDUCACIONAL, NCD INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS DIDÁTICOS LTDA. Experimento de Escoamento em Meios Porosos: Determinação da Perda de Carga e de Fluidização– Sistema Sólido-Líquido (Roteiro de Aula Prática). São José, 2014. *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler. Aurélio, C. M. Operações unitárias em sistemas particulados e fluidomecânicos e outros trabalhos: Editora Blucher, 2018. 9788521208563. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521208563/. Acesso em: 26 Nov 2020 Cecilia, T. C. Operações Unitárias na Indústria de Alimentos. S/N: Grupo GEN, 2015. 978-85-216-3034-0. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-3034-0/. Acesso em: 26 Nov 2020. PINTO, Yuri Lemos de Oliveira. SIMULADORES PARA O CÁLCULO DO FATOR DE ATRITO PARA FLUIDOS ´ LEI DE POTÊNCIA EM DUTOS CIRCULARES E ANULARES. 2016. 73 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10017469.pdf. Acesso em: 25 nov. 2020. MAIA, Clauber Lucian da Silva. DETERMINAÇÃO DE EQUAÇÃO EMPÍRICA PARA PREDIÇÃO DE PERDA DE CARGA NO MÓDULO DE LEITO FIXO DE AULAS PRÁTICAS. 2018. 47 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Química, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/13247/1/CLSM12112018.pdf. Acesso em: 26 nov. 2020. MEDEIROS, William Bruno Barbosa de. ESTUDO DA PERMEABILIDADE DE MEIOS POROSOS COM SOLUÇÃO POLIMÉRICA. 2015. 52 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015. Disponível em: http://monografias.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1708/1/Estudodapermeabilidade_ Monografia.pdf. Acesso em: 25 nov. 2020. FRANÇA, Prof. Dr. Fernando de Almeida (org.). 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Disponível em: *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4661616/mod_resource/content/1/Apostila_dinamic a_particulas_rev03.pdf. Acesso em: 26 nov. 2020. ARGONDIZO, Alexandre. Escoamento em meios porosos (leito fixo). Diadema: Sn, 2011. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/2237815/relatorio-4-1-opi-escoamento-em-meio-poros o-leito-fixo-2011. Acesso em: 26 nov. 2020. S. Liu; A. Afacan, J. Masliyah, Chem. Eng. Sci. 49 (1994) 3565-3586. D. Ruth, H. Ma, Transport in Porous Media 7 (1992) 255-264. 6. ANEXOS 6.1 PROBLEMAS PROPOSTOS 1) Descreva o funcionamento do manômetro em “U” e destaque as fontes de erro mais comumente identificadas em medidas de diferença de pressão realizadas utilizando este instrumento. O tubo em “U” é um dos medidores de pressão mais simples entre os medidores para baixa pressão. É constituído por um tubo de material transparente (geralmente vidro) recurvado em forma de U e fixado sobre uma escala graduada. Os manômetros de tubo U operam de acordo com o princípio da hidrostática, isto é, medem a pressão através de um balanço/equilíbrio de forças em colunas de líquido confinadas em um recipiente tipo tubo U. As pressões que medem são relativamente baixa. O manômetro de tubo em U é aplicado na medição da diferença de pressão entre dois fluidos. O equacionamento do manômetro é: a b ρ ) P − P = ( m − ρf * g * H A calibração do instrumento, que leva a imprecisões na leitura do manômetro, está diretamente relacionada a grande parte dos erros de medição de diferença de pressão. Pode ser identificado com fontes de erros: ● Erro de histerese: ocorre quando há diferença entre a medida, para um dado valor do mensurado, quando esta foi atingida por valores crescentes, e a medida quando atingida por valores decrescentes do mensurado. ● Erros de estabilidade: A estabilidade é a aptidão de um instrumento de medição em conservar constantes suas características metrológicas ao longo do tempo. *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler. ● Erro de repetitividade: é a aptidão de um instrumento de medição em fornecer indicações muito próximas para uma mesma pressão, em iguais condições de operação, em um mesmo sentido de aplicação de pressão. ● Erro de indicação: relacionada com a indicação incorreta do instrumento de medição (mais comum em medidores analógicos de pressão). 2) Análise vantagens e desvantagens do emprego de leitos porosos. As vantagens de um leito poroso: ● Se tratando de reatores de leito fixo, apresentam alta conversão, pois para a maioria das reações produz a mais alta conversão por unidade de catalisador dentre os reatores catalíticos; ● Simplicidade, com baixo custo de construção, manutenção e operação; ● Determinadas operações na indústria química possuem a necessidade do contato entre substâncias encontradas em diferentes estados, por exemplo, as reações catalisadas em que há o contato entre reagente na fase líquida e o catalisador na fase sólida, como e também nas colunas de adsorção em que há contato entre o adsorvente e o meio. ● Leitos porosos permitem operações contínuas. As desvantagens encontradas são: ● Ocorre a formação de canais preferenciais de escoamento, resultando em utilização ineficiente de partes do leito catalítico; ● Apresenta um difícil controle de temperatura, onde haverá zonas com maior concentração de calor e outras com menor, gerando um gradiente de temperatura; ● Se tratando de reatores de leito fixo, a remoção do catalisador é mais difícil, quando comparado ao leito fluidizado; ● Entupimento e obstrução do leito devido ao acúmulo de sólido; ● O escoamento em leitos poroso, provoca atrito entre a superfície sólida e o fluido, ocasionando perda de carga do sistema, e consequentemente, ocorre a elevação da queda de pressão, necessitando assim o auxílio de bombas; ● Devido a problemas de abrasão ocasionada pelo ao atrito entre a fase sólida e o fluido, e o arraste que leva a perda de particulados mais finos, necessita-se o uso de equipamentos para retenção de partículas como ciclone e filtro. *Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Laboratório de Fenômenos de Transportes e Operações Unitárias A - Curso de Engenharia Química - Docente: Heveline Enzweiler.
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