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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS LABORATÓRIO I FENÔMENOS DE TRANSPORTE E OPERAÇÕES UNITÁRIAS Aula 04: REOLOGIA Goiânia, 2021 1. OBJETIVO Definir qual a classificação de cada fluido utilizado e discutir a diferença de comportamento dos fluidos avaliados 2. RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir dos resultados obtidos com base da análise em reômetro foi possível traçar os gráficos de tensão de cisalhamento versus taxa de deformação do óleo de soja (Figura 1), azeite (Figura 2), sacarose (Figura 3), maionese (Figura 4), amido (Figura 5), iogurte (Figura 6), catchup (Figura 7) e mostarda (Figura 8). Figura 1. Tensão de cisalhamento (1/s) versus taxa de deformação (Pa) do óleo de soja. Figura 2. Tensão de cisalhamento (1/s) versus taxa de deformação (Pa) do azeite. Figura 3. Tensão de cisalhamento (1/s) versus taxa de deformação (Pa) da sacarose (50%). Figura 4. Tensão de cisalhamento (1/s) versus taxa de deformação (Pa) da maionese. Figura 5. Tensão de cisalhamento (1/s) versus taxa de deformação (Pa) do amido (5%). Figura 6. Tensão de cisalhamento (1/s) versus taxa de deformação (Pa) iogurte: Figura 7. Tensão de cisalhamento (1/s) versus taxa de deformação (Pa) do catchup. Figura 8. Tensão de cisalhamento (1/s) versus taxa de deformação (Pa) da mostarda. A partir da análise dos gráficos pode-se classificar o óleo de soja, sacarose (50%) e maionese como sendo fluídos Newtonianos. Os fluidos newtonianos possuem uma relação linear entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação. Essa constante de proporcionalidade é denominada também como viscosidade Newtoniana, sendo independente da taxa de deformação ou da tensão de cisalhamento, dependendo somente do material e de sua temperatura e pressão (PEREIRA, 2006). Outros exemplos de fluidos newtonianos são água, leite, glicerina e demais óleos de cozinha como o óleo de milho. Os demais fluidos são classificados como não-Newtonianos. Estes não apresentam proporcionalidade entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação, isso devido às interações entre seus componentes que afetam a velocidade de deformação causada por forças externas (CÁNOVAS; IBARZ, 2002). O azeite e o iogurte, de acordo com a curva obtida ao traçar os gráficos, são classificados como fluidos pseudoplásticos. Assim, a viscosidade destes fluidos varia apenas com a taxa de cisalhamento e a temperatura, sendo que a viscosidade tende a decrescer com a taxa de deformação (TADINI et al, 2016). O catchup e a mostarda apresentaram comportamento de um fluido tixotrópico uma vez que a viscosidade decresce com a taxa de cisalhamento. Apesar desse comportamento ser similar ao dos fluidos pseudoplásticos, no caso dos tixotrópicos há um fenômeno conhecido como histerese, no qual o fluido tende a retornar ao seu estado físico original após aplicação de uma crescente taxa de cisalhamento (TADINI et al, 2016). Já o amido (5%) é classificado como um fluido dilatante. Nesse tipo de fluido, assim como nos pseudoplásticos, a viscosidade varia apenas com a taxa de cisalhamento e temperatura, no entanto a viscosidade tende a crescer com o aumento da deformação. O comportamento não-newtoniano reofluidificante apresentado pelas amostras é provável que seja devido à destruição da rede tridimensional formada entre as lipoproteínas que recobrem os glóbulos de lipídeos (BARRETO, 2006). 3. CONCLUSÃO Dentre os fluidos estudados o óleo de soja, sacarose e maionese são fluidos Newtonianos, enquanto que o azeite, iogurte, catchup, mostarda e amido são não-Newtonianos, podendo ser classificados ainda como pseudoplásticos (azeite e iogurte), tixotrópicos (catchup e mostarda) e dilatante (amido). 4. REFERÊNCIAS BARRETO, P. L. M. et al. Propriedades reológicas de emulsões alimentícias (maionese) contendo farinha crua de arroz, farinha de arroz pré-gelatinizada ou amido de milho como estabilizante. Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC. Florianópolis. SC. 2006. Disponível em: <http://www.sbpcnet.org.br/livro/58ra/senior/RESUMOS/resumo_2392.html>. Acesso em: 30 de Agosto de 2021. CÁNOVAS, G. V. B. IBARZ, A. Food preservation technology series. Unit operations in food engineering. Ed: CRC Press Inc, v. 2, p. 89-139, 2002. PEREIRA, F. A. R. Escoamento laminar de líquidos não-Newtonianos em seções anulares: Estudo de CFD e abordagem experimental. 2006. 106 f. Tese (Doutorado em Engenharia Química) - Faculdade de Engenharia Química, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2006. http://www.sbpcnet.org.br/livro/58ra/senior/RESUMOS/resumo_2392.html TADINI, C. C.; TELIS, V. R. N.; MEIRELLES, A. J. de A.; PESSOA, P. de A. F. Operações Unitárias na Indústria de Alimentos 1. 1ª ed. São Paulo, SP. Editora LTC, 2016.
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