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ANTITROMBÓTICOS Farmacologia III - 2020.1 Os antitrombóticos podem ser usados para profilaxia e para situações de emergência (processo trombótico agudo). CASCATA DE COAGULAÇÃO Protrombina => Fator Xa (10a) => Trombina => Fibrinogênio => Fibrina. "a protrombina é convertida em trombina pela ação do fator Xa. A trombina converte fibrinogênio em fibrina". CLASSES DE ANTITROMBÓTICOS ● Anticoagulantes ● Antiplaquetários ● Trombolíticos/Fibrinolíticos *É PRA GUARDAR O MECANISMO DE AÇÃO DOS GRUPOS* ANTICOAGULANTES Se dividem em: ● Parenterais: heparinas e derivados e Hirudinas ● Orais: varfarinas, dabigatrana e rivaroxabana Anticoagulantes parenterais: Heparina e Derivados ● Fármacos: ○ Heparina-padrão (não fracionada) ○ Heparina de baixo peso molecular (HBPM): enoxaparina ○ Fondaparinux ● Mecanismo de ação: a antitrombina é um polipeptídeo produzido no fígado, e tem a função de inibir alguns fatores da cascata de coagulação. A Heparina-padrão tem um comprimento maior quando comparada à HBPM. Ambas vão se encaixar à antitrombina e potencializar sua ação. ○ O complexo formado pela Heparina-padrão e a Antitrombina, vai inibir o Fator Xa ativado e a Trombina. ○ O complexo formado pela HBPM e a Antitrombina vai inibir o Fator Xa ativado, diminuindo a formação de fibrina. ● As Heparinas não são absorvidas por VO, possuem efeito imediato se administrado via parenteral. ○ A principal via para a Heparina-Padrão é a endovenosa. ○ A principal via para a HBPM é a subcutânea. ● É o grupo de escolha para gestantes, pois não atravessa a barreira placentária. Principalmente a HBPM. ○ Abortos consecutivos e Trombofilia. ● Reações adversas: ○ Sangramento, principalmente com a Heparina-padrão. ■ Todas as vezes que for prescrito Heparina-padrão é necessário monitorar o paciente, através do TTPA (Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada) => determina se a dose da Heparina está correta. ■ Se o resultado for alto = risco de sangramento / se for baixo = não tá anticoagulando, vai formar trombo. ■ Se ocorrer sangramento com a Heparina-padrão há um antídoto, utiliza-se Sulfato de Plotamina, que se liga às heparinas circulantes e anula seu efeito. ■ HBPM não há necessidade de monitoramento, pois o risco de sangramento é muito pequeno. Caso ocorra, não há antídoto. Tenta reverter com plasma fresco, pois é onde estão os fatores de coagulação. Anticoagulante oral: Varfarina (Marevan ®) ● Mecanismo de ação: Antagonista de Vit. K => inibe a ativação dos fatores de coagulação (II, VII, IX e X) => efeito demorado, demora de 3 a 5 dias para aparecer. ○ Os fatores II, VII, IX e X são dependentes da Vitamina K. Só são ativados na presença de Vit K. A Varfarina vai impedir a ativação dos fatores, impedindo a formação do coagulo de fibrina. ○ O efeito demorado é em decorrência do tempo de meia-vida do fator II (Protrombina), que é de em torno de 2 dias. ● O risco de sangramento é muito alto, então o paciente precisa de monitoramento, medindo Tempo de Protrombina (TP), que é padronizado pelo INR. ○ O INR de quem toma Varfarina deve estar entre 2 e 3. Se o INR for menor que 2, o paciente tem risco de Trombose, se for maior que 3 tem risco de hemorragia. ○ Se tomando o medicamento o INR é maior que 3, diminui-se a dose. Se é menor que 2, aumenta-se. ● A Varfarina deve ser prescrita nas primeiras 24h após a administração da Heparina. O paciente só recebe alta no momento que o INR se estabiliza. ● Os riscos de sangramento aumentam quando o paciente tem mais de 70 anos, nos 3 meses de terapia e quando INR > 4,5. ● A Varfarina tem alta afinidade por proteínas plasmáticas, então vai competir com outras drogas: elas deslocam a Varfarina, aumentando a concentração plasmática e, consequentemente, a chance de hemorragia. ○ Fibratos ○ AINES ○ Diuréticos ● A enzima do CYP450 que metaboliza a Varfarina é a CYP2C9, drogas que inibem a CYP2C9 aumentam a concentração de Varfarina. As que induzem, diminuem a concentração da Varfarina. ● Tem efeito teratogênico. ○ Má-formação cardíaca, do SNC... ● Reações adversas ○ Sangramentos ■ Antídoto: Vitamina K, Via Intramuscular. ○ Efeito teratogênico ○ Necrose cutânea ■ Mamas e pênis. TROMBOLÍTICOS/FIBRINOLÍTICOS Os trombolíticos são usados em situações de emergência (embolia pulmonar, IAM...) e no ambiente hospitalar: Alteplase e Streptoquinase. ● Mecanismo de Ação: são ativadores de plasminogênio, favorecendo a conversão do plasminogênio em plasmina. ○ A Plasmina degrada diretamente o coágulo de fibrina. ● Alto risco de hemorragia. O ideal é que um paciente seja trombolizado nas 03 primeiras horas, pois com o decorrer das horas o coágulo se torna mais rígido, aumentando a dificuldade e o risco de sangramentos. ● Contra-indicações absolutas: ○ Hemorragia Intracraniana. ○ Sangramento gastrointestinal grave dentro de 3 meses. ○ Lesão vascular cerebral. ○ Sangramento ativo ou distúrbio hemorrágico. ○ Acidente vascular cerebral isquêmico em 03 meses. ○ Suspeita de dissecação da aorta. ● Reações adversas: ○ Sangramentos ■ Antídoto: ácido aminocapróico. ○ A Estreptoquinase tem ação antigênica, vai apresentar reação alérgica. ANTIPLAQUETÁRIOS Grupos: Ácido Acetilsalicílico e Antagonistas do receptor de ADP. Ácido Acetilsalicílico (AAS): o AAS é um AINE não seletivo. ● Inibe COX-1 e COX-2. Nas plaquetas temos COX-1 constitutiva. ● O Tromboxano, que é produzido nas plaquetas pela COX-1, é o mais potente indutor da agregação plaquetária. O AAS vai inibir a agregação plaquetária. ● Para funcionar como antiplaquetário, é usado entre 50 e 325mg. A dose de manutenção é 100mg. ○ Analgésico, Antitérmico e Anti-inflamatório: acima de 500 mg. ● É o melhor antiplaquetário, porque aumenta a sobrevida. ● Não utiliza doses altas pois vai inibir a COX-1 do estômago, inibindo a síntese de Prostaglandinas, que faz citoproteção gástrica. Isso aumenta a possibilidade de efeitos colaterais. ● Não é utilizado em pacientes que tenham reação de hiperssensibilidade. Antagonistas do Receptor de ADP: Ticagrelor e Clopidogrel. ● Na superfície plaquetária, temos o receptor purinérgico (P2Y12), que é receptor de ADP. Quando o ADP se liga ao receptor, ocorre agregação plaquetária. ● Os antagonistas do receptor de ADP vão bloquear o receptor, impedindo a ligação do ADP e, consequentemente, inibindo a agregação plaquetária. ● O Clopidrogrel é um bloqueador irreversível, o Ticagleror é reversível. ● Efeitos adversos: ○ Sangramentos **No infarto é comum a associação dos AAS e do Clopidogrel, porque são dois antiplaquetários com mecanismo de ação diferentes. Posteriormente é utilizado o AAS, porque aumenta a sobrevida.
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