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➔ A arte de extrair do seu paciente dados e elementos que lhe permite emitir informações com segurança de um diagnostico e um prognostico a fim de subsidiar o tratamento. CONCEITOS IMPORTANTES ❖ Sinal: tudo aquilo que você consegue vê, um índice, vestígio. São manifestações clinicas visíveis e perceptível pelo profissional. Ex: mal hálito, affta. ❖ Sintoma: manifestações subjetivas percebida apenas pelo paciente – sendo relatada por ele. Ex: dor, náuseas, cansaço. ❖ Sinal ou sintoma prodrômico: È um sinal ou sintoma que precede o aparecimento de uma doença Ex: febre – pode anteceder uma infecção ❖ Sinal ou sintoma patognomônico – exclusiva È um sinal ou sintoma que por si só já define a doença Ex: perda de paladar – COVID 19 DIAGNÓSTICO ❖ Conhecimento ou juízo ao momento que define o quadro clinico – temos vários tipos de diagnostico. ☺ D. diferencial: é a relação de doenças ou alterações que mostram sinais e sinais e sintomas semelhantes, que precisa ser investigada são compatíveis com uma determinada lesão. ☺ D. clinico ou hipótese diagnostica: identifica uma doença pela anamnese e exame físico (exame clínico), dentre aqueles relacionados no diagnóstico diferencial que apresenta maior coincidência de detalhes de uma determinada doença. ☺ D. complementar: Laboratorial, bioquímico, anátomo -patologia ☺ D.Sindrômico: Identificação de uma síndrome ☺ D.Definitivo ou final: descobrimento de uma lesão PROGNÓSTICO ➔ È conhecimento ou juízo antecipado, prévio, baseado necessariamente no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, segundo o estado da arte, acerca da duração, da evolução e do eventual termo de uma doença ou quadro clínico sob seu cuidado ou orientação. É predição do médico de como a doença do paciente irá evoluir, e se há e quais são as chances de cura ➔ Principais dados que fundamentam o prognóstico que vai influenciar o prognostico legal ou um prognostico bom ou sofrido. ❖ Tipo de doença – ex: câncer vai ter um prognostico diferente de uma carie. ❖ Leito anatômico – ex: determinadas doenças em má posição anatômica vão ter um prognostico diferente ❖ Dano anatômico e funcional – ex: é a extensão da lesão ❖ Efetividade dos recursos terapêuticos disponíveis – ex: se o tratamento é de fácil utilização ou não. ❖ Condições orgânicas do paciente – ex: paciente totalmente debilitado ou paciente com doença simples ❖ Condições psíquicas do paciente – ex: paciente com problemas psíquicos tem tratamento diferente. ❖ Colaboração do paciente- ex: paciente que não colabora tem um prognostico desfavorável. ❖ Condições financeiras do paciente TRATAMENTO CLINICO ➔ ELEMENTOS DA CONSULTA ❖ Apresentação ❖ Queixa principal ❖ Anamnese ❖ Exame físico geral e especial ❖ Exames complementares ❖ Pareceres ❖ Plano de Tratamento ❖ Tratamento semiotécnica ❖ Exame clínico: coleta sinais e sintomas para elaborar hipóteses ❖ Exame físico + anamnese ❖ Obrigatório os prontuários ANAMNESE ➔ Entrevista realizada pelo profissional de saúde, que tem intenção de ser um ponto inicial do diagnóstico. ❖ Na anamnese são pesquisados os sintomas por meio do relato livre e espontâneo do paciente, podendo-se orientá-lo a manter a cronologia dos fatos durante a descrição. ❖ Reminiscência / Recordação ❖ Representa o diálogo franco entre o examinador e o paciente. ❖ Deve ser entendida como a história evolutiva da doença desde suas manifestações prodrômicas até o momento do exame. ➔ Requisitos importantes para a anamnese: ❖ Saber escutar ❖ Interesse em compreender e auxiliar o paciente ❖ Boa acolhida ❖ Simpatia ❖ Boa apresentação ❖ Interromper o paciente o mínimo possível. ❖ Observação ❖ Controle da ansiedade ❖ Técnica da escuta: o paciente tem a capacidade de relatar com as próprias palavras suas preocupações ❖ Técnica Interrogatório cruzada: o examinador conduz as perguntas. ➔ Classificação dos pacientes: ❖ Sinceros ❖ Mistificados – simulam sintomas ❖ Muito discreto ❖ Pouco inteligente ❖ Portadores de perturbações PROCEDIMENTOS 1. Identificação 2. Queixa Principal 3. História da doença atual 4. História Odontoestomatológica 5. Tratamento médico atual 6. História médica- odontológica pregressa 7. História familiar 8. Hábitos 1- Identificação do paciente: ❖ Nome: ❖ Idade: ❖ Profissão ❖ Sexo ❖ Raça ❖ Local que reside 2- Queixa Principal: ❖ Motivo que o levou ❖ Nem sempre é o mais importante ❖ Palavras do paciente ❖ Sintoma mais importante ❖ Duração do sintoma OBS: cuidado para não invadir a história da doença atual Principais Sintomas: dor, ardor, choque, adormecimento, formigamento, hipersensibilidade, queimação, pulsação, coceira, alterações no paladar, calafrio náusea, tontura. 3- Histórico de doença atual: ❖ Datas dos primeiros sintomas ❖ Descrição dos primeiros sintomas ❖ Desenvolvimento – evolução ❖ Qual foi sua origem ❖ Exames já feitos ❖ Tratamento já utilizados ❖ Estado da doença atual DOR ☺ Intensidade – Pode ser leve, moderada ou alta. ☺ Estímulo – A dor surge espontaneamente ou é provocada? ☺ Duração – Instantânea ou prolongada? Por quanto tempo? ☺ Frequência – Refere-se à periodicidade. Quantas vezes e por quanto tempo o paciente já sentiu essa dor? É intermitente ou de manifestação contínua? ☺ Localização – Dores podem ser difusas ou situadas ☺ Fatores de alívio ou piora – Medicação, frio, calor, abertura da boca, alívio espontâneo, sazonalidade, variabilidade ao longo do dia, entre outros. 4- História Odontoestomatológica ❖ Muito além do seu histórico a consultórios; ❖ Toda sua experiência com o seu sistema odontoestomatognático. 5- Tratamento médico atual ❖ Doenças presentes; ❖ Durações; ❖ Descrições de tratamentos e consequências este e da doença. ❖ Pode ter relação ou não com queixa principal. Ex: aumento de volume na maxila ou mandíbula -paciente com disfunção renal (hiperparatireoidismo); dor na ATM – artrite reumatoide; ❖ Mesmo sem relação direta – interações medicamentosas 6- Antecedentes Hereditários: ❖ Aspectos genéticos, como distúrbios ocorridos com descendentes e ascendentes do paciente que possam de algum modo estar vinculados com a lesão ou a alteração que este apresenta. 7- Hábitos: ❖ Hábito são manifestações repetitivas e às vezes compulsivas que o paciente pratica de forma consciente ou inconsciente. Vício entendem-se hábitos nocivos, como fumar e ingerir bebidas alcoólicas, que são os mais lesivos para a mucosa bucal, principalmente quando associados. ❖ OBS: Hábitos alimentares, sexual, de higiene, uso de drogas etc CONTROLE DA ANSIEDADE DO PACIENTE ❖ Autoconfiança ❖ Controle emocional. ❖ Explicar ao paciente, calmamente, os procedimentos que serão realizados. ❖ Programar procedimentos mais simples e rápidos para o início do tratamento. ❖ Esclarecer ao paciente as sensações que ele poderá sentir ao longo do tratamento. MANOBRAS SEMIOTÉCNICA ➔ Todas as características observadas e que se constituem em alterações da normalidade devem ser minuciosamente descritas no prontuário do paciente, tais como: ❖ Localização precisa ❖ Dimensão ❖ forma ❖ cor ❖ relações com estruturas normais ❖ aspectos da superfície Esticar todas as mucosas para observar EXAME FÍSICO ❖ Completada a história clínica, o exame físico é realizado para a avaliação do paciente. ❖ O exame físico envolve a observação dos sinais vitais e avaliação clínica dos tecidos e regiões da cabeça e pescoço. ❖ Sinais vitais ❖ Exame extra e intra – oral ❖ Testar sinais vitais, avaliar, a pele da face SINAIS VITAIS: ❖ A primeira fase do exame físico é a avaliação dos sinais vitais do paciente, que são afrequência respiratória, frequência cardíaca e pressão sanguínea. Altura, peso e temperatura corporal também podem ser obtidos no início. É importante estabelecer um diálogo com o paciente e discutir calmamente os resultados do exame físico ❖ Frequência respiratória: É determinada com o paciente sentado em uma cadeira odontológica. O profissional senta-se ou fica em pé, próximo ao paciente, olhando para o seu tórax. Deve – se contar o número de vezes que o tórax aumenta de volume e diminui por 30 segundos e multiplicar por 2. A frequência respiratória normal é de 12 a 15 respirações por minuto. ❖ Frequência cardíaca: A frequência, ritmo e força cardíacos são avaliados tomando-se o pulso radial ou da artéria carótida. A frequência cardíaca é determinada pela contagem do número de batimentos durante 15 segundos e multiplicado por 4. A frequência cardíaca normal é de 60 a 80 batimentos por minuto. ❖ Pressão sanguínea: A mensuração da pressão sanguínea avalia a pressão dentro das artérias durante a contração cardíaca (sístole) e a pressão durante a pausa cardíaca (diástole). Para obter esses valores, deve- se gerar uma pressão externa que exceda a pressão sanguínea no interior das artérias e, então, diminui- se lentamente até que a pressão intra-arterial exceda a pressão aplicada externamente, e desse modo abrindo as artérias, é possível detectar o pulso conforme o sangue é novamente bombeado. A pressão na qual a primeira evidência de um pulso pode ser detectada é a pressão máxima ou sistólica, que normalmente oscila entre 110 a 130 mm Hg. Após detectar a pressão sistólica, a pressão aplicada externamente continua a ser diminuída até as pulsações não serem mais detectadas. Esse nível de pressão, a diastólica, varia normalmente entre 70 e 90 mm Hg. ❖ Temperatura corporal: A temperatura corporal é avaliada usando-se um termômetro ou fitas descartáveis orais sensíveis à temperatura. A temperatura normal do corpo é de 37°C (98,6 °F). A temperatura elevada do corpo (estado febril) ou febre está associada mais frequentemente com infecção microbiana. EXAME EXTRA E INTRAORAL ❖ Exame físico extraoral ❖ A fácies expressa o aspecto geral do rosto no qual se revelam sinais sugestivos de determinadas doenças ou situações clínicas. Ex: Na síndrome nefrótica, a face está edemaciada e lívida. O edema costuma aparecer primeiramente na região periorbital e a rima ocular pode se assemelhar a uma fenda. ❖ Seios paranasais: De todos os seios paranasais, somente os maxilares e frontais estão acessíveis ao exame clínico. Procuram-se sinusopatias, sendo uma delas a sinusite. Esta pode ser causada por rinite (congestão nasal, coriza), muitas vezes originada por um vírus (que também pode levar à infecção bacteriana secundária), infecções bacterianas, resfriado, alergias, problemas dentais, mergulho em água fria, problemas com dismorfismo nasal, pólipos nasais, fibrose cística, diminuição da autóclise ciliar e ar seco. ❖ Olhos: As anomalias oculares podem sugerir que outras estruturas faciais ou sistêmicas estejam alteradas. ❖ Músculos mastigatórios e faciais: A palpação bilateral dos músculos faciais pares possibilita ao clínico comparar as diferenças de sensibilidade entre eles. A palpação das regiões masseterinas é feita por compressão digital ou bidigital, aumento da sensibilidade pode indicar bruxismo e outras parafunções mastigatórias. ❖ Articulação temporomandibular: Dores miofasciais e temporomandibulares nas ATM são comumente relatadas, o exame físico da ATM consiste em sua palpação suave e bilateral com os dedos indicador e médio, com a boca fechada e na abertura máxima, na região anterior ao trago da orelha externa e, logo atrás do trago, por dentro da concha da orelha externa, com o dedo mínimo; na mensuração da abertura máxima com um paquímetro, na sua ausculta com estetoscópio e observação de possíveis desvios laterais durante a abertura. ❖ Glândulas submandibulares, parotídeas e submentuais: As glândulas submandibulares situam-se no compartimento submandibular localizado na borda inferior do corpo da mandíbula e podem ser palpadas tanto pela via extraoral, sob a pele, como pela intraoral, pelo assoalho oral ou, melhor ainda, bidigitalmente ou com os dedos de uma das mãos no assoalho e os da outra na pele da região glandular. EXAME FÍSICO INTRAORAL ❖ Lábios e vestíbulo oral : Ainda com o paciente de boca fechada, observam-se simetria, textura, higidez, tamanho e coloração dos lábios (arco de Cupido, cristas filtrais direita e esquerda, vermelhão, tubérculo do lábio superior, rima da boca, comissuras e sulco mentolabial). Solicita-se que o paciente entreabra os lábios e, por palpação, examinam-se os seus tecidos procurando alterações de consistência, aspecto e sintomatologia à compressão suave. A boca será mais aberta e o lábio inferior será evertido com uma ou duas mãos para que se façam a inspeção e a palpação bidigital. Aproveita-se para inspecionar todos os dentes inferiores. O lábio inferior será separado dos dentes para exame visual e tateamento do fundo de sulco, frênulo e bridas laterais. A localização e o volume dos frênulos podem ser significativos para tratamentos periodontais, ortodônticos e protéticos. Aproveita-se, a seguir, para inspecionar todos os dentes inferiores, sua oclusão e os tecidos periodontais. Na etnia negra, a gengiva pode se apresentar acastanhada devido à quantidade de melanina (melanoplaquia), sem que haja anormalidade. Seguem-se a eversão do lábio superior e a sua projeção para anterior com os mesmos objetivos, agora observando e palpando frênulo, bridas laterais, mucosa alveolar, fundos de sulco superiores e os dentes superiores, sua oclusão e os tecidos periodontais. ❖ Assoalho oral e face medial do corpo da mandíbula Passa-se a examinar o assoalho da boca, solicitando que o paciente abra a boca e levante a língua. A movimentação desta e seu frênulo é analisada; pede-se que o paciente a eleve, procurando tocar o seu ápice no palato duro, e, alternadamente, nos dentes superiores posteriores direitos e esquerdos. Com a língua alçada, inspecionam-se e palpam-se o assoalho e a face medial do corpo da mandíbula à procura de alterações de higidez, coloração, consistência e sensibilidade à palpação. ❖ Língua A língua é examinada inicialmente em repouso, e depois pede-se ao paciente que a eleve em direção ao palato e a tracione para os dois lados. Inspecionam-se e palpam-se ventre, ápice, bordas e dorso da língua, esses dois últimos nos seus três terços (anterior, médio e posterior), após realizada apreensão com uma com pressa de gaze para que não escape. No ventre examinam-se o frênulo e as pregas franjadas sublinguais. No dorso, visualizam-se presença e integridade das papilas fungiformes, foliáceas e valadas. Estas são frequentemente confundidas com uma doença pelo paciente. ❖ Mucosas das bochechas : As mucosas das bochechas (antigamente, jugais) direita e esquerda, terços anterior, médio e posterior, são examinadas por inspeção, palpação bidigital e digito palmar e tração para anterolateral. Nota-se a desembocadura dos ductos parotídeos – a carúncula parotídea (ex-ducto de Stensen) – na região à frente dos primeiros e segundos molares, e costuma-se comparar um lado com o outro para avaliar a simetria. Alguns neófitos desavisados poderão confundi-los com doença; a existência de simetria descarta tal possibilidade .Pápilas amareladas, principalmente no terço posterior, podem ser consequência de grânulos de Fordyce – glândulas sebáceas ectópicas. ❖ Rebordos alveolares: São examinados e palpados afastando-se as mucosas das bochechas e solicitando ao paciente a oclusão dental. A expansão dos rebordos alveolares pode revelar sinais de aumento de volume dos ossos gnáticos. ❖ Mucosas dos palatos: Devem ser avaliados, por inspeção e palpação, ospalatos duros e moles, analisando-os por sua consistência, superfície, coloração e mobilidade espontânea ou provocada, ao se pedir que o paciente pronuncie a primeira vogal com a boca aberta. ❖ Regiões retropalatinas e orofaríngeas: Dos palatos, segue-se, por continuidade, para examinar fauces, úvula, pilares tonsilares anterior (arco palatoglosso) e posterior (arco palatofaríngeo), região tonsilar e orofaringe. Se necessário, abaixa-se a língua para facilitar esta manobra. Eventualmente, a úvula poderá estar bífida ou ausente por agenesia ou por exérese cirúrgica. Em geral, em adultos, as tonsilas não ultrapassam muito os pilares tonsilares, sendo mais visíveis em crianças, e apresentam coloração idêntica às das demais mucosas.
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