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Página 1 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora EBOOK EXAME FÍSICO Por: @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Página 2 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Introdução SAE e Processo de enfermagem 3 Técnicas do exame físico 7 Exame Clínico Geral 10 Exame físico - Avaliação da pele, mucosas e anexos 13 Exame físico - Cabeça e pescoço 15 Exame físico – Tórax 17 Exame físico - Cardíaco 19 Exame físico - Abdômen 22 Exame físico - Neurológico 27 Exame físico - Extremidades 32 Questões 33 Página 3 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora SAE e Processo de Enfermagem SAE: É uma metodologia que estabelece um novo paradigma ao trabalho de enfermagem, permitindo maior proximidade ao paciente e família e fornecendo um cuidado seqüencial e de qualidade. O método é organizado em cinco etapas, que ajudam a fortalecer o julgamento e a tomada de decisão clínica assistencial do profissional de enfermagem. Essa é uma atividade privativa do enfermeiro que norteia as ações de toda equipe de Enfermagem, sobretudo de técnicos e auxiliares que desempenham suas funções a partir da prescrição do enfermeiro, e de acordo com a Lei 7498 de 25/06/1986, do Exercício Profissional Etapas do processo da enfermagem dentro da Sistematização da Assistência de Enfermagem: COLETA DE DADOS: Informações básicas que irão definir os cuidados da equipe de enfermagem. Essas informações podem ser passadas pelo próprio paciente, família ou o próprio acompanhante. Página 4 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: É a tomada de decisão sobre os diagnósticos de enfermagem, que irão representar as ações e intervenções, para alcançar os resultados esperados. NANDA 2018-2020: Sistema multiaxial - É um sistema que consiste em eixos, nos quais os componentes são combinados para tornar os diagnósticos iguais na forma Estão representados no título do diagnóstico e podem estar explícitos ou implícitos TIPOS DE DIAGNÓSTICO: Diagnóstico com foco no problema Diagnóstico de Risco Diagnóstico de promoção da saúde Diagnóstico de Síndrome Página 5 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM: Determinado pelo o resultado esperado e quais ações será necessário Planejar envolve: Estabelecer prioridades Fixar os resultados Determinar as intervenções de enfermagem Assegurar que o plano seja registrado com atenção IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM: Realização das ações ou intervenções determinadas na etapa do Planejamento de Enfermagem. de 12.000 atividades: A NIC contém 7 domínios, 30 classes, 514 intervenções e mais Importância do Planejamento Página 6 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM: Consiste na ação de acompanhar as respostas do cliente aos cuidados prescritos, por meio de anotações no prontuário ou nos locais próprios, da observação direta da resposta do cliente à terapia proposta, bem como do relato do cliente. PROCESSO DE ENFERMAGEM: 5 ETAPAS INTERRELACIONADAS, INTERDEPENDENTES E RECORRENTES: Página 7 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Técnica para Exame físico Consiste num conjunto de técnicas e manobras para diagnosticar alguma “anormalidade” no paciente, devendo ser realizado no sentido céfalo caudal, fornecendo subsídios para o diagnóstico e assistência satisfatória da enfermagem. Compõe-se basicamente de quatro técnicas fundamentais: inspeção, ausculta, palpação e percussão. Objetivo do exame físico: ➤ Testar as hipóteses diagnósticas desenvolvidas durante a fase inicial da coleta de dados - entrevista clínica ou anamnese. Deve-se confirmar, afastar ou descobrir nova hipótese diagnóstica Tipos de Exames Físicos: Inspeção - consiste na avaliação minuciosa e sistemática da superfície externa. Vários segmentos corporais são observados: aspecto, tamanho, cor, forma e movimento. A inspeção pode ser estática, observando-se os contornos do paciente parado; ou dinâmica, exigindo ao paciente que faça alguns movimentos. Palpação - é uma técnica utilizada para obtenção de dados por meio do tato (parte mais superficial do corpo com pressão de 1 cm;) e da pressão (parte mais do corpo de 4 cm). Permite a identificação de modificações de textura , espessura, consistência, sensibilidade, volume e dureza. Podendo ter Variações da palpação: ➤ Palpação com a mão espalmada, usando-se toda a palma de uma de ambas as mãos ou só usando as polpas digitais e a parte ventral dos dedos ➤Palpação com uma das mãos sobrepondo-se à outra ; ➤Palpação usando-se o polegar e o indicador formando uma pinça; ➤Palpação com o dorso dos dedos e das mãos, para avaliar temperatura; ATENÇÃO! O paciente deve ser inspecionado por inteiro. Recomenda-se o uso de luz natural e caso seja artificial, a branca é a mais recomendada. Para a inspeção de cavidades, utiliza-se a lanterna clínica. Página 8 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora ➤Dígito-pressão: realizada com a polpa do polegar e do indicador, consiste na compressão de uma área com o objetivo de pesquisar dor, detectar edema e/ou avaliar a circulação cutânea; ➤Punti Pressão : utiliza-se de um objeto pontiagudo, não cortante em um ponto do corpo para avaliar a sensibilidade dolorosa; Percussão – Para Potter (2002, p. 39): percussão é bater no corpo com as pontas dos dedos para demarcar (...) muita prática é necessária para se tornar competente na percussão. A percussão, variante da palpação, aplica pequenos golpes no organismo e analisa as vibrações quanto à intensidade, tonalidade e timbre. Pode ser: ➤ Percussão direta - golpes com as polpas digitais. São dados na região alvo. Movimento de martelo - sempre retirando rapidamente as polpas para que a vibração ocorra ➤ Percussão dígito-digital - Golpes com o leito ungueal do dedo médio (plexor). São dadas no dorso do dedo médio da outra mão (plexímetro - único a tocar no paciente). Possíveis sons na percussão: ➤ Maciço: som que transmite a sensação de dureza e resistência, em todas as regiões desprovidas de ar, como osso e fígado; ➤ Submaciço: é uma variação do maciço, é a presença de ar em pequena quantidade que lhe confere essa característica peculiar; ➤ Timpânico: obtido em regiões que contêm ar, recobertas por membrana flexível, como o estômago . A sensação obtida é de elasticidade; ➤Hipertimpânico: obtido em regiões que contêm ar em grande quantidade, por exemplo, no abdome em caso de acúmulo de gases; ➤Claro pulmonar: som obtido quando se percute uma área sobre os pulmões, quando estão normais, com presença de ar dentro dos alvéolos ATENÇÃO: Mãos aquecidas e unhas cortadas Página 9 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Ausculta - Para ser realizado, o procedimento exige ambiente livre de ruídos externos permitindo, assim, ouvir sons inaudíveis produzidos pelo corpo. ➤ A técnica é feita com auxílio de instrumentos. O sino do estetoscópio deve ser utilizado para auscultar sons mais graves (sons cardíacos anormais). ➤ Usar o diafragma para sons cardíacos, intestinais e pulmonares normais; ➤ Caracterizando o som: sopro, borbulhante, ruído hidroaéreo. ➤ A duração é curta, média ou longa. Página 10 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Exame Clínico Geral Qualitativo: 1. Estado geral: nível de consciência, fácies, fala, confusão mental, mobilidade. O paciente pode estar em bom estado geral (BEG), regular estado geral (REG) ou mau estado geral (MEG). 2. Grau de palidez: mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa oral, leito ungueal e palma das mãos. O paciente pode estar corado (mais avermelhado) ou descorado. 3. Grau de hidratação: hidratado ou desidratado. Caso se encontre desidratado, classificaro grau (em cruzes) (turgor cutâneo) . 4. Icterícia: ictérico ou anictérico. 5. Cianose: cianótico ou acianótico. Redução da oxigenação . 6. Padrão respiratório: eupneico ou dispneico. Observar a frequência respiratória. Quantitativo: Avalia os sinais vitais (SSVV) dos pacientes. Os SSVV de um paciente durante um período de 24 horas, variam bastante, por isso é necessário realizar o controle a cada plantão para os pacientes estáveis; quando tiver alterações ou mesmo se necessário, deverá ser verificado em um menor espaço de tempo. Para os pacientes graves, os SSVV deverão ser verificados a cada 2 horas Página 11 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Os SSVV devem ser verificados com o paciente em posição sentado ou deitado. Temperatura A temperatura é a medida do calor do corpo: é o equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido. Tempo para deixar o termômetro no paciente é de 5 a 10 minutos. Valores da temperatura: É considerado normal 36ºC a 37ºC Temperatura axilar- 36ºC a 36,8ºC Temperatura inguinal- 36ºC a 36,8ºC Temperatura bucal- 36,2ºC a 37ºC Temperatura retal- 36,4ºC a 37,2ºC Terminologias: •Hipotermia: Temperatura abaixo de 35 °C •Afebril: 36,1°C a 37,2°C •Febril: 37,3°C a 37,7°C •Febre: 37,8°C a 38,9°C •Pirexia: 39°C a 40°C •Hiperpirexia: acima de 40°C Pulso e Respiração O pulso e a respiração devem ser verificados no mesmo procedimento, pois o paciente pode interferir, parando ou alterando o ritmo respiratório. Pulso O pulso é um importante componente dos sinais vitais, pois ele diz a freqüência de batimentos do coração uma vez que ao bater, ele injeta sangue na artéria aorta e desta é feita a transmissão para os vasos periféricos através de distensão súbita, o que caracteriza a pulsação. Os valores normais dos SSVV variam conforme a idade e o estado geral do indivíduo. Página 12 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora ➤ Esta alteração pode ser verificada quando se palpa uma artéria. Respiração A principal função da respiração é suprir as células do organismo de oxigênio e retirar o excesso de dióxido de carbono. Valores normais: Homem: - 16 a 18 mpm (movimentos por minuto) Mulher: - 18 a 20 mpm Criança: - 20 a 25 mpm Lactentes: - 30 a 40 mpm Pressão Arterial É a medida da força do sangue contra as paredes das artérias. A medida da pressão arterial compreende a verificação da pressão máxima chamada sistólica e pressão mínima diastólica. A pressão arterial normal é, portanto, aquela na qual as artérias não ficam sob estresse e o coração não fica sobrecarregado. Atualmente, os níveis de pressão arterial para adultos, idosos e adolescentes são divididos da seguinte forma: PRESSÃO ARTERIAL NORMAL – pacientes com pressão sistólica menor que 120 mmHg e pressão diastólica menor que 80 mmHg. PRÉ-HIPERTENSÃO – pacientes com pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg ou pressão diastólica entre 80 e 89 mmHg. HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1 – pacientes com pressão sistólica entre 140 e 159 mmHg ou pressão diastólica entre 90 e 99 mmHg. HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2 – pacientes com pressão sistólica acima de 160 mmHg ou pressão diastólica acima de 100 mmHg. CRISE HIPERTENSIVA – pacientes com pressão sistólica acima de 180 mmHg ou pressão diastólica acima de 110 mmHg. Página 13 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Exame Físico – Avaliação da pele, Mucosas e Anexos Avaliação da presença de cianose: Observar coloração azulada no lábio, leito ungueal, língua e outras extremidades, que é indicativa de redução da oxigenação do sangue ou de redução da perfusão sanguínea, periférica ou central. O paciente pode estar cianótico ou acianótico. O paciente pode estar com coloração mais azulada por hipoperfusão sanguínea em razão do frio (cianose periférica causada pela vasoconstrição periférica, induzida pelo frio). Avaliação da presença de icterícia: Observar coloração amarelada na palma da mão, esclera e freio da língua. Distúrbios hepáticos ou hemólise de hemácias. O paciente pode estar ictérico ou anictérico. Dermatológico (pele, unhas, cabelos): Erupções, nódulos, feridas, prurido (coceira), ressecamento, alterações em cabelos ou unhas; mudanças de tamanho ou cor de verrugas e manchas Inspeção e palpação: Cor, aéreas com alteração de coloração, temperatura, umidade, turgor, vascularização ou hematomas. Lesões (local, tamanho, exsudato, leito da lesão, margem e pele perilesional). Úlceras por pressão (UP): • Estágio I: hiperemia localizado, não branqueável, com pele íntegra. •Estágio II: rompimento de epiderme, exposição da derme, flictena rompida ou integra. •Estágio III: rompimento de derme, exposição de tecido subcutâneo ou outras estruturas, dependendo do local. • Estágio IV: exposição de tecido muscular, ósseo, tendinoso ou outras estruturas mais profundas que tecido adiposo. Excesso de betacaroteno pode se assemelhar à icterícia. Idosos e negros podem ter a esclera com tom amarronzado devido à hiperpigmentação normal desses pacientes. Página 14 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Escala de Braden: É um bom instrumento de avaliação sistemática dos riscos para desenvolvimento de UP. Esta escala foi criada pela enfermeira Bárbara Braden que com intuito de estimar o risco para UP baseia-se em seis condições de risco(14): 1. Umidade – grau de umidade que a pele está exposta; 2. Atividade – grau de atividade física; 3. Mobilidade – capacidade que o indivíduo tem de mudar o posicionamento do corpo; 4. Nutrição – avalia o estado nutricional quanto à ingestão de proteína; 5. Fricção e Cisalhamento – grau de contato da pele do cliente e lençol de acordo com a mobilidade do indivíduo. ➤ O objetivo da Escala de Braden é individualizar o tratamento que será dispensado para cada paciente de forma sistematizada através da pontuação obtida, onde o risco (que pode ser classificado em: brando, moderado ou severo) irá determinar o risco que o paciente tem de desenvolver ou não a UP(15). Página 15 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Exame Físico - Cabeça e Pescoço Face: Hipocráticas (aquele paciente extremamente emagrecido) Linfonodos: ➤ São órgãos encapsulados constituídos por tecido linfóide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos linfáticos. Os linfonodos são os filtros da linfa, antes de atingir o sangue atravessa ao menos um linfonodo. ➤ Responsável pela ativação dos linfócitos B e T ➤ O aumento dos linfonodos, facilmente detectável na maioria dos processos infecciosos e inflamatórios, pode comprometer a função de alguns órgãos vizinhos; ➤ Deve-se avaliar o tamanho de todos os linfonodos que seja possível realizar a palpação, incluindo-se a avaliação de consistência (firme), sensibilidade (em processos inflamatórios/infecciosos → Tornam-se sensíveis ao toque), mobilidade (são móveis) e temperatura (igual a da pele). • Submandibular • Cervical anterior (anterior ao m. esternocleidomastoideo) • Cervical posterior (posterior ao m. esternocleidomastoideo) • Occipital • Pré-auricular Síndrome de Cushingoide: Paciente com uma face bem arredondada, em lua cheia Lúpica: Aquela que apresenta uma vermelhidão em forma de “borboleta” Página 16 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora • Retroauricular • Supraclavicular Olhos: ➤ Edema ➤ Queda da pálpebra superior (blefaroptose ou ptose palpebral), ➤ Alteração do globo ocular (exoftalmia: protrusão, microftalmia: globo pequeno, hipertelorismo: afastamento das cavidades orbitárias estrabismo, nistagmo: movimentação involuntária, entre outras). Pescoço: ➤ Artéria carótida e veia jugular, ingurgitamento da veia jugular interna (o paciente deve ficar em decúbito dorsalcom elevação da cabeceira a 45º). Página 17 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Exame Físico - Tórax Região da parede torácica -T1 até T12, e lateralmente é delimitado pelas costelas Tórax: Respiratório: frequência de tosse, escarro (cor, quantidade), hemoptise, hemoptoico (sangue misturado como o escarro), dispneia, chiado no peito Mamas: Nódulos, dor ou desconforto; presença de secreção mamilar Avaliação Pulmonar: Inspeção (estática e dinâmica), palpação, percussão e ausculta, aparência do tórax, pectus excavatum (tórax escavado ou “tórax de sapateiro”): inversão da concavidade do esterno, tórax em barril: retificação das colunas vertebrais e elevação do esterno (tórax comum em enfisematosos). Tipos de tórax: Padrão sistemático: Avalia o movimento do ar, detecta a presença de obstrução de vias aéreas, sons respiratórios normais, anormais ou adventícios, (creptação, roncos, sibilos, atritos pleural) Ruídos adventícios: Estertores finos (crepitações): são tipos de sons nítidos e descontínuos semelhantes ao friccionar dos cabelos. São gerados quando o ar entra em um alvéolo pulmonar que contenha líquido (Ex.: pneumonia, edema pulmonar). Ocorrem no final da inspiração. Roncos: são ruídos longos, graves e musicais, gerados pelo turbilhão aéreo que se forma com a movimentação de muco e de líquido dentro da luz das vias aéreas (geralmente brônquios de grosso calibre). Indicam asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas. Aparecem na inspiração e, com maior frequência, na expiração. Página 18 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Sibilos: são sons contínuos, musicais e de longa duração. Os sibilos acompanham as doenças que levam à obstrução de fluxo aéreo. Em geral são múltiplos e disseminados por todo o tórax, quando provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica toda como acontece na asma e na bronquite (DPOC). Atrito pleural: ocorre por um processo inflamatório das pleuras visceral (que é a estrutura que reveste o pulmão) e parietal (que é a estrutura que recobre o interior da parede torácica). Isso torna a superfície das pleuras irregulares, gerando o atrito pleural. Dica: O som é similar ao atrito de um pano velho. Estridor: o estridor pode ser considerado como um tipo especial de sibilo, com maior intensidade na inspiração, audível à distância, e que acontece nas obstruções altas da laringe ou da traquéia, fato que pode ser provocado por laringites agudas, câncer da laringe e estenose da traquéia. Página 19 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Exame Físico - Cardíaco - Anatomia: O coração se estende do segundo ao quinto espaço intercostal e da margem direita do esterno até a linha medioclavicular esquerda. A parte superior é a base e a parte inferior é o ápice - Queixa principal: identificar a queixa principal do paciente (o que ele está sentindo, qual local, por quanto tempo). Histórico do paciente: Dor precordial Dispneia Ortopneia Edema Tosse Fadiga Cianose ou palidez Estilo de vida Nictúria Histórico (HAS, colesterol, sopro) Histórico familiar (HAS, DM, doença cardíaca) - Preparação do material: estetoscópio. - Preparação do ambiente: boa luminosidade, temperatura agradável e privacidade. - Preparação do paciente: paciente em posição confortável. Inspeção: - Turgência Jugular: É o enchimento persistente das veias jugulares quando se adota a posição semi sentada (45 °) ou sentada; Etapas do exame físico abdominal Inspeção Palpaçã o Ausculta Página 20 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora - Abaulamentos; - Pulsações epigástricas; - Batimentos ou movimentos visíveis; - Perfusão periférica. Turgência jugular Palpação: - Frêmito cardiovascular: É a sensação tátil das vibrações produzidas no coração ou nos vasos. Correspondem aos sopros (frêmito catário); - Pulsos: Examinar os pulsos carotídeo, temporal, axilar, braquial, femoral, poplíteo, pedioso, tibial posterior; Deve-se avaliar frequência, ritmo (arrítmico ou rítmico) e amplitude (cheio, fino, imperceptível). - Batimentos ou movimentos visíveis e/ou palpáveis; - Comparar pulsos carotídeos; - Ictus Cordis: impulso apical ou choque da ponta → traduz o contato da porção anterior do VE com a parede torácica, durante a fase de contração isovolumétrica, do ciclo cardíaco. O ictus pode ser percebido em cerca de 25% dos pacientes. Pode ser observado com o paciente em posição supina, em decúbito dorsal ou lateral esquerdo. Localização: Cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com 5º espaço intercostal. Link de vídeos https://www.youtube.com/watch?v=hiOnIKHvq7Y https://www.youtube.com/watch?v=lQQNbscfWPE https://www.youtube.com/watch?v=hiOnIKHvq7Y Página 21 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Ausculta: - Focos: 1) Aórtico: 2º espaço intercostal direito na linha paraesternal; 2) Pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo na linha paraesternal; 3) Mitral: 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular; 4) Tricúspide: parte inferior do esterno, junto ao apêndice xifóide na linha paraesternal esquerda; - Bulhas: 1) Primeira bulha: fechamento da valva mitral e tricúspide; Coincide com ictus e com pulso carotídeo; Mais grave e duração maior que B2; Maior intensidade em foco mitral. 2) Segunda bulha: Fechamento da valva aórtica e pulmonar; Aórtica precede a pulmonar na inspiração; Som mais agudo e mais seco. 3) Terceira bulha: Protodiastólico, baixa frequência; Enchimento ventricular rápido. 4) Quarta bulha: Fim da diástole Normal em crianças/adolescente. Contração atrial / desaceleração do fluxo. - Sopros: Vibrações decorrentes de alterações de fluxo sanguíneo, viscosidade ou turbilhonamento. são intimamente ligados a lesões valvares. 22 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Importante lembrar • Aquecer as mãos e o estetoscópio antes de tocar no paciente; • Manter as unhas curtas; • Deixar a área dolorosa por último. Exame físico – Abdômen - Anatomia: O abdome é uma cavidade oval ampla que se vai do diafragma até a margem da pele. - Queixa principal:: identificar a queixa principal do paciente (o que ele está sentindo, qual local, por quanto tempo). Histórico do paciente: Nutrição Cirurgias Intolerâncias Disfagia Pirose Descrição da dieta Fatores de risco Vômitos Náuseas Uso de medicamentos Uso de álcool ou drogas Mudança no apetite Dentes Próteses Eliminação intestinal Perda ou ganho de peso úlcera, hepatite, apendicite... Dispepsia Odinofagia Dor abdominal Condições retais Estado abdominal - Preparação do material: estetoscópio, luva, régua, caneta, abaixador de língua, lanterna. - Preparação do ambiente: boa luminosidade, temperatura agradável e privacidade. - Preparação do paciente: • Esvaziar a bexiga;, • Decúbito dorsal; • Exposição total do abdome; Página Página 23 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Inspeção Contorno (plano, globoso, arredondado, escavado); Simetria (abdome simétrico bilateralmente, presença de protuberâncias, hérnias); Cicatriz Umbilical (se desloca para fora na gravidez, ou caso de ascite, massa ou hérnia. Profundamente retraída na obesidade); Pele (cicatrizes, manchas, ostomias); Pulsação ou Movimentos; Distribuição dos pelos. Ausculta A ausculta deve ser realizada antes pois a percussão e a palpação podem aumentar a peristalse. A ausculta deve ser iniciada pela Quadrante Inferior Direito (QID), seguindo para o Quadrante Superior Direito (QSD), depois Quadrante Superior Esquerdo (QSE) e por último o Quadrante Inferior Esquerdo (QIE). ATENÇÃO: deve-se aquecer o diafragma do estetoscópio. - Sons intestinais: observar as características e a frequênciados sons, verificando a presença ou ausência deles e se estão normais, hiperativos ou hipoativos. - Sons hiperativos: são altos, agudos, rápidos e tilintantes e indicam aumento da motilidade intestinal. Muito comum em casos de diarreia. Página 24 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora - Sons hipoativos ou ausentes: acontecem após cirurgia abdominal, inflamação do peritônio ou obstrução do intestino. Percussão - Percussão do fígado: meça a altura do fígado na linha medioclavicular direita. Comece na área de ressonância do pulmão e percuta para baixo nos espaços intercostais até que o som mude para qualidade maciça (marque o local - geralmente no 5 espaço intercostal). Depois continue percutindo até o som mudar para timpânico (marque também. Depois meça a distância entre as marcações. Normalmente em um adulto, a extensão do fígado varia de 6 a 12 cm. - Percussão do baço: Deve-se localizar o som maciço do baço percutindo do nono ao décimo primeiro espaço intercostal logo atrás da linha medioaxilar esquerda (normalmente a área de macicez esplênica não é maior que 7 cm em adultos). - Sons da percussão: • Timpânico: é identificado quando percutimos estruturas repletas de ar (ex: estômago e alças intestinais). • Maciço: quando se percute uma região sólida, desprovida de líquido ou ar (ex: fígado). • Submaciço: produzido em regiões com quantidade restrita de ar (ex: região localizada entre o parênquima pulmonar e um órgão sólido). Percussão por Piparote O Sinal de Piparote é um sinal indicativo de ascite. Piparote positivo ocorre quando fazemos uma percussão no abdome do paciente e notamos a propagação de uma onda do líquido acumulado. Como fazer: pedir ao paciente que coloque sua mão no centro da barriga. Então você coloca uma mão na lateral e na outra lateral você percute. Se você sentir a propagação de uma onda líquida (vibração), então o sinal é positivo. Sinal de Jobert É um sinal clínico que se refere ao desaparecimento do som maciço e aparecimento de hipertimpanismo na região hepática. Este sinal indica perfuração do fígado. Página 25 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Palpação - Palpação superficial: com quatro dedos juntos, pressione a pele por cerca de 1 cm. Verifique se há rigidez. - Palpação profunda: com quatro dedos juntos, pressione a pele por cerca de 5 a 8 cm, explorando todo o abdome. Para superar a resistência de uma abdome muito grande use a técnica bimanual. Coloque uma mão sobre a outra. A mão de cima empurra e a mão inferior está relaxada e pode se concentrar na palpação. Deve-se observar localização, tamanho, consistência, mobilidade de qualquer órgão palpável e a presença de algum aumento anormal, sensibilidade ou massas. Sinal de Blumberg Dor à descompressão brusca no ponto de Mc Burney – indicativo de apendicite. Sinal de Rosving Palpa o QIE e sente no QID (indicativo de apendicite) Sinal de Murphy Palpa acima do umbigo no QSD (colecistite). Sinal de Giordano Página 26 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Bater com a lateral da mão na cintura para ver o rim. Página 27 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Exame físico - Neurológico - Anatomia: O sistema nervoso é dividido em: central e periférica. O SNC é formado pelo encéfalo e medula espinhal. O SNP é constituído pelos 12 pares de nervos cranianos, 31 pares de nervos espinhais e todos os seus ramos. - Queixa principal:: identificar a queixa principal do paciente (o que ele está sentindo, qual local, por quanto tempo). Histórico do paciente: Cefaleia Tremores Tontura Vertigem Convulsões Traumatismo craniano Fraqueza ou descoordenação Dormência ou formigamento Dificuldade de deglutição ou de fala História neurológica pregressa - Preparação do material: lanterna de pupila, abaixador de língua, cotonete de algodão, bola de algodão, diapasão (128 ou 256 Hz) e martelo de percussão. - Preparação do ambiente: boa luminosidade, temperatura agradável e privacidade. - Preparação do paciente: deixar o paciente em posição confortável. Exame físico geral Mucosas; Estado de nutrição; Alterações cutâneas: manchas hipercrônicas, hipocrônicas e vinhosas, adenomas de face, tumoração, alterações tróficas da pele e anexos; Exame de crânio: palpação, percussão, ausculta; Exame da coluna: inspeção, movimentação ativa, percussão; Exame de ossos e articulações; Pontos dolorosos; Aparelho cardio-respiratório; Página 28 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Aparelho digestivo; Aparelho geniturinário; Pulsos arteriais: carotídeo, radial, femural, pedioso, temporal superficial. Exame psíquico: Estado de consciência: coma, confusão mental, delírio, excitação psicomotora; Estado mental: Orientação, atenção, memória, fala, afetividade, associação de idéias, raciocínio, alucinação e ilusão; Estado emocional: apatia, depressão, ansiedade, hiperemotividade. Exame neurológico: Sensibilidade: • Superficial (tátil, térmica, dolorosa); Dolorosa Usar um alfinete ou algo que provoque dor mas que não penetre a pele. Tátil Usa-se algodão seco ou gaze. Térmica Utilizar algo gelado e quente e aplicar no mesmo local para testar a sensibilidade. • Proprioceptiva (cinético-postural, vibratória); A sensibilidade proprioceptiva pode ser pesquisada através de um diapasão, colocando-o nas saliências ósseas: dorso do pé, maléolos, tíbia, rótula, sínfise púbica, cristas ilíacas, falange dos dedos, esterno, olécrono, clavícula. Para melhor confiabilidade do exame, coloca-se o diapasão ora parado, ora vibrando, solicitando-se ao paciente que faça esta diferença. Explicar e fazê-lo entender que ele deve perceber a vibração e não a sensação de algo encostado na pele. Outra forma é colocar um dos membros numa determinada posição estando o paciente de olhos fechados e solicitar Página 29 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Motricidade: observar como o paciente caminha 10 a 20 passos, vira-se e retorna ao ponto de partida. Normalmente a marcha é suave, rítmica e sem esforço. O balanço dos braços é coordenado. Peça ao paciente que ande em linha reta colocando um pé na frente do outro para verificar problemas de coordenação. Força: testar a força da mão dominante, dos músculos. • Hipotonia: observam-se o achatamento das massas musculares, consistência muscular diminuída, passividade aumentada; • Hipertonia: consistência muscular aumentada, passividade diminuída; Reflexos: • Reflexos superficiais: o estímulo provocador do reflexo é superficial, feito, em geral, com um estilete de ponta romba (palito de fósforo) e a resposta é a contração de um grupo muscular, por exemplo os Cutâneos abdominais. • Reflexos profundos: são obtidos batendo-se com um martelo apropriado no tendão do músculo, sua distensão rápida leva à contração reflexa e ao relaxamento simultâneo dos músculos antagonistas (biceps, triceps, peitoral, flexor dos dedos, patelar). para que coloque o membro homólogo na mesma posição. Teste de Romberg Peça ao paciente que fique em pé com os pés juntos e braços ao lado do corpo. Quando o paciente estiver em uma posição estável, peça a ele que feche os olhos e mantenha a posição por cerca de 20 segundos. Normalmente uma pessoa pode manter o equilíbrio, embora possa ocorrer ligeira inclinação. Página 30 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora • Reflexo cutâneo plantar: Paciente em decúbito dorsal, com os MMII estendidos, estimular superficialmente com um estilete ou objeto rombo a regiões plantares direita e esquerda, próximo à borda lateral. A resposta normal é a flexão dos dedos do pé. A inversão da resposta (extensão do hálux) indica lesão na via piramidal e é chamado de Sinal de Babinski positivo. • Reflexo Aquileu: Deve-se percutir o tendão de Aquiles acima desua inserção no calcanhar. Há o estímulo contrátil dos músculos crurais posteriores, gastrocnêmio, sóleo e plantar. O reflexo é a flexão plantar. O paciente fica de joelhos em plano alto com os pés para fora. Nervos cranianos: I - Olfatório: pedir ao paciente para fechar olhos e utilizar substâncias de odores diferentes para testar uma narina por vez. Questionar se sente o cheiro; Se o odor é desagradável; Se identifica o odor. II - Óptico: Fundoscopia: Verificar a retina, papila óptica e vasos retinianos; Acuidade visual: testar a leitura e a visão; III, IV e VI - Oculomotor, Toclear e Abducente: Verificar simetria das fendas palpebrais e protusão ocular; Movimentação extraocular (observar nistagmo, assimetria da movimentação e queixa de diplopia); Reação pupilar à luz; V - Trigêmio: Sensibilidade de face; Observar a reação de piscamento normal em ambos os olhos d. repetir no outro lado; VII - Facial: Mobilidade de Face VIII - Vestibulococlear: testar a audição; IX e X - Glossofaríngeo e Vago: Voz e Deglutição; XI - Acessório: Força do músculo Trapézio e Esternocleidomastóideo (solicitar para manter os ombros elevados; tentar abaixar os ombros); XII - Hipoglosso: Motilidade da Língua (observar a língua dentro e fora da boca); Página 31 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Página 32 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora Exame físico – Extremidades Membros superiores e inferiores - Inspeção: cor (cianose), tamanho, alterações, deformidades, atrofias. - Palpação: pulsos (radiais, braquiais, femorais, poplíteas, pediosos); avaliação dos linfonodos, avaliação da temperatura, força muscular, edema, perfusão periférica, força e mobilidade avaliar presença de empastamento de panturrilhas. Testes para confirmação da Trombose Venosa Profunda: - Sinal de Homans: consiste na dorsiflexão do pé sobre a perna e o paciente vai referir dor na massa muscular da panturrilha. - Sinal da Bandeira: consiste em menor mobilidade da panturrilha empastada ao se comparar um membro inferior com outro, durante a palpação. Edema O edema é definido como um aumento de volume devido ao acúmulo de líquido no espaço intersticial em qualquer parte do corpo. O edema de membros inferiores é um sinal comum e pode ser um achado de um sério problema de saúde. Deve-se confirmar a existência do edema, que se caracteriza pela formação de cacifo (sinal de Godet) ao pressionar com o polegar a região pré-tibial e maleolar os membros inferiores por, pelo menos, cinco segundos. 1+ para edema leve até 4+ para edema depressível profundo, deve-se gradua-lo com cruzes, exemplo: +/++++ Página 33 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora QUESTÕES: 1) Uma das etapas da consulta de enfermagem é o exame físico. Neste procedimento, o enfermeiro deverá realizar, APENAS, as seguintes fases: a. Observação clínica, ausculta e palpação. b. Observação clínica, ausculta, palpação e toques retal e anal. c. Observação clínica e ausculta. d. Ausculta e palpação. e. Inspeção, ausculta, palpação e percussão. 2) Na palpação, uma das técnicas empregadas no exame físico, o enfermeiro utiliza o tato (parte superficial) e a pressão (parte mais profunda) em busca de modificações do segmento avaliado. a) Certo b) Errado 3) No que se refere ao sistema digestório, assinale a alternativa incorreta. A. Os odores bucais são características de doença gastrointestinal, tais como doença ulcerosa péptica, acentuada obstrução intestinal, insuficiência hepática e neoplasmas de esôfago. B. No que se refere ao exame abdominal, a pulsação da aorta é normalmente observada na área epigástrica. C. Os sons intestinais normais são irregulares, bolhosos e ocorrem a cada 5 a 15 segundos; os hiperativos são rápidos, de tonalidade elevada. D. Inicialmente deve-se fazer uma leve palpação para identificar resistência muscular e áreas de hipersensibilidade. E. Na percussão o som que é percutido independe da estrutura subjacente. 4) O enfermeiro, durante o exame físico a um paciente com insuficiência cardíaca realiza a ausculta dos pulmões para detectar estertores e sibilos. Os estertores que são produzidos pelo fechamento súbito das pequenas vias aéreas edemaciadas e os alvéolos que foram aderidos pelo exsudato podem ser ouvidos no início da inspiração e não são eliminados pela tosse. a. Certo b. Errado 5) A realização de exame físico, segundo Potter e Perry, especificamente na avaliação da frequência e ritmo da arterial radial, exige que o mesmo seja contado durante 30 segundos ou por um minuto inteiro, dependendo do caráter do pulso. a. Certo b. Errado 6) O enfermeiro, segundo Potter e Perry, avalia quatro tipos de sons na percussão: timpanismo, ressonância, hiper-ressonância e macicez. Página 34 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora a. Certo b. Errado 7) A utilização dos métodos propedêuticos segue uma ordem. Durante o exame físico do abdome, o enfermeiro deve primeiramente realizar a inspeção, em seguida a palpação e percussão, e por fim a ausculta. a. Certo b. Errado 8) O exame neurológico é um processo sistemático que inclui inúmeros testes clínicos, observações e avaliações destinadas a aferir um sistema complexo. (I) Com os olhos fechados, o paciente identifica odores familiares (café, tabaco). (II) Testar para rotações oculares, movimentos conjugados, nistagmo. Testar para os reflexos pupilares e inspecionar as pálpebras para ptose. (III) Avaliar a capacidade do paciente para discriminar entre açúcar e sal no terço posterior da língua. (IV) Abaixar a parte posterior da língua ou estimular a parte posterior da faringe para provocar o reflexo de vômito. Em relação ao exame dos pares de nervos cranianos, conforme descrito acima (de I a IV), a alternativa CORRETA que representa a ordem dos pares cranianos testados é: a. Olfatório – Trigêmeo – Hipoglosso – Vago. b. Óptico – Oculomotor/Troclear/Abducente – Acessório – Facial. c. Facial – Hipoglosso – Vago – Trigêmeo. d. Olfatório – Oculomotor/Troclear/Abducente – Glossofaríngeo – Vago. 9) De acordo com Barros et al (2002), a ausculta é um método semiológico que oferece informações valiosas acerca dos sons cardíacos, que são chamados de bulhas cardíacas. Sobre as bulhas cardíacas, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO: a. O desdobramento fisiológico (normal) da segunda bulha ocorre durante a inspiração e em decorrência do fechamento retardado da valva pulmonar. b. Na base do coração, a segunda bulha cardíaca normal sempre é mais alta do que a primeira bulha, ao passo que ambas as bulhas, de regra, têm uma intensidade quase idêntica na altura da borda esternal esquerda. c. A primeira bulha cardíaca marca o início da sístole e é melhor ouvida no foco mitral e no foco tricúspide. d. A segunda bulha cardíaca resulta do fechamento abrupto das valvas atrioventriculares, o que causa certa turbulência do sangue e vibração de estruturas dentro dos ventrículos. 10) A percussão é uma técnica utilizada no exame físico e compreende promover vibrações no corpo com as pontas dos dedos ou com as mãos. A percussão produz cinco tipos de sons, entre eles o timpânico, que apresenta como características: a. Som baixo, superficial, de duração longa e abafado b. Som muito alto, profundo, de duração longa e vibrante c. Som alto, de timbre alto, de duração moderada, tipo tambor d. Som suave, de timbre alto, de duração moderada, tipo golpe surdo Página 35 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora 11) Durante o exame físico, o enfermeiro observa que o paciente, portador de insuficiência hepática, apresenta a esclera com coloração amarelo-alaranjada. Acerca dessa situação hipotética, é correto afirmar que essa coloração se denomina a. Cianose. b. Palidez. c. Icterícia. d. Eritema. e. Hiperpigmentação. 12) O exame físico consiste no levantamentode condições globais do cliente para buscar informações para subsidiar a assistência. Sobre as técnicas utilizadas no exame físico e os possíveis achados, assinale a alternativa correta. a. Deve ser realizado sempre no sentido cefalopodal, independente da situação ou paciente. b. No exame do pescoço, é necessário atentar-se para contraturas, glândula tireoide e linfonodos palpáveis. c. Na avaliação da cabeça e pescoço, utilizam-se técnicas de inspeção e percussão. d. Durante a ausculta pulmonar, é possível auscultar sons normais como os ruídos adventícios e também sons anormais como os murmúrios vesiculares que se dividem basicamente em: sibilos, estertores creptantes, roncos e atrito pleural. e. No exame físico do abdômen, é necessário realizar primeiramente a percussão, pois a realização da ausculta e a palpação podem interferir nos sons observados. 13) Ao realizar exame físico cardiocirculatório num determinado paciente, no momento da palpação precordial, se houver presença de frêmitos, indica que: a. Esse paciente apresenta taquicardia grave b. Esse paciente está em parada cardiorrespiratória c. Esse paciente apresenta sopros cardíacos d. Esse paciente apresenta insuficiência de valva mitral 14) Homem, 32 anos, deu entrada no OS apresentando febre de 38 graus. Na inspeção, paciente em posição fetal, queixando-se de dor abdominal. Apresentou, ainda, sinal de Blumberg positivo, o qual é caracterizado por a. Suspensão da inspiração devido à dor à compressão do rebordo costal direito b. Dor durante a rotação interna da coxa fletida c. Dor na fossa ilíaca direita após compressão profunda do quadrante inferior esquerdo d. Dor à descompressão mais intensa do que à compressão na fossa ilíaca direita e. Dor a punho-percussão na região lombar 15) A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) deverá ser registrada formalmente no prontuário do paciente/cliente/ usuário, devendo ser composta por: Página 36 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora a) histórico de enfermagem, entrevista, diagnóstico de enfermagem, prescrição da assistência de enfermagem, evolução da assistência de enfermagem, relatório de enfermagem. b) histórico de enfermagem, exame físico, diagnóstico de enfermagem, prescrição da assistência de enfermagem, evolução da assistência de enfermagem, relatório de enfermagem. c) histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, implementação de enfermagem, evolução de enfermagem, relatório de enfermagem. d) histórico de enfermagem, avaliação de enfermagem, exame físico, diagnóstico de enfermagem, prescrição da assistência de enfermagem, relatório de enfermagem. e) histórico de enfermagem, exame físico, diagnóstico de enfermagem, processo de enfermagem, prescrição da assistência de enfermagem, evolução da assistência de enfermagem, relatório de enfermagem. 16) O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes. Qual destas etapas consiste em um processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença? a) Planejamento da Assistência b) Diagnóstico de Enfermagem c) Prescrição de Enfermagem d) Coleta de dados de Enfermagem e) Implementação da Assistência 17) Os dados antropométricos são importantes no acompanhamento do desenvolvimento do cliente em todas as etapas do ciclo vital. As medidas antropométricas são: , , , e . Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. a. peso/ altura/ perímetro cefálico/ perímetro torácico/ perímetro abdominal b.temperatura/ pressão arterial/ frequência cardíaca/ frequência respiratória/ dor c. peso/ altura/ frequência cardíaca/ frequência respiratória/ pressão arterial Página 37 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora d. perímetro cefálico/ perímetro torácico/ perímetro abdominal/ temperatura/ dor 18) O exame físico geral consiste no exame externo do paciente, incluindo as condições globais, como estado geral, estado mental, tipo morfológico, dados antropométricos, postura, locomoção, expressão facial (fácies), sinais vitais, pele, mucosas e anexos. São considerados como cuidados, no preparo do paciente para a medida da pressão arterial, EXCETO: a. Explicar o procedimento ao paciente b. Orientar o paciente que precisa está com a bexiga cheia para aferição c. Solicitar que o paciente não fale durante a medida d. Posicionar o paciente na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido 19) Ao aplicar a Escala de Glasgow, o enfermeiro obtém as seguintes respostas: olhos abertos com resposta espontânea, resposta verbal confusa e resposta motora ineficaz. Assinale a alternativa que corresponde à soma dos pontos nas três categorias avaliadas a. 2 b. 5 c. 7 d.9 e.12 a.3 b. 1 c. 2 d.0 21) A inspeção é um processo de observação, no qual olhos e nariz são utilizados na obtenção de dados do paciente. Durante a semiotécnica, a inspeção pode ser: a.Estática ou dinâmica b.Superficial ou profunda c.Direta ou indireta d. Dinâmica ou indireta 22) Durante o exame físico, e enfermeiro utiliza a técnica de palpação para fazer julgamentos sobre achados esperados e inesperados em relação à pele, aos músculos e aos ossos; utilizando diferentes partes da mão de acordo com a respectiva investigação, como: a. superfície palmar dos dedos /mobilidade das glândulas b. dorso da mão/ausência de massas no fígado. 20) A Escala de Glasglow vai avaliar a resposta ocular, verbal e motora de um paciente vítima do trauma. Conforme as respostas obtidas, serão designados valores numéricos. A respeito do valor mínimo representado na escala, assinale a alternativa correta: Página 38 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora c. polpa dos dedos/espessura da pele d. toda a superfície palmar da mão/turgor da pele. e. superfície palmar de toda a mão/ frêmito no tórax. 23) Os valores normais para verificação do pulso no paciente adolescente é: a. 60 a 80 bpm b. 80 a 100 bpm c. 100 a 102 bpm d. 120 a 140 bpm a. V,V,V b. V,F,V c. F,F,F d.F,V,V a.I histórico, II diagnostico, III prescrição, IV evolução 24) Analise as afirmativas sobre Exame Físico, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra F, quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. ( ) Embora a sequência do exame físico dependa de alguns fatores como motivo da busca de cuidados de saúde pelo cliente, o exame completa respeita a sequencia: pele – cabeça e pescoço – tórax e pulmões – mamas – sistema cardiovascular – abdome – reto – genitália – sistema neurológico – sistema musculoesquelético. ( ) Na primeira técnica fundamental utilizada no exame físico, a Inspeção, deve ser observado: postura e estatura; movimentos corporais; nutrição; padrão de fala e sinais vitais. ( ) Timpanismo, Hiper-ressonância, Ressonância, Submacicez e Macicez são os tipos de sons audíveis na técnica da percussão 25) A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) compreende quatro fases. I. Processo de inferência de dados objetivos e subjetivos da avaliação do paciente para a identificação de situações clínicas que podem ser modificadas por atividades de enfermagem. II. Guia sistematizado para a entrevista e exame físico do paciente com o objetivo de identificar problemas reais e potenciais do indivíduo. III. Registro realizado após a avaliação do estado geral, comportamento ou percepção do paciente com o objetivo de planejar a assistência a ser prestada e informar o resultado das atividades de enfermagem.IV. Conjunto de ações, cuidados ou atividades realizadas pela enfermagem, em determinada frequência de realização, de acordo com a necessidade do paciente. As fases estão corretamente identificadas em: Página 39 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora b. I diagnostico, II evolução, III histórico, IV prescrição c. I diagnostico , II histórico, III evolução, IV prescrição d. I evolução, II diagnostico, III prescrição , IV histórico 26) A Pressão Arterial (PA) é a força exercida sobre a parede de uma artéria pelo sangue pulsante sob a pressão do coração. Sobre classificação da pressão arterial (maiores e 18 anos), relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª. 1ª COLUNA A. NORMAL B. HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1 C. HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2 D. HIPERTENSÃO ESTÁGIO 3 2ª COLUNA 1. 150 x 90 mmHg 2. 180 x 120 mmHg 3. 110 x 80 mmHg 4. 170 x 100 mmHg Assinale a alternativa que apresenta a correlação CORRETA. A) A-2, B-1, C-3, D-4 B) A-1, B-2, C-4, D-3 C) A-3, B-1, C-4, D-2 D) A-4, B-3, C-2, D-1 E) A-3, B-2, C-4, D 27) O Enfermeiro realiza o exame físico em uma pessoa, que apresenta a respiração abdominal de 30 a 60 respirações/minuto, com padrão irregular de frequência e profundidade. Pode-se constatar, com muita aproximação, que esses padrões respiratórios correspondem a que faixa etária? a. Recém-nascido. B. Idoso. Página 40 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora C. Adolescente. D. Escolar. E. Pré-escolar 28) Durante a realização do exame físico para admissão de um paciente na clínica cirúrgica, o Enfermeiro observou a presença de lesão em região sacral com exposição de tecido subcutâneo, a qual pode ser classificada como lesão por pressão: A. de estágio 1. B. de estágio 2. C. de estágio 3. D. de estágio 4. E. não classificável. 29) No Exame Físico de um adulto, o enfermeiro detecta presença de dor lancinante a punho-percussão da região lombar, indicando que o indivíduo apresenta alguma alteração inflamatória nos rins. Esse sinal é também denominado de: A. Sinal de Giobert. B. Sinal de Godet. C. Sinal de Grey-Turner. D. Sinal de Gutierrez. E. Sinal de Giordano. 30. Uma enfermeira foi chamada a atender uma mulher branca, com aproximadamente 25 anos de idade, com sinais de pânico com agorafobia e ansiedade, no banheiro feminino da empresa onde esta trabalha. Na oportunidade, essa mulher referiu sentir palpitações, percepção dos batimentos cardíacos acelerados, sudorese, sensação de falta de ar, parestesias, medo de morrer e para não deixá-la sozinha. Uma hora após, a paciente retomou suas atividades no trabalho. Segundo o relato dos colegas de trabalho, a mulher apresentou outros quatro ataques de pânico durante o último mês. Considerando o quadro clínico acima descrito, julgue o item subsequente. Considerando que os sinais e sintomas apresentados pela mulher podem estar relacionados a um grande número de doenças sistêmicas (infarto do miocárdio, Página 41 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora doenças endócrinas, abstinência de drogas etc.), é necessário que a enfermeira obtenha uma história completa da paciente e realize um exame físico minucioso. A.CERTO B. ERRADO 31. Ao realizar o exame físico cardiocirculatório num determinado paciente, no momento da palpação precordial, se houver presença de frêmitos, indica que: A. Esse paciente apresenta taquicardia grave. B. Esse paciente está em parada cardiorrespiratória. C. Esse paciente apresenta sopros cardíacos. D. Esse paciente apresenta insuficiência de valva mitral. 32) Durante o exame físico, o enfermeiro utiliza alguns testes para fazer a avaliação do paciente. Existe um teste indicado para avaliação abdominal, que é a pesquisa de sinal clínico indicativo de ascite. Trata-se de um impulso percebido por meio da transmissão pelo líquido acumulado no abdome, a partir de uma percussão em um dos flancos. Esse teste é o: A.Sinal do Piparote B. Sinal de Blumberg C. Sinal de Kerning D. Sinal de Giordano 33) “Um exame físico do sistema respiratório segue quatro passos: inspeção, palpação, percussão e ausculta.”(Andris, 2015.) Em relação à ausculta do tórax,é INCORRETO afirmar que: A. são ouvidos quatro tipos de sons respiratórios normais. B. os locais para a sua realização são os mesmos da percussão. C. o paciente deve ser orientado a respirar somente pelo nariz. D. devem ser ouvidas,pelo menos,uma inspiração e uma expiração completas em cada local. Página 42 @rayssaaryelleenf @enfpesquisadora GABARITO 1 E 2 A 3 E 4 B 5 A 6 B 7 B 8 D 9 D 10 C 11 C 12 B 13 C 14 D 15 B 16 D 17 A 18 B 19 D 20 A 21 A 22 E 23 B 24 A 25 C 26 C 27 A 28 C 39 E 30 A 31 C 32 A 33 C SAE e Processo de Enfermagem SAE: COLETA DE DADOS: DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM: IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM: AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM: PROCESSO DE ENFERMAGEM: Objetivo do exame físico: Tipos de Exames Físicos: ➤Palpação com uma das mãos sobrepondo-se à outra ; Pode ser: Possíveis sons na percussão: Exame Clínico Geral Qualitativo: Temperatura Pulso e Respiração Pulso Respiração Valores normais: Pressão Arterial Exame Físico – Avaliação da pele, Mucosas e Anexos Avaliação da presença de cianose: Avaliação da presença de icterícia: Dermatológico (pele, unhas, cabelos): Inspeção e palpação: Úlceras por pressão (UP): Escala de Braden: Exame Físico - Cabeça e Pescoço Face: Linfonodos: Olhos: Pescoço: Exame Físico - Tórax Tórax: Avaliação Pulmonar: Tipos de tórax: Exame Físico - Cardíaco Histórico do paciente: Inspeção: - Abaulamentos; Palpação: - Batimentos ou movimentos visíveis e/ou palpáveis; Ausculta: Exame físico – Abdômen - Preparação do paciente: Inspeção Pulsação ou Movimentos; Distribuição dos pelos. Percussão - Sons da percussão: Palpação Exame físico - Neurológico Histórico do paciente: Exame físico geral Exame de ossos e articulações; Pontos dolorosos; Exame psíquico: Exame neurológico: Reflexos: de Sinal de Babinski positivo. Nervos cranianos: Exame físico – Extremidades Membros superiores e inferiores Testes para confirmação da Trombose Venosa Profunda: 1ª COLUNA 2ª COLUNA
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