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1 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 8

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ADMINISTRATIVO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
SUMÁRIO
1. Introdução: a função administrativa.	3
1.1 O Direito Administrativo	3
1.2 Administração Pública	5
2. Fontes do Direito Administrativo	7
3. Sistemas de controle	7
DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO	8
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA	8
ATUALIZADO EM 19/10/2019[footnoteRef:1] [1: As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos, porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos eventos anteriormente citados. ] 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
1. Introdução: a função administrativa
Os Poderes de Estado figuram de forma expressa em nossa Constituição: são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário (art. 2º). A cada um dos Poderes de Estado foi atribuída determinada função. Assim, ao Poder Legislativo foi cometida a função normativa; ao Executivo, a função administrativa; e, ao Judiciário, a função jurisdicional. Entretanto, não há exclusividade no exercício das funções pelos Poderes, mas uma preponderância.
Segundo ensina José dos Santos Carvalho Filho, para a identificação da função administrativa, os autores têm se valido de critérios de três ordens:
	CRITÉRIO SUBJETIVO (ORGÂNICO)
	Avaliado a partir do sujeito/agente da função
	CRITÉRIO OBJETIVO (MATERIAL)
	Examina o conteúdo da atividade exercida
	CRITÉRIO FORMAL
	Examina o regime jurídico aplicável
Nenhum desses critérios sozinhos é suficiente para identificar de forma satisfatória a função administrativa, de maneira que eles devem ser combinados. É verdade, porém, que o critério material por vezes é utilizado com protagonismo, especialmente para se aferir o exercício dessa função, de forma atípica, pelos demais Poderes da República.
1.1 O Direito Administrativo
O Direito Administrativo, como sistema jurídico de normas e princípios, somente foi criado com a instituição do Estado de Direito, tendo nascido a partir dos movimentos constitucionalistas do final do século XVIII (em oposição às monarquias absolutas).
Através do novo sistema, já no século XIX, o Estado passava a ter órgãos específicos para o exercício da administração pública e, por consequência, foi necessário o desenvolvimento do quadro normativo disciplinador das relações internas da Administração e das relações entre esta e os administrados.
Com o desenvolvimento do quadro de princípios e normas voltados à atuação do Estado, o Direito Administrativo se tornou ramo autônomo dentre as matérias jurídicas. José dos Santos Carvalho Filho conceitua esse ramo do direito como sendo “o conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que devem servir”.
Hely Lopes Meirelles, por sua vez, afirma que: “o conceito de Direito Administrativo Brasileiro, para nós, sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.”
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o Direito Administrativo é “o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exercer e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública”.
Diógenes Gasparini elenca seis principais correntes que buscam identificar um conceito para o Direito Administrativo:
	CRITÉRIO LEGALISTA
	É o conjunto de legislação administrativa.
	CRITÉRIO DO PODER EXECUTIVO
	É o complexo de leis que disciplinam o exercício do Poder Executivo.
	CRITÉRIO DAS RELAÇÕES JURÍDICAS
	É a disciplina das relações jurídicas travadas entre a Administração Pública e os particulares.
	CRITÉRIO DO SERVIÇO PÚBLICO
	É a disciplina jurídica dos serviços públicos.
	CRITÉRIO FINALÍSTICO
	É o conjunto de atividades voltadas a executar os fins do Estado.
	CRITÉRIO NEGATIVISTA
	Identifica o Direito Administrativo a partir de um critério residual ou por exclusão.
O Direito Administrativo é ramo do Direito Público, na medida em que seus princípios e normas regulam o exercício de atividades estatais, especialmente a função administrativa.
#PERGUNTADEPROVA: Norma de direito público é sinônimo de norma de ordem pública? NÃO! 
Norma de ordem pública é aquela norma inafastável, imodificável pelas partes. Ex.: dever de pagar imposto de renda, normas de capacidade civil, impedimento para casamento. Há regras de ordem pública no Direito Público e no Direito Privado. O conceito de ordem pública é mais amplo que direito público. Já o Direito Público se preocupa com a atuação do Estado na satisfação do interesse público.
Diz-se que seu objeto imediato são as normas jurídicas aplicáveis à função administrativa, entendidas aquelas como gênero, do qual são espécie os princípios e as regras. Por outro lado, seu objeto mediato é a disciplina das atividades, funções, pessoas, órgãos, entidades da Administração Pública.
Tendo em vista todas as premissas até aqui vistas, é preciso distinguir conceitos que por vezes são utilizados como sinônimos:
- Estado: conceito que pressupõe a existência de um povo, submetido a um governo soberano dentro de um território delimitado geograficamente.
- Governo: é a cúpula diretiva do Estado responsável pelo exercício do poder político deste.
- Poder Executivo: conjunto de órgãos e entidades estatais que compõem um dos Poderes da República.
- Administração Pública: responsável pelo exercício da função administrativa do Estado.
- Poder Público: é o exercício coercitivo das funções estatais (por vezes, se confunde com a própria noção de Estado, em sentido subjetivo). 
1.2 Administração Pública
A expressão “Administração Pública” pode apresentar conotações diversas. A doutrina aponta os seguintes sentidos para o termo:
a) Sentido objetivo: corresponde à própria atividade administrativa exercida pelo Estado por seus órgãos e agentes, caracterizando a função administrativa; é a gestão dos interesses públicos executada pelo Estado;
b) Sentido subjetivo: corresponde ao conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas que possuem a incumbência de executar as atividades administrativas.
#OUSESABER: Qual a diferença de Administração Dialógica e Administração Monológica?
A Administração Dialógica é uma tendência no direito administrativo moderno, fundada no princípio da consensualidade, que permite uma abertura de diálogo com os administrados, permitindo que haja uma legitimação efetiva da atuação administrativa, tal como ocorre na realização de audiências públicas para colher as opiniões da sociedade civil sobre determinado tema. Percebe-se, assim, uma participação efetiva de todos os agentes que venham a ser atingidos pela atuação estatal. Esta forma de administração se opõe à chamada Administração Monológica, em que os administrados atuam como meros espectadores na formação normativa, não estando aptos a contribuir efetivamente como co-construtores das situações jurídicas que regerão a sua atuação. Nesta forma de administração predomina a imperatividade da atuação estatal, resultando em decisões de viés unilateral, sem qualquer ingerência dos destinatários da norma em sua pactuação.
Modernamente, entende-se que à Administração Pública cabe o exercício das seguintes funções ou tarefas:
a) Poder de polícia: consistente na limitação e condicionamento de direitos.
b) Serviços públicos: função positiva que ganhou protagonismo com o fortalecimento do ConstitucionalismoSocial do século XX.
c) Atividades de fomento: consistente em incentivar setores sociais e econômicos em prol do desenvolvimento estatal.
d) Atividades de intervenção: na propriedade privada, no domínio econômico e no domínio social. Em verdade, esta classificação já estava abrangida pelas anteriores, de maneira que parte da doutrina não a reconhece como autônoma.
2. Fontes do Direito Administrativo
Fontes normativas correspondem aos fatos jurídicos dos quais emanam as normas. Podem ser fontes primárias ou principais, ou fontes secundárias (verdadeiros acessórios).
No Direito Administrativo, somente a lei constitui fonte primária, na medida em que as demais fontes (secundárias) estão a ela subordinadas. Doutrina, jurisprudência e costumes são fontes secundárias.
#SELIGA:
	COSTUME SOCIAL
	COSTUME ADMINISTRATIVO
	De acordo com Matheus Carvalho, “os costumes sociais se apresentam como um conjunto de regras não escritas, que são, todavia, observadas de modo uniforme por determinada sociedade, que as considera obrigatórias. Ainda se considera fonte relevante do Direito Administrativo, tendo em vista a deficiência legislativa na matéria”.
	Na dicção de Matheus Carvalho: “o costume administrativo é caracterizado como prática reiteradamente observada pelos agentes administrativos diante de determinada situação concreta. A prática comum na Administração Pública é admitida em casos de lacuna normativa e funciona como fonte secundária de Direito Administrativo, podendo gerar direitos para os administrados, em razão dos princípios da lealdade, boa-fé, moralidade administrativa, entre outros”.
3. Sistemas de controle
Dois são os sistemas de controle das atividades administrativas:
- Modelo inglês de jurisdição una: todas as causas são apreciadas pelo Poder Judiciário, ainda que envolvam como parte a Administração Pública. É o modelo adotado pelo Brasil, consubstanciado no art. 5º, XXXV, da Constituição Federal (princípio da inafastabilidade da jurisdição);
- Modelo francês de contencioso administrativo: ao Poder Judiciário cabe a apreciação das chamadas causas comuns, ao passo que aos tribunais administrativos são atribuídas as causas que envolvam interesses da Administração Pública. Essas últimas são de competência do Conselho de Estado. Por fim, cabe ao Tribunal de Conflitos julgar os conflitos de competência entre as duas jurisdições. 
#PERGUNTADEPROVA: Qual o sistema adotado pelo Brasil?
O Brasil acolheu o sistema de jurisdição única. Porém, nós tivemos um momento em que se tentou introduzir o sistema do contencioso administrativo com a EC 7/77 (Art. 203. Poderão ser criados contenciosos administrativos, federais e estaduais, sem poder jurisdicional, para a decisão de questões fiscais e previdenciárias, inclusive relativas a acidentes do trabalho).
	DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO
Não se aplica.
	BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. Salvador: Juspodivm, 2015.
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2018.
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. Saraiva. 2019.

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