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PROCEDIMENTOS ESPECIAIS A1

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Tutelas Provisorias
Art 294 e §§
As tutelas provisórias são divididas em:
-> Tutelas de urgência: 
- tutela antecipada : - incidente (acontece no curso do processo)
      - em caráter antecedente (  entra na petição inicial, faz uma inicial  pura para pedir uma tutela antecipada)
- tutela cautelar : - incidental
                - tutela cautelar em caráter antecedente
-> Tutela de evidencia:
-> TUTELA PROVISÓRIA: 
Decisões interlocutoras que vao assegurar/acautelar o próprio processo ou acautelar/satisfazer um direito que só teria no final do processo.
Sao fundadas na probabilidade do direito alegado, visando a satisfação ou acautelamento de um direito .
Ex: ingressei com uma ação para desfazer um contrato com a Sky, eu ja havia pedido o cancelamento, mesmo assim eles emitiram um novo boleto, e continuam me cobrando todo mês e ainda colocaram meu nome no SPC. 
Os pedidos vao ser: 
Retirar o nome do spc; cessar as cobranças; Reparação pelo dano moral.
Desses 3 direitos, o juiz pode adiantar a retirada do nome no SPC, o nome disso eh tutela antecipada que é um tipo de tutela de urgência, que eh um tipo de tutela provisória. 
Essas decisões são tomadas como probabilidade.Uma decisão provável.
O problema acontece quando nas tutelas provisórias, não há todo o conteúdo probatório que o processo deveria ter. Na grande parte só tem as provas produzidas pelo autor. Se essas provas forem robustas o suficiente, o juiz pode conceder a tutela. O juizo é de probabilidade. (Cognição sumaria - de conhecimento rápido) - serve para a tutela de urgência.
-> CARACTERÍSTICAS GERAIS:
a) precariedade:
Sao precarias. 
Sao decisões que podem ser revistas e modificadas pelo juiz a qualquer momento. 
Não vai existir transito em julgado para decisão que conceda tutela antecipada, justamente porque o juiz poder rever aquela decisão. 
A sentença que confirme a tutela antecipada vai transitar em julgado, mas a tutela antecipada ou qualquer outro tipo de tutela de urgência, não transita em julgado. 
b) probabilidade do direito alegado:
A cognição é sumaria, pois não houve esgotamento da produção probatória. 
Como as tutelas de urgência são concedidas no inicio do processo ou durante a fase de conhecimento, o juiz ainda não esgotou todas as provas possíveis, ainda não há o juizo de certeza, apenas o da probabilidade.
-> ESPECIES DE TUTELAS PROVISORIAS:
-> TUTELAS DE URGENCIA: 
Existe o periculum in mora ( perigo na demora) 
Se o juiz não conceder aquela decisão rapidamente, há o risco de se perecer aquele direito alegado. 
Para nao esperar até o final do processo, o juiz pode adotar medidas cabiveis para a conservação daquele direito.
Tanto na tutela antecipada quanto na tutela cautelar existem o periculum in mora.
a) TUTELA ANTECIPADA: 
Visa a satisfação de um direito que somente seria obtido pela sentença de mérito.
Vai adiantar um direito material que só viria no final do processo. 
Ex: retirar o nome do SPC.
b) TUTELA CAUTELAR: 
Visa assegurar a integridade e a eficácia do processo. 
Vai proteger o objeto do processo, tutelando o direito de cunho processual.
Ex: disputa de guarda em que o pai da criança pretende se mudar para o sul para que o processo demore mais. 
Antes de entrar com a ação de guarda, vai entrar com uma cautelar de busca e apreensão de pessoa, que vai ter como objetivo, que aquela criança não se ausente da comarca no qual será julgado o feito, sem autorização do juiz.
-> TUTELA DE EVIDENCIA: 
Adianta um direito material, porem sem a necessidade de demonstração de urgência - art 311 cpc
É um juizo de probabilidade, porem não precisa demonstrar urgência na concessão daquele direito. 
Esse direito vai ser concedido em algumas hipóteses: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte. 
Ex: quando a outra parte atrapalha o propósito da parte autora. 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em sumula vinculante. 
O juiz observa a inicial, deferindo a pretensão do autor se todas as alegacoes puderem ser comprovadas documentalmente ou se houver tese firmada em julgamentos de casos repetitivos ou tiver sumula vinculante. 
III - se tratar de pedido reipersecutorio fundado em prova documental adequada do contrato de deposito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa.
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar duvida razoável.
-> PODER GERAL DE SATISFAÇÃO E ACAUTELAMENTO - art 297
O juiz pode adotar qualquer medida necessária e adequada para assegurar aquele direito na tutela de urgência. 
-> DEVER GERAL DE FUNDAMENTAÇÃO - art 298 c/c 489 § 1.
Toda decisão que vai conceder ou não a tutela tem que ser fundamentada. 
-> COMPETENCIA - art 299
Juizo competente para tutelas provisórias: o juizo competente é o mesmo juizo competente para julgar a causa como um todo.
-> CUSTAS NAS TUTELAS PROVISÓRIAS EM CARÁTER INCIDENTE - art 295
Quando o pedido de tutela antecipada,  é feito durante o processo, não precisa pagar custas por esse pedido. 
Tutelas de Urgência
-> REQUISITOS - art 300
a) PROBABILIDADE DO DIREITO
A cognição é sumaria, pois não houve esgotamento da produção probatória. 
Como as tutelas de urgência são concedidas no inicio do processo ou durante a fase de conhecimento, o juiz ainda não esgotou todas as provas possíveis, ainda não há o juizo de certeza, apenas o da probabilidade.
b) PERIGO DE DANO OU RISCO DO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO
Existe o periculum in mora ( perigo na demora) 
Se o juiz não conceder aquela decisão rapidamente, há o risco de se perecer aquele direito alegado. 
Para nao esperar até o final do processo para decidir a questão, o juiz pode adotar medidas cabiveis para a conservação daquele direito.
c) EXIGÊNCIA DE CAUÇÃO (opcional) - § 1 art 300
Se no final do  processo essa tutela de urgência for revertida, isso vai gerar um prejuízo para o réu, e essa caução vai ser uma forma de indeniza-lo desse prejuízo. 
é uma opção do juiz. ( importante saber)
d) REVERSIBILIDADE DA DECISÃO (TUTELA ANTECIPADA) - § 3
decisão reversível é aquela que uma vez revogada a tutela antecipada, esta não causa prejuízos a parte contraria.
Ex: decisão reversível: SPC e Serasa, o juiz pode mandar tirar, se no final do processo, o juiz perceber que ele errou a conceder a tutela e revogar, o tempo que a pessoa ficou fora do SPC e Serasa, não causou prejuízo pro reu, logo essa decisão eh reversível. 
O problema é quando a decisão é irreversível.
ex: ação pedindo tutela antecipada para realização de cirurgia, não tem como desfazer a cirurgia, logo essa decisão é irreversível.
Obs: a jurisprudencia  é pacifica quanto a concessão de tutela antecipada irreversível para tutelar bens jurídicos maiores.
ex: realização de cirurgias e entrega de medicamentos etc.
-> MOMENTO DE CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA - § 2 do art 300
a) liminarmente: 
concede a tutela sem ouvir o réu (inaudita altera parte/pars - sem ouvir a outra parte)
b) justificação prévia: 
audiência em que o juiz ouve os dois polos da ação antes de conceder a tutela.
-> EFETIVAÇÃO DA TUTELA CAUTELAR - art 301
- poder geral de cautela
As providencias mais comuns sao:
Arresto, sequestro, busca e apreensão, protesto contra alienação de bens etc
Obs:
Diferença da tutela cautelar e tutela antecipada:
A tutela cautelar - eh para garantir o proprio processo.
A tutela antecipada -  eh para trazer uma providencia que so viria na sentença no momento atual. 
-> REPARAÇÃO POR DANO PROCESSUAL - art 302
I - sentença desfavorável:
Pode ser que apesar de todas as probabilidades indicarem que  a parte tinha direito a uma tutela antecipada ou uma tutela cautelar, no final do processo,  perca a ação. 
Caso isso aconteça, e acontecer dano a uma das partes, essa parte que foi prejudicada pode pedir o ressarcimento do dano nos próprios autos do processo.
ex:divorcio em que se peça o arresto dos bens. E no final o juiz verifica que o arresto não foi necessário e a parte prejudicada prova que deixou de vender o imóvel com valor um pouco a cima do valor de mercado pois o bem estava sob arresto. Isso causou prejuízo para a parte. 
Se a parte provar para o juiz que deixou de vender aquele imóvel, auferir lucro, é possível demandar nos mesmos autos que aquele dano seja ressarcido.  Só ha ressarcimento se houver dano.
II - tutela antecipada em caráter antecedente, concedida liminarmente, sem fornecer meios necessários à citação .
Liminarmente, ou seja, sem ouvir o réu.
Ex: Entro com a tutela antecipada antecedente, o juiz concede, e a parte não dá elementos para o juiz citar o réu, quando isso acontece, a parte está impedindo que o réu se defenda,  isso gera dano e a parte pode responder por isso.
III - cessação da eficácia da tutela de urgência. -
Em geral, quando o próprio juiz caça os efeitos daquela tutela.
IV - prescrição ou decadencia.
Obs:
- O juiz pode revogar uma tutela antecipada antes da sentença. - isso acontece nos casos do inc. III
- O juiz revoga na sentença é inc I
- O juiz perceber que requereu tutela antecipada ou cautelar mas o direito parte ou prescreveu ou decaiu, o juiz tem que dar uma sentença desfavorável, logo o inc IV está ligado ao inc I
Resumindo:
O dano processual acontece sempre que os efeitos da tutela de urgência é revogado  e há dano.
Então havendo dano e revogação de tutela antecipada ou cautelar, eu tenho a reparação desse dano. 
Havera responsabilização civil por dano processual se eu provar que existiu o dano  e a tutela foi revogada. Ou seja, teve seus efeitos cessados. 
Tutela Antecipada em Caráter Antecedente
-> CONCEITO: 
Tutela de urgência em que o autor pleiteará apenas a concessão da tutela antecipada em sua petição inicial. (só quer a tutela antecipada e mais nada)
Ex: 
Empresa que quer concorrer em uma licitação junto a prefeitura. A parte vai ate a prefeitura e a prefeitura nega a certidão negativa de débitos fiscais.
Voce ingressa com uma ação contra a prefeitura, pede uma tutela antecipada em caráter antecedente,  no qual você prova que seus tributos estão pagos e que o juiz ordene a prefeitura a te entregar aquela certidão. eu não quero pedir nenhum dano, so  o documento. O instrumento processual é a tutela antecipada em caráter antecedente.
- O valor da causa tem que ser correspondente ao valor principal.
- Vai ter que pagar custas. 
-> REQUISITOS: art 303
- o que precisa provar - 
a) urgência contemporânea (risco de dano)
Tem que demonstrar que existe uma urgência, um risco. Essa urgência sendo contemporânea, a propositura da ação é um dos requisitos.
b) probabilidade do direito
-> CONCESSÃO DA TAA: § 1 do art 303
I - aditamento da inicial.
O juiz concedendo a tutela, abre um prazo de 15 dias para aditar a petiçao ( não é obrigatório - pode-se querer somente a tutela). Se a parte desejar continuar com o processa, ela vai aditar a petição em um prazo de 15 dias. Aditando ou não a petição, o juiz vai mandar citar o réu. 
So vai aditar a inicial se a parte quiser fazer outros pedidos.
II - citação do réu.
III - contestacao.
4 - ADITAMENTO DA INICIAL:
a) FALTA DE ADITAMENTO - § 2 art 303
A petição não sendo aditada, o processo é extinto sem resolução do mérito. 
Se nao houver nenhum recurso contra a decisão que deferiu a tutela antecipada, vai estabilizar os efeitos daquela tutela antecipada. 
Ou seja, o processo é extinto mas os efeitos da tutela vao permanecer ate que alguém  ingresse com uma ação para rever aquela tutela antecipada. 
A tutela não é definitiva, é um provisório que vai ser “para sempre” se ninguém contestar, é quase definitivo. 
b) DESNECESSIDADE DE RECOLHIMENTO DE NOVAS CUSTAS - § 3
A parte querendo aditar a inicial, incluir novos pedidos, não precisa pagar novas custas.
c) PRAZOS:
- tutela concedida: 15 dias
- tutela não concedida: 5 dias - § 6
tem 5 dias de prazo para emendar a inicial. 
-> ESTABILIDADE DOS EFEITOS DA TAA - art 304
a) Pressuposto: 
Ausencia de recurso
Nao haver recurso, aquela decisao não vai ser revista.
b) Consequência: 
Extinção do processo - § 1
Se nao houve o aditamento da inicial, o juiz vai extinguir sem julgamento do mérito.
c) Propositura de nova Ação para revisão da TAA estável - § 2
A tutela antecipada mesmo com o processo extinto, continua surtindo seus efeitos práticos. Para se caçar esses efeitos, tem que ingressar com uma ação, com a finalidade especifica de caçar os efeitos da tutela antecipada.
-> CONSERVAÇÃO DOS EFEITOS DA TAA ESTÁVEL - § 3
Se o réu ingressar com uma ação para reverte a tutela antecipada, ele não pode pedir tutela antecipada antecedente para revogar uma tutela antecipada antecedente estável. 
Para caçar os efeitos, o réu tem que ingressar com uma nova ação. 
-> PEDIDO DE DESARQUIVAMENTO - § 4
Ao interessado, a possibilidade de pedir o desarquivamento da ação que gerou a tutela antecedente estável. (somente é possível em autos físicos)
Isso é feito para que a parte prove para o juiz que no processo anterior deram uma tutela antecipada antecedente, que ela se tornou estável e agora quero revogar os efeitos dela, para eu provar isso, tenho que desarquivar os autos antigos  , tiro copia e monto a minha nova ação e ingresso. 
- PRAZO - 2 anos da ciência da extinção do processo - § 5
Prazo para ingressar com essa nova ação : 2 anos. 
- AUSENCIA DA COISA JULGADA - § 6
Se depois de 2 anos da extinção do processo, a parte não fez ação para rever tutela antecipada, a tutela antecipada se torna estável, não cria coisa julgada, mas não vai pode ser revista.
O efeito pratico depois de 2 anos é igual da coisa julgada. 
- JUÍZO COMPETENTE : o mesmo que concedeu a TAA estável 
Tutela cautelar em caráter antecedente
-> CONCEITO:  
Tutela de urgência em que o autor pleiteia somente a concessão de pedido cautelar. 
Como funciona: 
Faz a petição inicial, expõe previamente o direito que quer pleitear (os fatos), e nos pedidos, não faz o pedido principal, faz o pedido cautelar, quem tem natureza de assegurar o próprio processo ( qualquer medida que vai assegurar no final do processo, o resultado útil, a efetivação da tutela definitiva que vem com a sentença de mérito.) art 305
Ex: pedir para sequestrar um dinheiro de uma conta.
Tem que demonstrar para o juiz que a parte tem o direito sobre aquele dinheiro e que essa conta precisa ser bloqueada, para garantir aquele dinheiro. ( a cautela não vai ser para receber o dinheiro e sim para bloquear aquele dinheiro)
-> FUNGIBILIDADE ENTRE TUTELA CAUTELAR EM CARÁTER ANTECEDENTE E TUTELA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE - art 305, p.u
Isso perdeu um pouco a utilidade com o novo cpc.
Ex: se fiz uma petição de tutela cautelar e o juiz entendeu como uma atecipacao de tutela, o juiz pode receber a cautelar como se fosse uma petição de tutela antecipada.
O criterio utilizado é a finalidade. Se a finalidade é assegurar o processo : tutela cautelar. Se a finalidade é obter algo que só viria com a sentença: tutela antecipada.
-> PRAZO PARA CONTESTAÇÃO - art 306 
5 dias para contestar e para indicar as provas que pretende produzir. 
-> REVELIA: art 307 presunção relativa de veracidade das alegações autorais
A presunção de veracidade é relativa, admiti-se prova em contrario.
Se o réu contestar segue o rito normal.
Se o réu não contestar: revelia.
-> COMPLEMENTAÇAO DA PETIÇÃO INICIAL - art 308
Apos efetivar a tutela cautelar (quando a decisão é colocada em pratica) o autor tem um prazo de 30 dias para formular o pedido principal, que será apresentado nos mesmos autos do pedido da tutela cautelar, sem precisar de novas custas. 
O prazo vai passar a correr a partir do momento em que o oficial de justiça  informar para o juiz que cumpriu o mandado por exemplo. 
IMPORTANTE:
- Se o pedido da cautelar + pedidos principais forem feitos na mesma petição: não vai precisar  complementar a petição.
- Se a petição for somente da cautelar, precisa complementar a petição. 
->  ADITAMENTO DA CAUSA DE PEDIR: § 2No aditamento da inicial é possível trazer fatos novos, argumentos jurídicos novos. 
-> AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/DESNECESSIDADE DE NOVA CITAÇÃO - § 3
Não vai citar o réu e sim intimar.
Pois como a complementando da petição é nos mesmos autos, não precisa citar o réu. Ele será intimado para audiência de conciliação e a partir da audiência vai ter o prazo de 15 dias para contestar. ( a cautelar e o pedido principal)
-> CESSAÇÃO DA EFICÁCIA DA TUTELA CAUTELAR ANTECIPADA - art 309:
- Falta de pedido principal - inc I
O juiz concedendo a cautelar, o oficial de justiça efetivou a cautelar, correram os 30 dias de prazo e o autor não ofereceu o pedido principal, o juiz vai cessar os efeitos da cautelar extinguindo o processo sem julgamento do mérito. 
Para fazer comparação: 
- Na tutela antecipada antecedente, se o processo se extingue sem o julgamento do mérito e não ha recurso contra decisão que proferiu a tutela, os efeitos se tornarão estáveis. 
A tutela antecipada eu tenho aquele objetivo de assegurar  aquele direito que so viria no final do processo, extinguindo, se mantém os efeitos.
- Na tutela cautelar isso não acontece. Se por algum  motivo ou o pedido foi julgado improcedente ou extinto sem julgamento do mérito, a eficácia da tutela cautelar, cai ) 
Na cautelar não, o objeto da cautelar é assegurar o processo, se não tem processo para assegurar, então não tem cautelar, o acessório segue o principal - no caso da cautelar -
-> Não efetivação em 30 dias - inc II
O autor nāo por em pratica a tutela quando depender do autor. Se não indicar o que tem que fazer, o juiz vai cessar os efeitos da tutela.
Ex: peço o sequestro de todos os bens para que se encontre tal bem que me pertence. Se eu não indico que bem é esse, essa tutela cai.
-> JULGAMENTO IMPROCEDENTE DO PEDIDO PRINCIPAL OU EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - inc. III
Não se pode pedir de novo. A não ser que tenha um motivo diferente para pedir a cautelar de novo. Ex: surgiu fato novo.
-> INDEPENDENCIA ENTRE TUTELA CAUTELAR E TUTELA DEFINITIVA - art 310
- exceção: prescrição e decadência na sentença cautelar.
Se o juiz indefere a cautelar, o autor pode continuar com o processo, formulando os pedidos principais a menos que o juiz reconheça prescrição ou decadência do pedido principal, que será reconhecida na sentença da cautelar.
Tutela da Evidencia
Art 311
-> CONCEITO: 
Tutela provisória em que o magistrado adianta a tutela jurisdicional sem necessidade de comprovação de urgência. 
-> CABIMENTO : ART 311
O rol é taxativo. 
I - abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte (tentar retardar o processo). A parte prejudicada pode pedir tutela de evidencia.
II - alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente (não existe dilação probatória) e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou sumula vinculante. 
III - pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de deposito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. 
IV - petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar duvida razoável. ( quando ha prova de tudo, o réu contesta e não consegue afastar as alegações, o juiz pode adiantar por meio de tutela de evidencia).
Os inc II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Ação de consignação em pagamento
-> FINALIDADE: 
Efetuar o adimplemento de obrigação, por meio de deposito da quantia em juizo. 
Quem propõee a ação é o devedor - autor -, depositando o valor que diz ser devido e na petição vai argumentar o porque o valor que ele pretende depositar é o valor devido.  
Sempre que não souber o valor a ser pago de uma obrigação ou a quem pagar ou se o credor se recusar a receber o pagamento, a parte deposita a quantia que julga ser devida em juizo. 
Ação consignatária mais imediata no direito privado:
Ex: contrato de locação, eu sou o dono do imóvel, vocês são os locatários do bem. Tem um valor fixado do aluguel. Eu alego que o aluguel é R$: 2.500 e vocês 2 mil. O juiz vai decidir ao longo do processo quem tem razão, mas enquanto o juiz não decide quem tem razão, vocês vão depositar aquela quantia em juizo, o valor que vocês dizem ser devido.
Se não depositar nada, no final do processo, vai ficar caracterizado o inadimplemento e com isso tem os juros de mora e multa. Essa ação serve para conseguir purgar a mora por parte que eu depositei em juizo.
Aplicacao no direito publico:
Ex: município diz que so pode pagar o IPTU se a taxa de colheita de lixo estiver recolhida. Uma coisa não depende da outra, sendo assim, consigna o valor em juizo, daquilo que você quer pagar.
-> CABIMENTO - art 335 c.c
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento 
-> PROCEDIMENTO EXTRAJUDICIAL - art 539 cpc:
Se a obrigação for em dinheiro, pode utilizar rede bancaria para fazer o deposito extrajudicial. ( para fazer deposito de bens e direito é so judicialmente)
- Obrigação tem que ser em dinheiro e o deposito ser em instituição bancaria que seja o lugar do pagamento. - em regra é no domicilio do devedor, mas pode ser no domicilio do credor se o contrato dispuser dessa maneira -.
O devedor deve encaminhar uma carta com a.r (aviso de recebimento) para o credor com as devidas informações e que ele se manifeste no prazo de 10 dias a partir do recebimento do a.r sob pena de aceitar o valor depositado.
A partir do momento que a a.r volta para devedor, o credor tem 10 dias para efetuar a recusa.
Se houver a recusa, o credor deve contranotificar o devedor.
- se encerra a vira extrajudicial, pois se o credor não quer, o juiz que tem que julgar. -
-> RECUSA: INICIA O PRAZO DE 1 MÊS PARA O DEVEDOR  PROPOR AÇÃO CONSIGNATÁRIA (§3)
A partir da recusa, começa a contar o prazo de 1 mês para o devedor propor ação consignatária (devedor vai ser autor da ação).
Se o devedor NAO propor a acao, o deposito extrajudicial vai ser tornar invalido, podendo pegar a quantia de volta. Logo a mora não vai mais contar do deposito no banco, e sim quando depositar a quantia em juizo.
-> COMPETÊNCIA: LOCAL DO PAGAMENTO - art 540
Sempre do local do pagamento.
Se o contrato não disser nada é no domicilio do devedor.
-> CONSIGNAÇÃO DE PRESTAÇÕES SUCESSIVAS: 
Se as prestações forem sucessivas, pode depositar o valor em juizo em até 5 dias após o vencimento da obrigação. - para não acontecer a mora-.- art 451
Sao as prestações de trato continuado, em que os direitos e as obrigações vao ser renovados de período em período. 
Ex: locação de imóvel. 
-> REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL: Art 542 cpc
I -Depositar em 5 dias após o deferimento do deposito. ( pois o juiz que tem que indicar aonde deve depositar)
II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação.
§ único: Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito.
-> REQUISITOS DA CONTESTAÇÃO - art 544
o que o réu pode alegar:
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida;
II - foi justa a recusa; - valor é menor-
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
IV - o depósito não é integral.
§ único: No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante que entende devido.
-> DEPOSITO INSUFICIENTE - art 545
- complementando em 10 dias
- sentença que reconhece deposito insuficiente: § 2 -> a sentença pode ser executada pelo reu nos mesmos autos.
Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestaçãocujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. ( o deposito é parcial)
§ 1º No caso do caput, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida.
- o credor pode retirar a parte incontroversa e continuar lutando pela parte controversa - 
§ 2º A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária.
- O juiz concluindo que o deposito é insuficiente, ele sempre que possível tem que indicar qual é a quantia devida. O juiz julgando que a quantia depositada é insuficiente, quem ganha a ação é o credor (réu). 
-> SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA - art 546
- declara a extinção da obrigação e condena o réu a pagar custas e honorários.
Se o juiz reconhece a procedência do pedido do autor, vai declarar a obrigação como extinta exonerando o devedor da obrigação e vai condenar o réu a pagamento de custas e honorários. ( ninguém mandou não receber ). 
-> DUVIDAS SOBRE A QUEM SE DEVA PAGAR - art 547
-> deposito de quantia
Deposita a quantia em juizo e manda citar os pretensos credores e o juiz vai exonerar o autor da obrigação, sendo assim, os credores vao discutir entre eles quem deve receber a quantia.
-> citação dos possíveis credores - art 548 
- nenhum credor responde: arrecadação de coisas vagas:
Arrecada como coisa vaga ( coisa sem dono)
- somente um credor responde: o juiz decide de plano:
o credor que  respondeu que vai receber.
- mais de um credor responde: o devedor:
O devedor é exonerado da obrigação ( se o deposito for integral) e o processo segue para os pretensos credores, que vai discutir com o juiz quem é o titular daquele dinheiro.

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