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Tutelas Provisorias Art 294 e §§ As tutelas provisórias são divididas em: -> Tutelas de urgência: - tutela antecipada : - incidente (acontece no curso do processo) - em caráter antecedente ( entra na petição inicial, faz uma inicial pura para pedir uma tutela antecipada) - tutela cautelar : - incidental - tutela cautelar em caráter antecedente -> Tutela de evidencia: -> TUTELA PROVISÓRIA: Decisões interlocutoras que vao assegurar/acautelar o próprio processo ou acautelar/satisfazer um direito que só teria no final do processo. Sao fundadas na probabilidade do direito alegado, visando a satisfação ou acautelamento de um direito . Ex: ingressei com uma ação para desfazer um contrato com a Sky, eu ja havia pedido o cancelamento, mesmo assim eles emitiram um novo boleto, e continuam me cobrando todo mês e ainda colocaram meu nome no SPC. Os pedidos vao ser: Retirar o nome do spc; cessar as cobranças; Reparação pelo dano moral. Desses 3 direitos, o juiz pode adiantar a retirada do nome no SPC, o nome disso eh tutela antecipada que é um tipo de tutela de urgência, que eh um tipo de tutela provisória. Essas decisões são tomadas como probabilidade.Uma decisão provável. O problema acontece quando nas tutelas provisórias, não há todo o conteúdo probatório que o processo deveria ter. Na grande parte só tem as provas produzidas pelo autor. Se essas provas forem robustas o suficiente, o juiz pode conceder a tutela. O juizo é de probabilidade. (Cognição sumaria - de conhecimento rápido) - serve para a tutela de urgência. -> CARACTERÍSTICAS GERAIS: a) precariedade: Sao precarias. Sao decisões que podem ser revistas e modificadas pelo juiz a qualquer momento. Não vai existir transito em julgado para decisão que conceda tutela antecipada, justamente porque o juiz poder rever aquela decisão. A sentença que confirme a tutela antecipada vai transitar em julgado, mas a tutela antecipada ou qualquer outro tipo de tutela de urgência, não transita em julgado. b) probabilidade do direito alegado: A cognição é sumaria, pois não houve esgotamento da produção probatória. Como as tutelas de urgência são concedidas no inicio do processo ou durante a fase de conhecimento, o juiz ainda não esgotou todas as provas possíveis, ainda não há o juizo de certeza, apenas o da probabilidade. -> ESPECIES DE TUTELAS PROVISORIAS: -> TUTELAS DE URGENCIA: Existe o periculum in mora ( perigo na demora) Se o juiz não conceder aquela decisão rapidamente, há o risco de se perecer aquele direito alegado. Para nao esperar até o final do processo, o juiz pode adotar medidas cabiveis para a conservação daquele direito. Tanto na tutela antecipada quanto na tutela cautelar existem o periculum in mora. a) TUTELA ANTECIPADA: Visa a satisfação de um direito que somente seria obtido pela sentença de mérito. Vai adiantar um direito material que só viria no final do processo. Ex: retirar o nome do SPC. b) TUTELA CAUTELAR: Visa assegurar a integridade e a eficácia do processo. Vai proteger o objeto do processo, tutelando o direito de cunho processual. Ex: disputa de guarda em que o pai da criança pretende se mudar para o sul para que o processo demore mais. Antes de entrar com a ação de guarda, vai entrar com uma cautelar de busca e apreensão de pessoa, que vai ter como objetivo, que aquela criança não se ausente da comarca no qual será julgado o feito, sem autorização do juiz. -> TUTELA DE EVIDENCIA: Adianta um direito material, porem sem a necessidade de demonstração de urgência - art 311 cpc É um juizo de probabilidade, porem não precisa demonstrar urgência na concessão daquele direito. Esse direito vai ser concedido em algumas hipóteses: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte. Ex: quando a outra parte atrapalha o propósito da parte autora. II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em sumula vinculante. O juiz observa a inicial, deferindo a pretensão do autor se todas as alegacoes puderem ser comprovadas documentalmente ou se houver tese firmada em julgamentos de casos repetitivos ou tiver sumula vinculante. III - se tratar de pedido reipersecutorio fundado em prova documental adequada do contrato de deposito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar duvida razoável. -> PODER GERAL DE SATISFAÇÃO E ACAUTELAMENTO - art 297 O juiz pode adotar qualquer medida necessária e adequada para assegurar aquele direito na tutela de urgência. -> DEVER GERAL DE FUNDAMENTAÇÃO - art 298 c/c 489 § 1. Toda decisão que vai conceder ou não a tutela tem que ser fundamentada. -> COMPETENCIA - art 299 Juizo competente para tutelas provisórias: o juizo competente é o mesmo juizo competente para julgar a causa como um todo. -> CUSTAS NAS TUTELAS PROVISÓRIAS EM CARÁTER INCIDENTE - art 295 Quando o pedido de tutela antecipada, é feito durante o processo, não precisa pagar custas por esse pedido. Tutelas de Urgência -> REQUISITOS - art 300 a) PROBABILIDADE DO DIREITO A cognição é sumaria, pois não houve esgotamento da produção probatória. Como as tutelas de urgência são concedidas no inicio do processo ou durante a fase de conhecimento, o juiz ainda não esgotou todas as provas possíveis, ainda não há o juizo de certeza, apenas o da probabilidade. b) PERIGO DE DANO OU RISCO DO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO Existe o periculum in mora ( perigo na demora) Se o juiz não conceder aquela decisão rapidamente, há o risco de se perecer aquele direito alegado. Para nao esperar até o final do processo para decidir a questão, o juiz pode adotar medidas cabiveis para a conservação daquele direito. c) EXIGÊNCIA DE CAUÇÃO (opcional) - § 1 art 300 Se no final do processo essa tutela de urgência for revertida, isso vai gerar um prejuízo para o réu, e essa caução vai ser uma forma de indeniza-lo desse prejuízo. é uma opção do juiz. ( importante saber) d) REVERSIBILIDADE DA DECISÃO (TUTELA ANTECIPADA) - § 3 decisão reversível é aquela que uma vez revogada a tutela antecipada, esta não causa prejuízos a parte contraria. Ex: decisão reversível: SPC e Serasa, o juiz pode mandar tirar, se no final do processo, o juiz perceber que ele errou a conceder a tutela e revogar, o tempo que a pessoa ficou fora do SPC e Serasa, não causou prejuízo pro reu, logo essa decisão eh reversível. O problema é quando a decisão é irreversível. ex: ação pedindo tutela antecipada para realização de cirurgia, não tem como desfazer a cirurgia, logo essa decisão é irreversível. Obs: a jurisprudencia é pacifica quanto a concessão de tutela antecipada irreversível para tutelar bens jurídicos maiores. ex: realização de cirurgias e entrega de medicamentos etc. -> MOMENTO DE CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA - § 2 do art 300 a) liminarmente: concede a tutela sem ouvir o réu (inaudita altera parte/pars - sem ouvir a outra parte) b) justificação prévia: audiência em que o juiz ouve os dois polos da ação antes de conceder a tutela. -> EFETIVAÇÃO DA TUTELA CAUTELAR - art 301 - poder geral de cautela As providencias mais comuns sao: Arresto, sequestro, busca e apreensão, protesto contra alienação de bens etc Obs: Diferença da tutela cautelar e tutela antecipada: A tutela cautelar - eh para garantir o proprio processo. A tutela antecipada - eh para trazer uma providencia que so viria na sentença no momento atual. -> REPARAÇÃO POR DANO PROCESSUAL - art 302 I - sentença desfavorável: Pode ser que apesar de todas as probabilidades indicarem que a parte tinha direito a uma tutela antecipada ou uma tutela cautelar, no final do processo, perca a ação. Caso isso aconteça, e acontecer dano a uma das partes, essa parte que foi prejudicada pode pedir o ressarcimento do dano nos próprios autos do processo. ex:divorcio em que se peça o arresto dos bens. E no final o juiz verifica que o arresto não foi necessário e a parte prejudicada prova que deixou de vender o imóvel com valor um pouco a cima do valor de mercado pois o bem estava sob arresto. Isso causou prejuízo para a parte. Se a parte provar para o juiz que deixou de vender aquele imóvel, auferir lucro, é possível demandar nos mesmos autos que aquele dano seja ressarcido. Só ha ressarcimento se houver dano. II - tutela antecipada em caráter antecedente, concedida liminarmente, sem fornecer meios necessários à citação . Liminarmente, ou seja, sem ouvir o réu. Ex: Entro com a tutela antecipada antecedente, o juiz concede, e a parte não dá elementos para o juiz citar o réu, quando isso acontece, a parte está impedindo que o réu se defenda, isso gera dano e a parte pode responder por isso. III - cessação da eficácia da tutela de urgência. - Em geral, quando o próprio juiz caça os efeitos daquela tutela. IV - prescrição ou decadencia. Obs: - O juiz pode revogar uma tutela antecipada antes da sentença. - isso acontece nos casos do inc. III - O juiz revoga na sentença é inc I - O juiz perceber que requereu tutela antecipada ou cautelar mas o direito parte ou prescreveu ou decaiu, o juiz tem que dar uma sentença desfavorável, logo o inc IV está ligado ao inc I Resumindo: O dano processual acontece sempre que os efeitos da tutela de urgência é revogado e há dano. Então havendo dano e revogação de tutela antecipada ou cautelar, eu tenho a reparação desse dano. Havera responsabilização civil por dano processual se eu provar que existiu o dano e a tutela foi revogada. Ou seja, teve seus efeitos cessados. Tutela Antecipada em Caráter Antecedente -> CONCEITO: Tutela de urgência em que o autor pleiteará apenas a concessão da tutela antecipada em sua petição inicial. (só quer a tutela antecipada e mais nada) Ex: Empresa que quer concorrer em uma licitação junto a prefeitura. A parte vai ate a prefeitura e a prefeitura nega a certidão negativa de débitos fiscais. Voce ingressa com uma ação contra a prefeitura, pede uma tutela antecipada em caráter antecedente, no qual você prova que seus tributos estão pagos e que o juiz ordene a prefeitura a te entregar aquela certidão. eu não quero pedir nenhum dano, so o documento. O instrumento processual é a tutela antecipada em caráter antecedente. - O valor da causa tem que ser correspondente ao valor principal. - Vai ter que pagar custas. -> REQUISITOS: art 303 - o que precisa provar - a) urgência contemporânea (risco de dano) Tem que demonstrar que existe uma urgência, um risco. Essa urgência sendo contemporânea, a propositura da ação é um dos requisitos. b) probabilidade do direito -> CONCESSÃO DA TAA: § 1 do art 303 I - aditamento da inicial. O juiz concedendo a tutela, abre um prazo de 15 dias para aditar a petiçao ( não é obrigatório - pode-se querer somente a tutela). Se a parte desejar continuar com o processa, ela vai aditar a petição em um prazo de 15 dias. Aditando ou não a petição, o juiz vai mandar citar o réu. So vai aditar a inicial se a parte quiser fazer outros pedidos. II - citação do réu. III - contestacao. 4 - ADITAMENTO DA INICIAL: a) FALTA DE ADITAMENTO - § 2 art 303 A petição não sendo aditada, o processo é extinto sem resolução do mérito. Se nao houver nenhum recurso contra a decisão que deferiu a tutela antecipada, vai estabilizar os efeitos daquela tutela antecipada. Ou seja, o processo é extinto mas os efeitos da tutela vao permanecer ate que alguém ingresse com uma ação para rever aquela tutela antecipada. A tutela não é definitiva, é um provisório que vai ser “para sempre” se ninguém contestar, é quase definitivo. b) DESNECESSIDADE DE RECOLHIMENTO DE NOVAS CUSTAS - § 3 A parte querendo aditar a inicial, incluir novos pedidos, não precisa pagar novas custas. c) PRAZOS: - tutela concedida: 15 dias - tutela não concedida: 5 dias - § 6 tem 5 dias de prazo para emendar a inicial. -> ESTABILIDADE DOS EFEITOS DA TAA - art 304 a) Pressuposto: Ausencia de recurso Nao haver recurso, aquela decisao não vai ser revista. b) Consequência: Extinção do processo - § 1 Se nao houve o aditamento da inicial, o juiz vai extinguir sem julgamento do mérito. c) Propositura de nova Ação para revisão da TAA estável - § 2 A tutela antecipada mesmo com o processo extinto, continua surtindo seus efeitos práticos. Para se caçar esses efeitos, tem que ingressar com uma ação, com a finalidade especifica de caçar os efeitos da tutela antecipada. -> CONSERVAÇÃO DOS EFEITOS DA TAA ESTÁVEL - § 3 Se o réu ingressar com uma ação para reverte a tutela antecipada, ele não pode pedir tutela antecipada antecedente para revogar uma tutela antecipada antecedente estável. Para caçar os efeitos, o réu tem que ingressar com uma nova ação. -> PEDIDO DE DESARQUIVAMENTO - § 4 Ao interessado, a possibilidade de pedir o desarquivamento da ação que gerou a tutela antecedente estável. (somente é possível em autos físicos) Isso é feito para que a parte prove para o juiz que no processo anterior deram uma tutela antecipada antecedente, que ela se tornou estável e agora quero revogar os efeitos dela, para eu provar isso, tenho que desarquivar os autos antigos , tiro copia e monto a minha nova ação e ingresso. - PRAZO - 2 anos da ciência da extinção do processo - § 5 Prazo para ingressar com essa nova ação : 2 anos. - AUSENCIA DA COISA JULGADA - § 6 Se depois de 2 anos da extinção do processo, a parte não fez ação para rever tutela antecipada, a tutela antecipada se torna estável, não cria coisa julgada, mas não vai pode ser revista. O efeito pratico depois de 2 anos é igual da coisa julgada. - JUÍZO COMPETENTE : o mesmo que concedeu a TAA estável Tutela cautelar em caráter antecedente -> CONCEITO: Tutela de urgência em que o autor pleiteia somente a concessão de pedido cautelar. Como funciona: Faz a petição inicial, expõe previamente o direito que quer pleitear (os fatos), e nos pedidos, não faz o pedido principal, faz o pedido cautelar, quem tem natureza de assegurar o próprio processo ( qualquer medida que vai assegurar no final do processo, o resultado útil, a efetivação da tutela definitiva que vem com a sentença de mérito.) art 305 Ex: pedir para sequestrar um dinheiro de uma conta. Tem que demonstrar para o juiz que a parte tem o direito sobre aquele dinheiro e que essa conta precisa ser bloqueada, para garantir aquele dinheiro. ( a cautela não vai ser para receber o dinheiro e sim para bloquear aquele dinheiro) -> FUNGIBILIDADE ENTRE TUTELA CAUTELAR EM CARÁTER ANTECEDENTE E TUTELA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE - art 305, p.u Isso perdeu um pouco a utilidade com o novo cpc. Ex: se fiz uma petição de tutela cautelar e o juiz entendeu como uma atecipacao de tutela, o juiz pode receber a cautelar como se fosse uma petição de tutela antecipada. O criterio utilizado é a finalidade. Se a finalidade é assegurar o processo : tutela cautelar. Se a finalidade é obter algo que só viria com a sentença: tutela antecipada. -> PRAZO PARA CONTESTAÇÃO - art 306 5 dias para contestar e para indicar as provas que pretende produzir. -> REVELIA: art 307 presunção relativa de veracidade das alegações autorais A presunção de veracidade é relativa, admiti-se prova em contrario. Se o réu contestar segue o rito normal. Se o réu não contestar: revelia. -> COMPLEMENTAÇAO DA PETIÇÃO INICIAL - art 308 Apos efetivar a tutela cautelar (quando a decisão é colocada em pratica) o autor tem um prazo de 30 dias para formular o pedido principal, que será apresentado nos mesmos autos do pedido da tutela cautelar, sem precisar de novas custas. O prazo vai passar a correr a partir do momento em que o oficial de justiça informar para o juiz que cumpriu o mandado por exemplo. IMPORTANTE: - Se o pedido da cautelar + pedidos principais forem feitos na mesma petição: não vai precisar complementar a petição. - Se a petição for somente da cautelar, precisa complementar a petição. -> ADITAMENTO DA CAUSA DE PEDIR: § 2No aditamento da inicial é possível trazer fatos novos, argumentos jurídicos novos. -> AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/DESNECESSIDADE DE NOVA CITAÇÃO - § 3 Não vai citar o réu e sim intimar. Pois como a complementando da petição é nos mesmos autos, não precisa citar o réu. Ele será intimado para audiência de conciliação e a partir da audiência vai ter o prazo de 15 dias para contestar. ( a cautelar e o pedido principal) -> CESSAÇÃO DA EFICÁCIA DA TUTELA CAUTELAR ANTECIPADA - art 309: - Falta de pedido principal - inc I O juiz concedendo a cautelar, o oficial de justiça efetivou a cautelar, correram os 30 dias de prazo e o autor não ofereceu o pedido principal, o juiz vai cessar os efeitos da cautelar extinguindo o processo sem julgamento do mérito. Para fazer comparação: - Na tutela antecipada antecedente, se o processo se extingue sem o julgamento do mérito e não ha recurso contra decisão que proferiu a tutela, os efeitos se tornarão estáveis. A tutela antecipada eu tenho aquele objetivo de assegurar aquele direito que so viria no final do processo, extinguindo, se mantém os efeitos. - Na tutela cautelar isso não acontece. Se por algum motivo ou o pedido foi julgado improcedente ou extinto sem julgamento do mérito, a eficácia da tutela cautelar, cai ) Na cautelar não, o objeto da cautelar é assegurar o processo, se não tem processo para assegurar, então não tem cautelar, o acessório segue o principal - no caso da cautelar - -> Não efetivação em 30 dias - inc II O autor nāo por em pratica a tutela quando depender do autor. Se não indicar o que tem que fazer, o juiz vai cessar os efeitos da tutela. Ex: peço o sequestro de todos os bens para que se encontre tal bem que me pertence. Se eu não indico que bem é esse, essa tutela cai. -> JULGAMENTO IMPROCEDENTE DO PEDIDO PRINCIPAL OU EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - inc. III Não se pode pedir de novo. A não ser que tenha um motivo diferente para pedir a cautelar de novo. Ex: surgiu fato novo. -> INDEPENDENCIA ENTRE TUTELA CAUTELAR E TUTELA DEFINITIVA - art 310 - exceção: prescrição e decadência na sentença cautelar. Se o juiz indefere a cautelar, o autor pode continuar com o processo, formulando os pedidos principais a menos que o juiz reconheça prescrição ou decadência do pedido principal, que será reconhecida na sentença da cautelar. Tutela da Evidencia Art 311 -> CONCEITO: Tutela provisória em que o magistrado adianta a tutela jurisdicional sem necessidade de comprovação de urgência. -> CABIMENTO : ART 311 O rol é taxativo. I - abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte (tentar retardar o processo). A parte prejudicada pode pedir tutela de evidencia. II - alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente (não existe dilação probatória) e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou sumula vinculante. III - pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de deposito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. IV - petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar duvida razoável. ( quando ha prova de tudo, o réu contesta e não consegue afastar as alegações, o juiz pode adiantar por meio de tutela de evidencia). Os inc II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. Ação de consignação em pagamento -> FINALIDADE: Efetuar o adimplemento de obrigação, por meio de deposito da quantia em juizo. Quem propõee a ação é o devedor - autor -, depositando o valor que diz ser devido e na petição vai argumentar o porque o valor que ele pretende depositar é o valor devido. Sempre que não souber o valor a ser pago de uma obrigação ou a quem pagar ou se o credor se recusar a receber o pagamento, a parte deposita a quantia que julga ser devida em juizo. Ação consignatária mais imediata no direito privado: Ex: contrato de locação, eu sou o dono do imóvel, vocês são os locatários do bem. Tem um valor fixado do aluguel. Eu alego que o aluguel é R$: 2.500 e vocês 2 mil. O juiz vai decidir ao longo do processo quem tem razão, mas enquanto o juiz não decide quem tem razão, vocês vão depositar aquela quantia em juizo, o valor que vocês dizem ser devido. Se não depositar nada, no final do processo, vai ficar caracterizado o inadimplemento e com isso tem os juros de mora e multa. Essa ação serve para conseguir purgar a mora por parte que eu depositei em juizo. Aplicacao no direito publico: Ex: município diz que so pode pagar o IPTU se a taxa de colheita de lixo estiver recolhida. Uma coisa não depende da outra, sendo assim, consigna o valor em juizo, daquilo que você quer pagar. -> CABIMENTO - art 335 c.c I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento -> PROCEDIMENTO EXTRAJUDICIAL - art 539 cpc: Se a obrigação for em dinheiro, pode utilizar rede bancaria para fazer o deposito extrajudicial. ( para fazer deposito de bens e direito é so judicialmente) - Obrigação tem que ser em dinheiro e o deposito ser em instituição bancaria que seja o lugar do pagamento. - em regra é no domicilio do devedor, mas pode ser no domicilio do credor se o contrato dispuser dessa maneira -. O devedor deve encaminhar uma carta com a.r (aviso de recebimento) para o credor com as devidas informações e que ele se manifeste no prazo de 10 dias a partir do recebimento do a.r sob pena de aceitar o valor depositado. A partir do momento que a a.r volta para devedor, o credor tem 10 dias para efetuar a recusa. Se houver a recusa, o credor deve contranotificar o devedor. - se encerra a vira extrajudicial, pois se o credor não quer, o juiz que tem que julgar. - -> RECUSA: INICIA O PRAZO DE 1 MÊS PARA O DEVEDOR PROPOR AÇÃO CONSIGNATÁRIA (§3) A partir da recusa, começa a contar o prazo de 1 mês para o devedor propor ação consignatária (devedor vai ser autor da ação). Se o devedor NAO propor a acao, o deposito extrajudicial vai ser tornar invalido, podendo pegar a quantia de volta. Logo a mora não vai mais contar do deposito no banco, e sim quando depositar a quantia em juizo. -> COMPETÊNCIA: LOCAL DO PAGAMENTO - art 540 Sempre do local do pagamento. Se o contrato não disser nada é no domicilio do devedor. -> CONSIGNAÇÃO DE PRESTAÇÕES SUCESSIVAS: Se as prestações forem sucessivas, pode depositar o valor em juizo em até 5 dias após o vencimento da obrigação. - para não acontecer a mora-.- art 451 Sao as prestações de trato continuado, em que os direitos e as obrigações vao ser renovados de período em período. Ex: locação de imóvel. -> REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL: Art 542 cpc I -Depositar em 5 dias após o deferimento do deposito. ( pois o juiz que tem que indicar aonde deve depositar) II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação. § único: Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito. -> REQUISITOS DA CONTESTAÇÃO - art 544 o que o réu pode alegar: I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida; II - foi justa a recusa; - valor é menor- III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; IV - o depósito não é integral. § único: No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante que entende devido. -> DEPOSITO INSUFICIENTE - art 545 - complementando em 10 dias - sentença que reconhece deposito insuficiente: § 2 -> a sentença pode ser executada pelo reu nos mesmos autos. Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestaçãocujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. ( o deposito é parcial) § 1º No caso do caput, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. - o credor pode retirar a parte incontroversa e continuar lutando pela parte controversa - § 2º A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária. - O juiz concluindo que o deposito é insuficiente, ele sempre que possível tem que indicar qual é a quantia devida. O juiz julgando que a quantia depositada é insuficiente, quem ganha a ação é o credor (réu). -> SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA - art 546 - declara a extinção da obrigação e condena o réu a pagar custas e honorários. Se o juiz reconhece a procedência do pedido do autor, vai declarar a obrigação como extinta exonerando o devedor da obrigação e vai condenar o réu a pagamento de custas e honorários. ( ninguém mandou não receber ). -> DUVIDAS SOBRE A QUEM SE DEVA PAGAR - art 547 -> deposito de quantia Deposita a quantia em juizo e manda citar os pretensos credores e o juiz vai exonerar o autor da obrigação, sendo assim, os credores vao discutir entre eles quem deve receber a quantia. -> citação dos possíveis credores - art 548 - nenhum credor responde: arrecadação de coisas vagas: Arrecada como coisa vaga ( coisa sem dono) - somente um credor responde: o juiz decide de plano: o credor que respondeu que vai receber. - mais de um credor responde: o devedor: O devedor é exonerado da obrigação ( se o deposito for integral) e o processo segue para os pretensos credores, que vai discutir com o juiz quem é o titular daquele dinheiro.
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