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Histologia dos Dentes e estruturas associadas - Resumo

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Histologia dos dentes e estruturas associadas 
@farmacolore 
Em humanos adultos normalmente existem 32 dentes permanentes. Esses dentes estão dispostos em dois arcos 
bilateralmente simétricos nos ossos maxilar e mandibular, com oito dentes em cada quadrante: dois incisivos, um 
canino, dois pré-molares e três molares permanentes. Vinte desses dentes permanentes são precedidos por dentes 
decíduos (de leite); os restantes (molares permanentes) não têm precursores decíduos. 
 
Dentina: 
A dentina é um tecido mineralizado mais duro que o osso, devido a um conteúdo mais elevado de sais de cálcio 
(70% do peso seco). É composta principalmente por fibrilas de colágeno tipo I, glicosaminoglicanos, 
fosfoproteínas, fosfolipídios e sais de cálcio na forma de cristais de hidroxiapatita. A matriz orgânica da dentina é 
secretada pelos odontoblastos, células localizadas na periferia da polpa, junto à dentina. 
O odontoblasto é uma célula alongada que deposita a matriz orgânica apenas sobre a superfície dentinária. Essas 
células apresentam estrutura de células polarizadas secretoras de proteínas, com grânulos de secreção no citoplasma 
apical e um núcleo basal. Cada odontoblasto tem uma extensão apical ramificada que penetra perpendicularmente a 
dentina, percorrendo toda a sua extensão – os prolongamentos odontoblásticos (fibras de Tomes). Esses 
prolongamentos tornam-se gradualmente mais longos à medida que a dentina torna-se mais espessa, ocupando canais 
estreitos denominados túbulos dentinários. Esses túbulos ramificam-se intensamente próximo da junção entre 
dentina e esmalte. Os prolongamentos odontoblásticos têm um diâmetro de 3 a 4 μm próximo ao corpo celular, 
tornando-se cada vez mais delgados em sua porção distal, próximo ao esmalte ou cemento. 
A matriz produzida pelos odontoblastos é inicialmente não mineralizada e denomina-se prédentina . A mineralização 
da dentina em desenvolvimento começa quando vesículas circundadas por membrana – as vesículas da matriz – 
aparecem, produzidas pelos odontoblastos. Em virtude de um elevado conteúdo de íons cálcio e fosfato no seu 
interior, elas facilitam o aparecimento de cristais pequenos de hidroxiapatita que crescem e servem como sítios de 
nucleação para deposição adicional de minerais sobre as fibrilas colágenas circundantes. 
A dentina é sensível a diversos estímulos como calor, frio, trauma e pH ácido, sendo todos esses estímulos 
percebidos como dor. Embora a polpa seja muito inervada, a dentina contém poucas fibras nervosas amielínicas 
que penetram os túbulos na sua porção pulpar. De acordo com a teoria hidrodinâmica, os diferentes estímulos podem 
causar movimento de fluidos no interior do túbulo dentinário, estimulando assim as fibras nervosas localizadas junto 
aos prolongamentos odontoblásticos. 
https://oodontoworld.wordpress.co
m/2019/04/29/notacao-dentaria-
denticao-decidua/ 
 
 
 
 
@farmacolore 
 
Esmalte: 
O esmalte é o componente mais duro do corpo humano, consistindo em cerca de 96% de mineral, cerca de 1% de 
matéria orgânica e 3% de água. Assim como em outros tecidos mineralizados, o componente inorgânico do esmalte é 
composto principalmente por cristais de hidroxiapatita. Outros íons como estrôncio, magnésio, chumbo e fluoreto, se 
existentes durante a síntese do esmalte, podem ser incorporados ou adsorvidos pelos cristais. 
Apenas durante o desenvolvimento do dente, o esmalte é produzido por células de origem ectodérmica, os 
ameloblastos. A matriz orgânica do esmalte é composta por fibrilas duas classes heterogêneas de proteínas 
denominadas amelogeninas e enamelinas. 
O esmalte consiste em colunas alongadas – prismas do esmalte – que estão unidas entre si pelo esmalte 
interprismático. Tanto os prismas quanto o esmalte interprismático são formados por cristais de hidroxiapatita; eles 
diferem apenas na orientação dos cristais. Cada prisma se estende por toda a espessura da camada de esmalte e tem 
um trajeto sinuoso; o arranjo dos prismas em grupos é muito importante para as propriedades mecânicas do esmalte. 
 Os ameloblastos são células colunares altas que contêm numerosas mitocôndrias na região abaixo do núcleo. 
Retículo endoplasmático granuloso e um complexo de Golgi bem desenvolvido são observados acima do núcleo. Cada 
ameloblasto apresenta uma extensão apical, conhecida como processo de Tomes, que tem numerosos grânulos de 
secreção contendo as proteínas que constituem a matriz do esmalte. Após o término da síntese do esmalte, os 
ameloblastos formam um epitélio protetor que recobre a coroa até a erupção do dente. Essa função protetora é muito 
importante na prevenção de vários defeitos do esmalte. 
Polpa dental: 
A polpa dental consiste em tecido conjuntivo frouxo. Seus principais componentes são odontoblastos, fibroblastos 
e uma matriz que contém fibrilas finas de colágeno e diversos glicosaminoglicanos. A polpa é um tecido 
altamente vascularizado e inervado. Vasos sanguíneos e fibras nervosas mielinizadas penetram o dente pelo forame 
 
@farmacolore 
apical e ramificam-se. Algumas fibras nervosas perdem suas bainhas de mielina e estendem-se por uma curta 
distância no interior de túbulos dentinários. As fibras pulpares são sensíveis à dor, única modalidade sensorial 
reconhecida pelo dente. 
Periodonto: 
O periodonto compreende as estruturas responsáveis por manter o dente nos ossos maxilar e mandibular. Ele consiste 
em cemento, ligamento periodontal, osso alveolar e gengiva. 
 
→ Cemento 
O cemento recobre a dentina radicular e assemelha-se em composição ao tecido ósseo, embora não contenha vasos 
sanguíneos e sistemas haversianos. É mais espesso na região apical da raiz, onde podem ser encontrados os 
cementócitos, células com aspecto de osteócitos. Assim como os osteócitos, essas células ficam enclausuradas em 
lacunas; no entanto, os cementócitos quase não se comunicam entre si através de canalículos e sua nutrição provém 
principalmente do ligamento periodontal. Assim como no tecido ósseo, o cemento é lábil e reage às forças às quais é 
submetido com reabsorção de tecido antigo ou produção de novo tecido. A produção contínua de cemento no ápice 
compensa o desgaste fisiológico dos dentes e mantém um contato próximo entre as raízes dos dentes e seus alvéolos. 
Comparado ao osso, o cemento tem atividade metabólica mais baixa porque não é irrigado por vasos sanguíneos. 
Essa característica torna possível a movimentação dos dentes por meio de aparelhos ortodônticos, sem que haja 
reabsorção radicular significativa. 
→ Ligamento periodontal 
O ligamento periodontal é composto por um tipo especial de tecido conjuntivo cujas fibras, arranjadas em feixes 
grossos (fibras de Sharpey), penetram o cemento do dente e as paredes ósseas do alvéolo, possibilitando 
movimentos limitados do dente. As fibras do ligamento são organizadas para suportar pressões exercidas durante a 
mastigação, o que evita a transmissão direta da pressão para o osso, um processo que poderia ocasionar reabsorção 
óssea localizada. O colágeno do ligamento periodontal apresenta características que lembram aquelas de um tecido 
imaturo; tem elevado índice de renovação e grande quantidade de colágeno solúvel. O espaço entre os feixes de fibras 
é ocupado por glicosaminoglicanos. 
 
@farmacolore 
→ Osso alveolar 
 O osso alveolar está em contato direto com o ligamento periodontal. Trata-se de um tipo de osso imaturo no qual as 
fibras colágenas não estão arranjadas no padrão lamelar típico do osso adulto. Muitas das fibras colágenas do 
ligamento periodontal estão dispostas em feixes que penetram este osso e o cemento, formando uma espécie de ponte 
conectora entre essas duas estruturas. O osso mais próximo das raízes dos dentes forma o osso alveolar. Vasos 
sanguíneos atravessam o osso alveolar e penetram o ligamento periodontal ao longo da raiz, formando os vasos 
perfurantes. Alguns vasos e nervos dirigem-se ao forame apical da raiz, a fimde penetrar a polpa. 
→ Gengiva 
 A gengiva é uma membrana mucosa firmemente aderida ao periósteo dos ossos maxilar e mandibular. É composta 
por epitélio pavimentoso estratificado e lâmina própria contendo numerosas papilas conjuntivas. Uma parte muito 
especializada desse epitélio, denominada epitélio juncional, está unida ao esmalte do dente por meio de uma cutícula 
que se assemelha a uma lâmina basal espessa. As células epiteliais estão aderidas a esta cutícula por meio de 
hemidesmossomos. Entre o esmalte e o epitélio localizado acima do epitélio juncional está o sulco gengival, com 
profundidade de até 3 mm, circundando a coroa. Durante o exame clínico, a medida desta profundidade do sulco 
gengival é muito importante e pode indicar a existência de doença periodontal. 
 
 
 
Referências: 
Imagens não referenciadas e resumo do texto: 
Junqueira, Luiz Carlos Uchoa, 1920-2006 Histologia básica / L.C.Junqueira e José Carneiro. - [12. ed]. - Rio de Janeiro 
: Guanabara Koogan, 2013. il

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