Buscar

AULA 04 - ATIV 01 - CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE INTERTEXTUALIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Vimos em nossa aula que Chaplin, após estabelecer uma relação entre a arte e o cinema, libertou o artístico da diversão mágica que predominava no cinema. Na ciência, Einstein mudaria para sempre a forma de pensar do mundo científico com a sua teoria da Relatividade. Ocorreu a Revolução Russa e a queda do czar, fato que fez surgir uma Rússia diferente em vários setores, principalmente no que concerne ao social e aos meios acadêmicos, culturais e artísticos; neste contexto desta nova Rússia, surgiu uma corrente crítica da literatura, muito importante. Qual das assertivas abaixo é a única que pode atender a afirmativa acima?
 
 
		
	 
	Estudos Culturais
	
	Nova Crítica
	 
	Formalismo Russo
	
	Comparatismo
	
	New Criticism
	Acerca do conceito de intertextualidade, podemos afirmar que:
		
	
	Esteja presente em qualquer tipo de texto, ainda que seja um objetivo difícil de alcançar.
	
	Esteja presente em todos os textos literários, uma vez que todos eles nascem de um diálogo com outros textos, mais nos de sua mesma época, do que nos da tradição.
	 
	Esteja presente em todos os textos literários, uma vez que todos eles nascem de um diálogo com outros textos, tanto os que de sua mesma época, como os da tradição.
	 
	Esteja presente apenas em obras literárias de autores consagrados, visto ser um objetivo difícil de alcançar.
	
	Esteja presente em qualquer tipo de texto literário, uma vez que todos eles nascem de um diálogo com a tradição.
	A relação entre textos sempre existiu como retomada de um texto mais novo de outro que o antecede, contudo o termo intertextualidade foi usado pela primeira vez por Julia Kristeva, que, baseando-se nos estudos de Bakhtin sobre o discurso, concluiu: ¿todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto¿. (Fonte: KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974. p.72.)
 
Sobre intertextualidade, analise os textos 1 e 2.
 
Texto 1
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
 
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
 
O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
 
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
 
É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
 
É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter com quem nos mata a lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor
[...]
(Renato Russo, Monte Castelo)
 
Texto 2
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
 
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
 
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
 
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Camões)
 
Assinale a alternativa CORRETA:
		
	
	O diálogo entre textos conduz indiscutivelmente ao plágio; dessa maneira, a montagem, como paródia de três diferentes textos, realizada por Renato Russo, não o isenta da responsabilidade de ter usado indevidamente a produção de autores que o antecederam.   
	
	Partindo do conceito de intertextualidade, expresso por Julia Kristeva, pode-se afirmar que Renato Russo não devia ter lançado mão de partes da Bíblia Sagrada para montar a letra de uma música profana.  
	
	O trabalho artístico do compositor brasileiro não pode ser considerado arte, porque não apresenta originalidade e ineditismo; trata-se de uma mera paráfrase de textos anteriores a ele. Inadmissível de acordo com as concepções dos dois autores: Bakhtin e Kristeva.   
	
	Monte Castelo não foi uma montagem de dois textos, pois não houve intencionalidade do poeta em realizar tal façanha. A semelhança entre os textos é mera coincidência.   
	 
	Em Monte Castelo, Renato Russo dialoga com dois textos distintos: o poema de Camões Amor é fogo que arde sem se ver; e a Bíblia, no Capítulo 13 da 2ª Carta de Paulo aos Coríntios, quando fala do Amor como um bem supremo, além de o título aludir a uma batalha da Segunda Guerra Mundial, da qual participaram soldados brasileiros.   
	
	
	A intertextualidade é um diálogo entre os textos. Tal conceito de diálogo foi proposto por Bakhtin, quando estudou o romance e apresentou a noção de dialogismo. Também podemos dizer que a intertextualidade é a influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado. Sobre a intertextualidade, analise as sentenças a seguir :
I- O conceito de intertextualidade descarta a noção de texto como entidade fechada.
II- A intertextualidade é uma escritura réplica de outro texto.
III- A intertextualidade não permite o compartilhamento de ideias de outros textos.
Agora, assinale a alternativa CORRETA :
		
	
	Somente II é correta.
	 
	I e II.
	
	I e III são corretas.
	
	I, II e III.
	
	Somente I é correta.
	Pertencente ao Círculo Linguístico de Moscou, ele trouxe para movimento que veio a ser conhecido como Formalismo Russo, o destaque para questões como a dos gêneros literários, da tradição e da história e, principalmente, a relação entre séries literárias e não literárias, com os clássicos estudos "Da evolução literária". Assinale o nome do formalista que fez estas contribuições e os estudos.
 
 
 
		
	
	Mikhail Bakhtin
 
	
	Vladimir Propp
	
	Bóris Eikhembaum
 
	
	Roman Jakobson
 
	 
	Iuri Tynianov
 
	Falar de Intertexto e de literatura comparada nos exige inicialmente perceber que ao lermos um texto (A) estamos lendo também um texto (B), e que este entrecruzamento de vozes percebidas ou levemente transparentes é algo que perpassa a escrita, e em especial a literatura, ao longo de todos os tempos.
Assinale a alternativa que não se articula com o texto acima:
		
	
	Escrever é sempre rescrever, não difere de citar. Ler ou escrever é realizar um ato de citação.
	
	A intertextualidade se dá tanto na produção como na recepção da grande rede cultural, de que todos participam.
	
	A palavra literária não é um ponto, um sentido fixo, mas um cruzamento de superfícies textuais.
	
	O dialogismo é um princípio constitutivo da linguagem e a condição de sentido do discurso.
	 
	Somente o texto literário se constrói como um mosaico de citações e é absorção e transformação de outro texto.
	Respondido em 28/01/2021 09:00:20
	"Ignorar a natureza do enunciado e as particularidades de gênero que assinalam a variedade do discurso em qualquer área do estudo linguístico leva ao formalismo e à abstração, desvirtua a historicidade do estudo, enfraquece o vínculo existente entre a língua e a vida. A língua penetra na vida através dos enunciados concretos que a realizam, e é também através dos enunciados concretos que a vida penetra na língua. O enunciado situa-se no cruzamento excepcionalmente importante de uma problemática."(Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN. M. Estética da criação verbal. Tradução: Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1992.)
 
 
Mikhail Bakhtin não fez parte do movimento e não integrou os Círculos Linguísticos nascidos na Rússia, no século XX, mas seu legado é rico e variado. Assinale a única assertiva que contém uma das contribuições deste filósofo da linguagem aos estudos da Literatura Comparada.
 
		
	
	Não resgata o estudo das relações do Texto Literário com a História
	
	Não perder de vista o que é próprio e único na literatura;
 
	 
	Foge às concepções formalistas, fechadas na análise do texto.
	
	Deve se perder o diálogo da literatura com o momento histórico em que a obra é produzida.
 
	
	A contribuição da Teoria Literáriapara as pesquisas comparatistas é de um enorme significado. Um dos conceitos centrais usados pela Literatura Comparada, hoje em dia, é o de intertextualidade. A respeito deste conceito, não podemos afirmar que:
		
	
	Outro teórico que muito contribui para a elaboração do conceito de intertextualidade foi Bakhtin, afirmando que todo discurso é um campo que se abre ao debate, em que, muitas vozes diferentes se manifestam e se interpenetram.
	
	Intimamente ligada a este processo da intertextualidade está a interferência das ideologias, os discursos hegemônicos de cada momento histórico.
	 
	Embora os textos literários estejam em constante diálogo, a Literatura Comparada considera a possibilidade da originalidade de um texto literário, pois nisso estaria a capacidade artística do autor.
	
	O teórico russo, Tynianov, contribuiu para a formulação desse conceito, ao afirmar que o estudo isolado de uma obra literária não fornece elementos suficientes para a compreensão plena de sua construção, pois um mesmo elemento tem funções diferentes em sistemas diferentes.
	
	A contribuição de Bakhtin parte da própria experiência humana, à medida que afirma que não somos resultados dos conceitos que nós mesmos formulamos sobre nossa identidade, mas de um diálogo que mantemos com os que estão ao nosso redor.

Continue navegando