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FAVENI-FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
MARCELA NASCIMENTO MARCONDES LEITE
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E AS PRÁTICAS EDUCATIVAS NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO.
CRUZEIRO-SP
 2020
FAVENI-FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE 
MARCELA NASCIMENTO MARCONDES LEITE
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E AS PRÁTICAS EDUCATIVAS NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial de Educação Especial Inclusiva.
CRUZEIRO-SP
 2020
Marcela Nascimento Marcondes Leite
Declaro que sou autor(a) deste Trabalho de Conclusão de Curso.Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas publicadas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para produção desse trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência de seus efeitos civis, penais e administrativos, e assim assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais (consulte a 3ªclausula,§4° do contrato de prestação de serviços). 
RESUMO
A pesquisa investiga e reflete sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e as práticas educativas na perspectiva da inclusão. Buscou se como objetivo estudar a importância da inclusão escolar de alunos portadores de necessidades educativas especiais, analisando como é realizado esse atendimento com os alunos com dificuldades de aprendizagem e sua efetiva aprendizagem. Na realidade atual vemos que as práticas pedagógicas, na educação especial precisam ser repensadas, pois há um grande despreparo dos professores para trabalhar com crianças especiais e acaba acontecendo a exclusão desses alunos. Muitas vezes as metodologias utilizadas são ineficazes e inadequadas para a aprendizagem desses alunos. A Educação Inclusiva não é só oque consta dos documentos que a efetiva, , e caracteriza, um conjunto de recursos educacionais e técnicas organizadas e planejadas, para o reconhecimento das necessidades educacionais diferenciadas. A formação de profissionais da educação e as condições de acessibilidade também devem ser consideradas. Concluiu-se que a inclusão escolar está fundamentada em uma escola democrática para todos, sem descriminação. É primordial uma reorganização do sistema educacional, uma revisão de concepções e paradigmas educacionais, para que propiciar o desenvolvimento global dos alunos, seja no cognitivo, cultural e social, e assim garantir não somente o egresso daquele que tem aluno com deficiência, mas que o mesmo permaneça no decorrer de toda escolarização.
Palavras chave: . Escola. Educação. Inclusão. 
marcondesmarcela@yahoo.com
INTRODUÇÃO
Este estudo discorre sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE) na área da Educação Especial, que está previsto em leis de âmbito federal, como na Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, aprovada em 2008 e na Resolução nº 04 de 2009 do Conselho Nacional de Educação, sendo obrigatória sua oferta pelos sistemas de ensino.
O AEE é um serviço da educação especial, realizado no período contrário ao
frequentado pelo aluno no ensino regular, e sua oferta é obrigatória a todos os alunos público alvo da educação especial (BRASIL, 2008).
	O presente trabalho considera a relevância do tema, pois os desafios vividos na escola, onde se destaca a dificuldade que o educador enfrenta em ter que flexibilizar e diversificar o seu currículo, para trabalhar com alunos especiais, para que os mesmos tenham suas diferenças atendidas e respeitadas, gerando sua inclusão.
	A presente investigação, portanto, parte do seguinte problema de pesquisa: As escolas possuem mobiliário, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos para o atendimento dos alunos que são público alvo da Educação Especial e que necessitam do AEE no ambiente escolar?
	Aventa-se a hipótese de que o uso de recursos e materiais variados no AEE é de extrema importância para contribuir com o desenvolvimento dos alunos.
Defende-se também a hipótese de que Atendimento Educacional Especializado (AEE) é uma proposta viável e necessária nas escolas, apoiando os serviços já existentes na escola e promovendo a discussão sobre Escola Inclusiva.
O objetivo geral desse trabalho é refletir sobre políticas educacionais destinadas aos alunos especiais, enfocando o atendimento educacional na sala de recursos.
Como metodologia, adotou-se a pesquisa bibliográfica, com a realização de leituras críticas, redação de resumos das obras pertinentes ao enfrentamento do tema. Foram consultados documentos disponíveis online, devidamente consignados nas referências.
Fundamentou-se a pesquisa em Diniz( 2012), Franco (2017), Gatti (2010), Mantoan (2002, 2011), Mittler (2003) e Silva (2015) para a fundamentação da 
Estruturalmente, o trabalho está dividido em dois capítulos. 
No primeiro capítulo, abordam-se A política de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. 
No segundo capítulo, O professor de AEE na educação de crianças com deficiência. Seguem, por fim a conclusão e as referências.
2. A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
O sistema educacional está organizado nos princípios da educação inclusiva, possibilitando que o ciclo de exclusão seja desfeito, desafiando os preconceitos, e dando oportunidade para que os alunos com deficiência construam o seu futuro. 
A Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem se destacado, e vem ganhando espaço e investimento por parte das políticas públicas. Investir na Educação Especial é importante para garantir aos alunos com deficiência tenham a atenção que precisam e aprendam de forma efetiva, assim como os demais. 
2.1 DIREITOS EDUCACIONAIS DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA
A Convenção dos direitos da criança (ONU, 1989) garante para as pessoas em condição de deficientes, no Artigo 23, que sejam cumpridos os mesmos direitos de saúde e educação das crianças sem deficiência às demais crianças que possuam alguma deficiência. 
No Artigo 2 é assegurado o direito de a criança não sofrer discriminação, seja por sua cor, classe social ou deficiência, in verbis:
 Art. 2 Os estados assegurarão a toda criança sob sua jurisdição os direitos previstos nesta convenção sem discriminação de qualquer tipo baseadas na condição, nas atividades, opiniões ou crenças, de seus pais, representantes legais ou familiares. (Convenção dos direitos da criança ONU 1989).
As leis de Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica CNE No 04/2009, diz, in verbis: 
Art. 1º Para a implementação do Decreto nº 6.571/2008, os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos. (MEC/SEESP, 2009)
Na Constituição Brasileira, o Capítulo V trata de leis e diretrizes a respeito dos direitos dos deficientes, sendo dever do Estado garantir a efetivação desses direitos pelas escolas e possibilitando recursos e serviços para a alfabetização e educação de crianças com necessidades específicas.
A Lei n° 10.098 de 19 de dezembro de 2000, é conhecida como Lei da Acessibilidade. Esta possui dois artigos, in verbis: 
Art.1 diz: ‘’Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos,no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.” 
Art. 2 está dividido em pontos que falam a respeito da acessibilidade que deve ser garantida aos deficientes nas ruas e transportes públicos, inclusive dentro do ambiente educacional, onde a estrutura física da escola tem que ser apta a acolher esses alunos, garantindo assim a acessibilidade. 
Na Resolução nº 04 de 2009 do Conselho Nacional de Educação, em seu parágrafo único mostra que:
(...) os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos. (BRASIL, 2009, p. 1)
A lei foi posta em prática para defender o direito de 45,6 milhões de pessoas com deficiência que existem em nosso país segundo o CENSO 2010, quase 24% da população, dentre os que nasceram com deficiência e outras vítimas de acidentes ou doenças. 
2.2 O ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
A Lei 13.146 de 06 de julho de 2.015, que vigora desde o início do ano de 2.016, calcada na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, deu origem ao Estatuto da pessoa com deficiência. 
O documento que trata sobre a Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 2008) reforça que: 
[...] o movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de eqüidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. (BRASIL, 2008, p. 3). 
O capítulo II - Igualdade e não discriminação - do Estatuto da pessoa com deficiência diz em seu artigo 4 e 5, in verbis:
Art. 4o Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. 
§ 1o Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas. 
§ 2o A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios decorrentes de ação afirmativa.
Art. 5o A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante. Parágrafo único. Para os fins da proteção mencionada no caput deste artigo, são considerados especialmente vulneráveis a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência. (BRASIL, 2016).
Em nosso país, mesmo com a legislação, vemos que a inclusão de alunos com necessidades educacionais, não está solidificada, se torna necessário mais recursos educacionais, uma melhor formação docente e também que os projetos pedagógicos sejam melhor elaborados.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva estabelece o público-alvo da Educação Especial: alunos com deficiência física, mental, intelectual ou sensorial, alunos com transtornos globais do desenvolvimento – TGD incluem se nesse grupo as síndromes do espectro do autismo, o autismo e psicose infantil. E alunos com altas habilidades/superdotação são alunos que apresentam um potencial elevado em áreas do conhecimento humano, combinadas ou isoladas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade. (BRASIL, 2008)
A Educação Inclusiva é vista como uma série de recursos, a ser sistematizados pela escola, a fim de atender as diversidades dos alunos. 
A escola inclusiva é a que desenvolve o Projeto Político-Pedagógico para todos os sujeitos nelas envolvidos, de tal forma que eles possam perceber que têm um pertencimento com a instituição. Ao mesmo tempo, essa escola é campo de aprendizagens múltiplas, no que se refere ao aprender na convivência com os diferentes [...] (SILVA, 2015, p. 111)
Pode-se afirmar que ainda hoje há grandes desafios para alcançar tal atitude de inclusão. De acordo com o MEC (BRASIL, 2004, p.7), a escola deve ser considerada: 
[...] o espaço no qual se deve favorecer, a todos os cidadãos, o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de competências, ou seja, a possibilidade de apreensão do conhecimento historicamente produzido pela humanidade e de sua utilização no exercício efetivo da cidadania. É no diaa-dia escolar que crianças e jovens, enquanto atores sociais, têm acesso aos diferentes conteúdos curriculares, os quais devem ser organizados de forma a efetivar a aprendizagem. Para que este objetivo seja alcançado, a escola precisa ser organizada de forma a garantir que cada ação pedagógica resulte em uma contribuição para o processo de aprendizagem de cada aluno.(BRASIL, 2004, p.7).
O texto da Lei Brasileira de Inclusão (LBI) ou  Estatuto da Pessoa com deficiência tem como base a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, sendo o primeiro tratado internacional de direitos humanos que foi incorporado pelo ordenamento jurídico brasileiro como emenda constitucional.
O capítulo da LBI sobre Educação fala muito sobre o que deve ser feito para atingir esse objetivo. Alguns dos principais exemplos são:
· Nas escolas inclusivas é indispensável que o conteúdo e as aulas sejam oferecidos em Libras, como primeira língua, e em português, na modalidade escrita, para os alunos surdos. O mesmo vale para as escolas e classes bilíngues e para os materiais de aula (Art. 28-IV);
· A adoção de medidas individuais e coletivas que proporcionem o desenvolvimento acadêmico e a socialização dos alunos com deficiência. Isso facilita a integração e, consequentemente, o aprendizado (Art. 28-V);
· Além da oferta de aulas e materiais inclusivos (em Libras e Braile), as práticas pedagógicas também precisam ser incorporadas e preferidas pela instituição que possuir alunos com deficiência (Art. 28-XII);
· Também devem ser oferecidas tecnologias assistivas que ampliem as habilidades dos estudantes nas escolas (Art. 18-XII) ou auxiliem nos processos seletivos e permanência nos cursos da rede pública e privada (Art. 30-IV). (BRASIL, 2016)
A LBI, é um documento que altera algumas leis já existentes na educação, harmonizando à Convenção Internacional. A inclusão só se torna eficaz, se além da legislação houver mudanças e aperfeiçoamento no sistema de ensino. 
3 O PROFESSOR DE AEE NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA
Para o professor de educação especial, a formação específica na área de atuação é necessária, pois só assim ele poderá trabalhar as necessidades e potencialidades, mostrando caminhos para a aprendizagem do aluno da educação especial, atendendo suas diferenças e respeitado-as. 
Em Franco (2017) vemos que a boa formação pedagógica permite ao professor ser um bom “escutador” do outro e permite-lhe também tecer alternativas de práticas que podem produzir novos significados àqueles tão excluídos socialmente. O professor (a) atento pedagogicamente a seus alunos devem estar vigilantes às suas especificidades; reparando e lendo o significado em seus corpos, em suas perguntas em seus silêncios.
Não é o professor da escola comum que precisa ser especialista na deficiência do aluno. Todo aluno no Brasil, desde a educação infantil até a educação superior, tem direito ao Atendimento Educacional Especializado (BRASIL, 2011).
3.1 O PROFESSOR REGENTE E O PROFESSORDE APOIO
Este Atendimento Educacional Especializado (AEE) está definido pela Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, tendo como propósito:
(...) função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.(BRASIL, 2008, p. 10).
Na citação acima, observamos que o AEE é um atendimento com caráter complementar ao ensino regular, sendo muito importante para a formação do aluno que o frequenta.
A Inclusão implica uma reforma radical nas reformas em termos de currículo, avaliação, pedagogia e formas de agrupamentos dos alunos em sala de aula. Ela é baseada em um sistema de valores que todos se sintam bem vindos e celebra a diversidade que tem como base o gênero, a nacionalidade, a raça, a linguagem de origem, o background social, o nível de aquisição educacional ou a deficiência.(MITTLER,2003, p34)
Existem alunos que necessitam de auxílio e mediação em tempo integral nas salas de aula, e essa é a função do professor de apoio na inclusão escolar, ele é o agente mediador nos processos de desenvolvimento e aprendizagem do aluno com deficiência intelectual.
O professor regente deve acreditar na potencialidade de todos os seus alunos e criar métodos para que todos consigam aprender, independentemente de suas diferenças e especificidades. Para isto, “é fundamental que o professor nutra uma elevada expectativa em relação à capacidade de progredir dos alunos e que não desista nunca de buscar meios para ajudá-los a vencer os obstáculos escolares.” (MANTOAN, 2011, p.48).
O professor regente de sala tem dificuldade de atender sozinho, a toda essa diversidade em sala de aula, ele precisa de um profissional especializado para ajudá-lo. O profissional de apoio tem sua presença assegurada pela Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. 
A concepção da Educação Especial nesta perspectiva da educação inclusiva busca superar a visão do caráter substitutivo da Educação Especial ao ensino comum, bem como a organização de espaços educacionais separados para alunos com deficiência. Essa compreensão orienta que a oferta do AEE será planejada para ser realizada em turno inverso ao da escolarização, contribuindo efetivamente para garantir o acesso dos alunos à educação comum e disponibilizando os serviços e apoios que complementam a formação desses alunos nas classes comuns da rede regular de ensino (DIRETRIZES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, 2010, p. 299).
A união entre o professor regente, a escola e o professor de apoio, cada um com suas funções bem delimitadas, só trará auxilio no processo de inclusão do aluno com deficiência, proporcionando uma educação apropriada para que seu potencial seja visto e valorizado.
Na concepção do AEE (Atendimento Educacional Especializado), o professor de apoio poderá utilizar recursos de tal atendimento como forma de intervenção com a finalidade de facilitar e mediar o acesso ao conteúdo de sala, bem como o uso de tecnologia assistiva para o benefício da aprendizagem, proporcionando ao aluno um acesso adaptado à informação dada em aula.(BRASIL, 2016).
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva garante: 
Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior, o atendimento educacional especializado, continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino, formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar, participação da família e da comunidade, acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação e articulação intersetorial na implementação das políticas públicas. (BRASIL, 2008, p.10).
 Trabalhar educacionalmente as pessoas com deficiência é importante e necessário, pois só assim será possível conhecer o seu processo de aprendizagem, além das concepções da deficiência..
3.2 PRÁTICAS EDUCATIVAS NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO
As práticas pedagógicas de acolhimento e de inclusão são práticas inerentes à especificidade do trabalho pedagógico. Práticas pedagógicas são práticas sociais que se exercem com a finalidade de concretizar processos pedagógicos, se organizam intencionalmente para atender determinadas expectativas educacionais solicitadas/requeridas por uma dada comunidade social. (FRANCO, 2017)
Ainda em Franco (2017) vemos que a condição pedagógica preconiza a inclusão e o acolhimento de todos os alunos, independentemente de suas especificidades físicas, intelectuais, sociais afetivas. Na sala de aula acorrem as múltiplas determinações decorrentes da cadeia de práticas pedagógicas que a circundam. Olhando as práticas na perspectiva da totalidade, compreende se melhor essas relações. 
No que concerne à formação de professores, é necessária uma verdadeira revolução das estruturas institucionais formativas e nos currículos de formação. As emendas já são muitas. A fragmentação formativa é clara. É preciso integrar essa formação em currículos articulados e voltados a esse objetivo precípuo. A formação de professores não pode ser pensada a partir das ciências e seus diversos campos disciplinares, como adendo destas áreas, mas a partir da função social própria a escolarização (GATTI, 2010, p. 11).
As escolas para todos caracterizam-se por reconhecer e valorizar as diferenças, a heterogeneidade das turmas e a diversidade dos processos de construção coletiva e individual do conhecimento. Tais escolas são inclusivas, pois não excluem os alunos, ou seja, não têm valores e medidas predeterminantes de desempenho escolar, considerando a pluralidade um fator relevante para o desenvolvimento do pensamento (MANTOAN, 2002, p. 84).
O processo de inclusão começa com o docente e sua formação, através de práticas e teorias pedagógicas adequadas ao processo de inclusão. 
A prática pedagógica organizada é o fundamental fator para o exercício crítico e poderoso da inclusão de cada um como cidadão e sujeito social.
A Escola Inclusiva está afinada com os direitos humanos, porque respeita e valoriza todos (as) os (as) alunos (as), cada um (a) com as suas características individuais. Além disso, é a base da sociedade para todos, que acolhe os sujeitos e se modifica para garantir que os direitos de todos (as) sejam respeitados (DINIZ, 2012, p. 9).
A escola para todos abandona as práticas de discriminação, inferiorização, limitação e exclusão reafirmando “[...] a necessidade de repensar e de romper com o modelo educacional elitista de nossas escolas e reconhecer a igualdade de aprender como ponto de partida, e as diferenças no aprendizado como processo e ponto de chegada” (MANTOAN, 2011, p. 33).
Muitos são recursos de acessibilidade para serem usados nas práticas pedagógicas, e cada um deve ser implementado de acordo com as necessidades do aluno, para que a sua inserção seja feita no do processo de aprendizagem dos alunos com deficiência.
CONCLUSÃO
Diante da relevância social e cultural, a Educação Especial está inserida no contexto das políticas públicas nacionais, incluindo o Atendimento Educacional Especializado. 
Na pesquisa bibliográfica realizada, o tema do trabalho apontou para necessidade de um ensino de qualidade para todos, independente das necessidades dos alunos especiais. Mostrou que é necessário, o fortalecimento de políticas públicas que envolvam a escola como um todo: professores, gestores, especialistas, pais e alunos, pois só assim a inclusão ser realmente. 
A escola é inclusiva quando adota práticas pedagógicas pertinentes e viáveis àsnecessidades dos alunos, reconhecendo as diferenças e a busca pelo progresso de todos.
Mesmo diante de todas mudanças ocorridas no mundo moderno, nos últimos tempos, é essencial e necessário que a aprendizagem comece com o contato humano, a interação e o diálogo entre professor e aluno. Cabe ao educador superar as formas tradicionais de ensino, e buscar propostas que vá ao encontro dos alunos com necessidades especiais de aprendizagem, aproximando-os dos alunos regulares.
Esse trabalho buscou evidenciar a preocupação com relação à inclusão escolar de alunos portadores de necessidades educacionais especiais e contribuir para que os alunos portadores de necessidades educacionais especiais tenham acesso ao atendimento educacional especializado. 
Cada um deve fazer sua parte para que a inclusão aconteça. Os governos precisam cumprir a legislação vigente através de suas políticas públicas, promovendo ações integradoras e inclusivas nas escolas para efetivar a inclusão escolar dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, disponibilizando um atendimento educacional especializado.
 	
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, 2011.
_____________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC, 2008.
DINIZ, M. Inclusão de pessoas com deficiência e/ou necessidades específicas: avanços e desafios. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.
FRANCO, Maria Amélia Santoro. Práticas pedagógicas de acolhimento e inclusão: a perspectiva da pedagogia critica. 2017. Revista on line de Política e Gestão Educacional 21(esp.2):964-978. 
Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/322106942. Acesso out. 2020.
GATTI, B. A. Formação de professores no Brasil: características e problemas. In: Educação e Sociedade, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, 2010.Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, out.-dez. 2010 1379 . Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/es/v31n113/16.pdf?origin=publication_detail.Acesso em: nov. 2020
MANTOAN, M. T. E. (Org.). O desafio das diferenças nas escolas. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
_______________. Produção de conhecimentos para a abertura das escolas às diferenças: a contribuição do LEPED (UNICAMP). In: ROSA, D. E.; G. SOUZA, V. C. de (Orgs.). Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
MITTLER, P. J. Educação inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003. Disponível em: http://books.scielo.org/id/rp6gk/pdf/diaz-9788523209285-11.pdf
Acesso out. 2020
SILVA, A. M. M. A formação docente na perspectiva da educação inclusiva e a relação com os direitos humanos. In: SILVA, A. M. M.; COSTA, V. A. da. (Orgs). Educação inclusiva e direitos humanos: perspectivas contemporâneas. São Paulo: Cortez, 2015. p. 91-116.

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