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TCC tema 9 - inclusão

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UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Xxxxxxxxxxx
2020
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
 Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de licenciado em Pedagogia. Universidade Paulista – UNIP.
 
Xxxxxxxxxxxx
2020
FICHA CATALOGRÁFICA
	
	
44 f.: il.
Monografia (Pós-Graduação) – Universidade Paulista - UNIP
1. Inclusão, 2. Educação, 3. Aprendizagem , 4. Aluno.
Aprovada em: 
BANCA EXAMINADORA
Professor (a)
Universidade Paulista - UNIP
Professor (a) 
Universidade Paulista - UNIP
Professor (a) 
Universidade Paulista - UNIP
Xxxxxxxxx
2020
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à nossa família e ao nosso orientador.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus e a nossa família por todo o apoio e carinho nesse trajetória acadêmica.
RESUMO
Este trabalho pretende discutir sobre a inclusão de crianças escolas de Educação Básica, tendo em vista à falta de preparação dos educadores para lidar com esta realidade. O propósito desta monografia é descobrir através de autores importantes da educação, qual tipo de instrução e práticas que os professores precisam ter para trabalharem com turmas mistas sem prejudicar a qualidade do seu trabalho e a educação das crianças. A pesquisa terá como base o objetivo de compreender como se dá a inclusão em escolas regulares e buscar estratégias e soluções com o corpo docente para uma inclusão de qualidade.
Palavras-chave: Inclusão, Educação , Aprendizagem, Aluno.
ABSTRACT
This work intends to discuss about the inclusion of children's schools of Basic Education, due to the lack of preparation of the educators to deal with this reality. The purpose of this monograph is to discover through important authors of education what kind of instruction and practices teachers need to work with mixed classes without harming the quality of their work and the education of children. The research will be based on the objective of understanding how to take part in regular schools and seek strategies and solutions with the teaching staff for a quality inclusion.
Keywords: Inclusion, Education, Learning, Student.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................10
 
CAPÍTULO 1.....................................................................................................11
1. Inclusão..................................................................................................11
1.1 O atendimento educacional especializado............................................13
1.2 Inclusão e Aprendizagem......................................................................16
CAPÍTULO 2.....................................................................................................20
 2. Políticas públicas na perspectiva da educação inclusiva.....................20
 
CAPÍTULO 3......................................................................................................36
3. A importância da instituição escolar....................................................36
3.2 A importância da família e do acompanhamento escolar...................37
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................40
INTRODUÇÃO
O maior destaque da educação especial foi a LDB nº 9394/96, nos quais os movimentos no Brasil estavam crescendo em busca de expressões de democracia e direitos dos cidadãos e as diretrizes e bases foram cruciais para começar a garantir os direitos das crianças deficientes no Brasil.
 A maior parte destes estudos está voltada para a questão da inclusão de crianças com deficiência, mais precisamente o autismo na Educação Infantil. Nesta pesquisa, será feito o levantamento das condições em que as crianças são recebidas / inclusas pelas escolas e se há por parte dos educadores práticas que eles devem seguir para conseguirem o contato social, pedagógico com estas crianças.
 A Educação Especial proporciona aos alunos com deficiências uma promoção de suas capacidades, permitindo sua participação ativa na vida social, tendo a possibilidade de contribuir com o desenvolvimento das potencialidades, dando maior autonomia a esses alunos.
O trabalho tem como justificativa falar sobre a inclusão de crianças na educação básica, pois é um tema contemporâneo e que faz parte do cotidiano dos educadores da contemporaneidade.
A análise deste trabalho será bibliográfica, ou seja, tem-se como fonte de dados artigos de revistas acadêmicas. 
.
1. INCLUSÃO
Debate-se que a inclusão possibilita a garantia de acesso dos serviços educacionais especiais aos alunos com necessidades educacionais especiais que também possuem como suporte para seu desenvolvimento na escola regular o centro de atendimento especializado que auxilia que sua aprendizagem tenha avanços dentro dos dois ambientes de educação.
Aborda-se abaixo o processo de inclusão através de seus conceitos e definições e como pode-se compreender este contexto numa escola regular, no segundo momento adentra-se um pouco sobre o conceito de um centro de Atendimento Educacional Especializado, para que serve e qual o suporte oferecido a uma pessoa com deficiência na escola? Busca-se compreender como ocorre à inclusão e aprendizagem do aluno passando por toda essa perspectiva da escola regular e de um centro de atendimento educacional especializado e quais avanços na aprendizagem através da inclusão escolar dos alunos com deficiência.
A Lei 13.146 de 25 de Julho 2015 define no art. 27:
A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados a sistema educacional inclusivo em todos os níveis de aprendizado ao longo da vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem (BRASIL, 2015).
Nesse artigo da legislação, pode-se concluir a igualdade e acesso a educação de qualidade destinadas a crianças com necessidades educacionais especiais, de modo, que todas sejam formadas integralmente.
Conforme o dicionário de palavras, verifica-se que a palavra incluir significa compreender, abranger, fazer parte, pertencer, processo que pressupõe, necessariamente e antes de tudo, uma grande dose de respeito (SARTORETTO, 2006).
Para Mantoan (2006), pesquisador em educação inclusiva, a inclusão implica em uma mudança de paradigma educacional, que gera uma reorganização das práticas escolares; planejamento, formação de turmas, currículos, avaliação, gestão do processo educativo. A proposta revolucionária de incluir todos os alunos em uma única modalidade educacional, o ensino regular, tem encontrado outras barreiras, entre as quais se destaca a cultura assistencialista e terapêutica da Educação Especial.
Para compreender o contexto a respeito da educação inclusiva Dutra e Griboski (2006 p. 210) dizem:
A concepção e os princípios da educação inclusiva dentro de um contexto mais amplo que dizem respeito à estrutura da sociedade em que vivemos, associados aos movimentos de garantia dos direitos exigem a transformação dos sistemas de ensino em relação à fundamentação, à prática pedagógica e aos aspectos do cotidiano da escola.
O argumento do despreparo dos professores deveria se modificar pois não há validade quanto a eficácia que impede a inclusão escolar de pessoas com deficiências. Se não há profissionais preparados, ressalta-se a sua necessidade com máxima urgência, tendo em vista direitos humanos que se modificam aos poucos, mas que devem garantir a honra a vida.
O desafio maior está em propor ajuda/auxílioaos progenitores/responsáveis da criança com necessidade de inclusão, e que nesse caso a exclusão é vivenciada. Antes, é preciso que a família e a comunidade escolar compreendam que o direito de educação seja garantido e cumprido. Pois, se nossa constituição nos propõe igualdade, é preciso rever as práticas em torno da probabilidade dos mecanismos que ainda resistem e inferiorizam o sujeito quanto a sua diferença que o caracteriza. Mantoan (2006 p. 206) alega que:
As escolas regulares acabam realizando falsas soluções quando se trata dos desafios à inclusão tanto na escola regular quanto no atendimento especializado, pois acabam distanciando e fragmentando tanto a estrutura quanto a rotina e dificuldades em materiais necessários para utilização.
Para tanto, que esta preparação aconteça, é necessário que as autoridades responsáveis pela implementação das políticas educacionais comecem a executa-las dentro das escolas regulares proporcionando o desafio de acolher as diferenças.
Beyer (2006, p. 277), em sua pesquisa analisou o conceito de educação inclusiva com integração escolar e percebeu que, historicamente passou por algumas mudanças as duas formas conceituais e que podemos compreender que dentro deste processo houve uma evolução conceitual. Na educação inclusiva percebe-se que é uma forma inflexível em que a criança com deficiência participe do aprendizado que a maioria tem, tendo que se comportar em um ambiente em que não está adequada. Enquanto na integração escolar já propõe que crianças com deficiência em decorrência de sua necessidade especial obtenham algumas adaptações pessoais para que tenham o suporte necessário no ambiente escolar.
Inclusão é possibilitar que pessoas que não tem acessos a seus direitos possam ser inseridas em serviços e benefícios de forma que possibilite que tanto a família quanto a pessoa com deficiência tenham acesso, garantindo melhoras no seu desenvolvimento. No contexto escolar, inclusão significa possibilitar que crianças com necessidades educacionais tenham direito a educação no ambiente de escola regular. As escolas ainda acabam sendo a porta de entrada para que tais inclusões mesmo que distorcidas sobre sua definição conceitual permita que este aluno possa buscar neste ambiente toda adaptação necessária para seu desenvolvimento pessoal para que este ocorra conforme a necessidade especial de cada aluno.
Nessa linha de pensamento, penso que deve-se discordar da definição de inclusão que provoca a desconsideração das diferenças entre as crianças, obrigando-as, por meio de um currículo inflexível ou hegemônico, a comportarem-se e a aprenderem conforme a maioria o faz. (BEYER, 2006, p. 278)
Mas, continuar buscando propostas de acessibilidade e garantia de direitos para que todas as crianças possam ter como porta de entrada uma escola que as aceite independente da sua deficiência e que procurem ajudar, mesmo não sabendo tudo sobre o aluno, mas que consiga dentro dente processo de inclusão escolar descontruir a definição de inclusão e que assim possa ressignificar as metodologias de ensino que integrem os alunos que precisam se desenvolver para estarem aptos a conseguirem ser independentes socialmente seja em qualquer momento de sua vida.
1.1 O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
O atendimento educacional especializado é um serviço da educação especial destinado aos alunos com deficiências física, sensorial e mental, tendo em vista criar condições favoráveis de acesso aos conteúdos escolares e ao conhecimento em geral.
No Brasil a Declaração de Salamanca tornou- se referência para o desenvolvimento de uma nova proposta de modelo de sistema educacional especializado. Inicialmente este trabalho foi desenvolvido por instituições filantrópicas que criaram salas especiais e posteriormente foi adaptado para algumas escolas da rede pública. Mesmo assim, com todo processo de inclusão ainda aconteciam atendimentos separados dos demais alunos.
Em 2003 que a política educacional brasileira investiu na garantia dos direitos e educação de qualidade para todos. Conforme Dutra e Santos (2015 p.4), neste período o Brasil amplia sua discussão baseando- se na convenção sobre os direitos da Pessoa com deficiência – CDPD/ONU 2006. Homologou essa convenção e com base nos seus fundamentos começou a investir em oferta de atendimento educacional especializado nas escolas regulares, cursos de formação para docentes da área, organização dos serviços e recursos.Com o objetivo de transformar os sistemas de ensino em sistemas educacionais inclusivos, que fortalecem os espaços de discussão e de formação dos profissionais da educação, tendo como foco os referenciais legais, políticos e pedagógicos que fundamentem a educação inclusiva.
Atualmente as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação básica proporcionou que a resolução CNE/CEB 2/2001 viesse para ajustar a educação inclusiva com um novo olhar para o sistema de ensino para que se possa atender a todos os alunos nas suas diversidades não como um problema, mas como um aluno de possa contribuir junto com os demais através da maneira integrada entre pais, professores e alunos.
Já nas leis anteriores faz perceber que a inclusão já ocorria, mas não totalmente inclusiva, pois:
O Decreto nº3. 298 de 20 de dezembro de 1999 Artigo 24 ° 1- Entende-se um processo educacional definido de uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos e serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais. (MAZZOTA, 1998 APUD DIRETRIZES NACIONAIS, 2001).
Ou seja, houve um avanço no que refere-se a educação inclusiva, além disso, os estudos relacionados a este tema passam a ser estudados cada vez mais por estudiosos.
Para Mantoan o processo inclusivo é visto da seguinte forma:
O sentido dúbio da educação especializada, acentuado pela impressão dos textos legais, que fundamentam nossos planos e propostas educacionais, tem acrescentado a essa situação outros sérios problemas de exclusão sustentados por um entendimento equivocado dessa modalidade de ensino. De fato, ainda é difícil distinguir a Educação Especial tradicionalmente conhecida e praticada, da sua nova concepção: o atendimento educacional especializado. (2006, p.25).
E o atendimento educacional especializado tem por escopo garantir aos alunos com deficiências especiais a possibilidade de aprenderem o que é diferente do ensino comum e desenvolver aquelas habilidades que eles necessitam para poderem ultrapassar as barreiras impostas pela deficiência.
A matrícula do aluno com deficiência na escola comum requer os serviços da educação especial, não para substituir o ensino formal, tampouco confundir-se com práticas clínicas, terapêuticas ou de reforço escolar. Além disso, o AEE[footnoteRef:1] não deve ser confundido com aulas de reforço pedagógico para o ensino de conteúdo escolar. A forma pela qual cada aluno terá acesso, ao currículo distingue-se pela singularidade. O cego, por exemplo, por meio do sistema Braille; o surdo, por meio da língua de sinais e da língua portuguesa; o paralisado cerebral, por meio da informática, entre outras técnicas. [1: Atendimento Educacional Especializado – AEE.] 
Além disso, Bock e Rios (2010) identificam como fundamental no desenvolvimento do aluno que se tenha uma equipe multiprofissional em que:
Ele poderá ter, entre seus integrantes, profissionais da área clínica como fonoaudiólogo, neurologista, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, ortopedista; e da área da educação os professores do ensino comum e do AEE, ainda contamos com a participação imprescindível da pessoa com deficiência e sua família. (2010 p.30).
E ainda:
O AEE deve ser oferecido dentro da escola comum, nas salas de recursos multifuncionais, para que o aluno com deficiência seja acompanhado e instrumentalizado na sua caminhada escolar, proporcionando a ele acesso ao saber, em igualdade de condições dos colegas sem deficiência e que sejam participesda construção de seus saberes. (BOCK, RIOS, 2010 p.28).
O professor de AEE é um profissional que atua sobre as peculiaridades de certos alunos, provendo recursos, meios, equipamentos, linguagens e conhecimentos que os apoiam no acesso e participação no ensino comum. “Identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos considerando suas necessidades específicas. “ (SEESP/ MEC 2008 APUD MANTOAN, 2010). Quando o aluno chega ao AEE uma das primeiras ações dos profissionais é estabelecer vínculo, tanto com o aluno, quanto com a família dele, a qual é imprescindível para a consolidação do trabalho.
1.2 INCLUSÃO E APRENDIZAGEM
Aprendizagem é o processo pelo qual uma atividade tem origem ou modificada pela reação a uma situação encontrada, desde que as características da mudança de atividades não possam ser explicadas por tendência inatas de respostas, maturação ou estados temporários do organismo. Dentro do processo de inclusão, a aprendizagem é muito mais do que aguardar respostas para alguma atividade, é possibilitar que o aluno que possui deficiência consiga ser incluso ao um ambiente escolar regular para conseguir aprender a se desenvolver em sua vida pessoal, social e escolar. Para Amaral e Barros (2007, p.1) possibilitar o desenvolvimento de um aluno proporciona:
Pensar a quantidade de formas de aprendizagem atuais, nos exige atender as diversidades e as individualidades pessoais no contexto da sociedade. Essas são compostas por referenciais sobre competências e habilidades, formas de construção do conhecimento, uso de tecnologias, multiculturalidade e demais teorias e referenciais que privilegiam ou tenham como enfoque o indivíduo e seu desenvolvimento integral.
A escola constitui um contexto diversificado de desenvolvimento e aprendizagem, isto é, um local que reúne diversidade de conhecimentos, atividades, regras e valores e que é permeado por conflitos, problemas e diferenças. Na instituição escolar são produzidos diferentes tipos de aprendizagem escolar. No entanto é frequente encontrar a expressão aprendizagem escolar sendo utilizada para caracterizar, de forma global, a aprendizagem que se dá na escola, como se fosse tipo único ou homogêneo.
Os fatores aqui destacados são base para a aprendizagem e além deles é necessário também considerar os componentes da ideia de aprendizagem: o que o aluno necessita conhecer e ser capaz de o estilo de aprender, as preferências e as tendências individualizadas, as atividades organizadas para aumentar a competência das pessoas em aprender.
Podemos reconhecer que na escola também se dão aprendizagens de fatos e condutas, social, aprendizagem verbal e conceitual e aprendizagem de procedimentos, ou seja, muitas e diversas formas de aprendizagem. A consideração da aprendizagem escolar como uma função do sujeito psicológico, exercida a partir das suas configurações subjetivas que estruturam relações sociais no decorrer da vida e das características da situação social em que está inserido, apresenta mais uma vez formas de compreender a aprendizagem escolar que denotam sua complexidade e diversidade. “É nesse espaço físico, psicológico, social e cultural que os indivíduos processam o seu desenvolvimento global, mediante as atividades programadas e realizadas em sala de aula e fora dela”. (REGO, 2003 apud DESSEN; POLONIA, 2007 p.25).
Para Dessen e Polonia (2007 p.36):
A família e a escola emergem como duas instituições fundamentais para desencadear os processos evolutivos das pessoas, atuando como propulsoras ou inibidoras do seu crescimento físico, intelectual, emocional e social. 
Nos elementos da tecnologia e no que mudou para os estilos de aprendizagem para tanto destaca-se os fatores que compõem e que influenciam a aprendizagem humana, o físico, o cognitivo, o afetivo, o ambiente sociocultural. Atualmente, quando se trata da perspectiva inclusiva na área educacional, geralmente, se mostra restrita à inserção de alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) em turmas regulares de ensino.
Quando o processo de construção de conhecimento de um professor não é eficaz, o aluno também acaba não produzindo o que não foi apresentado nas atividades ao seu alcance para ser estimulado. Para que este professor se desenvolva, ele necessita de subsídios que o torne capaz de acreditar em seu potencial, que muitas vezes pode ser realizado em uma prática diferenciada afim de, melhorar o desempenho de seus alunos, ou através de alguma intervenção no Projeto Político Pedagógico e nos compartilhamentos de suas experiências nas reuniões pedagógicas. Este professor deve buscar novas alternativas, socializar o aluno com o mundo em que vive, trazer novas propostas que despertem interesse em outros professores, ser criativo, interagir com os alunos, pais, sociedade, organização escolar para que as atividades se desenvolvam de forma integrada.
Para Poker (2007), a neutralidade das estratégias da escola possibilita compreender que:
A escola, como não se sente responsável pelo problema, não revê seus princípios, e nem suas práticas. Consequentemente, não realiza avaliação diferenciada e, consequentemente, não planeja estratégias pedagógicas que viabilizem e respeitem o estilo e as condições de aprendizagem do educando.( POKER, 2007, p.68)
Já o aluno, por sua vez, vem cheio de conhecimentos do seu ambiente social, que nem sempre é igual ao que ele vivencia dentro da instituição. Em alguns casos, o aluno não compreende não se sentindo estimulado pelo seu professor. Os métodos de ensino são tradicionais e engessados não possibilitando outras experiências para os alunos e isso se torna cansativo e desgastante para a compreensão. Outro aspecto a ser ressaltado é que, a partir do paradigma da educação inclusiva, a educação especial assume também o alunado que apresenta Dificuldades de Aprendizagem, além de atuar com os alunos com deficiência.
Para Ross (2006) é importante destacar no desenvolvimento do aluno que:
A aprendizagem, como construção do conhecimento, pressupõe entendê-la tanto como produto, quanto como processo. Assim, não importa apenas a quantidade de conteúdo, mas a capacidade de pensar, interagir, aquilo que é capaz de fazer, para interpretar, compreender. A qualidade do conhecimento liga-se à possibilidade de continuar aprendendo. Assim, quando o aluno aprende, não se pode levar em conta apenas o conteúdo do conhecimento, mas também como se organiza e atua para aprender.
Neste contexto, avalia-se os aspectos cotidianos entre a inclusão e a aprendizagem no âmbito escolar sempre tendo como auxilio de entrada para a inclusão os pais e professores. Sabe-se que o desenvolvimento de um aluno engloba as relações com os professores, os pais e funcionários e que se não estiverem buscando alternativas em prol do aprendizado, o aluno não irá se desenvolver. O ensinar e o aprender tornam-se aquele conjunto que alavanca o processo de compreensão e apropriação, de descoberta e de contextualização. Ao fazer-se corno ponte de mediação, o ensino desconstitui-se corno transmissão externa do professor aos alunos. Assim, pode-se trabalhar de forma linear para uma inclusão sucessiva dentro das escolas regulares pautada no conhecimento da metodologia adequada e das leis e diretrizes que garantam a presença da pessoa com deficiência nas escolas.
2. POLÍTICAS PÚBLICAS NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Estudos de diferentes áreas do conhecimento, em especial, os advindos da Antropologia, Sociologia, Estudos Culturais e Linguísticos trazem contribuições na área da educação especial e da educação inclusiva para que conceitos e práticas excludentes e/ou cristalizadas sejam ressignificadas ou transformadas. Historicamente, grupos minoritários[footnoteRef:2] estiveram à margem ou não foram contemplados em situação de igualdade frente a outros grupos nas políticas públicas internacionais e locais (Brasil) e, isto foi determinante para o insucesso escolar destes grupos. [2: De acordocom Chaves (1971, p. 149), “Na literatura sociológica a palavra minoria tem sido utilizada frequentemente em dois sentidos. Significa primeiro, mais amplamente, um grupo de pessoas que de algum modo e em algum setor das relações sociais se encontra numa situação de dependência ou desvantagem em relação a um outro grupo, "maioritário", ambos integrando uma sociedade mais ampla. 
Segundo, exprime as denominadas "minorias nacionais", grupos raciais ou étnicos que, em situação de minoria, cointegram juntamente com uma maioria um determinado Estado”. 
] 
Atualmente, sob o paradigma da Educação para Todos, novas legislações foram instituídas a fim de incluírem todos no sistema educativo formal. No que tange à educação especial, nas últimas décadas as políticas públicas vêm ampliando e reforçando a compreensão de que as pessoas com deficiência devam ser incluídas na escola regular. 
No Brasil este processo inclusivo encontra-se em desenvolvimento. A educação brasileira apresenta avanços significativos em relação às políticas públicas e a garantia da matrícula, no entanto em relação às práticas, pesquisas apontam que ainda hoje há certa incompreensão conceitual sobre o que, de fato, significa incluir todos, especialmente, no currículo formal.
Deste modo, este capítulo tem por objetivo verificar os dispositivos legais da educação especial no Brasil sob o paradigma da educação inclusiva.
	Tradicionalmente, no Brasil, a educação especial esteve à margem do ensino regular e foi organizada pelo atendimento educacional especializado substitutivo que promoveu a formação de instituições especializadas, escolas e classes especiais. Esta organização é assentada no conceito do binômio normalidade/anormalidade a qual define formas de atendimento clínico-terapêutico (SEESP/MEC, 2008).
	O direito à educação das pessoas com deficiência, por muito tempo, esteve circunscrito ao âmbito da educação especial, com caráter predominantemente assistencialista. Além disso, os dispositivos legais referentes à Educação em geral não contemplavam as pessoas com deficiência.
 	No Brasil, o desenvolvimento da educação especial inicia-se no século XIX, por meio de ações isoladas de alguns brasileiros inspirados por experiências internacionais para atender as pessoas com deficiências físicas, motoras e sensoriais. No entanto, estas iniciativas não estavam integradas às políticas públicas de educação. Apenas na década de sessenta do século passado, essa modalidade de ensino foi instituída e nomeada como “educação dos excepcionais” (MANTOAN, 2002).
De acordo com o SEESP/MEC (2008), a criação de duas instituições: o Imperial Instituto os Meninos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamim Constant (IBC), e o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, hoje Instituto Nacional da Educação dos Surdos (INES), dão início ao atendimento às pessoas com deficiência no território brasileiro. 
Em 1926, é fundado o Instituto Pestalozzi, uma instituição especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental[footnoteRef:3]. O primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação se dá em 1945, na Sociedade Pestalozzi. E, em 1954, é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). [3: Termo utilizado na época.
] 
No início da década de 60, o atendimento educacional das pessoas com deficiência passa a ser respaldado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN), Lei nº 4.024/61, na qual em seu artigo 88, especifica que a educação dos “excepcionais”, deverá sempre que possível, enquadrar-se no sistema geral de ensino, a fim de integrá-los à comunidade. 
Em 1971, a Lei nº 5.692/71, altera a LDBEN de 1961, no entanto,
[...] ao definir “tratamento especial” para os estudantes com “deficiências físicas, mentais, os que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”, não promove a organização de um sistema de ensino capaz de atender aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação e acaba reforçando o encaminhamento dos estudantes para as classes e escolas especiais (MEC, 2008, p.2).
	
Nesse mesmo período, o MEC, por meio do Decreto nº 74.725, de 1973, cria o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP) com a finalidade de “promover em todo o território nacional, a expansão e melhoria do atendimento aos excepcionais”, conforme consta em seu artigo 1º. No artigo 2º lemos,
O CENESP atuará de forma a proporcionar oportunidades de educação, propondo e implementando estratégias decorrentes dos princípios doutrinários e políticos, que orientam a Educação Especial no período pré-escolar, nos ensinos de 1º e 2º graus, superior e supletivo, para os deficientes da visão, audição, mentais, físicos, educandos com problemas de conduta para os que possuam deficiências múltiplas e os superdotados, visando sua participação progressiva na comunidade. (MEC, 2008, p.2).
	
Conforme o SEESP/MEC (2008), o CENESP pautado pelo enfoque integracionista fomentou ações educacionais direcionadas para as pessoas com deficiência e superdotação, todavia, suas práticas mantiveram-se configuradas por campanhas assistenciais e iniciativas isoladas do Estado.
Até esse momento, a concepção de “políticas especiais” para tratar a educação de pessoas com deficiência se mantém, visto que uma política pública de acesso e universalização da educação para as pessoas com deficiência não se efetiva. É apenas em 1988, com o advento da Constituição Federal (CF), que a educação passa ser definida enquanto “direito de todos” e dever do Estado, conforme consta no artigo 205.
No que tange aos princípios nos quais a educação será ministrada, a CF (1988) estabelece “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola” (Art.206, Inc. I); Quanto ao atendimento às pessoas com deficiência, é estabelecido como dever do Estado o “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” (Art. 208, Inc. III).
A Lei nº 7.853/89 dispõe sobre a integração social das pessoas com deficiência. Na área da Educação, estabelece a inserção de escolas especiais, privadas e públicas no sistema educacional e a oferta obrigatória e gratuita da Educação Especial em estabelecimento público de ensino. Também, prevê a matrícula compulsória em cursos regulares de instituições públicas e privadas de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem ao sistema regular de ensino.
	Na década de 90, o Estatuto da Criança do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90, no artigo 53, reforça o direito da criança e do adolescente à educação, visando seu pleno desenvolvimento, o preparo para a cidadania e qualificação para o trabalho, e determina que “Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino (Art.55)”.
	Nessa mesma década, a formulação das políticas públicas brasileiras da educação inclusiva passa ser influenciada pelos documentos da Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e da Declaração de Salamanca (1994). 
	A Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em Jomtiem (Tailândia), transcende o enfoque da integração ao apontar como objetivo a reestruturação das escolas a fim de responder às necessidades de todas as crianças assegurando-lhes o acesso e a permanência.
	Igualmente, a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, organizada pela UNESCO em parceria com o governo espanhol, realizada em Salamanca em junho de 1994, propõe reflexões e orientações para que ocorram, de fato, as transformações inclusivas no espaço educativo. A Declaração de Salamanca passou a ser um referencial na elaboração de políticas públicas do mundo todo, na qual se lê:
O princípio fundamental desta “Linha de Ação” é de que as escolas devem acolher todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem na rua e quetrabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidos ou marginalizados. Todas essas condições levantam uma série de desafios para os sistemas escolares. No contexto desta Linha de Ação, a expressão "necessidades educativas especiais" refere-se a todas as crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua capacidade ou de suas dificuldades de aprendizagem (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p.17-18).
	
A Declaração de Salamanca (1994) traz inúmeras contribuições à educação especial e a seu público-alvo ao igualar os direitos de todos os indivíduos, independente, das suas diferenças cognitivas, físicas, linguísticas, culturais e sociais. O Brasil ao aderir à Declaração assume o compromisso de melhorar os indicadores nacionais da Educação Básica, priorizando o acesso, a universalização e a permanência, conforme já estabelecido na Constituição Federal de 1988. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, reforça os princípios e diretrizes já proclamados pela CF (1988), porém os especifica e os detalha. Em relação à Educação Especial a define como “[...] modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação (Art. 58)”. 
O Decreto nº 3.298, de 1999, que regulamenta a Lei nº 7.853/89, e dispõe sobre a Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, define a educação especial “como modalidade de educação escolar que permeia transversalmente todos os níveis e as modalidades de ensino (Art. 24, inciso II)”.
A Portaria nº 1.679/99 dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de reconhecimento de cursos e de credenciamento de instituições. 
A Lei nº 10.098/00 estabelece,
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação (BRASIL, 2000, Art.1º).
No artigo 2º, da Lei nº 10.098/00, ao definir os termos acessibilidade e barreira, inclui o acesso comunicativo e as barreiras nas comunicações e informação.
A Resolução CNE/CEB nº 2/2001, em conformidade com legislações anteriores, institui “as Diretrizes Nacionais para a educação de alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, na Educação Básica, em todas as suas etapas e modalidades (Art. 1º)”. Ainda de acordo com as Diretrizes, 
Art. 2º Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.
Art. 3º Por educação especial, modalidade da educação escolar, entende-se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica.( BRASIL, 2001)
	
Em 2001, é aprovado o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 10.172/2001, o qual tem duração de dez anos. O documento faz uma análise diagnóstica da situação da educação especial no Brasil em que ressalta o “direito à educação” e o atendimento preferencial na rede regular de ensino, ressalvados os casos de excepcionalidade, nos quais são exigidos diferentes formas de atendimento. Ainda de acordo com o documento:
Apesar do crescimento das matrículas, o déficit é muito grande e constitui um desafio imenso para os sistemas de ensino, pois diversas ações devem ser realizadas ao mesmo tempo. Entre elas, destacam-se a sensibilização dos demais alunos e da comunidade em geral para a integração, as adaptações curriculares, a qualificação dos professores para o atendimento nas escolas regulares e a especialização dos professores para o atendimento nas novas escolas especiais, produção de livros e materiais pedagógicos adequados para as diferentes necessidades, adaptação das escolas para que os alunos especiais possam nelas transitar, oferta de transporte escolar adaptado, etc.
Mas o grande avanço que a década da educação deveria produzir será a construção de uma escola inclusiva, que garanta o atendimento à diversidade humana (PNE, 2001, meta 8.1).
 
O Decreto nº 3.956/2001 promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência – Convenção de Guatemala (1999) - e reafirma que as pessoas com deficiências têm os mesmos direitos e liberdades fundamentais que as demais pessoas, incluindo o direito de não serem discriminadas com base na deficiência. No artigo 1º deste Decreto define-se:
O termo "deficiência" significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social.
O termo "discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência" significa toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, antecedente de deficiência, consequência de deficiência anterior ou percepção de deficiência presente ou passada, que tenha o efeito ou propósito de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício por parte das pessoas portadoras de deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais.
	De acordo com o MEC/SEESP, 
Este Decreto tem importante repercussão na educação, exigindo uma reinterpretação da educação especial, compreendida no contexto da diferenciação, adotado para promover a eliminação das barreiras que impedem o acesso à escolarização (BRASIL, 2008, p.4).
	Em relação à formação docente, a Resolução CNE/CP nº 1/2002 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, determina que a organização curricular de cada instituição de ensino deverá prever, entre outros “o acolhimento e o trato da diversidade” (Art. 2º, Inc. II) e no artigo 6º, parágrafo 3º, inciso II, define como conhecimentos exigidos à formação: “conhecimentos sobre crianças, adolescentes, jovens e adultos, aí incluídas as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais e as das comunidades indígenas”.
	Em 2002, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida pela Lei nº 10.436/02, como meio legal de comunicação e expressão e concebida como:
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil (BRASIL, 2002, Art.1º).
A Lei 10.436/02 também determina que:
O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente (BRASIL, 2002, Art. 4º).
	
No mesmo ano, a Portaria nº 2.678/02 subscreve diretrizes e normas para o uso, o ensino, a produção e a difusão do Sistema Braile em todas as modalidades de aplicação, compreendendo o projeto da Grafia Braile para a Língua Portuguesa recomendando seu uso em todo território nacional.
Introduzido, em2003, o Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade, tinha por finalidade:
apoiar a transformação dos sistemas de ensino em sistemas educacionais inclusivos, estimulando um amplo processo de formação de gestores e educadores nos municípios brasileiros para a garantia do direito de acesso a todos à escolarização, à oferta do atendimento educação especializado e à garantia da acessibilidade (SECADI/MEC, p.6).
	
Publicado em 2004, pelo Ministério Público Federal, o documento O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular, apresenta um referencial para a construção dos sistemas educacionais inclusivos. O documento aponta que, “O objetivo é divulgar os conceitos mais atuais e adequados às diretrizes mundiais de inclusão da pessoa com deficiência na área educacional” e, acrescenta:
[...] o que se defende é uma educação ministrada com a preocupação de acolher a TODAS as pessoas. Ou seja, sem preconceitos de qualquer natureza e sem perpetuar as práticas tradicionais de exclusão, que vão desde as discriminações negativas, até uma bem intencionada reprovação de uma série para outra (BRASIL, 2014, p.5).
	
A fim de impulsionar a inclusão educacional e social O Decreto nº 5.296/04, regulamenta as Leis nºs 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000 (Art. 1º) e estabelece normas e critérios para a promoção da acessibilidade às pessoas com deficiência. A definição das deficiências é abordada no capítulo II, artigo 5º deste Decreto, no qual lemos a respeito da surdez:
§ 1º Considera-se, para os efeitos deste Decreto: 
I - pessoa portadora de deficiência, além daquelas previstas na Lei nº 10.690, de 16 de junho de 2003, a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas seguintes categorias: 
[...]
b) deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz; 
		
		O Decreto nº 5.626/05 regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Este Decreto estabelece a inclusão da Libras como disciplina escolar, da formação do professor e do instrutor de Libras, o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua e a organização da escola e classes bilíngue. 
	Em 2006, o Ministério da Educação (MEC), o Ministério da Justiça, a UNESCO e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos apresentam o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, o qual visa que temáticas referentes às pessoas com deficiência sejam incluídas no currículo da educação básica.
	O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em 2007, trouxe como eixos:
a formação de professores para a educação especial, a implantação de salas de recursos multifuncionais, a acessibilidade arquitetônica dos prédios escolares, acesso e a permanência das pessoas com deficiência na educação superior e o monitoramento do acesso à escola dos favorecidos pelo Beneficio de Prestação Continuada – BPC (MEC/SEESP, 2008, p5).
	 
Ainda de acordo com o PDE,
Contrariando a concepção sistêmica da transversalidade da educação especial nos diferentes níveis, etapas e modalidades de ensino, a educação não se estruturou na perspectiva da inclusão e do atendimento às necessidades educacionais especiais, limitando, o cumprimento do princípio constitucional que prevê a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e a continuidade nos níveis mais elevados de ensino (BRASIL, 2007, p. 09).
	Em direção à efetivação do PDE, é expedido em 2007, o Decreto nº 6.094/07 que dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados e a participação das famílias e da comunidade. Este Decreto visa à melhoria da qualidade da educação básica. Em relação à educação especial, estabelece em seu de plano de metas: “garantir o acesso e permanência das pessoas com necessidades educacionais especiais nas classes comuns do ensino regular, fortalecendo a inclusão educacional nas escolas públicas (Cap. I, Inc. IX)”.
	A Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi inserida à legislação brasileira, em 2008, por meio do Decreto Legislativo n°186/2008 e do Decreto Executivo n°6949/2009, que estabelece aos Estados Partes o compromisso de assegurar e promover o pleno exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência, sem qualquer tipo de discriminação por causa de sua deficiência. O propósito da Convenção é exposto no Artigo 1, o qual se lê: 
O propósito da presente Convenção é promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente.  
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.
O Decreto nº 6.571/2008 dispõe sobre o atendimento educacional especializado. Para a implementação deste Decreto, o Conselho Nacional de Educação (CNE) publica a Resolução CNE/CEB, 04/2009, que institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado – AEE na Educação Básica. O documento determina que,
Art. 1º [...] os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos. 
Art. 2º O AEE tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem.(BRASIL, 2008)
A Resolução CNE/CEB n°04/2010, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica reforça a transversalidade da educação especial em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino e aponta que os sistemas de ensino devem matricular os estudantes público-alvo da educação especial nas classes comuns do ensino regular e no AEE como complemento ou suplemento à escolarização (Art.29, § 1º).
	Sobre a acessibilidade de materiais didáticos, o Decreto nº 7.084/2010 determina que o Ministério da Educação adote mecanismos para promoção da acessibilidade nos programas de material didático destinados aos alunos da educação especial e professores das escolas públicas da educação básica (Art.28).
	Em 2011, o Decreto nº 6.571/2008 é revogado pelo Decreto nº 7.611/2011. No artigo 2º desta Lei, que ratifica leis anteriores, lemos:
A educação especial deve garantir os serviços de apoio especializado voltado a eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
§ 1º  Para fins deste Decreto, os serviços de que trata o caput serão denominados atendimento educacional especializado, compreendido como o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente, prestado das seguintes formas:
I - complementar à formação dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, como apoio permanente e limitado no tempo e na frequência dos estudantes às salas de recursos multifuncionais; ou
II - suplementar à formação de estudantes com altas habilidades ou superdotação.
	Além disso, institui a política pública de financiamentono âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), instaurando o duplo cômputo das matrículas dos estudantes público-alvo da educação especial tanto na educação regular da rede pública, quanto no atendimento educacional especializado.
	No mesmo ano, 2011, o Decreto n°7612/2011 institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Plano Viver sem Limite, que tem por finalidade: 
Art. 1º [...] promover, por meio da integração e articulação de políticas, programas e ações, o exercício pleno e equitativo dos direitos das pessoas com deficiência, nos termos da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, aprovados por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, com status de emenda constitucional, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009. 
	
Em 2012, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista é instituída pela Lei nº 12.764/2012, a qual considera a pessoa com transtorno do espectro autista como pessoa com deficiência. Ademais, estabelece que “O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será punido com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos (Art. 7º)”. 
	A Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE), com vigência por 10 (dez) anos, estabelece aos Estados, Distrito Federal e Municípios a elaboração de seus planos de educação com estratégias que: “garantam o atendimento das necessidades específicas na educação especial, assegurado o sistema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades (Art. 8º, Inc. III)”. Para tal, determina como meta:
universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados (Meta 4).
Em 2015, foi sancionada a Lei nº 13.146 que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a qual objetiva a inclusão social e cidadania das pessoas com deficiência, assegurando-lhes e promovendo em condições de igualdade o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais. Ressalta-se que, esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo.
De acordo com o do Livro I, Capítulo I, artigo 2º:
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.(BRASIL, 2015)
No artigo 3º desta Lei ainda temos as seguintes definições:
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;
[...]
IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros, classificadas em:
[...]
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação;
[...]
V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações;(BRASIL, 2015)
	No que tange o direito à educação, no capítulo IV lemos:
Art. 28.  Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
[...]
IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;
[...]
XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio;
XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação;
[...]
§ 2o  Na disponibilização de tradutores e intérpretes da Libras a que se refere o inciso XI do caput deste artigo, deve-se observar o seguinte:
I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação básica devem, no mínimo, possuir ensino médio completo e certificado de proficiência na Libras;         
 II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando direcionados à tarefa de interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação e pós-graduação, devem possuir nível superior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e Interpretação em Libras.        
Art. 30.  Nos processos seletivos para ingresso e permanência nos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior e de educação profissional e tecnológica, públicas e privadas, devem ser adotadas as seguintes medidas:
[...]
VI - adoção de critérios de avaliação das provas escritas, discursivas ou de redação que considerem a singularidade linguística da pessoa com deficiência, no domínio da modalidade escrita da língua portuguesa;
VII - tradução completa do edital e de suas retificações em Libras.(BRASIL, 2015)
Conforme exposto, o cenário brasileiro contempla vários dispositivos legais que garantem a inclusão de todos no sistema educacional, entretanto a educação inclusiva ainda se encontra em processo de construção rumo à garantia da qualidade social do ensino para todos.
.	As últimas décadas testemunharam a progressiva ruptura com a ideologia da exclusão. Com isso, discursos sobre a inclusão social adentram a esfera educacional introduzindo a discussão a proposta da escola inclusiva que acolhe a todos em suas diferenças. Estes fatores contribuíram para importantes avanços na implantação de políticas públicas de inclusão no Brasil e no mundo. 
De acordo com MEC/SEESP, 
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os estudantes de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de eqüidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola (BRASIL,2008, p 1).
Os enfoques dados à educação especial, ao longo dos anos, são influenciados pelas condições ideológicas e políticas de cada momento histórico e se transformam em função do tipo de sociedade. Historicamente,a escola se caracterizou por uma perspectiva delimitada em que a escolarização era privilégio de um grupo e, desse modo, a exclusão de demais grupos foi legitimada nas políticas públicas e nas práticas educacionais.
Inicialmente, o enfoque assistencialista predominou na educação especial, seguido do enfoque clínico-terapêutico. Após, adentra nos espaços da educação regular e especial o paradigma da integração e, atualmente, o sistema educacional brasileiro encontra-se sob o enfoque do paradigma da inclusão. Essas mudanças conceituais alteram o significado da educação especial e implicam alterações na organização dos sistemas educacionais. 
A partir do movimento de democratização da escola, o paradoxo inclusão/exclusão torna-se mais evidente, uma vez que os sistemas universalizam o acesso, porém seguem excluindo indivíduos e grupos classificados como fora dos padrões homogeneizados da escola (MEC/SEESP, 2008). 
Segundo Klein,
Quando nos referimos à inclusão, logo vem-nos à mente outra palavrinha – o seu suposto oposto – a exclusão. Inclusão/exclusão, um binômio que facilmente remete à ideia de um espaço, de um lugar onde se pode estar dentro ou fora; estar de um lado ou de outro de uma suposta fronteira. Estabelecer os limites dessa fronteira é algo bastante complicado. As fronteiras da exclusão aparecem, desaparecem e voltam a aparecer, multiplicam-se, disfarçam-se; seus limites ampliam-se, mudam de cor, de corpo, de nome e de linguagem (BRASIL, 2004, p. 84).
De forma multifacetada a exclusão tem retratado características comuns nos processos de segregação e integração, que pressupõem a seleção, naturalizando o fracasso escolar. De acordo com o MEC/SEESP,	
Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os estudantes tenham suas especificidades atendidas (BRASIL, 2008, p.1).
Conforme o paradigma da escola inclusiva, do acolhimento, da valorização e do respeito às diferenças há uma ressignificação do sistema educacional brasileiro. Já não é mais o sujeito que precisa integrar-se ou adaptar-se ao sistema, mas cabe à escola se organizar, se adaptar e dar acessibilidade física e curricular a todos, de modo, que a inclusão ocorra de fato.
Em 2004, o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, lançou o Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, no qual assume o compromisso de apoiar os estados e municípios na construção e transformação das escolas em espaços inclusivos, democráticos e de qualidade.
Nesse sentido, a educação exerce papel precípuo, sendo a escola um espaço privilegiado na qual deve oportunizar a todos o acesso ao conhecimento. E, desse modo, compreende-se escola inclusiva como “aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades (MEC/SEESP, 2004, p.7)”.
Ainda segundo o MEC/SEESP,
Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Um ensino significativo é aquele que garante o acesso ao conjunto sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados.
Numa escola inclusiva, o aluno é sujeito de direito e foco central de toda ação educacional; garantir a sua caminhada no processo de aprendizagem e de construção das competências necessárias para o exercício pleno da cidadania é, por outro lado, objetivo primeiro de toda ação educacional (BRASIL, 2004, p.8).
Na época atual, a educação inclusiva tem avançado em relação à universalização em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, conforme apontado pelo Censo Escolar/MEC/INEP, realizado anualmente em todas as escolas de educação básica. No tangente à educação especial no Brasil os dados do Censo Escolar divulgados em 2015 apontam o progressivo aumento do número de matrículas na rede regular de ensino, conforme expostos nas tabelas abaixo. 
Gráfico 1
Gráfico 2
Gráfico 3
	Observa-se nas três tabelas o decréscimo do número de matrículas nas classes e escolas especiais e o aumento de matrículas nas classes comuns das escolas regulares (alunos incluídos), em consonância com o que preconiza a legislação brasileira. 
	A extensão do acesso à educação, particularmente, ao público-alvo da educação especial representa avanços para a educação brasileira e contribui para a construção de espaços mais inclusivos. A inclusão não se reporta apenas à educação especial, mas também a estudantes com diferentes demandas e que foram igualmente excluídos ou sofreram fracasso escolar em sua trajetória estudantil. 
3. A IMPORTÂNCIA DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
A instituição escolar torna-se intermédio para preparar as crianças e promover também a socialização, a fase conhecida como primeira infância representa uma etapa primordial, a família e posteriormente a escola, representam um conjunto que irá educar e transformar essa criança.
A escola representa um papel significativo na vida de qualquer individuo, pois é ela quem vai trabalhar para a formação de um cidadão, que o aluno seja capaz de interagir, colaborar e criticar o mundo ao seu redor, e o homem como ser social precisa conviver com os outros e ter acesso à cultura.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 2001, p.11), os primeiros anos de vida de uma criança são de extrema importância, principalmente no que se confere a vida escolar, até mesmo pelo fato da educação infantil ser considerada a primeira etapa da educação básica, por esse motivo as instituições sociais família e escola devem se conversar e se completar nesse processo educacional.
Até mesmo porque a família que é uma instituição a priori incumbida de passar todo um conjunto de normas, regras que norteiam as convivências básicas dentro de uma sociedade. É importante salientar que cada família, conforme afirmações de Gallardo (2005, p. 89), possuem um diferente patrimônio cultural e ao mesmo tempo segue um padrão que lhe é determinado.
Portanto, a criança na contemporaneidade é vista de maneira única e por viver em sociedade classifica-se como ser politico e social, desta forma a educação vai trabalhar a fim de desenvolver as potencialidades desse individuo, para que no futuro este chegue na chamada autonomia. (Pinto, p. 35).
Comenius (1997, p.125.), ainda afirma que a infância seria a parte mais importante de todo o desenvolvimento humano, e afirma ainda que estes são totalmente capazes de se desenvolverem e dessa forma chegarão em sua autonomia independente das condições, sociais ou físicas de que estão.
Já para Rousseau (1994, p. 45), grande filósofo do século das luzes, a infância deve ser vista como apenas uma parte importante, pois na visão deste, todas as etapas da humanidade merecem credibilidade e destaque.
Para Froebel alemão que viveu entre 1782 e 1852, importante percursor dos jardins de infância e criador de uma pedagogia para essa faixa, defende a aprendizagem através da prática, segundo afirmações de Gadotti (1999, p. 4), a visão dele ia ao encontro totalmente das ideias construtivistas em que a criança deve ser formada em sua totalidade, pois este também é um agente social que participa da sociedade.
Ainda sobre as concepções de crianças, Kuhlmann (1998, p. 469), as crianças interagem uma com as outras e nesse sentido obtém uma educação mais empírica, desta forma a formação do conhecimento se dá pela experiência em que estes pequenos são submetidos noâmbito escolar.
É importante ressaltar, que a criança é o ator protagonista e tem voz ativa que no caso, os educadores devem trabalhar de fato na escuta destes, além de que todos que estão a volta dessas crianças tem de certa forma, a vida modificada pelas ações das crianças. (Kuhlmann, 1998, p.470).
Alguns pensadores mais contemporâneos como Redin (2007, p.7), ainda leva em consideração de infância a condição social da criança, pois aqueles que são de origem mais abastadas não sofre por falta de materiais e condições de se desenvolver, dessa forma, se possibilita um desenvolvimento pleno, ao contrário dos que possuem origem mais humilde, essas situações em que o sujeito está inserido fará diferenças da vivência infantil.
Atualmente, se tem um crescente significativa no estudo sobre a infância, de acordo com os estudos de Postman (1999, p.50), esse nicho infantil possui linguagens, vestimentas e ainda brincadeiras próprias que devem ser respeitadas e valorizadas pelo público adulto.
3.2 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA E DO ACOMPANHAMENTO ESCOLAR
Segundo Almeida (1999, p.45), a família deve sempre estar presente na vida escolar do menor, pois seria o princípio geral da afetividade e exercem influência da vida de seus filhos, é o mesmo conceito que outro autor contemporâneo, Chalita (2001, p.30), ressalta, o sucesso da instituição escolar depende intimamente da instituição familiar.
O acompanhamento familiar é muito importante na vida de uma criança, muitas vezes, os problemas emocionais e particulares acabam interferindo no progresso e desenvolvimento cognitivo, e é com a parceria entre escola e família que os dilemas e angústias presentes nas crianças poderão ser solucionadas. (Chalita, 2011, p.38).
O que ocorre é que na falta de atenção e carinho dos pais, que muitas vezes é que os pais trabalham muito e não reservam alguns minutos de atenção a seus filhos, ou por problemas de relacionamentos que não deram certo, a criança absorve, e muitas vezes encontram na figura do professor alguém para lhe dar carinho e atenção. (Almeida, 1999, p.48).
Contudo, não é se tratar que o educador irá suprir a carência deixada pelos pais, na verdade, a criança ela precisa ser assistida em todos os grupos sociais a qual pertencem, pois de acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente 8069/90), este garante que o menor deve ser cuidado e respeitado por sua família e seus educadores.
O educador infantil deve ser consciente de seu papel, e deve ter uma escuta atenta e sensível para as preferencias e questionamentos dos bebês e crianças, além de um investimento de formação continuada, pois como afirma Chalita (2011, p. 35), é de grande importância a formação do docente, não só a universitária, mas também a continuada, mas acima de tudo, é necessário que o educador conheça seu aluno.
Paulo Freire (1999, p. 34) em sua obra, também discorre a respeito do afeto: 
Educar exige respeito aos saberes dos educandos. Respeito é uma dimensão do afeto. Em palavras mais simplificadas pensar certo exige respeito aos saberes com os quais os educandos chegam na escola e também discutir com eles a razão desses saberes em relação com o ensino de conteúdos. É valorizar e qualificar a experiência dos educandos e aproveitar para discutir os problemas sociais e ecológicos, a realidade concreta a que se deva associar a disciplina, estudar as implicações sociais nefastas do descaso dos mandantes, a ética de classe embutida nesse descaso
De fato, respeitar e valorizar o conhecimento dos bebês e crianças, também é uma forma de demonstrar a importância que eles têm no processo de aprendizagem e atribuir um significado a sua aprendizagem na instituição escolar. (Pinazza, 2014, p.18)
Ainda sob a ótica freiriana, é preciso entender que o aluno não é uma tábua rasa do conhecimento, e que o aluno só dará importância, ao ensino das instituições escolares, na medida em que este perceber que é personagem principal e o ensino tem relevância com a sua vida e seu entorno. (Freire, 1999, p.48).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho abordou sobre a questão da educação inclusiva que significa possibilitar que crianças com necessidades educacionais tenham direito a educação no ambiente de escola regular, pois as escolas ainda acabam sendo a porta de entrada para que tais inclusões mesmo que distorcidas sobre sua definição conceitual permita que este aluno possa buscar neste ambiente toda adaptação necessária para seu desenvolvimento pessoal para que este ocorra conforme a necessidade especial de cada aluno.
Além disso, houve a discussão sobre a importância de um atendimento educacional especializado para as crianças com autismo com o apoio da família que gera um apoio e conhecimento mais significativo ao aluno.
Por este motivo, deve-se haver uma preocupação cada vez maior com a educação inclusiva, pois muitas vezes ocorre que devido a não inclusão destes educandos e falta de preparo para os educadores, acarretam no fracasso escolar.
Deste modo, deve haver uma preocupação maior com a inclusão e formação dos educandos com autismo para gerar um aprendizado de qualidade em que todos os envolvidos na educação possam superar o fracasso escolar e contribuir para a formação plena e o sucesso escolar dos estudantes com deficiência é papel da instituição e do compromisso de seus educadores e da família que também foi evidenciada nesta pesquisa.
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