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Antianginosos - Introdução

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Semana 3 – Antianginosos
Aula 1 - Introdução
· Antianginosos: são fármacos utilizados para o tratamento da angina de peito, que é a manifestação clínica mais frequente da doença isquêmica do coração (ocorre pelo desequilíbrio na relação entre suprimento e demanda de O2 no miocárdio).
· As duas doenças que lideram o índice de mortalidade por doença cardiovascular são a doença coronariana e o AVC, que são causadas pelo comprometimento da parede dos vasos devido a aterosclerose. Dados epidemiológicos mostram que essas doenças são mais frequentes em indivíduos com mais de 50 anos, sendo mais frequentes e mais graves nas mulheres. OBS: só o infarto agudo do miocárdio que é mais frequente em homens.
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA
· Processo de obstrução da luz das artérias coronárias, principalmente pela aterosclerose, podendo levar a uma obstrução total (necrose) ou parcial (isquemia) do fluxo sanguíneo ao músculo cardíaco.
· A angina acomete portadores de doença arterial coronariana comprometidos pela aterosclerose de pelo menos uma artéria epicárdica, mas também pode ocorrer em consequência de doença cardíaca valvar, cardiopatia hipertrófica e hipertensão não controlada. Pacientes com coronárias normais podem apresentar angina devido ao processo de isquemia poder estar relacionado com espasmo do vaso.
ATEROSCLEROSE
· Por causa da aterosclerose ocorre a dor no peito. 
· Aterosclerose: acumulo de lipídeos no interior das artérias, levando a formação de placas e ate a oclusão dos vasos sanguíneos. Além do cumulo de lipido tambem tem um processo trombótico e inflamatório. 
As lesões ateroscleróticas podem acontecer desde a primeira década de vida. Da primeira a terceira década ocorre deposito de lipídio e é clinicamente silenciosa. A partir da quarta década essas lesões ateroscleróticas mudam de “cara”, começam a ter os núcleos lipídicos com camada fibrotica, e a presença de trombose e/ou hematomas e aí passa para um perfil que pode ser silencioso ou manifesto.
Em condições de hipercolesterolemia, com valores de LDL aumentados, esse que tende a ser oxidado no plasma e disparar reações inflamatórias que vão causar aumento da permeabilidade vascular e extravasamento de LDL oxidado para a camada intima, onde os monócitos vão se transformar em macrófagos que vão fagocitar esse LDL oxidado, formando as células esponjosas que são características da aterosclerose. Essas estruturas vão aumentando ao longo da vida até obstruírem a luz do vaso parcialmente ou totalmente, causando isquêmica do musculo cardíaco.
As principais complicações do processo asteroscleroticos são: infarto, avc, aneurisma de aorta e doença arterial periférica.
ANATOMIA DO APORTE SANGUÍNEO CORONARIANO
· As artérias coronárias principais se situam na superfície do coração e depois vao se ramificar para irrigar os tecidos mais profundos.
· O fluxo sanguíneo coronariano é de 225ml/min o que representa 5% do DC
· Histologicamente o coração é dividido em uma região mais externa chamada pericárdio fibroso, logo abaixo vem o pericárdio seroso (epicárdico), depois o músculo cardíaco (miocárdio) e a região mais interna/fina que é o endocárdio.
· A irrigação do miocárdio vai acontecer da região mais externa, que são as artérias coronárias epicárdicas, para a região mais interna, que é o plexo arterial subendocárdico. E no meio do musculo há a presença das artérias intramusculares (circulação colateral). Essa região é rica em anastomose, com muita vascularização
· Devido a essa circulação colateral muitos pacientes conseguem se recuperar de episódios de oclusão coronariana quando a área do coração afetada não é mto grande, devido a formação de vasos. O próprio processo de aterosclerose pode entupir os vasos da circulação colateral.
· Existe uma teoria de que os jovens quando sofrem infarto, geralmente, estão em uma condição mais grave que os idosos. Porque sabemos que um dos estímulos do desenvolvimento da circulação colateral é a isquemia, que é mais encontrada em idosos, entretanto, sabemos que existem outros estímulos também como atividade física que melhora a condição cardíaca. 
FLUXO SANGUÍNEO FÁSICO PELOS CAPILARES CORONARIANOS
· Vemos que o fluxo sanguineo coronariano é fásico e é muito maior no relaxamento do coração (diástole), porque o plexo arterial subendocardico é muito comprimido na sistole e quando o coração relaxa o musculo cardiaco é irrigado como um todo.
CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO CORONARIANO
· É importante que haja um balanço entre a demanda e o suprimento de oxigênio. 
· A demanda de oxigênio tem diversos fatores cardíacos e hemodinânicos que regulam o processo. Os fatores cardíacos são FC, Contratilidade, Pré e pós carga, logo, quanto maior o trabalho cardíaco, maior a tensão na parede do miocárdio maior vai ser o consumo de Oxigênio --> maior demanda
· O suprimento de oxigênio se da principalmente por causa do fluxo sanguíneo local (grau de desenvolvimento da circulação colateral).
· Um individuo com isquemia tem um desbalanço da demanda e suprimento de O2, e o objetivo da terapia farmacológica e reestabelecer esse equilíbrio.
· Esse controle do fluxo sanguíneo coroariano pode se dar de duas maneiras:
- por metabolitos liberados pelas células que estão em isquemia, como uma autoregulação. Algumas substancias vasodilatadoras são: adenosina, PGI, Oxido nítrico, íons K+ e H+, CO2 e são produzidas/liberadas para aumentar o fluxo sanguíneo.
- pelo controle neuro-humoral através da ativação simpática (a1 vasoconstritores e b2 vasodilatadores) - parassimpático participa menos.
A DOR NO PEITO
· Quando temos um fluxo coronariano insuficiente devido a placa aterosclerotica pode ocorrrer isquemia miocárcia. Em condições de repouso o musculo cardiaco consome acido graxo (betaoxidação) para suprir a demanda de energia, só que em condições isquemicas o metabolismo anaerobico da glicose é estimulado para obtenção de energia, isso vai liberar ácido lático e outros metabolitos que irão sensibilizar os nociceptores e gerar a dor no peito (chamada Angina Pectoris). 
· Essa dor no peito pode se deslocar para o ombro esquerdo, para braço, pescoco e face. Porque estão dentro do mesmo circuito neuronal de nocicepção que o coração. 
· É uma dor profunda, que pode vir acompanhada de nausea,suor frio e palidez.
DIRETRIZ DA DOENÇA CORONARIANA ESTÁVEL
· É preciso excluir qualquer outra causa que pode estar gerando o quadro de dor no peito sem ser a angina. 
· É importante fazer exames de imagem como eletrocadiograma, radiografia de toxax, ecodoppler, teste ergométrico para identificação da angina no paciente.

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