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18/06/2014 1 Universidade Federal Rural da AmazôniaUniversidade Federal Rural da Amazônia Curso de ZootecniaCurso de Zootecnia Ensino, Pesquisa e Extensão para a Sociedade Brasileira Disciplina: Alimentos e Alimentação Animal Profª Joseane Moutinho Viana Engª Agrônoma, DSc. OBJETIVO DO DIA!!!!OBJETIVO DO DIA!!!! � Conhecer os principais alimentos utilizados como alternativos ao milho e a soja, assim como as implicações ao seu uso. �Conhecer as características nutricionais e principais fatores antinutricionais dos alimentos. O que é um alimento? “Toda substância, que ingerida, alimenta ou nutre o ser vivo” O que é uma alimento convencional? � Milho e Farelo de Soja (Brasil/EUA) IntroduçãoIntrodução � É o processo de fornecimento do alimento ao animal, na forma mais adaptada às suas preferências e condições fisiológicas. � Consiste no ato de os animais ingerirem, transformarem, assimilarem e utilizarem materiais de composição e propriedades definidas. AlimentaçãoAlimentação Princípios da AlimentaçãoPrincípios da Alimentação � Adaptados às especificidade da espécie. � Estar de acordo com a capacidade de utilização. � Escolha dos alimentos Disponibilidade Custos de obtenção Produção da mistura � Conservação e manutenção das propriedades. � Todos os alimentos são substituíveis. O que são matérias-primas? São substâncias que, submetidas a um processo químico, físico, mecânico ou biológico, resultam em algum produto que é utilizável na composição de uma ração, concentrado ou suplemento. 18/06/2014 2 Porque é importante conhecer a matéria- prima que será utilizada na fabricação da ração? Porque nenhum alimento é capaz de reunir todos os nutrientes necessários à dieta animal, em quantidade e proporções adequadas. Requisitos para uma boa matéria-prima: � Volume e épocas de produção adequados; � Composição físico-química uniforme; � Segurança para a saúde humana e animal; � Valor nutritivo elevado; e � Viabilidade econômica. � Composição química dos alimentos: - Tipo de semente; - Tipo de solo; - Qualidade do fertilizante; - Condições climáticas. Principais matérias-primas Cereais: Milho (cereal mais energético e normalmente o mais utilizado), trigo, cevada, sorgo, centeio… Derivados dos cereais: farinhas fracas, remoeduras e farelos; Ensilagens: de milho, sorgo, gramíneas, etc (conservar forragem); Melaços: o mais comum é o de cana, usados como palatabilizantes de dietas; Gorduras Alimentares: os óleos vegetais (soja, milho, canola…) e gordura de animais (gordura de aves); Raízes e tubérculos: ex. mandioca (custo/beneficio é válido); Subprodutos: dos mais diversos tipos, dependendo da espécie tratada e da disponibilidade do produto. Torta = É a massa resultante da prensagem de semente, carne e pescado, afim de extrair óleos, gorduras ou líquidos. Farelo = É resultante da extração do óleo com solventes químicos (menor teor de lipídeos) e triturado. Farinha = É o material finamente triturado e peneirado, obtido pela moagem de cereais, outras sementes ou produtos. Subproduto = É o produto obtido de um outro considerado produto principal. Co-produto = É o produto obtido de um outro considerado produto principal com valor agregado. Terminologias em alimentos alternativos Limitação do uso de alimentos alternativos � Fatores antinutricionais: diminuem a digestibilidade dos nutrientes. � Processamento (inativação dos componentes): nem sempre são satisfatórios e geram custos 18/06/2014 3 COMPOSTOS ANTINUTRICIONAIS Compostos naturalmente presentes nos alimentos que podem causar efeitos fisiológicos adversos ou dificultar a digestibilidade dos nutrientes Por antinutricional defini-se toda substância sintetizada pelo metabolismo normal da espécie, da qual o alimento originou-se e que, por diferentes mecanismos (inativação de certos nutrientes, diminuição da digestibilidade ou utilização metabólica do alimento etc), provoca a diminuição na eficiência da dieta. Atenção!!!!!Atenção!!!!! FIALHO, 2009. CLASSIFICAÇÃO a) Substâncias que prejudicam a digestibilidade ou utilização metabólica das proteínas: • Inibidores de enzimas digestivas ou antienzimas • Lectinas (hemaglutininas) • Saponinas • Compostos fenólicos b) Substâncias que reduzem a solubilidade ou interferem com a utilização de elementos minerais: • Ácido fítico ou fitato • Ácido oxálico • Glicosinolatos • Gossipol Outros fatores antinutricionais: antivitaminas, ácidos orgânicos queladores de cátions minerais, antienzimas (como a antitripsina da soja), taninos condensados. Outros produtos indesejados, que agem através de uma ou mais vias, das seguintes formas: - Intoxicação verdadeira: micotoxinas; - Desconforto gastrointestinal: α-galactosídeos; -Alterações das características organolépticas ou físicas dos produtos: trimetilamina. Tanino ⇒ Composto fenólico presente nos grãos � resistência da planta ao ataque de pássaros, fungos e insetos � efeito adstringente - ↓ palatabilidade (consumo) � Formação de complexos tanino-proteína • ↓ digestibilidade proteica • ↓ atividade enzimática ruminal: ↓ DMS = menor ganho de peso e menor conversão alimentar! Taninos � Efeito no consumo é direto (adstringência) e indireto na diminuição da digestibilidade � Efeitos negativos: � Redução na ingestão de MS � Ligações com a proteína da dieta � Complexação com enzimas digestivas � Interações com o trato digestivo � Efeitos tóxicos diretos. 18/06/2014 4 Gossipol � Efeitos são reduzidos em ruminantes em relação a monogástricos � Efeitos de diluição e ligação às proteínas livres do rúmen � Inativa toxicidade do Gossipol � Efeitos na reprodução de ruminantes: � Redução na libido, � Menor espermatogênese (reversível) � Mortalidade embrionária Gossipol – Níveis Críticos � Teor máximo recomendado: 0,05 - 0,1% MS � Touros são mais sensíveis � Vacas: recomendações de 15 a 24 g de gossipol livre (GL) por dia � Animais Jovens: 10-20 mg GL /kg PV � Não usar em bezerros Alimentos Concentrados Energéticos • Ricos em carboidratos – amido • Pobres em fibras • Facilmente digeridos e aproveitados pelos animais (monogástricos e ruminantes) • Baixo conteúdo de proteína • Baixo conteúdo de Ca e P disponível • Alto conteúdo de vitaminas do complexo B e vit. E (principalmente nos subprodutos) e caroteno • constituem 60-80% das rações de aves e suínos – principal fonte de energia MILHO – SORGO – TRIGO – ARROZ CEVADA – AVEIA - CENTEIO � Principal fonte energética para a alimentação animal; � Variação da proteína: adubação e sementes; � Pobre em lisina e triptofano; � Pobre em Ca, relativamente rico em P e carentes em vitaminas D e riboflavina; � Qualidade: colheita, adequada armazenagem e UR. � Fungos: aflavotoxinas (aspergillus) e mofo (Fusarium moniliforme). Milho (Milho (ZeaZea maysmays)) � Importância : - < 60% dos grãos utilizados; - participação nas rações, - Complementado com fonte de proteína. Corte transversal do grão de milho. - Alta palatabilidade; - Rico em caroteno e xantofila; - Baixo conteúdo de fibra; - Rido em amido (3/4); - 3.400 Cal de EM. MilhoMilho � Brasil: • 3º maior produtor mundial (EUA/China): 53,2 milhões de ton • 3º maior exportador (EUA/Argentina) � Ração animal – ~25 milhões de t (50%) • Avicultura – 60,5% • Suinocultura – 28,5% • Ruminantes e outros – 11% Brasil: milho + soja = 80% dos grãos • Soja – mercado internacional • Milho – abastecimento interno ( ↑ 3% ao ano) EUA – Biocombustível - ↑ R$ ↑ R$ proteínas de origem animal MilhoMilho MAPA (2009/2010) 18/06/2014 5 �Características nutricionais: �Proteínas: < 10% - Baixo valor biológico; - 73% no Endosperma e 24% no Embrião; - Zeína: Endosperma, cerca de 50% da PB; Insolúvel e pobre em aa’s essenciais (LIS e TRIP); - Glutelina: Endosperma e embrião; Rica em aminoácidos, especialmente LIS. Mais solúvel e mais digestível que a zeína. MilhoMilho � Lipídeos: 3 a 6% - AG palmítico (12%), esteárico (2%), oléico (27%), linoléico (55%) e linolênico(0,8%). �Minerais: - Baixo teor de minerais; - Fósforo (0,25%); - Cálcio (0,02%). MilhoMilho • Endosperma • Gérmen • Pericarpo (casca) • Ponta Fonte: Paes (2006) Constituintes do grão: Fração %grão Amido Lipídeos Proteínas Minerais Açúcares Fibras % da parte (base seca) Endosperma 82 98 15,4 74 17,9 28,9 - Gérmen 11 1,3 82,6 26 78,4 69,3 12 Pericarpo 5 0,6 1,3 2,6 2,9 1,2 54 Ponta 2 0,1 0,8 0,9 1 0,8 7 Endosperma • Vítreo (duro) – matriz proteica densa que circunda os grânulos de amido • Menos disponível para digestão! • Farináceo (macio) – grânulos de amido dispersos, com menor proporção de proteína • Maior acessibilidade às enzimas e maior digestibilidade! AMIDO ENDOSPERMA Nutriente Milho Alta gordura Alta lisina Far. Glúten (21%) Far. Glúten (60%) Gérmen Pré-cozido PB % 8,26 8,27 8,26 21,10 60,35 10,45 7,21 ED Kcal/Kg 3460 - 3508 2700 4341 3355 3519 Lis % 0,24 0,26 0,35 0,55 1,00 0,46 0,26 �Composição bromatológica: • Depende: genótipo, solo e condições climáticas; • Para cada 100Kg de milho em grãos são produzidos 4,5Kg de F. de glúten. Tabela 1: Composição química, valores energéticos e conteúdo de aminoácido total de alguns alimentos para suínos. Milho Milho Quantidade dependerá: � Participa de ~80% da ração � Tipo de processamento – disponibilidade do amido � Exigência energética: idade (fase da criação), sexo, peso e genótipo dos animais � Suínos em fase pré-inicial (até 2-3 semanas de idade) – amilase pancreática e dissacaridases com baixa atividade Uso para não-ruminantes 18/06/2014 6 Parâmetro (%MS) NRC (2001) Valadares Filho et al. (2006) Lima (2001) MS (%) 88,1 87,6 87,7 PB 9,4 9,1 8,5 EE 4,2 4,1 3,7 FDN 9,5 14 - FDA 3,4 4,1 - FB - - 2,3 Cinzas 1,5 1,5 - Ca 0,04 0,03 0,04 P 0,30 0,25 0,26 Lisina (% PB) 2,84 2,65 2,83 Metionina (% PB) 2,13 1,99 2,47 NDT 88,1 87,2 - • Rico em energia (↑ ENN) – NDT > 85% • Pobre em fibra - ↑ digestível • Pobre em cálcio • Medianamente rico em fósforo Tabela 2: Composição química, valores energéticos e conteúdo de aminoácido total. Uso para ruminantes Milho Processamentos podem alterar o valor nutritivo – mudança do local e da intensidade de digestão � Forma de fubá ou quirera (milho passado em peneira grossa) → forma mais utilizada � Limite de inclusão (ruminantes) : ~ 3kg/UA/dia ⇒ ↑ quantidade – manipulação ruminal � ↓ pH, ↑ AGV, ↓ mastigação (tamponamento) � acidose, paraqueratose, laminite, ↓ produção de leite, morte � Padrão exigido para utilização do milho na alimentação animal Fonte: Compêndio... (1998) � Grão de milho destinado à alimentação animal deve ser: • Isento de sementes tóxicas e resíduos de pesticidas • Armazenado adequadamente - fungos ⇒ Aspergillus flavus (aflatoxinas) ⇒ Fusarium moniliforme (tricotecenos, zearalenona, moniliformina e fumosina) ⇒ umidade, temperatura, período de armazenamento, nível de contaminação, impurezas, matérias estranhas e infestação por insetos Parâmetro Unidade Padrão Umidade (máximo) % 14 PB (mínimo) % 7 FB (máximo) % 3 EE (mínimo) % 2 MM (máximo) % 1,5 Xantofila (mínimo) ppm 10 Aflatoxina (máximo) ppb 20 MILHO CLASSIFICAÇÃO DO MILHO �Base na portaria 845, 8 de 11 de 1976, do MAPA: Grãos ardidos Grãos brotados Grãos chochos Grãos quebrados Grãos carunchados Impurezas ou fragmentos AMIDOAMIDO AmiloseAmilose AmilopectinaAmilopectina 15 a 30% Mais solúvel α– 1,4 70 a 85% Menos solúvel α– 1,4 e α– 1,6 • Em geral: 30% de amilose e 70% de amilopectina ⇒ Amidos “cerosos”- ricos em amilopectina ⇒ Amidos “ricos em amilose” (+ 40% de amilose) • Amilose e amilopectina – empacotados nos grânulos de amido ⇒ Fração gel – amorfa (↑ amilose) e menos densa → facilita a atividade hidrolítica das enzimas ⇒ Fração cristalina – organizada (↑ amilopectina) → maior resistência à entrada de água e à atividade de enzimas hidrolíticas ⇒ Gelatinização: aquecimento dos grãos na presença de água – solubilização parcial do amido a partir da entrada de água dentro dos grânulos Composição bioquímica 18/06/2014 7 � Composiçãomédia do milho 60,0% de amido 6,5% de cascas 10,0% de glúten 5,0% de gérmen 15,0% de água Aproximadamente 29 derivados e subprodutos do milho: gérmen de milho, glúten de milho, óleo de milho, entre outros DerivadosDerivados e Subprodutose Subprodutos Processamentos � Físico: diferentes graus de moagem � Químicos: tratamento com pressão a vapor - gelatinização Moagem ⇒ Modifica a estrututra física dos grãos inteiros – rompe o endosperma e ↑ superfície de contato do amido às amilases � Ruminantes: ↑ digestibilidade ruminal do amido - fina � DGM (diâmetro geométrico médio) • Suínos: 0,5 - 0,65mm (grossas dificultam a digestão e finas contribuem para incidência de úlceras gástricas) • Aves: 0,5 – 0,7 Quebra (laminação à seco) ⇒ O grão inteiro quebrado em pedaços menores ao passar por um rolo – modificação física � Semelhante à moagem grossa � Ruminantes: ↓ digestibilidade ruminal do amido em relação ao moído - ↑ amido no ID (pouco disponível) Laminação a vapor ⇒ Tratamento com vapor - gelatinização � 90-95oC de 15-20 min/17-20% de umidade � Rolos compressores – secador � ↑ quantidade de amido gelatinizado no ID • ↑ partículas (1,5 – 2,4mm) Floculação ⇒ Tratamento com vapor - gelatinização � Semelhante à laminação à vapor: ≠ tempo x temperatura e tamanho de partícula final • 90-105oC de 30-40 min/20-24% de umidade � Rolos compressores (2 pares - maior compressão – lamina e flocula) – secador � ↑ degradabilidade ruminal do amido • ↓ partículas (0,9 – 1,1mm) Co-produtos do processamento dos grãos �Moagem seca �Moagem úmida Via úmida ATENÇÃO!!!! Subprodutos apresentam características diferentes do alimento original. Principais co-produtos ⇒ Casca do grão de milho � subproduto do beneficiamento para extração do óleo e do amido � utilizado para produção de farelo proteinoso de milho ⇒ Farelo de milho � obtido da moagem a seco do gérmen (com ou sem a retirda do óleo), tegumento e parte do amido � + PB e + fibra que o grão integral ⇒ Farelo de gérmen � obtido após separação do gérmen � 11% de PB e 5-6% de óleo 18/06/2014 8 Principais co-produtos cont... ⇒ Farinha desengordurada de gérmen � 20% de PB e 1% de óleo � comercializado isoladamente ou junto com cascas, películas e glúten (farelo ou farinha de glúten) ⇒ Farelo proteinoso de milho � Promil (Refinações de Milho Brasil) ou Refinazil (Cargill) � parte externa do grão, após extração da maior parte do amido, glúten e gérmen � utilizado como fonte alternativa de energia e/ou proteína – concentrados � 83% de NDT e 21% de PB Principais co-produtos cont... ⇒ Farelo e farinha de glúten ( 5,5% do milho) � Parte fibrosa, após extração do amido, gérmen e glúten. � Farelo – 40% de PB / Farinha – 60% de PB � Farinha = Protenose (Refinações de Milho Brasil) e Glutenose (Cargill) � ↑ metionina / PDR � Substituto da fração proteica da dieta de vacas / vacas de alta produção: complementação (↓ lisina) ⇒ Co-produtos da produção de etanol - biocombustível � Milho fermentado → etanol e CO2 � Co-produtos: sólido – porções não-fermentadas (grãos úmidos de destilaria) + solúveis (água, leveduras, nutrientes solúveis) � sólido + solúveis secos = grãos secos de destilaria � 30% de FDN e 13% de EE • Estudos de viabilidade de utilização para vacas leiteiras nos EUA SILAGEM DE MILHO Silagem: material produzido através da fermentação controlada da forragem com alto conteúdo de umidade. Processo: ambiente anaeróbio → crescimento de bactérias acido- láticas → ácido lático → ↓ pH → inibe atividade enzimática. � Silagem da planta inteira (caule + folhas + espigas) � Híbridos específicos para silagem • ↑ digestibilidade da fibra • ↑ nº de folhas • grãos mais adequados para ↑ aproveitamento do amido (bioquímica e física) MILHO � Conteúdo de grãos • híbridos nacionais: 39 – 48% da MS da planta inteira • ↑ % de grãos → silagem: ↓ FDA, celulose e lignina e ↑ amido – vacas de alta produção• idade da planta, textura do grão (endosperma), digestibilidade da fibra, tamanho de partícula e processamento → maior influência sobre a qualidade da silagem � Digestibilidade da fibra • parte vegetativa ~ 50% da planta → digestibilidade influencia a qualidade nutricional da silagem • ↓ lignina → ↑ digestibilidade → ↑ consumo e desempenho dos animais • “Brown Midrib” : híbridos mutantes com ↓ lignina • características agronômicas indesejáveis (↑ susceptibilidade à doenças, acamamento e ↓ produção de MS/ha) Nutriente % Nutriente % MS 30,92 FDN 55,41 PB 7,26 FDA 30,63 N-NH3/NT 7,98 Lignina 4,97 EE 3,16 Ca 0,30 NDT 64,27 P 0,19 Valor nutricional médio de silagens de milho Fonte: Valadares Filho et al. (2006) Silagem de milho úmido � Década de 80 - Paraná � Colheita dos grãos com 60-65% de MS → grãos quebrados, triturados ou amassados → ensilagem rápida (fermentação anaeróbia) � Vantagens • antecipação da colheita (2-4 semanas) • ↓ perdas com acamamento • ↓ perdas com insetos e roedores • dispensa secagem (regiões com ↑ umidade) • ↑ digestibilidade (bovinos) – fragilização da matriz proteica � ao substituir grãos secos por úmidos, corrigir a quantidade para MS 18/06/2014 9 ALIMENTOS ALTERNATIVOS ALIMENTOS ALTERNATIVOS EnergéticosEnergéticos � Importância : - Família das gramíneas; - 3º lugar em área plantada no mundo; - Alimentação animal (A. Norte e Sul, Europa e Austrália); - Substituto ao milho. � Características: - Muitas variedades (graníferas e forrageiras); - Ampla variação de sementes (cor, formato, composição); - Produção inconstante; - Plantio em regiões secas (maior resistência hídrica) - Ataque de predadores (Falta de proteção da semente); - Rico em energia. SorgoSorgo � Características nutricionais: � Carboidratos: - Amido: 65 a 75% do grão; - Celulose: Pericarpo. � Proteína: - Amplamente variável (8 a 18%); - Limitante em LIS, TER e MET. � Lipídeos: - 3,6% EE; - TGC e AG. SorgoSorgo � Características nutricionais: � Não contém pigmentos� Suplementação; � Grão pequeno, com casca dura e indigestível: - Perda na moagem; - Uso de moinhos especiais � Produção de compostos fenólicos: Tanino - Palatabilidade: sabor amargo; - Digestibilidade: interfere absorção de proteína; - Coloração escura. SorgoSorgo Parâmetro Unidade Padrão Umidade (máximo) % 13 PB (mínimo) % 7 FB (máximo) % 3 EE (mínimo) % 2 MM (máximo) % 1,5 Ácido tânico (máximo) % 10 Aflatoxina (máximo) ppb 20 � Padrão exigido para utilização do sorgo na alimentação animal Fonte: Compêndio... (1998) CLASSIFICAÇÃO DO SORGO: � Portaria 268, de 22 de agosto de 1984, MAPA. Grão de sorgo Grão de sorgo Grão ardido Grão brotado Grão chocho Grão brotadoGrão carunchadoGrão quebrado SorgoSorgo 18/06/2014 10 �O tanino complexa com prot., íons metálicos, CHO’s, inibe atividade de enzimas e provoca erosões nas cél. Epteliais. � tanino: 0 a 0,5% Médio tanino: 0,6 a 1,2% tanino: acima 1,3% � Não deve ser moído muito fino para não sobressair o sabor SorgoSorgo O seu uso dependerá da relação econômica de preços entre os ingredientes da ração, incluindo-se os nutrientes necessários para a equiparação do valor nutricional entre eles. Preço do sorgo de alto tanino < 1,057 preço do milh o + 0,006 preço do farelo de soja – 0,064 preço do óleo + 0,002 preç o da lisina + 0,0006 preço da treonina – 0,0008 preço da metionina + 0,0003 preço do triptofano - 0,0005 preço do BHT, com farelo de t rigo. Ferreira et al, 2007 (AveSui) SorgoSorgo Recomendações de uso do sorgo para monogástricos • Aves • Sorgo baixo tanino – 92,2% do VN milho • Sorgo alto tanino – 79,2% do VN milho • Suínos • Sorgo baixo tanino – 92,8% do VN milho • Sorgo alto tanino – 83,9% do VN milho ⇒ Considerá-los na substituição do milho pelo sorgo em relação à avaliação nutricional e custo (valor econômico) ⇒ Sorgo baixo tanino pode substituir completamente o milho em rações para aves: cuidado com a pigmentação da pele de frangos de corte e gema dos ovos – carotenóides ⇒ Sorgo alto tanino: 10 – 30% de substituição do milho (aves e suínos) � Em função da adubação pode chegar a 15% PB o que pode diminuir o uso da soja. �Rações para porcas gestantes com este cereal e sem soja, podendo ou não adicionar óleo para compensar as diferenças nos teores energéticos. MilhetoMilheto Preço do milheto < 0,86 preço do milho + 0,163 preço do farelo de soja – 0,004 preço da lisina - 0,002 preço da treonina – 0,0005 preço da colina, com farelo de trigo. Ferreira et al, 2007 (AveSui) MilhetoMilheto 18/06/2014 11 �Excelente tolerância à seca � Período de crescimento curto � Adaptado a solos ácidos e de fertilidade � Uso como cobertura vegetal no Centro-Oeste (Plantio direto) � Pouco pigmento, equipamentos especiais, variabilidade na composição � Uso de 5% de inclusão devido à disponibilidade MilhetoMilheto � Hibrido do Trigo x Centeio (Região Sul) � Possui características do trigo mais é amarelado � Fatores antinutricionais: inibidores de proteases, tripsina e PNA � Pode ser substituto total do milho e parcial da soja � FERREIRA et al (1992) verificaram que não ocorreram diferenças entre o triticale e o milho com relação aos parâmetros de desempenho de suínos nas fases de crescimento e terminação. TriticaleTriticale Nutriente Milho Triticale PB (%) 8,26 12,33 ED (Kcal/Kg) 3460 3278 FB (%) 1,73 2,61 EE (%) 3,84 1,40 Lis (%) 0,24 0,41 Preço do triticale < 0,985 preço do milho + 0,148 preço do farelo de soja – 0,003 preço da lisina - 0,002 preço da treonina – 0,0001 preço do triptofano - 0,0003 preço da colina, com farelo de trigo. Ferreira et al, 2007 (AveSui) TriticaleTriticale � Importância : - Alimentação humana; - Brasil� importador; - Produção� Sul do Brasil (não atinge a demanda); - Utilizado qdo desqualificado para produção de farinha para alimentação humana. � Características: TrigoTrigo � Obtido do tegumento que envolve o grão � Quando substituir o milho, suplementar com aa’s e pigmentantes �Alta energia – alto custo – compete com a alimentação humana – pode ser usado sem problemas para monogástricos. TrigoTrigo 18/06/2014 12 � Características nutricionais: � Carboidratos: - Amido: 82% do grão (endosperma); - Pentosanas e celulose : 5% do grão (pericarpo). - Energia: 10% inferior que a do milho. � Proteínas: - Mais elevado que o milho (18%). � Lipídeos: 2%; � Deficientes em carotenos, Vitamina D e Riboflavina. TrigoTrigo � Fatores antinutricionais: � Pentosanas: - Aumentar a viscosidade da digesta; - Facilitam a formação do pelet. � Fatores inibidores deα- amilase: - Albuminas encontradas associadas ao amido; - Termolábeis. TrigoTrigo � Farelo de trigo: - Quando as condições climáticas são desfavoráveis à cultura e o produto é desqualificado para farinha de trigo. � Farelo de gérmen de trigo: - Gérmen e outras pequenas partículas resultantes do processamento industrial do grão integral. � Remoído de trigo: - Resultado do processamento do grão, mistura de farelo, gérmen e farinha de trigo. � Triguilho: - Grãos pouco desenvolvidos, resultante da classificação do trigo após retirada de impurezas. Subprodutos do TrigoSubprodutos do Trigo � Subproduto da moagem do trigo � Fator limitante : elevado teor de FB, e presença de PNA e oligossacarídeos produtores de flatulência � Farelinho de trigo � Menor quantidade de tegumento, menor FB � Utilizado como laxativo para fêmeas suínas em gestação � Utilizado em rações para cavalos e peixes (aglutinante na formação do pelete) Farelo de TrigoFarelo de Trigo � Que pode ser explicado pela quantidade de FB e PNA que interferem na absorção dos alimentos. �Excelente para fêmeas em gestação que possuem elevada capacidade ingestiva e menores exigências nutricionais, aumentando mais tarde o consumo na lactação Farelo de TrigoFarelo de Trigo 18/06/2014 13 Os fatores limitantes para o uso de alimentos ricos em fibra para leitões desmamados seriam o consumo voluntário dos animais e a microbiota ainda não desenvolvidano intestino grosso. A fermentação microbiana é a principal rota de degradação dos PNA no trato digestivo, e a utilização de produtos fibrosos pode ser assegurada pelo uso de enzimas que degradem estes nutrientes. Gore et al., 2000 Níveis recomendadosNíveis recomendados � Alta fibra, contaminação freqüente por cascas. � Elevado teor de gordura altamente insaturada, facilmente peroxidável (baixa estabilidade no armazenamento. �Polissacarídeos não amiláceos. �Hemaglutininas, inibidor de tripsina (destruídos por tratamento térmico) Farelo de Arroz Farelo de Arroz � Constituído pelos tegumentos que envolvem o grão e que são removidos com o beneficiamento � Composição influenciada pela quantidade de casca � Os fatores que limitam a utilização é o alto teor de fibra (celulose), de fitato e de gordura �O fitato quelata cátions bivalentes, aa’s e amido tornando-os indisponíveis �Além disso, a fibra pode ligar-se a microelementos e diminuir a absorção pelo intestino. Farelo de Arroz Integral (FAI)Farelo de Arroz Integral (FAI) 1- Farelo integral de arroz (arroz gordo); 2- Farelo integral de arroz parbolizado (arroz gordo); 3- Farelo de arroz desengordurado; 4- Quirera de arroz; 5- Casca de arroz (moída). Farelo de Arroz Integral (FAI)Farelo de Arroz Integral (FAI) � Vantagem em relação ao FAI: � Estabilização química(pode ser conservado por mais tempo) � Baixo teor de gordura (aumenta teor de PB) Farelo de Arroz Desengordurado Farelo de Arroz Desengordurado (FAD)(FAD) Milho FAI FAD ED (Suínos) 3476 2967 2531 EMv (Aves) 3450 3143 2078 PB 8,57 13,21 15,5 Lisina 0,25 0,58 0,65 FB 1,95 10,32 10,86 EE 3,46 13,51 1,65 Cinzas 1,28 9,23 10,08 Farelo de Arroz Farelo de Arroz 18/06/2014 14 � Grãos sem casca, quebrados e com valor nutritivo comparável ao milho. � Variado grau de limpeza: casca de arroz, sementes de capim-arroz e angiquinho. � O uso de grãos de alta digestibilidade reduz a incidência de enterites e problemas de consumo em animais jovens. � Menor índice de micotoxinas, ou seja, é menos afetado por fungos. � Pode substituir totalmente o milho mas recomenda-se 10% porque a disponibilidade é pequena e sazonal. QuireraQuirera Mandioca � Brasil: � 2º maior produtor mundial (12%) � Cultivada em todos os estados � Entre os 6 primeiros produtos agrícolas � Tipos (% glicosídio cianogênico): � Mansa � Brava � Farelo de mandioca = principal subproduto extração amido � 10% peso das raízes � Utilizado na forma de raspa ou in natura � ↓ [Fibra e proteína]; ↑ Energia (NDT> 80%) �Toxidez (HCN) �Coloração deficiente do ovo �Folhas possuem ↑ [PB]; Bom balanço de AA’s MandiocaMandioca SUBPRODUTOS MS % PB % FB % ENN % EE % MM % NDT % Raiz de mandioca sem casca 28.50 2.58 0.43 94.12 0.46 2.41 82. 77 Raiz de mandioca com casca 31.94 2.38 1.95 92.13 0.65 2.89 81. 96 Farelo integral de mandioca 88.01 2.00 3.00 89.50 1.40 4.10 - Mandioca seca ao sol 87.10 2.20 1.90 80.20 1.60 - 78.40 Farinha de mandioca sem casca 90.00 3.20 2.70 82.70 0.40 0.92 - Farinha de mandioca 84.60 1.87 3.50 77.13 0.60 1.50 78.30 Farelo integral de mandioca 86.68 4.80 4.56 75.98 1.85 1.89 - Raízes secas de mandioca 94.40 2.80 5.00 84.10 0.50 2.00 75.00 Mandioca integral - 2.33 5.70 82.27 0.94 2.76 - Mandioca integral sem casca - 1.89 4.28 90.69 0.82 2.32 - Farelo de raspas 87.91 3.83 4.20 76.82 0.80 2.25 80.36 Farinha de resíduo de amido - 0.90 4.50 78.80 0.70 1.80 70.40 “Raspa de mandioca” Subprod. extr. polvilho 87.02 1.76 5.96 72.92 0.74 5.64 - Subprodutos da MandiocaSubprodutos da Mandioca MandiocaMandioca MandiocaMandioca 18/06/2014 15 MANDIOCA � Centro-Oeste: Produção próxima a 1 milhão de t � Uso incipiente em fábricas de ração � Resíduos Sólidos das Raízes � RASPA DE MANDIOCA: Descartes da Limpeza � 13% umidade; 85% CHO totais e 3,2% PB � CASCA + ENTRECASCA: �28% umidade; 32% de amido e 13% PB � FARELO DE MANDIOCA: Principal subproduto da extração do amido (10% do peso seco das raízes): �10% umidade; 60-70% de amido e 2% PB 86 CARACTERIZAÇÃO NUTRICIONAL Nutriente Farelo de mandioca Raspa de mandioca Matéria Seca 88,7% 87% Proteína Bruta 2,3% 3,8% Extrato Etéreo 0,58% 1,1% Amido 69,5% - Fibra Bruta 11,25% 5,6% NDT 78% 80,7% Cálcio 0,09% 0,17% Fósforo 0,03% 0,09% Tabela. Composição química média do farelo e raspa de mandioca (% MS) Fonte : Adaptado de Pereira (1987), Campos Neto e Bem (1995) LIMITAÇÕES DE USO � Subprodutos da mandioca � Glicosídios cianogênicos � Linamarina � Lotoaustralina � Eliminados pela desidratação �� Não esta presente no farelo e raspasNão esta presente no farelo e raspas �� Sem risco de Sem risco de intoxicação Hidrólise HCN Danos neurológicos Morte Mandioca Caldo de CanaCaldo de Cana � Presença de PNA �Uso de pigmentantes �Limite de 30% de inclusão para frangos de corte CevadaCevada Milho Cevada ED (Suínos) 3476 2970 EMv (Aves) 3450 2600 PB 8,57 9,2 Lisina 0,25 0,35 FB 1,95 4,8 Cinzas 1,28 2,30 CevadaCevada 18/06/2014 16 � O maceramento a quente converte os CHO’s (amidos) em açúcar solúvel; � O líquido (mostro – açúcar solubilizado fermentável) é usado na preparação da cerveja; � Resíduo de cervejaria: farelo e casca com 80% de UR; �Rico em PB (25%), FB (20%) e 2270Kcal de ED/Kg; � Mais utilizado para ruminantes, mas provou ter um excelente potencial para não-ruminantes. � Curto armazenamento (10 dias) por causa da temperatura ambiente.e alta umidade do material (altera a palatabilidade). � Limitação ao uso: FB (consumo exacerbado e baixo GP). � Solução: adição de óleo, fornecimento SC seco e com menor grau de moagem (aumenta a digestibilidade da fibra) Subproduto de CervejariaSubproduto de Cervejaria 92 Dendê � O fruto produz dois tipos de óleo: � óleo de dendê ou de palma (“palmoil” – óleo da casca de dendê): na parte externa do fruto e no mesocarpo; � óleo de palmiste (“palm kernel oil” – óleo da castanha de dendê): na semente Hartley (1977) • 2º lugar na produção mundial de óleos; • Oleaginosa de maior produtividade conhecida no mundo; • Brasil: Amazonas, Amapá, Bahia e Pará (+ de 80% das plantações) (Embrapa, 2005). � Resulta da polpa seca do dendê, após moagem e extração do óleo. � Limitação: palatabilidade, fibra, gordura e variabilidade da composição. � Substituição ao uso de óleo de soja. � Objetivo: aumentar a ED, melhora a palatabilidade, diminui o pó durante a fabricação de rações e aumenta a agregação de partículas na formação de peletes. Especificação Nível (%) PB 19,00 FB 18,00 PD 0,16 Ca 0,91 Gordura 12,30 Torta deTorta de DendêDendê � Gordura: sólida em temperatura ambiente � Óleo: líquido em temperatura ambiente. � Fornecem 2 vezes mais energia do que os carboidratos. Óleos x GordurasÓleos x Gorduras Torta de palma (dendê) � Usada como fertilizante ou componente de ração para animais. Parâmetros Teor3(%)Teor1 (%) Teor2 (%) Matéria seca (MS) - 92,96 93,00 Proteína bruta (PB)* 13,85 11,96 16,80 Extrato etéreo (EE)* 11,95 12,09 10,60 Fibra bruta (FB)* - 27,17 16,80 Matéria mineral (MM)* 4,49 3,82 4,30 Matéria orgânica (MO)* 95,51 96,18 95,70 Fibra em detergente neutro (FDN)* - - 66,70 Fibra em detergente ácido (FDA)* - - 46,10 Hemicelulose* - - 20,60 Nutrientes Digestíveis totais (NDT)* - 72,28 75,00 Tabela . Composição bromatológica da torta de dendê UTILIZAÇÃO �� Silva Silva etet al. (2000);al. (2000); � 0, 25, 50 e 75% do concentrado – Subs. Milho � Bezerros �25 e 50% → < custo de produção/ @ �25% > produção de @ �Aleitamento: não afetou consumo �Pós-aleitamento: ↓ CMS → ↑ inclusão de torta de palma �?? ↓ palatabilidade ou ↑ fibra Torta de palma (dendê) 18/06/2014 17 Farelo de palma (dendê) Subproduto da extração do óleo através de pressão e solventes orgânicos � Brasil: torta é mais comum � Europa e Ásia: farelo Tabela . Composição bromatológica do farelo de dendê Parâmetros Teor3(%)Teor1 (%) Teor2 (%) Matéria seca (MS) 89,51 87,82 93,00 Proteína bruta (PB)* 16,99 17,80 17,50Extrato etéreo (EE)* 5,27 5,00 2,50 Matéria mineral (MM)* 4,36 4,91 4,80 Matéria orgânica (MO)* 95,64 95,09 95,20 Fibra em detergente neutro (FDN)* 69,27 81,74 73,10 Fibra em detergente ácido (FDA)* 46,97 55,84 46,00 Hemicelulose* 22,30 25,90 27,10 Lignina* - 17,77 14,60 * Valores com base em 100% de matéria seca. ** percentual do nitrogênio total. Fonte: (1MAFF, 1990; 2Woods et al., 2003a; 3Carvalho et al., 2005) UTILIZAÇÃO � ↓ valor energético e ↑ parede celular: � Limita uso em ruminantes de exigência alta �� Bubalinos e bovinos de corte:Bubalinos e bovinos de corte: -- GPD:GPD: Bubalinos = 0,6 Bubalinos = 0,6 -- 0,8 kg . dia0,8 kg . dia--11 Bovinos = 1,0 Bovinos = 1,0 -- 1,2 kg . dia1,2 kg . dia--11 �� Bovinos leiteiros (baixa e média produção):Bovinos leiteiros (baixa e média produção): � Fonte de energia e fibra: até 30% da MS total Farelo de palma (dendê) POLPA CÍTRICA � Citrus – laranja, tangerina, limão e uva � Produção mundial: 69,4 milhões t/ano ⇒ 24% países mediterrâneos (Espanha, Itália, Grécia, Egito, Turquia e Marrocos) ⇒ 24% Brasil (Exportador) � Resíduo após a extração do suco para consumo humano ⇒ polpa, casca e semente � polpa cítrica fresca – deterioração (fermentação) � polpa cítrica desidratada � Utilizada para ruminantes → capacidade de digestão de fibras → ↓ R$, mantendo a alta produtividade dos animais 100 PRODUÇÃO DA POLPA CÍTRICA PELETIZADA 100 kg 100 kg Extrator de suco 47,9 kg suco “in natura” 8,5 kg suco concentrado 52,1 kg cascas, polpas e sementes 82% umidade Cura e prensagem [0,3 a 0,6% (Ca OH2)] 28,0 kg polpa prensada 76% umidade Evaporador = secador 7,3 kg 8,0% umidade Fonte: Veloso (1985) POLPA CÍTRICA � Composição química – influenciada por: • Composição da fruta: condições de crescimento, maturidade, variedade e clima • Produção da polpa: fruta utilizada e tipo de processamento ⇒ UTILIZADA COMO FONTE DE FIBRA E ENERGIA ⇒ SUÍNOS: CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO ATÉ 20% Parâmetro (%MS) Polpa cítrica MS (%) 87,95 PB 7,15 EE 3,28 FB 12,63 FDN 24,32 FDA 23,01 Lignina 1,89 Pectina 22,3 Ca 1,6 P 0,11 NDT 65,17 POLPA CÍTRICA � Composição química cont... PECTINA � Pertence a parede celular “Fibra” � Não faz parte do FDN � Solúvel: ↑ e rápida degradação ruminal � < redução do pH do que o amido (acetato) • ↑ digestibilidade MS e MO (78-92 e 83-96%, respectivamente) • Proteína: baixo conteúdo, perfil de aa inadequado (pp metionina) e de baixa digestibilidade. 18/06/2014 18 POLPA CÍTRICA � Fibra efetiva: capacidade da fibra em estimular a mastigação, ruminação, salivação, produção de acetato no rúmen e a manutenção do teor de gordura do leite. � Efetividade da fibra: ⇒ Fenos e silagens de partículas médias/grandes: 100% ⇒ Alimentos concentrados (milho, far. soja): até 25% ⇒ Polpa cítrica: entre 30 e 70% Alimento Ruminação (min/kg MS) Alfafa, fibra longa 61,7 Silagem de milho 59,5 Polpa cítrica 30,9 Farelo de soja 6,6 Milho moído 8,8 Estímulo dos alimentos à ruminação ⇒ Superior aos concentrados, mas não pode substituir os volumosos de forma irrestrita) POLPA CÍTRICA � Qualidade � Resíduos de pesticidas � Armazenamento ⇒ local seco ⇒ higroscópica ⇒ presença de fungos ⇒ micotoxinas (aflatoxinas e tricotecenos) � presença da toxina sem presença do fungo! � Dioxina (conservante) POLPA CÍTRICA � Recomendações � Substituto de parte dos cereais nas rações para ruminantes, não havendo reflexos negativos na produção de leite e no teor de gordura (pp para animais até 20kg/leite/dia) � Vacas em lactação: 20% da MS ou 4kg MS/animal/dia � Novilhas e vacas secas: até 30% da MS da dieta � Bezerros até 60 dias: uso questionável (baixa palatabilidade nesta fase) – até 10% da MS da dieta � Bezerros acima de 60 dias: até 30% da MS da dieta � Produção concentrada na região Sul �Fatores limitantes : � Fibra Bruta PNA (β-glucanos e arabinoxilanos) Saponinas - inativados por tratamento térmico AveiaAveia Milho Aveia ED (Suínos) 3476 3079 EMv (Aves) 3450 2550 PB 8,57 13,68 Lisina 0,25 0,44 FB 1,95 9,89 Cinzas 1,28 2,53 AveiaAveia LEVAR EM CONSIDERAÇÃO ALIMENTOS CONCENTRADOS PROTÉICOS 18/06/2014 19 � Alimento protéico � Fonte de óleo de boa qualidade � Alto valor biológico � Fácil digestão??? � Altos teores de aa´s essenciais � FS obitido da soja torrada e sem óleo � 45e 48% de PB; 3425e 3540Kcal/Kg de ED Rostagno, 2005. Soja (Soja (GlycineGlycine maxmax)) � Fator antitripsina �Fator alergênico � Fator hemaglutinina � Lectina: glicoproteínas que se ligam a certos CHO’s. São conhecidas por sua habilidade em aglutinar células, especialmente células vermelhas sangüíneas chamadas de eritrócitos, provocando o fenômeno da hemaglutinação. Tratamento térmico com altas temperaturas destroem esses fatores antinutricionais . Fatores Fatores AntinutricionaisAntinutricionais � Índice de urease (atividade ureática) Soja crua – enzima urease : resistência térmica semelhante aos fatores antinutricionais. �Teste pH 0,05: superaquecimento (urease destruída) pH 0,3 : baixo aquecimento (tempo insuficiente) Método para avaliar a eficiência de Método para avaliar a eficiência de processamento da sojaprocessamento da soja • Enzima que desdobra a uréia em CO 2 + amônia; • Presente em todas as sementes de leguminosas; • Enzima termolábil ���� grau de tostamento (farelo de soja); •↑↑↑↑ urease = subprocessamento e ↓↓↓↓ urease = superprocessamento; • Aferição pela variação do pH ���� grão cru possui ± 2,0 a 2,5 de atividade; Índice de Índice de UreaseUrease � Teste da solubilidade de proteína em KOH Quantifica o grau de desnaturação da proteína Método para avaliar a eficiência de Método para avaliar a eficiência de processamento da sojaprocessamento da soja • Solubilidade da proteína de soja em KOH 0,2%; • A soja crua possui solubilidade de ± 100%; • ↓↓↓↓ de 75% indica superaquecimento; ↑↑↑↑ 80% um bom processamento Métodos de ProcessamentoMétodos de Processamento 18/06/2014 20 Nutriente Soja Farelo (45%) Soja Farelo (48%) Soja Casca Soja Conc. Protéico Soja Integral Extrusada Soja integral tostada Soja Micronizada PB % 45,32 47,90 13,50 62,92 37,00 37,00 39,14 ED Kcal/Kg 3425 3540 2370 4035 4250 3930 4583 Tabela 2: Composição química e valores energéticos de alguns alimentos para suínos. Quanto menos óleo, melhor a proteína SojaSoja • Resultante da extração do óleo do grão de soja •Pode ser usada por todas as espécies • Boa palatabilidade quando tratada. • Limitação: fatores antinutricionais. Farelo de SojaFarelo de Soja • Classificação • Avaliação • Testes • Final Densidade: 57a 64g/100ml; Cor: bronzeado claro a marrom; Odor: fresco, não mofado, não azedo e não queimado; Textura: homogênea, flui facilmente, sem caroços ou bolos, sem partículas grossas; Gosto: suave e livre de queimado; Atividade de urease: 0,05a 0,3pH Umidade máxima: 12% Solubilidade em KOH 0,2%: 73a 85% Índice de N solúvel: 15a 30% Sílica: 2% Qualidades a serem consideradas no Qualidades a serem consideradas no Farelo de SojaFarelo de Soja LEVAR EM CONSIDERAÇÃO � Disponibilidade do alimento (Custo x Benefício) � Palatabilidade � Princípio tóxico ou fator antinutricional � Composição dos alimentos � Contaminação � Qualidade da proteína � Custo do alimento (processamento, armazenamento, transporte, modificações dos comedouros) � Preço competitivo � Limitações de seu uso em cada fase da criação (níveis de inclusão, substâncias tóxicas, fatores antinutricionais) �Resposta esperada dos animais Tomada de DecisãoTomada de Decisão � Desmame tardio ( > 28dias ) � Milho, F.Soja, Produtos lácteos (Baixos níveis) � Desmame convencional (18 - 24 dias ); Desmame precoce (12-15 dias) e super precoce (5-10dias) � Milho, Milho pré-cozido, F.Soja, (Baixo nível), Soja Fermentada, Produtos lácteos (altos níveis), Plasma suíno, F. Sangue, Soja extrusada, F. Peixe, Óleo, Açúcar, outros Considerações sobre alimentos utilizadosConsiderações sobre alimentos utilizados em dietas de leitões recémem dietas de leitões recém--desmamadosdesmamados LEVAR EM CONSIDERAÇÃO Alimento Substitui (total ou parcial) Farelo de trigo Milho Farelo de arroz integral Milho Quirera Milho Subproduto de cervejaria Milho e Farelo de soja Raspa de mandioca Milho Farinha de carne e ossos Farelo de soja Farinha de sangue Farelo de soja Farelo de coco Farelo de soja Torta de dendê Milho Adaptado de Lima & Alves, 2004. Tabela 3: Alimentos alternativos encontrados no Norte que podem ser utilizados em rações de suínos. Alimentos AlternativosAlimentos Alternativos 18/06/2014 21 TEOR NUTRITIVO DE ALGUMAS CULTURAS E RESÍDUOS (%MS) ALIMENTO NDT PB Ca P MS % VIT. A UT/kg Silagem de aveia 59 9,7 0,37 0,30 30-40 - Silagem de palhada de milho 50 5,0 0,35 0,14 30-40 0 Casca seca de milho 50 3,7 0,16 0,08 60-70 - Palhada de aveia 47 4,4 0,30 0,10 88 - Sabugo de milho 47 2,8 0,12 0,04 90 - Pé de milho seco 45 4,0 0,30 0,12 60-70 - Palhada de trigo 43 3,5 0,17 0,08 88 - Palhada de sorgo 41 4,1 0,30 0,05 88 - Palhada de soja 40 4,3 0,90 0,10 88 0 Resíduo de madeira 0-40 0-2 alto 0 40-90 - Palhada de milho 345 4,0 0,30 0,12 - 0 Feno da parte aérea da mandioca - 20,3 - - - - Hawkins (1983) Resíduos AgroindustriaisResíduos Agroindustriais Alimentos de Alimentos de OOrigemrigem AnimalAnimal Desvantagem do usoDesvantagem do uso � Baixos níves de triptofano; � Balanceamento inadequado de alguns aa’s; � Excesso de Ca (pp F. carne e ossos); �Não é recomendado usar como única fonte proteica em rações a base de grãos; � Falta de controle de qualidade; �Fraudes e contaminações; �Preços elevados em relação ao FS; � Brasil (MAPA/96): proibido produção, importação e comercialização de qualquer fonte de proteína e gordura de mamíferos destinados à alimentação de ruminantes. � Produtos destinados à alimentação animal deve conter no rótulo: “USO PROIBIDO PARA RUMINANTES” �BSE (Encefalopatia Espongiforme Transmissível): doença da vaca louca. � No homem: CDJ (Creutzfeldtjakob) que causa infecção generalizada no cérebro. � O agente infeccioso é uma proteína anormal (Prion) que interage com o DNA do hospedeiro. Pode usar na alimentação animal???Pode usar na alimentação animal??? • Resultante secagem do sangue de abatedouros (aves, suínos, bovinos, etc.) • Baixo teor de isoleucina e em Ca e P. • Imbalanço de aa’s, porém com 80% PB • Palatabilidade. • Boa fonte de proteína para os animais. Farinha de SangueFarinha de Sangue F.Soja F.Sangue ED (Suínos) 3421 3381 EMv (Aves) 3495 3067 PB 45,54 78,40 Met + Cis 1,27 1,89 Lisina 2,78 7,04 Leucina 3,53 10,76 Isoleucina 2,11 0,70 Farinha de SangueFarinha de Sangue 18/06/2014 22 � Adição de anticoagulante �Manutenção das propriedades das globulinas � Acelera o crescimento de leitões � Diminuição de diarreias � Efeito protetor do ID Plasma e Células VermelhasPlasma e Células Vermelhas • Objetivo de amenizar o desafio nutricional no pós-desmame. • Desidratação dos ovos descartados para consumo humano. • Variação na composição: • falta de padronização no processamento; • processamento inadequado; •Tamanho dos ovos; • perda de gema e clara (ovos quebrados) •Pesquisas: inconsistentes e inviável (palatabilidade e menor consumo de ração) Ovo em Pó ou resíduo de Ovo em Pó ou resíduo de incubadorasincubadoras 25% PB � Produto obtido do processamento industrial de tecido de animais incluindo ossos � Deve ser isento de cascos, chifres , pêlos, conteúdo estomacal, sangue, bem como de microorganismos patogênicos (salmonela) � Deve ter no mínimo 3,8% de P (valores menores F. Carne) � Limitação: alta relação Ca:P (2,2:1) � Deficiente em triptofano � Composição química variada: � PB (35a 55%) � ED (1700a 2400Kcal/Kg) � Ca (11a 14%) � P (3 a 7%) Farinha de Carne e OssoFarinha de Carne e Osso F.Soja F.Carne F.Carne ED (Suínos) 3421 2348 2846 EMv (Aves) 3495 2233 2410 PB 45,54 40,69 54,50 Cinzas 6,64 36,22 23,18 Met + Cis 1,27 1,16 1,23 Lisina 2,78 1,89 2,77 Cálcio 0,32 14,31 8,46 P disponível 0,19 6,20 4,18 Farinha de Carne e OssoFarinha de Carne e Osso � Produto desidratado e moído obtido pela cocção do peixe (integral/cortes) com ou sem extração do óleo � Composição química e qualidade é função: � Peixe utilizado � Quantidade de resíduos adicionados � Processamento adotado � Contaminação com areia � Por causa do custo deve ser utilizada apenas em dietas especiais (leitões) Farinha de PeixeFarinha de Peixe � Países escandinavos, Colômbia, Chile e Peru. �Brasil: Pequena produção, custo elevado, grande variação na composição e qualidade �Proteína de excelente valor biológico �Contaminação com areia, escamas, resíduos industriais, microorganismos � Nescessidade de antioxidantes Farinha de PeixeFarinha de Peixe 18/06/2014 23 F.S o ja F .Pe ixe F . P eixe E D (S uínos) 3421 3050 3103 E M v (A ves) 3495 3065 3030 P B 45,54 54,53 60,72 C inzas 6,64 22 20,86 M et + C is 1,27 2,31 2,56 L is ina 2,78 3,80 4,24 C álcio 0,32 6,06 4,49 P d isponível 0,19 3,79 2,41 Farinha de PeixeFarinha de Peixe • Resultante da hidrolização de penas de abatedouros de aves. • Possui baixo valor nutricional (queratina). • Não excede 5% em rações para monogástricos. • Problema na palatabilidade. Farinha de PenaFarinha de Pena F.Soja F. Penas ED (Suínos) 3421 3009 EMv (Aves) 3495 2959 PB 45,54 84,37 Met + Cis 1,27 3,96 Lisina 2,78 2,19 Farinha de PenaFarinha de Pena F.Soja F. Vísceras ED (Suínos) 3421 2910 EMv (Aves) 3495 2640 PB 45,54 55 Met + Cis 1,27 2 Lisina 2,78 2,80 Farinha de VíscerasFarinha de Vísceras � Produzido por secagem artificial do leite. � Contém até 26% da gordura do leite e 8% de umidade. � É muito usado na alimentação animal (fase pós desmame em suínos). �Alimento onerosos: compete com o ser humano. Leite em Leite em PóPó � Produzido por secagem do soro do leite. � Não deve conter menos que 11% de PB e 61% de lactose. � Usado em rações para suínos jovens. Soro de Leite em Soro de Leite em PóPó 18/06/2014 24 Níveis máximos de inclusão de alimentos protéicos para suínos Nível máximo recomendado (%) Ingrediente inicial C/T gestação lact LIMITAÇÃO F. soja * * * * - PTN soja isolada * * * * teor PB PTN soja conc. * * * * teor PB Soja int. (calor) * * * * teor PB Leite desn. pó * * * * Custo Plasma (SD) * * * * Custo F. sangue (SD) 3 5 5 5 baixa isoleucina F. Peixe 20 6 6 6 Minerais/conta minação/custo F. carne/ossos 5 5 10 5 teor minerais F. canola 0 15 15 15 FAN´s F. girassol 0 20 * 0 Baixa ED F. algodão 0 10 15 0 Baixa lisina Glutem milho 10 30 * 10 Balanço AA´s Levedura seca 5 10 10 10 variabilidade Fonte: Swine Nutrition Guide - Kansas State University. – (1998) FONTES ALTERNATIVAS AO FARELO DE SOJA FONTE PB (%) Lisina (%) Valor relativo a lisina (%) VEGETAL F. Soja (44%) 44 2,85 100 Conc. prot. soja 66 4,2 147 Isolado prot. soja 92 5,2 182 F. canola 38 2,27 80 Proteinoso 42 0,78 27 F. Girasol 45,5 1,68 60 F. Algodão 41 1,51 53 F. Amendoim 46,5 1,58 55 Proteína de batata 76 6,27 220 Glútem de trigo (SD) 74 1,3 46 Levedura seca 45 3,23 113 ANIMAL Plasma seco (SD) 70 6,9 242 Proteína ovo (SD) 48 3,3 116 F. sangue (SD) 86 8,0 281 F. peixe 60 4,75 167 Leite pó 33 2,54 89 F. carne e ossos 50 2,80 98 F. pena autocl. 79 2,5 88 Fonte: Swine Nutrition Guide (Kansas State Univ. - 1998) Alimentos de Alimentos de OOrigemrigem VegetalVegetal � Subproduto resultante da moagem da polpa seca do coco no processo industrial da extração do óleo, leite e outros. � Limitação do uso: fibra e gordura � Solução: uso de antioxidante. � Nível recomendado: até 20% em dietas de suínos em crescimento e terminação. � Ponto forte: preço inferior ao do FS Especificação Nível (%) Umidade 10,00 PB 22,00 FB 14,00 PD 0,20 Ca 0,19 Gordura 3,80 Farelo de CocoFarelo de Coco � Subproduto resultante da extração do óleo por moagem de sementes � Fatores limitantes � Alto teor de FB e baixa ED �Elevados teores de PB (28 a 45%) � Deficiente emlisina � Nível recomendado: máx. 15% Nutriente F. Soja F. Girassol PB (%) 44 28,54 ED (Kcal/Kg) 3490 1763 FB (%) 5,6 23,7 Met + Cis (%) 1,31 0,34 Lis (%) 2,83 0,90 Farelo de GirassolFarelo de Girassol � Cultura destinada a extração do óleo �Composição química (conforme processamento) �Presença de compostos fenólicos (ác. Clorogênico): semelhante ao tanino, inibindo ação de enzimas digestivas. � Necessário adicionar metionina e colina nas rações. �Alteração na cor da casca do ovo �Manchas na gema do ovo Farelo de GirassolFarelo de Girassol 18/06/2014 25 � Variedade da colza (CANada Oil LowAcid) �Resistente ao frio, plantio na entre-safra �Produção concentrada PR, MS e RS Farelo de Farelo de CanolaCanola � Subproduto resultante da extração do óleo do grão integral � Fatores limitantes � Componentes tóxicos (glucosinolatos): baixa conc. nos farelos. � Palatabilidade � Alto teor de fibra e baixa de ED � Nível recomendado: máx 20% da ração � Leitão:8% Nutriente F. Soja F. Canola PB (%) 44 35,6 ED (Kcal/Kg) 3490 2885 Met + Cis (%) 1,31 1,65 Lis (%) 2,83 2,08 Farelo de Farelo de CanolaCanola � Subproduto resultante da extração do óleo por moagem de sementes � Fatores limitantes � Gossipol (reduz disponibilidade de lisina) � Alto teor de fibra � Proteína de baixo valor biológico � Nível recomendado: até 10% Nutriente F. Soja F. Algodão PB (%) 44 38,7 ED (Kcal/Kg) 3490 2151 FB (%) 5,6 12 Met + Cis (%) 1,31 1,34 Lis (%) 2,83 1,5 Farelo de AlgodãoFarelo de Algodão � Leguminosa cultivada em larga faixa de solos � ↑ T0 e Umid. → Aspergillus spp (Aflatoxinas) � Inibem a RNA-polimerase e RNA-mensageiro �Causando bloqueio da síntese protéica �Câncer Hepático �Forma aguda (hepatite, hemorragia e morte) �Produto altamente contaminado (adubo) �Oleaginosa (45% de óleo) �Composição química variável (cascas) Farelo de AmendoimFarelo de Amendoim � Cultivada para extração do óleo (Biodiesel) � Torta (35a 45% PB) � Fatores tóxicos presentes � Ricina (aglutinação das hemáceas e hemólise) � Ricinina (depressor do crescimento) � Processos de detoxicação da mamona � Aquecimento do resíduo desengordurado (1% óleo) � Composição química: MS=89,40%, PB=43,85%, FB=20,69%, NDT=56,60% MamonaMamona � Glicerina Bruta: excedente do processo de fabricação do biodiesel. � São combustíveis e aditivos derivados de fontes renováveis, come óleos vegetais e gorduras animas. � Brasil: poucas empresas realizam a purificação para uso em outras indústrias. Subproduto de BiodieselSubproduto de Biodiesel 18/06/2014 26 � Dried Distiller’s Grains with Solubles � Resíduos secos de destilaria mais solúveis � Produzido a partir da fermentação de açucares e amidos. � Alimentação animal como alternativa. � E.U.A. são os maiores produtores mundiais (milho e beterraba) � Canadá e Europa: trigo e cevada. Subproduto do Etanol (DDGS)Subproduto do Etanol (DDGS) �Comparado aos grãos utilizados em outros países, a cana-de-açúcar apresenta baixo valor nutritivo para suínos. � Composição química: 30,9% PB, 10,7% EE, 7,2 FB e 3810 Kcal de EM. Ingrediente Ca % P disp % Cálcário 38,4 - F.Ostras 36,7 - F.Cascas de ovos 35,15 0,12 F.Bicálcico 24,8 18,5 F.Ossos calcinada 32,6 15 F. Osso s Fontes AlternativasFontes Alternativas de Mineraisde Minerais LEVAR EM CONSIDERAÇÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS É imprescindível que o nutricionista tenha em mente que os animais não devem competir com populações humanas na sua alimentação, e assim, sempre que possível, aqueles alimentos utilizáveis na alimentação humana devem ser descartados da alimentação animal, sendo substituídos por resíduos ou ingredientes transformáveis em alimento nobre pelos animais.
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