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Trabalho alimentos - farelo de amendoim Nutricionalmente, o farelo de amendoim apresenta alta concentração de proteína degradável no rúmen, o que o torna uma ótima opção em dietas de alta energia, uma vez que esse tipo de formulação leva a maior demanda de proteína disponível no rúmen, devido ao aumento da taxa de crescimento microbiano. O farelo ainda possui um resíduo considerável de extrato etéreo, que contribui com o fornecimento de energia para o animal. Em farelos com maior quantidade de óleo é preciso atentar-se a sua inclusão na dieta, respeitando o limite de extrato etéreo na dieta final. AFLATOXINAS As micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por fungos, sendo um dos maiores grupos de toxinas naturais contaminantes de alimentos e rações. São substâncias de estruturas diversificadas e muitas destas atuam como precursores de substâncias causadoras de intoxicações tanto em humanos quanto em animais. Dentre as micotoxinas conhecidas, a aflatoxina apresenta-se como a toxina mais estudada e melhor compreendida pela ciência em relação às demais. As aflatoxinas (AF) são um grupo de micotoxinas produzidas principalmente pelo Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, sendo que as espécies Penicillium puberulum e Aspegillus nomius também podem produzir aflatoxinas (Wilson e Payne, 1994; Hollinger e 492 Ekperigin, 1999). As aflatoxinas são cumarinas substituídas, lipofílicas, de baixo peso molecular, tendo efeitos anticoagulantes, incolores, inodoras, insípidas, solúveis em solventes orgânicos, resistentes ao calor, frio, luz e são degradadas apenas pelo metabolismo hepático. Várias espécies de fungos podem colonizar o amendoim, porém os seguintes fungos são os mais significativos produtores de aflatoxicoses e outras toxinas: Aspergillus flavus (produtores de aflatoxinas B1 e B2), A. parasiticus (B1, B2, G1 e G2), A. nomius, Penicillium citrinum, P. variabile e P. frequentans (Fonseca, 2004). Após a ingestão, são quase 100% absorvidas no intestino, passando para o sangue, onde aproximadamente 90% ligam-se à albumina. O fígado é o principal sítio de detoxificação, por vias oxidativas, mas a mucosa gástrica e os microrganismos ruminais e entéricos são capazes de reduzir a toxicidade das AF (Galtier,1998). Dentre estas aflatoxinas, a AFB1 é a mais importante por ser produzida em quantidades superiores às demais e também por apresentar maior toxicidade Relatos de casos de micotoxicoses são registrados desde tempos antigos, porém a iniciativa de pesquisar as causas destas intoxicações só teve início na década de 60, depois da morte de cem mil perus em granjas nos arredores de Londres, devido a uma necrose hepática aguda, apresentando ainda hiperplasia dos ductos biliares depois de consumirem farelo de amendoim contaminado com fungos do gênero Aspergillus. As pesquisas subsequentes identificaram e isolaram aflatoxinas (Ramos e Hemhdéz, 1997). O crescimento fúngico e a contaminação com aflatoxinas ocorrem a partir de uma interação entre fungo, hospedeiro e ambiente, sendo que vários fatores ambientais favorecem essa interação. Os principais fatores ambientais que influenciam a formação de micotoxinas são: umidade relativa, umidade do grão, temperatura, carga de insetos, práticas pré e pós-colheita, sanidade da planta, condições da colheita, da secagem, das chuvas pós-colheita, do transporte, do armazenamento, dentre outros (Fonseca, 2004). A temperatura ideal para o crescimento destes fungos vai de 15 a 40ºC, e os níveis de umidade de 20 a 25%, quando a produção máxima de micotoxina pode ser alcançada (Marquardt, 1996). Na Figura 1, são apresentados alguns fatores ambientais que influenciam na contaminação de alimentos por micotoxinas. A prevenção da contaminação dos alimentos com Aspergillus é o melhor método para eliminar a presença de AFB1, entretanto a contaminação dos alimentos é de difícil controle. Algumas estratégias podem ser adotadas para que se evite a contaminação dos alimentos por AFB1 após a colheita. Alguns destes métodos envolvem a identificação precoce e a eliminação dos cereais altamente contaminados com aflatoxinas. Um deles se faz pelo uso de irradiação ultravioleta, como um teste de triagem de rápida execução e de baixo custo, pois alimentos altamente contaminados exibem fluorescência, sendo rapidamente descartados, mas esta técnica só é útil em alimentos altamente contaminados, não sendo eficaz em níveis de contaminações mais baixas, mas que, ainda assim, podem causar danos à saúde animal e humana. Outras técnicas de detecção são mais eficientes, porém mais complexas e de maio 4. FARELO DE AMENDOIM O farelo de amendoim é obtido após a extração do óleo do amendoim e é um produto caracterizado por ter alto teor de proteína. Na Tabela 6, tem-se a composição química do farelo de amendoim em comparação com o farelo de soja e o farelo de algodão, que são outras duas fontes proteicas bastante utilizadas no Brasil em dietas de vacas leiteiras. Ao avaliar a Tabela 6, pode-se observar que o farelo de amendoim apresenta maior teor de PB do que os farelos de soja e de algodão. Além disso, o farelo de amendoim apresenta maior NDT do que o farelo de algodão e menor do que o farelo de soja. O menor valor encontrado para NDT para o farelo de algodão se deve ao fato de este apresentar maiores valores de FDN e FDA. Porém, é importante ressaltar que esses valores são influenciados pelos níveis de inclusão de casca nos farelos; assim, podem-se encontrar farelos de amendoim com maiores níveis de inclusão de casca e, consequentemente, menores valores de PB, maiores valores de FDN e FDA e menores valores de NDT. Isso mostra a importância de se fazer análises laboratoriais dos coprodutos antes de sua inclusão na dieta de vacas leiteiras, evitando-se, assim, erros no balanceamento. https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/farelo-de-amendoim-virtudes-e-limita coes-para-utilizacao-em-racoes-de-vacas-leiteiras-25565n.aspx https://www.bibliotecaagptea.org.br/zootecnia/nutricao/livros/ALIMENTOS%20E%20ALIME NTACAO%20ANIMAL.pdf O farelo de amendoim contém elevado teor proteico, porém com níveis inferiores dos aminoácidos: metionina, triptofano, treonina e lisina, se comparado ao farelo de soja. Apresenta também baixos teores de cálcio (0,15%) e ausência de carotenoides. Como toda leguminosa, proporciona diversos fatores antinutricionais, como inibidores de tripsina, agentes goitrogênios e saponinas; porém, estes fatores são termolábeis. Por ser deficiente em diversos aminoácidos, devem-se utilizar aminoácidos sintéticos ou combinação de ingredientes para suprir as necessidades dos animais; principalmente, para aves. Um dos pontos mais negativos do uso de farelo de amendoim na alimentação animal é a infestação pós-colheita pelos fungos Aspegillus flavus e Aspegillus parasitus que produzem o princípio tóxico Aflatoxina, que são de alta letalidade (hepatóxicas, cancerígenas e teratogênicas). O farelo de amendoim contaminado com Aflatoxina B1 pode ser tratado pelo processo de amonização, que remove 95% da toxina. Outra forma de inativação é a utilização de aluminosilicatos de cálcio e sódio que têm a função de se ligar à aflatoxina impedindo sua absorção intestinal, inibindo a intoxicação. https://www.nutritime.com.br/arquivos_internos/artigos/054V5N2P546_557_MAR2008.pdf https://agroceresmultimix.com.br/blog/por-dentro-do-cocho-farelo-de-amendoim/ https://materiais.editoraufv.com.br/ebooks-livrariaufv?utm_source=google&utm_medium=cp c&gclid=CjwKCAjwnef6BRAgEiwAgv8mQaGOnrWnr7WBNzFTkSyy-TRMq8E2KGsiKwRPR qrMoL7bxCViyWejSBoCZd4QAvD_BwE https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/54694/1/Livro-e-Capa-Alimentos-para- Gado-de-Leite.pdf Tópicos do trab: Origem O amendoim é uma planta originária da América do Sul [1] (Brasil e países fronteiriços: Paraguai, Bolívia e norteda Argentina), na região compreendida entre as latitudes de 10º e 30º sul, com provável centro de origem na região do Chaco, incluindo os vales do Rio Paraná e Paraguai[1]. "Amendoim", "amondoí", "amendoís", "mandobi", "mandubi", "mendubi", "menduí" e "mindubi" originaram-se do tupi mãdu'bi[2], "enterrado". https://www.bibliotecaagptea.org.br/zootecnia/nutricao/livros/ALIMENTOS%20E%20ALIMENTACAO%20ANIMAL.pdf https://www.bibliotecaagptea.org.br/zootecnia/nutricao/livros/ALIMENTOS%20E%20ALIMENTACAO%20ANIMAL.pdf https://www.nutritime.com.br/arquivos_internos/artigos/054V5N2P546_557_MAR2008.pdf https://agroceresmultimix.com.br/blog/por-dentro-do-cocho-farelo-de-amendoim/ https://materiais.editoraufv.com.br/ebooks-livrariaufv?utm_source=google&utm_medium=cpc&gclid=CjwKCAjwnef6BRAgEiwAgv8mQaGOnrWnr7WBNzFTkSyy-TRMq8E2KGsiKwRPRqrMoL7bxCViyWejSBoCZd4QAvD_BwE https://materiais.editoraufv.com.br/ebooks-livrariaufv?utm_source=google&utm_medium=cpc&gclid=CjwKCAjwnef6BRAgEiwAgv8mQaGOnrWnr7WBNzFTkSyy-TRMq8E2KGsiKwRPRqrMoL7bxCViyWejSBoCZd4QAvD_BwE https://materiais.editoraufv.com.br/ebooks-livrariaufv?utm_source=google&utm_medium=cpc&gclid=CjwKCAjwnef6BRAgEiwAgv8mQaGOnrWnr7WBNzFTkSyy-TRMq8E2KGsiKwRPRqrMoL7bxCViyWejSBoCZd4QAvD_BwE https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/54694/1/Livro-e-Capa-Alimentos-para-Gado-de-Leite.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/54694/1/Livro-e-Capa-Alimentos-para-Gado-de-Leite.pdf https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_tupi https://pt.wikipedia.org/wiki/Amendoim#cite_note-FERREIRA,_A._B._H._1986._p.104-2 Produção O estado de São Paulo concentra mais de 90% da produção brasileira de amendoim, sendo que o Brasil exporta cerca de 30% do amendoim que produz.[5] A produção mundial de amendoins no ano de 2018, de acordo com dados da FAOSTAT, foi de aproximadamente 45,9 milhões de toneladas. A China lidera como maior produtor mundial, com 37,7% do volume produzido no mundo. O ranking dos principais produtores mundiais está listado a baixo: torta de amendoim artigo: http://www2.uesb.br/ppg/ppz/wp-content/uploads/2017/07/Braulio.pdf https://www.scielo.br/pdf/rbz/v44n4/1516-3598-rbz-44-04-00138.pdf (torta de amendoim td em ingles entendi nada) https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/19722/1/AraujoMLGML.pdf (TESE COM CORDEIROS) Aflatoxinas As micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por fungos, sendo um dos maiores grupos de toxinas naturais contaminantes de alimentos e rações. São substâncias de estruturas diversificadas e muitas destas atuam como precursores de substâncias causadoras de intoxicações tanto em humanos quanto em animais. se contaminado pelo fungo Aspergillus flavus, produzem a micotoxina: aflatoxina. condição propícia para o desenvolvimento do fungo: temperatura entre 30 e 35°C; umidade relaliva do ar em torno de 74%; umidade de amendoim após colheita de 9 a 10%; secagem do amendoim lenta e inadequada. Prevenção ao ataque do fungo: colheita cuidadosa (cascas e sementes não danificadas); secagem rápida e estocagem em locais de baixa umidade. sintomas da intoxicação: alterações no aparelho reprodutor, aborto, baixo peso dos filhotes ao nascer, lesões hepáticas, baixa utilização dos nutrientes, diminuição do tempo de coagulação do sangue, alterações na resposta imunológica, menor resistência ao stress, mortalidade. Vacas leiteiras eliminam a aliatoxina no leite. https://pt.wikipedia.org/wiki/Amendoim#cite_note-5 https://pt.wikipedia.org/wiki/China https://www.scielo.br/pdf/rbz/v44n4/1516-3598-rbz-44-04-00138.pdf https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/19722/1/AraujoMLGML.pdf http://www.dzo.ufla.br/Roberto/estudo_alimentos.pdf tese: O balanço de nitrogênio foi positivo em todas as cinco dietas, porém houve efeito (P>0,05) para a quantidade de nitrogênio retido (Tabela 5). Os cordeiros alimentados com as dietas que não continha torta de amendoim como fonte proteica apresentaram maior nível de nitrogênio retido, pois apresentaram maior consumo de 21 proteína bruta (Tabela 3). Dessa forma, apresentaram maior ganho de peso total e diário devido à uma maior retenção de nitrogênio, o qual foi destinado para o desenvolvimento corporal dos animais (Tabela 6). Houve redução linear (P<0,05) do ganho médio diário (GMD), com decréscimos estimados de 0,0008 g/dia à medida que o farelo de soja foi substituído pela torta de amendoim (Tabela 6). Portanto, a diminuição no ganho de peso pode ser justificada pela redução do consumo de matéria seca (Tabela 3) devido ao aumento do teor lipídico das dietas, resultando em menor ingestão da fração proteica e de demais nutrientes pelos animais e, portanto, comprometimento no desempenho produtivo dos animais. A conversão alimentar foi afetada (P<0,05) pelos níveis de torta de amendoim da dieta (Tabela 5). Sendo assim, para cada 1% da torta de amendoim acrescida ao concentrado, foi verificado um aumento de 0,014g de matéria seca consumida para cada grama de aumento no ganho de peso. A possível explicação para a piora na conversão alimentar seria a redução do ganho médio diário devido ao aumento dos teores lipídico das dietas, o qual limitou o consumo de matéria seca e dos nutrientes pelos animais (Tabela 2). De acordo com Packer e Haddad (1995) e Silveira e Domingues (1995) os índices de conversão e eficiência alimentar são referentes à quantidade de alimento consumido que será convertido em carne, leite ou outro produto. Ainda segundo estes autores, o tipo de alimento, as condições do ambiente, o peso vivo durante o período 22 avaliado, bem como a composição do ganho e estado de saúde do animal, são fatores que podem interferir nestas variáveis. Neste estudo, todos os cordeiros apresentavam idade e condições ambientais similares. Portanto, os resultados desses índices foram influenciados pelo menor consumo voluntario de matéria seca e de nutrientes como proteína bruta e NDT, devido ao aumento do aporte energético e efeito de saciedade das dietas. A participação do concentrado nos custos com alimentação foi diminuindo (P<0,05) à medida que o farelo de soja foi substituído pela torta de amendoim na dieta dos ovinos (Tabela 7), promovendo redução nos custos com formulação da dietas e do valor gasto com alimentação/animal/dia. Esse efeito pode ser fundamentado pelo menor custo de aquisição da torta de amendoim (R$ 0,66) em comparação ao farelo de soja, cujo preço por kg foi cerca de R$ 1,04. Embora a relação volumoso:concentrado (50:50) não tenha variado entre as dietas, houve influência dos custos de aquisição do feno e de cada ingrediente do concentrado sobre os custos com alimentação (Tabela 8). Sendo assim, em valores percentuais, houve aumento da contribuição do grão de milho moído representando cerca de 23,80 a 26,40% dos custos das dietas, à medida que o farelo de soja foi substituído pela torta de amendoim. http://www.dzo.ufla.br/Roberto/estudo_alimentos.pdf
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