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Fatores de Risco Cardiovascular - Resumo


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- Doença cardiovascular – causa mais importante de morte no 
mundo 
 . Fator contribuinte: crescimento e envelhecimento da 
população mundial 
- 1930- dados epidemiológicos apontavam para o caráter 
epidêmico da doença cardiovascular. 
 . Novo conceito epidemiológico, por meio da avaliação 
observacional, prospectiva e em longo prazo dos fatores que 
poderiam promover a doença cardiovascular em uma amostra 
representativa da população 
- Conhecimento dos fatores de risco- estudos de Framingham 
-> interesse pela cardiologia preventiva 
- FATOR DE RISCO CARDIOVASCULAR 
 . Característica de um indivíduo ou população, presente ao 
longo da vida e que está associada a risco aumentado para o 
desenvolvimento da doença. 
 . Adquiridos (tabagismo) 
 . Caráter hereditário (dislipidemias genéticas) 
 . Parâmetro laboratorial (colesterol) 
 . Deve estar presente antes do início da doença e ter 
plausibilidade biológica. 
- Esforços no controle da epidemia de doença aterosclerótica 
resultaram em progressos na área da prevenção 
cardiovascular. 
- 1960 a 1980 - mortalidade por DAC e AVC declinou 
substancialmente 
- 1990 – taxa de redução da mortalidade cardiovascular ficou 
bem mais lenta e o declínio da mortalidade por AVC cessou. 
 . Promoveu o desenvolvimento de novas drogas para o 
tratamento clínico dos pacientes com DAC ou com muitos 
fatores de risco -> estatinas, anti-hipertensivos, 
antitrombóticos, agentes trombolíticos 
 . Intervenções melhoravam o prognóstico dos pacientes 
com doença coronária e foram utilizados amplamente na 
prática clínica 
 . Cardiologia Intervencionista – prevenção secundária 
- Problema está na fisiopatologia e nos fatores causais (de 
risco) que envolvem a doença de base 
 . Efeitos do tabagismo, sedentarismo, diabetes ou 
obesidade podem ser revertidos apenas de forma parcial -> 
intervenções são limitadas, de pequena magnitude e utilizadas 
tardiamente, o que interfere diretamente nos resultados 
- Estratégias fundamentais de prevenção cardiovascular 
englobam a detecção e o controle precoce dos fatores de risco 
na prevenção primária da doença cardiovascular. 
- 3 FATORES DE RISCO OU + -> RISCO ALTO 
- Relação direta entre os níveis de colesterol LDL-c e colesterol 
total (aumento da prevalência) o risco de doença 
cardiovascular. 
- Epidemiologia: Intervenção farmacológica em pacientes de 
prevenção primária e secundária documentaram o benefício 
da redução do colesterol total e LDL-c na prevenção de 
eventos cardiovasculares. 
- HDL-c é uma lipoproteína que possui função de transporte 
reverso do colesterol, caráter antioxidante e pró-fibrinolítico, 
além de participar do metabolismo de triglicérides. 
- Determinação do perfil lipídico (mensuração indireta do LDL) 
LDL-c = Colesterol Total (CT) – HDL-c – Triglicérides / 5 
 . Fórmula válida para concentrações plasmáticas de 
triglicérides < 400 mg/dL 
- Mensuração direta dos valores plasmáticos de LDL-c -> 
utilizada quando não é possível utilizar a fórmula de Fried-
Wald 
- Valores de referência do perfil lipídico para adultos maiores 
de 20 anos 
 
- Colesterol não HDL (CT- HDL-c) – indica o colesterol no 
interior das lipoproteínas aterogênicas (VLDL e LDL) 
- CLASSIFICAÇÃOD DAS DISLIPIDEMIAS 
 . Hipercolesterolemia Isolada: elevação isolada do LDL-c > 
160 mg/dL 
* Grave: LDL-c > 190 mg/dL 
 . Hipertrigliceridemia Isolada: elevação isolada dos 
triglicérides > 150 mg/dL 
* Grave: triglicérides > 500 mg/L 
 . Hiperlipidemia Mista: LDL-c > 160 mg/dL e triglicérides > 
150 mg/dL 
 . HDL-c baixo: HDL-c < 40 mg/dL em homens ou HDL-c < 50 
mg/dL em mulheres, de maneira isolada ou associada com 
outras dislipidemias 
- Normalmente, originam-se de uma associação de distúrbios 
genéticos a fatores ambientais (dieta inadequada, excesso de 
peso e obesidade), de origem genética determinada, 
secundárias a outras doenças (diabetes, hipotireoidismo, 
síndrome nefrótica e Cushing) ou secundária a medicamentos 
(diuréticos, betabloqueadores e inibidores de proteases) 
- Fator de risco modificável mais importante para a ocorrência 
de DAC. 
- Correlaciona-se diretamente com o aumento das taxas de 
morte súbita, aneurisma, doença vascular periférica e AVC. 
- EFEITOS: disfunção endotelial, aumento da oxidação de LDL, 
aumento da atividade inflamatória e dos fatores pró-
trombóticos 
- Estratégias comportamentais + medicamentosas = sucesso 
terapêutico 
- Fator de risco que atua de forma silenciosa e sua prevalência 
(fator de risco mais importante para o desenvolvimento de 
doença cardiovascular prematura) tem aumentado 
progressivamente 
- ISOLADAMENTE É UM FATOR DE RISCO BAIXO 
- Reduções de pequena magnitude (4 ou 5 mmHg) nos níveis 
pressóricos acompanham-se de diminuições importantes no 
risco de AVC, mortalidade cardiovascular, DAC e ICC em 
pacientes idosos e diabéticos com doença arterial. 
- Classificação da pressão arterial de acordo com a medida 
casual em maiores de 18 anos 
 
- Metas a serem atingidas em conformidade com as 
características individuais 
 
- POR SI SÓ TORNA O RISCO DO PACIENTE ALTO, MESMO SE 
CONTROLADA 
 . Inflamação -> maior risco de disfunção endotelial -> 
formação de placa aterosclerótica 
- Pacientes diabéticos apresentam 2 a 8 vezes mais risco de 
eventos cardiovasculares e ¾ de todas as mortes entre 
diabéticos resultam de DAC. 
- Pacientes possuem uma extensa carga de placa 
aterosclerótica, tanto nas artérias de maior calibre quanto na 
microcirculação. 
- Percentual de complicações ateroscleróticas é elevado, tanto 
na prevenção primária quanto após intervenções coronárias. 
- Hiperglicemia causa acúmulo dos produtos de glicação que 
irão se depositar nos vasos, provocando dano vascular. 
 
 . A nefropatia diabética, detectada pela microalbuminemia 
acelera o processo da formação da placa de ateroma. 
- CRITÉRIOS PARA O DIAGNÓSTICO (com utilização da 
glicemia) 
 . Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal 
acrescidos de glicemia casual > 200 mg/dL 
 . Glicemia de jejum> 126 mg/dL (confirmada em duas 
dosagens em dias diferentes) 
 . Glicemia de 2 horas pós-sobrecarga de 75 g de glicose > 200 
mg/dL 
*Obs: níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) > 6,5% 
(confirmados em duas dosagens) 
- Indivíduos com glicemia de jejum alterada (valores entre 100 
e 125 mg/dL) e/ou aumento dos valores de glicose pós-
prandial e/ou mesmo níveis mais elevados de hemoglobina 
glicada também estão sob maior risco para desenvolvimento 
de DC. 
- ↑ da circunferência abdominal -> gordura visceral -> cálculo 
do IMC -> aumento do risco de HAS e DM 
- IMC é o indicador mais prático para definir obesidade, sendo 
calculado pelo coeficiente de peso corporal (em kg) sobre o 
quadrado da estatura (em metros) 
 . Sobrepeso = IMC entre 25 e 29,9 kg/m² 
 . Obesidade = IMC maior que 30 kg/m² 
- Excesso de peso -> associado ao acúmulo de gordura na 
região abdominal -> obesidade central ou androgênica 
- Tratamento: MEV (dieta, atividade física, outros) e 
medicamentos de controle 
- Alterações metabólicas que aumentam o risco de DCV 
- Deve ser abordada em todos os aspectos -> 
acompanhamento multiprofissional 
 . Dislipidemia 
 . Obesidade 
 . DM 
 . HAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Está associado ao aumento da obesidade, síndrome 
metabólica e DM2 -> relacionados ao maior aumento de 
doença cardiovascular 
- Depressão, estresse e ansiedade -> associam-se à presença 
de fatores de risco (HAS, obesidade, tabagismo e 
sedentarismo) 
- Depressão -> associada à hipercoagulabilidade e alterações 
do sistema nervoso simpático 
- Considerados gatilhos para um evento agudo -> atuam sobre 
a placa de ateroma já estabelecida 
- Dietas com alto índice glicêmico -> relacionadas ao aumento 
de DAC em mulheres 
- Dietas ricas em frutas e vegetais -> relação inversa com risco 
de AVC e infarto agudo 
- Dietas com alta ingestão de carne vermelha e laticínios-> 
maior risco de DAC 
- Consumo leve a moderado de álcool (homem: até 2 doses/ 
mulher: uma dose) -> associação inversa para risco de IAM, 
AVC, doença vascular periférica, morte súbita e mortalidade 
cardiovascular 
- Escore de Risco Global -> estratificação do risco 
cardiovascular no período dos próximos 10 anos 
 . Estima o risco de infarto do miocárdio, AVC, morte e 
revascularização miocárdica 
- Obs: Escore de Risco pelo Tempo de Vida -> avalia a 
probabilidade, a partir dos 45 anos, de um indivíduo 
apresentar um evento isquêmico 
 . Pacientes na categoria de baixo risco de eventos para os 
próximos 10 anos podem apresentar risco moderado/alto de 
eventos quando considerado o seu tempo total de vida 
- Estratificação de risco em 4 etapas 
1- Avaliar a presença de doença aterosclerótica significativa ou 
de seus equivalentes -> Qualquer um dos itens -> Alto risco 
 . Doença aterosclerótica arterial coronária, cerebrovascular 
ou obstrutiva periférica, com manifestações clínicas ou na 
forma subclínica documentada por metodologia diagnóstica 
 . Procedimento de revascularização arterial 
 . Diabetes Melito tipo 1 e tipo 2 
 . Doença renal crônica 
2- Aplicar o Escore de Risco Global 
3- Obter a faixa de risco -> alto, moderado ou baixo 
 . Risco intermediário/ moderado -> pesquisar fatores 
agravantes de risco -> presença desses fatores = alto risco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- Estratificação de risco pelo tempo de vida -> aplicado em 
pacientes acima dos 45 anos 
- Calcificação das artérias coronárias (CAC) 
- Espessura íntima média da carótida 
- Índice tornozelo-braquial 
- Proteína C-reativa ultrassensível 
- Outros marcadores inflamatórios (IL1, IL6, CD40-ligante, 
mieloperoxidase, fosfolipase A e fibrinogênio plasmático) 
- Apolipoproteínas A1 e B 
 . A1 -> apo estrutural da HDL 
 . B -> apo estrutural das lipoproteínas aterogênicas (VLDL e 
LDL) 
- Lipoproteína (a) 
- Homocisteína

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