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Revisão Prática Trabalhista - Reclamação Trabalhista

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MERITÍSSIMO JUÍZO DA ______ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DO RIO 
DE JANEIRO/RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GISLAINE DA SILVA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), 
nascida em (data de nascimento), portadora da carteira de identidade de nº 
(identidade), e inscrita no CPF sob o nº (CPF), com CTPS nº (CTPS), série 
(série), PIS nº (PIS), filha de (nome da mãe), residente e domiciliada à Rua 
(endereço), CEP (CEP), com endereço eletrônico (e mail), vem, nos termos 
da procuração (anexa) e por meio do seu patrono (Nome do Advogado), que 
a subscreve, advogado inscrito no OAB/RJ sob o n.º (n.º OAB), com 
endereço eletrônico (e mail do advogado) e endereço profissional sito à 
(endereço completo com CEP), onde receberá as intimações, com fulcro no 
Art. 840, § 1º da CLT c/c Art. 319 do CPC, propor a presente 
 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
 
pelo rito Ordinário, contra a Empresa SALÃO SEMPRE BELA EIRLI, 
pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ sob o n.º 
(CNPJ), situada (endereço), CEP: (CEP). o que faz de acordo com os 
fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos: 
 
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 
Cumpre salientar que a Requerente percebia remuneração mensal 
salário inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios 
do Regime Geral de Previdência Social e hoje se encontra desempregada. 
Desta forma, o pagamento de custas e despesas processuais prejudica o se 
sustento, bem como o de sua família, com base no artigo 790, § 3º da CLT. 
Além disso, enquadra-se também no que define o Art. 14, § 1º da Lei 
5.584/70 e, baseando-se nessa fundamentação requer a Vossa Excelência a 
concessão do benefício da gratuidade de justiça. 
 
II – DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
 
A Reclamante não se submeteu à Comissão de Conciliação Prévia 
em razão do julgamento das ADINS 2.139 e 2.160-5, que reconheceu a 
desnecessidade de tal submissão prévia, prevalecendo o artigo 5º, XXXV da 
Constituição Federal. 
 
 
III. DOS FATOS 
 
A Reclamante foi admitida pelo Reclamado no dia (Data), para 
exercer o cargo de (cargo), percebendo o salário mensal de R$ (valor). 
Cumpria uma jornada de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, 
iniciando o labor às (hora do início) até as (hora do final) de segunda a 
sexta-feira e aos sábados das (hora do início) às (hora do final), com 01 
(uma) hora de intervalo intrajornada. 
Não houve o registro do vínculo empregatício na Carteira de 
trabalho e previdência social e, consequentemente, a Reclamada não 
efetuou os recolhimentos previdenciários e depósitos fundiários durante 
todo o período do contrato de trabalho. 
Embora não tenha o registro do contrato de trabalho, a Reclamante 
recebeu durante o período do labor, as parcelas referentes ao 13º salário 
relacionadas aos anos de (anos). Além disso, gozou e recebeu devidamente 
as férias, acrescidas do 1/3 constitucional, pagas no prazo previsto no Art. 
145 da CLT. 
Fora imotivadamente demitida no dia (data), sem receber qualquer 
verba rescisória, o que a motiva a impetrar a presente reclamação. 
Tendo em vista os argumentos jurídicos a seguir apresentados, 
interpõe-se a presente Reclamação Trabalhista no intuito de serem 
satisfeitos todos os direitos da Reclamante. 
IV. DO DIREITO 
 
1. DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO 
 
Não restam dúvidas quanto ao vínculo empregatício existente no 
caso em tela. A reclamante preenchia todos os requisitos caracterizadores 
de uma relação empregatícia, conforme nos descreve o Art. 3º da CLT. 
 
Fora contratada com pessoalidade, tendo em vista que não poderia 
sob qualquer hipótese ser substituída, sendo um contrato personalíssimo. 
Junte-se a isso a sua inequívoca subordinação à Reclamada, já que, além de 
cumprir ordens que lhe eram diretamente endereçadas, ainda possuía um 
controle efetivo da jornada, inclusive com horário de intervalo pré-fixado. 
Trabalhava de forma remunerada tendo, em algumas situações, descontos 
relacionados às faltas injustificadas, atrasos ou saídas antecipadas. 
 
Não teve a devida anotação da Carteira de Trabalho, contrariando o 
que preceitua o Art. 29 da CLT. 
Sem a devida anotação, ficou a Reclamante fora do ordenamento 
jurídico de proteção do trabalhador, ficando sem os depósitos fundiários e o 
recolhimento previdenciário. 
 
Da mesma forma, fora impedida de se beneficiar com o seguro –
desemprego, tendo em vista não ter recebido as guias pertinentes. 
 
2. DO SALDO DE SALÁRIO 
 
A Reclamante trabalhou até o dia (dia), mês que lhe informaram sua 
demissão, nada recebendo a título de saldo de salário. 
 
De acordo com o art. 4º da CLT, considera-se como tempo de 
serviço o tempo efetivamente trabalhado pelo empregado, integrando-se os 
dias trabalhados antes de sua dispensa injusta a seu patrimônio jurídico, 
consubstanciando-se direito adquirido de acordo com o inciso IV do 
art. 7º e inciso XXXVI do art. 5º, ambos da CF/88, de modo que faz a 
Reclamante jus ao saldo salarial. 
 
3. DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO 
 
Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do 
contrato de trabalho, surge para a Reclamante o direito ao Aviso Prévio 
indenizado, uma vez que o § 1ºdo art. 487, da CLT, estabelece que a não 
concessão de aviso prévio pelo empregador dá direito ao pagamento dos 
salários do respectivo período, integrando-se ao seu tempo de serviço para 
todos os fins legais. 
 
Dessa forma, o período de aviso prévio indenizado, corresponde a 
mais 30 dias de tempo de serviço para efeitos de cálculo do 13º salário, 
férias acrescidas de 1/3 constitucional, depósitos fundiários acrescidos dos 
40% de indenização, além do recolhimento previdenciário. 
A reclamante faz jus, portanto, ao recebimento do Aviso Prévio 
indenizado. 
4. DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 CONSTITUCIONAL 
 
A reclamante tem direito a receber o período incompleto de férias, 
acrescido do terço constitucional, em conformidade com o 
art. 146, parágrafo único da CLT e art. 7º, XVII da CF/88. 
 
O parágrafo único do art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado 
ao período de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração 
superior a 14 dias. 
 
Sendo assim, tendo o contrato iniciado no DIA (data) e terminado 
no DIA (DATA) e considerando que não havia ainda completado o período 
aquisitivo relacionado ao labor do exercício de (ano)/(ano), a reclamante 
faz jus as férias proporcionais acrescidas do terço constitucional. 
5. DO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL 
 
As leis 4090/62 e 4749/65 preceituam que o décimo terceiro 
salário será pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo ainda certo 
que a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como mês 
integral para efeitos do cálculo do 13% salário. 
 
Assim, tendo ocorrido o rompimento do contrato no dia (data)e 
considerando a projeção do aviso prévio, deverá ser paga a fração de (...)/12 
em relação à remuneração percebida. 
6. DO FGTS + MULTA DE 40% 
 
Diz o art. 15 da lei 8036/90 que todo empregador deverá depositar 
até o dia 7 de cada mês na conta vinculada do empregado a importância 
correspondente a 8% de sua remuneração devida no mês anterior. 
 
Sendo assim, Vossa Exa. deverá condenar a Reclamada a efetuar os 
depósitos correspondentes todo o período entre (Data de admissão) e 
demais depósitos não realizados até a data de (Data de desligamento), 
considerando-se a projeção do aviso prévio. 
 
Além disso, por conta da rescisão imotivada do contrato de 
trabalho, deverá ser paga uma multa de 40% sobre o valor total a ser 
depositado a título de FGTS, de acordo com § 1º do art. 18 da lei 8036/90 
c/c art. 7º, I, CF/88. 
 
 
7. MULTA DO ART. 477DA CLT 
 
No prazo estabelecido no art. 477, § 6º, da CLT, nada foi pago a 
Reclamante pelo que se impõe o pagamento de uma multa equivalente a um 
mês de salário revertida em favor da Reclamante, conforme § 8º do mesmo 
artigo. 
 
 
8. MULTA DO ART. 467DA CLT 
 
A Reclamada deverá pagar a Reclamante, no ato da audiência, todas 
as verbas incontroversas, sob pena deacréscimo de 50%, conforme 
art. 467 da CLT. 
 
Dessa forma, protesta a Reclamante pelo pagamento de todas as 
parcelas incontroversas na primeira audiência. 
 
V- DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Segundo declaração acostada a presente, há de constatar que a 
Reclamante é hipossuficiente na acepção financeira, de modo a não possuir 
condições de arcar com as custas processuais, e, menos ainda, com a 
remuneração dos serviços prestados pelo seu patrono em defesa dos seus 
interesses. 
Requer, pois, a condenação da Reclamada nos honorários 
sucumbenciais no percentual de 15% sobre o valor bruto total resultante 
desta demanda, como medida apta a custear o trabalho advocatício. 
VI- DA CONCLUSÃO E CÁLCULOS 
 
Diante dos fatos expostos, segue resumo do valor devido pelo Réu: 
VERBAS RESCISÓRIAS - DESCRIÇÃO 
 
01 - Saldo de salário ....................... VALOR R$ 
vr. Ref: a (...)/30 dias trabalhados no mês de (Mês) de (ano). 
02 – Aviso Prévio indenizado ............................. VALOR R$ 
vr. Ref: aviso prévio não pago ao trabalhador 
03 – Multa do Art. 477, § 8º, /CLT ................ VALOR R$ 
 
04 – 13º Salário proporcional ........................ VALOR R$ 
vr. Ref: a (...)/12 avos de 13º não pago ao empregado 
05 – Férias proporcionais ............................. VALOR R$ 
vr. Ref: a (...)/12 avos das férias entre (período) 
06 – Terço constitucional das férias proporcionais ............. VALOR R$ 
vr. Ref: a 1/3 das férias proporcionais 
07 - Férias – aviso prévio indenizado ............................... VALOR R$ 
vr. Ref: a 1/12 avos do aviso prévio indenizado 
08 - Terço constitucional das férias proporcionais - aviso prévio 
............................................. VALOR R$ 
vr. Ref: a 1/3 das férias referentes ao aviso prévio 
 
09 - 13º Salário – aviso prévio indenizado 
vr. Ref: ao pagamento do 13º sobre aviso prévio não pago ao trabalhador 
11 –Multa do Art. 467 DA CLT............................ VALOR R$ 
Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia 
sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao 
trabalhador, à data do comparecimento à justiça do trabalho, a parte 
incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta 
por cento". (redação dada pela lei nº 10.272, de 5.9.2001). 
 
12 - TOTAL = (Soma dos valores) 
 
 
VII. DOS PEDIDOS 
 
Diante das considerações expostas, pleiteia a Reclamante a 
condenação da Reclamada nos seguintes pedidos, resumidamente: 
 
1. Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita, 
devido à difícil situação econômica do autor, que não possui condições de 
custear o processo, sem prejuízo próprio; 
2. Reconhecimento do vínculo empregatício com a devida anotação 
da CTPS da Reclamante e o consequente pagamento dos depósitos 
fundiários e recolhimentos previdenciários do período compreendido entre 
(data) e (data). 
 
5. Julgar ao final TOTALMENTE PROCEDENTE a presente 
Reclamação, declarando o vínculo empregatício existente entre as partes, 
condenando o Reclamado a: 
5.1. Pagar o Aviso Prévio indenizado, saldo de salário, 13º salário 
proporcional, férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, 
depósitos de FGTS de todo o período acrescido de multa de 40% a título de 
indenização, conforme cálculos explicativos em tabela acima assinalada; 
5.2. Liberar as guias do seguro-desemprego ou indenização 
correspondente; 
5.3. Condenar a Reclamada ao pagamento da multa prevista no § 8º, 
do art. 477da CLT, e, em não sendo pagas as parcelas incontroversas na 
primeira audiência, seja aplicada multa do art. 467 da CLT, tudo acrescido 
de correção monetária e juros moratórios. 
5.4. Condenar a Reclamada ao recolhimento das contribuições 
previdenciárias de todo período compreendido entre (início do contrato) a 
(final do contrato), considerando-se a devida projeção do aviso prévio. 
 
VIII – DAS PROVAS 
Requer provar por todos os meios de prova em direito admitidos, 
especialmente testemunhal. Documental, pericial e depoimento pessoal da 
Reclamada, sob pena de confissão. 
 
Dá-se à causa o valor de (Valor total) (valor por extenso) para fins 
de alçada. 
 
Nestes termos pede e espera deferimento. 
 
Rio de Janeiro, (dia), (mês) de (ano). 
 
 
Advogado 
OAB

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