Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
ANATOMIA FUNCIONAL DO SISTEMA GENITAL FEMININO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS Após o nascimento, há constante crescimento e desenvolvimento da genitália feminina. Entretanto, a capacidade de produção de gametas viáveis e o início da atividade sexual ou da vida reprodutiva só ocorrem a partir da puberdade. De maneira mais precisa, considera-se como puberdade a primeira ovulação seguida por um ciclo luteínico normal. Acredita-se que o mecanismo que desencadeie o início da puberdade esteja ligado ao aumento dos níveis hormonais e da resposta aos hormônios. Já na Maturidade sexual o animal já apresenta capacidade de manter uma gestação e tem o desenvolvimento completo do seu aparelho reprodutivo. Os ovários constituem as gônadas femininas e desempenham duas funções: uma exócrina ou gametogênica (liberação de óvulos ou oócitos) e outra endócrina (síntese e liberação de hormônios esteróides: estradiol e progesterona). O estradiol é sintetizado pelas células do folículo ovariano, enquanto a progesterona é produzida pelo corpo lúteo. As tubas uterinas são estruturas especializadas no transporte do oócito (do ovário até o útero), dos espermatozóides (em direção ao oócito) e do embrião (até o útero) por meio de movimentos ciliares e contração muscular. A tuba uterina se divide em três segmentos: infundíbulo (próximo ao ovário, possui fímbrias que capturam o oócito); ampola possui fímbrias que capturam o oócito - porção dilatada e istmo (porção mais estreita que se une ao útero). A fecundação e o início do desenvolvimento do embrião ocorrem na tuba uterina. O útero é composto por dois cornos, um corpo e a cérvix (colo uterino), a parede se divide em endométrio, miométrio e mesométrio. O útero tem como função primária dar sustentação e proteção para o crescimento e desenvolvimento do embrião e posteriormente do feto. Em vacas e ovelhas elas possuem carúnculas, também realiza a regulação do corpo lúteo, manutenção da gestação e parto, síntese de prostaglandinas e nutrientes para o embrião. A cérvix possui um epitélio luminal contendo células secretoras de muco, com função de transporte espermático, participação na seleção dos espermatozoides e proteção do útero contra infecções. A vagina é o órgão copulatório dos animais com as funções de proteção dos espermatozoides durante o trânsito até a cérvix, proteção contra infecções através de seu meio microbiológico residente e parte do canal de parto. Já a genitália externa é composta cor vestíbulo, lábios vulvares e clitóris. OVOGÊNSE E FOLICULOGNÊNESE NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Os folículos ovarianos determinam a morfologia e a funcionalidade dos ovários (morfofuncionais), o gameta feminino não é selfie, ou seja, é considerado corpo estranho para o próprio organismo, devido a isso o oócito é circundado por uma estrutura que é composta por células somáticas foliculares com função endócrina (esteroides e peptídeos) e exócrina (gametogênica, manutenção e viabilidade oocitária). O ovário possui uma camada medular que promove irrigação, e camada cortical que possuem folículos em várias fases de crescimento e corpo lúteo. Sendo assim, a origem dos folículos e dos oócitos começam no período pré-natal com a formação de folículos primordiais. No ovário ocorre mitose seguido de meiose, onde o blastema somático foram células foliculares planas, e sua meiose é interrompidana prófase I, que permanece em dormência até a puberdade. Na puberdade o retorno da atividade é definida por uma onde pré ovulatório de LH, onde o folículo irá se diferenciar enquando o oócito permanece em Prófase I. Tal classificação folicular ocorre de acordo com a cavidade. Pré-antrais ou não cavitários: Se encaixam na cavidade os folículos primordiais, primários e secundários. Ao decorrer do desenvolvimento as células planas (primordiais) são trocadas para células cúbicas (primários) com camada única. No folículo secundário possuem núcleo de oócito e zona pelúcida (glicoproteínas), sendo acelulares, adiante no desenvolvimento se encontra uma camada de proteção granulosa, com duas camadas celulares. Camada antral ou cavitária: O folículo terciário começa a apresentar células da teca e cumulus oophorus, a zona pelúcida está justaposta a camada da granulosa. As células da Teca são formadas do folículo secundário ao terciário. Também estão presentes os folículos. Pré ovulatórios ou fol. De Graaf que possuem todas as estruturas, como a zona pelúcida, corona radiata, cumulus oophorus, membrana basal, fluido folicular, camada da granulosa, teca interna e externa e antro folicular. Sendo a barreira hematofolicular formada pela membrana basal e camada da granulosa, já que a Teca possui vascularização. FOLICULOGÊNESE Compreende a formação e maturação folicular, desde o folículo primordial até o pré ovulatório. Permanece dentro da ovogênese em constante produção possuindo várias fases diferentes. Ocorre do período pré natal, no feto fêmea, e no período pós natal no pré púbere, púbere, gestação e anestro. Porém ocorre a ausência de ovulação nos períodos de pré púbere, gestação e anestro, a égua ovula durante a gestação, mas não cicla e não entra no cio. Em todas as ocasiões possuem produção de folículos e recrutamentos dos mesmos, dividido em duas fases: Basal: Vai de primordial até antral, não possuindo a participação das gonadotrofinas, não existindo receptores hormonais. Tônica: são observados no ultrassom e vão de terciários a pré ovulatórios. Recrutamento de emergência, seleção de folículo dominante e subordinados, desvio ou divergência crescimento de onda padrão dinâmica e atresia ou ovulação. A maioria dos gametas irá entrar em atresia na puberdade, ou seja, falência metabólica e se converterão em tecido cicatricial, podendo ocorrer em qualquer fase antes do folículo dominante. OVOGÊNESE Consiste na diferenciação das células germinativas primordiais até a formação de oócito fecundado, porém pode entrar em atresia, possuindo início e não final. O oócito se apresenta em Prófase I, com formação estacionada do ovócito I, e a partir de agora se reinicia a meiose até ser fecundado, sendo essa reativação da meiose somente no folículo pré ovulatório. A meiose é estacionada enquanto ocorre um crescimento celular e proteico intenso, caracterizada como fase dictioceno. A partir da reativação da meiose com uma onda de LH, faz com que entre em Metafase I (Meiose I), onde existe a produção do Ovócito II e um glóbulo polar. A meiose é interrompida novamente com a Metafase II (meiose II), que é mais longa em cães e gatos, nessa fase se encontram o óvulo e um glóbulo polar, vindos de meiose do ovócito II e dois glóbulos polares provenientes da meiose II do glóbulo polar. Após o ovócito ser fecundado, finaliza-se a meiose e se torna óvulo. Em fêmeas que estão ciclando normalmente a ovogênese é possível. FISIOLOGIA DO CICLO ESTRAL DE ANIMAIS DOMÉSTICOS É definido através do período de tempo entre duas manifestações de receptividade sexual. Sendo classificadas como: Poliéstricas anuais (vacas e porcas), poliéstricas estacionais (ovelhas, éguas e gatas) e monoéstricas (cadelas). A melanina é um hormônio somente produzido em período escuro e influência diretamente o SNC que influência a hipófise anterior. As fêmeas podem ser núliparas, nunca pariu, primípara, pariu apenas uma vez e multíparas, onde pariu mais de duas vezes. No hipotálamo possuem núcleos e neurônios aglomerados, esses neurônios produzem neurosecreções que param na eminência média e são liberados na corrente sanguínea, com a existência de neurônios neuroendócrinos. Através da despolarização eles transmitem essas informações por neurosecreções. O GnRH é um hormônio liberador de gonadotrofinas, liberado através dessa despolarização da membrana, sendo transportado pelo sistema porta hipotálamo- hipofisário ao lobo anterior da pituitária, seu órgão alvo, fazendo a estimulação do hormônio folículo estimulante, que estimula o desenvolvimento de folículos ovarianos (FSH) e o hormônio luteinizante que estimula a síntese de androstenediona a partir do colesterol (LH). Os três não são secretados de forma constante, mas sim, em forma de pulsos. A fase do ciclo estral é definida por critérios de classificação e morfologia do ovário ou esteróide ovariano, sendo elas a fase lútea ou progesterônica e a fase folicular ou estrogênica. A fase folicular compreende o proestro e o estro, onde o FSH e o LH estimulam a produção de estradiol, que caracteriza a alta concentração de estradiol nessa fase. FSH e LH são glicoproteínas, e são armazenadas nas células de acordo com estímulos. A partir do colesterol o LH estimula a síntese de androstenediona, que é convertida em testosterona, que é aromatizada em estradiol B-17 sob a influência de FSH. O estradiol exerce um feedback positivo no hipotálamo e na pituitária, aumentando a freqüência dos pulsos de GnRH. Quando o estradiol ultrapassa um certo nível, o hipotálamo responde com um pico de GnRH que, por sua vez, induz um pico de LH que inicia a ovulação. Assim, o FSH estimula o crescimento dos folículos ovarianos, enquanto o LH estimula sua maturação, produção de estradiol e ovulação. O LH dá suporte à formação e à função inicial do corpo lúteo. Durante a fase folicular um dos principais efeitos do estradiol é a indução dos sintomas de estro. O estro pode ser descrito como os sinais comportamentais e físicos que indicam aos outros animais que a fêmea está na fase fértil de seu ciclo, e vai permitir a cobertura pelo macho. As células da granulosa também produzem inibina (inibe), folistatina (inibe) e ativina (ativa) onde controlam o FSH, eles são liberados juntamente com o estradiol e ficam armazenados. Quando ocorre a liberação de muito estadiol, excesso, a metabolização da mesma fica insuficiente, devido a secreção de muito GnRH e LH provocando uma onda pré ovultarória, esse folículo entra em atresia devido ao feedback negativo realizado pela inibina (controla FSH) parando então sua função. Após a ovulação, se tem então a formação do corpo lúteo. Já a fase progesteronica ocorre após a ovulação, os restos do folículo são remodelados, formando o corpo lúteo, sob a influência do LH. A cavidade folicular é preenchida com vasos sanguíneos, e as células da granulosa aumentam de tamanho. O corpo lúteo é um órgão que produz basicamente progesterona e ocitocina. A progesterona é essencial para o ciclo normal na vaca e, após a concepção, é o principal hormônio responsável pela manutenção da prenhez. Ela provoca redução da liberação dos pulsos de GnRH (feedback negativo), e assim inibe novas ovulações. Além disso, prepara o endométrio para a nidação (na realidade, implantação) do embrião em desenvolvimento, e inibe as contrações da parede uterina que podem ser danosas para a gestação. Se o oócito liberado pelo folículo durante a ovulação não é fertilizado, não são recebidos sinais de prenhez vindos do embrião. Por volta do dia 16 pós ovulação, o endométrio do útero não gestante irá liberar prostaglandina F2α. A PGF2α dá início à regressão do corpo lúteo, denominada luteólise. O mecanismo luteolítico da prostaglandina ainda não foi completamente elucidado, mas envolve redução do suprimento sanguíneo para o corpo lúteo via vasoconstrição, bem como um efeito direto nas células luteínicas propriamente ditas. A ocitocina produzida no corpo lúteo também desempenha um papel importante na luteólise. Como resultado da regressão do corpo lúteo, as concentrações de progesterona diminuem, removendo o bloqueio sobre a liberação de GnRH pelo hipotálamo. Isto provoca início de uma nova fase folicular, com desenvolvimento de um folículo pré-ovulatório. ENDOCRIONOLOGIA DA REPRODUÇÃO NAS FÊMEAS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Hormônios do hipotálamo: GnRH que é sintetizado a partir do peptideio associado (GA), possuem funções de síntese e secreção de FSH eLH da hipófise anterior. Faz a liberação pulsátil, ou seja, ocorre a despolarização e a liberação dp GnRH na eminência média com determinada frequência e amplitude. Controlado pelos sistemas aminérgicos e neuromodulações. A progesterona e o estradiol são liberados através de sistemas neuro-esteroidais-sensitivos. O GABA (ácido gama amino butírico) é um sinalizador que manda sinal para os neurônios que produzem GnRH e liberam os mesmo, para que eles aumentem ou diminuem sua concentração dependendo da concentração de estradiol, ou seja, é um sinalizador da concentração de estradiol, sendo assim, quanto maior a concentração de estradiol menor a concentração de GABA. Durante a fase folicular ocorre o aumento da concentração de E2 e GnRH e a diminuição de GABA, enquanto na fase lútea ocorre o aumento de P4 e GABA e a diminuição de GnRH. A ocitocina é responsável pela síntese e seu armazenamento é feito pela clivagem da oxifisina nos núcleos supraópticos e paraventriculares, é armazenado na neurohipófise em forma de grânulos. Suas funções giram em torno da contração de células mioepiteliais dos alvéolos das glândulas mamárias, contração do miométrio, transporte de espermatozoides no trato reprodutivo, abertura da cérvix (reflexo de Ferguson), indução da secreção de PF2a no útero. É um padrão de liberação por reflexo. Sucção do bez ► medula ►SNC ► degranulação da ocitocina local ► contração nos alvéolos ► decida do leite. As gonadotrofinas são FSH e LH que são sintetizadas por gonadotróficos a partir de proteínas precursoras e sob estímulo de GnRH. São glicoproteínas que contém subunidades alfa-idênticas e subunidades beta-específica, sendo umas para FSH e outra para LH. As funções de FSH são a atuação no recrutamento e crescimento dos folículos ovarianos terciários, enquanto o LH no crescimento final dos folículos e ovulação na fase luteotrófica, induzindo a produção de P4, e capacidade ovulatória. Ambas são controladas por esteroides ovarianos (efeito biológico causado pelas gonadotrofinas nas células da parede folicular) que são P4 e E2 e fatores como inibina, ativina e folistina. A prolactina é sintetizada pelos hormônios peptídeos, sendo sua função o inicio e a manutenção da lactação, atua junto com LH para a sintetização de P4 (propriedades luteotróficas secundárias). É controlado pela dopamina de origem hipotalâmica (PIF). Os hormônios esteroides ovarianos são sintetizados a partir de hormônios derivados do colesterol nas gônadas, placentas e nas adrenais. Podendo ser andrógenos, estrógenos (Estradiol-17B e estrona), prostógenos (P4) e relaxina (proteico, síntese do corpo lúteo durante a gestação). Sua secreção é controlada pelas gonadotrofinas hipofisárias. A biossíntese gira em torno da conversão de colesterol em prognolona ► P4 ► andrógenos ► estrógenos. Os estrógenos (E2) é sintetizado na parede folicular, as células da teca possuem receptor de LH, que inicialmente trabalha promovendo a conversão de prostágenos em andrógenos, esses andrógenos nas células da granulosa, a partir primeiramente da ligação do FSH, converte os andrógenos em estradiol-17B (E2). Depois da divergência folicular existe a expressão de receptores para LH (membrana plasmática da granulosa) e a síntese intensificada de E2. Após o pico de LH as células da teca são convertidas em células lúteas pequenas e as da granulosa em células lúteas grandes. Então haverá uma ruptura da membrana basal, com a liberação do oócito, e as células que convertiam andrógeno em E2 passarão a produzir apenas P4. Os estrógenos, estradiol 17B (estrógeno primário), estriol e estrona são produzidos nas células da camada granulosa dos folículos e controlam a liberação de FSH e LH com retroalimentação. O estradiol 17B no útero atua aumentando a amplitude das contrações uterinas e potencializando os efeitos da ocitocina e PGF-2a. Promovem as características secundárias femininas, estimula o crescimento dos ductos das glândulas mamárias, controla a secreção das gonadotrofinas com efeito anabólico proteico e de crescimento, nas porcas possuem efeito luteotrópicos. A progesterona é sintetizada pelo corpo lúteo e placenta (gestação), o LH (secreção) induz a síntese de P4. É responsável pela preparação do endométrio para a gestação, manutenção da gestação, auxilio no desenvolvimento das glândulas mamárias, controle de pulsatilidade do LH e diminuição das contratilidades uterinas. As prostaglandinas são ácidos graxos hidroxilados sintetizado a partir do ácido aracdônico em diferentes tecidos, tem ação parácrina e endócrina, não sendo classificado como hormônio. A principal é a PGF-2ª que promove a luteólise, transporte de espermatozoide no trato genital e no parto. A PGE induz a contratilidade e transporte tubárica de espermatozoide equino. No controle o estradiol e ocitocina eu estimula a liberação de PGF-2ª para o corpo lúteo. A melanina é uma amina sintetizada a partir do aminoácido triptofano, é controlado pela luminosidade em espécies poliéstricas estacionais, onde, dependendo da espécie e da época do ano o efeito muda. Sua função é o controle da atividade ovariana em espécies poliéstricas estacionais e em pequenos ruminantes atua em ação conjunta com o estradiol (que o potencializa). Luz ► Retina ►Núcleo supra plasmático ► Glândula pineal (via neural) ► Menor [ ] de melanina ► Diminui GnRH ► Diminui a pulsação de LH ► Diminuição do folículo em crescimento ► Diminuição de E2 ► feedback negativo.
Compartilhar