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Pena de morte Trabalho de: Afonso Folgosa Diogo Lopes Índice Introdução O que é a pena de morte? Relação com a Declaração dos Direitos Humanos Argumentos a favor da pena de morte Argumentos contra a pena de morte Mapa de países da distribuição da pena capital Anexos Apreciação global Conclusão Introdução Neste trabalho pretendemos esclarecer o que é a pena de morte, como é aplicada e em que termos. Tentaremos explicar os dois lados da mesma, ou seja com as duas posições, a favor e contra. Com base nos artigos nº 3 e 5, que são: Artigo 3º: “Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.” Artigo 5º: “Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.”. Fundamentaremos os argumentos contra esta prática. Abordaremos que a pena de morte segundo os que a condenam é uma forma de tortura selectiva de opinião. Apresentaremos casos e experiencias reais, de pessoas que já estiveram no corredor da morte. Também casos de vitimas, de pessoas que perderam ente queridos e o que leva as pessoas a serem a favor da pena de morte. O que é a pena de morte A pena de morte (ou pena capital) é uma sentença aplicada pelo poder judiciário que consiste em retirar legalmente a vida a uma pessoa que cometeu, ou é suspeita de ter cometido, um crime que é considerado pelo poder como suficientemente grave e justo de ser punido com a morte. Actualmente, muitos países admitem a pena de morte em casos excepcionais, como em tempo de guerra e em situações de extrema gravidade. A pena capital foi aplicada em quase todas as civilizações através da história. Hoje em dia, quase todas as democracias, como a França, a Alemanha ou Portugal, aboliram a pena de morte. A maioria dos estados federados dos Estados Unidos, principalmente no sul, retomou essa prática após uma breve interrupção durante os anos 70. Os Estados Unidos são uma das raras democracias, juntamente com o Japão, a continuar a aplicar a pena de morte. A pena capital resta ainda presente e comum em vários países não-democráticos. A Convenção Europeia dos Direitos Humanos recomenda a sua proibição. Relação com a Declaração dos Direitos Humanos Eis alguns artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos que estão contra a pena capital: Artigo 3º: “Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.” Artigo 5º: “Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.” A pena capital vai contra estes dois artigos da declaração dos direitos humanos. Tendo todos os indivíduos direito à vida ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém, seja de que forma for, legal ou não. Segundo este artigo, independente mente do crime cometido, o réu tem direito a vida e segurança pessoal. O artigo 5º foca o que é a pena de morte, tortura, penas ou tratamentos cruéis, desumanos e degradantes. Os réus são desumanamente tratados, e segundo este artigo isso não poderia acontecer. Ninguém deveria ser submetido a esse tipo de tratamentos, independentemente dos seus actos. Argumentos contra a pena de morte Existem muitos argumentos a favor da aplicação da pena de morte. Alguns deles são que a pena de morte é discriminatória. Muitas vezes usada de forma desproporcionada contra os pobres, minorias e membros de comunidades raciais, étnicas e religiosas, atingindo inevitavelmente vítimas inocentes. Os prisioneiros executados não são necessariamente os piores, mas aqueles que eram demasiado pobres para contratar bons advogados ou que tiveram de enfrentar juízes mais duros. “No estado de Mississípi (EUA), cerca de 67% dos prisioneiros são pobres, com pouca educação e negros.”. São palavras de do vice- presidente norte-americano Dwight Presley. Não é correcto assumir que as pessoas que cometem crimes graves o fazem depois de analisar racionalmente as consequências. Geralmente, os assassinatos ocorrem quando a emoção ultrapassa a razão, ou sob a influência de drogas ou álcool. Muitas pessoas que cometem crimes violentos são emocionalmente instáveis ou doentes mentais. Em nenhum destes casos o receio da pena de morte pode ser dissuasor. Além disso, aqueles que cometem crimes graves premeditados podem decidir fazê-lo, apesar do risco de serem condenados à morte, por acreditarem que não serão apanhados. A forma de impedir estes crimes é aumentar as probabilidades de detenção e de condenação. Depois da condenação, muitas vezes vem se a descobrir que houve erro no julgamento de um réu, mas como ele já foi alvo de pena de morte, não há volta a dar. Todos os sistemas de justiça criminal são vulneráveis à discriminação e ao erro. Nenhum sistema é, nem será, capaz de decidir com justiça, com consistência e sem falhas quem deverá viver e quem deverá morrer. A rotina, as discriminações e a força da opinião pública podem influenciar todo o processo. Enquanto a justiça humana for falível, o risco de se executar um inocente não pode ser eliminado. Outros dos motivos por muitos serem contra esta prática é porque em alguns países ela também é aplicada a menores. Essa pratica é proibida pela Lei Internacional, no entanto alguns países ainda executam menores. Essas execuções são poucas comparativamente com o número total de execuções a nível mundial. O seu significado vai para além dos números e põe em causa a vontade dos estados em respeitar a lei internacional. A Amnistia Internacional opõe-se à pena de morte em todos os casos por ser uma violação à vida e ao direito de não ser sujeito a uma punição cruel, desumana ou degradante. Com passos em direcção à abolição total da pena de morte, a Amnistia Internacional suporta medidas que limitem a aplicação da pena de morte. Estas medidas incluem leis que impedem a execução de menores: pessoas condenadas por crimes cometidos antes dos 18 anos. Argumentos a favor a pena de morte Embora seja uma percentagem mínima, existem pessoas que são a favor a aplicação da pena de morte. Muitos defendem que existem crimes tão hediondos que só a morte resolve. Os governos muitas vezes são os primeiros a aprovar a pena de morte, dai o efeito dissuasor, tentam resolver problemas políticos e sociais executando prisioneiros. Muitos cidadãos não se apercebem que a pena de morte não oferece mais protecção, mas sim mais violência. Os estudos científicos mais recentes sobre a relação entre a pena de morte e as percentagens de homicídios, conduzidas pelas Nações Unidas em 1988 e actualizadas em 1996, não conseguiram encontrar provas científicas de que as execuções tenham um efeito dissuasor superior ao da prisão perpétua. Também proveniente maioritariamente da parte dos grandes líderes e de governos, é o argumento económico. Os defensores da pena de morte argumentam que a pena capital é economicamente mais rentável do que as alternativas apresentadas para a sanção. E a manutenção dos presos não devia recair sobre os contribuintes, incluindo aqueles que são vítimas (ou os seus sobreviventes) do criminoso. Para muitos defensores da pena capital, esta é uma forma de fazer justiça, acreditando que é a única maneira de vingar a morte do seu ante querido. Se for uma pessoa com crenças utilizará o argumento de uma lei de Deus onde diz, “vida por vida, olhos por olho,dente por dente”. O que significa que quando um homem comete um crime tem que lhe ser aplicada uma pena igual ao dano que causou. Mapas de países com pena capital Formas de execução: Apedrejamento – lançam-se pedras sobre o condenado, ate a sua morte (Afeganistão, Irão, Somália) Decapitação - a cabeça é decepada (Arábia Saudita) Enforcamento - a vítima é pendurado por uma corda em volta do pescoço, cuja pressão provoca asfixia (Irão, Iraque, Japão, Jordânia, Egipto, Singapura, e Paquistão) Electrocussão – o condenado é imobilizado numa cadeira, sofrendo depois tensões eléctricas de 20.000 volts (EUA, em 9 estados) Fuzilamento – um pelotão dispara sobre o condenado. (Afeganistão, Bielorrússia, China, Coreia do norte, Etiópia, Iémen, Somália, e Vietname) Injecção letal – administra-se no coordenado uma mistura fatal de produtos químicos, por via intravenosa. (China, EUA em todos os 35 estados norte americanos que mantêm a pena de morte; Guatemala e Tailândia) Apreciação final Sou a favor da pena de morte pois mesmo sendo algo contranatura por vezes e a única maneira de parar o assassino ou o criminoso. Por vezes estes criminosos sofrem de doenças mentais profundas que se apoderam completamente dos seus corpos e das suas mentes, logo, penso que muitos destes criminosos realizam tais crimes por terem traumas de infância. Estes tipos de criminosos com estas doenças cerebrais/mentais não deveriam ser julgados a pena de morte, pois não tem consciência do que se fazem. Anexos Saddam Hussein foi um líder político, que ordenou matar muita gente. Conseguiu esconder-se durante anos mas ao ser encontrado, foi condenado a pena de morte (enforcamento). Bibliografia
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