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Ações Possessórias

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CURSO AÇÕES CÍVEIS MAIS FREQUENTES
Professor: MISAEL MONTENEGRO FILHO
Resumo da aula sobre as ações de reintegração e de manutenção de posse
Considerações gerais
A ação possessória é riquíssima em fatos, em provas, em depoimento pessoal, depoimento testemunhal e documentos juntados pelas partes.
A ação de reintegração e posse se constitui no instrumento adequado para a recuperação da posse de bem móvel ou imóvel, exigindo a comprovação de que o autor sofreu esbulho, ato que o priva do exercício da posse (perda da posse), enquanto que a ação de manutenção de posse deve ser proposta quando o autor houver sofrido turbação, entendida como molestamento da posse, comprometendo o seu exercício.
A lei processual prevê 3 (três) modalidades de ações possessórias: 
(a) ação de reintegração de posse;
(b) ação de manutenção de posse; 
(c) ação de interdito proibitório,
 todas exigindo a comprovação do preenchimento dos requisitos listados no art. 561 + art. 319, CPC (requisitos essenciais), quais sejam:
(a) A posse (prove a condição de possuidor e não do proprietário. Para o Cód. Civil o possuidor é aquele que possuí poder sobre o imóvel, que se importa como se proprietário fosse, paga o IPTU, cuida do imóvel)
(b) A turbação ou o esbulho (turbação é o limite do exercício da posse (dificuldade para exercer a posse, mas de alguma forma ainda consegue exercê-la). Já no esbulho, o possuidor é totalmente afastado de seu bem, não consegue exercer a posse do seu imóvel). Necessário provar através de documentos que acompanhem a petição inicial para já requerer a liminar.
(c) A data da turbação ou do esbulho (através de foto com data e horário ou com Boletim de Ocorrência feito em delegacia).
(d) A continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, da ação de reintegração.
OBS: Ação petitória (ação que versa sobre o domínio, sobre a propriedade)
OBS: Em ação possessória NÃO se discute a propriedade, APENAS a posse
OBS: Rito Especial – posse de força nova (mista, se inicia no rito especial e a partir da citação do réu passa a tramitar no rito comum): pode obter uma liminar no início do processo porque é no caso de turbação ou esbulho recorrente no mesmo ano da ação, “crime” recente.
OBS: Rito Comum – posse de força velha - (mais lento) não tem liminar, mas pode ser requerido uma Tutela Provisória Cautelar ou Antecipada. Casos de posse de força velha, por se tratar de turbação ou esbulho mais antigo, sem ser do mesmo ano do ajuizamento da ação.
Na prática, e em casos concretos, alguns advogados têm dúvida a respeito da ação a ser proposta para a retomada da posse de bem imóvel invadido por terceiro(s), se a ação reivindicatória, a ação de imissão na posse ou a ação de reintegração de posse.
Para ilustrar a dificuldade de definição da ação adequada, pensemos que João é proprietário de imóvel localizado em determinada praia, bem que foi adquirido como investimento, o que significa dizer que o seu proprietário nunca o ocupou, embora o tenha cercado e efetue o pagamento anual do IPTU.
Esse bem foi invadido por José, que pratica esbulho possessório, não desocupando o imóvel após o ato de violência. Nesse caso, devemos indagar: qual a ação a ser proposta por João para tentar obter a posse do imóvel invadido?
Iniciando pela ação reivindicatória, advertimos que é fundada na alegação de domínio, não tendo a natureza jurídica de ação possessória, constituindo-se em ação a ser proposta por proprietário não possuidor contra possuidor não proprietário.
Nessa ação, o autor não está obrigado a comprovar o preenchimento dos requisitos relacionados no art. 561 da lei processual, repita-se, por não ser demanda possessória, mas embasada na alegação de domínio, tendo fundamento no art. 1.238 do CC, cujo caput apresenta a seguinte redação:
“Art. 1.238. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. Omissis”.
Por isso, voltando ao exemplo que criamos para definirmos a ação a ser proposta no caso de proprietário que tem seu imóvel invadido, a ação adequada é a reivindicatória, pois o autor nunca foi possuidor do bem, mas “apenas” proprietário.
No que se refere à ação de imissão na posse, também não tem a natureza jurídica de ação possessória, pois o autor não está obrigado a comprovar que exerceu a posse sobre o bem que se constitui no objeto da demanda, sendo demanda adequada para a obtenção da primeira posse, como no caso em que o autor adquire imóvel em construção, deparando com a negativa do vendedor de lhe entregar as chaves, após a conclusão do empreendimento, bem como na situação em que o autor adquire imóvel em leilão judicial ou extrajudicial, e a pessoa que reside no bem se nega a transferir-lhe a posse.
Quanto à ação de reintegração de posse, é modalidade de ação possessória, que, como antecipamos, exige a comprovação do exercício da posse, antes da ocorrência da turbação ou do esbulho, além do preenchimento dos demais requisitos relacionados no art. 561 do CPC. Vejamos julgado sobre a matéria:
“APELAÇÃO CÍVEL. POSSE (BENS IMÓVEIS). AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AUSÊNCIA DE PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. Para obter a proteção possessória, incumbe ao autor provar a sua posse, a turbação ou esbulho praticado pela parte adversa e a sua data, bem como a continuação da posse na ação de manutenção e a sua perda na ação de reintegração. Inexistindo prova da posse anterior não há como conceder a reintegração de posse. PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE. Considerando o princípio da imediatidade, deve-se prestigiar a decisão do juiz de direito quando a solução do litígio ultrapassa necessariamente a prova oral. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS. Ao julgar o recurso, o Tribunal deve majorar os honorários fixados anteriormente ao advogado do vencedor, devendo considerar o trabalho adicional realizado em grau recursal (art. 85, § 11, do CPC/2015). APELAÇÃO DESPROVIDA” (Apelação Cível nº 70077314292, 19ª Câmara Cível do TJRS, relator Des. Marco Antônio Ângelo, j. 9.8.2018) (grifamos).
Para sabermos se a ação possessória pode ou não ser proposta, em determinado caso concreto, devemos observar o art. 1.296 do CC, adiante transcrito:
“Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade”.
Assim, quando autor ajuíza ação de reintegração de posse, pode até afirmar que é proprietário do bem identificado na petição inicial, em relação ao qual sofreu esbulho. Contudo, não pode esquecer que a ação em exame não é fundada na alegação de domínio, mas da posse, e que, por isso, deve sempre comprovar o preenchimento dos requisitos relacionados no art. 561 da lei processual, com destaque para o exercício anterior da posse.
A alegação isolada da condição de proprietário resulta na extinção do processo sem a resolução do mérito, por não ser caso que autorizasse a propositura da ação possessória. Vejamos julgado sobre a questão: 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. POSSE. BENS IMÓVEIS. POSSESSÓRIA. ÁREA PÚBLICA. LIMINAR. REQUISITOS. Na ação possessória não se discute a propriedade. A concessão de liminar inaudita altera parte para manutenção ou reintegração pelo procedimento especial tem por pressuposto que a inicial seja instruída com a prova da posse e da ofensa possessória. Tratando-se de área pública impõem-se considerar que a posse do ente público decorre da sua própria natureza posse jurídica afastando qualquer discussão acerca de anterioridade ou tempo da posse. Circunstância dos autos em que se impõe manter a decisão que indeferiu a suspensão do cumprimento da liminar. RECURSO DESPROVIDO” (Agravo de Instrumento nº 70078742756, 18ª Câmara Cível do TJRS, relator Des. João Moreno Pomar, j. 13.8.2018) (grifamos).
Para consolidação das principais ideias, apresentamos a seguinte tabela:
	Ação
	Fundamento/Finalidade
	Quando pode ser proposta
	
Reintegração de Posse
	
Posse/Recuperação da posse, no caso de esbulho
(Tem a posse como fundamento, art.561, I, CPC)
	Quando o autor consegue comprovar o exercício anterior da posse e o preenchimento dos demais requisitos relacionados no art. 561 do CPC
	
Reivindicatória 
	
Propriedade (domínio).
(Tem o domínio como fundamento. É proposta por proprietário não possuidor, mas que tem escritura do imóvel, contra possuidor não proprietário, aquele que não detém escritura pública. Esse possuidor está exercendo uma posse injusta, por não possuir a escritura do imóvel)
	Quando o autor consegue comprovar que é proprietário do bem e que o réu exerce posse injusta
	
Imissão na Posse
	
Obtenção da primeira posse
(Para obter a 1ª posse, não sofreu esbulho/turbação, apenas comprou o imóvel e não foi entregado ou comprou um imóvel em leilão ocupado, ingressa com a Imissão na posse para conseguir “entrar” na posse do imóvel)
	Quando o autor consegue comprovar que tem o direito ao exercício da 1ª posse
Lembre-se:
(a) A ação de reintegração de posse pode ser proposta quando o autor consegue comprovar que sofreu esbulho (perda total da posse).
(b) A ação de manutenção de posse pode ser proposta quando o autor consegue comprovar que sofreu turbação (perda parcial da posse).
Fungibilidade entre as ações possessórias
O art. 554[footnoteRef:1] da lei processual permite o aproveitamento de uma ação possessória, quando outra deveria ter sido proposta, como no caso em que o autor ajuíza ação de reintegração de posse, alegando ter sofrido turbação, situação que recomendava o uso da ação de manutenção de posse. [1: “Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. Omissis”.] 
Nesse caso, o juiz faz espécie de “vista grossa”, em atenção ao princípio da instrumentalidade das formas, o que comprova a menor (ou quase nenhuma) importância do nome que é atribuído à ação judicial.
Contudo, advertimos que o princípio da fungibilidade só é adotado entre as ações possessórias (reintegração de posse, manutenção de posse e interdito proibitório), não se estendendo para alcançar as ações fundadas na alegação de domínio (direito de propriedade).
Assim, se o autor propõe ação de reintegração de posse, quando o caso concreto recomendava o uso da ação reivindicatória (porque a ação é fundada na alegação de domínio, não no exercício anterior da posse), o juiz deve indeferir a petição inicial (prolatando sentença que extingue o processo sem a resolução do mérito), com base no inciso III do art. 330 do CPC, pelo fato de o autor carecer de interesse processual, por ter feito uso da ação inadequada para resolver o conflito de interesses.
Competência
Embora as ações de reintegração e de manutenção de posse sejam fundadas em direito pessoal (porque o autor não pretende se tornar proprietário do bem identificado na petição inicial), quando envolver bem imóvel (ação possessória imobiliária), devem ser propostas no foro de situação da coisa (foro em que o bem se encontra localizado, como a Comarca do Rio de Janeiro, pelo fato de o bem imóvel estar situado no bairro de Copacabana, apenas para exemplificar), como prevê o § 2º do art. 47 do CPC.[footnoteRef:2] [2: “Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. Omissis. § 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta”.] 
O juízo de situação da coisa tem competência absoluta para processar e julgar a ação possessória imobiliária. Por isso, se o autor descumprir a regra de competência (distribuindo a ação no foro de domicílio do réu, por exemplo), o juízo incompetente pode (e deve) reconhecer a sua incompetência de ofício, encaminhando os autos ao juízo competente (§ 1º do art. 64 do CPC).[footnoteRef:3] [3: “Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. § 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. Omissis”.] 
Diferentemente, quando a ação possessória versar sobre bem móvel, o foro competente é o do domicílio do réu, como prevê o art. 46 do CPC.[footnoteRef:4] Nesse caso, a competência é relativa, e, por isso, se o autor descumprir a regra de competência, o juízo incompetente não pode reconhecer a sua incompetência, devendo aguardar pela provocação do réu, que terá de arguir a matéria como preliminar da contestação. [4: “Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. Omissis”.] 
Lembre-se:
(a) Quando a ação de reintegração ou de manutenção de posse versar sobre bem imóvel, foro competente = foro de situação da coisa.
(b) Quando a ação de reintegração ou de manutenção de posse versar sobre bem móvel, foro competente = foro de domicílio do réu.
Legitimidade ativa
Autor: 
As ações de reintegração e de manutenção de posse devem ser proposta por quem sofreu o esbulho ou a turbação, e que exercia a posse antes do ato de agressão praticado pelo réu. Como essas ações têm a natureza de ações possessórias, a legitimidade ativa para ajuizá-las não é limitada ao proprietário do bem, embora este também possa fazer uso das ações (leia-se: quando for proprietário e possuidor), pois este pode deter apenas o domínio, não exercendo a posse.
Assim, o possuidor pode propor as ações, mesmo que não seja proprietário do bem, repita-se, porque a demanda não é petitória. Vejamos julgado sobre a matéria:
	“Ação de reintegração de posse - Apelo que se limita a arguir questão preliminar de ilegitimidade ativa fundada na alegação de que o autor não comprovou a propriedade do imóvel - Ação de natureza possessória que não tem como pressuposto, para fins de verificação da legitimidade ad causam, a titularidade do domínio, sendo legitimado aquele que tem sua posse esbulhada - Desprovimento do recurso” (Apelação Cível 0003021-81.2016.8.18.0207, 8ª Câmara Cível do TJRJ, rel. Des. ADRIANO CELSO GUIMARÃES, j. 29.5.2018) (grifamos).
No caso de composse, o § 2º do art. 73 do CPC exige a participação do cônjuge do autor, sendo hipótese de litisconsórcio necessário. 
Legitimidade passiva
Réu:
As ações de reintegração e de manutenção de posse devem ser propostas contra o responsável pelo esbulho ou pela turbação, quem a planejou e determinou a sua execução, que podemos denominar de autor intelectual, como a pessoa que dá ordens a um funcionário para invadir determinado imóvel, que é vigiado pelo mesmo funcionário após a invasão.
A pessoa que recebeu a ordem do autor intelectual pode ser denominada de autor material, executando o ato, a mando de outrem. Entendemos que, nesse caso, a ação de reintegração ou de manutenção de posse deve ser proposta apenas contra o autor intelectual.
Em alguns casos, o esbulhador pratica a agressão, mas não se mantém fisicamente no imóvel, utilizando-o para o plantio ou para outra finalidade, que impede o exercício da posse por quem ajuizará a ação de reintegração ou de manutenção de posse. Essa circunstância não descaracteriza o esbulho ou a turbação, legitimando o agressor a ocupar o polo passivo da relação processual, na condição de réu, como percebemos através da leitura do seguinte julgado:
“POSSE (BENS IMÓVEIS). APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. REQUISITOS DO ART. 561 DO CPC/15 NÃO PREENCHIDOS. ESBULHO NÃO CONFIGURADO. POSSE DECORRENTE DE CONTRATO DE CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS. DA LEGITIMIDADE PASSIVA Levando em conta os argumentos da petição inicial, resta evidente a legitimidade do réu Leo de Azevedo Nunes para figurar no polo passivo da presente relação jurídico-processual, pois demonstrado pela prova oral que efetuava plantio no imóvel, objeto da demanda, sendo irrelevante, portanto, o fato de residir em local diverso. INOVAÇÃO RECURSAL. Não merece ser conhecida a apelação do autor, em relação à aventada rescisão do contrato decessão de direitos hereditários por alegado inadimplemento, na medida em que é inadmissível, em nível recursal, inovar a demanda no que se refere à causa de pedir ou ao pedido, constantes da petição inicial, em respeito ao princípio da estabilização objetiva da demanda. Apelação parcialmente conhecida e, nesta, desprovida” (Apelação Cível nº 70075911586, 19ª Câmara Cível do TJRS, relator Des. Voltaire de Lima Moraes, j. 29.3.2018, em transcrição parcial) (julgado).
Quando o esbulho ou a turbação é praticada por marido e mulher, ou por companheiro e companheira, ambos devem ser citados na ação de reintegração ou de manutenção de posse (§§ 2º e 3º do art. 73), sendo hipótese de litisconsórcio necessário. Por isso, se a providência não for inicialmente adotada pelo autor, o juiz determinará que este requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo sem a resolução do mérito (parágrafo único do art. 115).
Considerando as características da ação possessória, e do esbulho ou da turbação cometida pelo réu, admite-se o seu ajuizamento contra réus incertos e desconhecidos, a serem identificados pelo oficial de justiça por ocasião do cumprimento do mandado de imissão na posse ou do mandado de citação.
Pensando na situação que envolve a invasão de uma fazenda, de grande extensão territorial, por centenas de pessoas, fôssemos condicionar a propositura da ação à identificação dos esbulhadores, para qualifica-los na petição inicial, é evidente que o exercício do direito de ação seria comprometido, ou até mesmo obstado.
Assim, na petição inicial, o autor pode adotar a seguinte técnica de redação:
ANTÔNIO DOS SANTOS, brasileiro, solteiro, engenheiro, por seu advogado infra-assinado, conforme instrumento procuratório em anexo, com endereço profissional sito na Rua Cel. Anísio Rodrigues Coelho, 464, sala 902, no bairro da Boa Viagem, município do Recife, capital do Estado de Pernambuco, local em que receberá as intimações que se fizerem necessárias, vem, pela presente, com fundamento no art. 561 da lei processual, e nos demais dispositivos legais aplicáveis à matéria, propor AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, contra réus incertos e desconhecidos, a serem identificados pelo oficial de justiça por ocasião do cumprimento do mandado liminar e/ou do mandado de citação, de acordo com as razões de fato e de direito adiante aduzidas:
Pedidos tradicionalmente formulados nas ações de reintegração e de manutenção de posse
Posta na questão nesses termos, a peticionária requer se digne Vossa Excelência a:
(a) Conceder liminar initio littis, determinando a expedição de mandado de reintegração (ou de manutenção) de posse do bem imóvel identificado nesta manifestação processual, com ordem de arrombamento e com o auxílio da força policial, se necessário.
(b) Designar dia e hora para a realização da audiência de tentativa de conciliação, intimando/citando o réu para comparecer ao ato, advertindo-o de que deverá apresentar defesa no prazo de 15 (quinze) dias, em caso de frustração da tentativa de conciliação, sob pena de revelia.
(c) Ao final, JULGAR A AÇÃO PELA PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS, para: (I) ratificar a liminar, reintegrando definitivamente o autor na posse do bem imóvel anteriormente identificado; (II) condenar o demandado ao pagamento das custas, das despesas processuais e dos honorários advocatícios, que devem ser fixados no patamar máximo.
Pedido de concessão da tutela provisória de urgência
Quando a posse do réu no bem objeto da ação datar de menos de ano e dia (posse de força nova), a ação de reintegração ou de manutenção de posse tramitará pelo rito especial, prevendo a lei que o juiz pode conceder liminar em favor do autor, após o recebimento da petição inicial ou da realização da audiência de justificação.
Diferentemente, quando a posse do réu datar de mais de ano e dia (posse de força velha), a ação tramita pelo rito comum, sem que o magistrado possa conceder liminar em favor do autor.
Embora a concessão da liminar seja uma característica da ação de reintegração ou de manutenção de posse proposta há menos de ano e dia (contado a partir da data da ocorrência do esbulho), o juiz pode conceder tutela provisória em favor do autor, se este formular requerimento na petição inicial, comprovando o preenchimento dos requisitos constantes do art. 300 da lei processual, quais seja: probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Tanto a liminar concedida na ação possessória proposta há menos de ano e dia quanto a tutela provisória deferida na mesma ação, quando a posse do réu datar de mais de ano e dia acarretam a mesma consequência: imissão do autor na posse do bem.
A diferença reside no fato de que, na ação de reintegração ou de manutenção de posse que tramita pelo rito especial (repita-se: quando a posse do réu datar de menos de ano e dia), a concessão da liminar não exige a comprovação da probabilidade do direito e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo, sendo suficiente a demonstração do preenchimento dos requisitos relacionados no art. 561 e que a posse do réu é de força nova[footnoteRef:5]. [5: “AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMODATO. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. FASE COGNITIVA. DECISÃO NÃO AGRAVÁVEL. ART. 1.015 DO CPC/15. TAXATIVIDADE. Na fase cognitiva o agravo de instrumento é admissível quando a decisão interlocutória versar sobre a matéria prevista no art. 1.015 do CPC/15 que não é passível de preclusão e não pode ser relegada à apelação. Interpretação harmônica com a Exposição de Motivos do novel Código de Processo Civil. Circunstância dos autos em que a decisão não recebeu a contestação e encerrou a instrução; não é passível de agravo; e no ponto se impõe não conhecer do recurso. PROTEÇÃO POSSESSÓRIA. LIMINAR. REQUISITOS. A concessão de liminar possessória para manutenção ou reintegração inaudita altera parte pelo procedimento especial tem por pressuposto que a inicial seja instruída com a prova exigida no art. 561 do CPC/15. Estando devidamente instruída a petição inicial impõe-se a concessão de plano como disposto no art. 562 daquele diploma processual. Circunstância dos autos em que se impõe manter a decisão que no ponto deferiu a liminar. RECURSO EM PARTE CONHECIDO E DESPROVIDO” (Agravo de Instrumento nº 70078728789, 18ª Câmara Cível do TJRS, relator Des. João Moreno Pomar, j. 13.8.2018) (grifamos).
] 
Valor da causa
As ações de reintegração e de manutenção de posse não se enquadram em qualquer dos incisos que integram o art. 292 da lei processual, que relaciona os valores de causa em diversas ações judiciais, não se podendo admitir a sua inclusão nos casos previstos no inciso IV do mesmo dispositivo, que versa sobre o valor da causa nas ações de divisão, de demarcação e de reivindicação, quando o valor da causa deve ser igual ao da avaliação da área ou do bem objeto do pedido. 
Considerando a inexistência de norma expressa que defina o valor da causa nas ações possessórias, e o fato da demanda não ser petitória, não havendo disputa pela propriedade, mas pela posse, de valor imensurável, entendemos que o valor da causa pode ser fixado para efeitos meramente fiscais, como R$ 1.000,00, exceto quando o autor formular pedidos cumulados, como o de reintegração de posse e de rescisão contratual, quando o valor da causa deve ser igual ao valor do ato ou de sua parte controvertida (inciso II do art. 292).
Por não estar se tratando do imóvel e sim da POSSE o valor da causa não será o valor do imóvel e sim um valor aleatório apenas para fins fiscais e pagamentos de guias (caso de não ter direito a justiça gratuita)
Vejamos julgado sobre a questão:
“APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE USUCAPIÃO. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. SENTENÇA ÚNICA. PRESENÇA DOS REQUISITOS DO ART. 1.238 DO CCB. DECLARAÇÃO DE DOMÍNIO. FALTA DE POSSE E ESBULHO A DETERMINAR A REINTEGRAÇÃO DE POSSE. CORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA NA AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AFASTADA. INCLUSÃO DO SÓCIO DA EMPRESA NOS POLOS PASSIVOSE ATIVO DAS DEMANDAS. REJEITADA. SENTENÇA CONFIRMADA. Apelo dos autores. Valor da causa. Ação de Reintegração de posse. O valor da causa possessória é imensurável, podendo ser fixado como o de alçada. Não tem similaridade com o valor do imóvel, visto que cuida somente da posse, não da propriedade, o que, diferentemente, se poderia dizer da usucapião, na qual os, nesse ponto, apelantes utilizaram o mesmo valor de alçada que questionam” (Apelação Cível nº 70075144873, 20ª Câmara Cível do TJRS, rel. Des. Glênio José Wasserstein Hekman, j. 11.4.2018, em transcrição parcial) (grifamos).
Se o juiz não concordar com o valor atribuído à causa pelo autor, pode alterá-lo, de ofício e por arbitramento (§ 3º do art. 292), através de decisão de natureza interlocutória, que não pode ser atacada pelo recurso de agravo de instrumento, por não ter sido prevista no art. 1.015 da lei processual[footnoteRef:6]. [6: “AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROPRIEDADE E DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. EMENDA À INICIAL. VALOR DA CAUSA. DECISÃO NÃO AGRAVÁVEL. Caso em que a decisão hostilizada, que determinou a emenda à inicial, para fins de adequação do valor da causa, não se enquadra nas hipóteses de cabimento elencadas no art. 1.015 da legislação processual em vigor. Deste modo, impõe-se o não conhecimento do recurso, forte no art. 932, III, NCPC. Agravo de instrumento não conhecido, em decisão monocrática” (Agravo de Instrumento nº 70077618759, 20ª Câmara Cível do TJRS, relator Des. Dilso Domingos Pereira, j. 14.5.2018) (grifamos).] 
Dinâmica das ações de reintegração e de manutenção de posse
Petição inicial[footnoteRef:7] [7: Que deve preencher os requisitos constantes do art. 319, entendidos como gerais, e os relacionados no art. 561, que são específicos. Além disso, nas ações de reintegração de posse que tramitam pelo rito comum (quando a posse é de força velha), se o autor solicitar a concessão da tutela provisória na petição inicial, deve comprovar o preenchimento dos requisitos dispostos no art. 300 (probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo).] 
Determinação da emenda da petição inicial[footnoteRef:8], indeferimento da petição inicial[footnoteRef:9], julgamento liminar do pedido[footnoteRef:10], deferimento ou indeferimento da liminar[footnoteRef:11] ou designação de audiência de justificação[footnoteRef:12] ou da audiência de conciliação ou sessão de mediação[footnoteRef:13] [8: Com fundamento no art. 321 (o juiz deve constatar expressamente o que precisa ser acrescentado ou modificado), quando o magistrado constatar a existência de um vício sanável (vício de menor importância – Tem natureza interlocutória). A petição inicial deve ser emendada no prazo de 15 (quinze) dias uteis, sob pena do seu indeferimento, através da prolação de sentença terminativa. Embora a decisão que determina a emenda da petição inicial seja interlocutória, não pode ser atacada pelo recurso de agravo de instrumento, por não ter sido inserida na relação constante do art. 1.015 do CPC (não cabe recurso e nem agravo).] [9: Com fundamento no art. 330, quando o magistrado constatar a existência de um vício insanável, como a ilegitimidade da parte ou ajuizar ação inadequada para o caso. O indeferimento da petição inicial não é antecedido da concessão de prazo para a sua emenda, exatamente pelo fato de o vício identificado pelo juiz ser insanável. A decisão de indeferimento da petição inicial tem a natureza jurídica de sentença, e pode ser atacada pela interposição do recurso de embargos de declaração, no prazo de 5 (cinco) dias uteis, nos casos de omissão, de obscuridade e/ou de contradição, ou da apelação, no prazo geral de 15 (quinze) dias uteis. Ou pode fingir que a ação “não existiu” e ajuizar com uma nova ação adequada.] [10: Com fundamento no art. 332, o que não é comum nas ações de reintegração de posse. O julgamento liminar do pedido (julgamento da ação pela improcedência dos pedidos) ocorre através da prolação de sentença, que pode ser atacada pelo recurso de embargos de declaração, no prazo de 5 (cinco) dias uteis, quando o pronunciamento for omisso, obscuro e/ou contraditório, ou da apelação, no prazo geral de 15 (quinze) dias uteis.] [11: Através de decisão de natureza interlocutória, que pode ser atacada pela interposição do recurso de agravo de instrumento, no prazo geral de 15 (quinze) dias uteis (em caso de indeferimento da liminar: solicita a concessão da tutela antecipada recursal. Em caso de deferimento de liminar: solicita efeito suspensivo ao recurso).] [12: Essa audiência (quando o juiz está em estado de dúvida) é quase que exclusivamente designada nas ações possessórias que tramitam pelo rito especial (quando a posse do réu datar de menos de ano e dia), especificamente na hipótese em que o magistrado está em dúvidas quanto ao preenchimento dos requisitos relacionados no art. 561 da lei processual. A audiência é designada para a ouvida de testemunhas levadas ao ato pelo autor, não se admitindo a produção da mesma prova pelo réu, embora deva ser intimado, sendo-lhe garantido o direito de formular perguntas às testemunhas (será ouvido apenas as testemunhas do autor (unilateral), mas o réu deverá ser citado para participar como ouvinte, mas caso o juiz queira, ele pode determinar a oitiva de testemunhas do réu).] [13: Quando o autor afirmar que tem interesse na autocomposição, na petição inicial (inciso VII do art. 319).] 
Emenda da petição inicial, interposição da apelação, interposição do agravo de instrumento, realização da audiência de justificação ou da audiência de conciliação ou da sessão de mediação
Deferimento ou indeferimento da liminar[footnoteRef:14], revelia[footnoteRef:15] ou apresentação da defesa [14: Na audiência de justificação ou posteriormente.] [15: A revelia representa ausência de resposta, que pode produzir os seguintes efeitos: (a) presunção de veracidade dos fatos afirmados pelo autor; (b) autorização para o julgamento antecipado da lide; (c) fluência de prazos independentemente de intimações. Nas ações de reintegração de posse (como nas ações em geral), revelia não produz o efeito identificado na letra (a) se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação ou se as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com a prova constante dos autos. Decretada a revelia pelo juiz, o autor pode protocolar petição requerendo o julgamento antecipado do mérito (inciso II do art. 355), quando entender que as provas constantes dos autos são suficientes para formar o convencimento do juiz.] 
Interposição do agravo de instrumento
Réplica[footnoteRef:16] [16: Em que o autor deve ser manifestar sobre documentos que instruíram a contestação e/ou sobre preliminares suscitadas pelo réu.] 
Julgamento antecipado do pedido[footnoteRef:17] ou saneamento do processo[footnoteRef:18] [17: Com fundamento no art. 355, quando não houver necessidade de produção de outras provas, o que é incomum nas ações de reintegração de posse, ou quando o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 (presunção de veracidade dos fatos afirmados pelo autor) e não houver requerimento de prova.] [18: Com fundamento no art. 357. As partes devem ficar atentas para a decisão de saneamento do processo, que não pode ser atacada pelo recurso de agravo de instrumento (exceto na parte em que o juiz distribuir o ônus da prova de modo diverso, com base no § 1º do art. 373), embora possa ser objeto de pedido de ajustes (não significa interpor recurso, apenas um pedido diretamente formulado ao juiz de modificação de parte daquela decisão) (§ 1º do art. 357), dirigido ao próprio juiz (ou seja, não tem a natureza jurídica de recurso). Se o juiz saneou o processo sem a participação das partes e de seus advogados (sozinho, no seu gabinete de trabalho ou em casa), as partes disporão do prazo fixado pelo juiz para a apresentação do rol de testemunhas, não superior a 15 (quinze) dias. Diferentemente,se o magistrado designou dia e hora para sanear o processo com a cooperação das partes e dos seus advogados (§ 3º do art. 357), o rol de testemunhas deverá ser apresentado nesta audiência.] 
Interposição da apelação ou designação de dia e hora para a realização da audiência de instrução e julgamento[footnoteRef:19] [19: Como a ação de reintegração de posse é “rica” em fatos, é incomum a prolação da sentença de forma direta, sem a realização da audiência de instrução e julgamento, pensada para a produção da prova oral (tomada do depoimento pessoal das partes e ouvida de testemunhas).] 
Razões finais[footnoteRef:20] [20: Que são apresentadas por escrito (sob a forma de memoriais) ou oralmente (no ato da audiência), a depender da complexidade da causa.] 
Sentença
Interposição do recurso de embargos de declaração[footnoteRef:21] ou da apelação[footnoteRef:22] [21: Com fundamento no art. 1.022, no prazo de 5 (cinco) dias uteis, quando a sentença for omissa, obscura e/ou contraditória, ou quando apresentar erro material. A interposição do recurso de embargos de declaração interrompe o prazo para a apresentação da apelação, em favor de ambas as partes.] [22: Embora a apelação seja recebida no duplo efeito, se o juiz confirmar, conceder ou revogar tutela provisória, nesta parte, o recurso é recebido apenas no efeito devolutivo, não impedindo a instauração da fase de cumprimento da sentença, após a sua publicação (inciso V do art. 1.012).] 
Julgamento do recurso de embargos de declaração ou determinação do aperfeiçoamento da intimação do vencedor, para que apresente contrarrazões ao recurso de apelação
Encaminhamento dos autos ao Tribunal[footnoteRef:23] [23: Independentemente da realização do juízo diferido ou provisório de admissibilidade do recurso.] 
Negativa de seguimento da apelação[footnoteRef:24], julgamento monocrático[footnoteRef:25] ou designação de dia e hora para a realização da sessão de julgamento[footnoteRef:26] [24: Decisão proferida monocraticamente pelo relator, com fundamento no inciso III do art. 932.] [25: Com fundamento nos incisos IV e V do art. 932. ] [26: Que deve ser antecedida da publicação de pauta, no mínimo 5 (cinco) dias antes da sessão de julgamento (art. 935).] 
Interposição do recurso de agravo interno[footnoteRef:27] ou julgamento da apelação [27: Com fundamento no art. 1.021, contra a decisão monocrática proferida pelo relator, que negou seguimento ao recurso de apelação ou que o julgou de forma unipessoal (incisos IV e V da mesma norma).] 
Interposição do recurso de embargos de declaração[footnoteRef:28] [28: Principalmente para prequestionar a matéria, evitando a aplicação da Súmula 282 do STF, quando da realização do juízo de admissibilidade do recurso especial e/ou do recurso extraordinário.] 
Julgamento do recurso de embargos de declaração
Interposição do recurso extraordinário e/ou do recurso especial[footnoteRef:29] [29: No prazo geral de 15 (quinze) dias uteis, com fundamento no inciso III do art. 102 e/ou no inciso III do art. 105 da CF, respectivamente.] 
Principais prazos relacionados às ações de reintegração e de manutenção de posse
	Ato
	Prazo
	Emenda da petição inicial
	15 dias uteis (art. 321 do CPC)
	Interposição da apelação contra sentença que indefere a petição inicial
	15 dias uteis (§ 5º do art. 1.003 do CPC)
	Interposição do recurso de agravo de instrumento contra a decisão que concede liminar (quando a ação tramitar pelo rito especial) ou tutela provisória em favor do autor (quando a ação tramitar pelo rito comum)
	15 dias uteis (§ 5º do art. 1.003 do CPC)
	Apresentação da contestação
	15 dias uteis (art. 564 do CPC)
	Apresentação da réplica
	15 dias uteis (art. 351 do CPC)
	Formulação do pedido de ajuste, em relação à decisão em que o juiz saneia o processo
	5 dias uteis (§ 1º do art. 357 do CPC)
	Apresentação do rol de testemunhas
	No prazo fixado pelo juiz, na decisão de saneamento, ou na audiência designada para saneamento do processo com a colaboração das partes (§§ 4º e 5º do art. 357 do CPC)
	Interposição da apelação contra a sentença
	15 dias uteis (§ 5º do art. 1.003 do CPC)
	Interposição do recurso de embargos de declaração, contra qualquer decisão proferida durante o processo
	5 dias uteis (§ 5º do art. 1.003 do CPC)
	Interposição do agravo interno contra decisão proferida pelo relator no julgamento da apelação ou de agravo de instrumento interposto durante a tramitação da ação
	15 dias uteis (§ 5º do art. 1.003 do CPC)
	Interposição do recurso especial
	15 dias uteis (§ 5º do art. 1.003 do CPC)
	Interposição do recurso extraordinário
	15 dias uteis (§ 5º do art. 1.003 do CPC)
Honorários que podem ser cobrados pelos advogados para atuação nas ações de reintegração e de manutenção de posse
Nas tabelas das OAB’s Estaduais, temos previsão específica de fixação de valores de honorários advocatícios para atuação nas ações de reintegração e de manutenção de posse. Em termos exemplificativos, informamos os valores mínimos e os percentuais fixados por algumas OAB’s Estaduais:
	OAB
	Valor mínimo
	Percentual sobre o valor da causa ou sobre outra base de cálculo
	SP
	4.029,60
	20%
	PR
	3.934,18
	10%
	PE
	4.116,00
	20%
O advogado e o seu cliente podem fixar valores superiores aos indicados nas tabelas, como percebemos, a título de exemplo, através da leitura de trecho extraído das notas explicativas da tabela de honorários da OAB/PE, repetido nas notas explicativas de quase todas as demais tabelas das OAB’s Estaduais:
É lícito ao advogado contratar a prestação de serviços em valores superiores aos previstos nesta Tabela: 
a) Não havendo previsão de correção monetária para pagamento dos honorários advocatícios, com ou sem contrato escrito, o índice a ser considerado para o caso de parcelamento será o mesmo previsto no item 9 seguinte, calculando-se, nesse caso, o mencionado reajuste, a partir do vencimento das parcelas contratadas. 
b) A mesma sistemática deverá ser adotada para o caso de inadimplemento, ainda que se cuide de parcela única a ser paga.

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