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UNIDADE II Tópicos Avançados em Administração 1 TÓPICOS AVANÇADOS EM ADMINISTRAÇÃO UNIDADE 2 PARA INÍCIO DE CONVERSA Oi estimado (a) estudante, seja muito bem-vindo (a) novamente! Agora iremos começar a segunda unidade de nossa disciplina. Na unidade anterior falamos um pouco sobre a área de finanças, mais precisamente sobre Governança Corporativa. Como já comentamos, a disciplina de Tópicos Avançados em Administração trata de mostrar a você o que está acontecendo de mais recente nas diversas áreas da Administração Moderna. ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Seguindo esse princípio, nesta unidade iremos explorar a área de Recursos Humanos, tão importante para qualquer organização. Lembrando que cada unidade traz um assunto em uma área diferente. Legal, né? Assim, você fica por dentro e não se cansa de estudar. Você deve saber que todas as atividades sugeridas (e as obrigatórias) são pensadas para agregar na construção do seu conhecimento. Essas indicações servem para você receber de outras fontes mais dados e formar sua própria conclusão sobre o tema. Não esqueça a nossa riquíssima biblioteca virtual, lá você encontra vários livros de diversos temas que podem agregar muito em seus estudos. Vamos começar? PALAVRAS DO PROFESSOR As empresas são formadas por pessoas e, sem elas, não é possível fazer absolutamente nada. Claro que aqui não falamos de qualquer pessoa, mas sim, das profissionais e comprometidas com a organização e também com seu crescimento pessoal. E a forma como essa relação (empresa x funcionário) se desenvolveu ao longo dos tempos, também sofreu alterações significativas. Vamos ver que durante muitos anos os funcionários não eram vistos como nada mais que custos, mas que hoje vem ganhando um papel estratégico muito importante com o assunto chave dessa unidade: Empowerment. Esta ferramenta, ao mesmo tempo é tendência, em qualquer empresa que queira sair do engessamento de uma burocracia mal-empregada. A partir de agora, vamos estudar sobre o Empowerment. 2 EMPOWERMENT Querido (a) aluno (a), começaremos mais um guia com a seguinte pergunta: O que é Empowerment? Bem, primeiro vamos começar entendendo o significado da palavra Empowerment, de origem inglesa, derivada da palavra power – poder, nada mais é do que empoderamento, ou seja, dar poder a si mesmo ou alguém. Segundo o autor Nigel Slack, empowerment significa “dar ao pessoal a autoridade para fazer mudanças no trabalho em si, assim como na forma ele é desempenhado”. Estamos acostumados com empresas com funções bem definidas e com estrutura baseada em um organograma tradicional, a velha pirâmide, onde o topo representa o comando e a base a operação, não é verdade? Essa estrutura é bem antiga, mas a cada dia esbarra em um ambiente externo cada vez mais dinâmico. Outra característica marcante dos novos tempos é a necessidade de delegação, já está mais que comprovado que a concentração de poder dificulta e entrava qualquer processo. A grande questão é ter confiança para delegar, para empoderar, não é um exercício simples, pois quem recebe a tarefa nem sempre tem o mesmo comprometimento de quem delega. Por um lado, as empresas desejam profissionais proativos, com espirito empreendedor, criativos e que busquem soluções, porém, alguns profissionais se queixam das estruturas engessadas e sem oportunidade para inovação de algumas organizações. Por isso, vamos ver que o empowerment não é uma ferramenta para ser lançada e esperar resultados, ao contrário, é preciso modificar os processos e dar inicio a uma mudança de cultura organizacional para que, realmente, os efeitos sejam notados. GUARDE ESSA IDEIA! Quando levamos esse conceito para o segmento empresarial estamos falando em sair da linha de controle tradicional, hierárquica, de cima para baixo, para dar lugar ao empowerment da linha de frente. Claro que isso não ocorre de forma aleatória, a responsabilidade é alta, e as consequências também, assim, deve-se empregar essa ferramenta de forma estudada e criteriosa. As Bases do Empowerment O célebre autor da Administração, Chiavenato, acrescenta que o empowerment se baseia em quatro aspectos principais: ü Poder ü Motivação, ü Desenvolvimento ü Liderança Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar 3 Figura 1 Fonte: - As bases do empowerment. Chiavenato (2014, pág. 193) Para entendermos melhor vamos conhecer cada uma dessas bases. Preparado (a)? 1. Poder O poder sempre existiu, desde as mais antigas sociedades, a influência de uns sobre os outros é parte do nosso modo de vida. São diversos tipos de poder indo do coercitivo - o imposto pelo medo; ao poder de referência - onde a pessoa é admirada pelo que ela é. Dependendo da experiência profissional que você possua pode perceber que encontramos diversos tipos de poder dentro das empresas. Empresas mais burocráticas e, com estruturas verticalizadas firmemente, têm a tendência de centralização do poder no topo. O empowerment trabalha com o princípio de dissolver o poder entre vários níveis da organização. Como exemplos desse poder podemos citar a participação, autonomia e decisão nas atividades pertinentes ao funcionamento das organizações. GUARDE ESSA IDEIA! Você sabe a diferença entre chefe e líder? Para algumas pessoas é a mesma coisa, mas este é um grave engano! Um líder pode ser chefe, mas um chefe dificilmente é um líder. Como assim, professora? O chefe é o típico comandante que impõe ordens e é autoritário, além de centralizar o poder e pensar apenas nos resultados e lucros. Os chefes são temidos e não respeitados, seus funcionários geralmente Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar 4 são pessoas que não se sentem abertos a relatar problemas e muito menos pedir conselhos quando têm dúvidas. Já um líder inspira as pessoas ao seu redor, busca motivação e indica a direção que deve ser seguida e acompanha. Os líderes têm tendência a serem muito respeitados por seus funcionários, e o respeito têm muito mais eficiência do que o temor. E você? Conhece algum chefe? E um líder? 2. Liderança Como vimos acima, ser líder é bem diferente de ser chefe. Um líder precisa propocionar um ambiente ideal para seus liderados se desenvolverem e apresentarem o melhor do seu desempenho. Dentro dos diversos papéis de um líder estão: § A orientação § Definição de objetivos claros § Abrir horizontes § Avaliar o desempenho § Proporcionar um feedback construtivo Sim, saber ouvir e dar retorno faz parte da retroalimentação de qualquer sistema, sem essas informações os funcionários nunca saberão se estão seguindo pelo caminho correto e se podem melhorar seus processos. 3. Desenvolvimento Nada adianta dar poder para quem não sabe o que fazer com ele. Na teoria é fácil imaginar que qualquer funcionário ficaria eufórico em ter mais liberdade e credibilidade, porém muitos não se sentiriam confortáveis. Por isso, a preparação desses funcionários por meio de capacitação, desenvolvimento profissional e pessoal com treinamentos constantes. Os funcionários devem ser vistos como investimento, preparados para desempenhar as suas funções com responsabilidade e segurança. 4. Motivação As pessoas são seres automotivados, ou seja, a motivação é interna ao individuo. Porém, todas nossas ações são reflexo de tudo que nos acontece, inclusive o ambiente externo: a sociedade, as relações profissionais e etc. Assim, para que o empowerment realmente funcione, os funcionários precisam querer fazer parte, precisam enxergar que fazem a diferença e essa diferença é valorizada. É preciso reconhecer e recompensar os esforços alcançados, além de compartilhar as experiência, disseminando e valorizando ao mesmo tempo. Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar 5 EXEMPLOS Parece mais fácil no texto do que na prática, certo? Pode ser difícil imaginar o empowerment, mas muitasempresas já estão se beneficiando dessa poderosa ferramenta. Vamos conhecer algumas? § Starbucks – Na famosa cafeteria, os funcionários não são apenas funcionários - eles são embaixadores da marca, comerciantes de romance, discípulos de prazer. O CEO da Starbucks, Howard Schultz diz acerca do envolvimento e do empowerment dos funcionários da Starbucks: “Dê-lhes razões para acreditar no seu trabalho e que eles são parte de uma missão maior, e eles vão pessoalmente elevar a experiência de cada cliente - algo que dificilmente pode realizar com um outdoor ou um anúncio de 30 segundos”. § Xerox - A gigante das cópias é um bom exemplo de como o empowerment levou a empresa à liderança. Na empresa não existe punição para um funcionário que fez o necessário, mas por acaso não deu certo. Comportamentos proativos são incentivados e recompensados. A empresa oferece treino aos funcionários e divulga o conhecimento e experiências ao nível do operador para toda a organização. A empresa também desenvolve pesquisas sobre funcionários e clientes para determinar o estado de empowerment alcançado, e reconhece publicamente estes feitos. § 3M - A empresa é reconhecida por ser uma das mais inovadoras do mundo. Uma de suas ações é fazer com que os funcionários tenham cerca de 15% do seu tempo dedicados a trabalhar em projetos de sua escolha. O resultado é uma série de produtos inovadores, como o famoso post-it, o que traz mais de US$ 100 milhões em receitas para a empresa todos os anos. § Disney – A Disney vive de sonhos e é exatamente isso que ela oferece aos seus visitantes: uma experiência única. Por isso, seus funcionários são super treinados e focados na satisfação total do cliente. Trabalham com empowerment em todos os níveis possíveis. Claudio Nasajon, empresário brasileiro, sempre conta uma história de uma de suas férias na Disney que ilustra perfeitamente o conceito de empowerment: Ele conta como seu filho de sete anos perdeu um boné recém comprado em uma das lojas do parque e ao perguntar ao jardineiro onde ficavam os “achados e perdidos” o mesmo foi até uma loja de boné, pediu para que o menino apontasse qual o modelo e o entregou a criança dizendo ser um presente do Mickey. Tem exemplo melhor de encantamento? Este fato aconteceu a mais de 15 anos. O que mais espanta? A atitude do funcionário? O tempo que a Disney já enxergava esse potencial? Ou o encantamento do empresário que não se cansa de repetir a história? Vale ou não vale a pena investir em empowerment? Quer saber um pouco mais sobre o jeito especial da Disney encantar seus clientes? VISITE A PÁGINA Acesse o link e leia a reportagem da revista Exame sobre o assunto. Conta as cinco lições que devemos aprender com a Disney. Clique aqui. Imperdível! http://exame.abril.com.br/pme/5-licoes-da-disney-para-encantar-seus-clientes/ Juliana Destacar Juliana Destacar 6 GUARDE ESSA IDEIA! Vale ressaltar que o empowerment, mesmo tendo a liderança como base, não é pensado e desenvolvido para uso exclusivo de líderes e muito menos apenas na cúpula diretora da organização. Deve permear toda a organização, sem exceções. PALAVRAS DO PROFESSOR Os autores Quinn e Spreitzer alegam que o empowerment pode ser implementado de formas diferentes dependendo da estrutura e da estratégia da organização. Caso o foco principal seja a delegação da tomada de decisão em um conjunto claro de fronteiras, a estratégia implícita de implementação será: ü Comece da cúpula ü Torne claros a missão, visão e valores da organização ü Especifique claramente as tarefas, papéis e recompensas para os empregados ü Delegue responsabilidade ü Mantenha as pessoas responsáveis por resultados Mas também pode assumir outra versão quando o foco for à tomada de ação de risco, crescimento e mudança. Neste caso a estratégia implícita será: ü Comece pela base a partir da compreensão da necessidade de mudança com base também na perspectiva dos empregados; ü Modele o comportamento do empregado capacitado para decisões; ü Forme times para encorajar o comportamento cooperativo; ü Encoraje a tomada de ação de risco inteligente; ü Confie no desempenho das pessoas. PARA REFLETIR Pare e reflita! A tendência na flexibilização do mercado de trabalho não significa que o empowerment resolva todos os problemas e modifique todas as organizações. Como vimos, os programas de empowerment necessitam de um contexto organizacional apropriado à sua implementação. Os conflitos organizacionais associados à descentralização de decisão, ao compartilhamento de informação e à autonomia dos funcionários em seu trabalho devem ser considerados e nunca subestimados. O conflito surge à medida que os interesses colidem ou deixam de coincidir. O conflito pode ser: pessoal, interpessoal ou entre grupos rivais e coalizões. Qualquer que seja a razão e qualquer que seja a forma que assuma, a sua origem reside em algum tipo de divergência de interesses percebidos ou reais. Pessoas sempre serão pessoas, não é verdade? Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar 7 Elementos do Empowerment Vimos que o empowerment é baseado em 4 aspectos nada fáceis de se aplicar no mundo corporativo real. É necessário pensar em alguns elemento essenciais para preparar a empresa para as mudanças de um verdadeiro empowerment. Esses elementos podem variar dependendo da empresa, segmento e outras variáveis. Como sempre digo a você, aluno, não existe receita de bolo em administração. Existe alguns passos e situações que podem ser adotadas nas empresas respeitando suas particularidades. Sendo assim, vamos conhecer os elementos mais citados pelos autores como importante a serem observados: 1. Os funcionários devem receber informações sobre o desempenho da empresa: As pessoas devem ter acesso a todo tipo de informação sobre a organização. Delegar envolve confiança e isso não acontecerá se os funcionários não se sentirem parte da organização como um todo; 2. Os funcionários devem receber conhecimento para contribuir: Conhecimento e habilidade são uma equação que gera competência, portanto deve ser treinada e estimulada. Se a empresa não investir no seu funcionário não terá pessoas engajadas e motivadas; 3. Os funcionários devem ter o poder para tomar decisões importantes: Pensar em empowerment só para decisões banais é perda de tempo, recursos e credibilidade com os funcionários. Funcionários empodeirados devem ser autoconfiantes e terem respaldo da organização; 4. Os funcionários devem compreender seu trabalho: Parece até impossível que uma pessoa trabalhe sem conhecer seu trabalho, mas não é raro, não saberem as consequencias que suas ações estão envolvidas. O que pode acontecer se eu não me empanhar? Que repercussão minhas atividades têm para a empresa e seus clientes? Esses questionamentos devem ser respondidos e deixados claros, pois na hora da cobrança, os funcionários irão responder por aquilo que conheciam; 5. Os funcionários devem ser recompensados com base em seu desempenho: nada disso irá funcionar se as pessoas não se sentirem valorizadas pelo seu esforço, com o tempo irão achar que estão apenas disperdiçando energia. Se existe uma recompensa, os funcionários ficarão mais propensos a atingir suas metas e se desenvolverem. Reconhecimento é essencial para o sucesso do empowerment. ACESSE SUA BIBLIOTECA VIRTUAL Acesse a sua Biblioteca Virtual e leia mais sobre Empowerment, nas páginas 193 a 201 do livro: Comportamento Organizacional de Idalberto Chiavenato, editora Manole. Você terá mais um ponto para formar sua opinião. Vale a pena ler o assunto anterior que trata de formação de equipes. Quer uma dica? DICAS O que você acha de assistir uma animação da Disney e ainda pensar mais sobre empowerment? Maravilhoso, não é? Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar 8 Essa é a sugestão para você, aluno (a). Provavelmente, você já deveter assistido Monstros S.A., uma animação da Disney e Pixar que mostra a rotina de uma empresa construtora de portais que levam os monstros para os quartos das crianças, onde eles poderão lhes dar sustos e gerar a fonte de energia necessária para a sobrevivência da cidade. Assista ao filme observando com é a gestão da empresa no início e como ela fica no final, associe com tudo apresentado nessa unidade e tire suas conclusões. Fica a dica! Figura 1 – Filme Monstros S.A. Fonte: https://lumiere-a.akamaihd.net/v1/images/open-uri20150422-12561-cbntla_d945f607. jpeg?region=0%2C0%2C300%2C450 E as vantagens e desvantagens, caro (a) aluno (a)? Acho que você já consegue ver claramente as vantagens de se ter essa ferramenta funcionando na organização, mas vamos sintetizá-las? ü Retira um pouco da pressão em cima dos gestores, fazendo que possam focar em suas atividades primordiais; ü Ajuda no desenvolvimento dos funcionários oferecendo a oportunidade de melhoria do desempenho e, até de crescimento humano, devido às constantes situações de tomada de iniciativa e de decisão; ü Contribui para motivação transmitindo a mensagem de que os subordinados são considerados pessoas importantes e de confiança; ü Agiliza a decisão, pois não precisa repassar tudo que acontece a departamentos superiores; ü Diminui custos reduzindo o número de pessoas e departamentos envolvidos na tomada de decisão. Mas como nem tudo é um mar de rosas, não é verdade? O empowerment pode apresentar alguns desvios e falhas que podem ser considerados como desvantagens a serem observadas: ü A maior parte dos gestores tem dificuldade em abrir mão do controle e não consegue repassar o empowerment para os demais; https://lumiere-a.akamaihd.net/v1/images/open-uri20150422-12561-cbntla_d945f607.jpeg?region=0%2C0%2C300%2C450 https://lumiere-a.akamaihd.net/v1/images/open-uri20150422-12561-cbntla_d945f607.jpeg?region=0%2C0%2C300%2C450 Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar 9 ü Estudo mal realizado e sem a profundidade necessária para atuar em mudança de cultura organizacional; ü Cair na rotina também poder ser uma ameaça, as pessoas precisam se sentir motivadas constantemente, o que pode ser difícil de alcançar em um longo período de tempo. PARA REFLETIR Os pesquisadores Cunnungham e Hyman realizaram um estudo que mostra a tentativa, não bem-sucedida, de implementação de um programa de empowerment em uma empresa de serviços. O programa foi apresentado para toda a linha de administradores e supervisores, pois era esperado que os funcionários e seus gestores tivessem uma aproximação. Mas, na realidade não foi o que aconteceu. Tantos os gestores quanto os empregados tiveram uma impressão negativa sobre o empowerment por três diferentes motivos: 1. O treinamento e desenvolvimento dos administradores e supervisores não foi suficiente, aliás foi muito superficial, assim não entenderam corretamente e profundamente tudo que precisavam para passar o conceito para os outros funcionários; 2. O empowerment foi jogado às pressas, ao mesmo tempo em que cobranças eram feitas, não havendo tempo suficiente para estimular a iniciativa dos funcionários; 3. A mudança de cultura organizacional que é vital para o uso desse tipo de ferramenta, não ocorreu. Ou seja, não adianta ter apenas vontade de implantar o empowerment, é preciso se comprometer verdadeiramente. Vale ressaltar que esse estudo é datado de 1999, quase 30 anos atrás. O empowerment não é uma ideia recente, mas precisou de tentativas, mudanças e comprometimento para começar a ser usado de forma eficaz. GESTÃO 3.0 Caro (a) aluno (a), você viu que o conceito de empowerment não é tão novo assim, não é verdade? Apenas está sendo mais e melhor usados nos últimos anos. Refletindo a necessidade das empresas de sair do modelo de gestão tradicional e procurar novas formas de agir em um mercado cada vez mais dinâmico. Nos estudos em Administração acompanhamos algumas mudanças na forma de gerir as empresas desde sempre, por isso, trago para você um pouco da Gestão 3.0. O modo de gerir as empresas é modificado, principalmente pelas ferramentas e demandas onde as organizações estão inseridas. Hoje, falamos de funcionários empodeirados e são mais do que peças em engrenagem, são parte pensante e ativa das organizações. Quem anda na frente das inovações em gestão é o pessoal de TI, até pela natureza de projeto e dinamismo em que o setor atua, e essa nova forma de enxergar as coisas nasceu justamente para ajudar no desenvolvimento de softwares. Nasceu em 2010, com a publicação do livro Management 3.0, traduzindo para português: Gestão 3.0, de Jurgen Appelo que trata de como trabalhar junto para encontrar a forma mais eficiente para que o negócio atinja os seus objetivos enquanto mantêm a felicidade dos trabalhadores como uma prioridade. A ideia é gerenciar os sistemas e não pessoas, e ao invés de tentar adicionar cada vez mais controle a gestão, os gerentes precisam compreender a natureza sistêmica das organizações, e utilizando a auto-organização para direcionar equipes a um resultado de valor. A Gestão 3.0 usa o conceito de seis visões. Essas visões são representadas de forma bem diferente dos Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar 10 famosos fluxogramas da administração tradicional. Nada mais é do que um grande monstro verde e, aparentemente, pegajoso. Esse monstro horrendo, carinhosamente chamado de Martie, tem seis olhos e cada um representa uma dessas visões. São elas: Energizar as pessoas: as pessoas são a parte mais importante de uma empresa, por isso, gerentes devem fazer o que for possível para mantê-las ativas, criativas e motivadas. 1. Empoderar a equipe: Veja como a segunda visão está estreitamente ligada ao assunto dessa unidade. Os times devem se auto organizar, mas para isso precisam empoderamento, autorização e confiança da gestão. 2. Alinhar restrições: Dê às pessoas um propósito claro e metas compartilhadas. 3. Desenvolver Competências: Times não conseguirão atingir as metas, caso alguns de seus membros não forem suficientemente capazes. Gerentes devem contribuir para o desenvolvimento de competências. 4. Estruturar: Muitos times trabalham dentro de um contexto organizacional complexo, portanto é importante considerar estruturas que promovam a comunicação. 5. Melhorar tudo: Pessoas, times, e organizações precisaram melhorar continuamente para evitar falhas sempre que possível. É sabido que gestão diz respeito aos seres humanos, sua tarefa é fazer as pessoas capazes de atuar em conjunto. É disso que se trata uma organização, e essa é a razão pela qual a gestão é um fator crítico e determinante. A tendência de empoderamento não é passageira, veio para ficar nas organizações que se preocupam com o futuro. Mesmo a cultura organizacional sendo um fator de extrema dificuldade em se alterar, acabará mudando depois que se alteram as ações das pessoas, depois que o novo comportamento produzir algum benefício ao grupo. Caro (a) aluno (a), não deixe de conhecer um pouco mais sobre a Gestão 3.0! LEITURA COMPLEMENTAR Indico como leitura complementar, o livro - Como Mudar o Mundo: Gestão de Mudanças 3.0, do próprio Jurgen Appelo. Indicado para aqueles que querem aprender sobre gestão de mudanças e como ser um agente de mudança mais eficiente. Vale a pena! PALAVRAS FINAIS Pois é, estudante, chegamos ao fim da mais uma unidade. Neste segundo encontro da disciplina de Tópicos Avançados em Administração, conhecemos um pouco mais sobre o empowerment: uma ação que permite melhorar a qualidade e a produtividade por meio da delegação de autoridade dando responsabilidade aos colaboradores, favorecendoa criação de relações de confiança entre os diversos níveis hierárquicos das empresas. Também falamos um pouco sobre a febre do momento no mundo corporativo, a Gestão 3.0, que alia os conceitos de empowerment num tipo de gestão inovadora. Interessante, não é mesmo? Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar Juliana Destacar 11 Lembrando sempre sobre as atividades disponíveis no AVA e da vasta biblioteca digital ao seu alcance a hora que quiser. Na próxima unidade, continuaremos nossa jornada entrando no mundo da administração de operações. Bons estudos e até a próxima unidade! “A boa gestão é arte de tornar os problemas tão interessantes e suas soluções tão construtivas que todos vão querer trabalhar e lidar com eles. ” Paul Hawken REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APPELO, J. Management 3.0: Leading Agile Developers, Developing Agile Leaders, ed. Addison-Wesley Professional, 2011. CHIAVENATO, I. Comportamento Organizacional, ed. Manole, 2014. CUNNINGHAM, I. & HYMAN, J.: “The poverty of empowerment? A critical case study”. Personal Review, v.28, n.3, p.192-207, 1999. QUINN, R.E. & SPREITZER, G.M.: “The road to empowerment: seven questions every leader should consider”. IEEE Engineering Management Review, v.27, n.2, p.21-28, Summer 1999. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; HARLAND, C.; HARRISON, A. & JOHNSTON, R.: Administração da Produção. São Paulo, ed. Atlas, 1997.
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