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03/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes. http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 1/9 26th December 2011 CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES A classificação dos crimes pode ser legal ou doutrinária. Legal é o nome atribuído ao delito pela lei. É também chamada de rubrica marginal. Doutrinária é o nome dado pelos estudiosos do Direito às infrações penais. É o objeto de estudo do presente tópico. Segundo a doutrina, as classificações podem u�lizar alguns critérios: 1. QUANTO À QUALIDADE DO SUJEITO ATIVO: a) Crimes comuns ou gerais: são aqueles que podem ser pra�cados por qualquer pessoa, não se exigindo condição especial[1] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftn1] . Ex: homicídio. b) Crimes próprios ou especiais: são aqueles em que o �po penal exige uma situação fá�ca ou jurídica diferenciada por parte do sujeito a�vo[2] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftn2] . Admitem coautoria a par�cipação. Ex: peculato, somente pra�cado por funcionário público. Os crimes próprios podem ser divididos em puros, que são aqueles cuja ausência da qualidade especial do sujeito a�vo leva à a�picidade do fato; e impuros, cuja ausência da elementar diferenciada desclassifica o delito. c) Crimes de mão própria, de atuação pessoal ou de conduta infungível: são aqueles que somente podem ser pra�cados pela pessoa expressamente indicada no �po penal. Ex: falso testemunho. Apenas admitem par�cipação, não aceitando coautoria, pois não de delega a prá�ca da conduta infracional a terceira pessoa. 2. QUANTO À ESTRUTURA DA CONDUTA DELINEADA PELO TIPO PENAL: a) Crime simples: é aquele que se amolda em um único �po penal. Ex: furto. b) Crime complexo: resulta da união de dois ou mais �pos penais. Ex: roubo (furto + ameaça; furto + lesão corporal). 3. QUANTO A RELAÇÃO ENTRE A CONDUTA E O RESULTADO NATURALÍSTICO: a) Crimes materiais ou causais: são aqueles em que o �po penal aloja em seu interior uma conduta e um resultado necessário, cuja consumação reclama esse resultado. Ex: homicídio (necessita da morte). b) Crimes formais, de consumação antecipada ou de resultado cortado: o �po penal contém em seu bojo uma conduta e um resultado naturalís�co, mas este úl�mo é desnecessário para a consumação. Ex: extorsão mediante seqüestro (não necessita a efe�va vantagem sobre a extorsão), ameaça, extorsão. Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes. http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn1 file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn2 http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 03/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes. http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 2/9 STJ. Súmula 96. O Crime de extorsão consuma-se, independentemente da obtenção da vantagem indevida. c) Crimes de mera conduta ou de simples a�vidade: o �po penal se limita a descrever uma conduta sem resultado algum. Ex: Ato obsceno. 4. QUANTO AO MOMENTO EM QUE SE CONSUMA O CRIME: a) Crime instantâneo ou de estado: a consumação se verifica em um momento determinado, não se prolonga no tempo. Ex: furto. b) Crime permanente: a consumação se prolonga no tempo, por vontade do agente. O ordenamento jurídico é agredido reiteradamente. Subdividem-se em: necessariamente permanentes, que exige, para a consumação, a manutenção da ação contrária ao Direito por tempo relevante, v.g., sequestro; e eventualmente permanentes, que são crimes instantâneos, mas a ofensa ao bem jurídico tutelado se prolonga no tempo, v.g., furto de energia elétrica. c) Crime instantâneo de efeitos permanentes: os efeitos de delito subsistem após a consumação, independentemente da vontade do agente. Ex: bigamia, homicídio. d) Crime a prazo: a consumação exige a fluência de determinado período. Ex: seqüestro em que a privação de liberdade dura mais de quinze dias (CP, art. 148, §1º, III). 5. QUANTO AO NÚMERO DE AGENTES ENVOLVIDOS: a) Crimes unissubje�vos, unilaterais, monossubje�vos ou de concurso eventual: são pra�cados por um único agente, admi�ndo-se concurso. Ex: homicídio. b) Crimes plurissubje�vos, plurilaterais ou de concurso necessário: o �po penal reclama a pluralidade de agentes, que podem ser coautores ou par�cipes. Esses crimes subdividem-se em: (1) crimes bilaterais (ou de encontro), onde o �po penal reclama dois agentes cujas condutas tendem a se encontrar, ex: bigamia; (2) crimes cole�vos (ou de convergência), onde o �po penal reclama a existência de três ou mais agentes, ex: rixa (condutas contrapostas) ou quadrilha ou bando (condutas paralelas). Não se deve confundir os crimes plurissubje�vos com os crimes de par�cipação necessária. Estes podem ser pra�cados por uma única pessoa, não obstante o �po penal reclame a par�cipação necessária de outra pessoa, que atua como sujeito passivo e não é punido, ex: rufianismo, CP, art. 230. c) Crimes eventualmente cole�vos: são aqueles em que, não obstante o seu caráter unilateral, a diversidade de agentes atua como causa de majoração da pena. Ex: furto qualificado. 03/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes. http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 3/9 6. QUANTO AO NÚMERO DE VÍTIMAS: a) Crime de subje�vidade passiva única: �po penal tem uma única ví�ma. Ex: estupro. b) Crimes de dupla subje�vidade passiva: o �po penal prevê a existência de duas ou mais ví�mas. Ex: violação de correspondência (remetente e des�natário). 7. QUANTO AO GRAU DE INTENSIDADE DO RESULTADO: a) Crime de dano ou de lesão: a consumação somente se efe�va com a lesão do bem jurídico tutelado. Ex: lesões corporais. b) Crime de perigo: consumam-se com a mera exposição do bem jurídico tutelado a uma situação de perigo. Subdividem-se em: crime de perigo abstrato (basta a prá�ca da conduta, havendo presunção juris et de jure de exposição a perigo de dano, ex: tráfico de drogas), de perigo concreto (consuma-se com a efe�va comprovação da exposição a perigo, ex: crime de perido para a vida ou saúde de outrem, art. 132), de perigo individual (a�nge uma pessoa ou um determinado número de pessoas, ex: perigo de contágio venéreo), de perigo comum ou cole�vo (o perigo já está ocorrendo, ex: abandono de incapaz), de perigo iminente (o perigo está prestes a ocorrer) e de perigo futuro ou mediato (o perigo se projeta para o futuro, ex: porte ilegal de arma). 8. QUANTO AO NÚMERO DE ATOS EXECUTÓRIOS QUE INTEGRAM A CONDUTA: a) Crime unissubsistente: a conduta se revela mediante um único ato de execução, capaz, por si só, de produzir a consumação. Não admite tenta�va. Ex: crimes contra a honra pra�cados com o emprego da palavra. b) Crime plurissubsistente: a conduta se exterioriza por meio de dois ou mais atos, que devem somar-se para produzir a consumação. Ex: homicídio pra�cado com golpes de faca. 9. COM RELAÇÃO À FORMA COMO É PRATICADO O CRIME: a) Crime comissivo ou de ação: é pra�cado mediante conduta posi�va. Ex: roubo. b) Crime omissivo ou de omissão: come�do por meio de uma conduta nega�va, uma inação. Subdividem-se em: Ä Crime omissivo próprio ou puro: a omissão está con�da no �po penal, prevendo a conduta nega�va como forma de pra�car o delito. Não há dever jurídico de agir, portanto, qualquer pessoa que se encontre na posição indicada pelo �po penal responderá apenas pela omissão, e não pelo resultado naturalís�co. Ex: omissão de socorro, art. 135. Ä Crime omissivo impróprio, espúrio ou comissivo por omissão: o �po penal aloja uma conduta posi�va, e o agente, que tem o dever 03/08/2017 Teoria Geral do Crime:Classificação dos crimes. http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 4/9 jurídico de evitar o resultado, realiza uma conduta nega�va, respondendo penalmente pelo resultado naturalís�co. Ex: mãe que mata filho por não amamentá-lo. Ä Crime omissivo por comissão: nesse caso, há uma ação provocadora da omissão. Grande parte da doutrina não reconhece essa categoria de delito. Ä Crime omissivo "quase-impróprio": essa classificação, ignorada pelo direito penal pátrio, diz respeito à omissão que não produz lesão ao bem jurídico, mas apenas um perigo de lesão, abstrato ou concreto. c) Crime de conduta mista: o �po penal é composto de duas fases dis�ntas, uma inicial posi�va e outra final, omissiva. Ex: apropriação de coisa achada e omissão em devolvê-la (CP, art. 169, parágrafo único, inciso II). 10. QUANTO AO MODO DE EXECUÇÃO: a) Crime de forma livre: admitem qualquer meio de execução. Ex: ameaça, art. 147. b) Crime de forma vinculada: somente pode ser pra�cado através dos meios indicados pelo �po penal. Ex: perigo de contágio venéreo (CP, art. 130). 11. QUANTO AO NÚMERO DE BENS JURÍDICOS ATINGIDOS: a) Crimes mono-ofensivos: ofendem a um único bem jurídico. Ex: furto (viola o patrimônio). b) Crimes pluriofensivos: a�ngem dois ou mais bens jurídicos. Ex: latrocínio (vida e patrimônio). 12. QUANTO À EXISTÊNCIA AUTÔNOMA DO CRIME: a) Crimes principais: aqueles que possuem existência autônoma, independendo da prá�ca de crime anterior. Ex: estupro. b) Crimes acessórios, de fusão ou parasitários: dependem da prá�ca de crime anterior para a sua existência. Ex: receptação (CP, art. 180). Segundo o Código Penal, a ex�nção da punibilidade do crime principal não se estende ao acessório (CP, art. 108). 13. QUANTO À NECESSIDADE DE EXAME DE CORPO DE DELITO COMO PROVA: a) Crime transeunte ou de fato transitório: são aqueles que não deixam ves�gios materiais. Ex: ameaça, calúnia, desacato. Nesse caso, não se realiza perícia. b) Crime não transeunte ou de fato permanente: deixam ves�gios materiais. Ex: homicídio. Nesse caso, a falta de exame de corpo de delito acarreta a nulidade da ação penal. 03/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes. http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 5/9 14. QUANTO AO LOCAL EM QUE O CRIME É PRATICADO: a) Crimes à distância: são aqueles em que conduta e resultado ocorrem em países diversos. Ante a adoção da teoria da ubiqüidade quanto ao lugar do crime, a conduta ou o resultado ocorrendo em território nacional, aplica-se a legislação penal pátria. b) Crimes plurilocais: a conduta e o resultado se desenvolvem em comarcas diversas, sediadas no mesmo país. Nesse caso, opera-se a teoria do resultado adotada pelo CPP, em seu art. 70, como competência para aplicação da lei penal. c) Crimes em trânsito: somente uma parte da conduta ocorre em outro país, sem lesionar ou expor a perigo bem jurídicos das pessoas que nele vivem. Ex: Argen�no envia carta com ofensa a americano, e a carta passa por território brasileiro. 15. QUANTO AO VÍNCULO EXISTENTE ENTRE OS CRIMES: a) Crimes independentes: não apresentam nenhuma ligação com outros delitos. b) Crimes conexos: ocorre uma ligação dos delitos entre si. Essa conexão pode ser penal ou processual. A conexão penal, que nos interessa, divide-se em: Ä Conexão teleológica ou ideológica: o crime é pra�cado para assegurar a execução de outro delito. Ä Conexão consequencial ou causal: o crime é come�do na seqüência de outro, para assegurar a impunidade, ocultação ou vantagem de outro delito. Essas duas espécies possuem previsão legal, servindo como agravantes do crime (em caso de homicídio, servem como qualificadoras), CP, art. 61. [] Ä Conexão ocasional: o crime é pra�cado como conseqüência da ocasião, proporcionada pela prá�ca do crime antecedente. Ex: estupro pra�cado após o roubo. Trata-se de criação doutrinária, sem amparo legal. 16. QUANTO À LIBERDADE PARA INICIAR A AÇÃO PENAL: a) Crimes condicionados: a inauguração da persecução penal depende de uma condição obje�va de procedibilidade. A legislação expressamente indica essa hipótese. b) Crimes incondicionados: a instauração da persecução penal é livre, podendo o Estado iniciá-la sem nenhuma autorização. No direito penal e processual penal em nosso ordenamento pátrio é que, quando o �po penal estabelecer espécie de crime condicionado, ou seja, que dependerá de condição obje�va de procedibilidade para a instauração da ação penal, ele mesmo expressamente o indicará. Não havendo menção expressa a respeito, aplica-se a regra geral de crime incondicionado, ou seja, a ação penal será pública incondicionada, não requerendo nenhuma condição para que o Estado inicie a persecução penal. http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 03/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes. http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 6/9 17. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES: Ü Crime gratuito: é o crime pra�cado sem mo�vo conhecido. Não se confunde com mo�vo fú�l, pois neste há mo�vação, porém, desproporcional ao crime pra�cado. Ü Crime de ímpeto: é o come�do sem premeditação, como decorrência da reação emocional repen�na. Ü Crime exaurido: é aquele que o agente, após alcançada a consumação, insiste em agredir o bem jurídico já ferido. Não cons�tui novo crime, mas apenas no desdobramento da conduta perfeita e acabada. Ü Crime de circulação: é o pra�cado em veículo automotor, a �tulo de dolo ou culpa. Ü Crime de atentado ou de empreendimento: é aquele que a lei pune igualmente o delito consumado e sua forma tentada. Ex: CP, art. 352 – “evadir-se, ou tentar evadir-se...”. Ü Crime de opinião ou de palavra: come�do com excesso abusivo na manifestação do pensamento, seja pela forma escrita ou verbal. Ü Crime mul�tudinário: é aquele pra�cado pela mul�dão, em tumulto. A lei não define o que seria mul�dão, assim, analisa-se o caso concreto. No direito canônico, exigia-se, no mínimo, 40 pessoas. Ü Crime vago: é aquele em que o sujeito passivo é des�tuído de personalidade jurídica, como a família, sociedade, etc. Ü Crime internacional: aquele que o Brasil, por tratado ou convenção devidamente incorporado ao ordenamento pátrio, se comprometeu a punir. Ex: CP, art. 231 – tráfico de pessoas. Ü Crime de mera suspeita, sem ação ou mera posição: o agente não realiza a conduta, mas é punido pela suspeita despertada em seu modo de agir[3] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftn3] . Não encontrou amparo em nossa doutrina. De forma temerária, exemplifica-se a contravenção penal do art. 25 – posse de instrumento usual na prá�ca de furto. Ü Crime inominado: é aquele que ofende regra é�ca ou cultural consagrada pelo Direito Penal, embora não definido como infração penal. Não é aceito por ferir o princípio da reserva legal[4] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftn4] . Ü Crime habitual: é o que se consuma com a prá�ca reiterada e uniforme de vários atos que revelam um indesejável es�lo de vida do agente. Ex: CP, art. 282 – medicina ilegal. Ü Crime profissional: é o crime habitual come�do com finalidade lucra�va. Ex: CP, art. 230 – rufianismo. Ü Quase-crime: na verdade, não há crime. É o nome doutrinário do crime impossível e da par�cipação impunível. Ü Crime subsidiário: é o que somente se verifica se o fato não cons�tuir crime mais grave. Ex: CP, art. 163 – crime de dano. Nelson Hungria o chama “soldado de reserva”. Ü Crime hediondo: é todo delito que se enquadra no art. 1º da Lei 8.072/1990, na forma consumada ou tentada. Adoção do critério legal. file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn3 file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn403/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes. http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 7/9 Ü Crime de expressão: é o que se caracteriza pela existência de um processo intelec�vo interno do autor. Ex: CP, art. 342 – falso testemunho. Ü Crime de intenção: é aquele que o agente quer e persegue o resultado que não precisa ser alcançado para a sua consumação. Ex: CP, art. 159 – extorsão mediante seqüestro. Ü Crime de tendência ou de a�tude pessoal: é aquele que a a�tude pessoal e a tendência interna do agente delimitam a �picidade ou não da conduta pra�cada. Ex: toque do ginecologista. Ü Crime mu�lado de dois atos ou �pos imperfeitos de dois atos: é aquele que o sujeito pra�ca o delito com a finalidade para obter um bene�cio posterior. Ex: falsidade para cometer outro crime. Ü Crime de ação violenta: é o come�do mediante o emprego de violência ou grave ameaça. Ex: roubo. Ü Crime de ação astuciosa: é o pra�cado por meio de fraude, engodo. Ex: estelionato. Ü Crime falho: é a denominação doutrinária da tenta�va perfeita ou acabada. O agente esgota os meios executórios, mas a consumação não se dá por circunstancias alheias à sua vontade. Ü Crime puta�vo, imaginário ou erroneamente suposto: aquele onde o agente acredita ter realmente pra�cado um crime, mas na verdade, houve um indiferente penal. Trata-se de um não-crime por erro de �po, erro de proibição ou por obra de agente provocador. Ü Crime reme�do: é o que se verifica quando o �po penal faz referencia a outro crime, que passa a integrá-lo. Ex: CP, art. 304 – fazer uso de documento falso. Ü Crime de responsabilidade: dividem-se em próprios (crimes comuns ou especiais) e impróprios (infrações administra�vas), que redundam em sanções polí�cas. Ü Crime obstáculo: é aquele que retrata atos preparatórios, mas foram �pificados como crimes autônomos pelo legislador. Ex: CP, art. 288 – quadrilha ou bando. Ü Crime progressivo: é aquele que enseja sucessivas violações a bens jurídicos, de maneira grada�va, até chegar ao mais grave. Observa-se, nesse caso, o princípio da consunção, havendo a absorção do menos grave pelo mais grave[5] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftn5] . ex: lesão corporal e homicídio. Ü Progressão criminosa: verifica-se com a mutação do dolo do agente, que, inicialmente, desejava o delito menos grave, mas, após a sua consumação, decide progredir na conduta, pra�cando o mais grave. Também aplica-se o princípio da consunção. Ü Crime de impressão: são aqueles que provocam determinado estado de ânimo, de impressão na ví�ma. Subdividem-se em crimes de inteligência (pra�cados mediante o engano), crimes de vontade (recaem na vontade da ví�ma quanto à sua autodeterminação) ou crimes de sen�mento (incidem nas faculdades emocionais da ví�ma). Ü Crimes militares: são os �pificados pelo Código Penal Militar (Decreto-Lei 1.001/1969). Subdividem-se em próprios[6] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftn6] (exclusivamente militares, ex: deserção) e impróprios file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn5 file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn6 03/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes. http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 8/9 (previstos tanto no CPM quanto no CP, ex: furto). Há também os crimes militares em tempo de paz (CPM, art. 9º) e os crimes militares em tempo de guerra (CPM, art. 10). Ü Crimes falimentares: são os �pificados pela Lei de falências (Lei 11.101/2005). Ü Crimes funcionais ou delicta in officio: são aqueles que o �po penal exige seja o autor funcionário público. Dividem-se em próprios (cuja condição funcional é indispensável para a �picidade do ato) e impróprios (se ausente a qualificação funcional, desclassifica-se para outro delito). [1] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftnref1] Fala-se em crimes bicomuns, que são aqueles que não exigem qualquer condição especial, tanto para quem os pratica quanto para quem seja o sujeito passivo. [2] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftnref2] Existem, ainda, os crimes bipróprios, que exigem condição especial tanto do sujeito ativo quanto do sujeito passivo, v.g., infanticídio. [3] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftnref3] Esse conceito foi idealizado por Vicenzo Manzini, na Itália. [4] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftnref4] Idealizado pelo uruguaio Salvagno Campos. [5] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftnref5] Nesses casos, os delitos menos graves, absorvidos pelo delito de maior monta, são chamados de crimes de ação de passagem. [6] [file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20 do%20Crime.doc#_ftnref6] Há entendimentos na doutrina afirmando que crime militar próprio seria aquele cuja ação penal somente possa recair sobre um militar. Postado há 26th December 2011 por Baby Monstrinha Respostas 5 Visualizar comentários Anonymous 1 de dezembro de 2016 21:16 Ter uma foto intima de uma pessoa sem ela saber que essa pessoa tem a foto e crime ?? Responder luiz 6 de dezembro de 2016 14:40 file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref1 file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref2 file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref3 file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref4 file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref5 file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref6 http://www.blogger.com/profile/07583800708279153759 javascript:; http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html?showComment=1480634167682#c8791355174962769945 javascript:; https://www.blogger.com/profile/03049933228364563529 http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html?showComment=1481042419695#c6553425772542832806 03/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes. http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 9/9 Responder Digite seu comentário... Comentar como: Selecionar perfil... Publicar Visualizar manda a foto pra gente analisar kkkk Cristiano Vasconcellos 3 de dezembro de 2016 11:48 Será crime se for usada para algum fim ilícido. Responder Juliano Marta 2 de março de 2017 12:05 Apaga logo a foto! Responder Anonymous 16 de abril de 2017 03:23 Se tiver consentimento da pessoa, só que divulgar para terceiros isso fere o Direito de Personalidade " honra e a fama" Não é penal é civil já. Responder javascript:; https://www.blogger.com/profile/02255899523624417649 http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html?showComment=1480772902574#c8782615645636998179 javascript:; https://www.blogger.com/profile/07879462806281016541 http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html?showComment=1488467112478#c8677416239579871589 javascript:; http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html?showComment=1492323802016#c7165430658298090070 javascript:;
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