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Teoria Geral do Crime_ Classificação dos crimes_

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03/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes.
http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html 1/9
26th December 2011
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
A classificação dos crimes pode ser legal ou doutrinária. Legal é o nome
atribuído ao delito pela lei. É também chamada de rubrica marginal. Doutrinária é o
nome dado pelos estudiosos do Direito às infrações penais. É o objeto de estudo do
presente tópico.
Segundo a doutrina, as classificações podem u�lizar alguns critérios:
 
1. QUANTO À QUALIDADE DO SUJEITO ATIVO:
a) Crimes comuns ou gerais: são aqueles que podem ser pra�cados por
qualquer pessoa, não se exigindo condição especial[1]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftn1] . Ex: homicídio.
b) Crimes próprios ou especiais: são aqueles em que o �po penal exige uma
situação fá�ca ou jurídica diferenciada por parte do sujeito a�vo[2]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftn2] . Admitem coautoria a par�cipação. Ex: peculato, somente
pra�cado por funcionário público.
Os crimes próprios podem ser divididos em puros, que são aqueles cuja ausência
da qualidade especial do sujeito a�vo leva à a�picidade do fato; e impuros, cuja
ausência da elementar diferenciada desclassifica o delito.
c) Crimes de mão própria, de atuação pessoal ou de conduta infungível: são
aqueles que somente podem ser pra�cados pela pessoa expressamente indicada no
�po penal. Ex: falso testemunho. Apenas admitem par�cipação, não aceitando
coautoria, pois não de delega a prá�ca da conduta infracional a terceira pessoa.
 
2. QUANTO À ESTRUTURA DA CONDUTA DELINEADA PELO TIPO PENAL:
a) Crime simples: é aquele que se amolda em um único �po penal. Ex: furto.
b) Crime complexo: resulta da união de dois ou mais �pos penais. Ex: roubo
(furto + ameaça; furto + lesão corporal).
 
3. QUANTO A RELAÇÃO ENTRE A CONDUTA E O RESULTADO NATURALÍSTICO:
a) Crimes materiais ou causais: são aqueles em que o �po penal aloja em seu
interior uma conduta e um resultado necessário, cuja consumação reclama esse
resultado. Ex: homicídio (necessita da morte).
b) Crimes formais, de consumação antecipada ou de resultado cortado: o �po
penal contém em seu bojo uma conduta e um resultado naturalís�co, mas este úl�mo
é desnecessário para a consumação. Ex: extorsão mediante seqüestro (não necessita a
efe�va vantagem sobre a extorsão), ameaça, extorsão.
Teoria Geral do Crime:
Classificação dos crimes.
http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn1
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn2
http://cadernoparaconcurseiros.blogspot.com/2011/12/teoria-geral-do-crime-classificacao-dos.html
03/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes.
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 STJ. Súmula 96. O Crime de extorsão consuma-se, independentemente
da obtenção da vantagem indevida.
c) Crimes de mera conduta ou de simples a�vidade: o �po penal se limita a
descrever uma conduta sem resultado algum. Ex: Ato obsceno.
 
4. QUANTO AO MOMENTO EM QUE SE CONSUMA O CRIME:
a) Crime instantâneo ou de estado: a consumação se verifica em um momento
determinado, não se prolonga no tempo. Ex: furto.
b) Crime permanente: a consumação se prolonga no tempo, por vontade do
agente. O ordenamento jurídico é agredido reiteradamente.
Subdividem-se em: necessariamente permanentes, que exige, para a
consumação, a manutenção da ação contrária ao Direito por tempo relevante, v.g.,
sequestro; e eventualmente permanentes, que são crimes instantâneos, mas a ofensa
ao bem jurídico tutelado se prolonga no tempo, v.g., furto de energia elétrica.
c) Crime instantâneo de efeitos permanentes: os efeitos de delito subsistem
após a consumação, independentemente da vontade do agente. Ex: bigamia,
homicídio.
d) Crime a prazo: a consumação exige a fluência de determinado período. Ex:
seqüestro em que a privação de liberdade dura mais de quinze dias (CP, art. 148, §1º,
III).
 
5. QUANTO AO NÚMERO DE AGENTES ENVOLVIDOS:
a) Crimes unissubje�vos, unilaterais, monossubje�vos ou de concurso
eventual: são pra�cados por um único agente, admi�ndo-se concurso. Ex: homicídio.
b) Crimes plurissubje�vos, plurilaterais ou de concurso necessário: o �po penal
reclama a pluralidade de agentes, que podem ser coautores ou par�cipes.
Esses crimes subdividem-se em: (1) crimes bilaterais (ou de encontro), onde o
�po penal reclama dois agentes cujas condutas tendem a se encontrar, ex: bigamia; (2)
crimes cole�vos (ou de convergência), onde o �po penal reclama a existência de três
ou mais agentes, ex: rixa (condutas contrapostas) ou quadrilha ou bando (condutas
paralelas).
 Não se deve confundir os crimes plurissubje�vos com os crimes de
par�cipação necessária. Estes podem ser pra�cados por uma única
pessoa, não obstante o �po penal reclame a par�cipação necessária
de outra pessoa, que atua como sujeito passivo e não é punido, ex:
rufianismo, CP, art. 230.
c) Crimes eventualmente cole�vos: são aqueles em que, não obstante o seu
caráter unilateral, a diversidade de agentes atua como causa de majoração da pena.
Ex: furto qualificado.
 
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6. QUANTO AO NÚMERO DE VÍTIMAS:
a) Crime de subje�vidade passiva única: �po penal tem uma única ví�ma. Ex:
estupro.
b) Crimes de dupla subje�vidade passiva: o �po penal prevê a existência de
duas ou mais ví�mas. Ex: violação de correspondência (remetente e des�natário).
 
7. QUANTO AO GRAU DE INTENSIDADE DO RESULTADO:
a) Crime de dano ou de lesão: a consumação somente se efe�va com a lesão do
bem jurídico tutelado. Ex: lesões corporais.
b) Crime de perigo: consumam-se com a mera exposição do bem jurídico
tutelado a uma situação de perigo.
Subdividem-se em: crime de perigo abstrato (basta a prá�ca da conduta,
havendo presunção juris et de jure de exposição a perigo de dano, ex: tráfico de
drogas), de perigo concreto (consuma-se com a efe�va comprovação da exposição a
perigo, ex: crime de perido para a vida ou saúde de outrem, art. 132), de perigo
individual (a�nge uma pessoa ou um determinado número de pessoas, ex: perigo de
contágio venéreo), de perigo comum ou cole�vo (o perigo já está ocorrendo, ex:
abandono de incapaz), de perigo iminente (o perigo está prestes a ocorrer) e de perigo
futuro ou mediato (o perigo se projeta para o futuro, ex: porte ilegal de arma).
 
8. QUANTO AO NÚMERO DE ATOS EXECUTÓRIOS QUE INTEGRAM A
CONDUTA:
a) Crime unissubsistente: a conduta se revela mediante um único ato de
execução, capaz, por si só, de produzir a consumação. Não admite tenta�va. Ex: crimes
contra a honra pra�cados com o emprego da palavra.
b) Crime plurissubsistente: a conduta se exterioriza por meio de dois ou mais
atos, que devem somar-se para produzir a consumação. Ex: homicídio pra�cado com
golpes de faca.
 
9. COM RELAÇÃO À FORMA COMO É PRATICADO O CRIME:
a) Crime comissivo ou de ação: é pra�cado mediante conduta posi�va. Ex:
roubo.
b) Crime omissivo ou de omissão: come�do por meio de uma conduta nega�va,
uma inação. Subdividem-se em:
Ä Crime omissivo próprio ou puro: a omissão está con�da no �po
penal, prevendo a conduta nega�va como forma de pra�car o delito.
Não há dever jurídico de agir, portanto, qualquer pessoa que se
encontre na posição indicada pelo �po penal responderá apenas pela
omissão, e não pelo resultado naturalís�co. Ex: omissão de socorro,
art. 135.
Ä Crime omissivo impróprio, espúrio ou comissivo por omissão: o
�po penal aloja uma conduta posi�va, e o agente, que tem o dever
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jurídico de evitar o resultado, realiza uma conduta nega�va,
respondendo penalmente pelo resultado naturalís�co. Ex: mãe que
mata filho por não amamentá-lo.
Ä Crime omissivo por comissão: nesse caso, há uma ação
provocadora da omissão. Grande parte da doutrina não reconhece
essa categoria de delito.
Ä Crime omissivo "quase-impróprio": essa classificação, ignorada
pelo direito penal pátrio, diz respeito à omissão que não produz lesão
ao bem jurídico, mas apenas um perigo de lesão, abstrato ou concreto.
c) Crime de conduta mista: o �po penal é composto de duas fases dis�ntas, uma
inicial posi�va e outra final, omissiva. Ex: apropriação de coisa achada e omissão em
devolvê-la (CP, art. 169, parágrafo único, inciso II).
 
10. QUANTO AO MODO DE EXECUÇÃO:
a) Crime de forma livre: admitem qualquer meio de execução. Ex: ameaça, art.
147.
b) Crime de forma vinculada: somente pode ser pra�cado através dos meios
indicados pelo �po penal. Ex: perigo de contágio venéreo (CP, art. 130).
 
11. QUANTO AO NÚMERO DE BENS JURÍDICOS ATINGIDOS:
a) Crimes mono-ofensivos: ofendem a um único bem jurídico. Ex: furto (viola o
patrimônio).
b) Crimes pluriofensivos: a�ngem dois ou mais bens jurídicos. Ex: latrocínio
(vida e patrimônio).
 
12. QUANTO À EXISTÊNCIA AUTÔNOMA DO CRIME:
a) Crimes principais: aqueles que possuem existência autônoma, independendo
da prá�ca de crime anterior. Ex: estupro.
b) Crimes acessórios, de fusão ou parasitários: dependem da prá�ca de crime
anterior para a sua existência. Ex: receptação (CP, art. 180).
 Segundo o Código Penal, a ex�nção da punibilidade do crime
principal não se estende ao acessório (CP, art. 108).
 
13. QUANTO À NECESSIDADE DE EXAME DE CORPO DE DELITO COMO PROVA:
a) Crime transeunte ou de fato transitório: são aqueles que não deixam
ves�gios materiais. Ex: ameaça, calúnia, desacato. Nesse caso, não se realiza perícia.
b) Crime não transeunte ou de fato permanente: deixam ves�gios materiais.
Ex: homicídio. Nesse caso, a falta de exame de corpo de delito acarreta a nulidade da
ação penal.
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14. QUANTO AO LOCAL EM QUE O CRIME É PRATICADO:
a) Crimes à distância: são aqueles em que conduta e resultado ocorrem em
países diversos. Ante a adoção da teoria da ubiqüidade quanto ao lugar do crime, a
conduta ou o resultado ocorrendo em território nacional, aplica-se a legislação penal
pátria.
b) Crimes plurilocais: a conduta e o resultado se desenvolvem em comarcas
diversas, sediadas no mesmo país. Nesse caso, opera-se a teoria do resultado adotada
pelo CPP, em seu art. 70, como competência para aplicação da lei penal.
c) Crimes em trânsito: somente uma parte da conduta ocorre em outro país,
sem lesionar ou expor a perigo bem jurídicos das pessoas que nele vivem. Ex:
Argen�no envia carta com ofensa a americano, e a carta passa por território brasileiro.
 
15. QUANTO AO VÍNCULO EXISTENTE ENTRE OS CRIMES:
a) Crimes independentes: não apresentam nenhuma ligação com outros delitos.
b) Crimes conexos: ocorre uma ligação dos delitos entre si. Essa conexão pode
ser penal ou processual. A conexão penal, que nos interessa, divide-se em:
Ä Conexão teleológica ou ideológica: o crime é pra�cado para
assegurar a execução de outro delito.
Ä Conexão consequencial ou causal: o crime é come�do na seqüência
de outro, para assegurar a impunidade, ocultação ou vantagem de
outro delito.
Essas duas espécies possuem previsão legal, servindo como agravantes do crime
(em caso de homicídio, servem como qualificadoras), CP, art. 61.
[] Ä Conexão ocasional: o crime é pra�cado como conseqüência da
ocasião, proporcionada pela prá�ca do crime antecedente. Ex: estupro
pra�cado após o roubo. Trata-se de criação doutrinária, sem amparo
legal.
 
16. QUANTO À LIBERDADE PARA INICIAR A AÇÃO PENAL:
a) Crimes condicionados: a inauguração da persecução penal depende de uma
condição obje�va de procedibilidade. A legislação expressamente indica essa hipótese.
b) Crimes incondicionados: a instauração da persecução penal é livre, podendo
o Estado iniciá-la sem nenhuma autorização.
No direito penal e processual penal em nosso ordenamento pátrio é que,
quando o �po penal estabelecer espécie de crime condicionado, ou seja, que
dependerá de condição obje�va de procedibilidade para a instauração da ação penal,
ele mesmo expressamente o indicará. Não havendo menção expressa a respeito,
aplica-se a regra geral de crime incondicionado, ou seja, a ação penal será pública
incondicionada, não requerendo nenhuma condição para que o Estado inicie a
persecução penal.
 
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17. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES:
Ü Crime gratuito: é o crime pra�cado sem mo�vo conhecido. Não se confunde
com mo�vo fú�l, pois neste há mo�vação, porém, desproporcional ao crime pra�cado.
Ü Crime de ímpeto: é o come�do sem premeditação, como decorrência da
reação emocional repen�na.
Ü Crime exaurido: é aquele que o agente, após alcançada a consumação, insiste
em agredir o bem jurídico já ferido. Não cons�tui novo crime, mas apenas no
desdobramento da conduta perfeita e acabada.
Ü Crime de circulação: é o pra�cado em veículo automotor, a �tulo de dolo ou
culpa.
Ü Crime de atentado ou de empreendimento: é aquele que a lei pune
igualmente o delito consumado e sua forma tentada. Ex: CP, art. 352 – “evadir-se, ou
tentar evadir-se...”.
Ü Crime de opinião ou de palavra: come�do com excesso abusivo na
manifestação do pensamento, seja pela forma escrita ou verbal.
Ü Crime mul�tudinário: é aquele pra�cado pela mul�dão, em tumulto. A lei
não define o que seria mul�dão, assim, analisa-se o caso concreto. No direito canônico,
exigia-se, no mínimo, 40 pessoas.
Ü Crime vago: é aquele em que o sujeito passivo é des�tuído de personalidade
jurídica, como a família, sociedade, etc.
Ü Crime internacional: aquele que o Brasil, por tratado ou convenção
devidamente incorporado ao ordenamento pátrio, se comprometeu a punir. Ex: CP,
art. 231 – tráfico de pessoas.
Ü Crime de mera suspeita, sem ação ou mera posição: o agente não realiza a
conduta, mas é punido pela suspeita despertada em seu modo de agir[3]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftn3] . Não encontrou amparo em nossa doutrina. De forma
temerária, exemplifica-se a contravenção penal do art. 25 – posse de instrumento usual
na prá�ca de furto.
Ü Crime inominado: é aquele que ofende regra é�ca ou cultural consagrada
pelo Direito Penal, embora não definido como infração penal. Não é aceito por ferir o
princípio da reserva legal[4]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftn4] .
Ü Crime habitual: é o que se consuma com a prá�ca reiterada e uniforme de
vários atos que revelam um indesejável es�lo de vida do agente. Ex: CP, art. 282 –
medicina ilegal.
Ü Crime profissional: é o crime habitual come�do com finalidade lucra�va. Ex:
CP, art. 230 – rufianismo.
Ü Quase-crime: na verdade, não há crime. É o nome doutrinário do crime
impossível e da par�cipação impunível.
Ü Crime subsidiário: é o que somente se verifica se o fato não cons�tuir crime
mais grave. Ex: CP, art. 163 – crime de dano. Nelson Hungria o chama “soldado de
reserva”.
Ü Crime hediondo: é todo delito que se enquadra no art. 1º da Lei 8.072/1990,
na forma consumada ou tentada. Adoção do critério legal.
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn3
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn403/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes.
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Ü Crime de expressão: é o que se caracteriza pela existência de um processo
intelec�vo interno do autor. Ex: CP, art. 342 – falso testemunho.
Ü Crime de intenção: é aquele que o agente quer e persegue o resultado que
não precisa ser alcançado para a sua consumação. Ex: CP, art. 159 – extorsão mediante
seqüestro.
Ü Crime de tendência ou de a�tude pessoal: é aquele que a a�tude pessoal e a
tendência interna do agente delimitam a �picidade ou não da conduta pra�cada. Ex:
toque do ginecologista.
Ü Crime mu�lado de dois atos ou �pos imperfeitos de dois atos: é aquele que
o sujeito pra�ca o delito com a finalidade para obter um bene�cio posterior. Ex:
falsidade para cometer outro crime.
Ü Crime de ação violenta: é o come�do mediante o emprego de violência ou
grave ameaça. Ex: roubo.
Ü Crime de ação astuciosa: é o pra�cado por meio de fraude, engodo. Ex:
estelionato.
Ü Crime falho: é a denominação doutrinária da tenta�va perfeita ou acabada.
O agente esgota os meios executórios, mas a consumação não se dá por circunstancias
alheias à sua vontade.
Ü Crime puta�vo, imaginário ou erroneamente suposto: aquele onde o agente
acredita ter realmente pra�cado um crime, mas na verdade, houve um indiferente
penal. Trata-se de um não-crime por erro de �po, erro de proibição ou por obra de
agente provocador.
Ü Crime reme�do: é o que se verifica quando o �po penal faz referencia a
outro crime, que passa a integrá-lo. Ex: CP, art. 304 – fazer uso de documento falso.
Ü Crime de responsabilidade: dividem-se em próprios (crimes comuns ou
especiais) e impróprios (infrações administra�vas), que redundam em sanções
polí�cas.
Ü Crime obstáculo: é aquele que retrata atos preparatórios, mas foram
�pificados como crimes autônomos pelo legislador. Ex: CP, art. 288 – quadrilha ou
bando.
Ü Crime progressivo: é aquele que enseja sucessivas violações a bens jurídicos,
de maneira grada�va, até chegar ao mais grave. Observa-se, nesse caso, o princípio da
consunção, havendo a absorção do menos grave pelo mais grave[5]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftn5] . ex: lesão corporal e homicídio.
Ü Progressão criminosa: verifica-se com a mutação do dolo do agente, que,
inicialmente, desejava o delito menos grave, mas, após a sua consumação, decide
progredir na conduta, pra�cando o mais grave. Também aplica-se o princípio da
consunção.
Ü Crime de impressão: são aqueles que provocam determinado estado de
ânimo, de impressão na ví�ma. Subdividem-se em crimes de inteligência (pra�cados
mediante o engano), crimes de vontade (recaem na vontade da ví�ma quanto à sua
autodeterminação) ou crimes de sen�mento (incidem nas faculdades emocionais da
ví�ma).
Ü Crimes militares: são os �pificados pelo Código Penal Militar (Decreto-Lei
1.001/1969). Subdividem-se em próprios[6]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftn6] (exclusivamente militares, ex: deserção) e impróprios
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn5
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftn6
03/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes.
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(previstos tanto no CPM quanto no CP, ex: furto). Há também os crimes militares em
tempo de paz (CPM, art. 9º) e os crimes militares em tempo de guerra (CPM, art. 10).
Ü Crimes falimentares: são os �pificados pela Lei de falências (Lei
11.101/2005).
Ü Crimes funcionais ou delicta in officio: são aqueles que o �po penal exige seja
o autor funcionário público. Dividem-se em próprios (cuja condição funcional é
indispensável para a �picidade do ato) e impróprios (se ausente a qualificação
funcional, desclassifica-se para outro delito).
[1]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftnref1] Fala-se em crimes bicomuns, que são aqueles que
não exigem qualquer condição especial, tanto para quem os pratica quanto
para quem seja o sujeito passivo.
[2]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftnref2] Existem, ainda, os crimes bipróprios, que exigem
condição especial tanto do sujeito ativo quanto do sujeito passivo, v.g.,
infanticídio.
[3]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftnref3] Esse conceito foi idealizado por Vicenzo Manzini, na
Itália.
[4]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftnref4] Idealizado pelo uruguaio Salvagno Campos.
[5]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftnref5] Nesses casos, os delitos menos graves, absorvidos
pelo delito de maior monta, são chamados de crimes de ação de passagem.
[6]
[file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20
do%20Crime.doc#_ftnref6] Há entendimentos na doutrina afirmando que crime
militar próprio seria aquele cuja ação penal somente possa recair sobre um
militar.
Postado há 26th December 2011 por Baby Monstrinha
 
Respostas
5 Visualizar comentários
Anonymous 1 de dezembro de 2016 21:16
Ter uma foto intima de uma pessoa sem ela saber que essa pessoa tem a
foto e crime ??
Responder
luiz 6 de dezembro de 2016 14:40
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref1
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref2
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref3
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref4
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref5
file:///C:/Users/Usuario/AppData/Local/Temp/Rar$DI76.237/03.%20Teoria%20Geral%20do%20Crime.doc#_ftnref6
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03/08/2017 Teoria Geral do Crime: Classificação dos crimes.
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manda a foto pra gente analisar kkkk 
Cristiano Vasconcellos 3 de dezembro de 2016 11:48
Será crime se for usada para algum fim ilícido. 
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Juliano Marta 2 de março de 2017 12:05
Apaga logo a foto!
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Anonymous 16 de abril de 2017 03:23
Se tiver consentimento da pessoa, só que divulgar para terceiros isso fere
o Direito de Personalidade " honra e a fama" Não é penal é civil já.
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