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APOSTILA DE HISTÓRIA - 1° BIMESTRE 2020-convertido

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ABSOLUTISMO MORNÁQUICO 
O Absolutismo foi um sistema político que, em geral, defendia o poder absoluto do monarca sobre 
o Estado e foi muito comum a partir do século XVI até meados do século XIX em diversas partes da 
Europa. Essa forma de governo estava diretamente ligada com o processo de formação dos Estados 
Nacionais (nações modernas) e com a ascensão da classe mercantil conhecida como burguesia, assim 
como se relacionava a uma série de outras transformações ocorridas na Europa desde a Baixa Idade 
Média. 
SURGIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Dinastia Tudor, tendo 
Henrique VIII como o primeiro 
monarca. A instituição do 
Absolutismo na Inglaterra deu- 
se graças ao apoio da burguesia 
e do Parlamento, iniciando em 
1485. 
À medida que o Estado Nacional foi consolidando suas 
fronteiras e demandas e com o surgimento de uma forte classe 
mercantil, houve a necessidade de um representante que 
defendesse seus interesses e, assim, o poder passou a ser 
concentrado na figura do monarca. Diferentemente do que 
acontecia durante a Idade Média em que o poder do real não era 
unânime e, por isso, era necessário o auxílio dos nobres para 
composição do exército, por exemplo, no Absolutismo, o monarca 
controlava todo o poder na tomada de decisões da nação. 
Assim, eram determinadas pelo rei a organização das leis, a 
criação dos impostos, a delimitação e implantação da justiça etc. 
Surgiu ainda, nesse período, a burocracia, toda uma estrutura de 
governo que era responsável pela execução do trabalho 
administrativo da nação, de forma a auxiliar o rei na administração 
do Estado recém-criado. 
Com a delimitação das fronteiras nacionais, o Absolutismo 
contribuiu para a diminuição das diferenças culturas locais, ou seja, 
houve uma padronização. Assim, uma só moeda foi implantada e um 
só idioma foi escolhido para toda a nação. Com o fortalecimento do 
comércio, foi criada uma série de impostos para a sua regulação, além 
de impostos alfandegários para a defesa da economia interna. 
A partir desses impostos, o rei pôde montar um exército permanente 
que ficava a seu serviço na defesa interna, em casos de rebeliões, e na defesa externa, em casos de 
conflitos. Além disso, do ponto de vista religioso, o poder real foi visto como uma escolha direta de Deus, 
portanto, indiscutível. 
O Absolutismo não possuía, entretanto, características homogêneas e apresentava também suas 
particularidades em diferentes locais. Dessa forma, destacaram-se três modelos desse sistema político: 
o francês, o inglês e o espanhol. O rei francês Luís XIV foi o melhor exemplo de aplicação do poder 
Absolutismo. 
DEFESA DO PODER REAL 
 
À medida que o poder real era fortalecido, uma série de teóricos escreveram sobre a justificativa 
do poder absoluto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O principal livro escrito 
por Thomas Hobbes foi 
Leviatã. Para Hobbes, o 
Estado deve ser forte e 
com o poder 
centralizado, pois ele 
precisa ter capacidade 
para conter os impulsos 
naturais que promovem 
uma relação caótica 
entre as pessoas. 
Entre eles, destacaram-se Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes, Jacques Bossuet. Nicolau 
Maquiavel, em seu O Princípe, justificou o uso da violência para manter 
o controle sobre a população, pois defendia a ideia de que “os fins 
justificariam os meios” e afirmava que mais valia para o rei ser temido 
que amado. Em O Leviatã, Thomas Hobbes argumentou que o poder real 
era necessário para colocar a ordem no mundo. Esse teórico defendeu a 
teoria de que, antes do poder absoluto do rei, a Europa vivia em um 
estado de caos no qual a violência predominava, pois, segundo Hobbes, 
o homem era mau por natureza, logo, somente o poder absoluto do rei 
seria capaz de colocar tudo em ordem. Jacques Bossuet, em seu A 
política retirada da escritura sagrada, justificou que o poder do rei 
procedia de Deus, sendo assim, contestar o poder real seria o mesmo 
que contestar ao próprio Deus. 
ABSOLUTISMO 
FRANCÊS 
O absolutismo francês, em especial, 
expressou toda a pujança desse modelo 
político. O rei Luís XIV (1643-1715), 
conhecido como “Rei Sol”, personificou 
todas as características do absolutismo, e a ele foi atribuída a frase “O 
Estado sou Eu”. Essa característica de representação completa do Estado 
fazia do rei um elemento político absoluto. Daí vem o termo absolutismo. 
Os Estados Modernos europeus e o modelo absolutista nasceram como 
uma resposta à profunda crise política e social advinda das guerras civis e 
religiosas que assolaram a Europa nos séculos XVI e XVII. Essas guerras 
eram decorrentes das reformas protestantes e do enfrentamento que os 
reis das dinastias católicas deram às propostas políticas ancoradas no 
luteranismo e no calvinismo. 
Na França, os principais arquitetos do Estado fortalecido e centralizado 
na figura do rei foram o cardeal Richelieu (1585-1642), que fora primeiro- 
ministro do rei Luís XIII, e Jacques Bossuet (1627-1704), teólogo que 
engendrou uma das principais defesas teóricas do absolutismo, 
reivindicando, inclusive, a relação íntima desse tipo de governo com a 
própria dinâmica da História. Richelieu 
preparou o terreno para a centralidade 
do poder na figura do rei: limitou a 
influência dos nobres nas decisões 
políticas administrativas, ampliou a 
força dos funcionários reais e criou 
uma forte burocracia controlada pelo 
rei. Tudo isso amparado naquilo que 
ele denominava de “razão de estado”. 
Jacques Bossuet, por sua vez, foi 
um dos principais seguidores e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O principal livro escrito 
por Nicolau 
Maquiavel O Príncipe, 
dedicado a Lourenço de 
Médici. Nessa obra, o 
autor sugeriu as 
condições necessárias 
para que um soberano 
absoluto fosse capaz de 
conquistar, reinar e, 
principalmente, manter 
seu poder. 
admiradores do rei Luís XIV, sucessor de Luís XIII. Sua principal obra intitula-se “Política tirada das 
Sagradas Escrituras”. Nela, Bossuet, apoiando-se na tradição católica, especialmente em autores como 
Santo Agostinho, tensionou estabelecer uma teoria do direito divino do monarca, concebendo que todo 
o poder estava na figura do rei. O rei seria, desse modo, uma autoridade sagrada e incontestável, só 
devendo obediência a Deus. 
O ABSOLUTISMO INGLÊS 
O absolutismo vigorou na Inglaterra entre os 
séculos XVI e XVII, sendo os reinados de 
Henrique 8° e Elizabeth 1ª os mais 
importantes desse período. Em contraste com 
o absolutismo francês, na Inglaterra os 
conflitos religiosos levaram ao 
enfraquecimento do monarca. Além disso, 
desde o século 13 já existia uma constituição 
na Inglaterra - portanto, mais de 500 anos 
antes de a primeira carta magna francesa ser 
aprovada. A constituição inglesa previa quais 
eram as prerrogativas do rei e qual o papel do 
parlamento. Embora o soberano tivesse seu 
poder limitado pela atuação do parlamento, esse fato não impediu a emergência do absolutismo na 
Inglaterra. Mas, de forma muito particular, em virtude da existência de um parlamento que legislava, por 
exemplo, sobre questões fiscais e religiosas - o que não ocorria na França na mesma época -, o modelo 
que existiu ali mesclou a centralização política na figura do rei com a descentralização do poder. 
O fortalecimento da monarquia sob o governo de Henrique 8º é sempre associado à reforma 
religiosa ocorrida na Inglaterra por volta de 1530 - que deu origem à Igreja Anglicana. Até então, a Igreja 
Católica sempre teve grande influência política e poder econômico no país, sendo, inclusive, proprietária 
de inúmeras porções de terra. Com sua morte, em 1558, Elizabeth 1ª, filha do segundo casamento de 
Henrique (o rei teve seis esposas), foi coroada rainha. Seu governo representou a consolidação da 
reforma e o fortalecimento do poder real. Ao mesmo tempo, implementou uma política econômica 
fundamentada no mercantilismo, estimulou o desenvolvimento da marinhainglesa (tal como fizera seu 
pai) e iniciou a colonização da América do Norte. 
Foi no governo de Elizabeth também que ocorreu o chamado "cercamento". As terras passaram a 
ser utilizadas como pasto para ovelhas, de onde se obtinha a lã, matéria-prima para a manufatura de 
tecidos. Os camponeses expulsos das terras migraram para as cidades, num movimento que está na 
origem da Revolução Industrial.... 
FIM DO ABSOLUTISMO 
 
O Absolutismo deixou de existir como forma de governo por volta do século XIX, uma vez que 
já era contestado pelos ideais iluministas. A Revolução Francesa e as mudanças que surgiram a 
partir dela contribuíram para o fim dessa forma de governo em toda a Europa. Tais mudanças 
buscavam a descentralização do poder, ou seja, o oposto do que era defendido até então, como 
também questionavam a teoria da vontade divina do poder real, pois o Iluminismo defendia a 
racionalização do pensamento humano 
REVOLUÇÃO INGLESA 
A Revolução Inglesa, ocorrida no século XVII, foi um dos principais 
acontecimentos da Idade Moderna. Foi considerada a primeira das 
grandes revoluções burguesas, isto é, as revoluções encabeçadas por 
lideranças da burguesia europeia, que havia se tornado expressivamente 
forte, do ponto de vista econômico, ao longo dos séculos XVI e XVII, e que 
precisava alcançar legitimidade política. 
Com o processo da revolução, a burguesia da Inglaterra, por meio 
de uma guerra civil e da atuação do Parlamento, conseguiu combater 
o Estado absolutista desse país e reformular a estrutura política, que 
culminaria na modelo da Monarquia Parlamentarista em 1688 
ANTECEDENTES DA 
REVOLUÇÃO INGLESA 
Durante grande parte do século XVI, a burguesia inglesa esteve bem 
articulada com os nobres e os reis pertencentes à dinastia 
Tudor (Henrique VIII e sua filha Elizabeth), que consolidaram a Reforma 
Anglicana. A reforma religiosa de Henrique VIII proporcionou grandes 
benefícios financeiros tanto para nobres quanto para burgueses da 
Inglaterra. Isso porque teve início o processo de 
conversão das antigas terras feudais, de domínio da 
Igreja Católica, em propriedades privadas, o que 
possibilitou a formação dos cercamentos e dos 
arrendamentos que foram vendidos aos burgueses que 
pretendiam explorar minas de carvão ou praticar alguma 
atividade agrícola. 
Além disso, a ruptura com a Igreja Católica (que não 
era apenas uma instituição com poder espiritual, mas 
detentora de um poder político continental, ao qual boa 
parte das Coroas europeias estava ligada) dispensou a 
Inglaterra de pagar tributos para Roma, bem como 
colocou a marinha inglesa em flagrante rivalidade com 
os navios dos países católicos, sobretudo com os 
espanhóis. Muitos piratas ingleses, conhecidos como 
“lobos do mar”, atacavam navios espanhóis e levavam 
sua mercadoria (na maior parte das vezes, metais 
preciosos) para Inglaterra, o que contribuía para o 
aquecimento do mercado interno do país. 
Como se vê, as principais ações políticas dos Tudor 
acabaram proporcionando uma grande ascensão da 
burguesia, de modo que no fim do século, na década de 
1590, os burgueses já tinham grande força representativa na chamada Câmara dos Comuns (uma das 
câmaras do Parlamento Inglês, que tinha como oposição a Câmara dos Lordes, isto é, dos nobres 
apoiadores da Coroa). O problema é que essa força adquirida pela burguesia estava associada 
 
A Revolução Inglesa é um 
processo histórico ocorrido 
na Inglaterra, Escócia e 
Irlanda no século XVII. 
Trata-se um conjunto de 
guerras civis e mudanças 
de regime político que 
marcaram a ascensão da 
burguesia na Inglaterra. 
 
A Revolução Inglesa pode 
ser dividida em quatro 
fases principais: 
A Revolução Puritana e 
a Guerra Civil, de 1640 a 
1649; 
A República de Oliver 
Cromwell, de 1649 a 1658; 
A Restauração da dinastia 
Stuart, com os reis Charles 
II e Jaime II, de 1660 a 
1688; 
A Revolução Gloriosa, que 
encerrou o reinado de 
Jaime II e instituiu a 
Monarquia Parlamentarista. 
 
Em Março de 1603, aos sessenta e seis anos, a 
famosa rainha inglesa, Elizabeth I (filha de 
Henrique VIII), sofrendo de insônia e de fraqueza 
muscular acaba morrendo, encerrando-se a 
dinastia Tudor na Inglaterra. O trono foi ocupado 
por Jaime I, primo de Elizabeth I e o único 
sucessor viável, pois a rainha não havia deixado 
herdeiros. Com o novo monarca, iniciava-se 
então a dinastia dos Stuarts. 
https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna
https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/igreja-anglicana-e-a-reforma-na-inglaterra.htm
https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/igreja-anglicana-e-a-reforma-na-inglaterra.htm
https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/igreja-anglicana-e-a-reforma-na-inglaterra.htm
ao puritanismo (o calvinismo inglês), que era a religião que mais atraía a burguesia e que dava suporte 
ideológico para o radicalismo político antiabsolutista. 
Somou-se a isso o fato de que os nobres e a Coroa viam-se 
ameaçados pela capacidade da burguesia puritana de acumular 
riquezas. Enquanto a renda da burguesia era oriunda do trabalho e de 
investimentos financeiros, a renda dos nobres advinha de privilégios 
hereditários, da cobrança de impostos e da formação de monopólios 
estatais ao modo mercantilista. Os monarcas que sucederam os Tudor, 
isto é, os Stuart, perceberam que, se não freassem a burguesia no 
campo político, a estrutura monárquica estaria fadada à ruína. 
O primeiro monarca da dinastia Stuart foi Jaime I, que governou 
de 1603 a 1625. Para tentar adequar a Coroa à nova realidade 
financeira da Inglaterra e controlar a ascensão da burguesia, Jaime I 
passou a tomar duas medidas principais: 1) aumento de impostos e 
estabelecimento de empréstimos forçados; e 2) a formação de 
monopólios estatais como forma de participação nos rendimentos dos 
negócios burgueses. Além disso, Jaime deflagrou uma perseguição 
religiosa aos puritanos. Confrontado pela Câmara dos Comuns, 
dissolveu o Parlamento, que ficou inativo de 1614 a 1622. 
Com a ascensão de Carlos I, filho de 
Jaime, ao trono, em 1625, houve uma 
nova tentativa de acordo entre a Coroa 
e o Parlamento para que houvesse um 
novo aumento de impostos. A Câmara 
dos Lordes ficou a favor do rei, mas a 
Câmara dos Comuns novamente o 
confrontou. 
Durante seus 22 anos de 
reinado, Jaime I entrou em 
conflitos com o Parlamento 
inglês, escreveu um livro 
defendendo a "Teoria do direito 
divino dos reis" e casou-se 
com Ana da Dinamarca. Em 
seus últimos anos de vida, o 
soberano sofria de grave gota 
e artrite e pouco antes de 
falecer escolheu Carlos I, seu 
filho, para sucedê-lo no trono. 
Ao final morreu em 
Hertfordshire na data de 27 de 
Março de 1625 
O rei decidiu então dissolver novamente o Parlamento, que ficou 
inativo até 1640. Em 1640, Carlos I entrou em um novo conflito contra 
a Escócia e precisou novamente do tributo dos burgueses para bancar 
a guerra, convocando, assim, mais uma vez, o Parlamento. Novamente 
a Câmara dos Comuns recusou-se a ajudá-lo. Mas ao contrário do que 
ocorrera antes, os burgueses puritanos prepararam-se para um 
enfrentamento total contra o rei e a nobreza. 
Um líder radical puritano chamado Oliver Cromwell organizou um 
exército burguês conhecido como exército dos “Cabeças redondas” por 
se recusarem a usar as perucas dos nobres. Esse exército deflagrou 
guerra contra a Coroa, que foi defendida pelos “Cavaleiros”, isto é, o 
exército tradicional da nobreza. Teve assim início a Revolução Puritana, 
ou Guerra Civil Inglesa. 
 
REVOLUÇÃO PURITANA 
GUERRA CIVIL INGLESA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Rei Carlos I "abriu" uma 
segunda sessão do 
Parlamento inglês, pois o 
soberano esperava que os 
parlamentares finalmente 
cooperariam com sua 
pessoa e lhe oferecessem 
alguns benefícios e 
subsídios. Porém a reação 
foi a contrária, pois alguns 
dos membros da Câmara 
dos Comuns começaram a 
se oporas medidas taxativas 
impostas pelo monarca, 
gerando um novo conflito 
com Carlos I, este que, em 
Janeiro de 1629 acabou por 
pedir novamente a 
dissolulção do Parlamento. 
A guerra civil entre a burguesia 
puritana e a Coroa ficou mais 
intensa quando, em 1642, Oliver 
Cromwell convocou a base da 
pequena burguesia e de 
camponeses para formar o Novo 
Exército Modelo (New Model Army). 
Nessa base, destacaram-se 
os Diggers e Levellers, que se 
caracterizaram por sua radicalidade 
política em assuntos como reforma 
agrária (Diggers) e igualdade de 
diretos entre todos os cidadãos 
(Levellers). 
Com o Novo Exército Modelo, Cromwell conseguiu esmagar as 
forças da Coroa. Em 1649, a ala radical burguesa exigiu a decapitação 
de Carlos I, que ocorreu no dia 31 de janeiro. 
As causas são encontradas nos acontecimentos sociais, 
econômicos, constitucionais e religiosos de todo um século ou mais e, 
sobretudo, nas questões de soberania do Estado Inglês e no 
puritanismo da Igreja. Empenhado em unificar religiosamente o país sob 
a Igreja Anglicana, o rei enfrentou a rebeldia da Escócia, que era quase 
totalmente presbiteriana. 
Esta disputa política cresceu, até provocar um conflito armado, em 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 29 de Janeiro de 1649, 
Carlos I foi julgado pela 
Câmara dos Comuns. Essa 
era a primeira vez em toda a 
história da Inglaterra. A 
sentença imposta ao 
monarca foi a morte. No dia 
seguinte o bruto e tirano 
Carlos I foi decapitado e 
depois enterrado no dia 7 de 
fevereiro na Capela de São 
Jorge, em uma cerimônia 
privada. 
1642. O rei controlava o noroeste do país, enquanto o sudeste — incluindo Londres — encontrava-se sob 
o domínio do parlamento. Em 1643, Oliver Cromwell, com seu regimento da cavalaria, derrotou os 
monarquistas na crucial batalha de Marston Moor. No ano seguinte, destruiu as forças monarquistas na 
batalha de Naseby. A primeira etapa da guerra terminou, em maio de 1646, com a rendição e a prisão 
do monarca. Em 1647, Cromwell dominava o Parlamento. 
O rei rejeitou as condições que se impunham para sua volta ao poder. Conseguindo escapar da 
prisão, chegou a um ‘compromisso’ (Covenant) com os escoceses, cuja proposta para a restituição do 
trono seria o reconhecimento do presbiterianismo como religião oficial de ambos os reinos. Esta foi a 
razão para o início da segunda fase da guerra, em 1648. 
Retomado o controle, o exército começou a expulsão dos presbiterianos do parlamento, denominado 
Parlamento Rabadilha, que criou uma comissão para o julgamento do rei. Declarado culpado por traição, 
Carlos I foi decapitado em 1649. O Parlamento Rabadilha aboliu a monarquia e a Câmara dos Lordes, 
tornando a Inglaterra uma república, situação que perduraria até o retorno de Carlos II do exílio, em 
1660. 
“ REPÚBLICA” DE 
OLIVER CROMWELL (1649-1658) 
Em 19 de maio de 1649 foi proclamada a República, e Cromwell recebeu do Parlamento o título 
de Lord Protector (Lorde Protetor da República). Muitas transformações políticas operadas por Cromwell 
beneficiaram a burguesia que foi por ele liderada na Guerra Civil. Uma dessas transformações foi 
 
O líder da Inglaterra, Oliver 
Cromwell, impôs à Inglaterra 
uma "ditadura" e em 15 de 
Dezembro de 1653 ele foi 
nomeado "Lorde Protetor da 
República", esta posiçãp lhe 
dava o poder de convocar e 
de dissolver o Parlamento, 
mas segundo Constituição, 
teria que obter o voto da 
maioria do Conselho de 
Estado. 
possibilitada pelos chamados Atos de Navegação, aprovados em 
1650, que restringiam o transporte de produtos ingleses apenas aos 
navios da própria Inglaterra. 
No entanto, a exemplo dos monarcas autoritários que havia 
combatido, Cromwell acabou por se voltar contra o Parlamento. Em 
1653, ele o dissolveu com o auxílio do Exército burguês e instituiu uma 
ditadura aberta, que teve como característica principal a execução das 
lideranças que o ajudaram a formar esse mesmo Exército, isto é, 
os Diggers e Levellers, como diz o historiador Christopher Hill, em sua 
obra A Revolução Puritana de 1640: 
“A história da revolução inglesa de 1649 a 1660 pode ser contada em 
poucas palavras. O fuzilamento por Cromwell dos Levellers, em 
Burford, tornou absolutamente inevitável a restauração da monarquia 
e dos senhores, pois a ruptura entre a grande burguesia e a pequena 
nobreza, por um lado, e as forças populares, por outro, significava que 
o seu governo só poderia ser mantido por um exército (o que, a longo 
prazo, provou ser extraordinariamente dispendioso e de difícil 
controle) ou por um compromisso com os representantes da velha 
ordem que restavam.” 
Um tempo mais tarde, em 1657, Cromwell propôs um novo acordo com 
os parlamentares e reabilitou o Parlamento inglês. Todavia, antes que 
esse acordo pudesse vigorar, Cromwell faleceu (1658). Em seu lugar, 
assumiu seu filho, Richard Cromwell, que não tinha o mesmo prestígio 
que o pai, sobretudo frente às classes mais radicais da burguesia. Temendo um levante popular e uma 
nova guerra civil, o Parlamento fez uma manobra arriscada: convocou Carlos II, filho do rei decapitado, 
para assumir o trono e restaurar a dinastia dos Stuart. 
RESTAURAÇÃO DA DINASTIA 
STUART (1660-1688) 
Em 1660, Carlos II assumiu o trono prometendo respeitar os interesses do Parlamento. Mas logo 
começou a se articular com antigas lideranças da nobreza para restaurar o absolutismo, aproximando- 
se da França de Luís XIV. Entretanto, a realidade social já era bem diferente de quando seu pai havia 
reinado e, não conseguindo uma nova composição tradicional, Carlos II iniciou uma ampla perseguição 
religiosa contra os calvinistas. 
Essa perseguição tinha como pano de fundo também a aproximação de Carlos II de membros da 
Igreja Católica. Apesar de anglicanos, os Stuart mantinham boas relações com os membros do clero, os 
quais ainda possuíam grande influência social, além de posse de terras. 
O Parlamento, composto por maioria puritana, ao repudiar as ações de Carlos II, viu-se novamente 
vítima do autoritarismo: o monarca dissolveu-o em 1681 e governou sozinho até a sua morte, em 1685. 
Seu irmão, Jaime II, assumiu o torno, reativou o Parlamento, mas procurou dar seguimento às ações de 
Carlos II, no que se refere à restauração do absolutismo. No entanto, Jaime II foi mais além, convertendo- 
se ao catolicismo e decretando uma série de medidas que beneficiavam os católicos, como a isenção 
de impostos. Novamente, a reação do Parlamento foi imediata. Temendo que Jaime reivindicasse apoio 
da França, os membros do Parlamento trataram de organizar uma manobra política que evitasse um 
possível conflito armado. 
REVOLUÇÃO GLORIOSA E A 
FUNDAÇÃO DA MONARQUIA 
PARLAMENTARISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 1689, o Parlamento reuniu-se e 
declarou que a fuga de James equivaleu à 
abdicação do cargo de governante inglês. 
O trono foi oferecido a Guilherme de de 
Orange e Maria Stuart (filha de Jaime II) 
como governadores conjuntos. Guilherme 
de Orange foi então coroado Rei, com o 
título de Guilherme III, e Maria foi coroada 
como Rainha, com o título de Maria II tanto 
na Inglaterra como na Escócia. O evento 
marcou a supremacia do Parlamento 
sobre a coroa. 
A manobra consistiu na convocação da filha 
de Jaime II, Maria II, à época casada com Guilherme 
de Orange, governador dos Países Baixos (atual 
Holanda), para assumir com o marido o trono da 
Inglaterra. Guilherme de Orange, inicialmente, não 
viu com bons olhos o plano, imaginando que sua 
esposa, como herdeira legítima, teria mais poderes 
que ele. Contudo, mesmo assim, ainda em 1688, 
Guilherme invadiu a Inglaterra com seu exército 
para depor Jaime II e apoiar o Parlamento. 
A Cavalaria da nobreza, que também estava 
descontente com o rei, em vez de defendê-lo, aliou- 
se a Guilherme. A Jaime II, já sem defesa alguma, 
Guilherme de Orange permitiu a fuga para a França, 
onde o monarca permaneceuexilado até o último 
dia de vida. 
Guilherme de Orange assumiu o trono inglês como Guilherme 
III. Por sua ação militar não ter resultado em guerra e 
derramamento de sangue, ela recebeu o nome de Revolução 
Gloriosa. O Parlamento, contudo, estabeleceu diretrizes novas 
para Guilherme e Maria antes de coroá-los. Ambos os reis 
tiveram que se comprometer a cumprir a 
chamada Declaração de Direitos de 1689 (Bill Of Rights). A 
Declaração de Direitos limitava a ação dos reis, de modo a 
impedir qualquer retorno do absolutismo. Os reis passaram a 
ter o poder restrito, e o poder de decisão política concentrou-se no Parlamento, formando-se, assim, 
uma Monarquia Parlamentarista. Além disso, havia o comprometimento com as liberdades individuais, 
principalmente com a liberdade de crenças religiosas. 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
1 - Principalmente a partir do século XVI vários autores passaram a desenvolver teorias, justificando o 
poder real. São os legistas, que através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o absolutismo. 
Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança 
do país que governa. 
Para isso deve usar de todos os meios disponíveis, pois que “os fins justificam os meios” professou suas 
ideias na famosa obra: 
a) “Leviatã” 
b) “Do direito da paz e da Guerra” 
c) “República” 
d) “Política Segundo as Sagradas Escrituras” 
e) “O Príncipe” 
2 - A formação dos Estados Nacionais da Europa ocidental, durante a Época Moderna (século XV ao 
XVIII), embora tenha seguido uma dinâmica própria em cada país, apresentou semelhanças em seu 
processo de constituição. Sobre essas semelhanças é incorreto afirmar: 
a) politicamente, o regime instituído é a monarquia absoluta, da qual a França é o modelo clássico. 
b) o clero e a nobreza tinham posição e prestígio assegurados pela posse de terras e estavam sempre 
juntos na defesa de seus interesses. 
c) em termos sociais, esse período se caracterizou pela lenta afirmação da burguesia, que estava à 
frente de quase todos os empreendimentos da época. 
d) para fortalecer o Estado, os reis adotaram um conjunto de medidas para acumular riquezas e 
desenvolver a economia nacional, denominado de mercantilismo. 
e) a centralização do poder político na Itália ocorreu devido à grande influência da burguesia mercantil 
de Gênova e Veneza. 
3 - Como características gerais dos Estados Modernos, que se organizavam na Europa Ocidental no 
período que vai do século XV ao XVIII, pode-se mencionar entre outros, a 
a) consolidação da burguesia industrial no poder e a descentralização administrativa. 
b) centralização e unificação administrativa, bem como o desenvolvimento do mercantilismo. 
c) confirmação das obrigações feudais e o estímulo à produção urbano-industrial. 
d) superação das relações feudais e a não intervenção na economia. 
e) consolidação do localismo político e a montagem de um exército nacional. 
4 - O período entre 1640 e 1660 viu a destruição de um tipo de Estado e a introdução de uma nova 
estrutura política dentro da qual o capitalismo podia desenvolver-se livremente. 
HILL, Christopher. A Revolução Inglesa de 1640. Lisboa, Presença, 1981. 
O autor do texto está se referindo: 
a) à força da marinha inglesa, maior potência naval da Época Moderna. 
b) ao controle pela coroa inglesa de extensão de áreas coloniais. 
c) ao fim da monarquia absolutista, com a crescente supremacia política do parlamento. 
d) ao desenvolvimento da indústria têxtil, especialmente dos produtos de lã. 
e) às disputas entre burguesia comercial e agrária, que caracterizavam o período. 
5 - Observe a charge alemã, satirizando o líder da Revolução 
Puritana inglesa, Oliver Cromwell, e, de acordo com seus 
conhecimentos históricos, responda à questão seguinte. 
 
 
Charge alemã sobre Oliver Cromwell 
 
É possível afirmar que o artista ao satirizar Cromwell estava 
relacionando-o ao fato de o autointitulado Lorde Protetor: 
a) ter se tornado rei da Inglaterra. 
b) ter cortado a cabeça de Carlos I. 
c) ter se tornado um ditador durante a República Inglesa. 
d) ter reinstaurado a monarquia. 
e) ter reaberto o Parlamento. 
6 - A morte de Cromwell, em 1658, desencadeou uma nova onda revolucionária na Inglaterra, pois seu 
filho e sucessor, Richard, não conseguiu ter a mesma força política do pai. A situação na Inglaterra só se 
estabilizou em 1688, com a chamada: 
a) Revolução Anarquista. 
b) Reforma Anglicana 
c) Revolução dos Navegadores 
d) Revolução Gloriosa 
e) Revolução Industrial 
7 - Leia o texto a seguir. 
Após a decapitação do rei, o Parlamento sofreu nova depuração. Um Conselho de Estado, com 41 
membros, passou a exercer o Poder Executivo. Mas o controle do Estado estava de fato nas mãos de 
Cromwell […] Ofereceram-lhe a coroa, mas ele a recusou: na prática já era um soberano e podia até 
fazer seu sucessor. 
PILETTI, Nelson; ARRUDA, José Jobson de A. Toda a História. São Paulo: Ática, 2000, p. 228. 
Após a morte de seu líder, em 1658, o destino da chamada “República de Cromwell” foi marcado pela 
a) deposição, já no ano seguinte, de seu filho e sucessor, Richard Cromwell, permitindo o início da fase 
de Restauração . 
b) reformulação e fortalecimento do Parlamento inglês, num golpe militar conhecido como Revolução 
Gloriosa. 
c) proibição das práticas puritanas, fazendo com que muitos membros do movimento migrassem para a 
América. 
d) invasão de Guilherme de Orange, que implantou a Lei do Teste, obrigando a todos os funcionários 
públicos a se declararem católicos. 
8 - A Revolução Inglesa do século XVII foi um movimento com características religiosas, políticas, 
econômicas e sociais. Do ponto de vista institucional, ou seja, político, foi uma luta entre 
a) a burguesia e a nobreza progressista. 
b) o Parlamento e o Estado absolutista. 
c) os católicos e os anglicanos. 
d) a pequena burguesia mercantil e a alta burguesia industrial. 
e) a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa. 
9 - Entre as principais ações do monarca Henrique VIII (1491-1547), no período do absolutismo inglês, 
consta: 
a) o fomento à industrialização das cidades britânicas. 
b) a conversão ao islamismo. 
c) a criação da Igreja Anglicana, sobrepondo-se à autoridade da Igreja Católica. 
d) o apoio às medidas contrarreformistas empreendidas pela Igreja Católica. 
e) a submissão integral ao poder do Parlamento. 
 
10 - NÃO constitui característica do Absolutismo na França: 
a) a identificação entre o Estado e a figura do Monarca. 
b) a manutenção do exército nacional permanente. 
c) a centralização dos mecanismos de governo nas mãos do Monarca. 
d) a adoção do racionalismo iluminista como justificador do poder absoluto. 
e) Todas as respostas estão corretas 
11 - Observe a imagem abaixo: 
A família de Luís XIV, de Jean Nocret (1615-1672).* 
Nessa imagem é possível perceber o rei Luís XIV retratado como uma figura mitológica, semelhante a 
um deus. A centralização política de seu reinado chegou ao ápice durante a Idade Moderna, tanto que é 
atribuída a ele a seguinte frase: 
a) “O Estado sou eu”. 
b) “Vim, vi e venci”. 
c) “Saio da vida para entrar na história”. 
d) “Um homem que se curva não endireita os outros.” 
e) “Parecem-me muito mais seguro ser temido do que ser amado”. 
 
O ILUMINISMO – ERA DA RAZÃO 
O movimento Iluminista aconteceu entre 
1680 e 1780, em toda a Europa, sobretudo 
na França, no século XVIII. O 
Iluminismo caracterizou-se pela 
importância dada à razão. Com isso, a 
razão encaminharia o homem à sabedoria 
e o conduziria à verdade. A maior expressão 
da manifestação aconteceu com o 
Iluminismo Francês, a partir daí propagou- 
se por todo o mundo ocidental. Notamos 
que nesse período a França er a 
atormentada pelas contradições do antigo 
No século XVIII 
diversos pensadores 
iluministas praticavam 
uma nova religião, na 
qual adoravam a 
Deusa da Razão. 
Apenas uma minoria 
se autodenominavaateu. 
Regime e, principalmente, pelo jugo de um sistema fundiário moroso (estrutura 
rural deum país), de caráter aguçado, que por fim gerou insatisfação 
nos diversos setores da sociedade, especialmente entre a burguesia e os 
pequenos camponeses. 
CARACTERÍSTICAS 
• Crença infinita na Razão: apenas a razão poderia explicar os fenômenos 
naturais e nortear a vida em sociedade. 
• Oposição à tradição: criticavam as velhas formas feudais de organização social baseadas no privilégio 
e no nascimento. 
• Liberdade, Igualdade e fraternidade: tidos como valores e direitos naturais e universais. 
• Educação laica: apenas através da educação e do pensamento livres se poderia formar cidadãos 
conscientes. 
• Valorização do indivíduo: o individualismo tornou-se uma das marcas da era Contemporânea. 
• Anticlericalismo: oposição ferrenha ao clero identificado com o obscurantismo e o atraso medievais. 
• Liberalismo econômico e político: à liberdade pessoal deveria corresponder as liberdades políticas e 
econômicas. 
• Oposição ao absolutismo: era preciso estabelecer um governo representativo de cidadãos. 
• Oposição ao mercantilismo: o intervencionismo e os privilégios mercantilistas não se coadunavam com 
os desejos de lucros da burguesia. 
• Ideia mecanicista de universo: a partir das ideias da mecânica celeste o homem poderia compreender 
e explicar os mecanismos de funcionamento do mundo. 
• Deus, o Grande Relojoeiro: uma nova ideia de religião e de Deus pode ser concebida graças aos 
avanços científicos e tecnológicos do período. 
PRECURSORES DO ILUMINISMO 
• John Locke: No livro “Tratado do governo civil”, defendeu a liberdade do cidadão e condenou o 
absolutismo. Para Locke o governante deve governar em nome do povo. É considerado o teórico da 
Revolução Inglesa e exerceu grande influência sobre a Independência dos EUA. 
• René Descartes: Lançou as bases do método científico moderno no livro “Discurso do Método”, no qual 
substituiu a fé pela razão como forma de conhecer o mundo e a natureza. É considerado o fundador do 
racionalismo filosófico. Pensadores políticos do Iluminismo. 
PENSADORES POLÍTICOS DO 
ILUMINISMO 
 
• Montesquieu: Na obra “Do Espírito das leis”, sistematizou a 
tripartição dos três poderes (executivo, legislativo e 
judiciário). Interdependentes, mas cada qual com sua 
autonomia. 
• Voltaire: sua obra reflete uma forte crítica ao Antigo Regime 
e um profundo anticlericalismo. Defendeu a tolerância e a 
liberdade de expressão. Suas principais obras são: “Cartas 
Filosóficas”, “Cândido” e “Ensaio sobre os costumes”. 
• Jean-Jacques Rousseau: Na obra “Do Contrato 
Social”, lançou as bases da democracia 
A publicação da Enciclopédia contou com a participação de 
vários expoentes iluministas como Montesquieu e Rousseau. 
Suas ideias se difundiram principalmente entre a burguesia, 
que detinha a maior parte do poder econômico. Entretanto, 
não possuíam nada equivalente em poder político e ficavam 
sempre à margem das decisões. 
moderna. Criticava e condenava os vícios da 
civilização dizendo: “o homem nasce bom, a 
sociedade o corrompe”, criou o mito romântico 
do bom selvagem. No livro “Emílio”, traçou uma 
idéia moderna de educação 
• Diderot e D’Alembert: foram os organizadores da Enciclopédia, que pretendia reunir todo o pensamento 
produzido pela razão. Pensadores Econômicos Fisiocracia: Quesnay, Gournay e Turgot defendiam que a 
natureza (terra) é a principal geradora de riquezas, priorizavam a agricultura. Sua máxima foi: “Laissez 
Faire, laissez passer”, uma crítica ao intervencionismo estatal, pois advogava que a economia deveria 
ser regida pelas leis naturais. Segundo os fisiocratas a indústria apenas transforma as matérias primas, 
não sendo geradora de riquezas. Liberalismo: Adam Smith. Na obra “A riqueza das nações defendeu que 
o trabalho é o principal gerador de riqueza. Smith defendeu a divisão social do trabalho. Suas ideias de 
livre mercado foram amplamente aplicadas a partir do século XIX. 
PENSADORES ECONÔMICOS 
 
Fisiocracia: Quesnay, Gournay e Turgot defendiam que a 
natureza (terra) é a principal geradora de riquezas, priorizavam 
a agricultura. Sua máxima foi: “Laissez Faire, laissez passer”, 
uma crítica ao intervencionismo estatal, pois advogava que a 
economia deveria ser regida pelas leis naturais. Segundo os 
fisiocratas a indústria apenas transforma as matérias primas, 
não sendo geradora de riquezas. 
Liberalismo: Adam Smith. Na obra “A riqueza das 
nações defendeu que o trabalho é o principal gerador 
de riqueza. Smith defendeu a divisão social do 
trabalho. Suas ideias de livre mercado foram 
amplamente aplicadas a partir do século XIX e até hoje. 
Adam Smith sua principal teoria baseava-se na ideia 
de que deveria haver total liberdade econômica para 
que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, 
sem a intervenção do Estado. 
O DESPOTISMO ESCLARECIDO 
Diante da inevitável evolução das ideias revolucionárias, alguns monarcas europeus esboçaram 
reformas modernizadoras baseadas nos ideais iluministas. Significou uma espécie de reformismo de 
fachada em países absolutista da Europa, uma forma de melhorar algumas condições gerais, sem 
questionar o poder absoluto, destacam-se como déspotas esclarecidos: 
 
 
O ILUMINISMO NO BRASIL 
Assim como o Iluminismo se espalhou da França para vários lugares do mundo, também chegou 
ao Brasil. 
Mas, o que foi o Iluminismo para nós, brasileiros? Para começar, é preciso lembrar que os ideais 
iluministas eram contrários à opressão e à desigualdade. Assim como eram contrários à igreja e, 
também, à monarquia. E o que era o Brasil no século XVIII? 
Apenas uma colônia de Portugal, que sequer podia importar os livros franceses, por proibição da 
metrópole. 
No entanto, dois fatores contribuíram para que tivéssemos acesso aos filósofos iluministas: o 
contrabando e os brasileiros que estudavam no exterior. 
https://www.stoodi.com.br/blog/2019/04/29/o-que-e-monarquia/
 
As Colônias do Norte, foram ocupadas 
por ingleses rejeitados e tentavam na 
América uma nova oportunidade. Assim, 
as propriedades eram de pequeno porte, 
com mão de obra familiar e produção 
voltada para o mercado interno o que 
acabou desenvolvendo uma economia 
local. 
 
As Colônias do Sul não tiveram a 
mesma forma de ocupação do território. 
Nessa região as propriedades eram de 
grandes extensões com produções 
agrícolas tropicais que atendiam as 
necessidades da metrópole inglesa e 
com uso de mão – de – obra escrava. 
Ambos trouxeram aquelas ideias para o Brasil e, tanto aqui quanto lá, algumas revoltas se 
estabeleceram, entre elas: 
• A Inconfidência Mineira (1789); 
• A Conjuração Baiana (1798); 
• A Revolução Pernambucana (1817). 
Todas foram derrotadas pelas forças portuguesas, mas até mesmo a independência brasileira, em 
1822, foi influenciada pelo Iluminismo. 
Ou seja, o pensamento iluminista, de caráter burguês e liberal, ecoou muito depois do século das 
luzes e também, para muito longe do berço francês. Contribuiu para criar uma nova estrutura social, com 
reconhecimento de direitos, constituições, separação de poderes e, claro, destituiu muitas monarquias. 
INDEPENDÊNCIA DOS EUA 
Como podemos perceber, o iluminismo não ficou restrito à França e se expandiu não só pela 
Europa, mas chegou à América, se tornando uma das principais influências da Independência dos EUA 
e de outros movimentos emancipacionistas do continente americano como a Inconfidência Mineira. 
Vamos agora entender como se deu o processo de emancipação das Treze Colônias inglesas, que 
originaram os Estados Unidos da América. 
Inicialmente, é necessário 
atentar para o fato de que as Treze 
Colônias tiveram um processo de 
colonização diferente do 
encontrado em outras colônias da 
América. A parte norte era 
composta por colônias de 
povoamento, enquanto a sul, por 
colônias de exploração. Além disso, 
a Inglaterra adotou um modelo de 
colonizaçãonas colônias do norte, 
principalmente, que ficou 
conhecido como “negligência 
salutar”, caracterizado pelo pouco 
intervencionismo da metrópole nas 
questões coloniais. No entanto, a 
mudança nessa postura vai 
começar a desencadear o processo 
emancipatório. 
 
https://www.stoodi.com.br/materias/historia/movimentos-emancipacionistas/
https://www.stoodi.com.br/materias/historia/independencia-do-brasil/
O movimento pela Independência dos Estados Unidos ocorreu na virada da década de 1770 para 
a 1780 e deflagrou uma guerra cujo fim, em 1783, selou a autonomia das Treze Colônias. A Declaração 
de Independência foi redigida e assinada em 04 de julho de 1776. Um dos elementos que tiveram 
grande peso na aceleração da independência foi a Guerra dos Sete Anos (1756 -1763), isto é, a guerra 
travada na América do Norte entre ingleses e franceses pela posse de terras. 
A Guerra dos Sete Anos, vencida pelos ingleses com amplo apoio dos colonos que ali já residiam, 
resultou na anexação de terras antes pertencentes aos franceses. Os colonos que já estavam no novo 
continente pensaram que poderiam beneficiar-se de tais terras como despojo de guerra, mas a coroa 
inglesa tinha outros planos: destinar as novas terras para novos colonos que viriam da Inglaterra para 
ocupá-las. 
Além disso, outros fatores contribuíram para um crescente sentimento de revolta por parte dos 
colonos, como as restrições fiscais da coroa inglesa conhecidas como Leis Proibitivas. Uma dessas leis, 
a Lei do Selo, promulgada em 1765, foi imposta aos colonos após a guerra contra os franceses, 
objetivando tirar a Inglaterra do prejuízo resultante dos gastos militares. O arrocho da Lei do Selo previa 
a impressão de um selo real em todos os produtos para que eles pudessem circular como mercadorias 
certificadas, gerando um dispendioso gasto para os produtores. 
Outras dessas leis, a do Imposto Sobre o 
Chá, foi o principal vetor para a revolta contra a 
Inglaterra. Em 1770, cinco pessoas que 
protestavam contra essa lei na cidade de Boston 
foram assassinadas pela guarda inglesa. Uma 
onda de boicotes às determinações da coroa 
inglesa sobreveio após esse fato. Em dezembro 
de 1773, alguns colonos disfarçaram-se de índios 
e entraram no Porto de Boston para jogar as 
sacas de chá da Companhia das Índias 
Ocidentais, rival do chá americano, ao mar. Essa 
afronta aos ingleses ficou conhecida como Festa 
do Chá de Boston, fato que deu origem a um dos 
mais sólidos movimentos políticos conservadores 
dos Estados Unidos. 
O clima de insatisfação e revolta contaminou 
muitos dos colonos, inclusive alguns que antes não 
No dia 16 de dezembro de 1773, os habitantes das 
colônias americanas rebelaram-se contra uma 
decisão arbitrária da metrópole inglesa, atirando 45 
toneladas de chá ao mar no porto de Boston. 
estavam a favor do choque com a coroa inglesa. Entre os líderes, estavam os nomes de Thomas 
Jefferson, Samuel Adams, Richard Lee e Benjamin Franklin, que organizaram, na Filadélfia, em abril de 
1775, o Primeiro Congresso Continental, onde foi elaborada a declaração de direitos sob inspiração 
iluminista. Em 10 de abril de 1775, ocorreu o primeiro combate em Lexington entre tropas reais e milícias 
de colonos. Outros combates ocorreram em Concord e Bunker Hill. 
No ano seguinte, em 04 de julho de 1776, houve o Segundo Congresso Continental, em que foi 
redigida a Declaração de Independência e houve a criação do exército colonial, que enfrentou com mais 
propriedade o exército inglês. Nos anos que se seguiram, as batalhas vencidas pelos colonos 
americanos, sobretudo após a ajuda de espanhóis e franceses, acabaram por solidificar a autonomia 
dos EUA. 
A CONSTITUIÇÃO DOS EUA 
 
A Constituição Americana foi promulgada 
em 1787 e ratificada dois anos depois pelos 13 
estados americanos. Em 1791, a Carta Magna 
americana receberia o acréscimo da Carta dos 
Direitos (Bill of Rights). 
Após a declaração de Independência das 13 
colônias em relação à Inglaterra, os estados 
americanos adotaram o regime confederado. 
Apesar de haver um governo central, este permitia 
que cada estado fosse autônomo em relação aos 
vizinhos em termos políticos e jurídicos até hoje 
em dia. 
No entanto, o medo que houvesse uma invasão 
britânica ou que se iniciasse uma guerra civil entre os 
Estados, fez com que os representantes de 
cada um se reunissem na cidade de Filadélfia. Ali, 
discutiram várias propostas que resultariam no 
sistema político que daria origem aos Estados Unidos. 
Doze dos 13 estados – exceto Rhode Island – 
estiveram representados na Convenção 
Constitucional através de 55 delegados. 
 
PRINCIPAIS 
ARTIGOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Constituição dos Estados Unidos foi a primeira no 
mundo a usar a palavra “povo” no seu preâmbulo 
 
 
 
É a segunda Constituição em vigor do mundo 
perdendo apenas para a da República de San Marino, 
de 1600. 
Em 230 anos de existência, a Constituição Americana 
recebeu 27 emendas. 
Por isso, é considerada a menor Constituição escrita 
do mundo: tem sete artigos e 27 emendas que cabem 
em cinco páginas. 
O preâmbulo da Constituição americana foi musicado 
e consta no repertório colegial americano. Existem 
várias versões da canção. 
 
• Determinou que a forma de governo fosse uma república 
presidencialista federativa. O poder estaria dividido em 
Executivo, Legislativo e Judiciário, 
• Unificou o sistema monetário e de medidas que seria 
utilizado, 
• Os estados deveriam respeitar os direitos individuais dos 
cidadãos, 
• Estabeleceu o sistema bicameral: Congresso dos Deputados 
e Senado, 
• Criou-se a Suprema Corte, 
• O Chefe de Estado e do Governo seria eleito pelos cidadãos 
livres, através do Colégio Eleitoral. 
O Bill of Rights foi acrescentado à Constituição 
americana em 1791 a fim de garantir alguns direitos 
básicos ao cidadão comum. Deste modo estava garantido 
o direito de: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Pais Fundadores dos Estados Unidos (são 
os líderes políticos que assinaram a Declaração 
de Independência ou participaram da Revolução 
Americana como líderes dos Patriotas, ou que 
participaram da redação da Constituição dos 
Estados Unidos onze anos mais tarde. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_da_Independ%C3%AAncia_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_da_Independ%C3%AAncia_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Americana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Americana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patriotas_(Revolu%C3%A7%C3%A3o_Americana)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_dos_Estados_Unidos
• Liberdade de expressão: todo o cidadão tem o direito de expor livremente suas ideias, 
• Praticar sua religião livremente, 
• Manter o silêncio durante uma interpelação policial, 
• Incluir acréscimos (emendas) à Constituição quando fosse necessário. 
PROPOSTAS 
 
A principal preocupação dos delegados era buscar um equilíbrio entre a centralização do poder nas 
mãos de um presidente e manter a autonomia dos estados. Igualmente, o Poder Executivo deveria estar 
cerceado por leis que o impedisse de tornar o governo uma tirania. O debate se dividiu, assim, entre 
Federalistas e Anti-Federalistas. 
Os federalistas eram os comerciantes que viviam em grandes cidades. Acreditavam que um 
governo central deveria ter autoridade o suficiente para arrecadar impostos e manter a paz entre os 
Estados. 
Por sua vez, os anti-federalistas temiam que um governo forte não respeitasse os direitos 
individuais dos cidadãos. Eram formados pelos proprietários de terras, que não queriam pagar impostos 
para um governo que estivesse distante e não se importasse com eles. 
Os federalistas, afinal, impuseram suas ideias, masprometeram que acrescentariam uma Carta 
de Direitos na Constituição, assim que o novo governo fosse constituído. A Constituição foi ratificada por 
11 estados. Apenas a Carolina do Norte e Rhode Island não o fizeram inicialmente, mas ao fim, também 
eles acabaram aceitando. 
Apesar de muitos delegados estaduais reconhecerem que a escravidão era imoral, as discussões 
sobre a abolição não prosperaram, para não contrariar os representantes dos estados do sul. Isto 
aprofundaria cada vez mais as diferenças entre o norte e o sul que culminaria na Guerra de Secessão. 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
 
1 - Sobre o iluminismo, é correto afirmar que: 
a) defendia a doutrina de que a soberania do Estado absolutista garantiria os direitos individuais e 
eliminaria os resquícios feudais ainda existentes 
b) propunha a criação de monopólios estatais e a manutenção da balança de comércio favorável, para 
assegurar o direito de propriedade 
c) criticava o mercantilismo, a limitação ao direito à propriedade privada, o absolutismo e a desigualdade 
de direitos e deveres entre os indivíduos 
d) acreditava na prática do entesouramento como meio adequado para eliminar as desigualdades 
sociais e garantir as liberdades individuais 
e) consistia na defesa da igualdade de direitos e liberdades individuais, proporcionada pela influência 
da Igreja Católica sobre a sociedade, através da educação 
2 – O Iluminismo foi um movimento intelectual ocorrido na Europa, no século XVIII, que teve grande 
influência no desenvolvimento da ciência, da cultura, da política e da filosofia. Um dos pensadores 
iluministas foi Montesquieu, que, a partir da obra “O Espírito das Leis”, defendeu: 
a) A necessidade da divisão racional das funções estatais, como forma de proteção às liberdades 
individuais, evitando abusos e a concentração do poder em um único titular. 
b) A distribuição de renda de forma justa e equilibrada e o fim do sistema capitalista. 
c) A necessidade de haver uma única autoridade (o Leviatã) a qual todos os membros devem se render 
de forma inquestionável, para que se possa atingir a paz. 
d) A separação das funções estatais em quatro esferas: Poder Legislativo, Poder Executivo, Poder 
Judiciário e Poder Moderador. 
3 - (Unesp 2015) “O pensamento iluminista, baseado no racionalismo, individualismo e liberdade 
absoluta do homem, ao criticar todos os fundamentos em que se assentava o Antigo Regime, revelava 
as suas contradições e as tornava transparentes aos olhos de um número cada vez maior de pessoas”. 
(Modesto Florenzano. As revoluções burguesas, 1982. Adaptado.) 
Entre as críticas ao Antigo Regime, mencionadas no texto, podemos citar a rejeição iluminista do 
a) Princípio da igualdade jurídica. 
b) Livre comércio. 
c) Liberalismo. 
d) Republicanismo. 
e) Absolutismo Monárquico. 
4 - “Com plena segurança achamos que a liberdade de comércio, sem que seja necessária nenhuma 
atenção especial por parte do Governo, sempre nos garantirá o vinho de que temos necessidade; com a 
mesma segurança podemos estar certos de que o livre comércio sempre nos assegurará o ouro e prata 
que tivermos condições de comprar ou empregar, seja para fazer circular as nossas mercadorias, seja 
para outras finalidades”. 
(Adam Smith -A RIQUEZA DAS NAÇÕES). 
No texto, os argumentos a favor da liberdade de comércio são, também, de críticas ao 
a) Laissez-faire. 
b) Socialismo. 
c) Colonialismo. 
d) Corporativismo. 
e) Mercantilismo. 
5 - Sobre o chamado despotismo esclarecido é correto afirmar que 
a) foi um fenômeno comum a todas as monarquias europeias, tendo por característica a utilização dos 
princípios do Iluminismo. 
b) foram os déspotas esclarecidos os responsáveis pela sustentação e difusão das ideias iluministas 
elaboradas pelos filósofos da época. 
c) foi uma tentativa bem intencionada, embora fracassada, das monarquias europeias reformarem 
estruturalmente seus Estados. 
d) foram os burgueses europeus que convenceram os reis a adotarem o programa de modernização 
proposto pelos filósofos iluministas. 
e) foi uma tentativa, mais ou menos bem sucedida, de algumas monarquias reformarem, sem alterá-las, 
as estruturas vigentes. 
6 - "Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus 
representantes na terra. Consequentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do 
próprio Deus". 
(Jacques Bossuet, POLÍTICA TIRADA DAS PALAVRAS DA SAGRADA ESCRITURA, 1709) 
"(...) que seja prefixada à Constituição uma declaração de que todo o poder é originalmente concedido 
ao povo e, consequentemente, emanou do povo". 
(Emenda Constitucional proposta por Madison em 8 de junho de 1789) 
a) Explique a concepção de Estado em cada um dos textos. 
 
 
 
 
 
b) Qual a relação entre indivíduo e Estado em cada um dos textos? 
 
 
 
 
 
7 - Os principais aspectos do pensamento iluminista se desenvolveram como forma de oposição aos 
desmandos do regime absolutista. Dessa forma, essa corrente de pensamento esteve diretamente 
atrelada a qual classe social do período? 
a) Nobreza feudal 
b) Servos 
c) Burguesia 
d) Burocracia governamental 
e) Trabalhadores urbanos 
8 - A respeito da elaboração da Enciclopédia, analise as afirmativas a seguir: 
I- A Enciclopédia foi organizada apenas para o acesso de poucas pessoas, porque, de acordo com o 
Iluminismo, o conhecimento devia estar ao alcance apenas das pessoas iluminadas. 
II-A Enciclopédia consiste, fundamentalmente, em um compêndio das grandes descobertas científicas e 
técnicas da época, bem como dos grandes desenvolvimentos filosóficos e artísticos que marcaram o 
período moderno. 
III- Diderot e D’Alembert foram dois os intelectuais franceses que se responsabilizaram pelo 
empreendimento de organizar uma enciclopédia. 
IV- O governo francês e a Igreja deram grande apoio à publicação da enciclopédia. De acordo com a 
análise das afirmativas acima, assinale a alternativa correta: 
a) Todas as afirmativas estão erradas. 
b) Apenas a afirmativa IV está correta. 
c) Todas as afirmativas estão corretas. 
d) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. 
e) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
9 - Leia abaixo o trecho da Declaração de Independência dos Estados Unidos. 
“Nós, os representantes dos Estados Unidos da América, reunidos em Congresso plenário, tomando o 
Juiz supremo do mundo como testemunha da retidão de nossas intenções em nome e por delegação do 
bom povo destas Colônias, afirmamos e declaramos solenemente: 
Que estas Colônias Unidas são, e devem ser de direito, Estados Independentes, que elas estão 
dispensadas de fidelidade à Coroa Britânica, e que todo o vínculo político entre elas e o Estado da Grã- 
Bretanha está, e deve ser, inteiramente desfeito.” 
Declaração Unânime dos Treze Estados Unidos da América. in: APTHEKER, Herbert. Uma nova história 
dos Estados Unidos: A Revolução Americana. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. 
Essa Declaração Unânime representou a independência das colônias em relação à Coroa britânica e foi 
redigida: 
a) durante a Festa do Chá de Boston, em 1773. 
b) durante o Segundo Congresso Continental de Filadélfia, em 1776. 
c) durante o Primeiro Congresso Continental de Filadélfia, em 1774. 
d) após o Tratado de Versalhes, que pôs fim à guerra de Independência, em 1783. 
10 - A Lei do Açúcar (1764), a Lei do Selo (1765) e a Lei Townshend (1767) representaram, quando 
implementadas, para 
a) os EUA, um estopim à declaração de guerra à França, aliada, incondicionalmente, aos interesses 
ingleses. 
b) a França e a Inglaterra, formas de arrecadação e controle sobre o Quebec e sobre as Treze Colônias. 
c) os EUA, uma excepcional oportunidade, pela cobrança destes impostos, à ampliação de seus 
mercados interno e externo. 
d) as Treze Colônias, uma medida tributária que possibilitou a expansão dos negócios da burguesia de 
Boston na Europa, marcando, assim, o início da importância dosEUA no cenário mundial. 
e) a Inglaterra, uma alternativa para um maior controle sobre as Treze Colônias, e, também, uma medida 
tributária que permitisse saldar as dívidas contraídas na guerra com a França. 
11 - Sobre o processo de Independência dos Estados Unidos, é correto afirmar que 
a) as leis do Parlamento inglês, reforçando o controle comercial-tributário da metrópole, contribuíram 
para convencer os colonos da necessidade de separação. 
b) a situação das colônias americanas tornou-se muito difícil quando a monarquia francesa resolveu dar 
apoio militar ao reino inglês. 
c) os colonos perceberam a inevitabilidade da independência logo que realizaram o Primeiro Congresso 
Continental de Filadélfia. 
d) as idéias liberais de John Locke inspiraram o pensamento de Jefferson e outros líderes, mas pouco 
influenciaram a Declaração da Independência. 
e) os colonos encontraram no Iluminismo o suporte ideológico para defenderem a igualdade social e 
recusarem qualquer influência religiosa. 
12 - Observe a imagem abaixo: 
 
Manifestação realizada nas vésperas da Independência dos EUA * 
A imagem diz respeito à qual evento que antecedeu e foi um dos impulsionadores do processo 
de Independência dos Estados Unidos? 
a) Guerra dos Sete Anos. 
b) Manifestação contra a Lei do Selo. 
c) Revolta contra a Lei do Porto de Boston. 
d) Comemoração das Leis Intoleráveis. 
e) Festa do Chá de Boston. 
13 - Uma das características básicas do processo de independência das 13 colônias da América do 
Norte é: 
a) Isolamento do movimento no contexto americano. 
b) Ocorrência pacífica. 
c) Adoção de uma constituição republicana parlamentarista. 
d) Alteração da estrutura social vigente. 
e) Preservação a unidade territorial. 
14 - Caracterize as colônias do NORTE e do SUL. 
 
COLÔNIA DO NORTE COLÔNIA DO SUL 
 
 
20 - Com relação à Independência dos Estados Unidos, em 1776, é correto afirmar que: 
a) a primeira constituição dos Estados Unidos adotou a república federalista e presidencial como modelo 
de governo. 
b) a Declaração de Independência defendeu a implantação de uma monarquia constitucional para dirigir 
politicamente a futura nação. 
c) a França negou ajuda aos norte-americanos, visto que pretendia manter sua parceria com a Inglaterra 
na exploração comercial da América do Norte. 
d) a Espanha negou ajuda aos norte-americanos, dado que com a derrota da Holanda poderia intensificar 
seus acordos comerciais com os colonos do sul. 
e) a luta dos norte-americanos divulgou a perspectiva de se construir a unidade continental americana, 
baseada no ideal iluminista de liberdade e igualdade social.

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