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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ ICS – FACULDADE DE ODONTOLOGIA INTEGRAÇÃO MULTIDISCIPLINAR VI 2018.4 RESINA LABORATORIAL As resinas compostas laboratoriais sofreram mudanças na sua composição (associação de polímeros a materiais de preenchimento cerâmico) e polimerização (utilização controlada de calor, pressão e atmosfera), as quais contribuiram para a melhoria das propriedades físicas das resinas, proporcionando uma grande variedade de aplicações clinicas. São divididas em dois tipos: 1ª geração e 2ª geração. 1ª Geração: Resinas Compostas Indiretas Microparticuladas - Geraram grandes expectativas. - Limitações clínicas: fraturas parciais e totais, rápido desgaste e descoloração. - Gradualmente abandonada devido a busca por melhoria/avanço. 2ª Geração: Cerômeros Baseados nas limitações das cerâmicas, tais como abrasividade, dificuldade de reparos, friabilidade e sensibilidade de técnica; e preocupados com estas limitações, pesquisadores foram à busca de técnicas de restaurações indiretas à base de polímeros. - São divididos em: fotoativados, fotoativados com polimerização completamentar por calor, fotoativados com polimerização complementar por luz e calor e fotoativados com polimerização complementar por calor sob pressão. - São novos materiais denominados polyglass (polímeros de vidro, polividros, porcelanas de vidro, poliméricos) ou cerômeros, que tem sido desenvolvidos e apresentados como alternativas viáveis em casos de inlays, onlays, facetas, próteses fixas de até três elementos e próteses sobre implantes de bases metálicas. - Tiveram suas propriedades físicas/mecânicas melhoradas graças à incorporação de alta quantidade de carga, e inclusão de monômeros funcionais com maiores sítios de ligação, aumentando assim sua resistência. - As características principais das resinas de segunda geração de laboratório são: resistência compressiva melhorada; resiliência; baixa condutividade: alta resistência à flexão; alta resistência à fratura; estética aperfeiçoada; fácil reparo e biocompatibilidade. Métodos de Polimerização A maioria dos cerômeros utiliza sistema de pós-polimerização, que resulta em uma resistência flexural superior, mínima contração de polimerização, proporção de desgaste semelhante ao do esmate dental e estabilidade de cor. 1. Fotoativados: utilizam luz halógena ou xenon como único agente de polimerização. 2. Fotoativados com polimerização complementar por calor: polimerização inicial com fotopolimerizador + unidade que mantém a temperatura em 110 graus celsius (8 a 15 min). 3. Fotoativados com polimerização complementar por luz e calor: polimerização inicial com fotopolimerizador + unidade que fornece luz e calor simultaneamente. 4. Fotoativados com polimerização complementar por calor sob pressão: fotopolierizador + calor + pressão constante. (*obtém os melhores resultados) Vantagens 1. Em relação à resina composta direta: diminuição dos efeitos de contração de polimerização, sobre o conjunto dente-restauração; maior resistência a desgaste; melhor adaptação marginal; maior UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ ICS – FACULDADE DE ODONTOLOGIA INTEGRAÇÃO MULTIDISCIPLINAR VI 2018.4 facilidade de restabelecer os contatos interproximais; resultado estético excelente; facilidade de polimerização completa e uniforme (controle de luz, tempo de trabalho, umidade e temperatura); adequada resiliência para dividir a força dos impactos mastigatórios com o dente remanescente. 2. Sob a utilização de cerâmica: menor custo; maior resiliência; maior propriedade de união entre a restauração e remanescente dentário; maior facilidade de manipulação; preparo mais conservador. Desvantagens e Limitações 1. Em relação à resina composta direta: trabalho realizado em, no mínimo, 2 sessões; preparos com maiores desgastes dentários; sujeito à distorção do material de moldagem e a outros erros nas etapas. Inadequado para cavidades pequenas ou subgengivais; custo mais elevado. 2. Sob a utilização de cerâmica: instabilidade de coloração; menor resistência ao desgaste; menor duração. Comparação entre Resinas Compostas Diretas e Cerômeros - Cerômeros: menor contração de polimerização, aumento da rigidez do material, maior adaptação do material com contorno ideal, com isso, protege-se o dente evitando fraturas e cáries secundárias. - Resinas compostas diretas: contração de polimerização provoca micro fraturas na interface dente/resina possibilitando a entrada de bactérias. Cimentação São classificados em (1) auto-ativados – sem necessidade de luz, (2) foto-iniciados – mais tempo de manipulação, produzindo peças mais translúcidas e (3) duais – que necessitam de ativação por luz e reação química. - Cuidados relacionados ao uso do material: controle absoluto da umidade; realização de adequada fotoativação do material; adequada proteção do remanescente dental. - Requisitos para os cimentos resinosos: possuir adesão à estrutura dental e à restauração; permitir o controle do tempo de trabalho e presa; ter pequena espessura de película; ser pouco solúvel em meio bucal; apresentar boas propriedades físicas; ser biocompatível; ser radiopaco; apresentar estética adequada; ter propriedades anticariogênicas. Conclusão Não há o melhor material nem a melhor técnica, tudo depende da situação de cada paciente. É importante avaliar bem e saber qual tipo de restauração indicar. Avaliar anatomia do elemento e a extensão da área a ser tratada. A evolução dos sistemas adesivos contribui para melhor desempenho das restaurações.
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