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IRIS PIMENTEL 1 São materiais formados de três componentes principais • Matiz orgânicas com alta densidade de ligações cruzadas, reforçada pela dispersão de partículas de carga mineral, de viro ou resinosas e/ou fibras curtas ligadas à matiz através de agentes de união silânicos As resinas são usadas para restaurar e repor tecidos dentais perdidos através de processos infecciosos ou trauma e para assentar e cimentar coroas e facetas e outros dispositivos pré-fabricados Resinas são compostas de várias moléculas grandes chamadas de polímeros. Ele é formado por uma ou várias unidades estruturais recorrentes, que consistem na estrutura individual de um monômero. Vantagens • Reproduzem a aparência de dentes naturais • Podem ser usadas para muitas aplicações • Diferentes consistências Aplicações • Restaurações de cavidades • Coroas • Agentes adesivos • Selantes de sulcos e fissuras • Cimentos endodônticos • Adesão de facetas cerâmicas • Cimentação de coroas, pontes e outros tipos de próteses fixas Classificação • É baseada no tamanho da partícula de carga e na distribuição dos tamanhos de partícula • Resina híbrida o Carga alongada o Partículas esferoidais ou de duas ou mais escalas de tamanhos Composição e função • Matriz resinosa reforçada pela dispersão de partículas de carga de vidro, sílica, cristalina, óxidos metálicos ou mesmo resina ou combinações entre estas que são aderidas à matriz por um agente silânico de união • Sistemas ativador-iniciador o necessários para converter a resina de uma pasta maleável em uma restauração rígida e durável • Pigmentos o Conferem coloração próxima a do dente • Absorventes ultravioleta (UV) e outros aditivos o Melhorar a estabilidade de cor • Inibidores de polimerização o Estendem o período de validade e aumentam o tempo de trabalho • Outros componentes podem ser incluídos para melhorar o desempenho, aparência e durabilidade Matriz • Baseada em uma mistura de monômeros o Formam estruturas poliméricas altamente cruzadas, resistentes, rígidas e duráveis • Forma uma fase contínua na qual a carga de reforço é dispersa Resinas Compostas Materiais Dentários Iris Pimentel 10/06/2022 IRIS PIMENTEL 2 • Devido ao grande volume molecular desses monômeros, a contração de polimerização pode ser tão baixa como 0.9% • Em geral, quanto maior a proporção desses monômeros diluentes, maior a contração de polimerização e maior o risco de eventual infiltração por falhas marginais e problemas correlacionados Carga • Vários tipos de carga mineral transparentes são usados para: o Fortalecer e reforçar compósitos o Diminuir contração de polimerização e expansão térmica • Entre eles estão os chamados “vidros moles” e “vidros duros” de borossilicato, quartzo fundido, silicato de alumio, silicato de lítio- alumínio, fluoreto de itérbio e vidros de bário • O quartzo é quimicamente inerente, mas pode apresentar alta dureza (potencial abrasivo da estrutura dental ou da restauração antagonista e dificulta o polimento) • Sílica amorfa não é tão duro • A translucidez da restauração deve ser similar à da estrutura dental o O índice de refração da carga deve ser próximo ao da resina Funções da carga • Reforço o Melhora as propriedades físicas e mecânicas que determinam o desempenho clinico e a durabilidade, como resistência à compressão, à tração, rigidez e tenacidade • Redução da contração de polimerização o O alto conteúdo de carga reduz a contração o Valores ficam em torno de 1 até 4% por volume de carga • Redução da contração e expansão térmica o Partículas de carga de vidro ou cerâmica sofrem contração e expansão térmica menores do que polímeros o Quanto mais próximo o coeficiente de expansão térmico linear se aproxima daquele do dente, menos tensão interfacial se desenvolve devido ao menos diferencial entre as alterações volumétricas quando bebidas e alimentos quentes e frios são consumidos • Controle da viscosidade e das características de manipulação o Monômeros líquidos e carga sólida resulta em uma pasta o Quanto mais carga, mais espessa é a pasta o Conteúdo da carga, tamanho e distribuição das partículas, influencia as características clínicas de manipulação e manuseio, tais como facilidade de mistura e escultura, pegajosidade e a tendência da massa em manter a forma, ao invés de escoar rapidamente, após a escultura pré-fotoativação o Consistência e manipulação são características importantes não só do ponto de vista da facilidade de uso, pois elas determinam o nível de habilidade e tempo necessários por parte do operador para restaurar uma cavidade de forma confiável e reproduzível, livre de imperfeições e reproduzindo os contatos proximais, a anatomia oclusal, a lisura superficial e a aparência estética • Diminuição a absorção de água o A água absorvida amolece a resina e a torna mais suscetível ao desgaste abrasivo e ao manchamento • Radiopacidade o Resinas são inerentemente radiolúcidas. Entretanto, margens infiltradas, cáries secundárias, contatos interproximais fracos, desgaste das superfícies proximais e outros problemas não podem ser diagnosticados, a menos que um contraste radiográfico adequado possa ser obtido. Assim, a IRIS PIMENTEL 3 radiopacidade é uma propriedade importante o Uma ampla faixa de valores de radiopacidade tem sido considerada adequada, mas ultrapassar a radiopacidade do esmalte em níveis muito significativos pode ter o efeito deletério de mascarar áreas radiolúcidas produzidas pela formação de espaços interfaciais ou cáries secundárias A maioria das propriedades importantes é melhorada quando altos conteúdos de carga são incorporados. Uma distribuição de tamanhos de partículas é usada para maximizar o conteúdo de carga. Se o tamanho das partículas é uniforme, independentemente de quão bem empacotadas as partículas estejam, ainda existirão espaços entre elas, como ilustrado no exemplo de espaços vazios em uma caixa preenchida com esferas do mesmo tamanho. Entretanto, se partículas menores são inseridas entre as esferas maiores, os espaços vazios podem ser reduzidos. A extensão desse processo permite uma distribuição contínua de partículas progressivamente menores, permitindo o empacotamento máximo de carga Outra vantagem de se usar partículas menores é que elas melhoram a estética (aparência) e a lisura ao toque da língua (polimento) Classificações de resinas compostas • Duas classificações são usadas • Baseada no tamanho e em combinações de tamanho das partículas de carga de reforço e outra baseada nas características de manipulação Classificação de acordo com o tamanho das partículas de carga Compósitos de partículas pequenas (finas) • São mais políveis • Não capazes de produzir alto brilho • É possível obter conteúdos de carga mais altos o Confere altos valores de dureza e resistência mecânica o Torna o material muito friável (esfarelar) • Mais indicada para uso em anteriores Compósitos microparticulados • Altamente políveis e estéticas • As partículas possuem área de superfície extremamente grandes • Viscosidade alta • Manipulação difícil • Incorporação de carga para reforçar é difícil • Contração menor • A adesão entra a matriz de resina e a carga é fraca, facilitando o desgaste e descolamento de partículas • Não são indicados para áreas de grande solicitação mecânica • Propriedades físicas e mecânicas são em geral inferiores àquelas de compósitos convencionais • Se colocados em áreas de contato proximal, pode acontecer o deslocamento dos dentes para anterior • Pontas diamantadas,ao invés de brocas de aço carbide multilaminadas, são recomendadas para o acabamento de compósitos microparticulados para minimizar o risco de lascamento IRIS PIMENTEL 4 • Materiais de escolha para restaurar dentes com lesões cariosas em áreas planas (classes II e V), mas não em regiões de grande solicitação mecânica (classes II e IV). Compósitos híbridos • São formulados com sistemas de partículas de carga mistos, contendo partículas microfinas e finas • Objetivo de se obter ainda melhor lisura de superfície que aquela produzida por compósitos de partículas pequenas e, ainda assim, manter suas propriedades mecânicas desejáveis • Compósitos de utilidade geral que são adequados para restaurar certas áreas de grande solicitação mecânica, onde considerações estéticas predominam – por exemplo, bordas incisais e pequenas cavidades fora de contato oclusal • Eles são largamente empregados para restaurações anteriores, incluindo classe IV Compósitos nanoparticulados/ Nanocompósitos/ Compósitos nano-híbridos • Em compósitos nanoparticulados as partículas são individuais e têm efeito mínimo na viscosidade • Apresentam excelentes propriedades ópticas e polimento • Não são tão resistentes quanto um compósito híbrido ou um compósito microparticulado Classificação de acordo com características de manipulação Resinas Fluidas (flowable) • Menor viscosidade devido à menor porcentagem de partículas de carga o Permite que a resina flua prontamente, se espalhe uniformemente, adapte-se intimamente ao formato da cavidade e produza a anatomia dental desejada o Melhora a capacidade do clínico de produzir uma base ou forramento bem adaptado, especialmente em preparos posteriores de classe II e outras situações em que o acesso é dificultado • Inferiores em propriedades mecânicas devido ao menor conteúdo de carga e maior suscetibilidade ao desgaste e outras formas de atrito • São úteis em restaurações de classe V em áreas gengivais • Podem ser aplicados de maneira similar a selantes de sulcos e fissuras como restaurações de classe I minimamente invasivas para prevenir cáries IRIS PIMENTEL 5 Compósitos condensáveis • Comparada com o amálgama, a técnica de inserção de compósitos leva muito mais tempo e requer muito mais cuidados • Devido à sua natureza altamente plástica e sua consistência pastosa no estado monomérico, compósitos não podem ser condensados na cavidade de modo que o material escoe lateral e verticalmente para assegurar íntimo contato com as paredes cavitarias • Compósitos condensáveis foram desenvolvidos através de um ajuste na distribuição dos tamanhos de carga para aumentar a resistência e a rigidez do material não polimerizado e produzir consistência e características de manipulação semelhantes às do amálgama de limalha • A resina não polimerizada é rígida e resistente à deformação sob o próprio peso, mas ainda assim é deformável sob a força de condensação aplicada com um condensador de amálgama • O tempo de inserção ainda é quase o dobro de uma restauração de amálgama • Esses materiais ainda não foram capazes de demonstrar nenhuma característica ou propriedade vantajosa em relação aos compósitos híbridos, a não ser pelo fato de apresentarem alguma similaridade com o amálgama na técnica de inserção Agentes de união silânico • Molécula bifuncional com atividade de superfície que se liga às partículas de carga e também copolimeriza com os monômeros que formam a matriz resinosa • Um agente de união corretamente aplicado também pode contribuir para melhores propriedades físicas e químicas e inibir a lixiviação através da prevenção da penetração de água ao longo da interface partícula-resina • Uma união apropriada através de organo- silanos é extremamente importante para o desempenho clínico de resinas compostas restauradoras Sistema ativador/iniciador • Compósitos odontológicos para uso direto são polimerizados por ativação química, por luz ou uma combinação das duas Resinas quimicamente ativadas (autopolimerizáveis) • Apresentadas em duas pastas • Quando as duas pastas são combinadas, a polimerização por adição é iniciada • Durante a mistura é quase impossível evitar a incorporação de bolhas de ar e a subsequente formação de porosidades, que enfraquecem a estrutura e encapsulam oxigênio que, por sua vez, inibe a polimerização • Outro problema é que o operador não tem controle sobre o tempo de trabalho, uma vez que os dois componentes são misturados o A inserção como o contorno e a escultura da restauração precisam ser completados rapidamente • Esses materiais são majoritariamente usados para restaurações e formação de núcleos de preenchimento (build-ups) em que o acesso de luz não é ideal • Um outro problema é a formação de uma camada inibida por oxigênio o É uma camada não polimerizada superficial o A espessura do filme inibido depende da viscosidade da resina, da solubilidade do oxigênio no monômero e do sistema iniciador utilizado Vantagens • Não há necessidade de outros equipamentos • Estabilidade de armazenamento a longo prazo IRIS PIMENTEL 6 • Manipulação do tempo de presa através da variação das proporções • Se misturado adequadamente o grau de conversão será uniforme ao longo do material o Desenvolvimento de tensões marginais durante a polimerização é menor Desvantagens • A mistura causa bolhas de ar, levando a formação de porosidades que enfraquecem o material e aumentam a suscetibilidade ao manchamento (Isso é reduzido com o uso de seringas misturadoras) • Instabilidade de cor, pode amarelar • Dificuldade de mistura homogênea, tem como consequência baixas propriedades mecânicas Resinas fotoativadas (ativadas por luz) • Não precisa ser misturada no momento do uso o Conseguido através de sistemas de iniciadores fotossensíveis e uma fonte de luz para ativação • São apresentados em uma seringa única a prova de luz • Sistema iniciados de radicais livres, consistindo em uma molécula fotossensível e uma amina iniciadora, está contido nessa pasta o Se não expostos a luz eles não interagem o A exposição à luz azul produz um estado excitado da molécula fotossensível, que então interage com a amina para formar radicais que iniciam a polimerização por adição • A conforoquinona (CQ) é uma molécula fotossensível comumente utilizada que absorve luz azul • Evita a formação de porosidades, permitem que o operador complete o procedimento de inserção e escultura da restauração antes que a polimerização seja iniciada • Uma vez que a reação começa, uma exposição de 40 segundos ou menos é suficiente para polimerizar um incremento de 2mm de espessura • Não são tão sensíveis a inibição por oxigênio • Devido as vantagens, são mais utilizados que os materiais quimicamente ativados • Possui algumas limitados, como por exemplo a espessura do incremento o Podem levar mais tempo para serem concluídas, especialmente em cavidades grandes (ex. preparos de classe II) • O custo da fonte de luz, a necessidade de proteção para os olhos e outros fatores associados a fonte de luz são algumas desvantagens Vantagens • Não há necessidade de mistura • Pouca porosidade, menos manchamento, melhores propriedades mecânicas • Estabilidade de cor melhor, pois não inclui o acelerador amina aromático • Cura no tempo escolhido pelo operador, tempo de trabalho controlado • Pequenos incrementos de compósito podem ser polimerizados por vez, permite o uso de múltiplas cores em uma única restauração. Desvantagens • Profundidade da polimerização é limitada, é necessário construir a restauração em camadas deno máximo 2mm • O desenvolvimento de tensões na margem da restauração durante a polimerização é maior. Isso se deve a formação mais rápida de ligações cruzadas, e, portanto, tempo reduzido para as cadeias poliméricas em formação deslizarem umas sobre as outras e relaxar o desenvolvimento de tensão interfacial devido a contração de polimerização IRIS PIMENTEL 7 • Levemente sensível a iluminação normal do ambiente (se muito exposto ao refletor pode se formar uma “casca dura”) • Requer uma lâmpada especial para polimerizar o material (fotopolimerizador) • Em áreas posteriores e interproximais o acesso da luz pode ser ineficiente, requer tempo de exposição extra e cuidados com o posicionamento e manutenção da distância/angulação da ponta do aparelho fotopolimerizador durante a exposição • Cores mais escuras requerem tempos de exposição mais longos • A polimerização é afetada por aditivos, tais como moléculas que absorvem a radiação UV (adc. para conferir estabilidade de cor), corantes fluorescentes (para melhorar as características estéticas) ou excesso de inibidores. Todos esses absorvem a luz ou previnem a reação • Problemas relacionados ao fotopolimerizador • Reflexo da luz azul é prejudicial para o operador • Fotopolimerizador (com exceção dos de LED) podem gerar calor excessivos nos tecidos Fatores envolvidos em Fotoativação Fontes de luz • A maioria consiste em dispositivos portais que contém uma lâmpada e são equipados com uma ponta rígida, relativamente curta, feita de fibras opticas • O tipo mais comum de fonte de luz é uma lâmpada de quarto com filamento de tungstênio numa atmosfera halógena o Semelhante aquelas usadas em faróis e projetores de slides • Quatro tipos de lâmpadas podem ser usados • 1. LED (Light-emitting diode) o Emitem radiação apenas na região azul do espectro visível (entre 440 e 480nm) o Não requerem o uso de filtros o Usam baixa voltagem o Não geram calor e são silenciosas • 2. Lâmpadas halógenas de quartzo-tungstênio (QTH) o Irradia luz UV e branca o Precisa ser filtrada o Gera calor o Intensidade da luz diminui com o uso, necessita de monitoramento diário • 3. Lâmpadas de arco de plasma (PAC) o Usam gás xenônio que é ionizado para produzir um plasma o Luz branca de alta intensidade é produzida e filtrada para diminuir a geração de calor e permitir a emissão e luz azul • 4. Lâmpadas de laser argônio o Intensidade mais alta de todas as fontes o Emitem luz no comprimento de onda de aproximadamente 490nm o São filtradas para emitir luz apenas na região violeta-azul Profundidade de polimerização e tempo de exposição • Atualmente o tempo de exposição foi reduzido pelas novas tecnologias o Pode reduzir o tempo e o custo do tratamento • A utilização de uma intensidade de luz maior permite: o Menor tempo de exposição para uma determinada espessura o Maiores profundidades de polimerização sejam obtidas com um maior tempo de exposição, mas não é possível obter as duas coisas simultaneamente • Profundidade esta sempre limitada a 2 a 3mm de espessura o A menos que maiores tempos de exposição sejam utilizados • Dependendo da opacidade, quantidade de carga, tipo de carga e da cor dos pigmentos IRIS PIMENTEL 8 dos compósitos a intensidade da luz pode variar o Tons mais escuros ou resinas mais opacas requerem tempos mais longos de exposição o Geralmente os fabricantes recomendam tempos de polimerização asseados em cada tipo de fonte de luz ou para cada tom de resina • Para maximizar o grau de conversão e a durabilidade o dentista deve ajustar o tempo de exposição e a técnica de polimerização de acordo com a fonte de luz utilizada • Quando o clínico precisa polimerizar o compósito através do dente, o tempo de exposição deve ser aumentado de duas a três vezes para compensar a redução da intensidade de luz. • A intensidade emitida pela lâmpada deve ser • monitorada regularmente • O operador deve se esforçar para que a ponta do fotopolimerizador esteja o mais próximo possível do material restaurador, mantendo a orientação perpendicular e a mesma distância durante toda a exposição. • A intensidade diminui com a distância da ponta numa escala logarítmica; assim, a ponta do fotopolimerizador deve ser posicionada e mantida o mais próximo possível do material durante todo o procedimento polimerizador (20 segundos ou mais). • O ângulo da ponta em relação à superfície do material também é crítico, já que a intensidade máxima é obtida em orientação perpendicular (90 graus) e, portanto, a ponta do aparelho deve ser posicionada e mantida o mais próximo possível de 90 graus durante todo o tempo de exposição. Precauções se segurança no uso de fotopolimerizadores • A luz emitida pelos aparelhos fotopolimerizadores pode causar danos à retina se um indivíduo olhar diretamente para o feixe de luz por um período prolongado de tempo ou, até mesmo, por períodos curtos no caso de lasers. • Para evitar tais danos, nunca olhe diretamente para a ponta do fotopolimerizador e minimize a exposição à luz refletida. • Óculos de proteção e vários tipos de escudos que filtram a luz estão disponíveis para aumentar a proteção tanto dos operadores clínicos como dos pacientes. Resinas de ativação dupla (dual) • Uma maneira de compensar as limitações de polimerização e alguns dos outros problemas associados a fonte de luz é combinar componentes de polimerização ativada quimicamente e por luz na mesma resina • Consistem em duas pastas fotopolimerizáveis • Formuladas de modo que a polimerização do componente quimicamente ativado evolua de forma bastante lenta quando misturadas • A polimerização é acelerada a comando do operador, a fotopolimerização começa devido a combinação da amina com canforoquinona • A maior vantagem é a garantia da polimerização em todo o corpo da restauração, mesmo que a luz não alcance todos os pontos • A maior desvantagem é a porosidade causada durante a mistura das duas pastas o Significamente aliviado pelo uso de seringas misturadoras • Menor estabilidade de cor • Superiores as resinas de ativação química • A inibição pelo ar e a porosidade são problemas associados • São indicados para qualquer caso em que o acesso de luz não permite adequada penetração dos fotóns o Ex: cimentação de restaurações inlay de cerâmica Inibidor • São adicionados aos sistemas resinosos para minimizar ou prevenir a polimerização espontânea ou acidental dos monômeros IRIS PIMENTEL 9 • Tem forte potencial de reatividade com radicais livres • Tem duas funções o Aumentar o tempo de validade de resinas o Garantir tempo de trabalho suficiente Modificadores ópticos • Para que o material tenha uma aparência natural, compósitos precisam ter tons e transparência similares ao do dente natural • A cor adequada é alcançada através da incorporação de diversos pigmentos • Translucidez e opacidade são ajustadas conforme a necessidade de simular esmalte e dentina • Se a região incisal de uma restauração classe IV é reconstruída, a translucidez de um compósito não modificado pode permitir que muita luz atravesse a restauração o Menos luz é refletida e espalhada de volta ao observador o Percepção da borda incisal mais escura o Pode ser corrigido com a adição de um opacidificador • Se muita quantidade e opacidificador é adicionada, muita luz pode ser refletida de volta e a percepção da restauração ser muito branca ou com valor de luminosidade muito alto • Resinas com cores mais escuras podem ser aplicadas em incrementos mais finos para otimizar a polimerização Acabamento de compósitos • Acabamento o Processo de adaptaro material restaurador ao redor do dente o Ex: removendo os excessos e contornando as superfícies oclusais • Polimento o Remoção das irregularidades superficiais para atingir uma superfície o mais lisa possível • Acabamento e polimento são passos importantes • A rugosidade superficial residual pode facilitar o crescimento bacteriano o Leva a cárie secundária, inflamação gengival e manchamento superficial • Vários fatores possuem efeitos no acabamento e polimento de superfícies de restaurações o Ambiente, acabamento imediato versus tardio, tipo de material e recobrimento e selamento superficial Ambiente • A questão é se o acabamento deve ser feito em campo úmido ou seco • Alguns estudos mostraram que o polimento a seco resulta no aumento na infiltração marginal o Possivelmente devido a produção de calor, que pode perturbar o selamento marginal de resinas adesivas • Outros estudos demonstraram mudanças químicas e estruturais na superfície de restaurações como resultado de um ambiente seco durante o polimento • Há estudos que confirmam que o polimento a seco não causa danos em termos de dureza • O dentista deve realizar o acabamento em um ambiente onde as margens sejam claramente visíveis e o mínimo de calor é gerado • Calor excessivo resulta em empastelamento da superfície e em casos extremos, degradação da resina • A refrigeração com água assegura uma qualidade superficial padronizada IRIS PIMENTEL 10 Tempo decorrido entre a cura e o acabamento e polimento • O tempo decorrido pode ter um efeito nas características de superfície e na resistência à infiltração • Estudos demonstram que o acabamento tardio pode aumentar a infiltração marginal e não tem efeito nas características de superfície, em comparação com o acabamento imediato • O acabamento tardio tem efeito mínimo na dureza • Restaurações de compósitos devem ser recontornadas e polidas logo após a polimerização, na mesma consulta, embora o polimento deva ser postergado por aproximadamente 15 minutos após a fotoativação Tipos de materiais e sistemas de polimento • Vários materiais podem ser usados para dar acabamento e polimento em restaurações de resina • Instrumentos fino com lâmina afiada é indicado para remover excessos nas áreas proximais • Forças de corte devem ser aplicadas paralelas à margem da restauração ou em direção ao tecido gengival • Brocas de carbide ou pontas diamantadas finas podem ser usadas para ajustar as superfícies oclusais e disfarçar a transição dente- restauração. • Um estudo recente mostrou que o tipo de sistema de polimento não afeta significativamente o desenvolvimento de microinfiltração. Recobrimento e selamento superficial • Um passo importante do acabamento e do polimento é a aplicação de um agente adesivo ou selante de superfície. • A aplicação de um selante de superfície ou uma resina de baixa viscosidade, com pouco ou nenhum conteúdo de carga, assegura que as porosidades de superfície sejam preenchidas e as microtrincas sejam seladas. Sistema adesivo • Composto por 3 elementos o Ácido, primers e adesivo • Utilizado para condicionar o dente à receber a resina composta • Usado antes da aplicação da resina • Pode ser classificado em 1 passo (all in one) • 2 passos o Ataque ácido, depois o primer+ adesivo, que estão no mesmo frasco • 3 passos o Ataque ácido, primer, adesivo, todos separadas • Condicionamento ácido do esmalte o Objetivo de limpar o esmalte, remover a lama do esmalte, aumentar as rugosidades, aumentar a energia livre de superficie o 30s • Condicionamento ácido da dentina o Remoção ou modificação da lama dentinária o Necessário para aumentar a porosidade intertubular o 15s • Aplicação do primer o Função de resgatar a porosidade da dentina desmineralizadas o Conservar a dentina desmineralizada úmida, prevenindo seu colapso • Sistema adesivo 2 passos (mais usado) o Aplicar sobre o esmalte 30s e 15s na dentina o Lavar abundantemente e tirar o excesso de água o Aplicar o primer e depois jogar um jato de ar por 5s à uma distância de 10cm. Aplicar uma segunda camada e fotoativar (tempo de acordo com o fabricante) o Realizar a restauração com pequenos incrementos de resina IRIS PIMENTEL 11
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